Competências e Atribuições do/a Assistente Social

Competências e Atribuições do/a Assistente Social: Requisições e Conhecimentos NecessáriosCurso Online | Gratuito

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Sobre o Curso

Onde Assistir?

Você deve ser inscrita no Youtube da Pótere Social (Clique aqui)

Quem irá ministrar o curso?

O curso será ministrado pelaprof. Dra. Cinthia Fonseca (@papodeas)


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Sobre o Curso

Como assinar a frequência?A frequência ficará na descrição de cada uma das videoaulas ministradas no youtube e estará disponível por apenas 24 horas após a postagem do vídeo.


Você deve assinar a frequência sempre com o mesmo endereço de email usado na inscrição.

Como acessar o Certificado?

Receberão certificado os inscritos no curso que assistirem no mínimo 3 das 5 aulas e assinarem a frequência de cadaaula.

Sobre o Curso

Quando o certificado é emitido?

A partir do dia 15.05.2021 os inscritos e que estiverem com frequência regular poderão fazer o download.

Qual a carga-horária total do curso?

O curso terá carga-horária de 20 horas, sendo certificado pela Pótere Social.


Você deve assinar a frequência sempre com o mesmo endereço de email usado na inscrição.

01

04

27.04.2021

Competências e Atribuições: Conceitos

Preliminares

29.04.2021

Competências e Atribuições do Assistente Social no CRAS

03

28.04.2021

Competências e Atribuições do Assistente Social no Espaço Hospitalar

02

30.04.2021

Competências e Atribuições do Assistente Social no INSS

01.05.2021

Competências e Atribuições do Assistente Social na Escola

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ENCONTRO 01

COMPETÊNCIAS E ATRIBUIÇÕES DO ASSISTENTE SOCIAL: QUAL O PONTO DE

PARTIDA?

Autora: Cinthia Fonseca Lopes


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OBJETIVO DO ARTIGO:Refletir sobre o que entendemos por competências e atribuições profissionais do assistente social a partir de documentos do Conjunto CFESS/CRESS e de autores de referência sobre essa temática.


CENÁRIOS

- Aumento exponencial de espaços sócio-ocupacionais;

- Ampliação da oferta de cursos de graduação em serviço social;

- Inserção do Assistente Social em Cargos genéricos diluindo suas competências e atribuições;

- Poucas pesquisas focadas no debate das competências profissionais.


Dicionário Larousse Comercial: “alguém que faz algo bem feito”Perrenoud: “faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos (saberes, capacidades, informações, etc.) para solucionar com eficácia uma série de informações”Chauí: “esse discurso competente não exige uma submissão qualquer, mas algo profundo e sinistro: exige a interiorização de suas regras, pois aquele que não as interiorizar, corre o risco de ver-se a si mesmo como incompetente, anormal, a-social, como detrito, lixo”.

CONCEITUANDO COMPETÊNCIA


COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS NO CAPITALISMO

- Deluiz: “ A adoção de modelos de competências profissionais... está relacionado ao uso, controle, formação e avaliação do desempenho da força de trabalho diante das novas exigências postas pelo padrão de acumulação capitalista flexível ou toyotista: competitividade, produtividade, agilidade, racionalização dos custos. Esse modelo tende a tornar-se hegemônico em um quadro de crise do trabalho assalariado...”


Lopes: “... devido às condições precárias da classe trabalhadora, da diminuição dos postos de trabalho e de vínculos trabalhistas cada vez mais fragilizados; essas demandas não são trazidas apenas pelos operadores do capital, mas a própria classe trabalhadora passa a exigir uma formação que garanta de forma eficaz a sua empregabilidade”

COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS NO CAPITALISMO


PRIMEIRO: Assistente Social enquanto trabalhador que sente os impactos dessas exigências por competência para o capital;SEGUNDO: Assistente Social enquanto gestor/executor das políticas socias que servem como retaguarda para formar – nos diversos níveis - os trabalhadores que serão absorvidos pelo mercado de trabalho.Lopes: COMPROMISSO:”... Garantir processos de aprendizagem que contribuam para que a classe trabalhadora compreenda a engenhosa estratégia de submissão e exploração por trás desse discurso da “capacidade produtiva”.

DESAFIOS AO SERVIÇO SOCIAL

ACREDITANDO QUE NÃO EXISTE APENAS A FORMA DE PENSAR

COMPETÊNCIAS PROFISSONAIS A PARTIR DOS DITAMES DO CAPITAL, É NECESSÁRIO E URGENTE DISCUTIR E

MATERIALIZAR A CONCEPÇÃO DE COMPETÊNCIA DEFENDIDA PELO

SERVIÇO SOCIAL


ROMPENDO A LÓGICA DO SERVIÇO SOCIAL ENQUANTO “POSTO IPIRANGA DAS POLÍTICAS SOCIAIS”

LOPES: “ O primeiro passo para romper com esse cenário é ter clareza do que se entende por Competências Profissionais no âmbito do Projeto Crítico do Serviço Social e só se conseguirá realizar essa tarefa se houver um debruçar sobre o estudo e a reflexão sobre essa categoria.”


Instrumentos Político-Normativos que balisam nossas competências

Código de Ética do Assistente Social

Lei 8662/93 que Regulamenta a

Profissão

Diretrizes Curriculares da ABEPSS

Resoluções do Conjunto CFESS/CRESS


GUERRA “nesse documento inscreve-se tanto os valores que a profissão determina, o conjunto de competências socioprofissionais e políticas quanto a direção político profissional estratégica. Então, Lei de Regulamentação, Código de Ética e Diretrizes Curriculares da formação profissional não são apenas instrumentos jurídicos, contemplam orientações técnico-operativas e ideo-políticas... Traduzindo tais valores e princípios para as particularidades do exercício profissional, o projeto ético-político explicita-se na exigência de competência: a qual não depende somente da vontade política e da adesão de valores, mas da capacidade de torna-los concretos”

CAPACIDADE PARA ENTENDER E MATERIALIZAR AS COMPETÊNCIAS


LOPES: “Como a matéria-prima do trabalho do assistente social é a

questão social em suas múltiplas expressões e a forma de atuação

junto a esta; é através de serviços e políticas sociais que visam

minimizar seus impactos nas condições de vida e trabalho da classe

trabalhadora, seria impossível determinar que toda a atuação do

assistente social junto a sua matéria-prima seja privativa.

CAPACIDADE PARA ENTENDER E MATERIALIZAR AS COMPETÊNCIAS


“Diferenciou, assim, olegislador aquelas funçõesde caráter privativo eportanto exclusivas doassistente social” (BRASIL,1997, p. 2).

“as competências genéricas queno nosso entendimentopoderiam ser executadas porqualquer profissional,diferentemente de outras leis deprofissões regulamentas quefixam tão somente as funçõesprivativas” (BRASIL, 1997, p. 2).

DIFERENÇA ENTRE COMPETÊNCIAS E ATRIBUIÇÕES DO ASSISTENTE SOCIAL

ATRIBUIÇÕES (ART. 5)COMPETÊNCIAS (ART. 4)


“Exige-se um profissional qualificado, que reforce eamplie a sua competência crítica; não só executivo,mas que pensa, analisa, pesquisa e decifra arealidade. Alimentado por uma atitude investigativa,o exercício profissional cotidiano tem ampliadas aspossibilidades de vislumbrar novas alternativas detrabalho nesse momento de profundas alteraçõesna vida em sociedade. O novo perfil que se buscaconstruir é de um profissional afinado com a análisedos processos sociais, tanto em suas dimensõesmacroscópicas quanto em suas manifestaçõesquotidianas; um profissional criativo e inventivo...”(IAMAMOTO, 2007, p. 49).


ALGUMAS PRODUÇÕES RELEVANTES SOBRE COMPETÊNCIAS

EVENTOS COLETIVOSRESOLUÇÕES SÉRIE TRABALHO

PROFISSIONALPRODUÇÃO DO

CONHECIMENTO

LOPES” No entanto, a materialização dos dispositivos impressos nesses documentos encontra obstáculos devido a contradição inerente a profissão: enquanto profissão liberal com clara direção ético-política voltada às demandas e interesses da classe trabalhadora, mas, que precisa vender sua força de trabalho para aqueles que representam os interesses da burguesia.”


FUNDAMENTALARTICULAR

- COMPETÊNCIASTEÓRICO-METODOLÓGICAS

- ÉTICO-POLÍTICAS

- TÉCNICO-OPERATIVAS


LOPES: “É a partir dessa articulação indissociável

entre Competência Teórico-Metodológica, Ético-

Política e Técnico-Operativa no processo de leitura

e compreensão da realidade e do fazer profissional

que devemos destrinchar os documentos e

demandas institucionais, tendo as políticas sociais

como o meio necessário para a materialização do

nosso trabalho, mas possuindo instrumentos e

competências claramente vinculadas a busca do

resultado concreto do nosso trabalho: a garantia

de direitos sociais e a minimização das expressões

da questão social e não a mera execução da política social.”

POLÍTICA SOCIAL COMO MEIO E NÃO COMO FIM

“Assim, pensar competências e atribuições

profissionais nos exige refletir dentro de uma analise

de totalidade e de fundamento da teoria social critica

que balisa e orienta a ação, mas também pensar a

política social e seus desmembramentos em

programas, serviços e ações como locus prioritário de

ação e das nossas respostas profissionais (dada a

nossa condição efetiva de trabalhador assalariado

vinculado prioritariamente aos órgãos do Estado).”

LOPES


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