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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM CONSERVAÇÃO E MANEJO DE RECURSOS NATURAIS NÍVEL MESTRADO LAÍS DAYANE WEBER Composição química, atividade antimicrobiana e antioxidante de óleo essencial e diferentes extratos vegetais de Prunus myrtifolia (L.) Urb. CASCAVEL-PR Agosto/2013

Composição química, atividade antimicrobiana e ...portalpos.unioeste.br/media/File/conservacao... · A Professora Tereza Cristina Marinho Jorge, por ceder o Laboratório de Farmacognosia

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM CONSERVAÇÃO E

MANEJO DE RECURSOS NATURAIS – NÍVEL MESTRADO

LAÍS DAYANE WEBER

Composição química, atividade antimicrobiana e antioxidante de óleo

essencial e diferentes extratos vegetais de Prunus myrtifolia (L.) Urb.

CASCAVEL-PR

Agosto/2013

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LAÍS DAYANE WEBER

Composição química, atividade antimicrobiana e antioxidante de óleo

essencial e diferentes extratos vegetais de Prunus myrtifolia (L.) Urb.

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

graduação Stricto Sensu em Conservação e Manejo

de Recursos Naturais – Nível Mestrado, do Centro

de Ciências Biológicas e da Saúde, da Universidade

estadual do Oeste do Paraná, como requisito parcial

para a obtenção do título de Mestre em Conservação

e Manejo de Recursos Naturais

Área de Concentração: Conservação e Manejo de

Recursos Naturais

CASCAVEL-PR

Agosto/2013

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"Apesar dos nossos defeitos, precisamos enxergar que somos pérolas únicas no teatro

da vida e entender que não existem pessoas de sucesso e pessoas fracassadas. O que

existem são pessoas que lutam pelos seus sonhos ou desistem deles."

(Augusto Cury)

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DEDICATÓRIA

A minha família e ao meu namorado, por todo amor e

constante incentivo, com gratidão, dedico.

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AGRADECIMENTOS

A Deus por iluminar meu caminho e permitir que eu realizasse essa conquista.

A minha mãe pela fé, carinho, amor e incentivo, serei eternamente grata.

A minha orientadora Professora Fabiana Gisele da Silva Pinto por sua disponibilidade,

empenho, apoio e confiança. Serei eternamente grata por oportunizar esse trabalho.

Ao Professor Luis Francisco Angeli Alves, pelas sugestões recebidas na elaboração deste

trabalho.

A Professora Tereza Cristina Marinho Jorge, por ceder o Laboratório de Farmacognosia e

apoiar o desenvolvimento desta pesquisa.

A professora Lívia Godinho Temponi pela disponibilização do Herbário (UNOP) e

identificação de todas as plantas.

Aos colegas do laboratório de Biotecnologia Agrícola, pela amizade e pelo apoio durante

esses anos.

A Universidade Estadual do Oeste do Paraná, pela oportunidade de realização desta pesquisa.

Ao PTI pela disponibilidade da bolsa de mestrado.

Enfim, obrigado a todos, mesmo àqueles que não tenham sido citados, mas que de alguma

forma colaboraram para o desenvolvimento desta pesquisa.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................p.1

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................p.2

2.1 Resistência bacteriana e antimicrobianos sintéticos.................................p.2

2.2 Antimicrobianos alternativos...................................................................p.3

2.3 Métodos para avaliação da atividade antimicrobiana...............................p.5

2.4 Cromatografia...........................................................................................p.5

2.5 Atividade antioxidante.............................................................................p.6

3. CAPÍTULO 1: Composição química, atividade antimicrobiana e antioxidante de

óleo essencial e diferentes extratos vegetais de Prunus myrtifolia (L.) Urb.....................p. 8

4. CAPÍTULO 2: Atividade Antimicrobiana de Extratos Vegetais de Seis Espécies

Nativas do Brasil no Controle de Salmonella de Origem Aviária...................................p. 28

5. REFERÊNCIAS....................................................................................................p.44

6. ANEXOS ..............................................................................................................p.53

Anexo 1 – Nomas Revista Journal of Food, Agriculture & Environment............p.54

Anexo 2 – Nomas Revista Brasileira de Plantas Medicinais...............................p.65

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RESUMO:

A propriedade antimicrobiana das plantas pode ser explicada pela produção de compostos

ativos gerados durante o metabolismo secundário como também por compostos voláteis.

Atualmente os conhecimentos, as vezes empíricos, desta propriedade têm sido confirmados

cientificamente, revelando assim o enorme potencial das plantas no controle de doenças

infecciosas, enquanto verifica-se um aumento nos casos de micro-organismos patogênicos

resistentes aos antimicrobianos conhecidos. Extratos e óleos essenciais de plantas têm

mostrado efeitos sobre desenvolvimento de microrganismos em inúmeras situações, o que

sugere uso prático destes produtos. No presente estudo voltado à pesquisa de plantas como

fonte natural e alternativa de substâncias antimicrobianas, determinou-se a composição

química de diferentes extratos vegetais (aquoso, etanolico, acetato de etila e hexanico) e do

óleo essencial de Prunus myrtifolia (L.) Urb. (pessegueiro-bravo), através da triagem

fitoquímica e CG/MS respectivamente, bem como seu efeito antimicrobiano contra micro-

organismos patogênicos Pseudomonas aeruginosa (ATCC 27853), Salmonella

Typhimurium (ATCC 14028), Proteus mirabilis (ATCC 25933), Klebsiella pneumoniae

(ATCC 13883), Escherichia coli (ATCC 25922), Enterococcus faecalis (ATCC 19433),

Staphylococcus epidermidis (ATCC 12228), Staphylococcus aureus (ATCC 25923),

Bacillus subtillis (CCD-04) e Candida albicans (ATCC 10231) através da determinação

dos valores de Concentração Inibitória Mínima (CIM) e Concentração Bactericida Mínima

(CBM) utilizando a técnica de diluição em caldo; e por fim buscou-se avaliar a atividade

antioxidante dos extratos vegetais e óleo essencial pelo método de captura de radicais

livres DPPH (2,2difenil-1-picril-hidrazil). De maneira geral através da triagem fitoquimica

dos extratos verificou-se a presença de metabolitos secundários como, flavonoides, taninos

(etanolico e aquoso), triterpenoides e saponinas (etanolico), que já se mostraram ativas em

diferentes estudos descritos na literatura. Em relação ao extrato hexânico ausência de

metabólitos secundários com atividade bacteriana. A maior classe de compostos voláteis

identificados no óleo de Prunus myrtifolia benzaldeido (97%) seguido de 3-hexen-1-ol

(0.07%) e Benzil e Benzoato (0.09%). Em sequência determinou-se o efeito

antimicrobiano para todos os produtos vegetais, exceto hexânico com uma discreta

tendência de maior susceptibilidade para a cepas Gram positivas. Os resultados apontam o

extrato aquoso e etanolicos como os mais efetivos os patógenos testados. Em relação ao

óleo, apresentou atividade antimicrobiana frente a todos patógenos avaliados. Em uma

terceira etapa do estudo verificou-se atividade antioxidantes entre o extrato aquoso,

etanolico e acetato de etila, sendo detectados baixos valores em relação ao extrato hexanico

e óleo essencial. Pelos resultados obtidos ficou estabelecida a capacidade antimicrobiana

dos produtos vegetais testados, bem como foi possível determinar a atividade antioxidante

dos mesmos. Em outro estudo, também voltado à pesquisa de plantas como fonte natural e

alternativa de substâncias antimicrobianas, teve por objetivo comparar a ação inibitória de

extratos aquosos e etanólicos das plantas Maytenus aquifolium Mart. (espinheira-santa),

Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg (jabuticabeira), Ocotea spixiana (Nees) Mez. (canela-

branca), Psidium guajava L. (goiabeira), e Ricinus communis L. (mamona) e Schinus molle

L. (aroeira) de extratos vegetais (aquoso e etanolico) através da determinação da

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Concentração Inibitória Mínima (CIM) e a Concentração Bactericida Mínima (CBM) por

meio da técnica de microdiluição em caldo frente a trinta e seis sorotipos de Salmonella de

origem avícola e Salmonella Typhimurium ATCC 14028. De maneira geral verificou-se a

atividade antimicrobiana de todos os extratos testados, sendo os etanólicos mais eficazes

quando comparados aos aquosos. Os extratos etanólicos de M. cauliflora e P.guajava,

apresentaram as maiores atividades inibitórias. Esses resultados confirmaram o potencial

antimicrobiano desses extratos vegetais, os quais merecem novas pesquisas abordando sua

possível adição na alimentação de aves.

Palavras-chave: Ação antimicrobiana, Plantas nativas, Patógenos, Extrato Vegetal, Óleo

Essencial.

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1. Introdução

As doenças infecciosas representam uma importante causa de morbidade e

mortalidade entre humanos, especialmente nos países em desenvolvimento. Assim, as

indústrias farmacêuticas têm sido motivadas para o desenvolvimento de novas drogas

antimicrobianas nos últimos anos, especialmente em função da ocorrência de resistência

microbiana a tais medicamentos. Em geral, bactérias têm habilidade genética de transmitir

e adquirir resistência a drogas usadas como agentes terapêuticos (NASCIMENTO et al.

2000), pois são frequentes os relatos sobre isolamentos de bactérias que eram

reconhecidamente sensíveis às drogas de uso na rotina, mas que se tornam resistentes a

todos, ou a quase todos, fármacos disponíveis no mercado (SAKAGAMI; KAJAMURA,

2002).

Assim, no momento em que os antimicrobianos estão sendo substituídos, os

produtos alternativos se constituem numa alternativa importante. Neste contexto, os

extratos vegetais e óleos essenciais destacam-se como eficientes antimicrobianos

alternativos. Os princípios ativos dos óleos e extratos vegetais podem ser encontrados em

todo tecido vivo de plantas, geralmente concentrados na casca, flores, folhas, frutos,

sementes e quimicamente são constituídos frequentemente por um grupo de compostos

distintos como os hidrocarbonetos, alcoóis e compostos carbonílicos (aldeídos e cetonas),

etc. A exploração da atividade biológica de substâncias químicas de plantas brasileiras

constitui uma forma potencial de controle alternativo de doenças, zoonoses e resistência

microbiana gerando o desenvolvimento de modelos que viabilizem sistemas de produção

sustentáveis e a conservação da biodiversidade e recursos naturais.

Os principais compostos naturais com propriedades antimicrobianas encontrados

nas plantas são geralmente fenóis simples, ácidos fenólicos, quinonas, flavonas, flavonóis e

flavonóides, assim como o tanino, cumarina, terpenóides, alcalóides, lectinas e

polipeptídios (GONÇALVES et al., 2005).

Visto que os extratos vegetais e óleos essenciais têm um papel de destaque como

eficientes antimicrobianos, torna-se importante o estudo do efeito desses compostos

alternativos para o controle da salmonelose em aviários a fim de substituir os produtos

sintéticos que diminuem a qualidade dos alimentos e degradam o meio ambiente como

também em patógenos comumente relacionados a doenças hospitalares.

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2. Revisão Bibliográfica

2.1 Resistencia bateriana e antimicrobianos sintéticos

As doenças infeciosas afetam milhões de pessoas em todo o mundo e ao longo da

história da humanidade, sempre representaram uma das principais causas de morte.

Segundo dados da Organização Mundial da Sáude (OMS), as doenças infeciosas

representam 26% da mortalidade global estimando-se que cerca de 50.000 pessoas morra a

cada dia em todo o mundo por estas doenças (BECKER et. al., 2006; CHANDA;

RAKHOLIYA, 2011). O problema tem se agravado devido o surgimento de micro-

organismos multirresistentes, presentes em infecções hospitalares e comunitárias,

diminuindo as opções de antibioticoterapia (LEVY, 2005; ANDRADE et al., 2006;

REYNOLDS, 2009; ANURADHA et al., 2010).

Segundo critério mais usado, bactérias multirresistentes são os micro-organimos

que apresentam resistência à maioria dos antimicrobianos, para os quais são originalmente

sensíveis (COUTO, 2003). O uso inteso e inadequado de antibióticos, terapêutica ou

profilaticamente, humano ou veterinário, a dificuldade dos pacientes em seguir o

tratamento prescrito, o transporte de bactérias resistentes a novas áreas em função das

viagens no mundo tem favorecido a pressão seletiva e predominância de espécies

bacterianas cada vez mais resistentes a diversos princípios ativos, bem como causam

diversos problemas ambientais (DEL FIOL et al., 2010; SAKARIDIS et al., 2011).

Segundo NGOWKE et al. (2011), a epidemiologia da resistência aos antibióticos

varia de região e de país. Enquanto alguns países estão registrando um declínio, outros

estão experimentando um aumento da resistência bacteriana. No entanto, esta evidente que

o aumento ou a diminuição tem sempre uma ligação com o uso indiscriminado de

antibióticos (TACCONELLI et al., 2009).

Elevadas taxas de resistência aos antimicrobianos são registradas em estudos

realizados no mundo todo e na medicina humana e veterinária (MOTA et al., 2005). Para

Salmonella, também, há registros de alta resistência aos principais antimicrobianos

normalmente utilizados em avicultura (RIBEIRO et al., 2008).

Genes resistentes, adquiridos por micro-organismos, podem ser facilmente

transferidos para organismos de diferentes ecossistemas, sendo levados da água para o solo

e vice-versa (BILA; DEZOTTI, 2003). No meio aquático, o contato físico entre as

bactérias possibilita alta freqüência de troca de plasmídeos codificadores de resistência aos

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antimicrobianos (RHODES et al., 2000). A resistência pode ocorrer pela inativação do

composto por enzimas desintoxicantes, redução da permeabilidade celular ou expulsão da

droga por bombas específicas ou não-específicas e modificação dos alvos dos

antimicrobianos. Além disso, as bactérias podem adquirir um fenótipo de resistência via

reguladores transcricionais globais ou específicos. Estes mecanismos podem ser induzidos

pelo antibiótico em si ou por sinais ambientais (BOERLIN; REID-SMITH, 2008).

Apesar da disponibilização de novos antibióticos, a resistência bacteriana ocorre

em ritmo crescente nos diferentes patógenos Gram positivos e Gram negativos e representa

um grande desafio terapêutico (ROSSI; ANDREAZII, 2005). Nas últimas décadas o

enfoque dado para o controle das infecções por bactérias Gram negativas, pode ter

contribuído para o surgimento de bactérias Gram positivas multirresistentes,

principalmente Staphylococcus resistentes a meticilina, Pneumococcus resistente à

penicilina e eritromicina, Enterococcus resistentes à vancomicina e também as Gram

negativas Pseudomonas aeruginosa e Klebsiella pneumoniae resistentes a β-lactâmicos e

carbapenens (LOW; NADLER, 1997; SANTOS FILHO et al. 2002).

Ressalta-se a importância de compreender o mecanismo de resistência microbiana,

bem como na busca de novos compostos antimicrobianos, sintéticos ou naturais, no intuito

de controlar a ação de micro-organismos patogênicos (CASTRO et al., 2002).

2.2 Antimicrobianos alternativos

As propriedades farmacológicas das plantas têm sido reconhecidas empiricamente

durante séculos, mas foram cientificamente confirmadas apenas nas últimas décadas.

Filtrados, infusões, macerados, sucos e extratos de plantas com propriedades medicinais

são utilizados no tratamento de diversas doenças, desde a antiguidade (COUTINHO et al.,

2008). O interesse por esses metabólitos extraídos de plantas se deve, principalmente, à

capacidade de produção de compostos biologicamente ativos que podem servir de modelos

para a síntese de novos fármacos e por possuírem propriedades terapêuticas utilizadas

como tratamento alternativo no cuidado de saúde tradicional (GIBBONS, 2005).

Com o desenvolvimento progressivo da resistência aos antimicrobianos sintéticos,

as propriedades biológicas dos produtos vegetais vêm sendo estudadas em busca de

produtos alternativos com ação antimicrobiana (ARYA et al, 2010). Neste contexto, os

extratos vegetais e óleos essenciais destacam-se como eficientes antimicrobianos e a partir

disso, surgiu-se a curiosidade e necessidade de conhecer melhor as características dos

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vegetais e constatação do potencial antimicrobiano dos extratos e óleos essenciais

(NUNES et al., 2006; ALMEIDA et al., 2006; ARRUDA et al., 2006; BONA et al., 2010).

A forma de ação dos princípios ativos de extratos vegetais sobre as células

bacterianas são muito similares ao dos antimicrobianos convencionais. Os efeitos positivos

dos extratos vegetais estão associados aos princípios ativos, componentes químicos

presentes em todas as partes das plantas ou em áreas específicas que conferem às plantas a

capacidade de inibir a atividade de bactérias e de outros micro-organismos (DUARTE,

2004; RIZZO et al., 2010). Além dos extratos desempenharem um importante papel,

garantindo a sobrevivência das espécies no ecossistema, metabólitos secundários são

utilizados em escala industrial para a produção de inseticidas, corantes, flavorizantes,

aromatizantes e medicamentos (MARASCHIN; VERPOORTE, 1999). Existem vários

trabalhos que reportam a constituição fitoquímica de extratos vegetais, mas poucos estudos

reportam quais são as substancias responsáveis pelas atividades antimicrobianas destes

compostos. Portanto, é fundamental conhecer a classe dos componentes ativos através de

técnicas espectrométricas (MOREIRA et al., 2007).

Óleos essenciais são substâncias com alta volatilidade, odoríferas, líquidas e

lipofílicas, resultantes do metabolismo secundário das plantas e apresentam um elevado

potencial biológico, principalmente quanto à atividade antibacteriana e antifúngica. Do

ponto de vista farmacológico podem conter mais de 100 compostos orgânicos, sendo

terpenos e fenilpropenos os mais encontrados (CASTRO et al., 2004). Seu uso como

agentes medicinais é conhecido desde a antiguidade, em geral os óleos essenciais podem

apresentar propriedades antimicrobiana, anti-inflamatória, antisséptica, antioxidantes,

antifúngica, anticarcinogênicos entre outros, sendo produtos purificados e de alto efeito

comercial nas indústrias farmacêuticas, alimentícia, entre outras (SKOCIBUSI´C; BEZIC;

DUNKIC, 2006).

O Brasil, detentor da maior floresta equatorial e tropical úmida do planeta, possui

uma grande diversidade genética vegetal ainda pouco explorada. Dados revelam que

apenas 15 a 17% das plantas foram estudadas quanto ao seu potencial medicinal (PINTO et

al, 2002). Essa grande diversidade genética vegetal que representa aproximadamente um

terço da flora mundial é promissora em compostos com potencial bioativo (YUNES et al,

2001). Essa riqueza necessita ser mais explorada, pois compostos potencialmente úteis

podem ser perdidos, deixando de serem descobertos, devido à extinção de algumas

espécies (PATINÕ; CUCA, 2011).

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A Organização Mundial de Saúde, desde 1977, incentiva estudos que avaliem

cientificamente os benefícios e riscos do uso tradicional de plantas como medicamentos.

São necessárias evidências laboratoriais e clínicas a respeito da eficácia dessas plantas

medicinais utilizadas tradicionalmente pela população (LOGUERCIO et al, 2005).

Metabólitos secundários, produzidos por algumas espécies de plantas, são alvos de

maior interesse, pois agem como substâncias de defesa contra micro-organismos

patogênicos, insetos e animais herbívoros. Possuem composição química variada com

presença de terpenóides, alcalóides e cumarinas, que apresentam, com freqüência,

atividade antimicrobiana (RESCHKE et al, 2007).

Com esta perspectiva, é fundamental avaliar, a partir de técnicas microbiológicas

modernas e padronizadas, a atividade de extratos vegetais e óleos essenciais sobre

diferentes sorotipos de Salmonella e diferentes patógenos comumente relacionados com

doenças hospitalares.

2.3 Avaliação da atividade antimicrobiana

Atualmente, existem vários métodos para avaliar a atividade antimicrobiana e

antifúngica dos extratos vegetais e óleo essencial, sendo que os mais conhecidos incluem:

método de difusão em ágar e o método de diluição em caldo (OSTROSKY et al., 2008).

São técnicas usualmente aceitas internacionalmente para medir quantitativamente a

atividade in vitro de um agente antimicrobiano contra um determinado isolado bacteriano,

sendo estas técnicas padronizadas para o uso de antimicrobianos comerciais (CLSI, 2003;

CLSI, 2006).

Pesquisas realizadas anteriormente por diversos autores com o objetivo de avaliar

métodos de avaliação de extratos vegetais e óleo essencial, sugerem uso de diferentes

metodologias para que os resultados possam ser comparados com estudos de diferentes

grupos de pesquisas (OSTROSKY et al., 2008; OTHMAN et al., 2011).

2.4 Cromatografia

Os óleos essenciais podem conter de 20 a 60, ou ainda mais, compostos diversos e

nas mais variadas concentrações (BAKKALI et al., 2008). A análise dos óleos essenciais

requer a aplicação de métodos analíticos atuais e instrumentação adaptada que permitam

avaliar a qualidade do óleo essencial e garantir a identificação de seus constituintes.

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6

A cromatografia pode ser acoplada a diferentes sistemas de detecção, e trata-se de

uma das técnicas analíticas mais utilizadas e de melhor desempenho. O acoplamento do

cromatógrafo com um espectrômetro de massas (CG-EM) associa as vantagens da

cromatografia, que é a alta seletividade e eficiência de separação, com as vantagens da

espectrometria de massas, que é obtenção de informação estrutural, massa molar e aumento

adicional da seletividade. Esta técnica permite a separação dos constituintes pela

cromatografia gasosa, que são introduzidos individualmente em ordem de eluição na

câmera de ionização do espectrômetro de massas. O espectro de massas obtido para cada

um dos constituintes geralmente indica a massa molecular e o seu padrão de fragmentação.

O padrão de fragmentação pode ser comparado eletronicamente com aqueles constantes da

biblioteca de espectros de massas (AVATO et al., 2005).

Desse modo, é possível resolver picos cromatográficos parcialmente superpostos.

Assim, a espectrometria de massas acoplada à cromatografia gasosa fornece as

fragmentações dos componentes individuais separados (TAVARES et al., 2005).

A CG-EM é aplicável a compostos voláteis (como os óleos essenciais) e

termicamente estáveis nas temperaturas relativamente elevadas empregadas durante o

processo de separação cromatográfica (ARDREY, 2003).

A identificação de componentes de óleos voláteis tem feito o uso de CG e de CG-

MS em associação com a determinação do índice de Kovats. Este procedimento vem sendo

aplicado com sucesso na identificação de substâncias de estruturas conhecidas porque, em

sua maioria, os dados gerados podem ser comparados diretamente com os valores de tempo

de retenção (índice de retenção) obtidos em colunas de polaridades diferentes e com os

espectros de massas dos constituintes voláteis publicados (ADAMS, 2007).

2.5 Atividade Antioxidante

Um antioxidante é uma substancia sintética ou natural acrescida em produtos para

prevenir ou retardar a deterioração desses produtos através da ação do oxigênio presente no

ar. Para bioquímica e a medicina, os antioxidantes são enzimas ou substancias orgânicas,

como vitamina E ou β-caroteno, capazes de atuar contra os danos da oxidação nos tecidos

animais. Os antioxidantes naturais ou sintéticos interferem na participação do oxigenio e

atuam como inibidores de reação, fazendo papel ou de doadores de hidrogênio ou de

receptores de raicais livres dos ádicos graxos. (HUANG et al., 2005).

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Os antioxidantes podem ser classificados em dois grupos: primários e secundários.

Os primários são aqueles que interrompem a cadeia de reações envolvidas na oxidação

lipídica através da doação de elétrons ou hidrogênio aos radicais livres, fazendo assim a

conversão deles em produtos mais estáveis. Os secundários são compostos que reduzem ou

diminuem a taxa de iniciação da oxidação, através da decomposição de hidroperóxidos

(SHAHIDI; NACZK, 2004).

A medida da habilidade antioxidante reflete a ação acumulada de todos os

antioxidantes que estiverem presentes em um extrato ou amostra biológica,

proporcionando, desta forma, uma analise de parâmetros associados. A capacidade

antioxidante pode ser considerada um marcador sensível e confiável para detectar

mudanças no estresse oxidativo in vivo, provendo ajuda no esclarecimento de fatores

fisiológicos e nutricionais importantes, e ainda, suprindo informações sobre absorção e

biodisponibilidade de compostos antioxidantes (GHISELLI et al., 2000).

Portanto, o interesse pela pesquisa sobre novos antioxidantes naturais tem

aumentado nos últimos anos, levando as indústrias de alimentos, de cosméticos e

farmacêuticos a ter maior atenção em novas fontes, principalmente às de origem vegetal.

Os antioxidantes vegetais são de natureza muito variada, mas os compostos fenólicos têm

sido apontados como responsáveis por maior capacidade antioxidante, sendo representados

pelos flavonóides e isoflavonóides, taninos, lignanas, xantonas e outros (RAZAVI et al.,

2008).

São várias as metodologias utilizadas para determinar a capacidade antioxidante de

uma amostra, portanto estão sujeitas a interferências e também se baseiam em diversos

fundamentos. Um método frequentemente utilizado para avaliar a capacidade antioxidante

se dá através da medição do sequestro de radicais livres. Ele se fundamenta na habilidade

de antioxidantes, que estão presentes na amostra, se ligarem com o DPPH, um radical

orgânico e estável. É um método tecnicamente rápido e não detecta agentes pró oxidantes,

sendo que determina apenas o poder redutor dos compostos analisados (BRAND-

WILLIANS et al 1995). Este método foi primeiramente descrito por Brand-Willians (1995)

e baseia-se na capacidade redutora dos antioxidantes presentes em uma amostra sobre o

DPPH, radical orgânico e estável, através de uma reação de transferência de elétrons, a

qual é medida através do decréscimo da absorbância a 515nm.

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3. Capítulo 1: Composição química, atividade antimicrobiana e antioxidante de óleo 1

essencial e diferentes extratos vegetais de Prunus myrtifolia (L.) Urb. 2

3

Composição química, atividade antimicrobiana e antioxidante de óleo 4

essencial e diferentes extratos vegetais de Prunus myrtifolia (L.) Urb. 5

6

Journal of Food, Agriculture & Environment 7

8

9

10

Laís Dayane Weber, Fabiana Gisele da Silva Pinto, Mayara Camila Scur, Juliete Gomes de 11

Lara de Souza, Willian Ferreira da Costa 12

Weber, L.D.; Pinto, F.G.S.; Scur, M.C.; Souza, J.G.L.; Costa, W.F. 13

14

15

RESUMO 16

No presente estudo determinou-se a composição química de diferentes extratos 17

vegetais (aquoso, etanolico, acetato de etila e hexanico) e do óleo essencial de Prunus 18

myrtifolia (L.) Urb. (pessegueiro-bravo), através da triagem fitoquímica e CG/MS 19

respectivamente, bem como seu efeito antimicrobiano contra micro-organismos 20

patogênicos Pseudomonas aeruginosa (ATCC 27853), Salmonella Typhimurium (ATCC 21

14028), Proteus mirabilis (ATCC 25933), Klebsiella pneumoniae (ATCC 13883), 22

Escherichia coli (ATCC 25922), Enterococcus faecalis (ATCC 19433), Staphylococcus 23

epidermidis (ATCC 12228), Staphylococcus aureus (ATCC 25923), Bacillus subtillis 24

(CCD-04) e Candida albicans (ATCC 10231) através da determinação dos valores de 25

Concentração Inibitória Mínima (CIM) e Concentração Bactericida Mínima (CBM) 26

utilizando a técnica de diluição em caldo; e por fim buscou-se avaliar a atividade 27

antioxidante dos extratos vegetais e óleo essencial pelo método de captura de radicais 28

livres DPPH (2,2difenil-1-picril-hidrazil). De maneira geral através da triagem fitoquimica 29

dos extratos verificou-se a presença de de metabolitos secundários como, flavonoides, 30

taninos (etanolico e aquoso), triterpenoides e saponinas (etanolico), que já se mostraram 31

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ativas em diferentes estudos descritos na literatura. Em relação ao extrato hexânico 32

ausência de metabólitos secundários com atividade bacteriana. A maior classe de 33

compostos voláteis identificados no óleo de Prunus myrtifolia benzaldeido (97%) seguido 34

de 3-hexen-1-ol (0.07%) e Benzil e Benzoato (0.09%). Em sequência determinou-se o 35

efeito antimicrobiano para todos os produtos vegetais, exceto hexânico com uma discreta 36

tendência de maior susceptibilidade para as cepas Gram positivas. Os resultados apontam o 37

extrato aquoso e etanolicos como os mais efetivos os patógenos testados. Em relação ao 38

óleo, apresentou atividade antimicrobiana frente a todos patógenos avaliados. Em uma 39

terceira etapa do estudo verificou-se atividade antioxidantes entre os extratos aquoso, 40

etanolico e acetato de etila, sendo detectados baixos valores em relação ao extrato hexanico 41

e óleo essencial. Pelos resultados obtidos ficou estabelecida a capacidade antimicrobiana 42

dos produtos vegetais testados, bem como foi possível determinar a atividade antioxidante 43

dos mesmos. 44

45

46

Palavras-chave: Salmonella, extratos vegetais, microdiluição, bactericida, bacteriostático. 47

48

49

50

INTRODUÇÃO 51

O Brasil possui a maior floresta equatorial e tropical úmida do planeta e 52

consequentemente uma grande diversidade genética vegetal pouco explorada. Em relação 53

ao potencial medicinal, apenas aproximadamente 17% das plantas foram estudadas 54

(PINTO et al, 2002). Devido essa grande diversidade o Brasil ganhou destaque na busca 55

por compostos com potencial bioativo (YUNES et al, 2001). Sendo necessária a 56

exploração desses vegetais, pois compostos potencialmente úteis podem ser perdidos, 57

deixando de serem descobertos, devido à extinção de algumas espécies (PATINÕ; CUCA, 58

2011). 59

A família Rosaceae compreende cerca de 100 gêneros e 3.000 espécies, sendo uma 60

das principais famílias do ponto de vista econômico, concentrada no Hemisfério Norte, 61

com poucas espécies nativas no Brasil (SOUZA; LORENZI, 2005). Fornece espécies que 62

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detêm grande potencial nutricional e farmacológico sendo utilizadas na medicina popular 63

para o tratamento de diversas enfermidades e para a manutenção de boas condições de 64

saúde. O gênero Prunus é constituído por aproximadamente 130 espécies que ocorrem nas 65

regiões Norte, Sul e Sudeste do Brasil. Diversas frutas introduzidas e consumidas no Brasil 66

pertencem ao gênero Prunus, encontram-se o pêssego (P. persica), nectarina (P. persica 67

var. nucipersica), ameixa (P. domestica), amêndoa (P. dulcis) e a cereja (P. avium, P. 68

cerasus) (JUDD et al., 2002; SOUZA; LORENZI, 2005). 69

Quanto às espécies nativas do gênero Prunus, merece destaque Prunus myrtifolia 70

(L.) Urb. por ser uma espécie de ampla distribuição geográfica, (SOUZA; LORENZI, 71

2005), que possui como sinonimos Prunus sphaerocarpa Hook e Prunus sellowii Koehne. 72

P. myrtifolia é conhecida popularmente como pessegueiro-bravo, pessegueiro-do-mato, 73

miguel-pintado, coração-de-negro, marmelo-do-mato, coração-de-bugre, varova, varoveira 74

(LORENZI, 1992). 75

Nos últimos anos, a composição química, propriedades antibacterianas e 76

antioxidantes dos vegetais ganharam interesse na busca por produtos alternativos. Os óleos 77

essenciais podem conter de 20 a 60, ou ainda mais, compostos diversos e nas mais variadas 78

concentrações (BAKKALI et al., 2008). A análise requer a aplicação de métodos analíticos 79

atuais e instrumentação adaptada que permitam avaliar a qualidade do óleo essencial e 80

garantir a identificação de seus constituintes. Os metabólitos secundários, produzidos por 81

algumas espécies de plantas, são alvos de maior interesse, pois agem como substâncias de 82

defesa contra micro-organismos patogênicos, insetos e animais herbívoros. Possuem 83

composição química variada com presença de terpenóides, alcalóides e cumarinas, que 84

apresentam, com frequência, atividade antimicrobiana (RESCHKE et al, 2007). 85

Com o desenvolvimento progressivo da resistência aos antimicrobianos sintéticos, 86

as propriedades biológicas dos produtos vegetais vêm sendo estudadas em busca de 87

produtos alternativos com ação antimicrobiana (ARYA et al, 2010). Neste contexto, os 88

extratos vegetais e óleos essenciais destacam-se como eficientes antimicrobianos e a partir 89

disso, surgiu-se a curiosidade e necessidade de conhecer melhor as características dos 90

vegetais e constatação do potencial antimicrobiano dos extratos e óleos essenciais 91

(NUNES et al., 2006; ALMEIDA et al., 2006; ARRUDA et al., 2006). 92

A busca por novos antioxidantes naturais tem aumentado nos últimos anos, levando 93

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11

as indústrias de alimentos, de cosméticos e farmacêuticos voltar pesquisas para material de 94

origem vegetal. Os antioxidantes vegetais são de natureza muito variada, mas os 95

compostos fenólicos têm sido apontados como responsáveis por maior capacidade 96

antioxidante, sendo representados pelos flavonóides e isoflavonóides, taninos, lignanas, 97

xantonas e outros (RAZAVI et al., 2008). 98

No presente estudo, determinou-se a composição química dos extratos vegetais e do 99

óleo essencial de Prunus myrtifolia (L.) Urb. (pessegueiro-bravo), bem como seu efeito 100

antimicrobiano contra micro-organismos patogênicos Pseudomonas aeruginosa ATCC 101

27853, Salmonella Typhimurium ATCC 14028, Proteus mirabilis ATCC 25933, 102

Klebsiella pneumoniae ATCC 13883, Escherichia coli ATCC 25922, Enterococcus 103

faecalis ATCC 19433, Staphylococcus epidermidis ATCC 12228, Staphylococcus aureus 104

ATCC 25923, Bacillus subtillis CCD-04 e Candida albicans ATCC 10231; e por fim 105

buscou-se avaliar a atividade antioxidante dos extratos vegetais e óleo essencial. 106

107

MATERIAL E MÉTODOS 108

Material Vegetal 109

Folhas de Prunus myrtifolia foram coletadas na região Oeste do Paraná, Brasil. As 110

coletas foram realizadas de janeiro a fevereiro de 2013, sempre pelo período da manhã, de 111

acordo com a distribuição natural e disponibilidade da espécie. O material foi identificado 112

pela profª Drª Livia Godinho Temponi e incorporado no Herbário da Universidade 113

Estadual do Oeste do Paraná (UNOP). 114

As folhas coletadas foram secas em estufa com circulação de ar a 40 °C por 48h e 115

trituradas em moinho elétrico de facas. O pó da planta foi armazenado em recipiente 116

escuro, hermeticamente fechado, até ser usado para produção dos extratos e triagem 117

fitoquímica. 118

Obtenção do extrato aquoso 119

20 g de pó seco das plantas foi adicionado em 100 mL de água destilada e mantido 120

em agitador rotativo a 220 x g durante 24 h. Em seguida o material foi filtrado em papel de 121

filtro Whatman nº 1 e centrifugado a 5000 x g durante 15 min. O sobrenadante foi 122

recolhido, obtendo-se, desta forma, o extrato na concentração final de 200 mg/mL. Os 123

extratos obtidos foram armazenados em frascos hermeticamente fechados, sob abrigo da 124

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luz a uma temperatura de 4º C (BONA et al., 2010). 125

Obtenção dos extratos orgânicos 126

Os extratos orgânicos foram obtidos segundo a metodologia descrita por Ceyahn et 127

al. (2012). Etanol (95%), acetato de etila e hexano foram utilizados como solventes 128

orgânicos. A partir de 10g de pó seco das plantas foi adicionado em 100 mL de solvente 129

orgânico e levado a um agitador rotativo a 220 x g por 24 h. Em seguida foi filtrado em 130

papel filtro Whatman nº 1 e centrifugado a 5000 x g durante 15 minutos. O sobrenadante 131

foi recolhido e submetido a roto-evaporadoção a temperatura máxima de 40ºC (Laboratório 132

de Farmacognosia, UNIOESTE), a fim de se retirar o solvente. O extrato obtido foi diluído 133

com água destilada estéril seguindo a proporção do seu peso, resultando em uma 134

concentração final de 400 mg/mL. Os extratos obtidos foram armazenados em frascos 135

hermeticamente fechados, sob abrigo da luz a uma temperatura de 4ºC. 136

Triagem fitoquímica 137

Os principais metabólitos secundários foram detectados de acordo com 138

metodologia desenvolvida por Wall et al (1954); Barbosa-Filho et al (1984) e Agra et al 139

(1990) na classificação química de 4.000 plantas diferentes, com modificações. 140

Extração óleo essencial 141

70 g de folhas frescas de Prunus myrtifolia foram submetidos a metodologia padrão 142

de arraste por vapor d’água durante 3 horas utilizando o equipamento tipo Clevenger. O 143

óleo foi recolhido diretamente sem a adição de qualquer solvente, e armazenado em frascos 144

escuros a 4 ° C. 145

Análise da composição química 146

Os constituintes do óleo essencial foram identificados através da cromatografia em 147

fase gasosa acoplada à espectrometria de massas (CG-EM) e pela determinação de seus 148

índices de retenção de Kovats (IK). 149

Cromatografia em fase gasosa acoplada ao espectrômetro de massas 150

As análises de GC-MS foram realizadas no Laboratório de Cromatografia Gasosa 151

acoplada à Espectrometria de Massas – COMCAP, Universidade Estadual de Maringá 152

(UEM), Paraná, Brasil. 153

A análise do óleo da Prunus myrtifolia foi realizada empregando um sistema CG-154

MS Thermo-Finigan, sendo realizadas em um sistema composto por um cromatógrafo em 155

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13

fase gasosa FOCUS GC (Thermo Electron), acoplado a um espectrômetro de massas DSQ 156

II (Thermo Electron), empregando um detector com fonte de ionização por impacto de 157

elétrons de 70V e analisador de massas do tipo quadrupolo. As amostras foram injetadas 158

por um sistema automático de injeção modelo Triplus (Thermo Electron). O programa 159

“Xcalibur” (“Thermo Electron”) foi empregado para à aquisição e processamento dos 160

dados. 161

A separação cromatográfica foi realizada por uma coluna capilar de sílica fundida 162

DB-5ms da “J&W Scientific” (30 m de comprimento, 0,25 mm de diâmetro interno e 0,25 163

µm de fase estacionária de composição de 5% fenil e 95% dimetilpolissiloxano). O gás de 164

arraste empregado foi o gás hélio 5.0. 165

A temperatura do injetor foi de 250 °C e a vazão do gás de arraste foi mantida 166

constante a 1,0 mL.min-1

. A amostra e os padrões dos alcanos foram injetados no modo 167

split com na razão de 1:25. A programação de temperatura empregada foi: temperatura 168

inicial 50 oC mantida por 2 min, aumento da temperatura para 180

oC a uma razão de 2,0 169

oC.min

-1 seguida de aumento para 290

oC a uma razão de 5,0

oC.min

-1. A interface entre o 170

CG e o EM foi mantida em 270 °C e a temperatura da fonte de ionização do espectrômetro 171

de massas foi de 250 °C. A faixa da razão massa/carga monitorada foi de 50-500 m/z. 172

Índice de retenção de Kovats 173

O cálculo do índice de retenção de Kovats foi baseado no emprego de uma mistura 174

de padrões de alcanos (C7 a C28). As amostras foram diluídas em n-hexano e analisada. 175

Os índices de retenção dos compostos foram determinados com a equação proposta por 176

(VAN DEN DOOL; KRATZ, 1963): 177

A identificação dos componentes foi baseada na comparação de seus espectros de 178

massas com os obtidos através dos espectros de massas da biblioteca espectral “NIST MS 179

Search 2.0” contida no software “Xcalibur” que acompanha o equipamento e pela 180

comparação dos seus índices de retenção de Kovats, obtidos experimentalmente, com os 181

dados de índice de retenção de Kovats obtidos na literatura para os mesmos compostos 182

analisados empregando a mesma coluna. 183

Micro-organismos utilizados 184

Para a realização do teste da atividade antimicrobiana do óleo essencial e extratos 185

vegetais de Prunus myrtifolia foram utilizados 5 patógenos Gram negativo, sendo eles, 186

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Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853, Salmonella Typhimurium ATCC 14028, Proteus 187

mirabilis ATCC 25933, Klebsiella pneumoniae ATCC 13883 e Escherichia coli ATCC 188

25922; 4 patógenos Gram positivo, Enterococcus faecalis ATCC 19433, Staphylococcus 189

epidermidis ATCC 12228, Staphylococcus aureus ATCC 25923 e Bacillus subtillis CCD-190

04 e Candida albicans ATCC 10231 como levedura. 191

Os micro-organismos previamente mantidos a -20 °C foram recuperadas em meio 192

enriquecido, “Brain Heart Infusion” (BHI) e incubados a 36 °C por 24h. Após esse 193

período, foram ressuspensas em solução salina estéril a 0,9% (p/v) para se obter o inóculo 194

padrão a uma concentração de 1x108 UFC/mL na escala de MacFarland. Posteriormente 195

foram realizadas diluições em solução salina estéril (0,9% p/v) a fim de se obter um 196

inóculo final na concentração de 1x105 UFC/mL. Com exceção da Candida albicans que é 197

utilizada na concentração final de 1x106 UFC/mL. 198

Determinação da Concentração inibitória mínima (CIM) 199

Óleo essencial 200

A CIM do óleo essencial foi determinada pela técnica de microdiluição em caldo 201

proposta por Santurio et al. (2011) com modificações. Após pesagem de 70 mg do óleo 202

essencial foi diluído com metanol até atingir a concentração de 70 mg.mL-1

(solução I). A 203

seguir, foi diluído na proporção de 1:10 em Caldo Muller-Hinton (MH) para todos os 204

micro-organimos exceto Candida albicas que utilizou-se RPMI, obtendo-se a concentração 205

de 7000 µg.mL-1

(solução II). Com base no documento M31-A3 do CLSI (2008), volumes 206

de 100 µL da solução II foram adicionados ao primeiro poço e, após homogeneização, 207

realizou-se diluições sucessivas obtendo-se concentrações finais de 13.67 a 3500 µg.mL-1

. 208

Alíquotas (10 µL) da diluição dos micro-organismos foram distribuídas em cada poço já 209

contendo o óleo essencial em suas diluições finais. As placas foram incubadas a 36 °C por 210

24 h. Após avaliação visual dos resultados, cada poço recebeu uma alíquota de 10 µL de 211

cloreto trifenil de tetrazólio (CTT) a 0,5%, re-incubaram por 3h a 36 °C. A CIM foi 212

definida como a menor concentração do extrato em mg.mL-1

capaz de impedir o 213

crescimento microbiano (SARTORATTO et al., 2004). 214

Extratos vegetais 215

A CIM dos extratos foi determinada pela técnica da microdiluição em caldo 216

proposta por Ayres et al. (2008). Alíquotas (10 µL) da diluição foram distribuídas em 217

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placas de 96 poços de microtitulação contendo 150 µL de caldo MH (concentração dupla), 218

com a adição anterior dos extratos. Os extratos foram diluídos em concentrações entre 0,04 219

e 100 mg/mL para o extrato aquoso, entre 0,035 e 75 mg/mL

para o extrato etanólico e 220

acetato de etila entre 0,0012 e 3 mg/mL para o extrato hexânico. As placas foram 221

incubadas a 36 °C por 24 h. Após avaliação visual seguiu-se os mesmos padrões de 222

avaliação que óleo essencial. 223

Determinação da Concentração bactericida mínima (CBM) 224

A CBM foi determinada com base na metodologia descrita por SANTURIO et al. 225

(2007). A partir dos poços onde não houve crescimento bacteriano visível no teste da CIM, 226

anterior a adição de CTT, foi retirada uma alíquota de 10 μL e inoculada na superfície do 227

ágar MH. As placas foram incubadas por 24h a 36 ºC e após foi definida a CBM como a 228

menor concentração do extrato capaz de causar a morte do inóculo. Os ensaios de CIM e 229

CBM foram realizados em triplicata. 230

Água destilada, etanol, acetato de etila e hexano foram usados como controle 231

negativo. Gentamicina foi utilizada como controle positiva para as bactérias e Nistatina 232

para C. albicans (Tabela 1). Os antimicrobianos sintéticos foram testados nas 233

concentrações de 0.78 a 100 mg/mL. 234

Tabela 1. Concentração inibitória mínima (CIM) e Concentração bactericida mínima

(CBM) de água destilada, solventes orgânicos e antimicrobianos referência frente a micro-

organismos patogênicos.

CIM/CBM (mg/mL)

Micro-organimos Água

Destilada Etanol

Acetato de

etila Hexano Gentamicina Nistatina

P. aeruginosa ATCC 27853 Na Na Na Na 6.25/6.25 Nt

S. Typhimurium ATCC 14028 Na Na Na Na 3.125/6.25 Nt

P. mirabilis ATCC 25933 Na Na Na Na 6.25/6.25 Nt

K. pneumoniae ATCC 13883 Na Na Na Na 6.25/6.25 Nt

E. coli ATCC 25922 Na Na Na Na 6.25/6.25 Nt

E. faecalis ATCC 19433 Na Na Na Na 3.125/6.25 Nt

S. epidermidis ATCC 12228 Na Na Na Na 6.25/6.25 Nt

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S. aureus ATCC 25923 Na Na Na Na 6.25/6.25 Nt

B. subtillis CCD-04 Na Na Na Na 6.25/6.25 Nt

C. albicans ATCC 10231 Na Na Na Na Nt 6.25/6.25

*Na: Sem atividade; Nt: não foi testado

Atividade antioxidante 235

A atividade antioxidante foi determinada pelo método de captura de radicais livres 236

DPPH (2,2difenil-1-picril-hidrazil) baseado na metodologia preconizada por Scherer e 237

Godoy (2009) com modificações. Para a análise das amostras, 0,1 mL de cada diluição das 238

amostras ou padrões foram adicionados em tubos de ensaio que continham 3,9 mL do 239

radical DPPH (0,2 mM) diluído em metanol e homogeneizados em agitador de tubos. Para 240

o controle negativo, foi utilizado 0,1 mL de solução controle (álcool metílico, acetona e 241

água) com 3,9 mL do radical DPPH e homogeneizados. Como controle positivo utilizou-se 242

o antioxidante sintético BHT (butil hidroxi tolueno) e seguiu-se o mesmo procedimento do 243

controle negativo. Como branco foi utilizado álcool metílico, afim de calibrar o 244

espectrofotômetro. Todas as análises foram realizadas em triplicata. As leituras (λ = 515 245

nm) foram monitoradas a cada 30 minutos, até a estabilização da absorbância. 246

O índice DPPH foi calculado através da equação 1: I (%) = [(Abs0 -Abs1) /Abs0] 247

x100, onde Abs0 é a absorbância do branco e Abs1 é a absorbância da amostra. 248

Para o cálculo dos valores de IC50 (concentração do óleo/extrato necessário para 249

reduzir 50% do radical DPPH), utilizou-se as equações 250

251

252

RESULTADOS E DISCUSSÃO 253

Os testes realizados, na triagem fitoquímica (Tabela 2), revelaram que o extrato 254

aquoso apresenta apenas a classe dos taninos e flavonoides. O extrato etanolico foi o que 255

revelou maior número de classes de substâncias: taninos, saponinas, terpenos e 256

flavonoides. O extrato com o solvente acetato de etila revelou apenas a classe de 257

substancias dos flavonoides e o extrato hexânico não apresentou resultado positivo para as 258

classes de substanciais testadas. 259

Tabela 2. Classes de metabólitos secundários identificados nos diferentes 260 extratos de Prunus myrtifolia 261

EXTRATOS

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Classes de

metabólitos

Aquoso Etanolico Acetato de

Etila

Hexânico

Taninos + + - -

Alcaloides - - - -

Cumarinas - - - -

Saponinas - + - -

Antocianinas - - - -

Antocianidinas - - - -

Flavonoides + + + -

Triterpenoides - + - -

Esteroides - - - - *- ausente + presente 262

263

Sabe-se que a constituição química de Rosaceae inclui especialmente taninos (OKUDA 264

et al., 1992), flavonóides (HARBONE, 1988; CHALLICE et al., 1972), além de triterpenos 265

e esteróides (WALLAART, 1980). 266

A maior classe de compostos voláteis identificados no óleo de Prunus myrtifolia 267

pertence aos aldeidos os quais representaram cerca de 97% da área total de picos. Em 268

sequência foram identificados em porcentagens inferiores as classes de álcoois (3-hexen-1-269

ol) e ésteres (Benzil e Benzoato) com 0,07 e 0,09% de área total de pico, respectivamente. 270

(Tabela 3). 271

Tabela 3. Composição química do óleo essencial de Prunus myrtifolia 272

Componentes Area (%) IK* IK** TR*

3-Hexen-1-ol 0.07 852 845(1)

5.74

Benzaldeido 96.96 964 962(2)

10.22

Benzil, benzoato 0.09 1759 1765(3)

57.22 * IK – índice de Kovats calculado ** IK – índice de Kovats literatura *Tempo de retenção 273

274 A principal classe de compostos voláteis no óleo do gênero Prunus é aldeídos, 275

tendo como composto majoritário Benzaldeido em sua composição química (MAIA; 276

GODOY, 1984; IBARRA-ALVARADO et al., 2009). O benzaldeído é resultado da 277

hidrólise enzimática de amigdalina, que ocorre com a liberação de cianeto de hidrogênio e 278

duas moléculas de glicose (TATSUMA et al., 1998). Além disto, o benzaldeido é um dos 279

principais componentes responsáveis pelo odor característico dos óleos essenciais 280

(KERDOGAN-ORHAN e KARTAL, 2011). Diversas atividades biológicas, como 281

antimicrobiana e antifúngica, são atribuídas a presença de compostos como benzaldeido 282

(DU et al., 2002; FUJI et al., 2005). 283

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Os resultados presentes na Tabela 4 indicam que o óleo essencial e extratos 284

apresentaram atividade antimicrobiana para todas as cepas testadas, embora para o extrato 285

hexânico a CBM foi maior do que o limite de detecção. 286

Tabela 4. Concentração inibitória mínima (CIM) e Concentração bactericida mínima

(CBM) de óleo essencial e extratos vegetais de Prunus myrtifolia frente a micro-organismos

patogênicos.

CIM/CBM (mg/mL)

Micro-organimos

Óleo

essencial

(µg/mL)

Aquoso Etanolico Acetato de

Etila Hexânico

P. aeruginosa ATCC 27853 3500/3500 12.5/12.5 9.38/18.75 37.5/75 3/>LD

S. Typhimurium ATCC 14028 1750/3500 12.5/25 18.75/37.5 150/150 3/>LD

P. mirabilis ATCC 25933 3500/7000 12.5/12.5 18.75/18.75 37.5/75 3/>LD

K. pneumoniae ATCC 13883 3500/7000 12,5/12,5 18.75/37.5 37.5/37.5 3/>LD

E. coli ATCC 25922 1750/7000 12.5/25 9.38/37.5 37.5/75 3/>LD

E. faecalis ATCC 19433 1750/7000 12.5/25 9.38/18.75 9.38/18.75 3/>LD

S. epidermidis ATCC 12228 3500/7000 1.56/1.56 1.18/2.35 4.69/9.38 3/>LD

S. aureus ATCC 25923 3500/7000 0.04/0.09 0.07/0.15 2.34/4.68 3/>LD

B. subtillis CCD-04 3500/7000 3.13/6.25 4.69/4.69 4.69/9.38 3/>LD

C. albicans ATCC 10231 3500/7000 6.25/6.25 4.69/9.37 9.38/9.38 3/>LD

>LD: Maior que o limite de detecção

O óleo essencial apresentou atividade bacteriostática de 1750 a 3500 µg/mL 287

enquanto sua atividade bactericida foi em sua maioria de 7000 µg/mL, sendo que apenas P. 288

aeruginosa e S. Typhimurium apresentaram CBM de 3500 µg/mL. A atividade encontrada 289

no óleo pode ser devido à presença em sua composição do benzaldeido. Segundo Alanri et 290

al. (2012) derivados de benzaldeido são amplamente utilizados como compostos 291

antimicrobianos de modo ambientalmente seguro, considerando seu amplo espectro de 292

efeito inibidor, que são empregados como agente bactericida e fungicida. Benzaldeídos 293

assemelham fenóis na atividade antibacteriana interagindo com a superfície da célula e 294

levando a morte celular por meio da desintegração da membrana celular e liberação de 295

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19

componentes intracelulares (ALANRI et al., 2012). 296

Em relação a atividade antimicrobiana encontrada nos extratos verificou-se uma 297

variação frente aos diferentes extratores utilizados. Para extrato aquoso observou-se 298

variação na CIM de 0.04 a 12.5 mg/mL e CBM de 0.09 a 25 mg/mL. O extrato etanolico 299

apresentou atividade bacteriostática variando entre 0.07-18.75 mg/mL e bactericida entre 300

0.15-37.5 mg/mL. O extrato de acetato de etila apresentou valores de CIM de 2.34 a 150 301

mg/mL e CBM de 4.68 a 150 mg/mL. E por fim, para o extrato hexânico todas as cepas 302

apresentaram valores de CIM de 3 mg/mL contudo a atividade bactericida não foi 303

detectada na concentração testada. 304

Yigit, et al. (2009) reportaram antibacteriana para os extratos etanolicos e aquosos 305

de Prunus armeniaca L. kernels frente a Gram negativa e positiva e a leveduras como 306

Candida albicans, corroborando com os dados encontrados em nossa pesquisa. 307

A atividade antibacteriana observada nos extratos aquoso, etanolico e acetato de 308

etila (Tabela 2) pode estar relacionada a presença de metabolitos secundários como, 309

flavonoides, taninos (etanolico e aquoso), triterpenoides e saponinas (etanolico), que já se 310

mostraram ativas em diferentes estudos descritos na literatura (RECIO et al., 1989). Em 311

relação ao extrato hexânico a não detecção da atividade bactericida pode ser devido à 312

ausência de metabólitos secundários com atividade bacteriana. 313

Um crescente número de mecanismos de ação inibitória tem sido atribuído a 314

compostos ativos presentes nos extratos vegetais. TALEB-CONTINI et al (2003) 315

avaliaram a atividade antimicrobiana de flavonoides isolados e constataram sua atividade 316

antibacteriana, principalmente frente a micro-organismos Gram positivos. Os flavonoides 317

agem na célula bacteriana através de complexos entre proteínas e a parede celular 318

bacteriana, ocasionando seu rompimento (TAGURI et al., 2004). Os taninos agem nos 319

micro-organismos impedindo seu crescimento, através da formação de complexos entre o 320

mesmo e a parede celular ou enzimas extra celulares secretadas, fazendo com que ocorra a 321

inibição do transporte de nutrientes para a célula (McSWEENEY et al., 2001). Estudos 322

sugerem que o mecanismo de ação dos triterpenos nos micro-organismos está relacionado 323

ao rompimento de compostos lipofílicos das membranas microbianas (BAGAMBOULA et 324

al., 2004). As saponinas são compostos que também possuem atividades biológicas como, 325

antilevadura e antibacteriano, agindo nos esteróis da membrana ativamente (KILLEEN et 326

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al., 1998; SPARG et al., 2004) 327

No geral, os extratos aquoso e etanolico apresentaram melhores valores em 328

relação a CIM e CBM frente a todas as cepas testadas. Já o extrato acetato de etila 329

apresentou uma variação frente a atividade antimicrobiana em relação a Gram negativa, 330

onde apresentaram altos valores de CIM e CBM e em contrapartida as cepas Gram 331

positivas e leveduras quando analisados a CIM e CBM apresentaram maior suscetibilidade 332

ao extrato. A membrana externa tem constituição diferente conforme a bactéria seja Gram 333

negativa ou positiva. Entretanto, todas tem uma camada comum, o peptideoglicano que 334

serve como barreira de penetração para macromoléculas e compostos hidrofóbicos, e 335

consequentemente as tornam menos suscetíveis aos agentes antimicrobianos (TADEG et 336

al., 2005). Sendo justificada pela presença de flavonoides que possuem atividade 337

antimicrobiana principalmente em Gram positiva (TALEB-CONTINI et al., 2003). 338

O teste químico utilizado para a detecção de atividade antioxidante através do 339

sequestrador de radical DPPH, através do cálculo do índice de DPPH (Figura 1) e do IC50 340

(Tabela 5). 341

342

Figura 1. Índice de DPPH do óleo essencial e extratos vegetais de Prunus myrtifolia 343

nas diferentes concentrações testadas 344

345

346

347

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Tabela 4. IC50 do óleo essencial e extratos vegetais de Prunus myrtifolia nas diferentes 348

concentrações testadas 349

Testes IC50

Controle 191,5

BHT 11,54

Oleo 1 167,36

Oleo 2 179,11

Oleo 3 184,72

Aquoso 1 14,45

Aquoso 2 21,9

Aquoso 3 23

Etanolico 1 15,9

Etanolico 2 15,27

Etanolico 3 13,54

Acetato de etila 1 14,27

Acetato de etila 2 53

Acetato de etila 3 62,09

Hexano 1 186,36

Hexano 2 186,45

Hexano 3 187,18

350

Quanto ao índice de DPPH o extrato aquoso e etanolicos nas diferentes 351

concentrações testadas apresentaram porcentagem de sequestro de DPPH aproximadas as 352

porcentagens encontradas para o BHT, antioxidante sintético comercializado, utilizado 353

como controle positivo. Variando de 89.73 a 94.77%, enquanto o índice de sequestro para 354

o BHT foi de 95.83%. Em relação ao extrato de acetato de etila houve uma redução 355

significativa no índice de sequestro quando comparadas as diferentes concentrações 356

avaliadas. 357

Segundo GAO (1999), os compostos fenólicos, como flavonoides, triterpenos e 358

taninos são polares e doadores de elétrons, portanto excelentes antioxidantes. Compostos 359

estes que foram encontrados na triagem fitoquímicas dos extratos testados (Tabela 2). O 360

flavonoides podem bloquear em grande escala efeitos enzimáticos, inclusive os que estão 361

associados a divisão celular (HOLLMAN, 1999). Foram relatados dados 362

etnofarmacológicos na literatura do gênero Prunus sobre a relação da atividade 363

antioxidante correlacionada com a presença de flavonoides (WANG et al., 1999; 364

NAKATANI et al., 2000). YGIT et al. (2012) reportaram atividade antioxidante bastante 365

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significativa com valores de índice sequestro de DPPH iguais ou superiores aos 366

encontrados no BHT e extratos aquoso e etanolico. 367

O óleo essencial e extrato hexânico nas diferentes concentrações testadas 368

presentaram índice de DPPH relativamente baixos, não podendo ser detectada atividade. 369

Os valores encontrados no óleo essencial se devem a presença do seu composto 370

majoritário, benzaldeido, que conforme citado na literatura apresenta atividade 371

antioxidante de moderada a fraca (THANH; HOEI, 2012). Já o extrato hexânico 372

justificasse a ausência da atividade antioxidante devido à inexistência de metabolitos 373

secundários presentes no extrato que exerçam tal função. 374

Os valores do IC50 estão diretamente relacionados à porcentagem de sequestro do 375

DPPH, sendo inversamente proporcional (quanto maior o índice de sequestro menos o 376

IC50), portanto a relação dos dados permanece a mesma. 377

Gênero Prunus apresenta importância econômica na área de alimentos e 378

fitofármacos, sendo reportados na literatura mais de 100 patentes envolvendo diferentes 379

espécies de Prunus em sua formulação, com diversas finalidades: cosméticos clareadores 380

da pele (YAGI; NAGARUMA, 1998); protetores solares (HEO et al., 2001), como 381

alimento na pecuária (KHANAL, 2001), antimalárica (MUNOZ et al., 2000) e 382

hipotensivo (PIERONI, 2000). 383

Destaca-se a importância dos estudos fitoquímicos uma vez que através dos 384

mesmos justificam-se as atividades biológicas encontradas. Vale ressaltar a importância de 385

estudos preliminares para determinar a atividade desses compostos afim de que sirvam 386

como base para estudos posteriores a fim de isolar diferentes compostos com atividade 387

antimicrobiana. Em relação à atividade antioxidante ressalta-se a importância na 388

determinação da mesma uma vez que há necessidade de que o composto seja 389

antimicrobiano e antioxidante ao mesmo tempo. 390

391

392

CONCLUSÃO 393

O estudo químico de Prunus myrtifolia demonstra estar de acordo com relatos 394

encontrados na literatura no que concerne a química do gênero Prunus. Foram 395

identificados flavonoides, terpenoides, entre outros metabólitos especiais no extrato 396

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vegetal aquoso, etanolico e acetato de etila. Com relação ao óleo essencial como composto 397

majoritário foi encontrado o Benzaldeido. Em relação a atividade antimicrobiana os micro-398

organismos se mostraram suscetíveis quando avaliados frente aos extratos vegetais aquoso, 399

etanolico e acetato de etila e óleo essencial, demonstrando potencial efeito antimicrobiano 400

da Prunus myrtifolia. Quanto à atividade antioxidade, os extratos alcoolico, aquoso e de 401

acetato de etila expressaram valores significativos comparáveis a antioxidantes sintéticos. 402

403

404

AGRADECIMENTO (S) 405

A Capes, a Fundação Araucária e CNPq pelo financiamento e ao Parque Tecnológico 406

Itaipú pela bolsa. 407

408

409

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28

4. CAPÍTULO 2: Atividade Antimicrobiana de Extratos Vegetais de Seis Espécies 535

Nativas do Brasil no Controle de Salmonella de Origem Aviária. 536

537

Revista Brasileira de Plantas Medicinais 538

Atividade antimicrobiana de extratos vegetais de seis espécies nativas do Brasil no 539

controle de Salmonella de origem aviária. 540

[Antimicrobial activity of extracts from plants native to Brazil control of Salmonella 541

as avian origin] 542

543

RESUMO 544

Avaliou-se a atividade antimicrobiana in vitro dos extratos vegetais de seis plantas 545

nativas brasileiras frente a trinta e seis sorotipos de Salmonella de origem avícola. A 546

Concentração Inibitória Mínima (CIM) e a Concentração Bactericida Mínima (CBM) dos 547

extratos aquosos e etanólicos das plantas Maytenus aquifolium Mart. (espinheira-santa), 548

Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg (jabuticabeira), Ocotea spixiana (Nees) Mez. (canela-549

branca), Psidium guajava L. (goiabeira), e Ricinus communis L. (mamona) e Schinus molle 550

L. (aroeira) foram determinadas por meio da técnica de microdiluição em caldo. Observou-551

se a atividade antimicrobiana de todos os extratos testados, sendo os etanólicos mais 552

eficazes quando comparados aos aquosos. Os extratos etanólicos de M. cauliflora e 553

P.guajava, apresentaram as maiores atividades inibitórias. As CIMs variaram entre 1,56-554

100 mg.mL-1

e a CBM entre 3,13-100 mg.mL-1

. Esses resultados confirmaram o potencial 555

antimicrobiano desses extratos vegetais, os quais merecem novas pesquisas abordando sua 556

possível adição na alimentação de aves. 557

558

ABSTRACT 559

It was evaluated in vitro antimicrobial activity of extracts of six native Brazilian 560

plants against 36 serotypes of Salmonella from poultry products. The Minimum Inhibitory 561

Concentration (MIC) and minimum bactericidal concentration (MBC) of the ethanolic and 562

aqueous extracts of Maytenus aquifolium Mart. (thorn-saint), Myrciaria cauliflora (Mart.) 563

O. Berg (jabuticabeira), Ocotea spixiana (Nees) Mez. (cinnamon-white), Psidium guajava 564

L. (guava), Ricinus communis L. (castor) and Schinus molle L. (mastic-white) were 565

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29

determined by broth microdilution technique. It was observed antimicrobial activity of all 566

the extracts tested, ethanol being the most effective when compared to aqueous. Ethanol 567

extracts of M. cauliflora and P. guajava showed the highest inhibitory activity. The MIC 568

ranged from 1.56 to 100 mg.mL-1

and CBM from 3.13 to 100 mg.mL-1

. These results 569

confirmed the antimicrobial potential from these plant extracts, which deserve further 570

research addressing a possible addition in poultry feed. 571

572

Palavras-chave: Salmonella, extratos vegetais, microdiluição, bactericida, bacteriostático. 573

574

Key words: Salmonella, plant extracts, microdilution, bactericidal, bacteriostatic. 575

576

INTRODUÇÃO 577

O gênero Salmonella é um patógeno de difícil controle e comumente encontrado 578

em toda a cadeia de produção avícola e, consequentemente, na carne de frango, podendo 579

causar surtos de intoxicação alimentar em humanos e prejuízos econômicos à indústria 580

avícola (SHINOHARA et al., 2008). Fatores que contribuem para a patogenicidade de 581

Salmonella spp. são seu grande número de sorotipos, a capacidade de adaptação a vários 582

hospedeiros, além de sua predisposição de adquirir e transmitir alelos de resistência aos 583

antimicrobianos (EUROPEAN FOOD SAFETY AUTHORITY, 2008a). 584

Uma vez que o uso intensivo de agentes antimicrobianos conduziu a seleção de 585

Salmonella spp. resistentes, bem como a presença de resíduos destes agentes 586

antimicrobianos na carne e derivados podem causar problemas ambientais e à saúde 587

humana (EUROPEAN FOOD SAFETY AUTHORITY, 2008b), a utilização de produtos 588

naturais como potencial agente antimicrobiano chama a atenção das industrias na busca de 589

novos compostos que não agridam o meio ambiente (MESA-ARANGO et al., 2009). 590

Neste contexto, os extratos vegetais vêm ganhando espaço nas pesquisas para o 591

controle de diferentes micro-organismos patogênicos (NASCIMENTO et al., 2000; 592

LOGUERCIO et al., 2005; USHIMARU et al., 2007; GONÇALVES et al., 2005; 593

CARVALHO et al., 2009) e, por isso, tem-se buscado novas plantas, a fim de que os 594

extratos sejam considerados como um produto sanitário alternativo, seguro e saudável 595

quando comparado aos antimicrobianos sintéticos (DUARTE et al., 2004; LOVATTO et 596

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30

al., 2012). 597

Não há dúvidas de que as plantas possuem propriedades biológicas, devido à rica 598

presença de princípios ativos, além de serem biodegradáveis e, o mais importante, serem 599

também abundantes e renováveis (GONÇALVES et al. 2005). 600

O Brasil ganhou destaque neste aspecto, por apresentar a maior biodiversidade do 601

planeta, e consequente potencial para o desenvolvimento de novos produtos de origem 602

vegetal. Além disso, muitas plantas têm sido utilizadas e testadas há dezenas de anos com 603

as mais diversas finalidades por populações do mundo inteiro (FERRONATO et al. 2007). 604

Contudo, grande parte das pesquisas realizadas mencionam testes de extratos frente 605

aos micro-organismos referência, sendo necessário o estabelecimento de parâmetros mais 606

precisos quanto ao real potencial antimicrobiano de extratos em diferentes sorotipos de 607

Salmonella, uma vez que se tem relatados de diversos sorotipos como responsáveis por 608

casos e surtos de salmonelose humana no Brasil e no exterior, muitos deles envolvendo 609

alimentos de origem avícola. (KOTTWITZ et al. 2008). 610

Nesta pesquisa, objetivou-se verificar o perfil de resistência dos diferentes 611

sorovares de Salmonella frente aos antimicrobianos sintéticos comumente utilizados na 612

avicultura, avaliar a atividade antimicrobiana de extratos etanólicos e aquosos de seis 613

espécies vegetais nativas do Brasil e verificar a eficiencia dos diferentes extratores 614

testados. 615

616

MATERIAL E MÉTODOS 617

Micro-organismos 618

Cento e dezoito amostras de Salmonella provenientes de frango de corte de 619

diferentes aviários da região Oeste do Paraná foram obtidas em um Laboratório de 620

Sanidade Avícola no Paraná, credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e 621

Abastecimento (MAPA), durante o período de 2006 a 2010. A sorotipagem foi realizada 622

pelo Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, Brasil. 623

As amostras coletadas estavam distribuídas em trinta e seis sorotipos, e um 624

representante de cada sorotipo foi selecionado aleatoriamente para avaliar a suscetibilidade 625

aos extratos vegetais. Como cepa referência, utilizou-se a Salmonella Typhimurium ATCC 626

14028 (American Type Culture Collection). 627

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31

628

Teste de suscetibilidade aos antimicrobianos 629

A suscetibilidade aos antimicrobianos foi avaliada através da técnica de disco-630

difusão de Kirby-Bauer conforme recomendações do “Clinical and Laboratory Standards 631

Institute” (CLSI, 2007) utilizando-se os seguintes antimicrobianos: ácido nalidíxico (30 632

µg), ampicilina (10 µg), cloranfenicol (30 µg), cefalotina (30 µg), ciprofloxacina (5 µg), 633

enrofloxacina (10 µg), estreptomicina (10 µg), imipenem (10 µg), gentamicina (10 µg), 634

norfloxacina (10 µg), sulfazotrin (25 µg), tetraciclina (30 µg) e tobramicina (10 µg). 635

Plantas utilizadas 636

637

Planta utilizadas 638

As plantas de Maytenus aquifolium Mart. (espinheira-santa), Myrciaria cauliflora 639

(Mart.) O. Berg (jabuticabeira), Ocotea spixiana (Nees) Mez. (canela-branca), Psidium 640

guajava L. (goiabeira), e Ricinus communis L. (mamona) e Schinus molle L. (aroeira) 641

foram coletadas sempre pela manhã em diferentes localidades na região Oeste do Paraná, 642

sendo selecionadas baseando-se em suas atividades inibitórias reportadas anteriormente 643

(SANCHES et al., 2005; FENNER et al.. 2006; CAFFARINI et al., 2008; MACEDO-644

COSTA et al., 2009; SANTOS-OLIVEIRA et al., 2009). Todas as plantas foram 645

identificadas e incorporadas no Herbário da Universidade Estadual do Oeste do Paraná 646

(UNOP). 647

648

Preparo extratos 649

As folhas coletadas foram secas a 40 ºC e moídas em moinho de facas até 650

granulometria inferior a 0,42 mm para obtenção do pó. Para a realização do extrato 651

etanólico, adicionou-se ao material vegetal triturado álcool etílico P.A. na proporção de 652

2:10 (p/v) para maceração por 24 h em agitador rotativo a 23 ºC. A concentração do extrato 653

realizou-se em evaporador rotativo a 40 ºC. O extrato obtido foi diluído com água destilada 654

estéril na concentração de 200 mg.mL-1

e filtrado em papel de filtro. Para a obtenção do 655

extrato aquoso, a maceração foi realizada utilizando-se como solvente extrator a água 656

destilada estéril, seguindo o mesmo padrão de concentração e filtragem do extrato 657

etanólico. Para ambos os extratos, uma última filtração a vácuo foi realizada, utilizando 658

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uma membrana filtrante com porosidade de 0,45mm. As soluções foram armazenadas à 5 659

°C (BONA, 2012). 660

661

Determinação das concentrações inibitórias mínimas 662

As suspensões bacterianas foram diluídas a fim de se obter um inóculo na 663

concentração de 1 × 105 UFC.mL. A CIM dos extratos foi determinada pela técnica da 664

microdiluição em caldo proposta por Ayres et al. (2008). Alíquotas (15 µL) da diluição 665

foram distribuídas em placas de 96 poços de microtitulação contendo 150 µL de caldo 666

Mueller Hinton (MH) (concentração dupla), com a adição anterior dos extratos. Os extratos 667

foram diluídos em concentrações entre 0,04 e 100 mg.mL-1

. As placas foram incubadas a 668

36 °C por 24 h. Após avaliação visual dos resultados, cada poço recebeu uma alíquota de 669

10 µL de cloreto trifenil de tetrazólio (CTT) a 0,5%, re-incubaram por 3h a 36 °C. A CIM 670

foi definida como a menor concentração do extrato em mg.mL-1

capaz de impedir o 671

crescimento microbiano (SARTORATTO et al., 2004). 672

673

Determinação das concentrações bactericidas mínimas 674

A CBM foi determinada com base na metodologia descrita por SANTURIO et al. 675

(2007). A partir dos poços onde não houve crescimento bacteriano visível no teste da CIM, 676

anterior a adição de CTT, foi retirada uma alíquota de 10 μL e inoculada na superfície do 677

ágar MH. As placas foram incubadas por 24h a 36 ºC e após foi definida a CBM como a 678

menor concentração do extrato capaz de causar a morte do inóculo. Os ensaios de CIM e 679

CBM foram realizados em triplicata. 680

681

RESULTADOS E DISCUSSÃO 682

No teste de suscetibilidade a antimicrobianos, 10 sorotipos de Salmonella 683

apresentaram resistência a pelo menos um antimicrobiano, sendo eles: Lexington (AMP-684

CEF), Typhimurium e Infantis (GEN-NAL), Hadar (TET-NAL), Minnesota (NAL), 685

Cubana, Mbandaka, Newport, Enterica e Derby (TET). Porém, não foi estabelecida uma 686

relação entre o perfil de resistência destes sorotipos com a suscetibilidade aos extratos 687

(Tabela 1). 688

Informações sobre os sorotipos de Salmonella presentes no ambiente avícola, 689

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quanto à prevalência, resistência a antimicrobianos e procedência são importantes fatores 690

para o controle de contaminação e transmissão. A verificação de que a atividade dos 691

extratos é independente da suscetibilidade aos antimicrobianos testados, é uma importante 692

constatação para incentivar a futura utilização dos extratos vegetais em substituição aos 693

antimicrobianos comerciais usados na alimentação de aves. 694

O extrato etanólico de M. cauliflora apresentou o maiores valores de CIM e CBM, 695

capaz de inibir o crescimento de todos os sorotipos, com a CIM variando entre 1,56 e 3,13 696

mg.mL-1

e CBM entre 3,13 e 6,25 mg.mL-1

(Tabela 1). Já o extrato aquoso apresentou CIM 697

e CBM entre 12,5 e 50 mg.mL-1

promovendo a inibição dos sorotipos Kentucky, 698

Corvallis, Cerro, Albany e Morehead a 12,5 mg. mL-1

(Tabela 2). 699

A atividade inibitória (bacteriostática e/ou bactericida) dos extratos da folha de M. 700

cauliflora pode estar relacionada à presença de compostos da classe do seu principal 701

constituinte, os taninos e em menores quantidades os flavonoides (SOUZA, 2007). 702

Um crescente número de mecanismos de ação inibitória tem sido atribuído a 703

compostos ativos presentes nos extratos vegetais. Nas bactérias, a atividade antimicrobiana 704

dos taninos levam à formação de complexos entre os mesmos e a parede celular ou 705

enzimas extra celulares secretadas, fazendo com que ocorra a inibição do transporte de 706

nutrientes para a célula, consequentemente retardando o crescimento do micro-organismo 707

(McSWEENEY et al., 2001). Já os flavonoides possuem atividade antimicrobiana 708

decorrente da desestruturação da parede celular e consequentemente destruição bacteriana, 709

destacando-se componentes como a quercetina e rutina, intimamente empregados como 710

fitoterápicos (TAGURI te al., 2004). Como também sua atividade antimicrobiana pode se 711

dar devido à inibição da atividade da DNA girasse e inibição do metabolismo energético da 712

bactéria (CUSHNIE; LAMB, 2006). Os flavonoides possuem como característica a 713

capacidade de atuarem na relação entre planta e micro-organismo devido ao fato de que a 714

ingestão dos mesmos pode interferir em diversos processos fisiológicos, bem como 715

apresentar atividade antimicrobiana (MENEZES, 2005; DJERIDANE et al., 2006). 716

Para S. molle o extrato etanólico apresentou CIM de 50 mg.mL-1

frente aos 717

sorotipos Morehead e Panamá e de 100 mg.mL-1

para os demais, não sendo detectados 718

valores de CBM. Os valores de CIM para extrato aquoso foram de 100 mg.mL-1

para todos 719

sorotipos e novamente não foram detectados os valores de CBM. 720

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Não foram encontradas na literatura pesquisas sobre as propriedades 721

farmacológicas dos extratos aquosos ou etanólicos de S. molle. Porém, CARVALHO et al. 722

(2013) relataram que os compostos presentes em maior frequência na família 723

Anarcadiaceae são terpenoides e flavonoides. 724

Os terpenóides são considerados importantes alternativas no controle de patógenos 725

multirresistentes aos antimicrobianos convencionais (ZHANG; BASU, 2003). Sabe-se que 726

estes compostos possuem efeitos prejudiciais a parede celular bacteriana provocando sua 727

lise celular (TURINA et al., 2006). 728

O extrato etanólico de R. communis apresentou valores de CIM entre 12,5 e 25 729

mg.mL-1

para a maioria dos sorotipos, exceto para Rissen que apresentou CIM de 50 730

mg.mL-1

, Albany e Gallinarum de 100 mg.mL-1

. A CBM variou de 25 mg.mL-1

a 100 731

mg.mL-1

, e para 20 sorovares não foi detectável (Tabela 1). O extrato aquoso não 732

apresentou atividade inibitória para os sorotipos testados (Tabela 2). 733

A atividade inibitória de R. communis pode estar relacionada aos seus constituintes 734

como ricina e flavonoides como a rutina, antimicrobianos que atuam na inibição de 735

atividade enzimática dos micro-organismos (HENRIQUES et al., 2002). Um dos 736

problemas associados à utilização do extrato de mamona refere-se a presença de proteínas 737

tóxicas encontradas na mesma, das quais destaca-se a ricina. (JACKSON et al, 2006). 738

Sabe-se que esta é venenosa a humanos e insetos (LER, et al, 2006) podendo ser um fator 739

agravante para a utilização do extrato da mamona em ração de aves, sugerindo o 740

isolamento de compostos ou detoxicação do extrato. 741

Em relação ao extrato etanólico de P. guajava, observou-se inibição frente a todos 742

os sorotipos, sendo a CIM entre 3,13 e 6,25 mg.mL-1

e CBM 3,13 e 25 mg.mL-1

(Tabela 743

1). No entanto, o extrato aquoso apresentou atividade bacteriostática somente nas 744

concentrações mais elevadas (50-100 mg.mL-1

) e atividade bactericida foi de 100 mg.mL-1

745

frente a aproximadamente 50% dos sorotipos, exceto Albany que apresentou CMB de 50 746

mg.mL-1

(Tabela 2). 747

A presença de compostos como cumarinas, flavonoides como quercetina, 748

terpenoides e taninos justifica a atividade inibitória de P. guajava (GUTIÉRREZ et al., 749

2008; VARGAS-ALVAREZ et al., 2006). Foram encontradas na literatura relatos sobre a 750

atividade antimicrobiana de cumarinas (BASILE et al., 2009; CHIMENTI et al., 2010; 751

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RAJA et al., 2011). Sua atividade antimicrobiana pode ser atribuída ao fato do anel de 752

cumarina levar à inibição da síntese do ácido nucleico bacteriano (ROSSELLI et al., 2007). 753

Provou-se que a adição de um grupo prenilo ao anel de cumarinas facilita a sua passagem 754

pela membrana bacteriana (STAVRI; GIBBONS, 2005). 755

Apenas o extrato etanólico de O. spixiana apresentou atividade antimicrobiana com 756

valores da CIM em 25 mg.mL-1

para todos os sorovares, exceto Senftenberg, que 757

apresentou CIM de 50 mg.mL-1

. Em relação à CBM, 50% dos sorovares apresentaram 758

concentrações entre 50-100 mg.mL-1

(Tabela 1). Já o extrato aquoso não apresentou 759

atividade inibitória dentro do limite de detecção (Tabela 2). 760

Não foram encontrados estudos fitoquímicos de extratos de O. spixiana, entretanto, 761

ZANIN; LORDELLO (2007) reportaram a presença de compostos alcaloides em cinquenta 762

e quatro espécies do gênero Ocotea. Segundo SAWER et al. (2005), alguns alcaloides 763

inibem a ação de bactérias gram-negativas causando lise celular e mudanças morfológicas. 764

Contudo, a atividade antimicrobiana pode ter outro mecanismo de ação uma vez que o 765

composto é conhecido por ser inibidor de síntese de DNA através da inibição da 766

topoisomerase (GUITTAT et al., 2003). 767

Para M. aquifolium, seu extrato etanólico também apresentou atividade 768

bacteriostática frente a todos os sorotipos de Salmonella, variando de 25 a 6,25 mg.mL-1

. 769

Contudo, a CBM foi determinada para menos de 40% dos sorotipos com valor de 100 770

mg.mL-1

exceto para S. Corvallis, pois, somente este sorotipo obteve a atividade 771

bacteriostática e bactericida nas concentrações de 6,25 mg.mL-1

e 12,5 mg.mL-1 772

respectivamente (Tabela 1). O extrato aquoso exibiu CIM de 50 a 100 mg.mL-1

para todos 773

os sorotipos e CBM maior do que o limite de detecção. 774

Embora não tenham sido encontrados na literatura trabalhos que explorem a 775

atividade de M. aquifolium, OLIVEIRA et al. (2009) afirmaram que o gênero Maytenus 776

possui propriedades fitoquímicas como a presença de terpenoides, taninos, alcaloides e 777

flavonoides, sendo compostos que podem atuar tanto na parede como na membrana da 778

célula. 779

Considerando os valores da CIM, foi possível verificar um potencial inibidor 780

decrescente dos extratos, sendo ele: M. cauliflora etanólico > P. guajava etanólico> M. 781

aquifolium etanólico > R. communis etanólico > M. cauliflora aquoso > O. spixiana 782

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etanólico > M. aquifolium aquoso> P. guajava aquoso > S. molle etanólico > S. molle 783

aquoso. 784

De maneira geral, os extratos etanólicos apresentaram maior atividade inibitória 785

frente aos sorotipos de Salmonella quando comparados aos extratos aquosos. Devido à 786

diferença de polaridade, a extração aquosa e etanólica podem conferir a extração de 787

diferentes metabólitos, sendo a água capaz de extrair antocioninas, amidos, taninos, 788

saponinas, terpenoides, polipeptídeos e lecitinas, já o álcool, por sua vez, é responsável 789

pela extração além de taninos e terpenóides também de polifenois, poliacetilenos, esteróis, 790

alcaloides e os flavonoides (COWAN, 1999). Isto explica o fato de que em uma mesma 791

planta, diferentes extratos apresentarem resultados distintos. Como por exemplo, O. 792

spixina que devido à possível presença de alcaloides, que em sua maioria são extraídos 793

pelo etanol, justificando assim o fato da mesma não ter apresentado atividade no extrato 794

aquoso. 795

Além disso, a composição dos extratos pode também variar de acordo com as 796

condições ambientais, estações do ano em que foram coletadas, bem como, às diferentes 797

técnicas empregadas para avaliação da atividade, por não haver uma padronização 798

internacional para avaliação de extratos vegetais (ALVES et al., 2008; SANTURIO et al., 799

2011). Desta forma, é notória a necessidade da padronização de técnicas para avaliar a 800

atividade de extratos vegetais com o intuito de corroborar e assegurar os resultados 801

encontrados. 802

A sensibilidade aos antimicrobianos e aos extratos testados variou dependente do 803

sorotipo, conforme descrito anteriormente por CARRAMIÑANA et al., (2004), que 804

testaram a suscetibilidade de Salmonella spp., frente a diferentes antimicrobianos e 805

relacionam essa variação, também, à origem dos sorotipos. A explicação pode ser devido 806

às pressões seletivas que os sorotipos podem sofrer de acordo com a utilização de 807

diferentes antimicrobianos desenvolvendo resistência (WHO, 2000). 808

Sugere-se a realização de testes de toxicidade para atestar a segurança no uso dos 809

extratos vegetais com potencial antimicrobiano. RIZZO et al. (2010) relatam que dietas de 810

frango de corte contendo misturas de extratos vegetais promovem desempenho semelhante 811

ao obtido com dietas contendo antibióticos, sem qualquer efeito sobre as características de 812

carcaça e a utilização da energia e da proteína das dietas, demonstrando a seguridade da 813

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37

sua utilização em substituição aos antimicrobianos convencionais. 814

Com isso, espera-se que o presente estudo contribua para busca de produtos 815

alternativos que assegurem a produção avícola, baseados em um cultivo sustentável, que 816

respeite o meio ambiente e que reduza as contaminações produzidas por Salmonellas no 817

ambiente de criação aviário. 818

819

CONCLUSÃO 820

Os extratos testados apresentaram atividade inibitória em diferentes concentrações 821

sobre os sorotipos de Salmonella variando de acordo com o solvente extrator. A 822

suscetibilidade aos extratos variou entre os sorotipos de Salmonella, independente da 823

resistência apresentada aos antimicrobianos testados. 824

825

AGRADECIMENTO (S) 826

Ao Dr. Alberto Bach por ter cedido os sorovares de Salmonella, a Capes, a Fundação 827

Araucária e CNPq pelo financiamento e ao Parque Tecnológico Itaipú pela bolsa. 828

829

REFERÊNCIAS 830

ALVES, E.G. et al. Estudo comparativo de técnicas de screening para avaliação da 831

atividade antibacteriana de extratos brutos de espécies vegetais e de substâncias puras. 832

Química Nova, v. 31, p. 1224-1229, 2008. 833

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raiz de Copernicia prunifera. Revista Brasileira de Farmacognosia, v.1, p.90-97, 2008. 835

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Ferulago campestris (apiaceae), Molecules, v.14, n.3, p.939–952, 2009. 837

CAFFARINI, P. et al. Efectos de extractos acetónicos y acuosos de Ricinus communis 838

(ricino), Melia azedarach (paraíso) y Trichillia glauca (trichillia), sobre la hormiga negra 839

común. Idesia, v.26, p.59-64, 2008. 840

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43

Tabela 1 – CIM e CBM de extratos vegetais etanólicos frente à sorotipos de Salmonell, isolados de

aviários no Oeste do Paraná.

EXTRATO ETANÓLICO CIM/CBM (mg.mL-1

)

SOROTIPOS

Perfil de

Resistência Mc Sm Rc Pg Os Ma

Morehead Sensível 3,13/6,25 50/>LD 12,5/100 6,25/12,5 25/50 12,5/100

Lexington AMP-CEF 3,13/6,25 100/>LD 25/>LD 6,25/12,5 25/>LD 12,5/100

Give Sensível 1,56/6,25 100/>LD 25/>LD 6,25/12,5 25/100 12,5/100

Panamá Sensível 3,13/6,25 50/>LD 25/>LD 6,25/12,5 25/100 12,5/100

Typhimurium GEN-NAL 1,56/3,13 100/>LD 25/>LD 6,25/12,5 25/>LD 12,5/100

Rissen Sensível 3,13/6,25 100/>LD 50/>LD 6,25/12,5 25/50 12,5/100

Albany Sensível 3,13/6,25 100/>LD 100/100 3,13/3,13 25/50 12,5/100

Gallinarum Sensível 1,56/6,25 100/>LD 100/100 6,25/6,25 25/>LD 12,5/100

Cerro Sensível 3,13/6,25 100/>LD 12,5/100 6,25/6,25 25/>LD 12,5/100

Infantis GEN-NAL 3,13/3,13 100/>LD 12,5/50 6,25/12,5 25/>LD 12,5/100

Schwarzengrund Sensível 3,13/6,25 100/>LD 12,5/100 6,25/6,25 25/>LD 12,5/>LD

Worthington Sensível 3,13/6,25 100/>LD 12,5/100 3,13/12,5 25/>LD 12,5/>LD

Saintpaul Sensível 3,13/6,25 100/>LD 12,5/100 3,13/12,5 25/>LD 12,5/100

Braenderup Sensível 3,13/6,25 100/>LD 12,5/100 3,13/12,5 25/>LD 12,5/100

Montevideo Sensível 3,13/6,25 100/>LD 12,5/100 3,13/12,5 25/>LD 12,5/100

Mbandaka TET 3,13/6,25 100/>LD 12,5/100 3,13/6,25 25/>LD 12,5/>LD

Ohio Sensível 1,56/3,13 100/>LD 25/25 3,13/12,5 25/50 12,5/>LD

Agona Sensível 1,56/3,13 100/>LD 25/25 6,25/12,5 25/50 12,5/>LD

Senftenberg Sensível 1,56/6,25 100/>LD 25/>LD 6,25/12,5 50/100 12,5/>LD

Corvallis Sensível 1,56/3,13 100/>LD 25/>LD 3,13/6,25 25/>LD 6,25/12,5

Hadar TET-NAL 1,56/3,13 100/>LD 50/>LD 3,13/6,25 25/>LD 12,5/>LD

Grumpensis Sensível 1,56/3,13 100/>LD 25/>LD 3,13/6,25 25/>LD 12,5/>LD

Gafsa Sensível 1,56/6,25 100/>LD 25/>LD 3,13/12,5 25/>LD 12,5/>LD

Orion Sensível 1,56/3,13 100/>LD 25/>LD 3,13/6,25 25/>LD 12,5/>LD

Tennessee Sensível 3,13/6,25 100/>LD 25/100 6,25/25 25/50 12,5/>LD

Cubana TET 1,56/3,13 100/>LD 25/>LD 6,25/6,12 25/>LD 25/>LD

Kentucky Sensível 1,56/3,13 100/>LD 12,5/>LD 6,25/12,5 25/50 25/>LD

Bareilly Sensível 3,13/6,25 100/>LD 25/>LD 3,13/12,5 25/50 25/>LD

Livingstone Sensível 3,13/6,25 100/>LD 25/>LD 6,25/12,5 25/50 25/>LD

Minnesota NAL 3,13/6,25 100/>LD 12,5/100 6,25/12,5 25/50 12,5/>LD

Branderburg Sensível 3,13/6,25 100/>LD 12,5/100 6,25/12,5 25/50 12,5/>LD

Enteritidis Sensível 3,13/6,25 100/>LD 12,5/25 6,25/12,5 25/>LD 12,5/>LD

Newport TET 3,13/6,25 100/>LD 12,5/>LD 6,25/12,5 25/>LD 12,5/>LD

Entérica TET 3,13/6,25 100/>LD 12,5/>LD 6,25/12,5 25/50 12,5/>LD

Derby TET 1,56/3,13 100/>LD 12,5/>LD 6,25/12,5 25/50 12,5/>LD

Heidelberg Sensível 3,13/3,13 100/>LD 12,5/>LD 6,25/12,5 2550 12,5/>LD

Typhimurium

ATCC Sensível 3,13/6,25 100/>LD 12,5/>LD 6,25/12,5 25/100 12,5/>LD

AMP: Ampicilina; CEF: Cefalotina; GEN: Gentamicina; NAL: Ácido Nalidixico; TET: Tetraciclina; >LD: 979 Maior que o limite de detecção; Mc: Myrciaria cauliflora; Sm: Schinus molle; Rc: Ricinus communis; Pg: 980 Psidium guajava; Os: Ocotea spixiana; Ma: Maytenus aquifolium. 981 982

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Tabela 2 – Perfil de resistência antimicrobiana, CIM e CBM de extratos vegetais aquosos frente

à sorovares de Salmonella, isolados de aviários no Oeste do Paraná.

EXTRATO AQUOSO CIM/CBM (mg.mL-1

)

SOROTIPOS CLO Mc Sm Pg Ma

Morehead 0,04 12,5/12,5 100/>LD 50/50 50/>LD

Lexington 0,04 25/25 100/>LD 100/>LD 50/>LD

Give 0,04 12,5/50 100/>LD 100/>LD 50/>LD

Panamá 0,04 25/50 100/>LD 100/>LD 100/>LD

Typhimurium 0,04 25/25 100/>LD 100/>LD 50/>LD

Rissen 0,04 25/50 100/>LD 100/>LD 50/>LD

Albany 0,09 12,5/12,5 100/>LD 50/50 50/>LD

Gallinarum 0,09 50/50 100/>LD 50/100 50/>LD

Cerro 0,09 12,5/12,5 100/>LD 100/100 50/>LD

Infantis 1,5 25/25 100/>LD 100/>LD 100/>LD

Schwarzengrund 0,09 25/25 100/>LD 100/>LD 100/>LD

Worthington 0,09 25/50 100/>LD 100/100 100/>LD

Saintpaul 0,04 25/25 100/>LD 100/100 100/>LD

Braenderup 0,09 25/25 100/>LD 100/>LD 100/>LD

Montevideo 0,04 12,5/25 100/>LD 100/>LD 100/>LD

Mbandaka 0,04 25/25 100/>LD 100/>LD 50/>LD

Ohio 0,04 25/25 100/>LD 100/100 100/>LD

Agona 0,09 25/50 100/>LD 100/>LD 50/>LD

Senftenberg 1,5 25/50 100/>LD 100/>LD 50/>LD

Corvallis 0,09 12,5/12,5 100/>LD 100/100 100/>LD

Hadar 0,09 25/25 100/>LD 100/>LD 50/>LD

Grumpensis 0,09 12,5/25 100/>LD 100/100 50/>LD

Gafsa 0,09 50/50 100/>LD 100/100 50/>LD

Orion 0,09 50/50 100/>LD 100/100 50/>LD

Tennessee 0,04 12,5/25 100/>LD 100/>LD 50/>LD

Cubana 0,04 25/25 100/>LD 100/100 50/>LD

Kentucky 0,09 12,5/12,5 100/>LD 100/100 50/>LD

Bareilly 0,09 25/50 100/>LD 100/>LD 50/>LD

Livingstone 0,04 25/25 100/>LD 100/>LD 50/>LD

Minnesota 0,04 12,5/25 100/>LD 100/>LD 50/>LD

Branderburg 0,15 25/50 100/>LD 100/100 50/>LD

Enteritidis 0,15 25/50 100/>LD 50/100 50/>LD

Newport 0,04 25/25 100/>LD 100/100 50/>LD

Entérica 0,04 25/25 100/>LD 50/100 100/>LD

Derby 0,15 12,5/25 100/>LD 100/100 100/>LD

Heidelberg 0,15 25/25 100/>LD 50/100 50/>LD

Typhimurium

ATCC 0,15 12,5/25 100/>LD 50/100 50/>LD

>LD: Maior que o limite de detecção; CLO: cloranfenicol; Mc: Myrciaria cauliflora; Sm: Schinus molle; Rc: 983 Ricinus communis; Pg: Psidium guajava; Os: Ocotea spixiana; Ma: Maytenus aquifolium. 984

985

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ANEXOS

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Anexo 1 - Normas da Revista Cap. 1

Journal of Food, Agriculture & Environment

INSTRUÇÕES AOS AUTORES

Tamanho

Normalmente, um manuscrito não deve exceder 30 páginas, espaçamento 1,5, 12

fontes, incluindo todos os materiais relevantes. Qualquer manuscrito submetido que é

muito longo pode ser devolvido ao autor correspondente para reformulação.

Texto datilografado

A cópia do manuscrito deve ser digitado em espaçamento 1,5 em um lado do A4 ou

8 ½ paper "× 11" com 2,5 cm de largura na margem esquerda, direita, superior e inferior.

Sublinhando para indicar o tipo itálico (ou o uso de itálico no original) deve ser restrito a

nomes de espécies em geral e, e descritores químicos (por exemplo, cis, trans, etc.). Não

sublinhar quaisquer títulos. As notas de rodapé devem ser mantidas a um mínimo e

indicado por *. Não use pontos finais após as abreviaturas, a não ser essencial para

entendimento. Abreviaturas dos nomes químicos e outros devem ser definidos quando

mencionado pela primeira vez no corpo do trabalho, a não ser comumente usado e

internacionalmente conhecido e aceito.

Unidades e nomenclatura

Use unidades SI de acordo com as recomendações da Organização Internacional de

Normalização (ISO). Utilize o formulário g kg-1ETC (não%) para especificar o conteúdo /

composição / concentração. Use %, apenas para expressar a mudança proporcional. Note-

se que a forma g 100g-1

, etc não é correto. Evite o uso de g por 100 g, por exemplo, na

composição de alimentos / alimentação, em vez disso usar g kg-1

. As doses de fertilizantes

deverão ser apresentados em termos do elemento aplicado. Mais informações sobre as

recomendações da ISO pode ser obtido a partir da seguinte publicação emitida pelo British

Standards Institution, Londres: Especificação para unidades SI e recomendações para o uso

de seus múltiplos e de algumas outras unidades, BS 5555:1993 ISO 1000:1992.

Símbolos

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Escrever todos os símbolos, fórmulas e equações com muito cuidado. Símbolos

usuais (incluindo letra grega) deve ser definido em palavras na margem esquerda, na

primeira menção.

Os nomes científicos

Dê os nomes científicos (com autoridade) para plantas, animais, micro-organismos,

com nomes genéricos, na íntegra, a primeira menção, por exemplo, Myzus persicae

(Sulzer). Seguidamente, abreviar-los neste texto, por exemplo, M. persicae, dar-lhes na

íntegra (sem autoridade) nos títulos das seções, tabelas, figuras e palavras-chave. Sempre

que necessário, as cultivares devem ser especificados.

Nomenclatura enzima

Identificar cada enzima, juntamente com o seu número CE, se disponível, na primeira

menção, seguindo as recomendações da última edição da nomenclatura enzimática.

Nomenclatura química

Use a atual sistemática nomenclatura IUPAC por toda parte.

As análises estatísticas

Um cuidado especial deve ser tomado para garantir que as análises estatísticas

apropriadas foram realizadas. Os métodos utilizados devem ser descritas de forma concisa,

ainda informação suficiente para explicar como os métodos escolhidos tenham sido

aplicados aos dados. A forma de todos os erros experimentais e sua significância estatística

deve ser dada de forma clara. As análises estatísticas devem ser utilizados na discussão

para justificar inferências feitas no contexto de variação biológica normal.

Traçado

O corpo principal do trabalho deve ser dividido em seções não numeradas, e cada

um de um título apropriado. Principais títulos devem ser na esquerda sobre o texto (11

fontes, negrito). Escolha das posições vai depender do conteúdo, mas o seguinte é

recomendado para trabalhos de investigação:

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Título: deve ser conciso, curto, específico e explicar a natureza da obra.

Título do manuscrito (14 fontes, negrito, como "Food conssumption na Finlândia")

3 espaço de linha

O autor (s) nome (s) de (começando com nome próprio, depois da família, 11 fontes,

negrito).

Os nomes dos autores, cada um deve ter o apelido habitual na íntegra e iniciais (por

exemplo, William. B. Jain). Indicar o endereço completo (es) onde o trabalho foi feito, e

incluem todos os endereços do autor correspondente e todos os co-autor (es), se possível

por e-mail.

Para facilitar a correspondência, por favor manter o escritório Editorial JFAE informado de

quaisquer alterações em seu endereço, e-mails e telefone ou número de fax.

2 espaço de linha

Resumo

O resumo deve ser informativo ou conciso, dando uma visão geral e informações

essenciais, tais como o fim do trabalho, os dados dele derivados e sua significância

estatística, e ser inteligível sem referência ao próprio papel. Ele não deve normalmente

exceder 400 palavras, mas não menos do que 250 palavras. Os autores devem se lembrar

que o resumo é muitas vezes a única parte de um artigo lido, como na abstração revistas,

bem como a utilização de siglas ou abreviaturas incomuns devem ser evitados.

2 espaço de linha (para o resto das subseções)

Palavras-chave:

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Liste os principais temas incorporados no papel, incluindo qualquer dado já no título.

(Preferencialmente mais do que 10 palavras-chave)

Introdução

Incluir uma descrição clara dos objetivos do inquérito (sem resumindo o trabalho em si), e

uma breve exposição dos trabalhos anteriores relevantes com referências. Para artigos de

revisão, indicam claramente o âmbito da análise, tais como áreas temáticas, área geográfica

ou período coberto na revisão.

Material e métodos

Descrever claramente em detalhes suficientes para permitir que o trabalho possa ser

repetido. Só as novas técnicas e modificações aos métodos conhecidos necessitam serem

descritos em detalhe, mas deve ter métodos conhecidos e referências adequadas. Incluir o

nome, cidade, país e código do fornecedor ou fabricante de qualquer produto químico ou o

aparelho não estiver em uso comum. Dê o delineamento estatístico (incluindo replicação)

de cada experimento onde apropriado.

Resultados

Apresentá-los de forma concisa, o uso de tabelas e ilustrações, para maior clareza,

não repetir a lista dos resultados no texto. Indicar claramente a forma do erro experimental

e a significância estatística dos resultados. Não exagerar a precisão das medições. Gráficos

histogramas ou barras, a menos preparada cuidadosamente, são inferiores às tabelas. Só em

circunstâncias excepcionais será ambas as tabelas e ilustrações com base no mesmo

conjunto de dados / ser aceito medições. As seções experimentais e os resultados podem

ser combinados quando apropriado.

Discussão

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Os resultados devem seguir uma seção concisa para discutir e interpretá-los. Por

favor, não basta repetir os resultados. Um combinado de resultados e seção de discussão às

vezes simplifica a apresentação.

Conclusões

Não se limitam a repetir o conteúdo das secções anteriores. As seções de discussão

e as conclusões não podem ser mescladas.

Agradecimentos

Mantenha-os ao mínimo absoluto.

Referências

Verifique cuidadosamente para precisão e seguir o estilo correto. Referem-se a

trabalhos inéditos apenas no texto (William MN não publicado), (Brown CD pers comm).

Indicar referências bibliográficas no local apropriado no texto utilizando números

sobrescritos, na ordem em que eles aparecem e uma lista numérica completa deve aparecer

no final do artigo, dando a todos os autores com as iniciais após o respectivo apelido.

Certifique-se de que todas as referências da lista são citados no texto e vice-versa. Dê a

data e o título completo do artigo no idioma em que ele apareceu ou uma tradução exata

Inglês. Abreviar todos os títulos de periódicos, como no Chemical Abstracts ou Biological

Abstracts e o BIOSIS, sem usar pontos finais após a abreviatura. Se a revista não está

incluída, dar o seu título na íntegra. Números de volume deve ser em negrito.

Observe o seguinte estilo e ordem para citação:

Um artigo com um ou mais autores

1Hiilovaara-Teijo, M., Hannukkala, A., Griffith, M., Yu, X.-M., e Pihakaski-Maunsbach,

K. 1999. Proteínas apoplástica Snow-molde induzidas pelo centeio de inverno deixa

actividade anticongelante falta. Plant Physiol. 121: 665-674.

Um artigo publicado em um livro

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59

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2Bradfort, ML, Kangas L., e Nordlund, G. 1990. Cálculos do modelo de enxofre e

deposição de nitrogênio na Finlândia. In: Kauppi, P. et ai. (Eds.). Acidificação na

Finlândia. Berlin: Springer-Verlag. p. 167-197.

Um livro com um ou mais autores

3ARC 1984. As exigências nutricionais dos ruminantes. Suplemento No. 1. Técnico

revisão por um partido de Pesquisa Agropecuária Conselho de trabalho, Commonwealth

Agricultural Bureaux, Slough, Reino Unido. 45 p.

4Lominadze, D.G. 1981. Cyclotrone ondas no plasma. 2nd ed. Oxford: Pergamon Press.

206 p.

5Møller, J., Th ¸ Gersen, R., Kjeldsen, AM, Weisbjerg, MR; øegaard, K., Hvelplund, T., e

6Børsting, CF 2000. Fodermiddeltabel. Sammensætning og foderværdi af fodermidler til

7kvæg. Rapport 91. Århus: Landbrugets Rådgivningscenter. 52 p.

8Senauer, B., Asp, E., e Kinsey, J. 1991. Tendências de alimentos e os consumidores a

mudar. St. Paul, MN: Eagan Press.

Documentos de conferências

1Petit, M., Garel, JP, D'Hour, P., e Agabriel, J. 1995. O uso de forragens pelo rebanho de

bovinos de corte. In: Journet, M. et ai. (Eds.). Desenvolvimentos recentes na nutrição dos

herbívoros. Anais do IV Simpósio Internacional sobre a Nutrição de herbívoros. Paris:

edições do INRA. p. 473-496.

2Niskanen, M. 1990. A adsorção de zinco e aumento da concentração de zinco planta após

a aplicação de zinco em solos minerais da Finlândia. Transações do 15 º Congresso

Mundial de Ciência do Solo, Acapulco, México. 5b: 395-396.

Ao citar patentes dar o nome do candidato, o ano de publicação, o título, o país e de

patentes ou número do pedido, por exemplo:

3Hilton MS e Williams ML. 1980. Método de classificação de sementes. A Patente UK

1.777.888.

Abreviaturas

O Sistema Internacional de Unidades (SI) deve ser usado. Nomes comuns aceitos

dos ingredientes ativos de formulações químicas devem ser usados de preferência a nomes

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comerciais, e confirmou a códigos internacionalmente reconhecidos de nomenclatura.

Nomes latinos genéricas e específicas devem ser digitados em itálico.

Tabelas

As tabelas com dados numéricos deve ser mantido a um mínimo, e deve incluir

apenas a informação essencial (com o nível de erros significativos). Todas as tabelas,

gráficos ou fotos devem ser inseridas no corpo do texto. Cada tabela deve ter um título

auto-explicativo conciso e abreviaturas utilizadas devem ser definidos diretamente abaixo

das tabelas. Pontos finais, mas não vírgulas, devem ser utilizados como pontos decimais.

Ao preparar tabelas com um processador de texto, por favor, note que a chave de

tabulação, e não a barra de espaço, devem ser utilizados para alinhar as colunas.

Procedimentos mesa de decisões também pode ser usado.

Figuras (desenhos e fotografias)

As figuras devem ser selecionados tendo em consideração o formato da folha

impressa, para permitir o efeito de um potencial de redução (menos do que 33%) no

tamanho. Caracteres alfabéticos ou numéricos deve ser de pelo menos 1,5 mm de altura na

impressão. As figuras devem ser numeradas consecutivamente em algarismos arábicos, ea

sua posição deve ser indicada na margem. Todas as legendas de figuras devem ser

impressos na mesma folha para cada figura. Desenhos reproduzidos com uma impressora

laser de alta qualidade são os preferidos. Fotografias, se usada, deve ser de bom contraste e

impressos em papel brilhante. Todas as figuras, fotografias ou tabelas deve ser apresentado

no corpo do texto. Por favor, não use utilizar quaisquer ilustrações digitalizadas.

Por favor, use 300 dpi para 600 dpi na digitalização de suas fotos ou gráficos para

evitar a má qualidade de impressão. Por favor, reduzir o tamanho do seu arquivo.

Sempre que possível, ilustrações também devem ser enviados pelo correio aéreo e

apresentada em formato eletrônico (salvo em CD, juntamente com o texto da cópia

impressa) ou enviadas como (email / MSword.version). Também salvar cada figura como

um arquivo separado, em formato TIFF ou EPS de preferência, e incluir o arquivo de

origem. Escrever no disco o software usado para criar os arquivos. Use pacotes de

ilustração dedicadas em detrimento de ferramentas como Excel ou PowerPoint.

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Desenhos de linhas e figuras devem estar em um formato adequado para

reprodução direta, não maior do que A4 ou 8 ½ "x 11", em tinta preta, com letras

estampado (evitar o uso de transferência seca, datilografada ou lettering manuscrito), todos

na proporção da quantidade de detalhe. Diagramas de computador desenhados devem ser

preparados em um laser de alta qualidade ou impressora jato de tinta ou plotter, e não em

uma impressora matricial ou equivalente.

Use apenas caracteres essenciais e inserir esses e quaisquer outros símbolos

claramente, explicar todos os símbolos usados, e onde é necessária uma chave para os

símbolos, por favor, inclua isto no trabalho artístico, e não na legenda da figura. Em

gráficos, incluem rótulos e unidades nos eixos. Apresente com escalas logarítmicas

aritmética numeração 0,1, 1, 10, 100, em vez de -1, 0, 1, 2. Evite desnecessariamente

longos eixos que levam a grandes espaços em branco em gráficos.

Linhas de desenho e figuras devem todos requerem o mesmo grau de redução e de

todos os caracteres devem ser escolhidos de modo que, após a redução que são pelo menos

1,5 mm de altura. A área tipo do Jornal são de 172 mm de largura x 249 milímetros de

profundidade, em duas colunas cada 81 milímetros de largura, e os personagens devem,

portanto, ser grande o suficiente para ser legível após a redução das ilustrações para caber

na página ou a largura da coluna.

Fotografias (meios-tons) deve ser fornecido como impressões brilhantes (quatro cópias

originais de cada) de bom contraste, fotocópias não são aceitáveis. Não permitir que sejam

danificadas por clipes de papel, etc dobragem Alguma perda de clareza pode ocorrer

durante a reprodução.

As estruturas químicas

Prepare-se estes em folha separada, tal como descrito para as ilustrações eo número

fórmulas indivíduo com algarismos romanos (I, II). Todas as obrigações, encargos e

radicais livres deve ser posicionado com precisão. Indique sistemas heterocíclicos

aromáticos e insaturados, utilizando ligações duplas. De preferência use estruturas gerais,

distinguindo compostos relacionados por substituintes R1, R2, etc.

O texto deve ser escrito em Inglês gramaticalmente correta e bem estruturada em termos de

estilo e conteúdo. Manuscritos mal escrito, não serão considerados para publicação.

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Primeiro você deve enviar-nos por e-mail um pequeno resumo de seu artigo, então

vamos decidir se o papel se encaixa no escopo da revista JFAE (leia mais).

Se o artigo é adequado um manuscrito de corpo inteiro devem ser enviadas a pelo

menos dois ou três revisores externos (falante nativo Inglês) antes de enviá-lo para a

revista JFAE.

Nomes completos e endereços, incluindo e-mails dos dois ou três revisores devem

ser mencionados na carta final. Documentos sem revisão adequada será rejeitada.

Uma vez que o manuscrito está totalmente revisto, melhorado e corrigido, você

pode enviá-lo primeiro por e-mail (MS Word), por favor, verifique o seu manuscrito

(linguagem, símbolos, equações, referências, teste estatístico, utilize 300 dpi para 600 dpi

na digitalização de fotos Mas não digitalizar figuras ou tabelas, basta usar os originais).

Se o seu manuscrito contém símbolos, gráficos ou tabelas complicadas equações etc, nós

convidamo-lo a enviar por correio aéreo, uma versão eletrônica salva em um CD em um

formato compatível com o MS Word, mais uma cópia do manuscrito. Isto irá permitir-nos

de verificar cuidadosamente todos os símbolos, equações, sinais etc usados em seu texto

(incluir cópias originais de fotografias, etc.) Por favor, inclua todas as tabelas ou fotos

dentro do corpo do texto.

Por favor, note que o manuscrito inadequada ou incorreta serão rejeitadas. O Inglês do

manuscrito devem ser verificados por pelo menos dois cientistas ingleses nativos ou três

especialistas em linguagem.

Os autores receberão por e-mail um aviso de recepção de seu trabalho (s).

Manuscrito só aceito (s) será publicado dentro de um curto período de

tempo. O período estimado varia entre 3 e 6 meses.

A prova galera só será enviado por e-mail (arquivo pdf) para o autor

correspondente. Pedimos a todos os seus e-mails e endereços postais

completos em seu manuscrito.

Nosso escritório deve receber pelo correio aéreo (sem e-mails) a forma de

direitos de autor e assinado a taxa de publicação antes do prazo, caso

contrário, vamos adiar a publicação do texto (s).

Quando o escritório do editor recebe os documentos solicitados antes do

prazo, vamos enviar pelo correio aéreo a cópia impressa da revista ao autor

correspondente (reprints se pago, será enviado anteriormente), apenas. No

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entanto, co-autores poderão adquirir cópia extra da revista (s) ou algumas

reimpressões.

Ao preparar um manuscrito, os autores devem se referir a uma edição recente da

revista (versão impressa ou on-line ou em um artigo de amostra que pode ser baixado a

partir de www.world-food.net). Mencione o nome das seções em que seu artigo deve ser

considered.Check área sujeita revista.

O manuscrito deve ser acompanhado por uma carta de transmissão (enviada por e-

mail ou pelo correio aéreo), no qual o autor pode especificar o nome de usuários que

revisaram o manuscrito mais três ou mais potenciais árbitros, incluindo os seus endereços

completos, telefone e números de fax , endereços de e-mail, e áreas de especialização.

As instruções detalhadas para a preparação do manuscrito são apresentados abaixo.

O autor correspondente deve obter o consentimento de todos os co-autores para a

apresentação do manuscrito. Também é necessário um formulário de submissão do

manuscrito. (Por favor, adicionar endereços de correio completo e todos os e-mails dos co-

autores). Os trabalhos somente serão aceitos no entendimento de que os conteúdos não

foram publicados nem estão sendo considerados para publicação em outros lugares.

O autor correspondente (s) deve fazer muito certo de que todos os apresentados

originais de pesquisa artigos, comentários ou notas foram revisadas por cientistas ingleses

nativos. Assim que recebermos o seu contributo, os nossos especialistas vai passar por isso

mais uma vez. O manuscrito aceito ou outras contribuições serão publicadas tanto na

versão impressa e on-line da revista. O conselho Editorial da revista pode pedir autores

para apresentar informações ou ilustrações adicionais, tais como fotos em GIF ou JPEG

para a revista on-line, eo formato TIFF para a revista impressa.

O texto deve ser escrito em Inglês gramaticalmente correta e bem estruturada em

termos de estilo e conteúdo. Manuscritos mal escrito, não serão considerados para

publicação.

Uma vez que o manuscrito for aceito para publicação, o autor correspondente será

solicitado para enviar ou atribuir direitos sobre o artigo para WFL Editor Oy antes do

prazo. Caso contrário, a publicação do documento, que será adiada.

Taxas

Os autores serão informados por e-mail uma vez que seus manuscritos chegaram a

nossa redação. Depois de um processo de revisão (entre 3 e 6 meses), nós lhe enviaremos

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por e-mail uma nota de aceitação ou não aceitação para publicação do manuscrito. Se o

manuscrito for aceito, nós lhe enviaremos por e-mail a carta de aceitação, a forma de

direitos de autor e os pub.fees.

Cobramos as taxas de publicação pelo número de páginas (excluindo impostos,

custos de envio ou taxas de manipulação). A fatura será enviada por e-mail.

Antes da revista ser impressa, só aqueles que pagaram as taxas de publicação

receberão por e-mail (arquivo PDF) a prévia para uma verificação rápida e final. Nós,

portanto, pedimos para nos enviar todos os seus e-mails. Por favor, certifique-se que seu

endereço postal esteja completo e correto, de modo que você vai receber uma cópia

impressa da revista. Nós não podemos voltar a enviar duas vezes a mesma revista por

causa do alto custo de impressão e postagem.

Por favor, encurtar o seu manuscrito, porque se o comprimento é mais do que cinco

páginas, um custo adicional de € 25 / € 15 (desenvolvidos / países em desenvolvimento)

por página (excluindo o custo de envio) será adicionado.

Autor (es) cuja biblioteca ou departamento subscreve a revista (ou comprado alguns

livros da editora WFL) beneficiarão de um desconto.

Um tamanho de página A4: espaço duplo, fonte 12, margens: 2,5 carga da página:

Manuscritos aceitos serão publicados com o entendimento de que o autor irá pagar uma

taxa que abrange: manuscrito publicação, análise entre pares, edição de texto, design,

administração e envio.

Países desenvolvidos pagam a taxa de € 60 e países em desenvolvimento € 40 - Um

tamanho de página A4: espaço duplo, fonte 12, margens: 2,5.

Manuscritos apenas aceitos serão publicados entre 3 e 6 meses.

O JFAE promove a rápida publicação de trabalhos de pesquisa ou revisão. Durante

os últimos anos, o tempo total para análise entre pares, edição de texto e publicação

reduziu drasticamente. Para rápida avaliação, os autores podem submeter seus manuscritos

por meio de e-mail.

Nosso objetivo é informar os autores da decisão sobre o seu manuscrito a primeira

hora. Após a aceitação do manuscrito, sob a forma de direitos de autor assinado juntamente

com a cópia das taxas de publicação devem ser enviadas por correio registado antes do

prazo e do papel normalmente será publicado no próximo número disponível (§: política

revista).

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Anexo 2 - Normas da Revista Cap. 2

Revista Brasileira de Plantas Medicinais

Normas Editoriais

A Revista Brasileira de Plantas Medicinais - RBPM é publicação trimestral,

exclusivamente eletrônica a partir de 2012, e destina-se à divulgação de trabalhos

científicos originais, revisões bibliográficas, e notas prévias, que deverão ser inéditos e

contemplar as grandes áreas relativas ao estudo de plantas medicinais. Manuscritos que

envolvam ensaios clínicos deverão vir acompanhados de autorização da Comissão de

Ética pertinente para realização da pesquisa. Os artigos podem ser redigidos em português,

inglês ou espanhol, sendo obrigatória a apresentação do resumo em português e em inglês,

independente do idioma utilizado. Os artigos devem ser enviados por e-

mail: [email protected], com letra Arial 12, espaço duplo, margens de 2 cm, em

"Word for Windows". Os artigos, em qualquer modalidade, não devem exceder 20

paginas. No e-mail, enviar telefone para eventuais contatos urgentes.

Para a publicação, os artigos aprovados submetidos à RBPM a partir de 1º de

Abril de 2013 (inclusive), terão custo de tramite de 300 reais (trezentos reais) a ser

efetivado pelos autores/responsáveis somente na ocasião do recebimento da carta de

aceitação do artigo, quando receberão o respectivo boleto e instruções para o pagamento.

Forma e preparação de manuscritos

ARTIGO CIENTÍFICO

Os artigos deverão ser organizados em:

TÍTULO: Deverá ser claro e conciso, escrito apenas com a inicial maiúscula, negrito,

centralizado, na parte superior da página. Se houver subtítulo, deverá ser em seguida ao

título, em minúscula, podendo ser precedido de um número de ordem em algarismo

romano. Os nomes comuns das plantas medicinais devem ser seguidos pelo nome

científico (binômio latino e autor) entre parênteses.

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AUTORES: Começar pelo último sobrenome dos autores por extenso (nomes

intermediários somente iniciais, sem espaço entre elas) em letras maiúsculas, 2 linhas

abaixo do título. Após o nome de cada autor deverá ser colocado um número sobrescrito

que deverá corresponder ao endereço: instituição, endereço da instituição (rua e número

ou Caixa Postal, cidade, sigla do estado, CEP, e-mail). Indicar o autor que deverá receber

a correspondência. Os autores devem ser separados com ponto e vírgula.

RESUMO: Deverá constar da mesma página onde estão o título e os autores, duas linhas

abaixo dos autores. O resumo deverá ser escrito em um único parágrafo, contendo

objetivo, resumo do material e método, principais resultados e conclusão. Não deverá

apresentar citação bibliográfica.

Palavras-chave: Deverão ser colocadas uma linha abaixo do resumo, na margem

esquerda, podendo constar até cinco palavras.

ABSTRACT: Apresentar o título e resumo em inglês, no mesmo formato do redigido em

português, com exceção do título, apenas com a inicial em maiúscula, que virá após a

palavra ABSTRACT.

Key words: Abaixo do Abstract deverão ser colocadas as palavras-chave em inglês,

podendo constar até cinco palavras.

INTRODUÇÃO: Na introdução deverá constar breve revisão de literatura e os objetivos

do trabalho. As citações de autores no texto deverão ser feitas de acordo com os seguintes

exemplos: Silva (1996); Pereira & Antunes (1985); (Souza & Silva, 1986) ou quando

houver mais de dois autores Santos et al. (1996).

MATERIAL E MÉTODO (CASUÍSTICA): Deverá ser feita apresentação completa das

técnicas originais empregadas ou com referências de trabalhos anteriores que as

descrevam. As análises estatísticas deverão ser igualmente referenciadas. Na metodologia

deverão constar os seguintes dados da espécie estudada: nome popular; nome científico

com autor e indicação da família botânica; nome do botânico responsável pela

identificação taxonômica; nome do herbário onde a exsicata está depositada, e o

respectivo número (Voucher Number); época e local de coleta, bem como, a parte da

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planta utilizada.

RESULTADO E DISCUSSÃO: Poderão ser apresentados separados, ou como um só

capítulo, contendo a conclusão sumarizada no final.

AGRADECIMENTO: deverá ser colocado neste capítulo (quando houver).

REFERÊNCIA: As referências devem seguir as normas da ABNT 6023 e de acordo com

os exemplos:

Periódicos:

AUTOR(ES) separados por ponto e vírgula, sem espaço entre as iniciais. Título do

artigo. Nome da Revista, por extenso, volume, número, página inicial-página final, ano.

KAWAGISHI, H. et al. Fractionation and antitumor activity of the water-insoluble residue

of Agaricus blazei fruiting bodies. Carbohydrate Research, v.186, n.2, p.267-73, 1989.

Livros:

AUTOR. Título do livro. Edição. Local de publicação: Editora, Ano. Total de páginas.

MURRIA, R.D.H.; MÉNDEZ, J.; BROWN, S.A. The natural coumarins: occurrence,

chemistry and biochemistry. 3.ed. Chinchester: John Wiley & Sons, 1982. 702p.

Capítulos de livros:

AUTOR(ES) DO CAPÍTULO. Título do Capítulo. In: AUTOR (ES) do LIVRO. Título

do livro: subtítulo. Edição. Local de Publicação: Editora, ano, página inicial-página final.

HUFFAKER, R.C. Protein metabolism. In: STEWARD, F.C. (Ed.). Plant physiology: a

treatise. Orlando: Academic Press, 1983. p.267-33.

Tese ou Dissertação:

AUTOR. Título em destaque: subtítulo. Ano. Total de páginas. Categoria (grau e área de

concentração) - Instituição, Universidade, Local.

OLIVEIRA, A.F.M. Caracterização de Acanthaceae medicinais conhecidas como

anador no nordeste do Brasil. 1995. 125p. Dissertação (Mestrado - Área de

Concentração em Botânica) - Departamento de Botânica, Universidade Federal de

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Pernambuco, Recife.

Trabalho de Evento:

AUTOR(ES). Título do trabalho. In: Nome do evento em caixa alta, número, ano,

local. Tipo de publicação em destaque... Local: Editora, ano. página inicial-página

final.

VIEIRA, R.F.; MARTINS, M.V.M. Estudos etnobotânicos de espécies medicinais de uso

popular no Cerrado. In: INTERNATIONAL SAVANNA SYMPOSIUM, 3., 1996,

Brasília. Proceedings… Brasília: Embrapa, 1996. p.169-71.

Publicação Eletrônica:

AUTOR(ES). Título do artigo. Título do periódico em destaque, volume, número,

página inicial-página final, ano. Local: editora, ano. Páginas. Disponível em:

<http://www........>. Acesso em: dia mês (abreviado) ano. PEREIRA, R.S. et al. Atividade

antibacteriana de óleos essenciais em cepas isoladas de infecção urinária. Revista de

Saúde Pública, v.38, n.2, p.326-8, 2004. Disponível em:http://www.scielo.br. Acesso em:

18 abr. 2005.

Não citar resumos e relatórios de pesquisa, a não ser que a informação seja muito

importante e não tenha sido publicada de outra forma. Comunicações pessoais devem ser

colocadas no rodapé da página onde aparecem no texto e evitadas se possível. Devem ser

também evitadas citações do tipo: Almeida (1994) citado por Souza (1997).

TABELAS: Devem ser inseridas no texto, com letra do tipo Arial 10, espaço simples. A

palavra TABELA (Arial 12) deve ser em letras maiúsculas, seguidas por algarismo

arábico; já quando citadas no texto devem ser em letras minúsculas (Tabela).

FIGURAS: As ilustrações (gráficos, fotográficas, desenhos, mapas) devem ser em letras

maiúsculas seguidas por algarismo arábico, Arial 12, e inseridas no texto. Quando citadas

no texto devem ser em letras minúsculas (Figura). As legendas e eixos devem ser em Arial

10, enviadas em arquivos separados, com resolução 300 DPI, 800x600, com extensão JPG

ou TIFF, para impressão de publicação.

Processo de avaliação: Os manuscritos são analisados por, pelo menos, dois pareceristas,

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segundo um roteiro de análise baseado principalmente no conteúdo científico. Os

pareceristas recomendarão a aceitação com ou sem necessidade de retornar; recusa, ou

sugerir reformulações, e que, neste caso, o artigo reformulado retornará ao parecerista até

que a avaliação seja concluída. Quando no mínimo 2 pareceristas aprovarem, sem

necessidade de retornar, o artigo estará pronto para ser publicado e o autor receberá a carta

de aceite bem como as instruções para pagamento dos custos de tramite (R$300 reais)*.

Os nomes dos pareceristas permanecerão em sigilo, omitindo-se também perante estes os

nomes dos autores.

* Somente os artigos aprovados que foram submetidos a partir de 1º de abril de 2013 terão

custo para publicação.

Direitos autorais: Ao encaminhar um manuscrito para a RBPM os autores devem estar

cientes de que, se aprovado para publicação, o copyright do artigo, incluindo os direitos

de reprodução em todas as mídias e formatos, deverá ser concedido exclusivamente para

as Memórias.

ATENÇÃO: Artigos que não estiverem de acordo com essas normas serão devolvidos.

Observação: São de exclusiva responsabilidade dos autores as opiniões e conceitos

emitidos nos trabalhos. Contudo, reserva-se ao Conselho Editorial, o direito de sugerir ou

solicitar modificações que julgarem necessárias.