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399 VOL. 34(3) 2004: 399 - 413
Composição florística de trechos florestais na bordasul-amazônica.
Natália Macedo IVANAUSKAS 1, Reinaldo MONTEIRO 2 , Ricardo Ribeiro RODRIGUES 3
RESUMOEste estudo apresenta a composição florística de trechos de uma faixa de vegetação de transição existente na regiãocentro-leste do Estado de Mato Grosso, mais precisamente no município de Gaúcha do Norte (13° 10’S e 53° 15' O), ondedá-se o contato entre a Floresta Ombrófila e a Floresta Estacional. O levantamento florístico foi realizado em março de1999 e bimestralmente a partir de agosto de 1999 até março de 2001, em excursões com duração média de 5 dias, pormeio de caminhadas na borda e no interior de florestas, sendo coletadas fanerógamas em fase reprodutiva. Tambémforam incluídas amostras vegetativas de espécies arbustivo-arbóreas, que não floresceram ou frutificaram durante o períodode amostragem, amostradas em 3ha destinados ao levantamento fitossociológico. O levantamento florístico resultou em72 famílias, 168 gêneros e 268 espécies. Do total de espécies, 66% apresentaram hábito arbóreo e 18% foram lianas. Aservas e arbustos praticamente restringiram-se às áreas de borda ou clareiras, somando 13%. Já a flora epifítica mostrou-sepouco expressiva (1%), quando comparada ao restante da Amazônia, em conseqüência do clima regional mais seco.Hemiepífitas, parasitas e palmeiras constituíram o percentual restante. Constatou-se que 39 espécies amostradas emGaúcha do Norte ainda não haviam sido depositadas em herbários que mantém coleções representativas da floramatogrossense, enfatizando a carência de coletas nas áreas florestais do Estado.
PALAVRAS-CHAVEAmazônia, floresta amazônica, flora.
Floristic composition of forest patches in southernAmazonia.
ABSTRACTThis paper shows the floristic composition of forest patches in a zone of transition vegetation which exists in thecentral-east region of Mato Grosso state, more specifically in the municipality of Gaúcha do Norte (13° 10’S and 53° 15'W) where it connects the tropical rain-forest and the seasonal forest. The floristic survey was performed in March 1999and bisemesterly from August 1999 to March 2001 (during excursions of an average of five days duration) on treksthrough the border and inside the forests and fanerogamous flora were collected in the reproductive phase. Vegetationalsamples of shrub-woody species which do not flower or fruit during the sample period were also collected from the 3 haof the phytosociological survey. The floristic survey resulted in 72 families, 168 genera and 268 species. Of the species,66 % were woody and 18 % were lianas. The herbs and shrubs were practically restricted to the border areas orclearings and formed 13 % of the total. The epiphytic flora was not very expressive (1 %) when compared to the rest ofthe Amazon forest, due to the extremely dry regional climate. Hemiepiphytas, parasites and palm trees constituted theremaining percentage. Thirty nine of the species sampled in Gaúcha do Norte had not, at that time, been deposited inthe herbaria which maintain representative collections of the flora of Mato Grosso, emphasizing the need for collectionsin the forest areas of this state.
KEY WORDSAmazon, Tropical Rain Forest, Floristic Composition.
1Departamento de Biologia, Instituto de Ciências Naturais e Tecnológicas, Universidade do Estado de Mato Grosso, Caixa Postal 08, 78690-000 - NovaXavantina-MT. [email protected]
2 Departamento de Botânica, Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista, 13.506-900, Rio Claro-SP. [email protected] Departamento de Ciências Biológicas, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”/Universidade de São Paulo, Caixa Postal 09, 13418-900 -
Piracicaba - SP. [email protected]
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COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA DE TRECHOS FLORESTAISNA BORDA SUL-AMAZÔNICA
INTRODUÇÃO
As espécies nativas da flora matogrossense são poucoconhecidas, existindo grandes lacunas de coleta. Um brevehistórico sobre as primeiras explorações botânicas realizadasno Mato Grosso podem ser encontradas em Sampaio (1916)e Ackerly et al. (1989). Revisões mais recentes foramrealizadas a partir de 1992, quando o governo estadualimplantou o plano de zoneamento do Estado (SEPLAN/MT,1999), que teve como um dos seus objetivos mapear acobertura vegetal de Mato Grosso, bem como a localizaçãodos principais pontos de levantamentos florísticos einventários florestais já realizados.
Constatou-se que existe um grau de informação razoávelsobre a composição florística e a estrutura das diferentesfisionomias que compõem o cerrado matogrossense,concentradas em duas regiões principais: o Pantanal de MatoGrosso e o trecho Depressão Cuiabana - Chapada dosGuimarães. No entanto, as áreas de transição para a FlorestaOmbrófila, presentes em grande extensão em toda a porçãocentral do Estado (entre as latitudes 11ºS e 14ºS), foramobjeto de pouco ou nenhum estudo, merecendo atençãoespecial dos futuros trabalhos.
Além das publicações, outra forma de se conhecer opatrimônio florístico de uma região é através do materialcientífico depositado em herbários. As informaçõescontidas nestes locais constituem-se na fonte primáriapara o desenvolvimento de trabalhos taxonômicos,evolutivos, fenológicos, ecológicos, biogeográficos,etnobotânicos e estudos de biodiversidade (Peixoto &Barbosa, 1998).
No entanto, a região Centro-oeste do Brasil é aindapouco explorada por botânicos, pois apenas o DistritoFederal e os Estados de Goiás e Tocantins têmrepresentação significativa nas coleções de herbário,somando 291.446 espécimes de fanerógamas distribuídasem 5 herbários. O Estado de Mato Grosso, com um acervode cerca de 17.000 exemplares (Herbários UFMT e NX), éo que se encontra em pior situação frente ao restante dopaís, embora apresente grande número de unidades deconservação de uso direto ou indireto (Ferreira et al.,1999) e um extenso território.
Deste modo, considerando o conjunto de dadosprovenientes das publicações e dos materiais depositadosem herbários, pode-se afirmar que a flora matogrossenseainda é pouco conhecida, principalmente nas áreas detransição entre os biomas da floresta amazônica e do Cerrado.
Infelizmente, esta mesma flora está atualmente sob fortepressão de desmatamento para fins agrícolas e madeireiros,o que pode estar destruindo imensuráveis estoquesgenéticos, dos quais pouco se conhece ou está conservadoem herbário ou em bancos de germoplasma. Esta erosãogenética pode implicar na perda de informações preciosas,inclusive para o interesse humano, como nas áreas daagricultura, na medicina e na indústria (Flint, 1991).
Frente a este panorama pouco otimista, estudos visandoo conhecimento da flora regional e a incorporação domaterial científico coletado em herbários devem serincentivados. Neste contexto, este trabalho tem por objetivoinvestigar a composição florística de uma área de transiçãoentre a floresta ombrófila e a floresta estacional do Estadode Mato Grosso, produzindo uma lista de espéciesvasculares existentes no local, e contribuindo assim para omaior conhecimento da flora matogrossense e de suadistribuição geográfica.
MATERIAL E MÉTODOS
A área de estudo localiza-se no município de Gaúchado Norte-MT (13° 10’S e 55° 15' O, 390m de altitude) (Figura1), sob clima Tropical Chuvoso de Savana (Aw) segundoKöppen (1948). As coletas de material botânico foramrealizadas nas áreas florestais presentes no entorno domunicípio e, principalmente, em três localidades destinadasao levantamento fitossociológico:
Área 1 - propriedade do Sr. Lauri Stoffel (13º 12' S e53º 20' O, 337m de altitude). Floresta sobre LatossoloVermelho-Amarelo, localizada no interflúvio da margemdireita do Rio Pacuneiro.
Área 2 - Fazenda Boa Esperança, propriedade do Sr.Alfredo Zingler (13º 10' S e 53º 27' O, 357m de altitude).Floresta sobre Latossolo Vermelho-Amarelo, localizada nointerflúvio da margem esquerda do Rio Pacuneiro.
Área 3 - Fazenda Pontal, propriedade do Sr. SilvinoPerotto (13° 06' S e 53° 23' “W, 314m de altitude). Florestaribeirinha com influência fluvial sazonal sobre Neossolo,localizada na margem esquerda do Rio Pacuneiro.
Cada local de coleta, além dos três acima citados, foidevidamente referenciado utilizando um GPS (GlobalSystem Position).
Figura 1 - Localização geográfica do município de Gaúcha do Norteno Estado de Mato Grosso. Fonte: SEPLAN/MT (1999).
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COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA DE TRECHOS FLORESTAISNA BORDA SUL-AMAZÔNICA
O levantamento florístico foi realizado em março de1999 e bimestralmente a partir de agosto de 1999 até marçode 2001, em excursões com duração média de 5 dias.
Durante as caminhadas de coleta, foram amostradasespécies em fase reprodutiva e predominantemente de portearbustivo-arbóreo, devido à dificuldade de coleta de outrasformas de vida (Ivanauskas et al., 2001).
A coleta do material botânico foi realizada com o auxílio deuma tesoura de poda alta, adaptada a três varas ajustáveis dealumínio, chegando a atingir até doze metros de altura. As árvoresde maior porte foram escaladas com esporas por profissionalhabilitado. No campo, foram anotados dados tais como:localização da espécie, hábito, altura (no caso de arbóreas,estimada usando-se como comparação a vara de coleta detamanho conhecido), presença de látex, coloração e outros.
As espécies foram classificadas de acordo com o hábito,visando mostrar a distribuição da riqueza florística da áreade estudo. Para isto foram consideradas as definiçõesapresentadas em Raunkiaer (1934), Aubréville (1963),Dislich & Mantovani (1998) e Kim (1996):
a) Árvore - Planta lenhosa que ramifica acima de 0,5m.Apresenta caule do tipo tronco.
b) Arbusto - Planta pequena, de base lenhosa, queramifica abaixo de 0,5m de altura.
c) Palmeira - Planta que apresenta caule do tipo estipe,pertencentes à família Arecaceae.
d) Erva - Planta herbácea (cujo caule não apresentatecido lenhoso).
e) Liana - toda planta de hábito escandente de formaampla, tanto herbácea quanto lenhosa.
f) Epífita - Foram incluídas nesta categoria apenas asepífitas vasculares verdadeiras, que são aquelas que utilizamoutro vegetal apenas como suporte, e durante todo o seuciclo de vida.
g) Hemiepífita - Planta que se apresenta na condiçãoepifítica apenas durante uma parte do seu ciclo de vida.
h) Parasita - Planta que vive sobre outra, recorrendo aosistema vascular do hospedeiro para suprir suasnecessidades nutricionais.
O material coletado de cada indivíduo foi agrupado comfita crepe, numerado e transportado em sacos plásticos. Noalojamento, o material foi organizado em prensas e secoem estufas, embalado em sacos plásticos e transportado parao Laboratório de Taxonomia da UNEMAT - NX, onde foicolocado em armário de aço, próprio para este fim, paraposterior identificação.
Para a identificação foi utilizada bibliografia adequada,comparação com exsicatas existentes em herbários (ESA,UEC, IAC, SP, SPSF) ou ainda a consulta a especialistas. Osespécimes foram agrupados em famílias de acordo com osistema de Cronquist (1988).
Após a identificação, o material foi incorporado aoherbário da Escola Superior de Agricultura “Luiz de
Queiroz”/USP (ESA), com duplicatas nos herbários daUniversidade Estadual de Campinas (UEC), Universidadedo Estado de Mato Grosso – Campus de Nova Xavantina(NX) e Universidade Estadual Paulista - campus de Rio Claro(HRCB), além de outros herbários quando houve envio dematerial a especialistas.
O esforço amostral foi verificado através da curva docoletor, na qual foi plotado o número acumulado de novasocorrências em função dos meses de coleta, e pelaproporção entre o número de novas ocorrências a cada mêse o total de material botânico coletado.
A fim de avaliar o atual estado de conhecimento daflora matogrossense, a listagem das espécies coletadasfoi comparada com o banco de dados desenvolvido pelaSEPLAN/MT (1999), visando identificar espécies aindanão registradas no Estado. O banco de dados daSEPLAN/MT contém os registros botânicos de 12.800exemplares coletados no Mato Grosso e depositados noHerbário Central da Universidade Federal de MatoGrosso (UFMT), no Herbário do Museu Paraense EmílioGoeldi (MPEG) e no Herbário do Instituto Agronômicodo Norte (IAN), devidamente sinonimizados. O mesmobanco de dados também inclui 856 espécies citadas nospontos de coleta matogrossenses realizados pelo ProjetoRADAMBRASIL (1975, 1978, 1979, 1980, 1981a, 1981b,1982a, 1982b, 1983). Além do banco de dadosdesenvolvido pela SEPLAN/MT, foi consultada a listagempublicada por Dubs (1998), que apresenta as exsicatasde plantas coletadas em Mato Grosso e depositadas emherbários no exterior.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O levantamento florístico das áreas florestais presentesem Gaúcha do Norte resultou em 437 coletas, distribuídasem 72 famílias, 168 gêneros e 268 espécies (Tabela 1). Houverepetição de coletas de uma mesma espécie quando estafoi encontrada ou em ambientes distintos ou em diferentesfases reprodutivas (com flores ou frutos).
Apesar do número de espécies ter aumentado linearmentea cada coleta realizada (Figura 2.A), foi necessário um esforçode amostragem cada vez maior (Figura 2.B) para manter estafunção, pois a proporção de novas ocorrências tendeu adiminuir a cada excursão de campo.
O número de coletas realizadas a cada bimestretambém não foi constante, apesar da freqüência regularao campo, como pode ser constatado no pico derendimento de coletas em dezembro (Figura 2.B): nesteperíodo houve maior disponibilidade de espécies comflores e/ou frutos e, consequentemente, maior coletade novas ocorrências. Portanto, o esforço de coletatambém está relacionado com a fenologia das espécies.No caso da área de estudo, os eventos reprodutivosparecem concentrar-se no final da estação seca e inícioda estação chuvosa (Figura 3).
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405 VOL. 34(3) 2004: 399 - 413 • IVANAUSKAS et al.
COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA DE TRECHOS FLORESTAISNA BORDA SUL-AMAZÔNICA
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COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA DE TRECHOS FLORESTAISNA BORDA SUL-AMAZÔNICA
50% da riqueza encontrada na Floresta Atlântica (Lima &Guedes-Bruni, 1994; Ivanauskas et al., 2000). Em Gaúcha doNorte, as espécies arbóreas representaram 66% do total deespécies amostradas, as lianas somaram 18% e as demais formasde vida assumiram valores inferiores a 8% (Tabela 2).
As espécies herbáceas e arbustivas restringiram-se àsáreas de borda, às margens de cursos d’água e ao interiorde clareiras, estando praticamente ausentes sob o dosseldas áreas florestais, o que explica o baixo percentualencontrado. Já o destaque de lianas na comunidade deveser ainda maior do que a constatado neste estudo,considerando-se que as lianas, epífitas e hemiepífitasestão subamostradas, pois há grande dificuldade decoleta e visualização destas formas de vida em áreas comdossel em torno de 20m.
Com relação à flora epifítica, pode-se afirmar que, apesarda subamostragem, há menor riqueza e densidade de espéciesepífitas em Gaúcha do Norte do que em outras localidadesamazônicas, as quais apresentam mais de 300 espéciesregistradas, considerando-se somente a família Orchidaceae(Silva et al., 1995). A baixa riqueza epifítica na área de estudopode estar relacionada à fatores climáticos, pois Gaúcha doNorte encontra-se sob um clima mais seco do que grande parteda Amazônia, com precipitações anuais em torno de 1500mme períodos de seca de 3-4 meses. A influência da baixa umidaderelativa do ar pôde ser constatada principalmente pela baixadensidade de espécies destas formas de vida nas áreas deinterflúvio, e pela sua concentração em áreas próximas à cursosd’água. Esta concentração em áreas inundáveis tambémcontribuiu para a subamostragem, pois o acesso ao interiordas florestas só é possível no período seco, que por sua veznão é aquele em que se concentram os picos reprodutivos.
Outra dificuldade encontrada na execução do levantamentoflorístico foi a identificação das espécies. A flora amazônica érica em famílias complexas taxonomicamente, como é o casode Annonaceae, Burseraceae, Rubiaceae e Chrysobalanaceae,e há carência de taxonomistas especializados na flora da região.
Se a identificação do material coletado com flores e/oufrutos já é complicada, torna-se praticamente impossível aidentificação de materiais vegetativos. Neste estudo, apesar davisita regular ao campo durante o período de dois anos, 29espécies não foram observadas com flores e/ou frutos. Nas áreasde interflúvio, estas espécies não puderam ser coletadas porpossuírem estratégias de reprodução com períodos de floraçãoe frutificação muito breves (inferiores a um mês) ou supraanuais (acima de dois anos), ou ainda por tratarem-se deindivíduos jovens cujos parentais ou encontram-se fora da áreade amostragem ou que não foram localizados devido à baixafreqüência. Já na floresta ribeirinha, a coleta de materialreprodutivo foi prejudicada pela dificuldade de acesso à áreano período chuvoso.
Assim, mesmo este trabalho, que apresenta um dosmelhores índices de identificação específica quandocomparado com outros trabalhos realizados na borda sulamazônica, das 268 espécies apresentadas na Tabela 1, 50espécies encontram-se em nível de gênero e 9 em nível de
Figura 2. Número acumulado de novas ocorrências (A) e aproporção entre as novas ocorrências e o total de material coletado(B) de acordo com o mês, em florestas nativas em Gaúcha doNorte-MT.
Figura 3. Precipitação e número de espécies em fase reprodutiva(flor e/ou fruto) no período de agosto/99 a março/01, em florestasnativas em Gaúcha do Norte-MT.
As famílias de maior riqueza florística são apresentadas naFigura 4. Nota-se o predomínio de famílias constituídaspredominantemente por espécies de hábito arbóreo, comexceção de Bignoniaceae, predominante entre as lianas (Tabela2). O predomínio de espécies arbóreas numa formação florestalé algo esperado, pois alguns estudos já demonstraram que asespécies desta forma de vida são as responsáveis por cerca de
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AGRADECIMENTOS
À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de MatoGrosso (FAPEMAT), pelo Auxílio à Pesquisa. À Universidadedo Estado de Mato Grosso (UNEMAT), pela bolsa deiniciação científica concedida aos alunos Rodney HaulienOliveira Viana e Geane Pereira de Freitas.
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Figura 4. Famílias de maior riqueza em florestas nativas em Gaúchado Norte-MT.
Tabela 2. Total de espécies agrupadas por hábito e as famílias demaior riqueza nessas formas de vida em Gaúcha do Norte-MT.
otibáHedlatoTseicépsE
edsailímaFazeuqirroiam
serovrÁ 871 %9-eaecatamotsaleM%6-eaecaibrohpuE
sanaiL 74%32-eaecainongiB
%9-eaecaretsA
sotsubrA 02%03-eaecaibuR
%51-eaecatamotsaleM
savrE 41%12-eaecaibuR%12-eaecatnaraM
sariemlaP 3 %001-eaecacerA
satifípE 2%05-eaecadihcrO%05-eaecarepiP
satifípeimeH 2 %001-eaecarA
satisaraP 2%05-eaecaruaL%05-eaecacsiV
família. Já 33 espécies precisam ser confirmadas porespecialistas, pois somente a descrição, ou o materialcomparado em herbário, não foram suficientes para umaidentificação segura.
Comparando-se as espécies coletadas em Gaúcha doNorte com os registros do banco de dados da SEPLAN/MT(1999), constatou-se que 39 espécies ainda não haviam sidodepositadas em herbários com coleções representativas daflora matogrossense (Tabela 1). Este número tende aaumentar, quando o número de espécies indeterminadasfor reduzido. A ausência destas espécies em herbáriosressalta ainda mais a carência de coletas e o conhecimentoprecário da flora destas áreas de transição.
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