Complemento EIA RIMA

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  • 7/28/2019 Complemento EIA RIMA

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    So Lus-MA

    2012

    Complemento do EIA-RIMA referente

    instalao e operao da unidade de

    beneficiamento do calcrio marinho na

    rea do Distrito Industrial em So Lus -

    MA.

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    SUMRIO

    INTRODUO ...................................................................... 4

    1. LOCALIZAO, DIAGNSTICO AMBIENTAL E

    ZONEAMENTO ..................................................................... 5

    1.1. rea Tot al do Terreno .............. ................ ............. 5

    1.2. rea Ocupada Pelo Empreendimento ....................... 5

    1.3. Localizao Geogrfica do Empreendimento............. 6

    1.4. Diagnst ico Ambiental ................ ................. ......... 9

    1.4.1. Caracterizao Hidrogeolgica ................ ............. 22

    1.4.2. Caracterizao dos solos ................ ................ ..... 36

    1.4.3. Caracterizao de declividade; potencial de recarga

    e uso e cobertura da terra zoneamento da regio ... 41

    1.4.4. Localizao do Empreendimento em relao s

    Unidades de Conservao .................................... 42

    1.4.5. Localizao da rea em relao ao mapa de bacias

    hidrogrficas ..................................................... 45

    1.4.6. Localizao da rea em relao ao plano diretor de

    ordenamento territorial ............... ................ ........ 49

    2. CARACTERIZAO DO EMPREENDIMENTO ............... 53

    2.1. Fase do Empreendimento ................ ................ ..... 53

    2.2. Matrias-Primas Utilizadas no Processo ................. 53

    2.3. Processos Operacionai s ............... ................ ........ 54

    2.4. Fluxograma do processo de beneficiamento .......... 56

    2.5. Equipamentos Utilizados ..................................... 61

    2.6. Abastecimento de gua ............... ................ ........ 61

    2.7. Esgotamento Sanitrio ........................................ 61

    2.8. rea de Abastecimento de Combustveis e

    Lubrifi cao de Veculos .............. ................ ........ 66

    2.9. Quadro de Funcionrios ...................................... 66

    2.10. Resduos e efluentes gerados em cada etapa do

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    empreendimento ................................................ 67

    2.11. Resduos Slidos ................................................ 74

    2.12. Projeto detalhado do sistema de tratamento do

    material particulado ........................................... 79

    3. EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL

    (EPI`S) ................................................................................ 82

    4. CONCLUSO ...................................................................... 84

    5. EQUIPE TCNICA .............................................................. 85

    6. REFERNCIAS .................................................................... 86

    ANEXOS .............................................................................. 90

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    INTRODUO

    O presente documento visa complementar o EIA-RIMA da

    BIOMAR MINERAO LTDA apresentando os estudos ambientais

    do empreendimento de instalao e operao da Unidade de

    Beneficiamento do sedimento marinho a ser localizada numa

    rea do Distrito Industrial de So Lus/MA. Foram analisadas as

    caractersticas e condies atuais dos ecossistemas locais, os

    impactos diversos que podem ocorrer sobre os mesmos e

    indicadas as medidas corretivas que possibilitem minimiz-los.

    Os estudos e levantamentos realizados e sintetizados

    neste documento, sobre o meio fsico, bitico, e

    socioeconmico da rea de influncia do projeto da Unidade de

    Beneficiamento, bem como a avaliao e identificao dos

    impactos e a sua mitigao, sugerem que os efeitos ambientais

    provocados pelo empreendimento so mitigveis atravs da

    adoo de medidas de controle a serem incorporadas pela

    empresa.

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    1. LOCALIZAO, DIAGNSTICO AMBIENTAL E ZONEAMENTO

    1.1. rea Total do Terreno

    O terreno aonde o empreendimento vai se instalar possui

    uma rea total de 280.000 m2 (Figura 1 e Anexo I).

    Figura 1- Poligonal do terreno da Usina s margens da BR-135.

    Observar o limite leste BR 135 e o limite oeste CFN.

    1.2. rea Ocupada Pelo Empreendimento

    O empreendimento ocupar uma rea de 58.178 m 2

    conforme projeto arquitetnico (Figura 2 e Anexo II).

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    Figura 2

    Projeto arquitetnico da rea da usina.

    1.3. Localizao Geogrfica do Empreendimento

    O empreendimento tem localizao privilegiada, situan do-

    se margem da rodovia federal BR-135 na zona Industrial,

    Municpio de So Lus MA, na poro Sudoeste da Ilha do

    Maranho, prximo s localidades Porto Grande (distante

    aproximadamente 5,36 km a Sudoeste) e Vila Maranho

    (aproximadamente 1,82 km a Norte-Noroeste), conforme se

    pode notar na Figura 3 e Figura 4 (Anexo III e IV

    respectivamente).

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    Figura 3- Localizao e situao geogrfica do local da Unidade de

    Beneficiamento de Calcrio, na poro Sudoeste da Ilha do Maranho.

    Fonte: Adaptado de Google Earth (2009).

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    Figura 4 - Situao geogrfica do local da Unidade de Beneficiamento

    de Calcrio, na poro Sudoeste da Ilha do Maranho. Fonte: Carta DSG Folha SA-23.Z-A-V.

    A parcela frontal da rea, no sentido leste, fica s

    margens da BR-135 e a parcela de fundo, no sentido oeste,

    margeia a ferrovia da CFN Companhia Ferroviria do Nordeste

    (Figura 5 e Anexo V).

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    Figura 5 - Localizao e situao geogrfica do local da Unidade de

    Beneficiamento de Calcrio, na poro Sudoeste da Ilha do Maranho.

    Observar o limite leste BR 135 e o l imite oeste CFN. Fonte:

    Adaptado de Google Earth (2009).

    1.4. Diagnstico Ambiental

    Para fins de diagnstico e futuro monitoramento

    ambiental do local da Unidade de Beneficiamento de Calcrio da

    empresa BIOMAR, convm destacar, segundo Bastos e Almeida

    (2000, p.85), as reas de influncia direta e indireta do

    empreendimento. Estas por seu turno correspondem ao raio deatuao de possveis danos ambientais aos meios fsico,

    ecolgico e/ou socioeconmico de certa regio. Os itens a

    seguir demonstram os recortes espaciais dessas reas de

    influncia, indicando sua abrangncia e justificativa que

    concorreu para a sua delimitao.

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    rea de Influncia Direta - AID

    A rea de Influncia Direta- AID do Empreendimento

    representada pelo prprio local da Unidade de Beneficiamento

    de Calcrio da BIOMAR. Apresenta uma rea de

    aproximadamente 280.000 m2, conforme demonstrado na Figura

    6 e Anexo VI. Esse espao corresponde, igualmente, rea

    Diretamente Afetada (ADA) do Empreendimento.

    Figura 6 - Localizao da rea de Influncia Direta- AID do local da

    Unidade de Beneficiamento de Calcrio. Fonte: Adaptado de Google

    Earth (2009).

    rea de Influncia Indireta- AII

    A rea de Influncia Indireta (AII) do Empreendimento

    representada por um polgono irregular que tem como limites:

    Ao Norte, a localidade Vila Maranho;

    Ao Sul, o Canal do Rio dos Cachorros;

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    A Leste e a Norte, o regio do Maracan e entorno

    imediato, caracterizada enquanto limite da rea

    de Preservao Ambiental - APA de Maracan;

    A Oeste, a regio de Porto Grande.

    A Figura 7 e Anexo VII apresenta, espacialmente, a

    disposio da AII do Empreendimento. Os critrios adotados

    para a presente definio territorial so:

    a) Dinmica climtica regional;

    b) Presena de interferncias antropognicas associadas

    em curso;

    c) Semelhanas entre as paisagens e coberturas vegetais

    dominantes, que indicam fluxos de biodiversidade da

    avifauna local e, pr-parte, impedimento dos fluxos

    gnicos de outros grupos de animais por entre

    fragmentos de matas secundrias ainda existentes, bem

    como limitam os avanos de espcies vegetais nativas.

    Figura 7 - rea de Influncia Indireta - AII do local da Unidade de

    Beneficiamento de Calcrio, na poro Sudoeste da Ilha do Maranho.

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    nos ltimos 80 (oitenta) anos na Cidade de So Lus, ao menos

    em termos pluviomtricos anuais totais, aspecto este

    considerado o mais importante nesse tipo de taxonomia

    climatolgica.

    O Municpio de So Lus ( lato sensu) e a rea do

    empreendimento (stricto sensu) sofrem influncias

    climatolgicas diretas da Zona de Convergncia Intertropical

    (ZCIT). Esta, por seu turno, uma macrorregio atmosfrica

    formada na regio prxima ao Equador Geogrfico, ou seja, em

    espaos de baixas latitudes, onde h o encontro dos ventos

    alsios de Nordeste e de Sudeste. As massas de ar originrias

    nessa macrorregio so geralmente midas e/ou supermidas e

    so as principais responsveis pelas dinmicas pluviomtricas

    de todo o Norte Maranhense, como tambm nas AID e AII do

    Empreendimento Usina de Beneficiamento de Calcrio da

    BIOMAR.

    Precipitao Pluviomtrica

    Conforme afirmado anteriormente, o ritmo de chuvas da

    Capital Maranhense apresenta as suas maiores concentraes

    entre janeiro e junho, com picos chuvosos maximizados entre

    maro e abril. Os meses seguintes (maio e junho) apresentam

    declnio de precipitaes at que haja, em julho, a configurao

    da estiagem, caracterizada por 06 (seis) meses bastante secos,

    com precipitaes mensais que chegam a menos de 5,0 mm.

    As precipitaes mdias anuais em So Lus variam de

    1.600 mm (mnimo medido at hoje) e 2.400 mm (mximo das

    medies das sries histricas). Analiticamente, as chuvas so

    fatores indispensveis e necessrios para a disperso de

    poluentes, tendo em vista que, fsica e quimicamente,

    produzem a depurao atmosfrica, removendo concentraes

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    diversificadas de impurezas suspensas na Troposfera (camada

    atmosfrica onde todas as atividades humanas de uso e

    ocupao so desenvolvidas).

    Segundo o INMET (2010), a precipitao total anual mdia

    de So Lus (e, por conseguinte nas AID e AII do

    Empreendimento Usina de Beneficiamento de Calcrio da

    BIOMAR, no Distrito Industrial de So Lus, localidade Porto

    Grande) de cerca de 2.203,10 mm. O Grfico 1 apresenta a

    distribuio mensal mdia das precipitaes nesse espao total

    no perodo de 19 anos, ou seja, de 1990 a 2009. Embora esses

    dados no contemplem uma srie histrica completa para o

    estabelecimento ou recaracterizao de tipologia climtica, pois

    deveria abranger as medidas anuas de precipitao de um

    perodo de 30 35 anos, elas j indicam, segundo Monteiro

    (2003), a normal climatolgica2 da regio de So Lus (MA) e,

    por conseguinte, da poro espacial Sudoeste da Ilha do

    Maranho, nas AID e AII do Empreendimento Usina de

    Beneficiamento de Calcrio da BIOMAR.

    2Normal climatolgica um conceito relacionado ao estabelecimento de

    mdio prazo (entre 15 e 25 anos) dos principais ritmos das dinmicasatmosfricas locais e/ou regionais, a partir de observaes dosacumulados mdios de precipitao e de temperaturas mdias.

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    Grfico 1- Distribuio mensal mdia das precipitaes nesse espao

    total no perodo de 1990 a 2009.

    Analisado o grfico anterior, pode-se observar que a

    tendncia constante de precipitaes para um dficit histrico

    de mdio prazo na distribuio das chuvas na segunda metade

    do ano. Isso implica, logicamente, no aumento do calor e do

    efeito de sensao trmica na Capital Maranhense, conforme

    ser retratado em item subsequente.

    A concentrao das guas pluviais na primeira metade do

    ano proporciona o reabastecimento dos corpos hdricos

    superficiais e dos armazenamentos de gua subsuperficiais, apartir das reas de recarga de aqufero (que sero mais bem

    descritas no item relacionado Hidrogeologia).

    Ainda sobre as dinmicas das chuvas regionais e locais,

    elas so orientadas preferencialmente em dois sentidos: chuvas

    de Nordeste e/ou chuvas de Sudeste. As direes Leste e

    Nordeste so tipologias direcionais de chuvas mais atuantes,

    pois como esto condicionadas ZCIT (conforme jmencionado), e a dinmica dessa zona de instabilidades

    212,7

    303,5

    405,8

    448,9

    346,2

    159,9

    128,3

    34,5 16,4 8,9

    64,3 73,7

    0

    50

    100

    150

    200

    250

    300

    350

    400

    450

    500

    JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

    PRECIPITAES(mm)

    MESES DO ANO

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    climatolgicas que determina, segundo as caractersticas

    meteorolgicas instantneas da rea, qual ser a sua direo.

    Como os padres de ventos podem flutuar numa amplitude

    direcional de NE a SE, em mdia 3 ou 4 vezes por minuto no

    perodo chuvosos, isso condicionar afirmativa de que cada

    chuva tem a sua prpria direo e seus prprios condicionantes

    atmosfricos caractersticos.

    As chuvas de Noroeste, Oeste e Sudoeste, embora

    rarssimas em So Lus (MA) e nas AID e AII do Empreendimento

    Usina de Beneficiamento de Calcrio da BIOMAR, pois acontecem

    em mdia uma ou duas vezes a cada 05 anos, geralmente so

    rpidas e trazem consigo grande possibilidade de alagamentos

    e fluxos erosivos superficiais, por conseguinte. Portanto, a

    drenagem do compartimento trreo do empreendimento deve

    ser muito bem realizada, prevendo essas excepcionalidades

    meteorolgicas.

    Temperatura, Umidade e Presso Atmosfrica

    Segundo Ayoade (2001), a temperatura, depois da

    precipitao, o elemento meteorolgico e climatolgico mais

    discutido. A temperatura definida pelo grau de agitao das

    molculas, de modo que quanto mais agitadas elas estiverem,

    maior ser o calor. Para Mendona e Danni-Oliveira (2007, p.

    49), temperatura do ar [...] a medida do calor sensvel nele

    armazenado, sendo comumente dada em graus Celsius ou

    Fahrenheit e medida por termmetros [...].

    A influncia dos ventos alsios de Nordeste e da

    circulao local contm, em mdia, 79,4% de umidade relativa

    do ar, que, associado grande quantidade de nebulosidade

    durante o ano todo, faz com que a temperatura em grande parte

    da Costa Maranhense, bem como do nas AID e AII do

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    Empreendimento Usina de Beneficiamento de Calcrio da

    BIOMAR, seja minimizada.

    Segundo Maranho (2003), a temperatura mdia histrica

    das mximas no perodo chuvoso para So Lus de 30C. J

    durante a estiagem, as mdias das mximas chegam a 31C.

    Isso demonstra certa proximidade entre mdias das mximas, o

    que indica temperaturas elevadas durante todo o ano. Porm, a

    mdia anual de temperatura para os ltimos 19 anos (1990 a

    2009) de 26,5C. O grfico 2 apresenta as mdias de

    temperaturas para esse perodo.

    Grfico 2 - Distribuio mensal mdia das temperaturas em So Lus

    (MA) no perodo de 1990 a 2009. Fonte: INMET (2010).

    Comparando estes dois grficos pode-se inferir

    logicamente que os meses de maior incidncia de altas

    temperaturas so os mesmos associados s baixas precipitaes

    hdricas.

    A variao da temperatura o Sistema Climtico Urbano

    (SCU), segundo Monteiro (2003), acontece pela atuao de um

    ou mais dos fenmenos espaciais citados a seguir:

    26,2 26,3 25,9 26,0 26,1 26,2 26,1 26,2

    27,3 27,427,127,2

    20,0

    21,0

    22,0

    23,0

    24,0

    25,0

    26,0

    27,0

    28,0

    JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

    TEMPERATURASMDIAS(C)

    MESES DO ANO

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    Variaes da insolao diria, atravs da mudana

    de posio do Sol durante o dia;

    Presena de chuvas ou prximo ocorrncia de

    precipitaes;

    Incidncia de ventos sobre a rea (para maiores

    contextualizaes locais e regionais, o Grfico 3

    apresenta a Rosa dos Ventos do Aeroporto de So

    Lus, referncia para esse tipo de estudo);

    Presena de atividades humanas, pois quanto

    maiores espacialmente a distribuio e frequncia

    de intervenes induzidas no meio, maiores sero as

    temperaturas medidas;

    Proximidade de reas verdes, como bosques e/ou

    florestas.

    Grfico 3 - Rosa dos Ventos do Aeroporto Cunha Machado, em So Lus

    (MA), cujas medidas so a principal referncia desse tipo de

    condicionante meteorolgica para a Ilha e, por conseguinte, para as

    AID e AII do Empreendimento Usina de Beneficiamento de Calcrio da

    BIOMAR. Fonte: PETROBRS (2009).

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    No caso especfico da AID do Empreendimento Usina de

    Beneficiamento de Calcrio da BIOMAR, existem importantes

    reguladores trmicos prximos, quais sejam:

    Proximidade de um corpo hdrico de propores

    locais considerveis, ou seja, a Baa de So Marcos;

    Proximidade de ecossistema de manguezais

    associados Baa de So Marcos.

    Ambos componentes do espao total local so

    responsveis pela regulao climatolgica de temperaturasmdias de curto, mdio e longos prazos. Os demais micro-

    corpos hdricos locais e/ou reas com coberturas de gramneas

    e/ou com matas de sucesso ecolgica (capoeiras em diversos

    estgios de regenerao) no possuem fora substancial para o

    controle da dinmica atmosfrica indutora de mudanas para a

    mitigao dos efeitos das temperaturas atmosfricas locais.

    No que tange umidade atmosfrica, o local doempreendimento e o municpio em que se encontra esto

    contidos em rea com teor elevado de umidade durante todo o

    ano. A mdia anual, que de 81%, superada continuamente

    entre os meses de janeiro e junho, quando do desenvolvimento

    do perodo chuvoso. O trimestre mais mido maro, abril e

    maio, correspondentes aos maiores ndices pluviomtricos

    anuais. Os meses mais secos correspondem a setembro,outubro e novembro, os quais so os de menores ndices

    pluviomtricos (INMET, 2010).

    Ademais, mesmo durante os meses de maior aquecimento

    e auge da estao seca (segundo semestre), raramente a

    umidade atmosfrica cai para valores inferiores a 50%,

    enquanto que, durante a estao chuvosa, os valores

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    Figura 8 - Mapa Geolgico da rea.

    Grupo Barreiras (ENb) So sedimentos continentais que

    aparecem amplamente distribudos em toda a rea de estudo,

    constitudos por depsitos areno-argilosos, pouco

    consolidados, vermelhos, algumas vezes slticos com

    intercalao de caulim.

    Caracteriza-se por uma estrutura sedimentar macia de

    geometria lenticular e originado por processos de trao,

    envolvendo fluxo de detritos, em contexto de eventos de

    peneplanizao mecnica concentrando o saldo detrtico mais

    grosso e pesado que estava em trnsito para os t alvegues.

    O Grupo Barreiras na rea pode fcies conglomertica

    formada por canga latertica.

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    1.4.1. Caracterizao Hidrogeolgica

    1.4.1.1. Aspectos da Hidrogeologia Regional

    A investigao hidrogeolgica consiste na reunio de

    informaes confiveis que levem compreenso de como se

    desenvolve a acumulao e circulao da gua no meio

    subterrneo. Essa aproximao denominada modelo

    conceitual, e engloba uma descrio quantificada de feies quecaracterizam o meio fsico, onde se destaca o papel da

    geomorfologia e do arranjo geolgico no controle dos

    fenmenos hidrogeolgicos, e as propriedades hidrulicas que

    governam as condies de recarga e descarga e direo do

    fluxo subterrneo.

    Nesse contexto a abordagem sobre o arranjo geolgico

    contempla a descrio sucinta das caractersticas litolgicas dasunidades cronoestratigrficas ocorrente no espao regional da

    ilha, adicionando a essa informao o paleoambiente provvel

    de deposio, e as formas de relevo presentes no espao mais

    restrito da rea sob investigao.

    O meio ambiente subterrneo da Ilha de So Lus

    caracterstico de deposio sedimentar em ambiente estuarino,

    com grande variao textural na razo areia/argila contida em

    seus sedimentos e rochas sedimentares. Estes materiais so

    distribudos do Cretceo ao Holoceno, e so estudados dentro

    do quadro estratigrfico da Bacia Costeira de So Lus.

    A serie estratigrfica descrita entre o Holoceno e o

    Cretceo, nessa ordem, pode assim ser sintetizada:

    Em superfcie, e principalmente nas depressestopogrficas, cordes litorneos e esturios, se acumularam

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    depsitos atuais (Quaternrios), de origem fluvio-marinha,

    constitudos por areias, siltes e argilas;

    Sob esses materiais, ou na condio de aflorantes em

    superfcie, ocorrem rochas sedimentares friveis, cuja colorao

    varia do vermelho ao amarelo, ou branco, onde a frao areia

    fina a mdia dominante, mas com significativa presena de

    silte e argila. Entre as camadas arenosas intercalam-se nveis

    argilosos e conglomerados laterticos. Estes depsitos

    formariam uma espessa plancie fluvial costeira, com at 100

    metros de espessura, cujo espessamento aumentaria de norte

    para sul, e de oeste para leste. Essa sequncia constitui a

    Formao Barreiras, datada do Tercirio (Paleogeno-Neogeno);

    Sob a sequncia terciria, em contato discordante

    geralmente demarcado por camada de calcrio, ou por uma

    sucesso de camadas argilosas cinza-esverdeada, ocorrem

    materiais arenosos avermelhados, cuja granulometria mdia a

    grosseira, com matriz argilosa, com predominncia de caulinita,e intercalaes de siltito argiloso. O acamamento geralmente

    exibe boa estratificao plano-paralela. A sequncia descrita

    corresponderia a uma plancie aluvionar, na qual as camadas

    arenosas representariam paleo-canais, enquanto os nveis

    argilosos e siltosos representariam os planos de i nundao.

    Conforme se descreve, so esperadas variaes

    litolgicas pronunciadas, tanto na vertical comohorizontalmente, influindo na ocorrncia de camadas aquferas

    mltiplas nessa sequncia. A profundidade das camadas

    arenosas varia entre 70 a 170 metros, com espessuras de 30 a

    40 metros. Tais camadas no apresentam, entretanto,

    homogeneidade vertical, sendo intercaladas com camadas

    argilosas. Essa sequncia caracteriza a Formao Itapecuru,

    datada do Cretceo Superior (Cenomaniano).

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    A uma profundidade superior a dos poos tubulares

    destinados captao de gua subterrnea, sob contato

    discordante erosivo somente atingido pelos poos

    estratigrficos construdos pela PETROBRAS no continente, e

    com apoio de perfilagem geofsica para auxiliar na identificao

    litolgica, jazem arenitos e siltitos com cimentao carbo ntica,

    ricos em sulfetos (pirita), e gipsita, atribudos Formao

    Cod, datada do Cretceo Inferior.

    1.4.1.2. Relaes entre Litologia e Formas de Relevo na

    rea.

    Com base na anlise de perfis de sondagens (poos

    tubulares de abastecimento de gua) e na observao de cortes

    de estradas e da prpria superfcie, forma identificados os

    seguintes tipos litolgicos na rea do empreendimento: arenitos

    quartzosos, de granulometria fina a mdia, com colorao

    branca, acinzentado e rseo; arenitos macios, argilosos, de

    colorao rseo-avermelhada; ndulos e blocos de concrees

    ferruginosos; areias quartzosas inconsolidadas.

    Da superfcie at a profundidade de 50 metros, em

    mdia, tem-se o predomnio de arenitos quartzosos,

    inconsolidados, com matriz argilosa incipiente, constituindo a

    fcies areno-argilosa do Tercirio. Estes materiais constituem o

    corpo das colinas da regio, resultantes de processos erosivos

    que fracionaram o grande tabuleiro costeiro ao longo do tempo.

    Os planos e rampas, onde se localizam zonas midas e

    inmeras nascentes so aluvies arenosos, de onde provm a

    areia intensamente explorada na regio.

    As formas de relevo em escala local so vertentes

    (encostas), colinas de topo suavemente ondulado, vales

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    estreitos e rasos, talvegues e planos fluvio-marinho (mangues),

    estes presentes ao longo do curso dos igaraps.

    O relevo exibe formas mais destacadas a noroeste da rea

    alvo deste estudo, ocorrendo colinas de encostas mediamente

    ngremes, e topo suavemente ondulados, constitudas por

    arenito capeado por laterita, cujas vertentes tem um perfil

    convexo para o interior das microbacias dos riachos Pindoba,

    Arapapai e Buenos Aires, indicando tendncia distribuio de

    guas pluviais.

    Os divisores das microbacias dos igaraps Arapapai ePindoba, a noroeste da rea alvo deste estudo, e Igarap dos

    Cachorros a sudoeste da rea, so colinas esculpidas nos

    arenitos cujo topo protegido por nveis laterticos, o que

    determina declividades entre 13 a 37% (ou 7 a 18), portanto

    declividade mdia a forte (GUERRA e CUNHA, 1996), quando

    ainda isentas de intervenes mecanizadas nas encostas.

    As encostas visveis ao longo da estrada de Porto Grandeapresentam-se descaracterizadas de seu formato original, em

    razo das atividades de minerao de areia. Onde est

    ocorrendo extrao de areia, as encostas tm um perfil

    praticamente vertical (Foto 1).

    Em toda a zona as cotas so muito prximas, situam-se

    preferencialmente entre 10 e 40 metros, traduzindo as

    variaes de relevo, que ocorrem bruscamente. As costas com

    valor inferior a 10 metros indicam o domnio das reentrncias,

    que so baixadas inundveis pelas mars, preenchidas por

    areias e lamas de mangue, tpicas do l imite oeste da rea.

    O espao entre as colinas apresenta relevo brando que

    varia de suavemente ondulado a plano, constituindo uma rampa

    inclinada para o sul. Essa superfcie tipo rampa, entretanto,

    ainda apresenta ressaltos topogrficos, como pode ser vi sto aos

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    fundos da Usina de Asfalto, na localidade do Taim, e

    retaguarda do povoado Porto Grande.

    A rampa indica que a eroso suprimiu as camadas iniciais

    de arenito com laterita, e apresenta um perfil quase cncavo,

    favorecedor da coleta de guas pluviais. Ao longo da calha do

    rio dos Cachorros se desenvolvem planos inundveis.

    A combinao da declividade com a natureza dos solos

    locais (Argissolos e Neossolos arenoquartzosos) induz

    fragilidade mdia ao relevo, em termos de sensibilidade

    eroso, que culminar, em caso de operaes de cortes edesmonte das elevaes, na remoo e lixiviao (lama

    vermelha) do solo exposto, causando o assoreamento de

    mangues, reentrncias e zonas midas.

    O empreendimento ora proposto ocupar a superfcie do

    topo naturalmente aplainado de uma colina componente do

    sistema divisor do Igarap dos Cachorros, distante 3.760

    metros do ponto mais prximo do canal do igarap. A encostada face leste, em contato com a BR-135, exibe declividade

    baixa, gradando quase imperceptivelmente para o topo, o

    mesmo ocorrendo ao norte e a sul. A encosta oeste, em contato

    com a ferrovia Carajs, exibe forte declividade, aparentemente

    influenciada pelas obras de instalao da prpria ferrovia.

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    Foto 1- Colina constituda por arenito rseo frivel, sob capeamento

    areno-argiloso-latertico (Fm. Barreiras). Estrada Porto Grande.

    1.4.1.3. Aspectos Gerais da Hidrogeologia de So Lus

    Na Ilha de So Lus so reconhecidas duas unidades

    hidroestratigrficas; um sistema aqufero semiconfinado

    relacionado aos sedimentos do Cretceo atribudos Formao

    Itapecuru, e um sistema aqufero livre, constitudo pelos nveis

    arenosos dos sedimentos do Tercirio atribudos Formao

    Barreiras.

    O aqufero Itapecuru considerado como um aquitardo na

    regio (LEAL 1977 apud RODRIGUES et al., 1994). Entretanto, a

    camada confinante superior tem uma sequncia cclica de nveis

    de composio varivel de argila e areia, permitindo a

    realimentao do aqufero a partir da infiltrao das guas

    pluviais, caracterizando-o como semiconfinado. O nvel de

    variao mdia de rebaixamento do nvel das guas da ordem

    de 9 m, em condies litolgicas tpicas de camadas aquferas,

    com vazo especfica mdia de 2,94 m/h/m, verificando-se um

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    valor mximo de 21,5 m/h/m e mnimo de 1,4 m/h/m

    (RODRIGUES et al., 1994).

    O aqufero livre Barreiras se caracteriza por uma camada

    permevel de arenito quartzoso, frivel, parcialmente saturada

    de gua, limitada na base por uma camada semipermevel de

    siltito ou argilito (REBOUAS, 1972).

    A disposio espacial das fcies litolgicas com variaes

    na razo areia/argila, tanto no sentido horizontal como vertical,

    reflete a complexidade do comportamento hidrodinmicos dos

    sistemas aquferos.O aqufero livre Barreiras tem uma espessura varivel de

    15 a 50 metros, constitudo por arenitos cuja granulometria

    varia de fina a mdia, com intercalaes de silte e argila. Os

    nveis arenosos no so espessos, implicando no rpido trnsito

    das guas subterrneas, que logo infiltram para o aqufero

    semi-confinado ou surgem em reas de descarga ao longo das

    encostas, nos grotes da regio (COSTA, 2003).

    Dentre as propriedades fsicas das camadas

    sedimentares, sero abordadas aquelas que explicam o fluxo de

    gua e de outros fluidos, bem como, a habilidade dessas

    camadas em armazenar gua atravs do meio sedimentar

    poroso.

    A condutividade hidrulica o coeficiente que expressa a

    facilidade com que um fluido transportado atravs de um

    meio poroso, sendo dependente das propriedades do meio e do

    fluido, Libardi (1995). um dos mais importantes parmetros

    hidrulicos, e depende da natureza do meio e da densidade e

    viscosidade do fluido, sob determinadas condies de

    temperatura e presso.

    Essa propriedade hidrulica varia com a granulometria domaterial; nos solos arenosos varia de 10 - 2 a 10 - 3 cm/seg., e nos

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    argilosos de 10 - 4 a 10 - 7 cm/seg. A condutividade hidrulica, ou

    permeabilidade, expressa em unidades de velocidade, com a

    massa liquida deslocando-se entre 4,95 a 8,64 metros por dia,

    no interior da sequncia sedimentar da Formao Barreiras,

    particularmente na sub-bacia do Rio Pacincia, e na regio de

    Vila Maranho, de acordo com testes de bombeamento de poos

    tubulares.

    A porosidade do material ou ndice de vazios, afeta

    diretamente a condutividade, principalmente o tamanho dos

    poros. Os materiais arenosos apresentam maiores valores de K

    do que os de granulometria fina, em condies de saturao

    com gua.

    A porosidade mdia da sequncia Terciria e Quaternria

    de 21%, com mximo de 30%, entendendo-se que estes

    percentuais representam o volume de gua e ar existente entre

    os interstcios dos gros dos sedimentos constituintes do

    pacote sedimentar.Em termos de capacidade de infiltrao de guas pluviais

    nessa sequncia, descontando-se as perdas com o imediato

    escoamento superficial nas superfcies compactadas

    (urbanizao), e com a evapotranspirao, estima-se em clculo

    bem conservador, que entre 14 a 25% da pluviosidade anual

    (2.000 mm) seja armazenado nas reas de recarga de aquferos

    da Ilha de So Lu s, com base na descarga mdia do perodo deestiagem, obtida em teste de vazo no Rio Pacincia

    (ACQUAPLAN, 1972).

    Conforme o mapa piezomtrico elaborado por Rubio e

    outros (2001) as direes preferenciais de fluxo de guas

    subterrneas, relacionadas com a rea deste estudo, partem dos

    altos de Tanandiba e Rio Grande (entorno sul de Maracan),

    dirigindo-se para oeste-sudoeste. A declividade (gradiente) da

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    superfcie piezomtrica suave, com um valor igual a 4,77. 10 -

    3. (Figura 9 a Anexo IX).

    Estes fluxos so incrementados pela infiltrao ocorrente

    nas colinas que margeiam a costa oeste da ilha, considerando

    seu destaque topogrfico e sua superfcie areno-latertica, onde

    se desenvolvem micro e macroporos, resultado da razo

    areia/laterita, o que permite boa infiltrao de gua pluvial.

    A partir dessas colinas mais prximas da costa, partem

    vrias drenagens naturais, rasas e temporrias, que se

    conectam com os pequenos cursos dgua dos igaraps comoArapapai, Buenos Aires, Pindoba e Cachorros, contribuintes da

    bacia ocenica. A sazonalidade do fluxo nessas drenagens se

    deve ao acumulo de gua pluvial, em camadas aquferas com

    espessura e extenso limitadas, de baixa profundidade,

    portanto sem conexo com a superfcie piezomtrica mais

    profunda.

    Figura 9 - Mapa topogrfico/potenciomtrico. Ver sentido do fluxo.

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    A convergncia dos fluxos subterrneos, no subsolo do

    bairro Maracan at Vila Maranho, determina na rea a

    ocorrncia de nvel fretico raso, sendo frequentes os

    alagadios ocupados por vegetao tipo juareiras e

    buritizeiros, formando-se tambm as correntes de diversos

    riachos (Foto 2).

    Foto 2 - Vista parcial das reas midas da regio.

    Em termos geoqumicos, tem-se no ambiente rocha/gua

    alta concentrao de CO2

    e O2, devido grande interao deste

    ambiente com a atmosfera, o que acentua os processos

    biogeoqumicos. A estagnao das guas subterrneas no meio

    poroso da regio de Maracan e Vila Maranho, confere a estaaltos teores de slidos dissolvidos, chamando a ateno o alto

    teor em ferro.

    A textura arenosa dos solos determina baixa capacidade

    de troca de ctions, reduzindo-lhes a capacidade de adsoro

    de compostos orgnicos, deixando a superfcie e subsuperfcie

    local susceptvel aos riscos derivados da acumulao de

    subprodutos como alcatro, leos e resduos qumicos, alm da

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    baixa capacidade desses solos de neut ralizao da chuva cida,

    que induz a mobilizao de poluentes para o meio poroso.

    Ainda em relao mobilidade dos contaminantes

    orgnicos acima citados, juntamente com outros contaminantes

    inorgnicos inerentes atividade industrial, a atenuao natural

    da possvel migrao de poluentes encontrar na caulinita seu

    principal agente.

    Este argilo-mineral, entretanto, tem baixssima

    capacidade de reteno de contaminantes, no sendo segura

    sua utilizao na impermeabilizao de aterros industriais, poisa confiabilidade destes no pode ficar restrita proteo dada

    pelo fundo artificial de PVC ou outro geotxtil, com vida til de

    utilizao finita, necessitando de um embasamento argiloso

    mais expansivo, que atenda s necessidades de

    impermeabilizao do solo imediatamente sob o geotxtil.

    1.4.1.4.

    Caractersticas Hidrogeolgicas Locais

    Os parmetros hidrodinmicos obtidos na rea do

    levantamento indicam que a ocorrncia de gua subterrnea

    est condicionada a um aqufero semi-confinado, confirmado

    pelo coeficiente de armazenamento (S) de 1,5. 10 - 4. A

    Transmissividade (T) tem um valor de 190 m 2 /dia, um valor que

    indica potencial mdio para atender demandas industriais, com

    at oito (08) horas dirias de bombeamento.

    A condutividade hidrulica, inferida a partir de dados

    regionais, tem o valor de 3,88 m/dia (4,5. 10 - 5 m/s), portanto

    condicionada a influncia de meio poroso constitudo por

    arenitos com granulometria fina.

    A estratificao dos materiais geolgicos no local, obtida

    por correlao altimtrica com o poo tubular situado no

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    Conjunto Residencial Jatob, na Vila Maranho, a menos de dois

    (02) Km da rea alvo deste estudo, demonstrada no quadro

    abaixo.

    Quadro 1 - estratificao dos materiais geolgicos.

    A captao de gua subterrnea no local deste

    empreendimento, considerando a correlao com os poos

    tubulares localizados na Vila Maranho, poder ser obtida

    atravs de um poo com profundidade em torno de 140,0metros, no qual o nvel esttico dever situar-se prximo de

    32,0 metros, com rebaixamento previsto de 13,0 metros,

    associado vazo de teste de 12,0 metros cbicos/hora,

    durante oito (08) horas de operao diria.

    A recarga do sistema aqufero realizada pelas

    precipitaes pluviais. Na inferio de um balano hdrico

    simplificado, estritamente para o local do empreendimento,

    Profundidade (m) Unidade Geolgica Litologia0-13

    Formao BarreirasArenito mdio, frivel, rseo.

    13-37Arenito mdio, argiloso,rseo.

    37-57

    Formao Itapecuru

    Arenito fino, siltoso,esverdeado.

    57-64 Arenito argi loso, esverdeado.

    64-71 Silt i to areno-argi loso,esverdeado.

    71-77Arenito fino, siltoso,esverdeado.

    77-88 Siltito argiloso, esverdeado .

    88-94Arenito fino, siltoso,esverdeado.

    94-106Argilito esverdeado; folhelhocinza.

    106-110 Siltito argiloso, esverdeado .

    110-121Siltito arenoso, cinza.

    121-126 Arenito fino, argiloso, cinza.

    126-131 Arenito fino, siltoso; folhelhoesverdeado.

    131-143 Arenito fino a mdio, cinza.143-148 Argilito arroxeado, calcfero.

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    adotaremos os valores anuais mdios de pluviometria (P=2.122

    mm) e evapotranspirao (ET=1.729 mm).

    Estabelecendo as relaes de entrada e sada de gua no

    sistema, unicamente atravs de P e de ET, resulta que a recarga

    potencial (R) seria de 393 mm. Atribuindo como rea de

    infiltrao mxima somente o topo plano da elevao a ser

    parcialmente ocupada pelo empreendimento, entre as cotas de

    40,0 e 45,0 metros, e considerando o intervalo de cotas inferior

    a 40,0 como zona de declive que favorece o runoff, a infiltrao

    ocorreria ento em uma rea (A) de 110.473 m.

    Considerando que a superfcie local constituda por

    arenito mdio, frivel, que se decompe formando delgada

    camada de solo quartzoso, atribui-se para esse material a

    porosidade efetiva igual a 0,1.

    A taxa de recarga efetiva (RE) obtida atravs da relao

    matemtica entre (R), (A) e porosidade efetiva:

    RE = R.A.0,1 = 0,393 m/ano x 110.473 m x 0,1

    =4.341,59m/ano.

    Distribuindo-se este volume sobre a rea de infiltrao

    mxima resultaria em uma lamina igual a 0,0393 m, ou 39,3

    mm/ano, o que corresponderia a 10% da recarga potencial, com

    o restante sendo consumido pela evaporao e pelo runoff.

    O conjunto das qualidades naturais da rea de estudo,formas de relevo, solos e cobertura vegetal, confere rea

    importncia relativa no desenvolvimento e equilbrio do ciclo

    hidrolgico local, e nos processos ecolgicos do ambiente

    costeiro.

    O relevo colinoso, com amplitude de cotas de at 45 m

    acima do nvel do mar, com topo cncavo e tabular, dotado de

    cobertura arenosa, protegido por vegetao, responsvel pelaacumulao de guas pluviais nos poros do corpo sedimentar

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    (20 a 30% do volume do meio sedimentar local composto por

    poros preenchidos por ar e gua), Leal (1972);

    O armazenamento gera uma superfcie piezomtrica (nvel

    superior das guas subterrneas), com carga hidrulica (coluna

    de gua doce saturando o meio sedimentar) de 3 metros acima

    do nvel do mar.

    A inclinao da superfcie fretica divergente para

    oeste, no sentido da costa, e para sudeste, sentido da

    microbacia hidrogrfica do Igarap Rio dos Cachorros, com

    gradiente suave proporcionando um escoamento lento dasguas subterrneas, o que explica a baixa velocidade do fluxo

    de base dos igaraps da regio.

    A anlise da composio qumica da gua subterrnea,

    sem mineralizao anmala e com alto teor de oxignio

    dissolvido, alm da potabilidade, indica que as guas no tm

    tempo de residncia prolongada no meio sedimentar,

    confirmando a condio de zona de recarga da rea comrestituio ao meio exterior atravs de sistemas de fluxo locais,

    ou, no mximo fluxos intermedirios, o que visvel diante do

    relevo da rea, com elevaes e vales contguos .

    As condies qualitativas da gua subterrnea, bem como

    a velocidade mdia de percolao de 0,778 m/dia das guas

    infiltrantes, indicam alta permeabilidade do solo, tambm

    causada por macroporos presentes nos nveis laterticos

    imediatamente sob a cobertura arenosa.

    As colinas presentes na regio, portanto, exercem papel

    fundamental na manuteno do equilbrio hidrosttico, ao

    garantir a existncia de carga hidrulica de gua doce

    suficiente, servindo como anteparo contra o avano da cunha

    salina. Deve-se destacar que poucas centenas de metros a

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    So caracterizados como solos de muito baixa fertilidade

    natural, fortemente cidos e elevados teores de alumnio

    trocvel. No apresentam grandes estoques de nutrientes em

    suas composies, embora, dada aos altos indicativos de

    intemperizao em profundidade (intemperismo fsico por

    hidratao) sejam o substrato natural para a instalao de

    coberturas vegetais densas, como florestas, stricto sensu na

    AID do Empreendimento, outrora existentes. A Foto 3 e Foto 4

    demonstram as principais configuraes e disposies espaciais

    dos Latossolos Texturais Mdios na AID do local de interveno.

    Foto 3- Cortes em reas de adaptao de morfologia tabuliforme para a

    instalao de ramal da Ferrovia Carajs So Lus, no espao limtrofe,

    a Oeste, do terreno do Empreendimento Usina de Beneficiamento de

    Calcrio da BIOMAR. Fonte: Registros da Pesquisa (2011).

    Observa-se a alterao da paisagem, em funo de

    processo e sucesso ecolgica em curso, com presena de

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    capoeira rala a cobrir patamares pedolgicos de Latossolos

    Texturais Mdios.

    Ademais, observa-se que, logo no Horizonte A dos

    Latossolos Texturais Mdios da AID do Empreendimento, alm

    de uma certa quantidade de matria orgnica, composta

    principalmente por razes de gramneas e pequenos arbustos,

    encontram-se dispostas horizontalmente camadas de lateritas

    at a profundidade de 1,30m, passando do Horizonte A ao B,

    conforme pode ser visto na Foto 4. A partir desse pdon,

    aparecem os horizontes convencionais dessa tipologia de solo

    com as propriedades de alteraes sucessivas das camadas

    sedimentares, transformando-as em estrato pedolgico (contato

    rocha matriz solo).

    Foto 4 - Horizontes de Latossolos Texturais Mdios na AID do

    Empreendimento. Fonte: Registros da Pesquisa (2011).

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    Assim sendo, as principais caractersticas dos Latossolos

    Texturais Mdios na AID e AII do Empreendimento so baseados

    em EMBRAPA (2006), as que seguem:

    a) Solos em avanado estgio de intemperizao, com

    indicativo de mdias profundidades (at 6-8 metros

    na AID do Empreendimento);

    b)Capacidade baixa de troca de ctions da frao

    argila;

    c) Apresentam alta capacidade de drenagem;d)So solos que apresentam acidez, com baixa

    saturao por bases e so caracterizados como

    distrficos.

    No que tange AII do Empreendimento, segundo Mapa de

    Solos da Ilha do Maranho elaborado por Diferencial (2008), h

    extensa presena de dois tipos distintos de solos: a) o

    Podzlico Vermelho-Amarelo; e b) Solos Indiscriminados deMangue. A distribuio espacial de tais conjuntos pedolgicos

    est na Figura 10 e Anexo X.

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    Figura 10 - Carta de solos das AID e AII do Empreendimento Usina de Beneficiamento de Calcrio da BIOMAR.

    Fonte: Adaptado de Diferencial (2008) e Google Earth (2009).

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    O solo do tipo Podzlico Vermelo-Amarelo, ou Argissolo

    Vermelho-Amarelocompreendem solos minerais com sequncia de

    horizontes A, (E), B e C, com horizonte B textural de argila de

    atividade baixa, no hidromrficos e moderadamente drenados

    (EMBRAPA, 2006). A textura mdia a argilosa, normalmente com

    incremento no teor de argila em profundidade, relao textural

    A/B expressiva. So de profundidade e drenagem interna varivel,

    de cores avermelhadas ou amareladas e mais raramente brunadas

    e acinzentadas. So forte a moderadamente cidos, predominando

    perfis caulinticos.

    J os Solos Indiscriminados de Mangue, so considerados

    solos com grande quantidade de materiais gleizados e sem

    diferenciao de horizontes, com alto contedo em sais e

    compostos de enxofre, provenientes da gua do mar. Distribuem-

    se em reas sedimentares pantanosas e alagadas (paludais),

    sujeitas a influncias permanentes das mars. Tais terrenos soconstitudos por vasas bastante recentes (PALMIERI; LARACH,

    2000, p. 115).

    1.4.3. Caracterizao de declividade; potencial de recarga e

    uso e cobertura da terra zoneamento da regio

    O perfil longitudinal das vertentes praticamente retilneo,

    ou seja, com ngulos de declividade praticamente constantes,

    salvo em alguns locais, onde o tero superior das encostas tem

    seu topo demarcado pela presena de nveis laterticos mais

    concentrados, com ruptura positiva de declive, permitindo o

    reconhecimento de perfil cncavo de curta extenso, na parte

    superior das encostas.

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    O conjunto das formas de relevo presentes na rea alvo

    deste levantamento e em seu entorno imediato, associa vales

    rasos e largos com vertentes suaves de colinas baixas, com

    declividade branda variando entre 3 a 8%, quebrando a monotonia

    da superfcie de rampa com declividade regional inferior a 5%,

    caindo para sul e oeste.

    De modo geral, as vertentes so tambm coletoras de guas

    pluviais, incrementando o potencial de recarga de guas

    subterrneas exercido pela ampla superfcie regional em rampa,refletindo a combinao dos parmetros descritos associados

    declividade das formas de relevo, com a natureza da lit ologia dos

    seus materiais geolgicos constituintes. A taxa de recarga

    potencial estimada em 18% do total da pluviometria anual,

    conforme comentado no item da hidrogeologia.

    Este potencial de recarga tambm favorecido pelo baixo

    ndice de urbanizao da regio, que parte do Distrito Industrialde So Lus-DISAL, cuja caracterstica de uso e ocupao do solo

    marcada pela presena de edificaes esparsas e vias de acesso

    de curta extenso, no interior dos lotes industriais j ocupados.

    1.4.4. Localizao do Empreendimento em relao s

    Unidades de Conservao

    As Unidades de Conservao (UCs) so definidas, segundo

    a Lei 9.985/2000, Art.2, alnea I, como:

    [ ...] espao territorial e seus recursos ambientais,incluindo as reas jurisdicionais, com caractersticasnaturais relevantes, legalmente institudas pelo PoderPblico, com objetivos de conservao e limitesdefinidos, sob regime de administrao, ao qual seaplicam garantias adequadas de proteo [...] (BRASIL,2000).

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    Das UCs municipais, estaduais e federais existentes na Ilha

    do Maranho, o Parque Estadual do Bacanga (aproximadamente a

    5,0 km) e rea de Proteo Ambiental APA da Regio do

    Maracan (aproximadamente a 2,0 km), pode-se observar na

    Figura 11 que essas reas so as que mais se aproximam do

    Empreendimento ora discutido. A primeira rea citada faz parte

    do grupo de UCs de Proteo Integral e a segunda, de Uso

    Sustentvel.

    A proteo da biodiversidade do Parque Estadual doBacanga um desafio permanente, principalmente pela alto grau

    de controle humano dos espaos de entorno imediato dessa UC,

    bem como as presses existentes relacionadas ao uso irregular de

    terras dentro de seus domnios e pela caa ilegal desenvolvida em

    seu permetro interno.

    O Parque Estadual do Bacanga foi criado pelo Decreto

    Estadual N. 7.545, de 07 de maro de 1980 (MARANHO, 1980),considerando os ecossistemas naturais existentes na poro

    Oeste do municpio de So Lus, bem como a necessidade

    iminente de preservar os seus elementos ambientais. Com rea

    original de 3.075 hectares, teve em 10 de abril de 1984, pelo

    Decreto Estadual 9.550 (MARANHO, 1984), sua rea diminuda

    em 436 hectares, haja vista os intensos processos de ocupaes

    desordenadas em seus limites externos. Hoje sua rea totalpermanece em 2.636 hectares.

    Os principais conflitos ambientais pelos quais passa o

    Parque Estadual do Bacanga so: na superposio de usos

    existentes em seus domnios espaciais, em que pesem as

    ocupaes desordenadas (pressionadas pelo incremento

    demogrfico pelo qual vem passando a Capital Maranhense); a

    caa de pequenos animais desenvolvida pela populao de

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    entorno; a explorao de recursos minerais; abertura de vrios

    ramais; assoreamento de corpos hdricos (como o Aude Batat e

    do sistema Rio da Prata e principais tributrios); policiamento

    ambiental com baixo efetivo para fiscalizao e ausncia de

    recursos financeiros para desapropriaes de terras (SILVA,

    2006).

    Essa UC, o Parque Estadual do Bacanga, apresenta em seu

    conjunto de ecossistemas, fragmentos extensos (comparados ao

    corpus espacial do Golfo Maranhense) de zonas primitivas, ou

    seja, de reas tipicamente dominadas pelas florestas amaznicas

    pr-extendidas (DIAS; NOGUEIRA JNIOR, 2005). Entre 2007 e

    2009, seu Plano de Manejo passou por considerveis revises,

    objetivando a implementao do mesmo a curto prazo, algo que

    ainda no foi executado pelo rgo ambiental gestor, no caso a

    Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMA -

    MA). A delimitao do Parque Estadual do Bacanga est presente

    na Figura 11.

    A rea de Prot eo Ambiental (APA) da Regio de Maracan,

    criada em 01 de outubro de 1991 pelo Decreto N. 12.103

    (MARANHO, 1991a), funciona como zona de amortecimento3 do

    Parque Estadual do Bacanga. Entretanto, pela grande superposio

    de usos pelos quais passam seus domnios (1.831 hectares),

    atestada pela especulao de espaos para a expanso do Distrito

    Industrial de So Lus, bem como pela ocupao desordenada epela utilizao expressiva de elementos naturais (como areias,

    argilas barro, concrees ferruginosas (pedras) e cascalhos pela

    3 Segundo a Lei Federal 9.985/2.000 (BRASIL, 2000), em seu Art. 2, XVIII,

    entende-se por zona de amortecimento [...] o entorno de uma unidade deconservao, onde as atividades humanas esto sujeitas a normas e

    restries especficas, com o propsito de minimizar os impactos negativossobre a unidade [ . . . ] .

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    construo civil), concorrem para uma fragilidade da disposio

    de seus elementos ecolgicos e naturais.

    Essa UC a mais carente de acompanhamento da Ilha, o que

    traz a necessidade iminente de implementao de atividades para

    a melhoria desse territrio, que repercutir positivamente nas

    condies ambientais locais e regionais (SILVA, 2006). Essa UC

    dotada de vasta rede de drenagem que alimenta os principais

    tributrios do Rio Bacanga e que, pelo incremento das reas de

    ocupao, tm seus canais de primeira ordem, ou seja, aqueles

    dotados de nascentes, passando por fase de supresso, seja por

    assoreamento, seja por aterros descontrolados e, por

    conseguinte, ilegais.

    Figura 11 - Delimitao do Parque Estadual do Bacanga e da APA da

    Regio do Maracan, em relao ao Empreendimento Usina de

    Beneficiamento de Calcrio da BIOMAR. O ponto em amarelo representa o

    local de intervenes. Fonte: Adaptado de SISMAP (2011).

    1.4.5. Localizao da rea em relao ao mapa de bacias

    hidrogrficas

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    A Ilha do Maranho, segundo Santos (2008 apud

    DIFERENCIAL, 2008) possui um total de 46 bacias microbacias

    hidrogrficas, dispostas dentro de um mosaico de 12

    bacias/regies hidrogrficas. Essa caracterizao permite

    compreender a orientao dos fluxos de superfcie e planejar o

    uso e ocupao adequados para cada tipo de

    iniciativa/empreendimento. Contudo, para fins da presente

    pesquisa, pela objetividade da classificao em 12 bacias ou

    regies hidrogrficas, optou-se por essa taxonomia de paisagens

    em funo da distribuio de recursos hdricos de superfcie.

    Assim sendo, so consideradas as seguintes bacias ou

    regies hidrogrficas para a Ilha do Maranho:

    1) Bacia do Anil;

    2) Bacia do Bacanga;

    3) Bacia dos Cachorros;

    4) Bacia da Estiva;

    5) Bacia de Guarapiranga;6) Bacia de Inhama;

    7) Bacia do Itaqui;

    8) Bacia do Jeniparana;

    9) Bacia do Pacincia;

    10) Bacia das Praias;

    11) Bacia do Santo Antonio;

    12)

    Bacia do Tibiri.

    A AID est totalmente inserida na Bacia do Rio dos

    Cachorros, localizada prxima aos patamares divisores das Bacias

    do Rio dos Cachorros, do Itaqui e do Rio Bacanga. Destarte, a AII

    do Empreendimento est situada nas trs bacias citadas (Bacia do

    Rio dos Cachorros, a jusante, a Sul e Sudoeste; Bacia do Itaqui, a

    Norte; e Bacia do Bacanga, a Norte-Nordeste).

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    A Figura 12 a Anexo XI demonstra a situao e localizao

    das AID e AII da Usina de Beneficiamento de Calcrio da BIOMAR

    em funo da malha hdrica de superfcie, o que concorre para a

    melhor compreenso espacial da distribuio dos fluxos de gua

    fluvial e pluvial, bem como podem indicar os eixos principais de

    transporte sedimentar, em funo das alteraes impostas por

    ocasio da instalao do Empreendimento.

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    Figura 12 - Localizao das bacias hidrogrficas nas AID e AII do Empreendimento. Fonte: Adaptado de

    Google Earth (2009); DIAS (2008); DIFERENCIAL (2008).

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    1.4.6. Localizao da rea em relao ao plano diretor de

    ordenamento territorial

    O Distrito Industrial de So Lus (MA) foi criado pelo

    Decreto Estadual N 7.646, de 06 de junho de 1980,

    objetivando atrair e ordenar a implantao de indstrias na

    Capital Maranhense, regulamentando o uso do solo regional da

    poro Sudoeste, Centro-Sul e Sul da Ilha do Maranho,

    especificamente em territrio ludovicense. Reformulado pelo

    Decreto Estadual N 20.727, de 23 de agosto de 2004,

    estabelece novos limites para a Zona Rural, destinando 1.068

    ha de terras desse antigo territrio agrcola e agrria para a

    Zona Industrial. A Figura 13 e Anexo XII demonstra a

    localizao da rea do Distrito Industrial de So Lus (DISAL) em

    relao Ilha do Maranho.

    A disposio sobre o zoneamento, parcelamento, uso e

    ocupao do solo, abordado na Lei Municipal n 3.253, de 29 de

    dezembro de 1992, setorizou o solo de So Lus, em diversas

    zonas, tais como: residencial, turstica, administrativa, de

    proteo ambiental, industrial, entre outras, atribuindo s reas

    uma importncia funcional.

    Em 17 de julho de 2002, o Decreto Estadual n 18.842proporcionou significativas alteraes no ordenamento

    territorial do Distrito Industrial de So Lus, fazendo emergir

    inmeras discusses quanto a limites territoriais urbanos,

    rurais e industriais, alm de porturios.

    O Estatuto da Cidade, encontrado na Lei Federal n

    10.257, de 10 de julho 2001, veio regulamentar os artigos. 182

    e 183 da Constituio Federal de 1988 (captulo relativo

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    Poltica Urbana), tornando obrigatria a elaborao ou reviso

    do Plano Diretor para alguns municpios, sendo utilizado um

    instrumento dos governos municipais voltado definio dopadro de desenvolvimento da ocupao urbana do seu

    territrio.

    Atravs do Plano devem ser identificadas e analisadas

    caractersticas fsicas, atividades predominantes e vocaes,

    bem como as situaes problematizadas e potencialidades;

    para, em conjunto com a sociedade organizada, determinar a

    forma de crescimento a ser promovido, seus instrumentos de

    implementao e os objetivos a serem alcanados,

    intencionando-se a melhoria da qualidade de vida da populao

    e a preservao dos recursos naturais.

    Sob uma tica de planejamento ambiental o ordenamento

    territorial passou a se configurar como um instrumento

    institucional e processual de aplicao de polticas de

    desenvolvimento sustentveis. Portanto, os usos possveis do

    territrio e a interveno nas propriedades existentes

    dependem de definies expressas em Lei.

    So Lus tem assistido intensas tentativas de alteraes

    em seu plano de ocupao do solo, intencionando-se

    transformao de parte da zona rural em zona industrial.

    evidente que os impactos sobre a sociedade e o ambiente tmsido pouco considerados nesse mbito.

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    A instalao de grandes projetos de desenvolvimento

    destinados explorao mineral, florestal, agrcola e pecuria

    so maneiras de se promover a integrao de um espao aoscircuitos econmicos, nacional e internacional. Nesse contexto,

    o Distrito Industrial de So Lus (DISAL) assume um papel de

    extrema importncia para a zona industrial do Norte

    Maranhense, atuando atravs das empresas VALE (Companhia

    Vale do Rio Doce) e ALUMAR (Consrcio de Alumnio do

    Maranho), bem como das demais indstrias de beneficiamento

    e de transformao existentes em seu permetro.

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    2. CARACTERIZAO DO EMPREENDIMENTO

    O beneficiamento das rochas carbont icas, especialmente

    o calcrio, depende do uso e especificaes do produto final. A

    britagem e o peneiramento so os mtodos usuais para

    obteno de produtos, cuja utilizao final no requer rgidos

    controles de especificaes.

    O beneficiamento do calcrio ser feita via seca, segundo

    as etapas de britagem, classificao, moagem em moinho derolos tipo Raymond ou em moinhos tubulares com bolas.

    2.1. Fase do Empreendimento

    A fase atual do empreendimento/atividade da Usina de

    Beneficiamento est vinculada a concesso da Licena

    Ambiental por parte do rgo licenciador.A etapa de planejamento est concluda restando a

    instalao e incio da operao da atividade o que s ser

    possvel a aps a emisso da Licena Prvia do

    empreendimento.

    2.2. Matrias-Primas Utilizadas no Processo

    O calcrio biodetrtico a principal matria prima para

    obteno dos produtos oriundos do seu beneficiamento.

    O uso de energia eltrica na usina estar restrito aos

    equipamentos, principalmente os moinhos e peneiras.

    Nos britadores de consumo est na ordem de 1 kWh/t,

    atingindo valores da ordem de 10 kWh/t em circuitos de

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    moagem, e at 100 kWh/t em etapas de pulverizao, moagem

    fina, ou micronizao.

    No beneficiamento do calcrio no h significativo uso

    direto de gua de processo, portanto a demanda sobre os

    recursos hdricos ser pouca.

    O consumo de gua, e, portanto, a demanda e os efeitos

    sobre os recursos hdricos, podem ser estimados em relao ao

    consumo mdio das pessoas envolvidas nessas etapas, mais o

    consumo e o descarte envolvido nas operaes de manuteno,

    administrativas e outras.

    2.3. Processos Operacionais

    O processo de beneficiamento desse sedimento marinho

    aps as etapas de: extrao, que se dar na plataforma

    continental no Municpio de Cururupu no Estado do Maranho,

    local denominado Banco do Tarol, nas reas dos processos

    DNPM(s) n 806.029/2005; 806.001/2006 e 806.002/2006;

    carregamento nos compartimentos de carga (cisterna) do navio

    de dragagem; transporte e descarregamento prximo unidade

    fabril ser realizado nas seguintes fases:

    Transporte e Descarregamento

    Os sedimentos biodetrticos extrados ao longo do dia

    iro sendo armazenados nas cisternas ou pores da draga.

    Quando o material atingir a capacidade mxima operacional da

    cisterna a atividade de dragagem ser encerrada. Esta parada

    implicar na interrupo do bombeamento e iamento dos

    braos de dragagem.

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    A gua associada ao material descarregado passar por

    gravidade para um tanque de decantao. Essa gua ser

    armazenada e reutilizada em descartes sucessivos, de modo queno haver liberao de guas residuais na Baa de So Marcos

    no entorno do Porto do Itaqui.

    O descarregamento ser no Porto do Itaqui, situado nas

    proximidades do Distrito Industrial de So Lus. As instalaes

    porturias no entorno imediato do Empreendimento facilitam as

    operaes de embarque e desembarque de matria-prima

    necessria e indispensvel ao funcionamento do

    Empreendimento Usina de Beneficiamento de Calcrio da

    BIOMAR. Ademais, a infraestrutura existente e proximidades

    com centros consumidores so visualizados como

    circunstncias favorveis ao desenvolvimento de

    empreendimento dessa tipologia.

    Decantao e Secagem

    Aps o descarregamento ser realizada a decantao e

    logo aps o minrio ser temporariamente estocado em pilhas

    primrias, onde ocorrer a fase de secagem inicial ao ar livre.

    Em volta das pilhas sero feitos canais de drenagem para que a

    gua escorra para os tanques de reaproveitamento.

    Com a secagem inicial, o minrio ser transportado aoptio de estocagem secundria junto unidade de

    beneficiamento em um galpo coberto. O transporte do minrio

    na rea de decantao e nos ptios de estocagem das pilhas

    primrias e pilhas secundrias ser realizado mecanicamente

    com o uso de p carregadeira e esteiras rolantes.

    As pilhas secundrias com o calcrio aps a primeira

    secagem que visa diminuir o consumo de energia para a sua

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    secagem final e, com o uso de uma p carregadeira o minrio

    dever ser colocado na moega que alimentar a central de

    britagem e moagem com o objetivo de uniformizar agranulometria do minrio, sendo em seguida depositado em

    silos.

    Do silo ser retirado por um elevador de canecas, e

    descarregado no alimentador do secador rotativo de chama

    direta. Este equipamento ser dotado de chama direta, e

    utilizar como combustvel o gs natural de petrleo, sendo

    responsvel pela secagem final do material. Tem corpo tubular,

    acionamento por motor eltrico, acoplamento flexvel, base

    metlica, polias e correias, com transmisso por coroa/pinho.

    Tanto o britador como o secador rotativo estaro

    equipados com um sistema de despoeiramento composto de

    ciclones e filtros de mangas, com a finalidade de retirar as

    partculas finas e secas do secador rotativo. um equipamento

    de alta eficincia, desenvolvido para a filtragem industrial de

    partculas em altas e baixas temperaturas. amplamente

    utilizado na recuperao de particulados (finos e grossos) e

    controle de poluio atmosfrica na fonte (coleta de p). Neste

    equipamento, o ar filtrado ser expelido para a atmosfera. As

    partculas sero coletadas e enviadas para o silo de rejeitos,

    para serem re-introduzidas no processo.

    2.4. Fluxograma do processo de beneficiamento

    O processo de beneficiamento compreende:

    1. Alimentao da Usina: O processo se inicia com otransporte da matria-prima, ainda bastante mida (15% a

    20% de umidade), por meio de p carregadeira para a moega;

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    2. Da moega, o minrio segue para uma fase depeneiramento visando separar as partculas com

    granulometria entre 2 mm e 6 mm. Esta frao serdestinada para aplicaes de tratamento de gua;

    3. A frao restante segue para a fase de pr-moagem ,atravs de um alimentador vibratrio e transportador de

    correia;

    4. Pr-Moagem: Nesta fase o material, ainda mido e comgranulometria heterognea, tem sua granulometria

    uniformizada para facilitar sua secagem. Nesta operao utilizado um moinho de martelos para efetuar a

    fragmentao alm de uma peneira para separar os

    fragmentos maiores. O minrio peneirado, cerca de 80%

    menor que 2 mm, segue via transportador de rosca para a

    secagem, enquanto os grnulos maiores retornam ao moinho

    de martelos;

    5. Secagem: Nesta fase o minrio seco at 3% de umidadeem um secador rotativo. Para reduzir a emisso de material

    particulado e de gases de enxofre e seus derivados para a

    atmosfera, o combustvel usado o gs natural. O ar de

    sada do secador passar por um filtro de mangas que

    coletar o p para reintroduzi-lo no processo.

    6. Armazenagem : Uma vez seco, o minrio conduzido portransportador de rosca e elevador de canecas at o silo dearmazenagem. Esse percurso todo enclausurado a fim de

    eliminar a poluio por p. Do silo o produto levado por

    transportadores de rosca para um elevador de canecas que

    abastece os moinhos do setor de moagem e ensacamento,

    situado dentro do galpo industrial.

    7. Moagem : No setor de moagem esto instalados 2 moinhosde rolos verticais tipo Raymond, com capacidade de

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    moagem de 4,5 toneladas por hora e acoplados com ciclone

    separador. O circuito conta, para despoeiramento exclusivo,

    com um filtro de mangas (72 mangas). Nesta fase, aps osclassificadores, que saem os produtos finais para

    ensacamento.

    8. Armazenagem do modo: Dos ciclones dos moinhos, apsclassificao granulomtrica, os produtos seguem, por meio

    de transportador de rosca e elevador de canecas, para dois

    silos de armazenagem do produto modo. Tambm para

    esses silos conduzido o produto coletado nos filtros demangas.

    9. Ensacamento: Dos silos, o produto modo levado, pormeio de transportador de rosca, para a ensacadeira. Neste

    setor os produtos so ensacados, em sacos de 25 kg e 50

    kg, na sua forma fsica final.

    10.Armazenagem e Expedio: Depois de ensacado, oproduto colocado em unificadores de carga ( Bag Flex) eempilhados sobre estrados de madeira por uma empilhadeira

    e armazenados. O carregamento dos caminhes para

    distribuio do produto efetuado por meio de correias

    transportadoras mveis.

    11.Despoeiramento do Processo: A unidade debeneficiamento conta com 03 filtros de mangas para coleta

    do p oriundo das vrias fontes mencionadas (secagem,moagem, ensaque, silos e transportadores), o p fino

    coletado reaproveitado no processo.

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    Aps a sua classificao o produto final ser armazenado

    em silos e da conforme a sua destinao final, ensacados ou

    acomodados em big bagse encaminhado aos consumidores.

    O Beneficiamento, enfim, consiste simplesmente na

    classificao secagem e depois moagem do produto para os

    diversos segmentos do mercado.

    O material a ser aplicado em filtragem de gua, sofre

    apenas o processo de classificao. Abaixo o fluxograma do

    beneficiamento.

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    Fluxograma de beneficiamento.

    EXTRAO

    DRAGAGEM

    ARMAZENAMENTOE TRANSPORTE

    DESCARREGAMENTOPORTO

    TRANSPORTEINDSTRIA

    ARMAZENAMENTOPILHAS (SECAGEM)

    ARMAZENAMENTOPILHAS COBERTAS

    ESTEIRATRANSPORTADORA

    MOEGA

    MOAGEM PRIMRIA

    SILO

    SECAGEM

    MOAGEMSECUNDRIA

    CLASSIFICAO

    MERCADO

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    2.5. Equipamentos Utilizados

    Os equipamentos utilizados no beneficiamento sobasicamente:

    Moinho de martelos 120/80P da Metso ou similar;

    Secador contnuo com capacidade de secagem de 200.000

    toneladas ano (o secador funcionar 24 horas por dia);

    Moinhos tipo Raymond para moagem de finos;

    Alimentadores vibratrios;

    Correias t ransportadoras;

    Elevadores de canecas;

    Silos;

    Ensacadeira.

    2.6. Abastecimento de gua

    Conforme descrito anteriormente o processo realizado aseco no necessitando de gua.

    O fornecimento da gua para o abastecimento

    hidrossanitrio da Unidade de Beneficiamento ser feito pela

    Cia de Saneamento Ambiental do Maranho CAEMA que dispe

    de rede de distribuio no local.

    2.7. Esgotamento Sanitrio

    No h disponibilidade de rede de coleta de esgotos na

    rea prevista para instalao da Unidade. Em vista disso ser

    construdo um sistema alternativo de coleta e disposio de

    efluentes sanitrios do t ipo fossa/sumidouro.

    Esse sistema visa garantir o atendimento da legislao

    ambiental no que diz respeito manuteno dos padres de

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    qualidade dos corpos hdricos receptores de efluentes lquidos

    sanitrios oriundos das atividades administrativa s e de servios

    da usina.

    Contempla a implantao, operao e manuteno de

    estruturas de controle e tratamento, bem como o

    monitoramento dos parmetros de qualidade dos seus efluentes

    lquidos, estabelecidos na resoluo CONAMA 357/2005.

    A empresa implantar aes ambientais, bem como os

    planos de acompanhamento, que envolvem no somente as

    medies ambientais, mas tambm procedimentos especficos

    de verificao dos sistemas de controle ambiental, de modo a

    garantir a eficincia de seu funcionamento.

    Fossas Spticas

    Os efluentes lquidos sanitrios sero direcionados para

    fossas spticas a serem construdas em locais previamente

    determinados.

    Os sistemas que sero implantados so estruturas do tipo

    fossa - filtro anaerbico - sumidouro empregadas para o

    tratamento do esgoto sanitrio gerado nos setores

    administrativos de servios de apoio. Estes setores sero

    geradores de pequeno volume de efluentes, no demandando,

    por tal razo a necessidade de instalao de uma estao de

    tratamento de esgoto.

    As fossas spticas sero construdas com base no

    atendimento das especificaes constantes na Norma da ABNT

    NBR 7229 e Portaria Minter 053/79.

    Todo o efluente lquido gerado nesses sistemas ser

    infiltrado no solo por meio de dispositivo denominado

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    sumidouro, no havendo, portanto, o lanamento desses

    efluentes em corpos de gua superficiais.

    Estes efluentes sofrem uma depurao natural ao permear

    a regio no saturada do solo.

    Esta tipologia de sistema de tratamento (tanque sptico,

    filtro anaerbio e infiltrao no solo) alcana uma eficincia de

    remoo projetada de 75 a 99% do valor bruto de DBO5.

    A sequncia do tratamento se d da seguinte forma: do

    tanque sptico o esgoto ser encaminhado para o filtroanaerbio, onde acontecer o tratamento biolgico, que se

    processa atravs da formao de um biofilme, que so clulas

    de micro-organismos que se fixam nas superfcies do material

    componente do meio filtrante. Aps a fixao, as clulas

    crescem, reproduzem e produzem materiais extracelulares que,

    juntamente com os micro-organismos, formam uma matriz de

    fibras entrelaadas, consumindo a carga orgnica dos esgotos,que lhe serve como alimento, fazendo assim a depurao dos

    efluentes sanitrios.

    Aps o filtro anaerbio, o efluente j tratado, passar por

    uma caixa de inspeo onde sero realizadas amostragens da

    qualidade do efluente e verificao da eficincia do sistema de

    tratamento. Essa caixa de inspeo servir tambm de caixa de

    distribuio, pois, a partir da os efluentes sero lanados nasvalas para serem infiltrados no solo, sendo assim o destino

    final dos mesmos.

    Quanto ao slido retido no tanque sptico, o chamado

    lodo acumulado na primeira fase do tratamento, ser

    removido periodicamente por empresas especializadas nesta

    atividade. O intervalo de limpeza do tanque, segundo a NBR

    7229/ 93, acima de 12 meses.

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    Quanto ao leito de secagem proposto, que tem como

    concepo bsica, receber o lodo gerado nas unidades de

    tratamento (tanque sptico e filtro anaerbico) em camadas deareia e brita, que sob a exposio luz solar, reduz a umidade

    atravs dos processos de drenagem e evaporao dos lquidos

    liberados durante o perodo de secagem. O material seco e

    estabilizado servir de adubo orgnico para reas de

    revegetao.

    O leito de secagem ser construdo a cu aberto e

    composto das seguintes partes: tanque de armazenamento que

    ser de formato retangular construdo em alvenaria e camada

    drenante. A camada drenante constituda pelo meio drenante

    e pela camada suporte. O meio drenante formado por camadas

    de pedras de granulometrias diferentes e arrumadas de modo

    que, a camada inferior tenha granulometria maior do que a

    camada superior, com a finalidade de evitar que o lodo percole

    atravs das camadas de pedra e para facilitar o assentamento

    em nvel, dos tijolos da camada suporte. O meio drenante ser

    arrumado da seguinte forma: camada superior constituda de

    britas com dimetros mdios variando de 2,5 mm at 0,64 mm

    e espessura de 75 mm; a camada do meio constituda por

    britas de dimetros variando de 0,64 mm at 2,22 mm com

    espessura de 0,05mm e a camada inferior formada de britas

    com dimetros mdios, variando de 1,90 mm at 5,08 mm, com

    espessura varivel.

    A camada suporte formada de tijolos macios

    recozidos, assentados em nveis, com afastamentos de 2 a 3

    cm, preenchidos com areia grossa. Os tijolos devem ser

    arrumados de modo a facilitar a remoo do lodo seco

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    2.8. rea de Abastecimento de Combustveis e Lubrificao

    de Veculos

    Toda operao que requerer abastecimento de

    combustveis, troca de leo e lubrificao de veculos ser

    realizada fora da rea da unidade produtiva mais precisamente

    em postos especializados nestes servios.

    2.9. Quadro de Funcionrios

    O pessoal previsto para o funcionamento da usina

    encontra-se listado abaixo.

    Quadro 2- Lista de pessoal.

    QUADRO DE PESSOAL E MO DE OBRA

    USINA DE BENEFICIAMENTO

    01 ENGENHEIRO DE MINAS

    01 CH. DEPT PESSOAL

    01 CH DE VENDAS

    06 VENDEDORES

    10 AUX. ADMINISTRATIVO

    08 VIGIAS

    02 OP. P CARREGADEIRA

    02 ENCARREGADO DA PRODUO

    01 MECNICO MANUTENO

    30 OPERRIOS

    62 N DE FUNCIONRIOS

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    2.10. Resduos e efluentes gerados em cada etapa do

    empreendimento

    Definiu-se o estabelecimento de critrios para Avaliao

    Ambiental na rea, principalmente aqueles que mais se

    adquam a rea em que ser implantada a Usina de

    Beneficiamento de Calcrio da BIOMAR. O prognstico dos

    impactos ambientais constante deste captulo resulta da

    uniformidade de procedimentos adotados que visaram o perfil

    do empreendimento analisado.

    Os principais impactos que podem ser observados na fase

    de instalao do Empreendimento, principalmente. Em

    empreendimentos dessa natureza, por ocasio do

    desenvolvimento da construo, podero ser materializados:

    1) Impactos relacionados gua;

    2) Impactos relacionados ao solo e uso do solo;

    3) Impactos relacionados ao ar;

    4) Impactos relacionados a aterros e terraplenagem;

    5) Impactos socioeconmicos;

    6) Impactos relacionados a rudos, vibraes e resduos

    slidos.

    Por se tratar de uma anlise integrada, adotou-se a opo

    tcnica de contemplar os aspectos de operao do

    empreendimento. Para tanto, relacionaram-se as Aes

    Programadas para as diversas etapas do Empreendimento e os

    Componentes Ambientais intervenientes, os quais foram

    organizados sob a forma de uma matriz, que permitisse

    identificar as intervenes ambientais causadas pelas vrias

    aes previstas.

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    A seguir, apresentam-se inicialmente, as Aes

    Programadas (Quadro 3), identificadas como geradoras de

    impactos, seguindo-se os Componentes Ambientais, que

    formam o quadro completo destas aes, para melhor avaliao

    e discernimento comparativo entre o real e o terico.

    Quadro 3 - Esquema programtico das atividades previstas por ocasio

    da Instalao e Operao do Empreendimento Usina de Beneficiamento

    de Calcrio da BIOMAR.

    Fases Aes Situao atual

    Planejamento Planejament o e projeto; Fase ultrapassada.

    Implantao

    Mobilizao de equipamentos e mo

    de obra

    Implantao de canteiros de obras