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INSTITUTO DE ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL SUSTENTÁVEL COMPORTAMENTO DE BEZERRAS LEITEIRAS EM DOIS SISTEMAS DE CRIAÇÃO NA FASE DE ALEITAMENTO Ana Claudia Koki Sampaio Nova Odessa Janeiro, 2012

Comportamento de bezerras leiteiras em sistemas de criação ... · passar, sendo bons ou não, para o nosso próprio aprendizado, por algum motivo, nunca esquecendo do mais importante:

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Page 1: Comportamento de bezerras leiteiras em sistemas de criação ... · passar, sendo bons ou não, para o nosso próprio aprendizado, por algum motivo, nunca esquecendo do mais importante:

INSTITUTO DE ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL SUSTENTÁVEL

COMPORTAMENTO DE BEZERRAS LEITEIRAS EM DOIS SISTEMAS DE CRIAÇÃO NA FASE DE ALEITAMENTO

Ana Claudia Koki Sampaio

Nova Odessa

Janeiro, 2012

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS

INSTITUTO DE ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL SUSTENTÁVEL

Comportamento de bezerras leiteiras em dois sistemas de criação na fase de aleitamento

Ana Claudia Koki Sampaio

Orientadora: Drª. Luciandra Macedo de Toledo

Co-orientador: Dr. Irineu Arcaro Junior

Nova Odessa

Janeiro, 2012

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação do Instituto de Zootecnia,

APTA/SAA, como parte dos requisitos para

obtenção do título de Mestre em Produção

Animal Sustentável.

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Ficha elaborada pelo

Núcleo de Informação e Documentação do Instituto de Zootecnia

Bibliotecária responsável – Ana Paula dos Santos Galletta - CRB8/7166

S192c Sampaio, Ana Claudia Koki

Comportamento de bezerras leiteiras em dois sistemas de

criação na fase de aleitamento. / Ana Claudia Koki Sampaio.

Nova Odessa - SP, 2012.

61p. : il.

Dissertação (Mestrado) - Instituto de Zootecnia. APTA/SAA.

Orientador: Drª. Luciandra Macedo de Toledo.

1. Bovinos 2. Pré-desmama 3. Reatividade. I. Toledo,

Luciandra Macedo de. II. Título.

CDD 636.2

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA DA AGRICULTURA E ABASTECIMENTO AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS

INSTITUTO DE ZOOTECNIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL SUSTENTÁVEL

CERTIFICADO DE APROVAÇÃO

COMPORTAMENTO DE BEZERRAS LEITEIRAS EM DOIS SISTEMAS

DE CRIAÇÃO NA FASE DE ALEITAMENTO

ANA CLAUDIA KOKI SAMPAIO

Orientadora: Drª. Luciandra Macedo de Toledo

Co-orientador: Dr. Irineu Arcaro Júnior

Aprovado como parte das exigências para obtenção de título de MESTRE em Produção

Animal Sustentável, pela Comissão Examinadora:

Profª. Drª. Luciandra Macedo de Toledo

Evaldo Antônio Lencioni Titto

Universidade de São Paulo

Fábio Enrique Lemos Budiño

Instituto de Zootecnia

Data da realização: 26 de Janeiro de 2012

Presidente da Comissão Examinadora

Profª. Drª. Luciandra Macedo de Toledo

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“ISSO TAMBÉM PASSA”

Chico Xavier costumava ter em cima de sua cama uma placa escrita: “ISSO

TAMBÉM PASSA!”. Perguntaram a ele o porquê disso, e ele disse que era para se

lembrar que quando estivesse passando por momentos ruins, mais cedo ou mais

tarde eles iriam embora, que iriam passar, e que ele teria que passar por aquilo...

por algum motivo. Mas essa placa também era para lembrá-lo que quando estivesse

muito feliz, não deixasse tudo pra trás e não se deixasse levar, porque esses

momentos também iriam passar, e momentos difíceis viriam de novo. E é

exatamente disso que a vida é feita: de momentos! Momentos os quais temos que

passar, sendo bons ou não, para o nosso próprio aprendizado, por algum motivo,

nunca esquecendo do mais importante: “Nada nessa vida é por acaso!

Absolutamente nada”. Por isso temos que nos preocupar em fazer a nossa parte, da

melhor forma possível... A vida nem sempre segue o nosso querer, mas a vida é

perfeita naquilo que tem que ser!"

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DEDICO

AOS MEUS PAIS, JOAQUIM ANDRE E JANETE

Razões da minha vida, minha força minha inspiração

Luz do meu caminho que me guia e me dá direção

Abraço que ampara e acalma o meu coração

Quantas vezes nos momentos de bobeira e de desilusão

Não ouvi seus conselhos e por isso me vi sem chão

Todo mundo dando as costas e vocês me estendendo a mão...

(“Pai e Mãe” Michel Teló)

AOS MEUS IRMÃOS, ROBERTA E ANDRÉ EDUARDO

Como pode ser

Feitos da mesma forma

Criados com o mesmo amor

Vivendo a alegria e dor...

... Sua alegria é minha alegria

Suas lágrimas choro também

Não importa o que venha na vida

Irmãos

Somos Irmãos...

(“Irmãos” Ana Paula Valadão)

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AO MEU NOIVO, JULIANO

... De repente o mundo parece um lugar tão perfeito

De repente se move com uma graça tão perfeita

De repente minha vida não parece um desperdício

Tudo gira em torno de você

E não há montanha tão alta

Nem rio tão extenso...

Haja o que houver

Amo você!

(Adaptado de “Come What May” Moulin Rouge)

Há momentos que tudo parece estar fora dos eixos, e na sua presença

passa a ficar perfeito... Na sua paciência, no seu carinho...

Dedico a você essa dissertação, pelo respeito, pelo amor e conquistas

nesses nossos anos de convivência e companheirismo.

Nossa luta continua, sempre um ao lado do outro, em toda e qualquer

situação.

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AGRADECIMENTOS

A Deus e a Nossa Senhora Aparecida pela condução dessa jornada que se finda;

Aos meus sogros, Romão Carlos e Maria da Graça, pelo apoio, dedicação, confiança e pelo amadurecimento;

Aos meus cunhados Ana, Emerson, Janaíne, Jeferson, Roseane e Rosnei, pelo companheirismo e incentivo;

A Drª Luciandra, pela amizade e pela confiança de entregar a mim seu projeto;

Ao Dr. Irineu pela co-orientação, e por inicialmente me orientar;

A Dr.ª Juliana e a Dr.ª Claudia pelas conversas, aprendizado e pelas risadas;

Ao Dr. Ambrósio, no auxílio das análises estatísticas e pelo aprendizado da modelagem;

Aos funcionários da Fazenda Palmeiras, em especial a Ana Baião, Alessandra e Teresa, que durante todo o período experimental me ajudaram com as bezerras e na coleta de dados;

Ao Dr. Valter Cromberg e sua esposa, Maria Claudia, por me acolherem em seu lar para me ajudar a dar rumo as minhas análises, e principalmente pelos conselhos e lágrimas que me fez derramar, que pude ver com outros olhos a pesquisa e como realizá-la corretamente;

Ao Dr. Mauro, pela ajuda, pelas risadas e pelo aprendizado;

Não posso esquecer dos meus amigos: Érika, Heverton, Ivana, Jorge, Lucas, Sabrina, Thamires, Deise, Lívia, Thiago, Claiton, Luciane e Verônica pela ajuda no experimento, nos testes de reatividade, e pelos churrascos inesperados para podermos nos distrair;

A minha amiga Talita, que sempre esteve por perto, mesmo estando longe;

A todos os docentes da Pós-Graduação do Instituto de Zootecnia pelo crescimento científico;

A Dr.ª Keila e ao Dr. Luiz Humberto, pelas conversas e principalmente pela amizade que foi construída no decorrer desses anos;

A secretária Marta, pelas risadas e ensinamentos da vida, a nova secretária Fran e a Cristina, pelo apoio;

A FAPESP, pelo financiamento do projeto e pela bolsa de treinamento técnico (Processo: 2008/09660-5) e a CAPES, pela bolsa de mestrado;

Agradeço a todos que contribuíram direta e indiretamente para que esse trabalho fosse executado.

E agradeço as minhas bezerras amadas, sem elas, esse trabalho não teria sido realizado. Meninas, espero seus bezerrinhos.

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SUMÁRIO

Lista de Tabelas ....................................................................................... .................xvi

Lista de Figura ............................................................................................. ............xviii

Resumo ................................................................................................. ....................xx

Abstract ....................................................................................................... .............xxii

1. Introdução ............................................................................................................. ..1

2. Revisão de Literatura ............................................................................................ ..3

3. Material e Métodos ................................................................................................ 11

3.1. Animais ........................................................................................... 11

3.2. Instalações ..................................................................................... 12

3.3. Manejo ............................................................................................ 13

3.4. Alimentação .................................................................................... 15

3.5. Peso a desmama ............................................................................ 16

3.6. Utilização de medicamento e taxa de sobrevivência ...................... 16

3.7. Avaliação comportamental ............................................................. 16

3.8. Teste de reatividade ....................................................................... 17

3.9. Análise estatística ........................................................................... 18

4. Resultados ............................................................................................................ 21

4.1. Peso a desmama ............................................................................ 21

4.2. Utilização de medicamento e taxa de sobrevivência ...................... 22

4.3. Avaliação comportamental ............................................................. 22

4.4. Reatividade..................................................................................... 27

5. Discussão .............................................................................................................. 29

5.1. Peso a desmama ............................................................................ 29

5.2. Utilização de medicamento e taxa de sobrevivência ...................... 30

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5.3. Avaliação comportamental ............................................................. 30

5.4. Reatividade..................................................................................... 33

6. Conclusões ............................................................................................................ 35

7. Referências Bibliográficas ..................................................................................... 37

APÊNDICE ................................................................................................................ 45

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LISTA DE TABELAS

Pág.

Tabela 1. Composição bromatológica............................................................. 15

Tabela 2. Etograma de trabalho de postura corporal e atividade

comportamental.............................................................................. 17

Tabela 3. Resumo do resultado da análise de variância da variável peso a

desmama........................................................................................ 21

Tabela 4. Média de peso a desmama e erro padrão da média de bezerras

leiteiras............................................................................................ 22

Tabela 5. Frequências relativas e absolutas (entre parênteses) do uso de

medicamentos em bezerras leiteiras em fase de

aleitamento...................................................................................... 22

Tabela 6. Resumo dos resultados das análises de variância das variáveis

de postura corporal......................................................................... 23

Tabela 7. Média observada e erro padrão da média das frequências de

postura corporal em função dos grupos de bezerras...................... 23

Tabela 8. Resumo dos resultados das análises de variância das variáveis

de atividades comportamentais...................................................... 24

Tabela 9. Média observada e erro padrão da média das frequências de

atividades em função dos grupos de bezerras............................... 25

Tabela 10. Média observada e erro padrão da média das frequências das

atividades em função do grupo de bezerras e do tipo de

instalação........................................................................................ 25

Tabela 11. Média observada e erro padrão da média das frequências da

atividade deslocamento em função do grupo de bezerras e do

tipo de instalação............................................................................ 26

Tabela 12. Média observada e erro padrão da média das frequências das

atividades em função do grupo de bezerras, do tipo de instalação

e da ausência ou presença de afago.............................................. 27

Tabela 13. Regressão logística ordinal entre os tipos de abrigo, ausência ou

presença de afago, teste de reatividade, local de realização dos

testes e a presença de pessoas..................................................... 27

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Tabela 14. Frequência absoluta e relativa dos níveis de reatividade em

relação aos tipos de abrigo, ausência ou presença de afago,

número do teste de reatividade, local de realização dos testes e

a presença de pessoas...................................................................

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LISTA DE FIGURA

Pág.

Figura 1. Croqui da área experimental........................................................... 14

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Comportamento de bezerras leiteiras em dois sistemas de criação na fase de

aleitamento

RESUMO

O estudo comportamental auxilia na determinação das necessidades dos animais e serve de base para fundamentar os critérios de bem-estar dentro das propriedades. O objetivo do presente estudo foi avaliar o comportamento de bezerras leiteiras mantidas em diferentes sistemas de criação (individual ou coletivo) com a presença ou ausência de afago durante a fase de aleitamento associado a um teste de reatividade no período pós-desmama. Nove bezerras foram criadas no sistema individual com ausência de afago, 10 no individual com presença de afago, 10 no sistema coletivo com ausência de afago e 12 animais no coletivo com presença de afago. O peso a desmama diferiu (P<0,05) entre a ausência e presença de afago para os animais criados coletivamente no grupo 2. Não houve diferença significativa (P<0,05) na frequência do uso de medicamentos entre os tipos de instalações e na presença ou ausência de afago e durante a fase de aleitamento a taxa de sobrevivência foi de 100%. Na avaliação comportamental foram observadas diferenças estatísticas (P<0,05) entre as posturas corporais em pé e deitado entre os grupos. Nas atividades comportamentais, foram observadas diferenças (P<0,05) entre os grupos para a ingestão de concentrado, outras atividades e sem atividade aparente. Quanto ao tipo de instalação, foram observadas diferenças (P<0,05) entre a ingestão de alimento, a atividade de ingestão de água, na ausência ou presença de afago e na variável deslocamento, os animais criados coletivamente (grupo 2) apresentaram diferenças significativas para as variáveis ingestão de concentrado e ingestão de feno. Nas avaliações de reatividade, foram observadas diferenças estatísticas entre os testes (30 dias pós-demama, 180 dias e 360 dias de idade) e entre a presença das pessoas (desconhecido, tratador intermediário e tratador) durante os testes. Concluiu-se que ambos os sistemas de criação são eficientes para a taxa de sobrevivência das bezerras no período de aleitamento. O sistema de criação e a ausência ou presença de afago não interferem na diminuição da reatividade das bezerras na fase pós desmama, enquanto que a presença das pessoas que mantiveram contato frequente durante a fase de aleitamento e a idade dos animais favorece a diminuição dos níveis de reatividade.

Palavras-chave: bovinos, pré-desmama, reatividade.

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Behaviour of dairy calves in two farming systems on suckling period

ABSTRACT

Behavioural study helps to determine animal needs and can be used as base for welfare criterion within properties. The aim of this study was to evaluate dairy calves behaviour kept in different housing systems (individual or collective) with and without cuddling during the suckling period associated with a reactivity test on the post-weaning. Nine calves were reared in individual shelters without stroking, 10 on individual shelters with stroking, 10 on collective pens without stroking and 12 calves on collective pens system with stroking. The weaning weight differed (P<0.05) between the absence and presence of stroking for animals raised collectively in group 2. There was no significant difference (P<0.05) on the frequency of drug use, among the types of facilities and presence or absence of stroking. During suckling period survival rate was 100%. On behavioural assessment there were statistical differences (P<0.05) between standing postures and lying between the groups. Behavioural differences were observed (P<0.05) between groups for concentrate intake, for other activities and without apparent activity. Regarding the type of housing, differences were observed (P<0.05) between food intake, water drinking activity, in the absence or presence of stroking and the variable displacement, animals reared collectively (group 2) showed significant differences for concentrate intake and hay intake. On assessments of reactivity, statistical differences were observed between the tests (30 days post-weaning, 180 days and 360 days old) and between presence of people (stranger, intermediate keeper and keeper) during testing. It was concluded that both systems are effective on survival rate of calves during suckling period. The rearing system and presence of stroking do not interfere on decrease reactivity of calves in the post weaning, although the presence of intermediate keeper and keeper whoes maintained frequent contact during suckling period and calves age leads to decreased levels of reactivity.

Keywords: cattle, pre-weaning, reactivity.

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1. INTRODUÇÃO

O sistema de criação de bezerras tem grande importância dentro da pecuária

leiteira, pois visa à produtividade e produção animal.

As propriedades leiteiras que mantém a fase de cria de bezerras dentro do

sistema de produção utilizam normalmente alojamentos individuais em baias ou

casinhas do tipo tropical, no entanto, segundo Toledo (2005), o comportamento

natural da espécie pode não estar sendo respeitado, de forma que ocorram

prejuízos futuros.

A escolha do melhor sistema de criação para bezerras na fase de cria, com

instalações que atendam as necessidades dos animais para que estes expressem o

seu comportamento normal, além de um manejo alimentar e sanitário correto,

favorece o maior controle nas taxas de natalidade e mortalidade dentro das

propriedades, além de maior desempenho dos animais, o que é compatível dentro

de um sistema de produção animal sustentável e ecologicamente correto.

A criação artificial de bezerras pode ser realizada coletiva ou

individualmente. Na criação individual o controle da sanidade é facilitado e pode-se

acompanhar a ingestão de alimento fornecido, o que reduz os custos com a

alimentação através da redução do desperdício de alimento. Já a criação coletiva

favorece o desenvolvimento e o entrosamento futuro dos animais. Assim, com as

atuais considerações sobre a sustentabilidade, a utilização de manejos diferenciados

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e a escolha do melhor sistema de criação favorecem a melhoria da qualidade de

vida dos animais e dos tratadores.

As restrições nas oportunidades de contatos físicos e de estímulos

adequados proporcionados pela mãe e por outros membros do rebanho podem ter

consequências negativas no desenvolvimento físico e comportamental dos bezerros

(TOLEDO et al., 2007). Devido às mudanças da criação natural, junto de sua mãe,

para o sistema de criação artificial (individual e/ou coletivo) a atuação do ser humano

torna-se necessária para a realização dos procedimentos de alimentação e cuidados

sanitários com os animais, porém, a interação entre humanos e animais tem sido

negligenciada dentro da pecuária na determinação da produtividade e no bem-estar

animal. Estudos apontam que o manejo racional, em que se associa a mudança do

sistema de criação, do individual para o coletivo, com a rotina de afago nos animais,

melhora o bem-estar evidenciado pela redução do medo para com os humanos

(LENSINK, 2002; SILVA, MADUREIRA e PARANHOS DA COSTA, 2007).

Diante do exposto, o objetivo do trabalho é avaliar o peso a desmama, o

comportamento e a frequência no uso de medicamentos em bezerras leiteiras

mantidas em abrigos individuais ou coletivos, recebendo ou não afago durante a

fase de aleitamento, assim como os níveis de reatividade na fase pós- desmama.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

Com as atuais considerações de sustentabilidade, que estão diretamente

ligadas ao setor econômico, social e ambiental, observa-se o oposto do que se

propõem para um sistema realmente sustentável, como o quadro de redução da

produção de forragem, comprometimento da produção animal, aumento dos custos

de produção e degradação ambiental (MÜLLER et al., 2009).

Segundo Moraes (2011), para atingir o equilíbrio do tripé setor econômico x

social x ambiental, faz-se necessária a modificação dos métodos de produção, por

meio da utilização racional dos recursos naturais, e dar inicio à utilização de

resíduos produzidos pelas indústrias, pelos animais e pelos homens.

A adoção de novas tecnologias na pecuária leiteira tem mudado o perfil das

propriedades pelos produtores, viabilizando economicamente a atividade, com

competitividade e sustentabilidade dentro da produção leiteira (MATOS, 2002).

Os manejos empregados nas tradicionais propriedades leiteiras para os

cuidados com a cria estão diretamente ligados ao fornecimento de alimento e

cuidados sanitários gerais, como o tratamento do umbigo em bezerras recém-

nascidas (ESCRIVÃO et al., 2005), e o controle de diarréia, que deve ser uma

preocupação constante dentro do sistema de criação (ALVES e LIZIEIRE, 2001). No

entanto, Jago et al. (1999) relataram que, os sistemas de produção têm se tornado

cada vez mais automatizados, em função do aumento dos rebanhos e menor

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disponibilidade de mão-de-obra, o que torna as interações entre homem e animal

cada vez mais escassas.

Segundo Khan et al. (2007), o método de alimentação e a quantidade de

leite disponibilizados para a fase de cria de bovinos leiteiros pode afetar seus

processos fisiológicos, imunológicos, comportamentais e as características

econômicas da produção, pois segundo estes autores, métodos de aleitamento no

sistema convencional com desmama gradual, os animais receberam 10% de leite

em relação ao seu peso vivo até os 45 dias de idade, dos 46 dias aos 50 dias de

idade o leite foi diluído em água na proporção de 10% do volume total de forma que

aos 54 dias de idade os animais consumissem 100% de água. No sistema de

desmama com redução gradual de leite, as bezerras receberam 20% de seu peso

vivo em leite até os 25 dias de idade, e a partir daí, dos 26 aos 30 dias de idade, o

leite passou a ser diluído em água (10% do volume em cada mamada) até

receberem 10% de leite em cada mamada; essa dieta foi disponibilizada até os 50

dias de idade, quando foram desmamadas. Os autores concluíram que os animais

submetidos ao sistema de desmama com redução gradual de leite consumiram mais

alimentos sólidos e tiveram maior ganho de peso, quando comparados aos animais

do sistema de desmama gradual.

A ingestão de alimento pode ter aumento devido a alguns efeitos dos

contatos positivos entre os seres humanos com os animais sobre seu

comportamento, e isso pode ser explicado pelo fato de serem frequentemente

associados com o arraçoamento. As interações não físicas (contato direto do

tratador com o animal) também são importantes para a reação do animal ao homem,

pois o fato dos animais observarem o tratador durante o arraçoamento indica a

disponibilidade de alimento, que potencialmente faz com que os animais se

aproximem mais (LENSINK, 2002).

A estimulação tátil tem sido considerada como importante forma de

comunicação entre mães e filhotes, no comportamento social, no comportamento

sexual, para algumas espécies nas relações parentais e na interação humano-

animal (BOUISSOU et al., 2001). De Passillé et al. (1996) avaliaram a interação

entre pessoas e bezerros (machos e fêmeas) com manejos positivos (afagar e

alimentá-los) e manejos aversivos (com a utilização de formiga na narina ou com

ameaças ou agreções aos animais) e concluíram que os bezerros podem distinguir

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as pessoas com base em suas experiências anteriores, concluíram ainda, que os

manejos aversivos podem resultar em medo generalizado em relação ao ser

humano, podendo ser superado com manejos positivo.

Simão da Rosa (2004) avaliou a interação entre retireiro e vacas em 23

propriedades leiteiras com observações diretas do comportamento dos retireiros e

das vacas em lactação desde o momento da condução dos animais da sala de

espera até sua liberação após a ordenha, que envolveu todo o manejo pré e durante

a ordenha, onde foram observados os comportamentos dos retireiros como

conversar, tatear, nomear e as categorias comportamentais negativas como bater,

gritar, empurrar e torcer a cauda e para a avaliação do comportamento das vacas as

quais foram registradas as ocorrências (ou não) de ruminação, defecação e micção

durante a ordenha. O autor concluiu que a qualidade da interação entre homem e

animal influenciou no comportamento dos animais na sala de ordenha, com

associação satisfatória entre a interação desejável e o nível bom de bem-estar

animal.

Becker e Lobato (1997) ao avaliarem o efeito do manejo não aversivo

(afago) sobre a reatividade de bezerros de corte em relação aos humanos

observaram que o manejo não aversivo sobre a reatividade dos animais é benéfica

tanto para os animais quanto para os manejadores, sugerindo a diminuição de riscos

e prejuízos dentro da propriedade, melhorando o bem-estar dos animais.

Outro ponto importante no manejo de bezerras leiteiras é o fato de isolar o

animal quando este é criado em baias individuais, o que pode prejudicar o seu bem-

estar, pois segundo Paranhos da Costa e Costa e Silva (2007), bovinos são

gregários, e a privação de contato social pode trazer impactos negativos dentro do

sistema de criação. Warnick et al. (1977) afirmaram que o sistema de criação de

bezerros leiteiros tem importante efeito sobre o ganho de peso e comportamento

social; neste trabalho, os bezerros foram alocados em três sistemas de criação, no

tratamento um, os bezerros foram criados coletivamente, no tratamento dois,

individualmente em casinhas portáteis e no tratamento três, individualmente em

casinhas portáteis, porém isolados visualmente dos demais. Os animais do

tratamento três tiveram menor ganho de peso e necessitaram mais de

medicamentos, enquanto que os animais criados coletivamente iniciaram o

consumos de alimentos sólidos mais precocemente e aprenderam a competir no

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período pós-desmama, devido à experiência na fase de aleitamento. Ainda segundo

os autores, os animais do tratamento dois socializaram-se bem quando passaram à

criação coletiva no pós-desmama. A criação em grupo permite aos animais participar

de interações sociais naturais, porém, quando não há controle sanitário, pode

ocorrer aumento na incidência de algumas doenças (RUSHEN et al., 2008).

Jensen et al. (1998) avaliaram 48 bezerros criados em quatro tipos de

instalações, e verificaram que os bezerros criados nas baias individuais são menos

ativos que os criados em baias coletivas, porém as brincadeiras foram observadas

em todas as instalações e as interações sociais foram observadas apenas nas baias

que alojaram os animais coletivamente; os comportamentos de galopar, pular e

coicear raramente foram observados nos animais criados isoladamente e o

comportamento de brincar ocorreu principalmente após o fornecimento de leite; em

razão destes comportamentos, os autores concluíram que o ambiente espacial

estimula o comportamento normal dos animais.

Babu et al. (2004) também avaliaram as criações de bezerros em sistema

individual e coletivo e observaram que os bezerros criados no sistema coletivo

iniciaram a atividade de ruminação a partir da segunda semana de vida; o

comportamento de sugar objetos foi observado com maior intensidade na criação

coletiva, e tendeu a diminuir com o passar da idade, porém, a mamada cruzada e o

ato de chupar a orelha foram observadas com maior intensidade entre os animais do

sistema de criação individual (quando em contato pela parte superior das baias) e

nos animais criados coletivamente, houve incidência de mamadas nas orelhas,

umbigo e testículos, assim como atividades de brincadeiras. Os autores também

concluíram que as instalações coletivas refletiram melhor bem-estar aos bezerros

quando comparados ao sistema de criação individual. Segundo De Passillé (2001) a

privação do comportamento natural aumenta a frequência de comportamento

anormal direcionados a outras bezerras, como o de sucção ou direcionado ao

ambiente (instalações), assim como, rolar de língua (esteriotipia), associado à

possível redução de ganho de peso. Babu et al. (2004) relataram em seu trabalho

que o comportamento estereotipado de rolar a língua foi observado somente na

criação coletiva entre a quarta e sexta semana de idade, e em ambas as instalações

a partir da oitava semana.

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Martinez (2003) relatou que a vantagem do sistema de criação individual é

diminuir os riscos de transmissão de doenças para os demais animais. Já Rushen et

al. (2008) relataram que na criação individual a incidência de competição por

recursos como comida são nulos, e impede também a mamada cruzada, no entanto,

segundo Babu et al. (2004) esse tipo de sistema de criação aumentaram os

comportamentos anormais, como, por exemplo, a sucção de objetos (estrutura das

instalações).

Silva et al. (2007) avaliaram a mudança de manejo tradicional (criação

individual) para o manejo racional (criação em grupo de bezerros leiteiros aliados a

rotina de escovação durante a alimentação), e encontraram menor taxa de

mortalidade e menor frequência de uso de antibióticos nos bezerros criados com

manejo racional. Os autores verificaram que bezerros submetidos ao manejo

racional se mostraram mais vigorosos e ativos, favorecendo os índices de

produtividade e obtendo características comportamentais desejáveis, concluindo que

simples mudanças de instalações e de manejo podem melhorar as condições de

vida dos bezerros leiteiros, refletindo na melhora da saúde do rebanho e na taxa de

sobrevivência dos animais. Nussio (2006) relatou que, embora a disseminação de

doenças e o controle do consumo de ração sejam prejudicados, a criação de

bezerros em grupos pode trazer algumas vantagens tanto para os animais como

para produtores, sendo uma dessas a possibilidade de interação social mais cedo.

Outra vantagem é maior espaço físico disponível para o animal, quando comparado

a bezerros criados individualizados, o que também promoverá a expressão de

comportamentos naturais. A criação de bezerros em grupos também pode reduzir a

necessidade de mão de obra relacionada ao tempo para a alimentação dos animais,

assim como a limpeza de baias individuais ou transporte de casinhas.

Animais criados extensivamente em regiões tropicais necessitam da

disponibilidade de sombra para amenizar o desconforto, causado pelo efeito

calórico, proporcionando-lhes bem-estar. Na criação artificial de bezerras, assim

como em todo sistema de produção de bovinos, faz-se necessária a utilização de

sombras naturais ou artificiais. As árvores são utilizadas para aumentar a área de

sombreamento, mesmo quando se tem disponibilidade de abrigos (sombras

artificiais), e também são utilizadas como quebra-vento em dias mais frios. Segundo

Moraes et al. (2010) a sombra artificial surge como alternativa para as áreas onde o

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plantio de árvores é impossibilitado, onde seu crescimento é lento ou que esteja em

fase de desenvolvimento. Os abrigos móveis contam com outro fator importante para

o desenvolvimento dos animais, pois permite que o sol os aqueça estimulando a

produção de vitamina D e auxilia na desinfecção dos locais onde os animais são

alojados (MORAN, 1945), no entanto, a desvantagem é que os abrigos devem ser

deslocados semanalmente para locais onde os animais possam estar em conforto,

ou em períodos menores quando há incidência de longos períodos de chuva.

O estudo comportamental auxilia na determinação das necessidades do

animal, e serve de base para fundamentar os critérios de bem-estar, pois a

ocorrência de alguns comportamentos servem como indicadores de bem-estar,

sendo mais evidentes para sinais de comportamento de dor e medo (RUSHEN et al.

2008). Ainda segundo os mesmos autores, em sistemas de criações mais modernos,

os animais eventualmente se comportam de maneira que pareça anormal, e o

comportamento desempenhado tem sido proposto como indicação de baixo bem-

estar

A reatividade é uma característica comportamental importante, que afeta as

características de importância econômica para os sistemas de produção

(GONÇALVES et al., 2010).Tseimazides et al. (2004) definiram reatividade como

sendo as respostas comportamentais do animal ao meio e as ações humanas as

quais são submetidos, sendo de grande importância para o aprimoramento do

manejo e procura maiores entendimentos entre homem e animal dentro do sistema

de produção. Lensink et al. (2000), avaliaram a reatividade de bezerros em fase de

aleitamento e observaram que o contato positivo com os animais (afago e as

sucções do dedo do tratador) aumentaram efetivamente a redução do medo dos

bezerros com seus tratadores, melhorando a interação entre eles.

A reatividade pode ser maior durante um manejo aversivo, não sendo

generalizado a todas as pessoas (quem realizou o manejo e uma pessoa

desconhecida), e a presença de pessoas conhecidas pode amenizar a reatividade

dos animais durante alguns procedimentos dentro das propriedades (HÖTZEL et al.,

2009). Toledo et al. (2007) ao avaliarem os níveis de reatividade de bezerros

bubalinos quando estes foram submetidos a afago, com a utilização das mãos e

escovas, observaram que os animais quando submetidos a manejos aversivos como

vacinação e desvermifugação, aumentaram os níveis de reatividade, porém a

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reatividade voltou ao nível mais baixo no momento da aplicação do afago quando

comparado ao grupo controle. Os autores concluíram que a utilização do afago em

bezerros destinados a produção leiteira favorece a interação entre animal e tratador,

em que houve diminuição do medo e das respostas de fuga.

Boissy e Bouissou (1988) avaliaram o manejo de escovação em animais do

nascimento aos três meses de idade, com escovações três vezes por semana

(grupo 1), dos seis aos nove meses de idade, com escovações três vezes por

semana (grupo 2), animais do nascimento aos nove meses de idade, escovados três

vezes por mês (grupo 3) e o grupo controle, que não recebeu escovação (grupo 4).

Os autores concluíram que os animais do grupo controle adaptaram-se mais

rapidamente a situações desconhecidas quando comparados com o grupo 1 em que

a interação homem-animal ocorreu no período de três meses, demonstrando menor

reatividade em comparação com os demais grupos.

Nakanishi et al. (2009) relataram que trabalhos realizados com animais têm

dado ênfase na diminuição da reatividade dos animais na promoção do bem-estar

no momento do manejo dentro das criações de bovinos, quando estes são

destinados a exposições, inseminação artificial e leilões por exemplo. A diminuição

dessa reatividade, foi denominada “doma” pelos autores, buscou diminuir a distância

de fuga e o medo diante do ser humano. Hötzel et al. (2005) afirmaram que vacas

aprendem a reconhecer pessoas que as tratam aversivamente, passando a manter-

lhes maior distância de fuga.

A utilização do afago tem sido estudada em diversos sistemas de criação,

como por exemplo, ovinos (CAROPRESE et al., 2006) e equinos (LANSADE, et al.,

2005). O ato de afagar tem sido utilizado para diminuir a reatividade dos animais

com o ser humano (SCHMIED, BOIVIN E WAIBLINGER, 2008).

Schmied, Boivin e Waiblinger (2008) avaliaram o comportamento de vacas

leiteiras quanto as respostas fisiológicas em relação ao ser humano na utilização de

afago em diferentes locais de seu corpo (cernelha, região ventral do pescoço e

lateral do tórax) e concluíram que o ato de acariciar regiões do corpo de vacas

leiteiras influenciou no comportamento dos animais e acariciar regiões do corpo que

frequentemente são lambidos associou-se com uma melhoria na interação homem-

animal. Schmied et al. (2008) avaliaram o comportamento de um grupo de animais

que receberam afago e outro que apenas foram expostas à presença humana, e se

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a região em que foi realizado o afago afetou na aproximação e no comportamento

de fuga e concluíram que quando acariciadas as vacas foram mais propensas a

aproximação humana e que a região dorsal e a parte ventral do pescoço indicaram

melhor localização para acariciar e melhorar a relação entre homem-animal.

Situações desconhecidas como o contexto social e o ambiente físico em

que os animais são expostos, podem influenciar nas respostas comportamentais de

reatividade dos animais, não sendo apenas considerados o manejo e as pessoas

diretamente ligadas a ele (GATTO, 2007).

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3. MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido entre maio de 2009 e abril de 2011, no Centro

de Análise e Pesquisa Tecnológica do Agronegócio Bovinos de Leite, pertencente ao

Instituto de Zootecnia, localizado no município de Nova Odessa/SP, financiado pela

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, pelo processo

2008/09660-5 e aprovado pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal do

Instituto de Zootecnia.

A região situa-se na latitude 22 º 46 ’ 39 ’’ Sul e longitude 47 º 17 ’54 ’’

Oeste, com altitude média de 570 m. Segundo a classificação de Köppen, o clima é

do tipo Cwa, tropical, com inverno relativamente seco e verão quente e chuvoso. A

precipitação pluviométrica é de 1.317 mm por ano e a temperatura oscila entre 10 ºC

e 35 ºC, com média de 26 ºC. A média anual da umidade relativa do ar é de

aproximadamente 75%.

3.1. Animais

Foram utilizadas 41 bezerras da raça Holandesa Preta e Branca, do

nascimento a um ano de idade.

Dezesseis bezerras nasceram no Centro APTA Bovinos de Leite (Instituto

de Zootecnia) e 25 animais foram adquiridos da cidade de Castro/PR.

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O lote 1 foi formado por 11 bezerras nascidas no Centro APTA, o lote 2 foi

formado por quatro animais nascidos no Centro APTA e 12 animais adquiridos e o

lote 3, por um animal nascido no Centro APTA e 13 bezerras adquiridas. Devido a

essa disposição dos animais quanto à origem dentro dos lotes formados, não foi

possível considerar essas variáveis (origem e lote) separadamente. Diante disso, a

união dessas variáveis foi denominada de grupo. O período de avaliação dos

grupos, as médias de temperatura e umidade encontram-se no APÊNDICE A.

Na fase de aleitamento, do nascimento aos 70 dias de idade, as bezerras

nascidas no Centro APTA Bovinos de Leite (Instituto de Zootecnia) foram separadas

de suas mães 12 horas após o nascimento, submetidas a pesagem e alocadas em

abrigos individuais móveis ou coletivamente. Os animais adquiridos de Castro/PR

foram submetidas a pesagem no dia em que foram distribuídos nas instalações

experimentais, com idade inicial de 12,84 1,86 dias para o grupo 2 e de 10,69

1,31dias de idade para o grupo 3.

3.2. Instalações

Os animais foram dispostos em dois sistemas de criação, individual ou

coletivo:

- Individual: os animais foram alocados aleatoriamente em abrigos móveis, no

modelo EMBRAPA-CPPSE e telha de aço galvanizado. As casinhas foram afixadas

com grampos de ferro sobre Grama Bermuda (Cynodon dactylon (L) cv. Jiggs. Os

animais foram presos por correntes de 1,5 m de comprimento, para poder

locomover-se ao redor da instalação, com área aproximada de 7,5 m², porém sem

contato físico com as demais bezerras.

- Coletivo: os animais foram alocados aleatoriamente em um piquete medindo

aproximadamente 80 m², com disponibilidade de um abrigo medindo 5 m², que

fornecia sombra aos animais, com telha de aço galvanizado, disposta no centro do

piquete.

Em ambas as instalações foram disponibilizados cochos de água e de ração

concentrada. Nas instalações individuais, foram instalados fenis tipo rede para que

as bezerras consumissem feno, e na instalação coletiva, cocho idêntico ao de ração

concentrada.

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Semanalmente os animais de ambos os sistemas de criação foram

transferidos de áreas (Figura 1) para que houvesse disponibilidade de capim dentro

e ao redor das instalações, de forma que a pastagem fosse reconstituída para

receber novamente os animais nas semanas seguintes após percorrer as demais

áreas.

3.3. Manejo

Foram adicionados dois sistemas de manejo – ausência de afago e

presença de afago durante o aleitamento. O afago consistiu na estimulação

mediante o uso das mãos e escovas por todo o corpo do animal (cabeça, pescoço,

pernas, patas, região ventral e cauda). Na ausência do tratador principal, uma

segunda pessoa (tratador intermediário) realizava as atividades de afago no

momento do aleitamento das bezerras, duas vezes na semana.

O afago foi realizado uma vez ao dia, durante o aleitamento das bezerras no

período da manhã.

Os animais foram distribuídos da seguinte forma:

● 19 bezerras criadas sozinhas em abrigos individuais móveis:

- nove bezerras com ausência de afago;

- 10 com presença de afago;

● 22 bezerras criadas coletivamente:

- 10 bezerras com ausência de afago;

- 12 com presença de afago.

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Cocho de Água e

Concentrado

Sem

ana

4

11 117,5

7,5

10 102

2

Semana 1

Sem

ana 2

Semana 3

Semana 1 Semana 2

Semana 4 Semana 3

Abrigos Individuais

Ab

rigos

Ind

ivid

uai

s

Ab

rigos In

div

idu

ais

Abrigos Individuais

Croqui da área experimental

Concentrado

FenoBebedouro

Abrigo

Concentrado

Concentrado

Concentrado

Feno

Feno

FenoBebedouro

Bebedouro

Bebedouro

Abrigo

Abrigo Abrigo

Modelo do abrigo individual

Figura 1. Croqui da área experimental.

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3.4. Alimentação

Os animais receberam leite individualmente por meio de baldes com bicos.

Nos primeiros cinco dias, as bezerras receberam 4 litros de colostro em duas

refeições diárias. A partir do 5o dia a alimentação láctea foi baseada nas

recomendações de Silva et al. (2007), oferecendo até o 20o dia: 6 litros de leite; do

21o ao 30o: 5 litros de leite; do 31o ao 55o: 4 litros de leite, todos divididos em duas

mamadas diárias. A partir do 55o o leite foi oferecido apenas uma vez ao dia. Entre

55 e 60 dias foi oferecido 3 litros, dos 61 ao 65 dias 2 litros e apenas 1 litro de 65 a

70 dias, quando foram desmamadas.

Aliado ao fornecimento de leite, desde o primeiro dia em que os animais

foram alocados no experimento, foi disponibilizado ração comercial concentrada

peletizada e feno (Tabela 1).

Tabela 1. Composição bromatológica da dieta

Composição Concentrado Feno Coast Cross

MS (%) 89,00 92,52 PB (%) 17,19 10,92 EE (%) 6,44 1,31 FDA (%) 11,75 38,04 FDN (%) 21,79 74,12 Cel (%) 7,81 35,21 Lig (%) 3,66 6,62 MM (%) 9,42 5,51

MS = Matéria Seca; PB = Proteína Bruta; EE = Extrato Etéreo; FDA = Fibra em detergente ácido; FDN = Fibra em detergente neutro; Cel = Celulose; Lig = Lignina; MM = Matéria Mineral.

O concentrado fornecido aos animais foi pesado diariamente e no dia

seguinte foram recolhidas as sobras e pesadas, considerando assim, o consumo

diário de concentrado pelas bezerras. Inicialmente foi disponibilizado 0,2 kg de ração

concentrada para cada bezerra. Com o aumento do consumo, aumentava-se a

quantidade de alimento fornecido, ajustando-o para que houvesse sobras de

aproximadamente 10 % do fornecido, considerando assim o consumo ad libitum. O

limite máximo de consumo de ração concentrada estipulada para este experimento

foi de 3,0 kg/animal/dia.

O fornecimento de feno foi realizado diariamente, e caso no mesmo dia os

animais consumissem todo o fornecido, era realizada a reposição do alimento.

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3.5. Peso a desmama

Os animais foram submetidos a pesagem quinzenal durante a fase de

aleitamento (70 dias de idade). Para a locomoção dos animais, das instalações para

a balança, foram utilizadas os baldes de aleitamento com água, para facilitar o

deslocamento. Com a associação dos animais com o balde de aleitamento, o

transporte dos animais tornou-se mais efetivo, não causando estresse aos animais e

não necessitando da utilização da força pelo tratador para este manejo. Quando

houve fuga, o balde de aleitamento foi utilizado para chamar atenção do animal,

fazendo-o voltar para o tratador, e o deslocamento pudesse ser continuado.

3.6. Utilização de medicamento e taxa de sobrevivência

Durante a fase de aleitamento foi verificada a utilização ou não de

medicamentos nas bezerras, quando estas apresentavam quadro clínico de diarréia,

pneumonia e tristeza parasitária.

Foi verificada a taxa de sobrevivência dos animais do nascimento à

desmama (70 dias de idade).

3.7. Avaliação comportamental

Os dados de observações comportamentais foram obtidos semanalmente

mediante coleta instantânea, com amostragem focal e intervalo de cinco minutos, de

forma direta preconizada por Martin e Bateson (1993), por período contínuo de 10

horas das 07:00 às 17:00 horas. O etograma de trabalho utilizado está na Tabela 2.

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Tabela 2. Etograma de trabalho de posturas corporais e atividades comportamentais Posturas Corporais

Em pé os animais encontravam-se apoiados sobre os quatro

membros

Deitada os animais encontravam-se em decúbito lateral ou ventral.

Atividades Comportamentais

Ingestão de Alimento contato direto com o cocho de alimentação, com movimentos

de mastigação (Capim, Concentrado e Feno).

Ingestão de Água contato direto com o cocho de água

Limpeza corporal / coçando

os animais encontravam-se lambendo (seu próprio corpo)

e/ou encostado na cerca dos piquetes ou nas barras das

instalações individuais.

Outras Atividades atividades de urinar, defecar e mugir

Sem Atividade Aparente os animais apresentavam-se parados, sem nenhum

movimento aparente

Ruminação movimentos de mastigação após a volta do bolo

alimentar.

Deslocamento os animais mudavam os membros de lugar e saiam do local

inicial.

3.8. Teste de reatividade

Após a desmama os animais foram reagrupados, alocados em um piquete

de 1 hectare e receberam o mesmo manejo alimentar até completar um ano de

idade.

Nesta fase, foram realizados três testes de reatividade, o primeiro realizado

30 dias pós-desmama, o segundo quando as bezerras completaram seis meses e o

terceiro aos 12 meses de idade (a data de cada teste encontra-se no APÊNDICE B).

Para as avaliações dos testes de reatividade, foram consideradas as

reatividades: 1. Calma: ficam paradas, orelhas relaxadas, levanta a cauda com

frequência; 2. Atenta: podem fazer pequena movimentação, orelhas tensas e

ocasionalmente levanta a cauda e 3. Agitada: animal se desloca tentando fugir,

orelhas tensas. Cada avaliação teve aproximadamente 30 segundos para todos os

testes de reatividade por animal.

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Os testes consistiram em avaliar a reatividade dos animais na aproximação

do tratador, do tratador intermediário (que substituiu o tratador) e um desconhecido.

Para todos os testes seguiu-se esta sequência. As avaliações foram realizadas em

campo grupo; em balança isolada e em campo isolado:

- Teste de campo em grupo: no piquete, na presença de outras bezerras do grupo

avaliou-se a reatividade dos animais quanto a aproximação das pessoas e foram

anotados os níveis de reatividade de cada animal.

- Teste de balança isolada: as bezerras foram deslocadas do piquete até o centro

de manejo próximo a balança. Cada bezerra foi colocada na balança e afagada por

cada experimentador, sendo anotado o nível de reatividade.

- Teste do campo isolado: ao sair da balança, a bezerra foi solta em um piquete

pertencente ao centro de manejo e realizou-se o teste de reatividade na presença

das mesmas pessoas. Após o teste, as bezerras foram reagrupadas e deslocadas

ao piquete de origem.

Durante os testes, foi permitido apenas o contato físico e visual com os

animais, não sendo permitido nenhum tipo de interação sonora com os mesmos.

3.9. Análise estatística

- Peso a desmama e avaliação comportamental

Os dados de peso a desmama, de posturas corporais (em pé e deitado) e

de atividades (ingestão de alimento, ingestão de concentrado, ingestão de capim,

ingestão de feno, ingestão de água, limpeza corporal / coçando, outras atividades,

sem atividade aparente, ruminando e deslocamento) foram organizados de forma

hierárquica (grupo, abrigo e afago).

Em função da diferença de peso inicial observada nos animais, este foi

utilizado como covariável no modelo para avaliação do peso a desmama. Foram

utilizados os pesos iniciais e os pesos finais das bezerras, desconsiderando as

pesagens intermediárias.

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Para os dados de peso a desmama e para os dados comportamentais

realizou-se o teste de normalidade de Anderson-Darling. As variáveis ingestão de

concentrado e ruminando foram transformadas (arcoseno) para que os dados

apresentassem normalidade. Procedeu-se então a análise de variância, seguido do

teste t pareado, para verificar as diferenças entre os valores médios dessa variável

para o grupo de animais, tipo de instalação e utilização ou não de afago.

- Utilização de medicamento

Utilizou-se o teste de proporção binominal para calcular o intervalo de

confiança entre as variáveis instalação e ausência ou presença de afago para o uso

(1) ou não (0) de medicamento na fase de aleitamento.

- Reatividade

Foi utilizado para essa análise o número de observações e calculadas as

frequências das reatividades para cada variável. Os dados foram organizados de

forma hierárquica e submetidos a análise de regressão logística ordinal para

identificar as diferenças dessa variável entre o abrigo (individual e coletivo), o afago

(ausência e presença), o teste (30 dias pós-desmama, 180 dias e 360 dias de

idade), o local (campo grupo, balança isolada e campo isolado) e a pessoa

(desconhecido, tratador intermediário e tratador), que estimam os Odds Ratio e os

respectivos intervalos de confiança de 95 % (IC95%).

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4. RESULTADOS

4.1. Peso a desmama

O resumo do resultado da análise de variância da variável peso a desmama

está apresentado na Tabela 3.

Tabela 3. Resumo do resultado da análise de variância da variável peso à desmama (GL=Graus de Liberdade; SQ Seq=Soma de Quadrados Sequencial; QM Ajus=Quadrados Médios Ajustados).

Peso à desmama

Fonte de Variação GL SQ Seq QM Ajus F P

Peso Inicial 1 1734,70 999,83 23,61 0,0001*

Grupo 2 314,70 120,65 1,67 0,306ns

Abrigo (Grupo) 3 279,06 77,43 0,73 0,572 ns

Afago (Abrigo) 6 643,90 107,32 2,53 0,044*

Erro 28 1185,85 42,35

* P<0,05, ns P>0,05 pelo teste F.

Observa-se na Tabela 4, que através do teste t (APÊNDICE C), a média da

variável em questão apenas diferiu (P<0,05) nos animais do grupo 2 criados

coletivamente, onde os que receberam afago, apresentaram a maior média.

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Tabela 4. Média de peso a desmama eerro padrão da média de bezerras leiteiras.

Pe

so

a d

esm

am

a

Grupo 1

Individual Coletivo

A.A. P.A. P A.A. P.A. P

80,7 5,5 69,5 2,7 0,143ns

76,0 4,5 75,5 0,5 0,877ns

Grupo 2

Individual Coletivo

A.A. P.A. P A.A. P.A. P

75,1 4,1 73,1 4,9 0,772 ns

65,9 1,4 74,8 2,1 0,008*

Grupo 3

Individual Coletivo

A.A. P.A. P A.A. P.A. P

84,1 7,4 60,6 6,8 0,080 ns

67,7 9,3 61,5 3,9 0,495 ns

A.A.=Ausência de Afago; P.A.= Presença de Afago * P<0,05, ns P>0,05 pelo teste t para comparação da média de duas amostras.

4.2. Utilização de medicamento e taxa de sobrevivência.

Não houve diferença significativa (P>0,05) na frequência de uso de

medicamentos entre o tipo de instalação (Z= -0,66; P= 0,25) e ausência ou presença

de afago (Z= -1,34; P= 0,09) (Tabela 5).

Tabela 5. Frequências relativas e absolutas (entre parênteses) do uso de medicamentos em bezerras leiteiras em fase de aleitamento.

Ocorrência de doença

Não Sim

Abrigo Individual 36,84 (7) 63,16 (12)

Coletivo 27,27 (6) 72,73 (16)

Afago

Ausente 42, 10 (8) 57,90 (11)

Presente 22,72 (5) 77,28 (17)

A taxa de sobrevivência das bezerras na fase de aleitamento foi de 100%.

4.3. Avaliação Comportamental

O resumo dos resultados das análises de variância das variáveis de

posturas corporais está apresentado na Tabela 6.

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Tabela 6. Resumo dos resultados das análises de variância das variáveis de postura corporal (GL=Graus de Liberdade; SQ Seq=Soma de Quadrados Sequencial; QM Ajus=Quadrados Médios Ajustados).

Em pé

Fonte de Variação GL SQ Seq QM Ajus F P

Grupo 2 2092,78 884,98 15,22 0,026*

Abrigo (Grupo) 3 152,13 58,46 1,28 0,361ns

Afago (Abrigo) 6 274,58 45,76 1,56 0,195 ns

Erro 29 851,59 29,37

Deitado

Grupo 2 2024,86 857,66 17,39 0,022*

Abrigo (Grupo) 3 123,55 49,56 1,11 0,413 ns

Afago (Abrigo) 6 268,3 44,72 1,57 0,192 ns

Erro 29 826,09 28,49

* P<0,05, ns P>0,05 pelo teste F.

Na análise de postura corporal foram encontradas diferenças significativas

(P<0,05) entre os três grupos de bezerras para a variável em pé e deitado. Para a

média da variável em pé (o grupo 2 apresentou as maiores médias, seguido do

grupo 1 e do grupo 3). Para a média da variável deitado (foram encontradas médias

de 52,1, 42,4 e 35,7 para os Grupos 3, 1 e 2 respectivamente) como apresentado na

Tabela 7.

Tabela 7. Média observada e erro padrão da média das frequências de postura corporal em função dos grupos de bezerras.

Variável Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3

Em pé 56,2 1,9b 63,6 1,5a 46,9 1,4c

Deitado 42,4 1,7b 35,7 1,5c 52,1 1,4a

Letras distintas na linha diferem entre si pelo teste t ao nível de 5%.

Na Tabela 8 é apresentado o resultado da análise de variância para as

atividades comportamentais.

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Tabela 8. Resumo dos resultados das análises de variância das variáveis de atividades comportamentais (GL=Graus de Liberdade; SQ Seq=Soma de Quadrados Sequencial; QM Ajus=Quadrados Médios Ajustados).

Ingestão de Alimento

Fonte de Variação GL SQ Seq QM Ajus F P

Grupo 2 977,41 428,07 4,22 0,134 ns

Abrigo (Grupo) 3 287,41 102,34 5,28 0,038*

Afago (Abrigo) 6 115,36 19,23 0,64 0,695 ns

Erro 29 866,2 29,87

Ingestão de Capim

Grupo 2 3046,9 1471,3 8,22 0,059 ns

Abrigo (Grupo) 3 616,9 179,4 1,39 0,332 ns

Afago (Abrigo) 6 774,1 129,0 0,92 0,497 ns

Erro 29 4081,6 140,7

Ingestão de Concentrado

Grupo 2 0,095 0,039 13,45 0,028*

Abrigo (Grupo) 3 0,011 0,002 0,11 0,951 ns

Afago (Abrigo) 6 0,155 0,025 3,35 0,012*

Erro 29 0,224 0,007

Ingestão de Feno

Grupo 2 1562,7 783,53 4,77 0,116 ns

Abrigo (Grupo) 3 607,01 165,13 0,55 0,666 ns

Afago (Abrigo) 6 1815,95 302,66 3,61 0,009*

Erro 29 2432,31 83,87

Ingestão de Água

Grupo 2 0,514 0,3944 0,15 0,867 ns

Abrigo (Grupo) 3 7,805 2,6574 5,09 0,043*

Afago (Abrigo) 6 3,153 0,5255 1,96 0,105 ns

Erro 29 7,793 0,2687

Limpeza Corporal / coçando

Grupo 2 2,284 1,019 0,33 0,743 ns

Abrigo (Grupo) 3 8,372 3,119 2,00 0,212 ns

Afago (Abrigo) 6 9,287 1,548 0,72 0,633 ns

Erro 29 61,942 2,136

Outras Atividades

Grupo 2 177,712 88,799 19,01 0,019*

Abrigo (Grupo) 3 13,767 4,695 0,85 0,513 ns

Afago (Abrigo) 6 33,235 5,539 2,11 0,083 ns

Erro 29 76,131 2,625

Sem Atividade Aparente

Grupo 2 1995,03 913,97 9,48 0,050*

Abrigo (Grupo) 3 273,21 97,04 2,18 0,189 ns

Afago (Abrigo) 6 266,86 44,48 1,00 0,444 ns

Erro 29 1289,65 44,47

Ruminação

Grupo 2 0,0092 0,0045 0,67 0,57 ns

Abrigo (Grupo) 3 0,0175 0,0068 1,30 0,36 ns

Afago (Abrigo) 6 0,0315 0,0052 1,21 0,33 ns

Erro 29 0,1259 0,0043

Deslocamento

Grupo 2 3,54 2,38 0,86 0,506 ns

Abrigo (Grupo) 3 8,43 2,79 16,1 0,002*

Afago (Abrigo) 6 1,03 0,17 0,78 0,595 ns

Erro 29 6,46 0,22

* P<0,05, ns P>0,05 pelo teste F.

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A frequência da variável ingestão de concentrado apresentou diferenças

estatísticas (P<0,05) entre o grupo 2 e o grupo 3, que não diferiram do grupo 1

(P>0,05).

As frequências das variáveis outras atividades e sem atividade aparente

apresentaram diferenças significativas (P<0,05) entre o grupo 2 e os grupos 1 e 3,

os quais não diferiram (P>0,05) entre si (Tabela 9).

Tabela 9. Média observada e erro padrão da média das frequências de atividades em função dos grupos de bezerras.

Variável Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3

Ingestão de Concentrado 18,08 2,5ab 22,41 2,3a 13,58 1,6b

Outras Atividades 6,03 0,64a 1,39 0,3b 5,31 0,56a

Sem Atividade Aparente 58,3 2,0b 69,3 1,6a 53,3 2,1b

Letras distintas na linha diferem entre si pelo teste t ao nível de 5%. As médias apresentadas para a variável ingestão de concentrado foram comparadas através das médias transformadas por arcoseno.

Ao comparar as instalações dentro dos grupos 1, 2 e 3, observou-se que a

frequência da variável ingestão de alimento apresentou diferença significativa

(P<0,05) apenas no grupo 2 (20,5 2,2 para a instalação individual e 12,6 0,74

para a instalação coletiva) como mostrado na Tabela 10. A frequência de ingestão

de água apresentou diferença significativa (P<0,05) entre a instalação individual

(1,07 0,17) e a instalação coletiva (2,19 0,16) apenas no grupo 3, enquanto que

nos demais grupos não foram observadas diferenças estatísticas.

Tabela 10. Média observada e erro padrão da média das frequências das atividades em função do grupo de bezerras e do tipo de instalação.

Grupo 1

Variável Individual Coletivo P

Ingestão de alimento 22,7 1,7 25,6 2,9 0,402ns

Ingestão de água 1,37 0,38 2,38 0,27 0,066ns

Grupo 2

Variável Individual Coletivo P

Ingestão de alimento 20,5 2,2 12,6 0,74 0,002*

Ingestão de água 1,79 0,18 1,37 0,15 0,085ns

Grupo 3

Variável Individual Coletivo P

Ingestão de alimento 28,5 3,4 26,1 1,5 0,494ns

Ingestão de água 1,07 0,17 2,19 0,16 0,0001*

* P<0,05, ns P>0,05.

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Quando as instalações (individual e coletivo) foram comparadas dentro de

cada grupo, observou-se que apenas a média da variável deslocamento apresentou

diferenças significativas (P<0,05), dentro do grupo 1 e 3 (Tabela 11), onde a criação

coletiva provocou as maiores frequências (2,12 0,24 e 1,22 0,18) para o grupo 1

e 3 respectivamente. Todavia, a média da variável em questão não diferiu (P>0,05)

entre os tipos de instalação quando comparadas dentro do grupo 2.

Tabela 11. Média observada e erro padrão da média das frequências da atividade deslocamento em função do grupo de bezerras e do tipo de instalação.

Variável Grupo 1

Deslo

ca

mento

Individual Coletivo P

0,65 0,23 2,12 0,24 0,002*

Grupo 2

Individual Coletivo P

0,38 0,17 0,73 0,14 0,128 ns

Grupo 3

Individual Coletivo P

0,44 0,12 1,22 0,18 0,005*

* P<0,05, ns P>0,05.

Ao considerar o afago (ausência ou presença) dentro das instalações

(individual e coletiva) que por fim estão dentro dos grupos (1, 2 e 3), a frequência da

variável ingestão de concentrado e frequência de ingestão de feno diferiram

(P<0,05) entre a presença (ou ausência) de afago apenas na instalação coletiva no

grupo 2 (Tabela 12).

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Tabela 12. Média observada e erro padrão da média das frequências das atividades em função do grupo de bezerras, do tipo de instalação e da ausência ou presença de afago.

Grupo 1

Individual Coletivo

Variável A. A. P. A. P A. A. P. A. P

Ingestão de concentrado 25,1 7,5 11,27 0,43 0,137ns

17,36 3,3 18,31 1,8 0,800ns

Ingestão de feno 5,63 1,1 7,24 0,65 0,286ns

17,8 0,46 21,0 3,3 0,508ns

Grupo 2

Individual Coletivo

Variável A. A. P. A. P A. A. P. A. P

Ingestão de concentrado 25,10 5,0 19,20 4,8 0,444ns

29,67 3,2 14,15 2,5 0,009*

Ingestão de feno 24,8 7,5 35,7 7,1 0,346ns

13,8 5,8 40,4 3,9 0,009*

Grupo 3

Individual Coletivo

Variável A. A. P. A. P A. A. P. A. P

Ingestão de concentrado 19,63 4,5 11,95 4,1 0,278ns

12,98 2,4 11,28 1,8 0,582ns

Ingestão de feno 23,7 7,1 20,2 5,3 0,719ns

21,1 1,3 20,9 1,9 0,948ns

A.A.=Ausência de Afago; P.A.= Presença de Afago * P<0,05, NS P>0,05. As médias apresentadas para a variável ingestão de concentrado foram comparadas através das médias transformadas por arcoseno.

4.4. Reatividade

Na avaliação de reatividade em função do tipo de abrigo em que as bezerras

foram submetidas durante a fase de aleitamento, é possível notar na Tabela 13 que

não houve diferença significativa (P<0,05) entre os tipos de abrigos, afago e local.

Tabela 13. Regressão logística ordinal entre os tipos de abrigo, ausência ou presença de afago, teste de reatividade, local de realização dos testes e a presença de pessoas.

IC (95%)

Variável Coef. Regressão Erro Padrão Z P OR Baixo Alto

Constante 1 -1,8723 0,2775 -6,82 0,0001

Constante 2 -0,3761 0,2707 -1,39 0,165

Abrigo (coletivo) -0,2213 0,1187 -1,86 0,062ns

0,80 0,64 1,01

Afago (presente) 0,0012 0,1180 0,01 0,992 ns

1,00 0,79 1,26

Teste 0,22421 0,0727 3,08 0,002* 1,25 1,09 1,44

Local -0,12421 0,0721 -1,70 0,090 ns

0,88 0,77 1,02

Pessoa 0,17624 0,0722 2,44 0,015* 1,19 1,04 1,37

Coef. Regressão=Coeficiente de Regressão; EP=Erro Padrão do Coeficiente de Regressão; OR=Odds Ratio; IC=Intervalo de Confiança; Log-Máxima Verossimilhança= -1055,82; F=21,17; GL= 5; P= 0,001.

Observou-se diferença estatística (P<0,05) para os resultados dos níveis de

reatividade entre os três testes e na presença das três pessoas (Tabela 13). Como

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observado na Tabela 14, houve queda na frequência da reatividade agitada do

primeiro (51,75 %) para o terceiro teste (44,44 %).

Na presença das pessoas os níveis de reatividade apresentaram-se

significativamente diferentes (P<0,05). Na Tabela 14 é possível observar que na

presença do tratador as bezerras apresentaram maiores frequências da reatividade

calma e atenta (24,64 % e 34,49 %, respectivamente) e menores para a reatividade

agitada (40,87 %) do que na presença da pessoa desconhecida (17,68 % para

reatividade calma, 33,62 % para reatividade atenta e 48,70 % para reatividade

agitada) e do tratador intermediário (14,78 %, 28,12 % e 57,10 % para calma, atenta

e agitada, respectivamente).

Tabela 14. Frequência absoluta e relativa dos níveis de reatividade em relação aos tipos de abrigo, ausência ou presença de afago, número do teste de reatividade, local de realização dos testes e a presença de pessoas.

Reatividade

Abrigo Calma

(%) Atenta

(%) Agitada

(%)

Individual (N) 110 128 221

(23,97) (27,89) (48,15)

Coletivo (N) 87 204 285

(15,10) (35,42) (49,48)

Afago

Ausente (N) 91 176 246

(17,74) (34,31) (47,95)

Presente (N) 106 156 260

(20,31) (29,89) (49,81)

Teste

Primeiro (N) 56 109 177

(16,37) (31,87) (51,75)

Segundo (N) 45 129 177

(12,82) (36,75) (50,43)

Terceiro (N) 96 94 152

(28,07) (27,49) (44,44)

Local

Campo Grupo (N) 59 56 230

(17,10) (16,23) (66,67)

Balança Isolada (N) 110 199 36

(31,88) (57,68) (10,43)

Campo Isolado (N) 28 77 240

(8,12) (22,32) (69,57)

Pessoa

Desconhecido (N) 61 116 168

(17,68) (33,62) (48,70)

Tratador Intermediário (N) 51 97 197

(14,78) (28,12) (57,10)

Tratador (N) 85 119 141

(24,64) (34,49) (40,87)

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5. DISCUSSÃO

5.1. Peso a Desmama

Os grupos e os sistemas de criação não influenciaram nas respostas de

peso a desmama (Tabela 3).

Esses resultados estão de acordo com Warnick et al. (1977) que ao

avaliarem o ganho de peso de bezerros holandeses criados em grupo,

individualmente e isolado dos demais bezerros, não observaram diferenças entre os

sistemas de criação do nascimento aos 74 dias de idade. Da mesma forma,

Vasconcelos et al. (2009) também não encontraram diferenças significativas no

desempenho de bezerros holandeses (machos e fêmeas) do nascimento a

desmama mantidos em dois tipos de instalação.

Também, Cunha et al. (2007) ao avaliarem o desempenho de bezerros

mestiços Holandês x Zebu mantidos em abrigos móveis, instalações com sombrites

ou a céu aberto, não observaram diferenças entre os três tipos de instalação sobre o

desempenho.

Já Tapki et al. (2006) ao avaliarem três tamanhos de instalação para a

criação de bezerros leiteiros recém-nascidos, observaram que os animais alojados

em baias pequenas foram estatisticamente (P<0,05) mais pesados do que os

animais das outras duas instalações (os animais alojados nas baias de médio e

grande porte tiveram a oportunidade de mostrar atividade locomotora).

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5.2. Utilização de medicamento e taxa de sobrevivência

O sistema de criação individual tende a diminuir os riscos de transmissão de

doenças entre os animais (MARTINEZ, 2003; BACH, AHEDO e FERRER, 2010) e

reduzir a utilização de medicamentos (ROCKENBACH et al., 2010). Os resultados

encontrados no presente estudo podem ser explicados pelo fato dos animais serem

mantidos em boas condições sanitárias e alimentares.

Rockenbach et al. (2010) relataram que quando o manejo é realizado com

eficiência, as taxas de mortalidade podem ser nulas. Sargeant et al. (1994) relataram

que na América do Norte a mortalidade neonatal variou entre 6,5 e 22 % e

representou perda econômica significativa para a indústria leiteira. Frois e Viegas

(1994) encontraram taxa de mortalidade de 14,9 %, decorrente de inadequada

alimentação, de falhas no manejo e de problemas sanitários. Já Silva, Madureira e

Paranhos da Costa (2007) observaram que com a adoção de manejo racional houve

redução significativa na morte de bezerros, com porcentagem de óbitos de 6,67 %

3,85 % para o manejo tradicional e 2,25 % 2,21 % para o manejo racional.

Observa-se que em todos os trabalhos apresentados há mortalidade entre os

bezerros, enquanto que no presente trabalho essa taxa foi nula.

5.3. Avaliação Comportamental

Evidenciou-se nesse estudo que as atividades de postura corporal foram

afetadas pelos grupos e pelos tipos de instalação. A explicação para a diferença

encontrada para as posturas corporais em pé e deitado em função dos grupos pode

ser provavelmente devido aos fatores relacionados às diferentes condições

climáticas existentes nas diferentes épocas do ano em que foram realizadas as

coletas de dados, visto que essas posturas corporais diferiram entre si nos três

grupos.

As posturas corporais (em pé e deitado), não foram alteradas em função do

tipo de abrigo avaliado no presente estudo, em função da mudança semanal para

ambientes limpos e com disponibilidade de capim e ausência de umidade, foi

proporcionado um ambiente confortável para ambas as instalações, o que resultou

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na ausência de diferença da postura corporal. Todavia, Arave et al. (1992)

observaram que animais criados isoladamente permaneceram mais tempo em pé do

que os criados individualmente (45% e 27% respectivamente) no período de 24

horas.

Tapki et al. (2006) observaram que o maior percentual de comportamento

em pé de animais mantidos em baias de pequeno porte seria devido ao pequeno

espaço que lhes foi disponibilizado, devido a necessidade de conforto para deitar-se

no assoalho sem fezes e urina. Andrighetto et al. (1999) relataram que, bezerros

criados em grupo apresentaram posturas de descanso mais confortáveis, maior

frequência de interação social e também melhor ganho de peso e eficiência

alimentar.

O grupo afetou as variáveis de frequência de ingestão de concentrado,

outras atividades e sem atividade aparente (Tabela 9). O grupo 3 apresentou

menores médias de frequência de ingestão de concentrado. Acredita-se que as

temperaturas do ambiente em que esses grupos foram avaliados podem ter

contribuído para os resultados encontrados (APÊNDICE A). Segundo Silva et al.

(2002) o estresse calórico afeta a produção leiteira visto que as respostas de

termorregulação dos animais resulta no aumento da frequência respiratória e

cardíaca, na redução do consumo e da absorção de nutrientes. Castro et al. (2009)

verificaram em seus estudos que a variável outras atividades foi afetada pelos

horários durante o período de observação, e a frequência foi maior nos períodos em

que ocorria o fornecimento das dietas.

Marques et al. (2000) relataram que o tempo disponibilizado para a variável

sem atividade aparente pode variar de acordo com as estações do ano,

principalmente durante os meses mais quentes. Esse relato confirma os dados

apresentados no presente trabalho, onde o período de coleta de dados do grupo 2

apresentou a maior temperatura máxima quando comparado com os demais grupos.

Quando avaliados os diferentes tipos de abrigos dentro de cada grupo, foi

possível observar que dentro do grupo 2 os animais criados individualmente tiveram

uma maior frequência de ingestão de alimento, quando comparado ao sistema de

criação coletiva, o que não ocorreu nos demais grupos. Hepola et al. (2006)

relataram que os animais quando criados em grupo ingeriram mais alimentos

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concentrados e também ruminaram mais do que os bezerros criados

individualmente, dados esses não observados no presente estudo.

A variável frequência de ingestão de água apresentou maior média de

frequência dessa atividade para os animais criados coletivamente do grupo 3, fato

esse não observado nos demais grupos, tendo em vista que os animais tiveram

sempre água de qualidade e sem restrições ao seu acesso. No APÊNDICE A

observa-se que no período experimental do grupo 3 foram registradas máxima de

temperatura e máxima de umidade relativa do ar. O vapor de água presente no ar

ajuda a reter o calor, aumentando a sensação térmica de calor, favorecendo o

aumento do consumo de água dos animais desse grupo. Façanha, Vasconcelos e

Olivio (1997), verificaram que bezerros mantidos em abrigos móveis ao ar livre

ingeriram água mais vezes por dia do que aqueles mantidos em galpões, ao

avaliarem o comportamento de bezerros da raça Holandesa submetidos a diferentes

tipos de instalações. Bica (2005) relatou que são vários os fatores que influenciam

os animais quanto a preferência pelo bebedouro no momento da ingestão de água.

Um desses fatores é a área superficial, como relatou Teixeira et al. (2006) que ao

avaliarem a escolha do bebedouro por vacas leiteiras, verificaram que essas tiveram

preferência por bebedouros com maior área superficial e consequentemente maior

lamina de água, fato esse que pode explicar em partes os resultados obtidos no

presente estudo, já que os animais criados coletivamente tiveram a disposição

cocho de água com maior área superficial.

Foi também possível observar que, dentro do grupo 2, o sistema de criação

coletivo em que os animais receberam afago favoreceu uma maior atividade de

frequência de ingestão de feno o que não aconteceu para a frequência de ingestão

de concentrado pois, os animais sem afago foram os que apresentaram maior média

de frequência para a ingestão de concentrado. Provavelmente o estímulo tátil

(afago), não afetou a preferência por esses alimentos, visto que, nos demais grupos

não foram observadas diferenças para essas variáveis), fatores não controlados

podem explicar esses resultados. Issakowicz (2010) ao trabalhar com dietas com

diferentes proporções de concentrado e volumoso, acrescidas ou não com levedura

ativa Saccharomyces cerevisae, verificou que os animais que receberam dietas com

maior participação de volumoso, apresentaram uma maior atividade de ruminação e

justificou seu resultado pelo aumento da fração fibrosa desta dieta, dados estes que

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não foram observados nesse estudo, onde a maior frequência na ingestão de feno

não afetou a taxa de ruminação das bezerras.

Já o tipo de abrigo, afetou o deslocamento nos grupos 1 e 3, com as

maiores médias de frequências para os animais criados coletivamente. Este

resultado pode ser explicado pelo fato de que os animais criados coletivamente

tinham a sua disposição uma maior área para a locomoção. Em relação ao grupo 2,

onde não foram observadas diferenças entre os sistemas de criação e que

apresentaram as menores médias de frequências para a variável deslocamento,

provavelmente esses resultados sejam justificados pelo período em que os animais

foram avaliados, devido a maior média de temperatura e umidade relativa do ar

(APÊNDICE A), que tendeu a aumentar a temperatura ambiental e também o

incremento calórico dos animais.

No trabalho desenvolvido por Tapki et al. (2006) foi observado que a soma

das atividades de andar e brincar (deslocamento) dos bezerros nas baias de

pequeno porte (1,5 m²), médio porte (2,25 m²) e grande porte (4 m²) foram 2,87, 7,03

e 8,44% respectivamente, podendo esses serem critérios importantes para uma

condição de bem-estar de bezerros criados em diferentes condições ambientais e

experimental.

5.4. Reatividade

A identificação dos animais mais ou menos reativos permite adequar o

manejo, o treinamento das pessoas, além de poder ser um critério de descarte de

animais.

Moreira et al. (2010) relataram que animais gregários, quando são isolados

visualmente dos demais tentaram fugir. Titto et al. (2010) também relataram que o

comportamento dos animais podem ser influenciados por experiências passadas,

ligadas ao período de desmama de bezerros e Gatto (2007) relatou que não apenas

o manejo e as pessoas ligadas a ele podem influenciar na reatividade dos animais,

mas também o ambiente físico em que os animais são expostos, o que discorda dos

resultados encontrados nesse trabalho, onde as reatividades dos animais não

diferiram (P>0,05) em função do local onde foram avaliados principalmente quando

os animais foram separados dos demais no teste de campo isolado.

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O local onde comumente realizam-se manejos rotineiros está ligado aos

centros de manejo, onde a estrutura disponibiliza, na maioria das vezes, a balança e

o tronco para a realização dessas atividade inclusive os aversivos (vacinação,

procedimentos veterinários, desverminação, entre outros) que poderiam de certa

forma aumentar os níveis de reatividade dos animais, porém no local balança

isolada as bezerras apresentaram-se mais calmas em relação ao local campo grupo

e ao local campo isolado. Como as bezerras foram manejadas quinzenalmente para

pesagem, pode ter havido a possibilidade dos animais não associarem o local

balança isolada com manejos aversivos.

Lensink et al. (2000) relataram que além do ambiente onde os animais são

mantidos, pessoas desconhecidas podem interferir na reatividade dos animais. Esse

fato ficou evidente no presente estudo, pois, a reatividade dos animais na presença

do tratador apresentou maiores níveis de reatividade calma quando comparada aos

demais.

Da mesma forma, Munksgaard et al. (1997) ao trabalharem com vacas

adultas, observaram que os animais passaram a diferenciar as pessoas que as

manejavam independente do local onde ocorreram as interações. Fato este que

também foi descrito por Rybarczyk et al. (2001) que relataram que as vacas

conseguiram discriminar as pessoas quando estas usavam roupas de cor

semelhante, concluindo que os animais utilizam características visuais como

elemento de discriminação.

Segundo Lensink (2002) os contatos físicos classificados como “negativos”,

bater e dar tapas, por exemplo, aumentaram a distancia de fuga dos animais em

relação ao tratador, que foi interpretado como “medo” pelo autor. O medo que os

animais sentem durante alguns procedimentos veterinários podem ser reduzidos

quando recebem tratamentos adequados e também pela presença de um tratador

não aversivo (WAIBLINGER et al. 2004). Waiblinger et al. (2004) demonstraram em

seus estudos que as interações positivas entre os seres humanos e vacas podem

diminuir o estresse causado por procedimentos veterinários, como por exemplo a

palpação retal e a inseminação artificial.

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6. CONCLUSÕES

Ambos os sistemas de criação, com a presença ou ausência de afago não

afetam o frequência no uso de medicamentos, e são eficientes em manter adequada

a taxa de sobrevivência de bezerras leiteiras.

Não é possível afirmar que o grupo afete as variáveis peso a desmama,

postura corporal em pé e postura corporal deitado e as atividades de ingestão de

concentrado, outras atividades e sem atividade aparente, tendo em vista que não

foram observadas diferenças em todos os grupos.

Assim como não é possível afirmar que os sistemas de criação e a presença

ou ausência de afago afete as variáveis estudadas, pois as diferenças encontradas

não foram observadas em todos os grupos.

O sistema de criação e a presença de afago não interfere na diminuição dos

níveis de reatividade de bezerras leiteiras na fase pós desmama.

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APÊNDICE

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APÊNDICE A – Período de avaliação dos grupos, médias de temperatura e umidade

relativa do ar.

Média de temperatura e umidade relativa do ar no período de aleitamento (até 70 dias de idade).

Período T ºC Mín. Máx %UR Mín. Máx.

Grupo 1 26/05/2009 a 17/10/2009 19,14 5,4 34,2 72,79 14,8 93,9

Grupo 2 01/11/2009 a 22/02/2010 24,88 16,2 40,2 73,3 23,5 97,7

Grupo 3 02/02/2010 a 07/05/2010 23,64 10,3 39,4 71,11 12,3 99,9

T = Temperatura (ºC); UR = umidade relativa do ar; Mín= mínima; Max = máxima.

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APÊNDICE B – Testes de reatividade

Nascimento Data teste Animal Lote ABRIGO AFAGO Nº Teste CG_ Desc CG_Inter CG_Trat BI_Desc BI_Inter BI_Trat CI_Desc CI_Inter CI_Trat

26/05/2009 05/10/2009 11 1 0 0 1 3 3 2 1 1 1 2 2 2

26/05/2009 05/10/2009 12 1 0 0 1 3 3 3 2 2 2 2 2 2

20/06/2009 05/10/2009 19 1 1 0 1 3 3 2 3 3 3 3 3 3

25/06/2009 05/10/2009 21 1 1 0 1 3 3 3 2 2 2 3 3 3

27/06/2009 05/10/2009 23 1 0 1 1 2 1 1 2 1 1 3 3 2

01/07/2009 05/10/2009 28 1 0 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1

01/07/2009 05/10/2009 29 1 1 1 1 3 3 3 3 3 1 3 3 3

03/07/2009 15/12/2009 30 1 1 1 1 3 3 3 2 2 2 2 3 2

15/07/2009 15/12/2009 33 1 0 0 1 3 3 3 2 1 1 3 3 3

02/08/2009 15/12/2009 36 1 1 1 1 3 3 3 2 2 1 3 3 3

08/08/2009 15/12/2009 37 1 0 1 1 3 3 3 2 2 1 2 3 3

12/11/2009 07/04/2010 45 2 1 0 1 3 3 3 2 2 2 3 3 3

07/11/2009 07/04/2010 43 2 1 0 1 3 3 2 2 2 2 3 3 3

07/11/2009 07/04/2010 42 2 1 0 1 3 3 2 2 2 2 2 2 2

14/12/2009 07/04/2010 62 2 1 0 1 3 3 3 1 1 1 3 3 3

12/12/2009 07/04/2010 61 2 0 1 1 3 3 2 3 3 2 3 3 3

08/12/2009 07/04/2010 52 2 0 0 1 3 3 2 2 2 2 3 3 3

08/12/2009 07/04/2010 53 2 0 1 1 3 3 3 2 2 1 3 3 2

09/12/2009 07/04/2010 54 2 0 0 1 2 3 3 2 2 2 3 3 2

09/12/2009 07/04/2010 55 2 1 1 1 3 3 2 2 2 2 3 3 3

10/12/2009 07/04/2010 56 2 1 1 1 3 3 2 1 1 1 3 3 2

10/12/2009 07/04/2010 57 2 1 0 1 3 3 2 2 2 1 3 3 2

12/12/2009 07/04/2010 59 2 0 1 1 3 3 3 3 3 2 3 3 3

01/11/2009 07/04/2010 39 2 0 0 1 3 3 3 1 1 1 3 3 3

02/02/2010 25/06/2010 64 3 0 0 1 1 2 3 2 2 2 3 3 3

19/02/2010 25/06/2010 65 3 0 0 1 1 2 3 1 1 1 2 3 3

20/02/2010 25/06/2010 66 3 1 1 1 1 1 1 2 2 1 2 2 2

20/02/2010 25/06/2010 67 3 0 0 1 3 3 3 2 2 2 3 3 3

20/02/2010 25/06/2010 68 3 1 1 1 1 3 1 2 3 3 3 3 3

21/02/2010 25/06/2010 69 3 0 1 1 1 3 3 3 3 3 3 3 3

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Continuação

Nascimento Data teste Animal Lote ABRIGO AFAGO Nº Teste CG_ Desc CG_Inter CG_Trat BI_Desc BI_Inter BI_Trat CI_Desc CI_Inter CI_Trat

21/02/2010 25/06/2010 70 3 0 1 1 3 3 3 1 2 2 2 3 3

21/02/2010 25/06/2010 71 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1

22/02/2010 25/06/2010 72 3 0 1 1 1 3 3 2 2 2 3 3 3

22/02/2010 25/06/2010 73 3 1 1 1 1 2 1 2 2 2 3 3 3

22/02/2010 25/06/2010 74 3 1 0 1 3 3 3 3 2 2 3 2 2

23/02/2010 25/06/2010 75 3 1 1 1 3 3 3 1 2 2 3 2 3

23/02/2010 25/06/2010 76 3 1 0 1 3 3 3 2 2 2 3 3 3

23/02/2010 25/06/2010 77 3 1 0 1 3 3 2 2 3 2 3 2 2

26/05/2009 15/12/2009 11 1 0 0 2 3 3 3 1 1 1 2 2 1

26/05/2009 15/12/2009 12 1 0 0 2 3 3 3 1 1 1 2 1 1

20/06/2009 15/12/2009 19 1 1 0 2 3 3 3 3 3 3 2 3 3

25/06/2009 15/12/2009 21 1 1 0 2 3 3 3 1 1 1 2 2 2

27/06/2009 15/12/2009 23 1 0 1 2 3 3 3 3 3 2 2 2 3

01/07/2009 15/12/2009 28 1 0 1 2 3 3 2 1 1 1 2 2 1

01/07/2009 15/12/2009 29 1 1 1 2 3 3 3 1 1 1 2 2 2

08/08/2009 07/04/2010 37 1 0 1 2 3 3 3 2 2 2 3 3 3

15/07/2009 07/04/2010 33 1 0 0 2 3 3 3 2 2 1 3 3 3

02/08/2009 07/04/2010 36 1 1 1 2 3 3 3 2 2 2 3 3 3

03/07/2009 07/04/2010 30 1 1 1 2 3 3 3 2 3 2 3 3 3

01/11/2009 25/06/2010 39 2 0 0 2 3 3 2 2 2 2 3 3 3

07/11/2009 25/06/2010 42 2 1 0 2 3 3 3 2 2 2 3 2 2

07/11/2009 25/06/2010 43 2 1 0 2 3 3 2 2 2 2 3 3 3

12/11/2009 25/06/2010 45 2 1 0 2 2 3 1 2 2 2 2 2 1

08/12/2009 25/06/2010 51 2 1 1 2 2 3 2 2 2 2 2 2 2

08/12/2009 25/06/2010 52 2 0 0 2 3 3 3 2 2 2 3 3 3

08/12/2009 25/06/2010 53 2 0 1 2 3 2 3 2 2 2 3 3 2

09/12/2009 25/06/2010 54 2 0 0 2 3 3 3 2 2 2 3 3 2

09/12/2009 25/06/2010 55 2 1 1 2 2 3 3 2 2 2 3 3 3

10/12/2009 25/06/2010 56 2 1 1 2 2 3 3 2 2 2 2 2 2

10/12/2009 25/06/2010 57 2 1 0 2 2 2 3 2 2 2 2 3 3

10/12/2009 25/06/2010 58 2 1 1 2 3 3 3 2 2 2 3 3 3

12/12/2009 25/06/2010 59 2 0 1 2 3 3 3 3 3 3 3 3 3

12/12/2009 25/06/2010 61 2 0 1 2 3 3 3 3 3 3 3 3 3

Page 73: Comportamento de bezerras leiteiras em sistemas de criação ... · passar, sendo bons ou não, para o nosso próprio aprendizado, por algum motivo, nunca esquecendo do mais importante:

49

Continuação

Nascimento Data teste Animal Lote ABRIGO AFAGO Nº Teste CG_ Desc CG_Inter CG_Trat BI_Desc BI_Inter BI_Trat CI_Desc CI_Inter CI_Trat

14/12/2009 25/06/2010 62 2 1 0 2 2 3 2 2 2 2 2 3 3

02/02/2010 08/12/2010 64 3 0 0 2 3 3 1 3 2 2 2 2 3

19/02/2010 08/12/2010 65 3 0 0 2 1 3 1 2 1 1 1 1 1

20/02/2010 08/12/2010 66 3 1 1 2 1 3 1 2 2 2 3 3 1

20/02/2010 08/12/2010 67 3 0 0 2 3 3 3 2 2 2 3 3 3

20/02/2010 08/12/2010 68 3 1 1 2 1 3 1 3 3 2 3 3 3

21/02/2010 08/12/2010 69 3 0 1 2 2 3 1 2 1 1 3 3 3

21/02/2010 08/12/2010 70 3 0 1 2 1 3 1 2 2 1 3 3 3

21/02/2010 08/12/2010 71 3 1 1 2 3 3 2 2 2 2 2 3 3

22/02/2010 08/12/2010 73 3 1 1 2 3 3 2 2 2 2 3 3 2

22/02/2010 08/12/2010 74 3 1 0 2 3 3 3 2 2 2 3 3 3

23/02/2010 08/12/2010 75 3 1 1 2 3 3 2 3 1 1 3 3 3

23/02/2010 08/12/2010 76 3 1 0 2 3 3 3 2 2 1 3 3 3

23/02/2010 08/12/2010 77 3 1 0 2 3 3 2 2 2 2 1 2 2

26/05/2009 07/04/2010 11 1 0 0 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1

26/05/2009 07/04/2010 12 1 0 0 3 1 1 1 2 1 1 1 3 1

25/06/2009 07/04/2010 21 1 1 0 3 3 3 3 2 2 2 3 3 3

27/06/2009 07/04/2010 23 1 0 1 3 3 3 2 1 2 1 2 3 1

01/07/2009 07/04/2010 29 1 1 1 3 3 3 3 2 2 2 3 3 3

01/07/2009 07/04/2010 28 1 0 1 3 3 3 2 1 1 1 3 2 2

20/06/2009 07/04/2010 19 1 1 0 3 3 3 3 2 2 2 3 3 3

03/07/2009 25/06/2010 30 1 1 1 3 3 3 3 2 2 2 3 3 3

15/07/2009 25/06/2010 33 1 0 0 3 3 3 2 2 2 2 3 3 3

02/08/2009 25/06/2010 36 1 1 1 3 3 3 3 2 2 2 3 3 3

08/08/2009 25/06/2010 37 1 0 1 3 3 3 3 2 2 2 3 3 3

01/11/2009 08/12/2010 39 2 0 0 3 2 3 2 1 2 2 3 3 3

07/11/2009 08/12/2010 42 2 1 0 3 3 3 3 1 1 1 3 3 3

07/11/2009 08/12/2010 43 2 1 0 3 1 3 3 1 1 1 3 3 3

12/11/2009 08/12/2010 45 2 1 0 3 1 3 1 2 2 1 2 1 1

08/12/2009 08/12/2010 51 2 1 1 3 1 1 1 1 1 1 2 3 3

08/12/2009 08/12/2010 52 2 0 0 3 1 3 3 1 2 2 3 3 3

08/12/2009 08/12/2010 53 2 0 1 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1

09/12/2009 08/12/2010 54 2 0 0 3 1 1 1 2 1 2 2 2 1

Page 74: Comportamento de bezerras leiteiras em sistemas de criação ... · passar, sendo bons ou não, para o nosso próprio aprendizado, por algum motivo, nunca esquecendo do mais importante:

50

Continuação

Nascimento Data teste Animal Lote ABRIGO AFAGO Nº Teste CG_ Desc CG_Inter CG_Trat BI_Desc BI_Inter BI_Trat CI_Desc CI_Inter CI_Trat

09/12/2009 08/12/2010 55 2 1 1 3 1 1 1 1 1 1 2 3 3

10/12/2009 08/12/2010 56 2 1 1 3 3 1 2 2 2 2 3 3 2

10/12/2009 08/12/2010 57 2 1 0 3 1 3 3 2 2 2 3 3 3

10/12/2009 08/12/2010 58 2 1 1 3 1 1 3 2 2 2 3 3 3

12/12/2009 08/12/2010 61 2 0 1 3 3 3 1 2 2 2 3 3 3

14/12/2009 08/12/2010 62 2 1 0 3 3 3 2 2 2 1 3 3 3

02/02/2010 16/02/2011 64 3 0 0 3 3 3 2 3 3 1 2 3 3

19/02/2010 16/02/2011 65 3 0 0 3 3 2 2 1 1 1 2 2 1

20/02/2010 16/02/2011 66 3 1 1 3 2 3 3 1 1 1 3 3 2

20/02/2010 16/02/2011 67 3 0 0 3 3 3 3 2 2 2 3 3 3

20/02/2010 16/02/2011 68 3 1 1 3 3 3 2 1 2 1 3 3 3

21/02/2010 16/02/2011 69 3 0 1 3 3 3 2 1 1 1 3 3 3

21/02/2010 16/02/2011 70 3 0 1 3 2 3 1 1 1 1 3 3 3

21/02/2010 16/02/2011 71 3 1 1 3 2 2 2 1 1 1 2 3 3

22/02/2010 16/02/2011 73 3 1 1 3 3 3 1 2 3 2 3 3 3

22/02/2010 16/02/2011 74 3 1 0 3 3 3 2 2 2 1 3 2 3

23/02/2010 16/02/2011 75 3 1 1 3 2 3 2 2 2 3 3 3 3

23/02/2010 16/02/2011 76 3 1 0 3 2 3 2 2 1 1 3 3 3

23/02/2010 16/02/2011 77 3 1 0 3 3 3 2 1 1 1 3 3 3

CG_Desc.=Campo Grupo Desconhecido; CG_Inter.=Campo Grupo Intermediário; CG_Trat.=Campo Grupo Tratador; BI_Desc.=Balança Isolada Desconhecido; BI_Inter.=Balança Isolada Intermediário; BI_Trat.=Balança Isolada Tratador; CI_Desc.=Campo Isolado Desconhecido; CI_Inter.=Campo Isolado Intermediário; CI_Trat.=Campo Isoladoo Tratador.

Page 75: Comportamento de bezerras leiteiras em sistemas de criação ... · passar, sendo bons ou não, para o nosso próprio aprendizado, por algum motivo, nunca esquecendo do mais importante:

51

APÊNDICE C – Teste t com duas amostras para peso a desmama.

G1= Grupo 1; G2=Grupo 2; G3= Grupo 3

Ab1= Individual; Ab2= Coletivo

Af1= Ausência de Afago; Af2= Presença de Afago

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G1Ab1Af1 3 80,67 9,5 5,5

G1Ab1Af2 3 69,53 4,71 2,7

Diferença estimada: 11,13

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: -5,86; 28,13

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=1,82 P=0,143 GL=4

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G1Ab2Af1 2 76,05 6,43 4,5

G1Ab2Af2 3 75,47 0,89 0,52

Diferença estimada: 0,58

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: -10,42; 11,58

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=0,17 P=0,877 GL=3

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G2Ab1Af1 3 75,13 7,16 4,1

G2Ab1Af2 4 73,08 9,78 4,9

Diferença estimada: 2,06

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: -15,27; 19,39

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=0,31 P=0,772 GL=5

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G2Ab2Af1 5 65,94 3,15 1,4

G2Ab2Af2 4 74,83 4,16 2,1

Diferença estimada: -8,88

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: -14,63; -3,14

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=-3,66 P=0,008 GL=7

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G3Ab1Af1 3 84,1 12,9 7,4

G3Ab1Af2 3 60,6 11,8 6,8

Diferença estimada: 23,5

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: -4,4; 51,4

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=2,34 P=0,08 GL=4

Page 76: Comportamento de bezerras leiteiras em sistemas de criação ... · passar, sendo bons ou não, para o nosso próprio aprendizado, por algum motivo, nunca esquecendo do mais importante:

52

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G3Ab2Af1 3 67,7 16,1 9,3

G3Ab2Af2 5 61,5 8,79 3,9

Diferença estimada: 6,23

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: -14,79; 27,26

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=0,73 P=0,495 GL=6

Page 77: Comportamento de bezerras leiteiras em sistemas de criação ... · passar, sendo bons ou não, para o nosso próprio aprendizado, por algum motivo, nunca esquecendo do mais importante:

53

APÊNDICE D – Teste t com duas amostras para posturas corporais.

G1= Grupo 1; G2=Grupo 2; G3= Grupo 3

Ab1= Individual; Ab2= Coletivo

P1= Em pé; P2= Deitado

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G1P1 11 56,22 6,21 1,9

G2P1 16 63,67 5,92 1,5

Diferença estimada: -7,44

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: -12,31; -2,57

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=-3,15 P=0,004 GL=25

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G1P1 11 56,22 6,21 1,9

G3P1 14 46,93 5,31 1,4

Diferença estimada: 9,29

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: 4,53; 14,06

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=4,03 P=0,001 GL=23

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G2P1 16 63,67 5,92 1,5

G3P1 14 46,93 5,31 1,4

Diferença estimada: 16,74

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: 12,50; 20,97

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=8,10 P=0,0001 GL=28

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G1P2 11 42,46 5,79 1,7

G2P2 16 35,75 5,89 1,5

Diferença estimada: 6,71

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: 1,99; 11,43

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=2,93 P=0,007 GL=25

Page 78: Comportamento de bezerras leiteiras em sistemas de criação ... · passar, sendo bons ou não, para o nosso próprio aprendizado, por algum motivo, nunca esquecendo do mais importante:

54

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G1P2 11 42,46 5,79 1,7

G3P2 14 52,18 5,28 1,4

Diferença estimada: -9,73

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: -14,32; -5,14

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=-4,38 P=0,0001 GL=23

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G2P2 16 35,75 5,89 1,5

G3P2 14 52,18 5,28 1,4

Diferença estimada: -16,44

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: -20,65; -12,23

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=-8,00 P=0,0001 GL=28

Page 79: Comportamento de bezerras leiteiras em sistemas de criação ... · passar, sendo bons ou não, para o nosso próprio aprendizado, por algum motivo, nunca esquecendo do mais importante:

55

APÊNDICE E – Teste t com duas amostras para atividades comportamentais.

G1= Grupo 1; G2=Grupo 2; G3= Grupo 3

Ab1= Individual; Ab2= Coletivo

Af1= Ausência de Afago; Af2= Presença de Afago

A1= Ingestão de Alimento; A1Co= Ingestão de Concentrado; A1Fe= Ingestão de

Feno; A2= Ingestão de Água; A3= Outras Atividades; A4=Sem Atividade Aparente;

A5=Deslocamento.

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G1A1Co 11 18,08 8,16 2,5

G2A1Co 16 22,41 9,27 2,3

Diferença estimada: -4,32

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: -11,45; 2,81

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=1,25 P=0,224 GL=25

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G1A1Co 11 18,08 8,16 2,5

G3A1Co 14 13,58 5,99 1,6

Diferença estimada: 4,5

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: -1,35;10,36

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=1,59 P=0,125 GL=23

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G2A1Co 16 22,41 9,27 2,3

G3A1Co 14 13,58 5,99 1,6

Diferença estimada: 8,83

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: 2,89;14,76

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=3,05 P=0,005 GL=28

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G1A3 11 6,03 2,13 0,64

G2A3 16 1,39 1,20 0,30

Diferença estimada: 4,63

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: 3,31; 4,95

Page 80: Comportamento de bezerras leiteiras em sistemas de criação ... · passar, sendo bons ou não, para o nosso próprio aprendizado, por algum motivo, nunca esquecendo do mais importante:

56

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=7,23 P=0,000 GL=25

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G1A3 11 6,03 2,13 0,64

G3A3 14 5,31 2,08 0,56

Diferença estimada: 0,72

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: -1,03; 2,47

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=0,85 P=0,404 GL=23

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G2A3 16 1,39 1,20 0,30

G3A3 14 5,31 2,08 0,56

Diferença estimada: -3,91

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: -5,16; -2,66

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=-6,42 P=0,0001 GL=28

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G1A4 11 58,31 6,77 2,0

G2A4 16 69,3 6,24 1,6

Diferença estimada: -10,99

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: -16,20; -5,78

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=-4,35 P=0,0001 GL=25

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G1A4 11 58,31 6,77 2,0

G3A4 14 53,38 7,78 2,1

Diferença estimada: 4,93

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: -1,20; 11,06

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=1,66 P=0,110 GL=23

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G2A4 16 69,30 6,24 1,6

G3A4 14 53,38 7,78 2,1

Diferença estimada: 15,92

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: 10,68; 21,17

Page 81: Comportamento de bezerras leiteiras em sistemas de criação ... · passar, sendo bons ou não, para o nosso próprio aprendizado, por algum motivo, nunca esquecendo do mais importante:

57

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=6,22 P=0,0001 GL=28

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G1Ab1A1 6 22,75 4,26 1,7

G1Ab2A1 5 25,60 6,46 2,9

Diferença estimada: -2,85

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: -10,18; 4,48

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=-0,88 P=0,402 GL=9

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G2Ab1A1 7 20,56 5,92 2,2

G2Ab2A1 9 12,66 2,23 0,7

Diferença estimada: 7,90

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: 3,33; 12,47

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=3,71 P=0,002 GL=14

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G3Ab1A1 6 28,57 8,24 3,4

G3Ab2A1 8 26,17 4,38 1,5

Diferença estimada: 2,39

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: -5,00; 9,79

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=0,71 P=0,494 GL=12

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G1Ab1A2 6 1,37 0,93 0,38

G1Ab2A2 5 2,38 0,59 0,27

Diferença estimada: -1,01

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: -2,11; 0,08

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=-2,09 P=0,066 GL=9

Page 82: Comportamento de bezerras leiteiras em sistemas de criação ... · passar, sendo bons ou não, para o nosso próprio aprendizado, por algum motivo, nunca esquecendo do mais importante:

58

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G2Ab1A2 7 1,79 0,47 0,18

G2Ab2A2 9 1,37 0,43 0,15

Diferença estimada: 0,423

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: -0,06; 0,91

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=1,85 P=0,085 GL=14

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G3Ab1A2 6 1,07 0,41 0,17

G3Ab2A2 8 2,19 0,45 0,16

Diferença estimada: -1,12

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: -1,63; -0,61

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=-4,75 P=0,0001 GL=12

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G1Ab1Af1A1Co 3 25,10 12,9 7,5

G1Ab1Af2A1Co 3 11,27 0,75 0,43

Diferença estimada: 13,87

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: -6,87; 34,62

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=1,86 P=0,137 GL=4

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G1Ab2Af1A1Co 2 17,36 4,65 3,3

G1Ab2Af2A1Co 3 18,31 3,16 1,8

Diferença estimada: -0,94

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: -11,75; 9,87

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=-0,28 P=0,800 GL=3

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G2Ab1Af1A1Co 3 25,10 8,63 5,0

G2Ab1Af2A1Co 4 19,20 9,70 4,8

Diferença estimada: 5,90

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: -12,33; 24,13

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=0,83 P=0,444 GL=5

Page 83: Comportamento de bezerras leiteiras em sistemas de criação ... · passar, sendo bons ou não, para o nosso próprio aprendizado, por algum motivo, nunca esquecendo do mais importante:

59

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G2Ab2Af1A1Co 5 29,67 7,17 3,2

G2Ab2Af2A1Co 4 14,51 5,01 2,5

Diferença estimada: 15,15

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: 5,09; 25,21

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=3,56 P=0,009 GL=7

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G3Ab1Af1A1Co 3 19,63 7,87 4,5

G3Ab1Af2A1Co 3 11,95 7,11 4,1

Diferença estimada: 7,68

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: -9,32; 24,69

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=1,25 P=0,278 GL=4

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G3Ab2Af1A1Co 3 12,98 4,09 2,4

G3Ab2Af2A1Co 5 11,28 3,97 1,8

Diferença estimada: 1,70

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: -5,47; 8,87

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=0,58 P=0,582 GL=6

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G1Ab1Af1A1Fe 3 5,63 1,95 1,1

G1Ab1Af2A1Fe 3 7,24 1,13 0,65

Diferença estimada: -1,61

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: -5,23; 2,02

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=-1,23 P=0,286 GL=4

Page 84: Comportamento de bezerras leiteiras em sistemas de criação ... · passar, sendo bons ou não, para o nosso próprio aprendizado, por algum motivo, nunca esquecendo do mais importante:

60

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G1Ab2Af1A1Fe 2 17,8 0,65 0,46

G1Ab2Af2A1Fe 3 21,0 5,78 3,3

Diferença estimada: -3,24

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: -16,98; 10,51

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=-0,75 P=0,508 GL=3

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G2Ab1Af1A1Fe 3 248 12,9 7,5

G2Ab1Af2A1Fe 4 35,7 14,2 7,1

Diferença estimada: -10,9

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: -37,9; 16,0

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=-1,04 P=0,346 GL=5

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G2Ab2Af1A1Fe 5 13,8 13,0 5,8

G2Ab2Af2A1Fe 4 40,4 7,88 3,9

Diferença estimada: -26,65

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: -44,31; -8,99

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=-3,57 P=0,009 GL=7

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G3Ab1Af1A1Fe 3 23,7 12,2 7,1

G3Ab1Af2A1Fe 3 20,2 9,11 5,3

Diferença estimada: 3,39

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: -21,04; 27,82

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=0,39 P=0,719 GL=4

Page 85: Comportamento de bezerras leiteiras em sistemas de criação ... · passar, sendo bons ou não, para o nosso próprio aprendizado, por algum motivo, nunca esquecendo do mais importante:

61

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G3Ab2Af1A1Fe 3 21,1 2,31 1,3

G3Ab2Af2A1Fe 5 20,9 4,25 1,9

Diferença estimada: 0,18

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: -6,46; 6,83

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=0,07 P=0,948 GL=6

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G1Ab1A5 6 0,65 0,57 0,23

G1Ab2A5 5 2,12 0,55 0,24

Diferença estimada: -1,47

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: -2,23; -0,70

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=-4,34 P=0,002 GL=9

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G2Ab1A5 7 0,39 0,44 0,17

G2Ab2A5 9 0,73 0,41 0,14

Diferença estimada: -0,35

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: -0,80; 0,11

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=-1,62 P=0,128 GL=14

N Média Desvio Padrão Erro Padrão da Média

G3Ab1A5 6 0,44 0,29 0,12

G3Ab2A5 8 1,22 0,5 0,18

Diferença estimada: -0,78

Intervalo de Confiança a 95 % para a diferença: -1,29; -0,28

Diferença para o teste T= 0 (VS não=): t=-3,39 P=0,005 GL=12