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SUBPROGRAMA PROJETOS DEMONSTRATIVOS – PDA Componente Ações de Conservação da Mata Atlântica Chamada 2 Ações de Âmbito Nacional Elaboração e Implementação de Estratégias de Capacitação em Gestão Participativa de Unidades de Conservação Ministério do Meio Ambiente

Componente Ações de Conservação da Mata Atlântica · SUBPROGRAMA PROJETOS DEMONSTRATIVOS – PDA Componente Ações de Conservação da Mata Atlântica Chamada 2 Ações de Âmbito

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SUBPROGRAMA PROJETOS DEMONSTRATIVOS – PDA

Componente Ações de

Conservação da Mata Atlântica

Chamada 2

Ações de Âmbito Nacional

Elaboração e Implementação de Estratégias de Capacitação em Gestão

Participativa de Unidades de Conservação

Ministério do Meio Ambiente

Presidência da República Presidente: Luiz Inácio Lula da Silva Ministério do Meio Ambiente – MMA Ministra: Marina Silva Secretaria de Biodiversidade e Florestas – SBF Secretário: João Paulo Ribeiro Capobianco Secretaria de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável – SDS Secretário: Gilney Viana Diretoria de Extrativismo e Desenvolvimento Sustentável Diretor: Jorg Zimmermann Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil Coordenadora: Nazaré Lima Soares

SUBPROGRAMA PROJETOS DEMONSTRATIVOS – PDA

Componente Ações de

Conservação da Mata Atlântica

Chamada 2

Ações de Âmbito Nacional

Elaboração e Implementação de Estratégias de Capacitação em Gestão

Participativa de Unidades de Conservação

Brasília, março de 2005

Subprograma Projetos Demonstrativos – PDA Secretário Técnico: Jorg Zimmermann Secretária Técnica Adjunta: Anna Cecília Cortines Equipe Técnica PDA: Alice Guimarães, Demóstenes A. Alves de Moraes, Elmar A. de Castro, Isis Cunha Lustosa, Klinton Senra, Luciana Álvares da Silva, Mariza Gontijo, Maurício Muniz, Paulo Spyer e Zaré Augusto Brum Soares Equipe Técnica NAPMA: Cláudia M. Alves, Elaine J. L. Bastos, Luiz Fernando Ribeiro de Barros, José Henrique Barbosa, Maurício Savi e Wigold Schaffer Equipe Financeira: Allyson Duarte e Roberto Júnior Equipe Administrativa: Eduardo José Ganzer, Lúcia Amaral, Marco Ferraz, Neide Castro e Francisca Kalidaza Cooperação Técnica Alemã, GTZ: Monika Grossmann, Denise Lima Pufal, Nilson Nogueira e Margot Gaebler Parceria Técnica: Núcleo dos Biomas Mata Atlântica e Pampa – NAPMA/SBF, Diretoria de Áreas Protegidas – DAP/SBF, Diretoria de Ecosistemas – DIREC / Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, Rede de ONGs da Mata Atlântica – RMA, Fundo Nacional do Meio Ambiente – FNMA Cooperação Financeira: República Federal da Alemanha – KfW Cooperação Técnica: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, Projeto BRA/03/009 – Projetos Demonstrativos – PDA, Agência Alemã de Cooperação Técnica, Deutsche Gesellschaft für Technische Zusammenarbeit (GTZ) GmbH Agente Financeiro: Banco do Brasil Revisão de texto: Clarissa Guimarães Projeto Gráfico: Luiz Daré

Sumário

1. Apresentação.........................................................................................7

2. Componente “Ações de Conservação da Mata Atlântica” ...................8

”Como surgiu? ..............................................................................8

O que pretende? ............................................................................9

A quem atende?.............................................................................9

3. Descrição da Chamada........................................................................10

3.1. Contexto e justificativa ........................................................10

3.2. Objetivos desta Chamada.....................................................11

3.3. Características das propostas ...............................................12

3.3.1. Diretrizes ...........................................................................12

3.3.2. Aspectos a serem observados no

planejamento e na implementação das atividades

de capacitação .................................................................12

3.3.3. Equipe técnica .......................................................13

4. Estrutura de apresentação das propostas.............................................13

4.1. Instância de acompanhamento .............................................15

4.2. Estratégia de implementação................................................15

a) Fortalecimento da articulação e construção da

estratégia de implementação dos projetos .......................15

b) Elaboração de parâmetros curriculares básicos

para capacitação em gestão participativa de Ucs ............16

c) Implementação do plano de capacitação e

realização das atividades de capacitação.........................18

5. Conjunto dos Produtos e Resultados Esperados .................................19

6. Monitoria e Disseminação das Experiências ......................................19

Monitoria dos Projetos ................................................................19

Sistematização das experiências .................................................20

Disseminação dos resultados e das lições aprendidas.................20

7. Prazos..................................................................................................20

8. Habilitação das Entidades Proponentes ..............................................21

9. Critérios de Elegibilidade das Propostas.............................................21

10. Recursos Disponíveis........................................................................22

11. Itens Financiáveis..............................................................................23

12. Itens não Financiáveis.......................................................................23

13. Contrapartida.....................................................................................24

14. Encaminhamento das Propostas........................................................25

15. Análise e Julgamento das Propostas .................................................26

16. Critérios para Análise Técnica de Projetos.......................................27

17. Divulgação dos Resultados ...............................................................28

18. Assinatura do Contrato .....................................................................28

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1. Apresentação

O Ministério do Meio Ambiente – MMA, por meio do Programa

Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil, implementa o Subprograma Projetos Demonstrativos – PDA, desde 1995. Seu principal interesse é promover aprendizagens sobre a viabilidade de novos modelos de preservação, conservação e utilização racional dos recursos naturais da mazônia e da Mata Atlântica, visando à melhoria da qualidade de vida das populações locais. O DA propõe essa melhoria por meio do incentivo à experimentação de tecnologias sustentáveis, do fortalecimento da organização social e do gerenciamento de ações que conciliem a conservação dos recursos naturais com o desenvolvimento econômico e social.

Desde o seu início, o PDA apoiou 194 projetos, sendo 147 na Amazônia e 47 na Mata Atlântica. Os projetos desenvolveram ações nas áreas de sistemas agroflorestais e recuperação ambiental, manejo de recursos florestais, manejo de recursos aquáticos e preservação ambiental. No processo de implementação das experiências, em sua maioria inovadoras, muitas foram as lições aprendidas pelas instituições executoras e parceiras dos projetos e pela Secretaria Técnica do PDA.

Considerando as lições aprendidas, o PDA elaborou um novo componente, denominado “Ações de Conservação na Mata Atlântica”, voltado a apoiar projetos de iniciativa de organizações da sociedade civil, observando o domínio do bioma Mata Atlântica, conforme definido pelo Decreto Nº 750/93.

Os recursos para implementação desse novo componente são oriundos da Cooperação Financeira da República Federal da Alemanha, por meio do Banco de Desenvolvimento da Alemanha – KfW, com a contrapartida do Ministério do Meio Ambiente e com o apoio da Agência de Cooperação Técnica Alemã – GTZ.

O PDA, por intermédio desta Chamada, disponibiliza recursos para o apoio financeiro a projetos desenvolvidos na Mata Atlântica, visando à elaboração e à implementação de estratégias de capacitação em gestão de Unidades de Conservação – UCs, e geração de subsídios para a formulação de políticas públicas com vistas à conservação e ao uso sustentável da diversidade biológica no país.

Esta Chamada sujeita-se às normas constantes do Acordo de Cooperação Financeira Nº 200166561 (termo aditivo ao acordo em separado do PDA de 6.7.95/1.7.98/5.9.02/12.11.0), firmado entre a República Federativa do Brasil e a República

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Federal da Alemanha, por meio do KfW, em consonância com os princípios e diretrizes gerais da Política Nacional de Biodiversidade e do Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC, conforme a Lei Nº 9.985, de 18 de julho de 2000, e o Decreto Nº 4.340, de 22 de agosto de 2002.

2. Componente “Ações de

Conservação da Mata

Atlântica

Como surgiu?

A Mata Atlântica é reconhecida internacionalmente como uma das maiores e mais importantes florestas tropicais do continente sul-americano. Com o processo de ocupação do território nacional concentrado – até meados do século passado – na faixa litorânea, a Mata Atlântica foi o bioma brasileiro mais destruído. Como conseqüência, restam aproximadamente 8% da área original, sendo 4% de matas primárias e cerca de outros 4% de florestas secundárias. Desses remanescentes, 43% estão na região Sudeste, 40,5% estão no Sul, 15,5% no Nordeste e menos de 1% no Centro-Oeste.

Apesar de toda a devastação, esse bioma ainda abriga um dos mais importantes conjuntos de biodiversidade de todo o planeta, com cerca de 20 mil espécies de plantas (6,7% de todas as espécies do mundo), das quais 8 mil endêmicas, e grande riqueza de vertebrados (269 espécies de mamíferos, 849 de aves, 197 de répteis e 372 de anfíbios). Além disso, presta importantes serviços ambientais, principalmente relacionados à produção e à conservação de recursos hídricos. Algumas bacias hidrográficas localizadas em seu domínio são responsáveis pelo abastecimento da maioria da população brasileira.

A grande densidade populacional e a conseqüente demanda social na área de domínio da Mata Atlântica demonstram que a questão ambiental deve ser tratada de forma integrada com os aspectos socioeconômicos. Nesse sentido, torna-se indispensável a participação de organizações da sociedade civil na formulação e na implementação de estratégias de conservação da Mata Atlântica, em especial daquelas que representam parcelas da população em contato direto com os remanescentes florestais, as unidades de conservação e as demais áreas protegidas.

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Como resultado do amadurecimento das negociações entre as organizações da sociedade civil, o Governo Brasileiro e a cooperação internacional, na figura do Governo Alemão, foi construído nos últimos anos o PDA Mata Atlântica, programa que pretende criar condições para a implementação de um conjunto de ações integradas, envolvendo as organizações não-governamentais e os governos nas suas diversas instâncias administrativas, focado na construção e no apoio a iniciativas inovadoras de preservação e de desenvolvimento sustentável no bioma mais ameaçado do País.

O que pretende? − Assegurar a conservação da Mata Atlântica, reduzindo perdas em

sua biodiversidade, por meio da ampliação do número e da área de unidades de conservação, com melhoria na efetividade da sua gestão e redução do desmatamento ilegal.

− Promover o desenvolvimento sustentável, assegurando a utilização dos recursos naturais de forma ecologicamente sustentável e socialmente justa, contribuindo para a redução do empobrecimento biológico e sociocultural na Mata Atlântica.

− Promover a recuperação de áreas degradadas na Mata Atlântica.

A quem atende?

Podem acessar recursos do PDA Mata Atlântica organizações sem fins lucrativos da sociedade civil brasileira com atuação na área de meio ambiente e desenvolvimento sustentável, preferencialmente em parceria com instituições públicas interessadas em realizar ações na área de domínio do bioma Mata Atlântica, conforme definido pelo Decreto 750/93.

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3. Descrição da Chamada

3.1. Contexto e justificativa

A criação e a implantação de UCs é um importante instrumento para preservar a biodiversidade in situ. No Brasil, essas ações são regulamentadas pelo SNUC, que instituiu dois grupos de UCs: as de proteção integral e as de uso sustentável.

Nas unidades de proteção integral admite-se somente o uso indireto dos recursos naturais, com exceções previstas em lei. Nas unidades de uso sustentável é possível compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável dos recursos naturais.

A preocupação com a quantidade e a qualificação dos responsáveis pela gestão das UCs é antiga, embora poucos avanços sejam constatados desde a criação da primeira unidade no Brasil. Recentemente, instituições governamentais e não-governamentais têm introduzido o tema em seus programas.

Na gestão de UCs verifica-se a existência de dois contextos em que são definidas e se desenvolvem as funções gerenciais: o interno (a organização individual, a unidade de conservação) e o externo (a rede interinstitucional da sociedade estabelecida, a cadeia governamental, o contexto ambiental). Vários atores dos dois contextos interagem e interferem no processo de gestão. A capacitação desses atores e, no contexto desta Chamada, dos atores que intervêm em UCs da Mata Atlântica, poderá potencializar a gestão dessas unidades. Por meio do desenvolvimento de competências, poderá contribuir para efetivar os objetivos de criação dessas unidades.

A Diretoria de Áreas Protegidas – DAP, do MMA, como instância de definição de políticas para as UCs, vem desenvolvendo o trabalho de construção de um processo de capacitação continuada para gestores de UCs, como mecanismo de implementação do SNUC no âmbito do Programa Áreas Protegidas do Brasil (PPA 2004-2007), executado pela Secretaria de Biodiversidade e Florestas – SBF. As diretrizes e as estratégias de capacitação continuada para esses atores estão delineadas e servirão de referencial para a definição de programas e ações de capacitação.

A capacitação continuada em gestão de UCs, além de fortalecer o SNUC, condiz com o plano de trabalho de áreas protegidas estabelecido pela Convenção sobre a Diversidade Biológica – CDB, ratificado pelo Brasil em fevereiro de 2004, durante a 7ª Conferência das Partes, na Malásia. Particularmente, está em acordo com os objetivos de: (1) melhorar o plane-

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jamento e a gestão de áreas protegidas, considerando as bases locais; (2) promover e garantir o envolvimento de comunidades locais e indígenas e de partes relevantes interessadas; (3) estabelecer um ambiente político, institucional e socioeconômico capacitado para áreas protegidas; (4) desenvolver a capacidade de planejar, estabelecer e gerenciar áreas protegidas; e (5) fortalecer a comunicação, a educação e a conscientização pública. Os projetos apoiados por esta Chamada devem buscar articulação com as ações implementadas pela DAP, nessa área.

3.2. Objetivos desta Chamada

Selecionar propostas que visem à elaboração e à implementação de estratégias de capacitação para a gestão participativa de UCs, beneficiando diferentes tipos de atores envolvidos em atividades relacionadas com o tema. Serão apoiadas três propostas a serem implementadas nas áreas de domínio da Mata Atlântica nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul do País.

As propostas deverão: − contribuir com a ampliação das capacidades dos gestores de UCs

(considerando gestores os diferentes atores envolvidos na gestão de UCs e de seu entorno) para que estes possam melhor desempenhar as suas responsabilidades em relação à conservação da biodiversidade, do patrimônio cultural e ao fortalecimento das ações de desenvolvimento sustentável implementadas no bioma;

− contribuir para a construção e a implementação de estratégias de capacitação continuada em gestão participativa de UCs no domínio da Mata Atlântica;

− fortalecer a articulação interinstitucional, visando à soma e à integração de capacidades na constituição de uma rede de prestação de serviços que garanta a oferta continuada e de qualidade dos serviços de capacitação em gestão participativa de UCs;

− construir parâmetros básicos de conteúdo e de metodologia para a capacitação em gestão participativa de UCs.

As propostas apresentadas devem promover a construção e a implementação de estratégias de capacitação visando às seguintes categorias de públicos: − profissionais diretamente envolvidos em atividades relacionadas

à gestão de UCs; − membros dos conselhos gestores de UCs; − representantes da sociedade civil atuantes dentro ou no entorno

de UCs, incluindo populações tradicionais e indígenas, organizações comunitárias, ONGs e iniciativa privada.

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3.3. Características das propostas

3.3.1. Diretrizes − As ações da capacitação devem buscar o fortalecimento do Sistema

Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA, e a efetiva implementação do SNUC.

− O processo de capacitação deve ser gerido de forma descentralizada, transparente e participativa, aumentando o envolvimento e a participação dos diversos atores.

− Deve-se buscar o comprometimento com uma capacitação de qualidade, que promova flexibilidade e abertura para a incorporação de processos participativos e interativos.

− As metodologias devem possibilitar a construção continuada de conhecimento, reconhecendo e estabelecendo diálogos com as experiências e o conhecimento local, além de utilizar recursos tecnológicos disponíveis para facilitar a aprendizagem a distância de forma autônoma e colaborativa.

− Os perfis profissionais de conclusão de curso devem ser definidos para atender às necessidades dos gestores, do Estado, da sociedade e às diretrizes do SNUC.

− Deve-se utilizar as especificidades do bioma, as categoriasde UCs, a cultura e as regiões geográficas como referências para elaboração dos perfis profissionais e dos parâmetros curriculares básicos.

3.3.2. Aspectos a serem observados no planejamento e na

implementação das atividades de capacitação − As atividades de capacitação devem ser ministradas por equipes com

reconhecida qualificação educacional, científica e tecnológica a partir de propostas que serão avaliadas e aprovadas pela Instância de Acompanhamento.

− Ter duração mínima de 60 (sessenta) horas. − Integrar o conteúdo teórico a atividades práticas simuladas e ao

acompanhamento de atuação em ambiente real de trabalho. − Definir a área geográfica de abrangência de cada um deles. − Descrever o perfil profissional de conclusão, as competências

profissionais a serem desenvolvidas, carga horária, duração, conteúdo, material didático, número de alunos, número de turmas, bibliografia, metodologia de ensino, processos de avaliação, bem como aspectos pedagógicos em consonância com os princípios da Educação Profissional e do Programa Nacional de Educação Ambiental.

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− Definir os critérios a serem utilizados na seleção de alunos. − Informar a previsão de vagas por turma, observando o mínimo de 20

(vinte) alunos por turma. − Indicar a forma de divulgação do evento de capacitação e os critérios

estabelecidos para a seleção dos candidatos. − Informar qual tipo de certificado será emitido no fim das atividades. 3.3.3. Equipe técnica

As organizações proponentes deverão garantir nas propostas pelo menos um profissional com dedicação exclusiva, responsável pela coordenação do projeto, além da formação de equipe multidisciplinar, composta por profissionais com habilitação em educação, experiência em processos de formação continuada, capacitação com ênfase em ações participativas, conservação da biodiversidade e áreas afins.

4. Estrutura de

apresentação das

propostas

As propostas apresentadas deverão ser elaboradas de acordo com

o formulário anexo ao Manual Operacional do PDA Mata Atlântica. A implementação das atividades previstas nos projetos apoiados

por esta Chamada prevê a possibilidade de ajustes nos planos apresentados nas propostas originais. Isso ocorrerá a partir de consensos firmados com a Instância de Acompanhamento quanto a estratégia de implementação, parâmetros curriculares básicos, metodologia, avaliação, conteúdo, forma de capacitação e perfil profissional desejado. Os ajustes não poderão acarretar aumento no valor contratado entre o PDA e o proponente.

Na definição das estratégias, as propostas devem apresentar o detalhamento das metas e das atividades, conforme previsto no formulário. Deverão, portanto, ser detalhados: o número de atividades de capacitação, o tipo de público, o material didático a ser elaborado, os instrutores a serem contratados etc.

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As propostas apresentadas devem conter um plano de trabalho detalhado, prevendo todas as atividades relacionadas no item 4.2. (Estratégia de implementação).

Os projetos deverão considerar o prazo e o cronograma para as seguintes atividades e produtos:

a) Prazo de execução: 24 mesesb) b) Cronograma

TRIMESTRES Atividades / produtos

1 2 3 4 5 6 7 8 Contratação dos projetos

Oficina Nacional de Planejamento realizada

Planos de trabalho adequados

Consórcios formados e articulados

Oficinas Regionais realizadas

Reunião Nacional realizada

Parâmetros curriculares definidos

Planos de Capacitação elaborados

Planos de Monitoria elaborados

Atividades de capacitação laboradas

Material didático identificado e elaborado

Atividades realizadas e gestores capacitados

Relatórios das atividades elaborados

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4.1. Instância de acompanhamento

Visando construir uma estratégia de gestão participativa, dinâmica e adaptativa, e considerando as alterações de contexto que possam surgir ao longo da implementação dos projetos, será constituída uma Instância de Acompanhamento. Essa instância terá como responsabilidades acompanhar as atividades e realizar as adequações de rumo que porventura tornem-se necessárias ao longo da execução das atividades previstas nos projetos.

A Instância de Acompanhamento terá, em sua composição, representantes das entidades executoras e das instituições que integram o Grupo Executivo instituído por meio da Portaria n° 268 de 22/10/2004. Será composta por três representantes do MMA (PDA/Secretaria de Desenvolvimento Sustentável; Núcleo Assessor de Planejamento da Mata Atlântica – NAPMA, e Diretoria de Áreas Protegidas – DAP, ambos da Secretaria de Biodiversidade e Florestas), um do IBAMA, um da Rede de ONGs da Mata Atlântica – RMA, e três representantes dos consórcios executores dos projetos (sendo um de cada consórcio). Todos os ajustes a serem realizados sobre as propostas originais deverão ser discutidos, consensuados e firmados no âmbito dessa instância.

4.2. Estratégia de implementação

As propostas apresentadas em resposta a esta Chamada devem estruturar suas ações de acordo com o descrito a seguir. As atividades devem estar previstas nas propostas, tanto na sua descrição física quanto no seu orçamento. O não enquadramento das estratégias do projeto ao indicado na Chamada será um fator de desqualificação da proposta. A estratégia de implementação dos projetos prevê ações estruturadas em três etapas:

a) Fortalecimento da articulação e construção da

estratégia de implementação dos projetos Considerando que um dos objetivos desta Chamada é a constituição

de uma rede de organizações capazes de garantir a oferta continuada e de qualidade da capacitação em gestão de UCs, serão desenvolvidas ações que tenham como orientação o fortalecimento e a articulação de instituições, as quais serão a base para a constituição dessa rede de capacitação continuada em gestão de UCs.

As propostas deverão ser apresentadas por entidades organizadas em “consórcios”. Serão apoiadas três propostas apresentadas por consórcios formados por ONGs representantes das três regiões do País com área inserida no domínio da Mata Atlântica (Nordeste, Sudeste + Goiás, e Sul + Mato Grosso do

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Sul). Além das entidades proponentes, esses consórcios devem contar, preferencialmente, com a participação de instituições de ensino-formação e instituições responsáveis pela gestão direta das UCs. A constituição do consórcio com representantes de diferentes categorias de instituições não é um critério de elegibilidade dos projetos, mas será considerado um dos critérios de análise. Obterão, portanto, maior pontuação os consórcios formados por mais de uma categoria de instituições.

Atividades propostas

Buscando garantir maior integração dos diversos atores envolvidos na implementação dos projetos e o estabelecimento de uma estratégia integrada para as três propostas, ocorrerá em Brasília uma oficina nacional para a etapa de planejamento inicial. Deverão participar dessa oficina, considerada o marco zero da implementação das atividades, cinco representantes de cada consórcio vencedor. Esses representantes serão escolhidos entre as diferentes categorias de instituições envolvidas.

Essa oficina prevê a redefinição e a integração das estratégias de implementação das três propostas aprovadas e a construção de diretrizes para a elaboração dos planos de monitoria e disseminação de cada uma delas.

A Instância de Acompanhamento do projeto participará da oficina e será a responsável pela aprovação dos seus resultados finais. As propostas apresentadas devem, portanto, prever recursos de deslocamento e diárias (hospedagem e alimentação) para Brasília dos cinco representantes de cada consórcio que participarão dessa Oficina de Planejamento. Produtos esperados: − planos de trabalhos reajustados; − definição das diretrizes e dos próximos passos para a elaboração do

Plano de Monitoria dos projetos. b) Elaboração de parâmetros curriculares básicos para

capacitação em gestão participativa de Ucs Uma das questões fundamentais na construção de uma política de capacitação para os atores envolvidos na gestão de UCs, bem como para os envolvidos em atividades no seu entorno, é a elaboração de parâmetros curriculares básicos, conteúdo e metodologia que orientem as estratégias de capacitação a serem adotadas. Um dos objetivos da Chamada é a construção desses parâmetros básicos. Para a sua definição, devemos ter em conta as diferenças culturais, ambientais e regionais dentro do domínio da Mata Atlântica, tais como:

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− os diferentes públicos a serem capacitados, tendo, portanto, que

definir, além de conteúdo, linguagem e metodologia, as estratégias específicas para cada público;

− os objetivos das diferentes categorias de UCs, assim como as etapas que vão desde a consulta, passando pela criação, até a consolidação da unidade;

− o fortalecimento da rede de entidades capacitadoras.

Além de construir parâmetros, essa etapa de implementação das atividades prevê a adequação das estratégias de capacitação no âmbito de cada projeto. As propostas apresentadas devem estabelecer uma metodologia participativa de construção das estratégias de capacitação e dos parâmetros de conteúdo. Desse processo deve participar o público potencial das ações de capacitação: (1) técnicos responsáveis pela gestão direta das UCs; (2) representantes das organizações estaduais de meio ambiente; (3) pessoas envolvidas em atividades e projetos no entorno das UCs; (4) integrantes de organizações representativas das populações residentes em UCs e/ou no seu entorno; (5) representantes de instituições de ensino-formação; e/ou (6) ONGs com atividades em UCs.

A construção das estratégias de capacitação e dos parâmetros básicos deve considerar a realização de uma oficina regional e a participação de representantes de cada região em uma reunião nacional (as propostas apresentadas devem prever essas atividades e os recursos relacionados à sua implementação).

Atividades propostas: − realização de uma oficina regional em cada projeto, para a definição

das diretrizes de conteúdo e metodologia e das estratégias que orientarão o processo de capacitação, identificação das experiências em andamento e dos elementos regionais a serem incorporados nos conteúdos e na metodologia.

− realização de uma reunião nacional para o fechamento das diretrizes e para avaliar a implementação dos projetos até o momento de se planejarem os próximos passos.

− detalhamento de cada atividade de capacitação prevista no plano de capacitação, especificando conteúdo, metodologia e definição do conjunto de instrumentos pedagógicos a serem utilizados; A Instância de Acompanhamento dos projetos deverá participar da

reunião nacional e poderá enviar representantes às oficinas regionais.

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Produtos esperados: − relatório das oficinas regionais; − plano de capacitação ajustado, com a descrição do perfil profissional

de conclusão, das estratégias de capacitação, dos parâmetros curriculares, da metodologia, das formas de avaliação e dos conteúdos a serem utilizados na construção das atividades de capacitação;

− plano de monitoria de cada proposta, seguindo as diretrizes definidas na etapa anterior de trabalho, prevendo-se também os produtos a serem direcionados para a disseminação da experiência.

c) Implementação do plano de capacitação e realização

das atividades de capacitação

Nessa etapa da implementação dos projetos deverão ser realizadas as atividades de capacitação propriamente ditas, considerando-se as estratégias específicas relacionadas aos diferentes públicos e atores envolvidos na gestão de UCs. Devese buscar a capacitação do maior número possível de pessoas em ação nas UCs, desde que garantida a qualidade da capacitação.

Nessa etapa serão identificados e, se necessário, elaborados os materiais didáticos a serem utilizados na capacitação. Deve-se ter como referência materiais já existentes, parâmetros curriculares básicos, além de conteúdo, metodologia e experiências de capacitação identificadas nas etapas anteriores do projeto. Além disso, sua forma de apresentação e linguagem devem ser adequados ao público envolvido, considerando-se as diferenças regionais (culturais), de público (técnicos, agricultores etc.) e dos objetivos das diferentes categorias de UCs.

A elaboração dos materiais ficará a cargo de profissionais responsáveis pelas capacitações, em parceira com os atores locais, que deverão ser responsáveis pelo levantamento dos materiais existentes e pela sua adequação, quando necessária, aos parâmetros definidos anteriormente.

As atividades de capacitação propostas deverão levar em consideração os aspectos apontados no item 3.3.2. Atividades propostas: − identificação dos profissionais e das instituições capacitadoras; − contratação de equipes, profissionais, empresas responsáveis pela

elaboração dos materiais pedagógicos; − implementação do plano de capacitação; − implementação dos planos de monitoria e de disseminação.

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5. Conjunto dos Produtos

e Resultados Esperados − Planos de trabalho com a adequação das propostas elaborados. − Consórcios formados e articulados em rede. − Parâmetros curriculares básicos, conteúdo e metodologia definidos. − Detalhamento das atividades de capacitação elaborado. − Planos de capacitação elaborados. − Material didático identificado e elaborado. − Atividades de capacitação realizadas e gestores capacitados. − Planos de monitoria elaborados e executados. − Disseminação da experiência realizada. − Relatórios parciais e final das atividades elaborados, apresentados e

aprovados pela Instância de Acompanhamento dos projetos.

6. Monitoria e Disseminação

das Experiências

A produção e a disseminação de conhecimentos a partir das lições aprendidas pelas experiências apoiadas são consideradas fundamentais para a realização dos objetivos do PDA. Por isso, o monitoramento, a sistematização e a disseminação dessas experiências constituem elementos centrais a serem considerados na avaliação das propostas. A seguir são apresentadas orientações quanto aos procedimentos relacionados com as estratégias de monitoramento e de sistematização, as quais devem ser levadas em consideração pelos proponentes na elaboração de seus respectivos projetos.

Monitoria dos Projetos Todos os projetos PDA Mata Atlântica devem obrigatoriamente realizar ações de monitoria. Após a aprovação da proposta, o PDA disponibilizará um Manual de Monitoria e Avaliação que dará suporte aos projetos para que estes construam os seus próprios planos de monitoria. No planejamento do projeto, cada proponente deve elaborar um esboço da estratégia de monitoria, a qual deverá ser refinada durante as atividades relacionadas com a adequação dos projetos.

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Sistematização das experiências

As avaliações do PDA apresentam diversos resultados positivos da implementação dos projetos. No entanto, nem sempre os conhecimentos gerados foram suficientemente amadurecidos e apropriados pelas comunidades. Também não estão, na maioria das vezes, organizados de forma que sirvam para a disseminação e para embasar propostas que influenciem a formulação de políticas públicas.

Para que os projetos realizem a sistematização de suas experiências, os mesmos podem prever as seguintes atividades: − identificação e planejamento do tema a ser sistematizado; − levantamento e organização de documentos, fotografias e dados

sobre a atividades desenvolvidas no âmbito do projeto. − entrevistas com os atores que participaram do projeto, que servirão

de base para o produto final da sistematização. − elaboração da narrativa da sistematização; − identificação de produtos (cartilhas, relatórios técnicos, programas

de rádio, fitas de vídeo etc...) e públicos para os quais os resultados da sistematização devem ser direcionados.

Disseminação dos resultados e das lições aprendidas

Disseminar as experiências realizadas e os conhecimentos adquiridos pelos projetos faz parte dos objetivos específicos do PDA.

No PDA Mata Atlântica a disseminação está associada à sistematização das experiências, pois é por meio dessa ferramenta que se torna possível rever o trajeto percorrido na implementação do projeto, visualizar os resultados obtidos e gerar novas lições. O produto da sistematização contribuirá, dessa forma, para a difusão e a disseminação das experiências.

7. Prazos

Data limite da postagem 31/05/2005 Análise e julgamento das propostas 30/06/2005 Divulgação dos resultados 15/07/2005

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8. Habilitação das

Entidades Proponentes

Poderão participar desta seleção pública de propostas, instituições privadas brasileiras, sem fins lucrativos, que não apresentem pendências com o PDA e com o Ministério do Meio Ambiente. Estão credenciados a submeter propostas e receber recursos as ONGs, movimentos sociais, organizações comunitárias, entre outras, com mais de um ano de registro legal e que tenham claramente definido em seus estatutos pelo menos uma das seguintes ações: defesa, conservação, recuperação ou uso sustentável dos recursos naturais. Para se habilitarem, as entidades proponentes deverão apresentar os documentos listados a seguir, em uma via: − ata de eleição e de posse da atual administração; − estatuto em vigor; − comprovação de existência legal mínima de 12 (doze) meses e

atribuições estatutárias para atuação na área de meio ambiente, histórico de atuação comprovada na área ambiental, ou registro no Cadastro Nacional de Entidades Ambientalistas – CNEA/Conama, quando existir;

− inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), do Ministério da Fazenda;

− comprovação de experiência na implementação de programas de capacitação, por meio de apresentação de currículo institucional, com ênfase na descrição das atividades de capacitação;

− termos de compromisso com parceiros para a execução do projeto, assinados por seus respectivos representantes legais, confirmando a participação no projeto e informando seu papel na parceria. Essas parcerias devem ser constituídas, preferencialmente, com entidades não governamentais, instituições de ensino e entidades diretamente responsáveis pela gestão de UCs.

9. Critérios de

Elegibilidade das Propostas

Para aprovação das propostas, estas deverão: − atender às condições estabelecidas nesta Chamada, com

o correto preenchimento do Formulário de Projetos e o en-

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vio da proposta em papel (duas cópias) e em versão eletrônica (disquete ou CD);

− trazer como anexos: � carta do representante legal da instituição proponente

formalizando a proposta; � cópia simples de todos os documentos necessários para

habilitação da entidade proponente, listados no item 8 desta Chamada (uma via para cada documento);

− conter atividades de monitoria do projeto e custos associados. Na descrição do contexto e na justificativa dos projetos, as

organizações proponentes deverão estabelecer relações de coerência entre as propostas apresentadas e as ações executadas pelos órgãos federais, estaduais e municipais responsáveis pela gestão das UCs, buscando o fortalecimento dos seus conselhos gestores.

10. Recursos Disponíveis Serão selecionadas três propostas, sendo uma para a região

Nordeste, outra para a região Sudeste e Goiás e a terceira para a região Sul e Mato Grosso do Sul.

As propostas devem ser apresentadas por entidades articuladas em consórcios. Podem integrá-los na condição de proponentes, além de ONGs, preferencialmente instituições de ensino (formação ou educação) e organizações diretamente responsáveis pela gestão de unidades de conservação. A instituição proponente será responsável pelo contrato e pela aplicação da contrapartida das instituições parceiras.

Os valores máximos a serem solicitados como apoio do PDA, excluindo-se a contrapartida, são definidos a seguir:

Regiões Valor máximo de apoio por

projeto (R$) Região Sudeste + Goiás 500.000,00 Região Nordeste 500.000,00 Região Sul + Mato Grosso do Sul 500.000,00 TOTAL de recursos disponíveis 1.500.000,00

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No primeiro ano do projeto, o valor máximo a ser solicitado ao PDA será de 50% do valor solicitado, ou seja, de no máximo R$ 250.000,00.

Durante o período de sua vigência, os projetos que demonstrarem necessidade de recursos extras, devido a algum imprevisto, poderão solicitar complementação orçamentária à Secretaria Técnica, desde que estes sejam equivalentes a até no maximo 10% (dez por cento) do valor solicitado ao PDA.

11. Itens Financiáveis

Somente poderão ser apoiadas, com recursos do PDA Mata Atlântica, as despesas identificadas abaixo: − material de consumo; − custos administrativos, como luz, água, telefone, aluguel, necessários

para o funcionamento das entidades proponentes/executoras (até 15% do valor total solicitado ao PDA Mata Atlântica);

− equipe permanente do projeto; − contratação de serviços de terceiros – pessoas físicas e jurídicas; − viagens e seminários (passagens e diárias); − máquinas e equipamentos (desde que as atividades previtas

justifiquem plenamente essas aquisições).

Obs: Os recursos para aquisição de máquinas e equipamentos não poderão ser superiores a 10% do valor solicitado ao PDA.

12. Itens não Financiáveis Não serão financiadas com recursos disponibilizados pelo PDA

Mata Atlântica as despesas referentes a: − taxa de administração ou similar; − elaboração da proposta apresentada;

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− gratificação, consultoria, assistência técnica ou qualquer espécie de

remuneração ao pessoal com vínculo empregatício com instituições da administração pública federal, estadual ou municipal, direta ou indireta;

− pagamentos de taxas (exceto taxa de manutenção de conta corrente), impostos, multas, juros ou correção monetária, inclusive, decorrentes de pagamentos ou recolhimentos fora dos prazos;

− pagamento de dividendos ou recuperação de capital investido; − compra de ações, debêntures ou outros valores mobiliários; − financiamento de dívida; − aquisição de bens imóveis; − publicidade, salvo as de caráter educativo, informativo ou de

orientação social, que não contenham nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou pessoas, servidores ou não das instituições proponentes ou executoras.

13. Contrapartida

Todas as propostas submetidas ao PDA Mata Atlântica devem apresentar recursos de contrapartida (CP). Contrapartida é a parcela de custos assumida pela entidade proponente/executora e deve sempre estar incluída no custo total do projeto, obedecidos os limites de, no mínimo, 20% e, no máximo, 100% do valor solicitado.

A aplicação de tais recursos deverá ser comprovada à Secretaria Técnica do PDA mediante apresentação de comprovantes, tanto para recursos alocados como para pagamento de despesas. Todas as despesas de contrapartida previstas no projeto serão objeto de verificação pela Secretaria Técnica, doador e auditoria do Ministério Público. Podem ser considerados contrapartida os seguintes recursos: − Recursos humanos: valores correspondentes a salários dos

membros da equipe e/ou de técnicos envolvidos na execução de projetos financiados por outras fontes. Se não houver pagamento de salário, o valor do trabalho voluntário poderá ser estimado, tomando-se por base os valores de mercado.

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− Contribuição da população: essa contribuição poderá ser em forma

de trabalho, dinheiro ou bens (doação de material para construir um local de reuniões, mutirões, alimentação doada para encontros e outros).

− Equipamentos e material permanente: o uso da infraestrutura existente (máquinas, veículos, construções, equipamentos) só poderá ser considerado contrapartida se os itens não tiverem sido adquiridos com recursos do PDA. O valor a ser considerado deverá equivaler ao uso de determinado bem, no período e nas atividades do projeto, e não o valor de venda do bem.

− Recursos financeiros: são recursos provenientes da própria entidade proponente ou de outras fontes, os quais serão alocados para atividades fins do projeto. Em nenhuma hipótese admite-se duplo financiamento, isto é, custos cobertos por outras fontes não podem ser financiados pelo PDA Mata Atlântica. Despesas decorrentes do pagamento de taxas e impostos sobre a aquisição de bens, obras e serviços, fundo rotativo do empreendimento e pagamento de salários da equipe do projeto podem ser consideradas parte dessa contrapartida.

14. Encaminhamento das

Propostas

As propostas deverão ser elaboradas em formulário próprio, distribuído juntamente com o Manual Operacional do PDA Mata Atlântica, o qual poderá ser baixado via Internet no site do Ministério do Meio Ambiente, no seguinte endereço:

http: //www.mma.gov.br/ppg7/pda

As propostas deverão ser remetidas pelos Correios, em envelopes

lacrados, para a Secretaria Técnica do PDA, no endereço descrito no item 19 (Disposições Gerais) desta Chamada.

A remessa pelos Correios deverá ser feita mediante Registro, devendo o Formulário de Recebimento ser preenchido com o nome e o endereço da instituição proponente.

No envelope deverá constar claramente a seguinte referência:

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PDA Mata Atlântica Proposta para Elaboração e Implementação de Estratégias de Capacitação em Gestão Partici-pativa de Unidades de Conservação na Mata Atlântica

Será requerida a apresentação do projeto em 2 (duas) vias impressas não encadernadas, numeradas e ordenadas seqüencialmente, com rubrica obrigatória do coordenador do projeto em cada página, acompanhada, ainda, de 1 (uma) via magnética (disquete ou CD).

15. Análise e Julgamento

das Propostas

Encerrado o prazo para encaminhamento e recebimento de propostas, a Secretaria Técnica fará a análise inicial para verificar o atendimento das exigências quanto ao enquadramento das propostas e habilitação das proponentes nos termos desta Chamada. As propostas que não se enquadrarem nessas especificações serão devolvidas à proponente.

As entidades terão seus projetos analisados por uma Câmara Técnica, composta por especialistas convidados pela Secretaria Técnica. O processo de análise ocorrerá conforme os procedimentos e critérios descritos no item 16 (Critérios para Análise Técnica de Projetos).

Os projetos serão classificados por pontos obtidos, conforme tabela apresentada a seguir, sendo, posteriormente, submetidos à decisão da Comissão Executiva do PDA.

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16. Critérios para Análise

Técnica de Projetos

Planilha de Avaliação Avaliação Quantitativa

Critérios básicos de avaliação (para todas as linhas temáticas)

Pontos (0 a 5)

Peso Pontuação final

1. Diversidade de atores envolvidos (número de parcerias horizontais com representações institucionais e compromissos formalmente definidos)

3

2. Potencial de contribuir para a implementação do PDA Mata Atlântica

3

3. Capacidade e experiência de trabalho da proponente

3

4. Coerência entre objetivos, metas e atividades propostos no projeto

2

5. Caráter demonstrativo e multiplicador 3 6. Potencial inovador das propostas 3 7. Metodologias a serem utilizadas na execução do projeto

3

8. Coerência entre cronogramas de execução e desembolso

1

9. Participação de jovens e mulheres nos processos de capacitação

1

10. Perfil e experiência da equipe envolvida no projeto

3

11. Participação dos beneficiários 2 2 12. Estratégia de comunicação e de disseminação 3 13. Estratégia de sistematização 3 14. Estratégia de monitoria 3 Avaliação Quantitativa Final Total Pontuação Final x 2 = [ ] 36 [ ] Recomendado [ ] Não Recomendado

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Após a análise da proposta, a Câmara Técnica deve emitir um parecer global, composto pela Avaliação Quantitativa Final e por uma Avaliação Qualitativa, que classifica a proposta de projeto entre as seguintes alternativas: Recomendado (RE) – quando a proposta atende ao conjunto dos critérios da análise técnica, atingindo pontuação na Avaliação Quantitativa Final igual ou superior a sete; Não-Recomendado (NR) – quando a proposta não atende aos critérios de análise técnica de projetos e não apresenta condições mínimas de reformulação, atingindo pontuação inferior a sete no parecer global. Critérios de desempate – em caso de empate, as propostas que apresentarem maior pontuação no item de avaliação n°1 (Diversidade de atores envolvidos) serão selecionadas. Caso permaneça o empate, será selecionada a proposta que obtiver maior pontuação no item de avaliação n° 2 (Capacidade e experiência de trabalho da proponente).

As propostas recomendadas pela Câmara Técnica serão encaminhadas à Comissão Executiva para julgamento. A Câmara Técnica poderá propor condicionantes e recomendações ao projeto.

17. Divulgação dos

Resultados

A divulgação dos resultados desta seleção deverá ocorrer em 07 de julho de 2005. Os resultados serão informados diretamente pela Secretaria Técnica do PDA e disponibilizados na Internet, no endereço eletrônico do MMA:

http://www.mma.gov.br/ppg7

18. Assinatura do

Contrato

As entidades com propostas aprovadas serão convocadas para apresentação da documentação original de habilitação das proponentes e assinatura do contrato.

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Além da documentação exigida no item 8 (Habilitação das Entidades Proponentes), para assinatura do contrato será exigida a seguinte documentação: − regularidade para com a Fazenda Federal (certidão negativa de

tributos e contribuições federais), com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (certidão quanto à dívida ativa da União) e com a Fazenda Estadual e Municipal;

− regularidade relativa à seguridade social, expedida pelo Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS;

− regularidade relativa ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS, expedida pela Caixa Econômica Federal. A título de comprovação desta documentação, será admitida a

apresentação dos documentos em original, em cópia autenticada por cartório ou, ainda, na forma de publicação em imprensa oficial. O não-atendimento à convocação num prazo máximo de 90 (noventa) dias a partir da notificação ou a não aceitação do termo de contrato caracterizará desistência da instituição.

19. Disposições Gerais

Uma mesma organização poderá apresentar proposta em resposta a uma Chamada Nacional e também à Chamada Local e Regional e além disso poderá implementar, paralelamente, um projeto do Componente Consolidação do PDA. Sendo que, em resposta à Chamada de projetos locais e regionais poderá apresentar uma proposta de grande projeto ou até três propostas de pequenos projetos, desde que implementados em períodos diferentes.

Uma mesma instituição poderá ser parceira em outro projeto, sem prejuízo para o projeto em que figure como proponente. No caso de dois ou mais projetos relacionados às linhas temáticas desta Chamada, enviados pela mesma instituição proponente, as duas ou mais propostas serão consideradas inabilitadas por não estarem em concordância com os termos desta Chamada.

É um princípio do PDA estimular a formação e o fortalecimento de parcerias para a implementação das propostas. No PDA Mata Atlântica, pelas especificidades relacionadas à sua temática, isso se torna ainda mais importante. Projetos que apresentarem estratégias consistentes de formação e fortaleci mento de parcerias serão valorizados na análise.

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No caso de sobreposição entre áreas de abrangência de duas ou mais propostas que implique duplicidade de esforços, somente a que receber melhor classificação, segundo os critérios definidos nesta Chamada, será passível de apoio.

As instituições parceiras que integrem a execução da proposta selecionada deverão se reportar unicamente à instituição proponente, não adquirindo direitos ou recebendo recursos diretamente do PDA Mata Atlântica.

Não será admitida a agregação de documentos e substituições, acréscimos ou modificações no conteúdo das propostas encaminhadas após esgotado o prazo fixado para apresentação das mesmas.

Quaisquer materiais, produtos, publicações, apresentações realizadas no âmbito dos projetos apoiados devem apresentar a logomarca do PDA, do Ministério do Meio Ambiente, do Governo Federal e da Cooperação Brasil-Alemanha, de modo a

garantir a publicidade do apoio recebido. Serão inabilitadas propostas que:

− forem encaminhadas depois do prazo fixado, sendo que, para efeito de verificação do prazo, será considerada a data de postagem gravada pelos Correios nos envelopes e no Aviso/Protocolo de Recebimento;

− não obedecerem rigorosamente aos termos e disposições desta Chamada.

As propostas e os documentos das entidades inabilitadas ou não selecionadas serão colocados à disposição das instituições proponentes na Secretaria Técnica, a partir da data de divulgação dos resultados. Os não reclamados até 60 (sessenta) dias da data fixada serão descartados.

Para todos os efeitos legais, as disposições descritas nesta Chamada e no manual do PDA Mata Atlântica, bem como os projetos aprovados das instituições proponentes, serão parte integrante e complementar de cada instrumento jurídico assinado, independentemente de transcrição.

A critério da Secretaria Técnica do PDA, ouvida a Comissão Executiva, os valores e percentuais consignados para esta Chamada poderão ser alterados em razão de eventuais mudanças ou determinações superiores na ordem econômica do país.

A Comissão Executiva do PDA é a autoridade competente para homologar o resultado final da presente Seleção de Projetos, para decidir quanto à inabilitação de proponentes ou desqualificação de propostas, julgamento de casos especiais, anulação parcial ou total desta Seleção, bem como quanto à sua revogação. As decisões pertinentes a anulação ou revogação, assim como aquelas relativas a aplicação das penalidades previstas serão comunicadas pela Secretaria Técnica do PDA.

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Não serão aceitos recursos à decisão da Comissão Executiva. A qualquer tempo esta Chamada poderá ser revogada ou anulada,

no todo ou em parte, por motivo de interesse público, sem que isso implique direito a indenização de qualquer natureza.

O Manual de Operações do PDA Mata Atlântica e todos os seus anexos fazem parte desta Chamada. Informações e esclarecimentos complementares pertinentes a esta Seleção de Projetos poderão ser obtidos diretamente na Secretaria Técnica do PDA. Secretaria Técnica do PDA Projetos Demonstrativos PDA – Mata Atlântica Caixa Postal 10.891 – CEP 70306-970 – Brasília – DF ou W3 Sul SCRS 514 - Bloco B - Loja 69 - 2º andar CEP 70380-515 – Brasília – DF Tel.: (0xx61) 4009-9256 Fax: (0xx61) 4009-9271 Correio Eletrônico: [email protected] [email protected]