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Questões de referência Enem 2009

Composite Default screen Color profile: Generic CMYK printer … · 03. Ao utilizarmos um copo descartável não nos damos conta do longo caminho pelo qual passam os átomos ali existentes,

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Questões

Ciências da Natureza e suas Tecnologias . . . . . . . . 03

Ciências Humanas e suas Tecnologias . . . . . . . . . . 08

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias . . . . . . . . 13

Matemática e suas Tecnologias . . . . . . . . . . . . . . . . 18

Respostas

Ciências da Natureza e suas Tecnologias . . . . . . . . 23

Ciências Humanas e suas Tecnologias . . . . . . . . . . 23

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias . . . . . . . . 24

Matemática e suas Tecnologias . . . . . . . . . . . . . . . . 25

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Ciências da Natureza e suas Tecnologias

01. Um dos modelos usados na caracteri-zação dos sons ouvidos pelo ser humano ba-seia-se na hipótese de que ele funciona comoum tubo ressonante. Neste caso, os sons ex-ternos produzem uma variação de pressão doar no interior do canal auditivo, fazendo amembrana (tímpano) vibrar. Esse modelopressupõe que o sistema funciona de formaequivalente à propagação de ondas sonorasem tubos com uma das extremidades fecha-das pelo tímpano. As frequências que apre-sentam ressonância com o canal auditivo têmsua intensidade reforçada, enquanto outraspodem ter sua intensidade atenuada.

Considere que, no caso de ressonância, ocorraum nó sobre o tímpano e ocorra um ventre daonda na saída do canal auditivo, de compri-mento L igual a 3,4 cm. Assumindo que a ve-locidade do som no ar (v) é igual a 340 m/s, afrequência do primeiro harmônico (frequên-cia fundamental, n = 1) que se formaria nocanal, ou seja, a frequência mais baixa queseria reforçada por uma ressonância no canalauditivo, usando este modelo éa) 0,025 kHz, valor que considera a frequên-cia do primeiro harmônico como igual a nv/4Le equipara o ouvido a um tubo com ambas asextremidades abertas.b) 2,5 kHz, valor que considera a frequênciado primeiro harmônico como igual a nv/4L eequipara o ouvido a um tubo com uma extre-midade fechada.

c) 10 kHz, valor que considera a frequênciado primeiro harmônico como igual a nv/L eequipara o ouvido a um tubo com ambas asextremidades fechadas.d) 2.500 kHz, valor que expressa a frequênciado primeiro harmônico como igual a nv/L,aplicável ao ouvido humano.e) 10.000 kHz, valor que expressa a frequên-cia do primeiro harmônico como igual a nv/L,aplicável ao ouvido e a tubo aberto e fechado.

02. O gráfico a seguir ilustra, de maneirahipotética, o número de casos, ao longo de 20anos, de uma doença infecciosa e transmissí-vel (linha cheia), própria de uma região tropi-cal específica, transmitida por meio da picadade inseto. A variação na densidade populacio-nal do inseto transmissor, na região conside-rada, é ilustrada (linha pontilhada). Duranteo período apresentado não foram registradoscasos dessa doença em outras regiões.

Sabendo que as informações se referem a umcaso típico de endemia, com um surto epidê-mico a cada quatro anos, percebe-se que noterceiro ciclo houve um aumento do númerode casos registrados da doença. Após essesurto foi realizada uma intervenção que con-trolou essa endemia devidoa) à população ter se tornado autoimune.b) à introdução de predadores do agentetransmissor.c) à instalação de proteção mecânica nas resi-dências, como telas nas aberturas.d) ao desenvolvimento de agentes químicospara erradicação do agente transmissor.e) ao desenvolvimento de vacina que aindanão era disponível na época do primeiro surto.

ETAPA 131 3

tímpano

canal auditivo

LLtímpano

canal auditivo

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03. Ao utilizarmos um copo descartável nãonos damos conta do longo caminho pelo qualpassam os átomos ali existentes, antes e apósesse uso. O processo se inicia com a extraçãodo petróleo, que é levado às refinarias paraseparação de seus componentes. A partir damatéria-prima fornecida pela indústria petro-química, a indústria química produz o polí-mero à base de estireno, que é moldado naforma de copo descartável ou de outros obje-tos, tais como utensílios domésticos. Depoisde utilizados, os copos são descartados e joga-dos no lixo para serem reciclados ou deposita-dos em aterros.Materiais descartáveis, quando não recicla-dos, são muitas vezes rejeitados e deposita-dos indiscriminadamente em ambientes na-turais. Em consequência, esses materiais sãomantidos na natureza por longo período detempo. No caso de copos plásticos constituí-dos de polímeros à base de produtos petrolífe-ros, o ciclo de existência deste material passapor vários processos que envolvema) a decomposição biológica, que ocorre ematerros sanitários, por micro-organismos queconsomem plásticos com estas característicasapolares.b) a polimerização, que é um processo artifi-cial inventado pelo homem, com a geração denovos compostos resistentes e com maioresmassas moleculares.c) a decomposição química, devido à quebrade ligações das cadeias poliméricas, o queleva à geração de compostos tóxicos ocasio-nando problemas ambientais.d) a polimerização, que produz compostos depropriedades e características bem definidas,com geração de materiais com ampla distri-buição de massa molecular.e) a decomposição, que é considerada umareação química porque corresponde à uniãode pequenas moléculas, denominadas monô-meros, para a formação de oligômeros.

04. A nanotecnologia está ligada à manipu-lação da matéria em escala nanométrica, ouseja, uma escala tão pequena quanto a de umbilionésimo do metro. Quando aplicada àsciências da vida, recebe o nome de nanobio-tecnologia. No fantástico mundo da nanobio-tecnologia, será possível a invenção de dispo-

sitivos ultrapequenos que, usando conheci-mentos da biologia e da engenharia, permiti-rão examinar, manipular ou imitar os siste-mas biológicos.

LACAVA, Z.; MORAIS, P. Nanobiotecnologia esaúde. Com Ciência. Reportagens. Nanociência &

Nanotecnologia. Disponível em:<http://www.comciencia.br/reportagens/

nanotecnologia/nano15.htm>.Acesso em: 4 maio 2009.

Como exemplo da utilização dessa tecnologiana Medicina, pode-se citar a utilização de na-nopartículas magnéticas (nanoimãs) em tera-pias contra o câncer. Considerando-se que ocampo magnético não age diretamente sobreos tecidos, o uso dessa tecnologia em relaçãoàs terapias convencionais éa) de eficácia duvidosa, já que não é possívelmanipular nanopartículas para serem usadasna medicina com a tecnologia atual.b) vantajoso, uma vez que o campo magnéticogerado por essas partículas apresenta pro-priedades terapêuticas associadas ao desapa-recimento do câncer.c) desvantajoso, devido à radioatividade gera-da pela movimentação de partículas magnéti-cas, o que, em organismos vivos, poderia cau-sar o aparecimento de tumores.d) desvantajoso, porque o magnetismo está as-sociado ao aparecimento de alguns tipos decâncer no organismo feminino como, por exem-plo, o câncer de mama e o de colo de útero.e) vantajoso, pois se os nanoimãs forem liga-dos a drogas quimioterápicas, permitem queestas sejam fixadas diretamente em um tu-mor por meio de um campo magnético exter-no, diminuindo-se a chance de que áreas sau-dáveis sejam afetadas.

05. Considere a situação em que foram rea-lizados dois experimentos, designados deexperimentos A e B, com dois tipos celulares,denominados células 1 e 2. No experimento A,as células 1 e 2 foram colocadas em uma so-lução aquosa contendo cloreto de sódio (NaCl)e glicose (C H O6 12 6), com baixa concentraçãode oxigênio. No experimento B foi fornecidaàs células 1 e 2 a mesma solução, porém comalta concentração de oxigênio, semelhante àatmosférica. Ao final do experimento, me-diu-se a concentração de glicose na solução

4 Matriz de Referência do Enem 2009 131 ETAPA

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extracelular em cada uma das quatro situa-ções. Este experimento está representado noquadro abaixo. Foi observado no experimentoA que a concentração de glicose na soluçãoque banhava as células 1 era maior que a dasolução contendo as células 2 e esta era me-nor que a concentração inicial. No experi-mento B, foi observado que a concentração deglicose na solução das células 1 era igual àdas células 2 e esta era idêntica à observa-da no experimento A, para as células 2, aofinal do experimento.

Experimento A Experimento B

Células 1 Células 2 Células 1 Células 2

NaCl e glicosebaixa concentração

de oxigênio

NaCl e glicosealta concentração de

oxigênio

Pela interpretação do experimento descrito,pode-se observar que o metabolismo das célu-

las estudadas está relacionado às condiçõesempregadas no experimento, visto que asa) células 1 realizam metabolismo aeróbio.b) células 1 são incapazes de consumir glicose.c) células 2 consomem mais oxigênio que ascélulas 1.d) células 2 têm maior demanda de energiaque as células 1.e) células 1 e 2 obtiveram energia a partir desubstratos diferentes

06. No século XXI, racionalizar o uso daenergia é uma necessidade imposta ao homemdevido ao crescimento populacional e aos pro-blemas climáticos que o uso da energia, nosmoldes em que vem sendo feito, tem criadopara o planeta. Assim, melhorar a eficiênciano consumo global de energia torna-se impe-rativo. O gráfico, a seguir, mostra a partici-pação de vários setores da atividade econômi-ca na composição do PIB e sua participaçãono consumo final de energia no Brasil.

ETAPA 131 Matriz de Referência do Enem 2009 5

PARTICIPAÇÃO % NO PIB E NO CONSUMODE ENERGIA _ 2000

SERV = ServiçosQ.IND. = Outras indústriasAGRO = AgropecuáriaENER = EnergiaQUIM = QuímicaA&B = Alimentos e Bebidas

TRAN = TransporteMET = MetalúrgicaP&C = Papel e CeluloseÑ.MET = Não metais (cerâmica e cimento)TÊX = TêxtilMIN = Mineração

SERV Q.IND. AGRO ENER QUIM A&B TRAN MET P&C Ñ.MET TÊX MIN

% DO PIB % DO CONSUMO DE ENERGIA

60,0

50,0

40,0

30,0

20,0

10,0

00,0

PATUSCO, J. A. M. Energia e economia no Brasil 1970-2000. Economia & Energia,n. 35, nov./dez., 2002. Disponível em:<http://ecen.com/eee35/energ-econom1970-2000.htm>.

Acesso em: 20 mar. 2009. (com adaptações).

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Considerando os dados apresentados, a fontede energia primária para a qual uma melho-ria de 10% na eficiência de seu uso resultariaem maior redução no consumo global de ener-gia seriaa) o carvão.c) a biomassa.e) a hidroeletricidade.

b) o petróleo.d) o gás natural.

07. “Quatro, três, dois, um... Vá!” O relógiomarcava 9h32min (4h32min em Brasília) nasala de comando da Organização Europeia dePesquisa Nuclear (CERN), na fronteira daSuíça com a França, quando o narradoranunciou o surgimento de um flash branconos dois telões. Era sinal de que o experimen-to científico mais caro e mais complexo dahumanidade tinha dado seus primeiros pas-sos rumo à simulação do Big Bang, a grandeexplosão que originou o universo. A plateia,formada por jornalistas e cientistas, comemo-rou com aplausos assim que oprimeiro feixe de prótons foiinjetado no interior do GrandeColisor de Hadrons (LHC –Large Hadrons Collider), umtúnel de 27 km de circunferên-cia construído a 100 m de pro-fundidade. Duas horas depois,o segundo feixe foi lançado, emsentido contrário. Os feixes vãoatingir velocidade próxima àda luz e, então, colidirão umcom o outro. Essa colisão pode-rá ajudar a decifrar mistériosdo universo.

CRAVEIRO, R. “Máquina do BigBang” é ligada. Correio Braziliense,

Brasília, 11 set. 2008, p. 34.(com adaptações).

Segundo o texto, o experimentono LHC fornecerá dados quepossibilitarão decifrar os mis-térios do universo. Para anali-sar esses dados provenientesdas colisões no LHC, os pesqui-sadores utilizarão os princípiosde transformação da energia.Sabendo desses princípios,pode-se afirmar quea) as colisões podem ser elásti-cas ou inelásticas e, em ambos

os casos, a energia cinética total se dissipa nacolisão.b) a energia dos aceleradores é provenienteda energia liberada nas reações químicas nofeixe injetado no interior do Grande Colisor.c) o feixe de partículas adquire energia cinéticaproveniente das transformações de energia ocor-ridas na interação do feixe com os aceleradores.d) os aceleradores produzem campos magné-ticos que não interagem com o feixe, já que aenergia preponderante das partículas no fei-xe é a energia potencial.e) a velocidade das partículas do feixe é irre-levante nos processos de transferência deenergia nas colisões, sendo a massa das par-tículas o fator preponderante.

08. A figura a seguir ilustra as principaisfontes de emissões mundiais de gás carbôni-co, relacionando-as a nossas compras domés-ticas (familiares).

6 Matriz de Referência do Enem 2009 131 ETAPA

Compre verde: como nossas compras podem ajudar a salvar oplaneta. Época, n. 515, 31 março 2008.

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Com base nas informações da figura, é obser-vado que as emissões de gás carbônico estãodiretamente ligadas às compras domésticas.Deste modo, deduz-se das relações de produ-ção e consumo apresentadas quea) crescimento econômico e proteção ambien-tal são políticas públicas incompatíveis.b) a redução da atividade industrial teria poucoimpacto nas emissões globais de gás carbônico.c) os fluxos de carbono na biosfera não sãoafetados pela atividade humana, pois sãoprocessos cíclicos.d) a produção de alimentos, em seu conjunto,é diretamente responsável por 17% das emis-sões de gás carbônico.e) haveria decréscimo das emissões de gáscarbônico se o consumo ocorresse em áreasmais próximas da produção.

09. “Dê-me um navio cheio de ferro e eu lhedarei uma era glacial”, disse o cientista JohnMartin (1935-1993), dos Estados Unidos, arespeito de uma proposta de intervenção am-biental para resolver a elevação da tempera-tura global; o americano foi recebido com mui-to ceticismo. O pesquisador notou que marescom grande concentração de ferro apresenta-vam mais fitoplâncton e que essas algas eramcapazes de absorver elevadas concentraçõesde dióxido de carbono da atmosfera. Esta in-corporação de gás carbônico e de água (H2O)pelas algas ocorre por meio do processo de fo-tossíntese, que resulta na produção de maté-ria orgânica empregada na constituição dabiomassa e na liberação de gás oxigênio (O2).Para essa proposta funcionar, o carbono ab-sorvido deveria ser mantido no fundo do mar,mas como a maioria do fitoplâncton faz parteda cadeia alimentar de organismos marinhos,ao ser decomposto devolve CO2 à atmosfera.

Os sete planos para salvar o mundo. Galileu,n. 214, maio 2009. (com adaptações).

Considerando que a ideia do cientista JohnMartin é viável e eficiente e que todo o gáscarbônico absorvido (CO2 , de massa molarigual a 44 g/mol) transforma-se em biomassafitoplanctônica (cuja densidade populacionalde 100 g/m2 é representada por C H O6 12 6 , demassa molar igual a 180 g/mol), um aumentode 10 km2 na área de distribuição das algasresultaria naa) emissão de 4,09 × 106 kg de gás carbônicopara a atmosfera, bem como no consumo detoneladas de gás oxigênio da atmosfera.

b) retirada de 1,47 × 106 kg de gás carbônicoda atmosfera, além da emissão direta de to-neladas de gás oxigênio para a atmosfera.c) retirada de 1,00 × 106 kg de gás carbônicoda atmosfera, bem como na emissão direta detoneladas de gás oxigênio das algas para a at-mosfera.d) retirada de 6,82 × 105 kg de gás carbônicoda atmosfera, além do consumo de toneladasde gás oxigênio da atmosfera para a biomas-sa fitoplanctônica.e) emissão de 2,44 × 105 kg de gás carbônicopara a atmosfera, bem como na emissão dire-ta de milhares de toneladas de gás oxigêniopara a atmosfera a partir das algas.

10. Na Região Amazônica, diversas espécies deaves se alimentam da ucuuba (Virola sebifera),uma árvore que produz frutos com polpa carno-sa, vermelha e nutritiva. Em locais onde essasárvores são abundantes, as aves se alternamno consumo dos frutos maduros, ao passo queem locais onde elas são escassas, tuca-nos-de-papo-branco (Ramphastus tucanoscuvieri) permanecem forrageando nas árvorespor mais tempo. Por serem de grande porte, ostucanos-de-papo-branco não permitem a apro-ximação de aves menores, nem mesmo de ou-tras espécies de tucanos. Entretanto, um tucanode porte menor (Ramphastus vitellinus Ariel),ao longo de milhares de anos, apresentou mo-dificação da cor do seu papo, do amarelo para obranco, de maneira que se tornou semelhanteao seu parente maior. Isso permite que o tuca-no menor compartilhe as ucuubas com a espé-cie maior sem ser expulso por ela ou sofrer asagressões normalmente observadas nas áreasonde a espécie apresenta o papo amarelo.

PAULINO NETO, H. F. Um tucano ‘disfarçado’.Ciência Hoje, v. 252, p. 67-69, set. 2008.

(com adaptações).

O fenômeno que envolve as duas espécies detucano constitui um caso dea) mutualismo, pois as duas espécies compar-tilham os mesmos recursos.b) parasitismo, pois a espécie menor conse-gue se alimentar das ucuubas.c) relação intraespecífica, pois ambas as espé-cies apresentam semelhanças físicas.d) sucessão ecológica, pois a espécie menorestá ocupando o espaço da espécie maior.e) mimetismo, pois uma espécie está fazendouso de uma semelhança física em benefíciopróprio.

ETAPA 131 Matriz de Referência do Enem 2009 7

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Ciências Humanas e suas Tecnologias

01. A Superintendência Regional do Insti-tuto do Patrimônio Histórico e ArtísticoNacional (Iphan) desenvolveu o projeto “Co-munidades Negras de Santa Catarina”, quetem como objetivo preservar a memória dopovo afrodescendente no sul do País. A ances-tralidade negra é abordada em suas diversasdimensões: arqueológica, arquitetônica, pai-sagística e imaterial. Em regiões como a doSertão de Valongo, na cidade de Porto Belo, afixação dos primeiros habitantes ocorreu ime-diatamente após a abolição da escravidão noBrasil. O Iphan identificou nessa região umtotal de 19 referências culturais, como os co-nhecimentos tradicionais de ervas de chá, oplantio agroecológico de bananas e os cultosadventistas de adoração.

Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do?id=14256&

sigla=Noticia&retorno=detalheNoticia.Acesso em: 1 jun. 2009. (com adaptações).

O texto acima permite analisar a relação en-tre cultura e memória, demonstrando quea) as referências culturais da população afro-descendente estiveram ausentes no sul doPaís, cuja composição étnica se restringe aosbrancos.b) a preservação dos saberes das comunida-des afrodescendentes constitui importanteelemento na construção da identidade e dadiversidade cultural do País.c) a sobrevivência da cultura negra estábaseada no isolamento das comunidades tra-dicionais, com proibição de alterações emseus costumes.d) os contatos com a sociedade nacional têmimpedido a conservação da memória e doscostumes dos quilombolas em regiões como ado Sertão de Valongo.e) a permanência de referenciais culturais queexpressam a ancestralidade negra comprome-te o desenvolvimento econômico da região.

02. O tráfico de escravos em direção à Bahiapode ser dividido em quatro períodos:

1.º – O ciclo da Guiné durante a segunda me-tade do século XVI;2.º – O ciclo de Angola e do Congo no séculoXVII;3.º – O ciclo da Costa da Mina durante os trêsprimeiros quartos do século XVIII;4.º – O ciclo da Baía de Benin entre 1770 e1850, estando incluído aí o período do tráficoclandestino.A chegada dos daomeanos (jejes) ocorreu nosdois últimos períodos. A dos nagô-iorubáscorresponde, sobretudo, ao último. A fortepredominância dos iorubás na Bahia, de seususos e costumes, seria explicável pela vindamaciça desse povo no último dos ciclos.

VERGER, Pierre. Fluxo e refluxo do tráfico de es-cravos entre o golfo do Benin e a Bahia de Todos osSantos: dos séculos XVII a XIX. Tradução de Tasso

Gadzanis. São Paulo: Corrupio, 1987. p. 9.(com adaptações).

Os diferentes ciclos do tráfico de escravos dacosta africana para a Bahia, no Brasil, indi-cam quea) o início da escravidão no Brasil data doséculo XVI, quando foram trazidos para o Nor-deste os chamados “negros da Guiné”, espe-cialistas na extração de ouro.b) a diversidade das origens e dos costumesde cada nação africana é impossível de seridentificada, uma vez que a escravidão mol-dou os grupos envolvidos em um processo cul-tural comum.c) os ciclos correspondentes a cada período dotráfico de diferentes nações africanas para aBahia estão relacionados aos distintos portosde comercialização de escravos.d) o tráfico de escravos jejes para a Bahia,durante o ciclo da Baía de Benin, ocorreu deforma mais intensa a partir do final do séculoXVII até a segunda metade do século XVIII.e) a escravidão nessa província se estendeudo século XVI até o início do século XVIII, di-ferentemente do que ocorreu em outras re-giões do País.

8 131 ETAPA

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03.

O desenho do artista uruguaio Joaquín Tor-res-García trabalha com uma representaçãodiferente da usual da América Latina. Emartigo publicado em 1941, em que apresentaa imagem e trata do assunto, Joaquín afirma:

“Quem e com que interesse dita o que é o nortee o sul? Defendo a chamada Escola do Sulpor que na realidade, nosso norte é o Sul. Nãodeve haver norte, senão em oposição ao nossosul. Por isso colocamos o mapa ao revés, des-de já, e então teremos a justa ideia de nossaposição, e não como querem no resto do mun-do. A ponta da América assinala insistente-mente o sul, nosso norte”.

TORRES-GARCÍA, J. Universalismo constructivo.Buenos Aires: Poseidón, 1941. (com adaptações).

O referido autor, no texto e imagem acima,a) privilegiou a visão dos colonizadores daAmérica.b) questionou as noções eurocêntricas sobre omundo.c) resgatou a imagem da América como cen-tro do mundo.d) defendeu a Doutrina Monroe expressa nolema “América para os americanos”.e) propôs que o sul fosse chamado de norte evice-versa.

04. Figuram no atual quadro econômicomundial países considerados economias emer-gentes, também chamados de novos paísesindustrializados. Apresentam nível conside-rável de industrialização e alto grau de inves-

timentos externos, no entanto as populaçõesdesses países convivem com estruturas so-ciais e econômicas arcaicas e com o agrava-mento das condições de vida nas cidades. Asprincipais economias emergentes que desper-tam o interesse dos empresários do mundosão: Brasil, Rússia, Índia e China (BRIC).Tais países apresentam características co-muns, como mão de obra abundante e signifi-cativas reservas de recursos minerais.

Diante do quadro apresentado, é possível in-ferir que a reunião desses países, sob a siglaBRIC, aponta paraa) um novo sistema socioeconômico baseadona superação das desigualdades que confe-riam sentido à ideia de Terceiro Mundo.b) a razoabilidade do pleito de participaremdo Conselho de Segurança da Organizaçãodas Nações Unidas (ONU).c) a melhoria natural das condições sociaisem decorrência da aceleração econômica e daredução dos níveis de desemprego.d) a perspectiva de que se tornem, a médioprazo, economias desenvolvidas com uma sé-rie de desafios comuns.e) a formação de uma frente diplomática como objetivo de defender os interesses dos paí-ses menos desenvolvidos.

05.Normalidade II – Quino

Disponível em: <http://www.filosofia.com.br/figuras/charge/49.jpg>. Acesso em: 26 mar. 2009.

ETAPA 131 Matriz de Referência do Enem 2009 9

E POR QUE DIABOS CAMINHAMOS

COMO CARNEIROS SEM SEQUER

SABER PARA ONDE VAMOS?

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“Eu não vou mais precisar de muita força,vou usar todas as que tenho agora” – ele pen-sou. E ele se lembrou das moscas que reben-tam suas perninhas ao tentarem escapar domata-moscas.

KAFKA, Franz. O processo. Porto Alegre: L & PMPocket, 2007. p. 258. (Fragmento).

O Controle Social pode ser tomado como umconjunto de penalidades e aprovações, cha-madas também de sanções. Estas são aplica-das aos indivíduos pela sociedade para asse-gurar a conformidade das condutas aos mo-delos estabelecidos. A imagem e o texto des-tacam aspectos relativosa) à garantia de liberdade coletiva pelo usoda força.b) aos anseios idealistas utópicos perante asconvenções sociais.c) à natureza imitadora da maioria dos indi-víduos diante das instituições sociais.d) à possibilidade de reação e reversão deprocessos condicionantes.e) às relações de poder presentes nas socieda-des.

06. Sigo o destino que me é imposto. Depoisde decênios de domínio e espoliação dos gruposeconômicos e financeiros internacionais, fiz-mechefe de uma revolução e venci. Iniciei o traba-lho de libertação e instaurei o regime de liber-dade social. Tive de renunciar. Voltei ao gover-no nos braços do povo. [...] Quis criar liberdadenacional na potencialização das nossas rique-zas através da Petrobrás, mal começa esta afuncionar, a onda de agitação se avoluma.

VARGAS, Getúlio. Carta Testamento, Rio deJaneiro, 23/08/1954 (fragmento). Disponível em:

<http://www.rio.rj.gov.br/memorialgetuliovargas/>.Acesso em: 26 jun. 2009.

O contexto político tratado refere-se a umsignificativo período da história do Brasil, o2º Governo de Vargas (1951-1954), que foimarcado pelo aumento da infiltração do Par-tido Comunista Brasileiro (PCB) nos sindica-tos e pelo distanciamento entre Getúlio e osmilitares que o haviam apoiado durante oEstado Novo. O conteúdo da carta testamen-to de Getúlio aponta para a

a) existência de um conflito ideológico entreas forças nacionais e a pressão do capital in-ternacional.b) tendência de instalação de um governocom o apoio do povo e sob a égide das privati-zações.c) construção de um pacto entre o governo e aoposição visando fortalecer a Petrobrás.d) iminência de um golpe protagonizado peloPartido Comunista Brasileiro (PCB).e) pressão dos militares contra o monopólioestatal sobre a exploração e a comercializaçãodo petróleo.

07. A crise de 1929 e dos anos subsequentesteve sua origem no grande aumento da pro-dução industrial e agrícola, nos EUA, ocorri-do durante a 1ª Guerra Mundial, quando omercado consumidor, principalmente o exter-no, conheceu ampliação significativa. O rápi-do crescimento da produção e das empresasvalorizou as ações e estimulou a especulação,responsável pela “pequena crise” de 1920-21.Em outubro de 1929, a venda cresceu nasBolsas de Valores, criando uma tendência debaixa no preço das ações, o que fez com quemuitos investidores ou especuladores ven-dessem seus papéis. De 24 a 29 de outubro,a Bolsa de Nova York teve um prejuízo deUS$ 40 bilhões. A redução da receita tributá-ria que atingiu o Estado fez com que os em-préstimos ao exterior fossem suspensos e asdívidas, cobradas; e que se criassem tambémaltas tarifas sobre produtos importados, tor-nando a crise internacional.RECCO, C. História: a crise de 29 e a depressão do

capitalismo. Disponível em:<http://www1.folha.uol.com.br/folha/

educacao/ult305u11504.shtml>.Acesso em: 26 out. 2008. (com adaptações).

Os fatos apresentados permitem inferir quea) as despesas e prejuízos decorrentes da1ª Guerra Mundial levaram à crise de 1929,devido à falta de capital para investimentos.b) o significativo incremento da produção in-dustrial e agrícola norte-americana durantea 1ª Guerra Mundial consistiu num dos fato-res originários da crise de 1929.

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c) a queda dos índices nas Bolsas de Valorespode ser apontada como causa do aumentodos preços de ações nos EUA em outubro de1929.d) a crise de 1929 eclodiu nos EUA a partirda interrupção de empréstimos ao exterior eda criação de altas tarifas sobre produtos deorigem importada.e) a crise de 1929 gerou uma ampliação domercado consumidor externo e, consequente-mente, um crescimento industrial e agrícolanos EUA.

08. A economia solidária foi criada por ope-rários, no início do capitalismo industrial,como resposta à pobreza e ao desemprego queresultavam da utilização das máquinas, noinício do século XIX. Com a criação de coope-rativas (de produção, de prestação de servi-ços, de comercialização ou de crédito), os tra-balhadores buscavam independência econô-mica e capacidade de controlar as novas tec-nologias, colocando-as a serviço de todos osmembros da empresa. Essa ideia persistiu ese espalhou: da reciclagem ao microcrédito, jáexistem milhares de empreendimentos dessetipo hoje em dia, em várias partes do mundo.Na economia solidária, todos os que traba-lham são proprietários da empresa. Trata-seda possibilidade de uma empresa sem divisãoentre patrão e empregados, sem busca exclu-siva pelo lucro e mais apoiada na qualidadedo que na quantidade de trabalho, em convi-vência com a economia de mercado.

SINGER, Paul. A recente ressurreição daeconomia solidária no Brasil.

Disponível em: <http://www.cultura.ufpa.br/itcpes/documentos/ecosolv2.pdf>.

Acesso em: 23 mar. 2009. (com adaptações).

A economia solidária, no âmbito da sociedadecapitalista, institui complexas relações sociais,demonstrando quea) a fraternidade entre patrões e empregados,comum no cooperativismo, tem gerado solu-ções criativas para o desemprego desde o iní-cio do capitalismo.b) a rejeição ao uso de novas tecnologias tor-na a empresa solidária mais ecologicamentesustentável que os empreendimentos capita-listas tradicionais.

c) a prosperidade do cooperativismo, assimcomo a da pirataria e das formas de economiainformal, resulta dos benefícios do não paga-mento de impostos.d) as contradições inerentes ao sistema po-dem resultar em formas alternativas de pro-dução.e) o modelo de cooperativismo dos regimes co-munistas e socialistas representa uma alter-nativa econômica adequada ao capitalismo.

09. O efeito estufa não é fenômeno recentee, muito menos, naturalmente maléfico.Alguns dos gases que o provocam funcionamcomo uma capa protetora que impede a dis-persão total do calor e garante o equilíbrio datemperatura na Terra. Cientistas americanosda Universidade da Virgínia alegam ter des-coberto um dos primeiros registros da açãohumana sobre o efeito estufa. Há oito milanos, houve uma súbita elevação da quanti-dade de CO2 na atmosfera terrestre. Nessemesmo período, agricultores da Europa e daChina já dominavam o fogo e haviam domes-ticado cães e ovelhas. A atividade humana daépoca com maior impacto sobre a organizaçãosocial e sobre o ambiente foi o começo doplantio de trigo, cevada, ervilha e outros ve-getais. Esse plantio passou a exigir áreas deterreno livre de sua vegetação original, provi-denciadas pelos inúmeros grupos humanosnessas regiões com métodos elementares depreparo do solo, ainda hoje, usados e conde-nados, em razão dos problemas ambientaisdecorrentes.Aquecimento global e a nova geografia de produçãono Brasil. Disponível em: <http://www.embrapa.br/

publicacoes/tecnico/aquecimentoglobal.pdf>.Acesso em: 23 jun. 2009. (com adaptações).

Segundo a hipótese levantada pela pesquisasobre as primeiras atividades humanas orga-nizadas, o impacto ambiental mencionado foidecorrentea) da manipulação de alimentos cujo cozi-mento e consumo liberavam grandes quanti-dades de calor e gás carbônico.b) da queima ou da deterioração das árvoresderrubadas para o plantio, que contribuírampara a liberação de gás carbônico e poluentesem proporções significativas.

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c) do início da domesticação de animais no pe-ríodo mencionado, a qual contribuiu para umaforte elevação das emissões de gás metano.d) da derrubada de árvores para a fabricaçãode casas e móveis, que representou o princi-pal fator de liberação de gás carbônico na at-mosfera naquele período.e) do incremento na fabricação de cerâmicasque, naquele período, contribuiu para a libe-ração de material particulado na atmosfera.

10. Em fevereiro de 1999, o SeminárioInternacional sobre Direito Ambiental, ocor-rido em Bilbao, na Espanha, propôs, na De-claração de Viscaia, a extensão dos direitoshumanos ao meio ambiente, como instrumen-to de alcance universal. No parágrafo 3.º doartigo 1.º da referida declaração, fica estabe-lecido: “O direito ao meio ambiente deveráser exercido de forma compatível com os de-mais direitos humanos, entre os quais o direi-to ao desenvolvimento”. No Brasil, o cumpri-mento desse direito configura um grande de-safio. Na Região Amazônica, por exemplo,tem havido uma coincidência entre as linhas

de desmatamento e as novas fronteiras de de-senvolvimento do agronegócio, marcadas porfocos de injustiça ambiental, com frequentescasos de escravização de trabalhadores, alémde conflitos e crimes pela posse de terras,muitas vezes, impunes.

Disponível em: <http://www.unicen.com.br/universoverde>. Acesso em: 9 maio 2009.

(com adaptações).

Promover justiça ambiental, no caso da Re-gião Amazônica brasileira, implicaa) fortalecer a ação fiscalizadora do Estado eviabilizar políticas de desenvolvimento sus-tentável.b) ampliar o mercado informal de trabalhopara a população com baixa qualificação pro-fissional.c) incentivar a ocupação das terras pelo Esta-do brasileiro, em face dos interesses interna-cionais.d) promover alternativas de desenvolvimentosustentável, em razão da precariedade tecno-lógica local.e) ampliar a importância do agronegócio nasáreas de conflito pela posse de terras e com-bater a violência no campo.

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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

01. Concordo plenamente com o artigo “Re-volucione a sala de aula”. É preciso que valo-rizemos o ser humano, seja ele estudante,seja professor. Acredito na importância deaprender a respeitar nossos limites e supe-rá-los, quando possível, o que será mais fácilse pudermos desenvolver a capacidade de re-lacionamento em sala de aula. Como arquite-ta, concordo com a postura de valorização doindivíduo, em qualquer situação: se procurar-mos uma relação de respeito e colaboração,seguramente estaremos criando a base sólidade uma vida melhor.

Tania Bertoluci de SouzaPorto Alegre, RS

Disponível em:<http://www.kanitz.com.br/veja/cartas.htm>.

Acesso em: 2 maio 2009 (com adaptações).

Em uma sociedade letrada como a nossa, sãoconstruídos textos diversos para dar conta dasnecessidades cotidianas de comunicação.Assim, para utilizar-se de algum gênero tex-tual, é preciso que conheçamos os seus elemen-tos. A carta de leitor é um gênero textual quea) apresenta sua estrutura por parágrafos,organizado pela tipologia da ordem da injun-ção (comando) e estilo de linguagem com altograu de formalidade.b) se inscreve em uma categoria cujo objetivoé o de descrever os assuntos e temas que cir-cularam nos jornais e revistas do país sema-nalmente.c) se organiza por uma estrutura de elemen-tos bastante flexível em que o locutor encami-nha a ampliação dos temas tratados para oveículo de comunicação.d) se constitui por um estilo caracterizadopelo uso da variedade não padrão da língua etema construído por fatos políticos.e) se organiza em torno de um tema, de umestilo e em forma de paragrafação, represen-tando, em conjunto, as ideias e opiniões delocutores que interagem diretamente com oveículo de comunicação.

02. José Dias precisa sair de sua casa echegar até o trabalho, conforme mostra oQuadro 1. Ele vai de ônibus e pega três li-nhas: 1) de sua casa até o terminal de inte-

gração entre a zona norte e a zona central;2) deste terminal até outro entre as zonas cen-tral e sul; 3) deste último terminal até ondetrabalha. Sabe-se que há uma correspondên-cia numérica, nominal e cromática das linhasque José toma, conforme o Quadro 2.

Quadro 1

ZONA NORTE (CASA)

ZONA CENTRAL

ZONA SUL (TRABALHO)

Quadro 2

Linha 100Circularzona sul

LinhaAmarela

Linha 101Circularzona central

LinhaVermelha

Linha 102Circularzona norte

Linha Azul

José Dias deverá, então, tomar a seguinte se-quência de linhas de ônibus, para ir de casaao trabalho:a) L. 102 – Circular zona central – L. Verme-lha.b) L. Azul – L. 101 – Circular zona norte.c) Circular zona norte – L. Vermelha – L. 100.d) L. 100 – Circular zona central – L. Azul.e) L. Amarela – L. 102 – Circular zona sul.

03.Figura 1

Disponível em: <http://www.vemprabrotas.com.br/pcastro5/campanas/campanas.htm>.

Acesso em: 24 abr. 2009.

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Figura 2

Disponível em: <http://www.cultura.gov.br/site/wpcontent/uploads/2008/02/cadeira-real.jpg>.

Acesso em: 30 abr. 2009.

Comparando as figuras, que apresentam mo-biliários de épocas diferentes, ou seja, a figu-ra 1 corresponde a um projeto elaborado porFernando e Humberto Campana e a figura 2,a um mobiliário do reinado de D. João VI,pode-se afirmar quea) os materiais e as ferramentas usados naconfecção do mobiliário de Fernando e Hum-berto Campana, assim como os materiais e asferramentas utilizados na confecção do mobi-liário do reinado de D. João VI, determina-ram a estética das cadeiras.b) as formas predominantes no mobiliário deFernando e Humberto Campana são comple-xas, enquanto que as formas do mobiliário doreinado de D. João VI são simples, geométri-cas e elásticas.c) o artesanato é o atual processo de criaçãode mobiliários empregado por Fernando eHumberto Campana, enquanto que o mobi-liário do reinado de D. João VI foi industrial.d) ao longo do tempo, desde o reinado deD. João VI, o mobiliário foi se adaptandoconsoante as necessidades humanas, a capa-cidade técnica e a sensibilidade estética deuma sociedade.e) o mobiliário de Fernando e HumbertoCampana, ao contrário daquele do reinado deD. João VI, considera primordialmente o con-forto que a cadeira pode proporcionar, ouseja, a função em detrimento da forma.

O poema de Manoel de Barros será utilizadopara resolver as questões 4 e 5.

O apanhador de desperdícios

Uso a palavra para compor meus silêncios.Não gosto das palavrasfatigadas de informar.Dou mais respeitoàs que vivem de barriga no chãotipo água pedra sapo.Entendo bem o sotaque das águasDou respeito às coisas desimportantese aos seres desimportantes.Prezo insetos mais que aviões.Prezo a velocidadedas tartarugas mais que a dos mísseis.Tenho em mim um atraso de nascença.Eu fui aparelhadopara gostar de passarinhos.Tenho abundância de ser feliz por isso.Meu quintal é maior do que o mundo.Sou um apanhador de desperdícios:Amo os restoscomo as boas moscas.Queria que a minha voz tivesse um formatode canto.Porque eu não sou da informática:eu sou da invencionática.Só uso a palavra para compor meus silêncios.

BARROS, Manoel de. O apanhador dedesperdícios. In. PINTO, Manuel da Costa.

Antologia comentada da poesia brasileirado século 21. São Paulo: Publifolha,

2006. p. 73-74.

04. É próprio da poesia de Manoel de Barrosvalorizar seres e coisas considerados, em ge-ral, de menor importância no mundo moder-no. No poema de Manoel de Barros, essa valo-rização é expressa por meio da linguagema) denotativa, para evidenciar a oposição en-tre elementos da natureza e da modernidade.b) rebuscada de neologismos que depreciamelementos próprios do mundo moderno.c) hiperbólica, para elevar o mundo dos seresinsignificantes.d) simples, porém expressiva no uso de metá-foras para definir o fazer poético do eu líricopoeta.e) referencial, para criticar o instrumentalis-mo técnico e o pragmatismo da era da infor-mação digital.

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05. Considerando o papel da arte poética ea leitura do poema de Manoel de Barros, afir-ma-se quea) informática e invencionática são ações que,para o poeta, correlacionam-se: ambas têm omesmo valor na sua poesia.b) arte é criação e, como tal, consegue dar vozàs diversas maneiras que o homem encontrapara dar sentido à própria vida.c) a capacidade do ser humano de criar estácondicionada aos processos de modernizaçãotecnológicos.d) a invenção poética, para dar sentido aodesperdício, precisou se render às inovaçõesda informática.e) as palavras no cotidiano estão desgasta-das, por isso à poesia resta o silêncio da nãocomunicabilidade.

06.Aumento do efeito estufa ameaça

plantas, diz estudo.

O aumento de dióxido de carbono na atmosfe-ra, resultante do uso de combustíveis fósseis edas queimadas, pode ter consequências cala-mitosas para o clima mundial, mas tambémpode afetar diretamente o crescimento dasplantas. Cientistas da Universidade de Basel,na Suíça, mostraram que, embora o dióxido decarbono seja essencial para o crescimento dosvegetais, quantidades excessivas desse gásprejudicam a saúde das plantas e têm efeitosincalculáveis na agricultura de vários países.

O Estado de São Paulo, 20 set. 1992, p.32.

O texto acima possui elementos coesivos quepromovem sua manutenção temática. A par-tir dessa perspectiva, conclui-se que:a) a palavra “mas”, na linha 4, contradiz aafirmação inicial do texto: linhas de 1 a 4.b) a palavra “embora”, na linha 7, introduzuma explicação que não encontra comple-mento no restante do texto.c) as expressões: “consequências calamitosas”,nas linhas 3 e 4, e “efeitos incalculáveis”, nalinhas 10 e 11, reforçam a ideia que perpassao texto sobre o perigo do efeito estufa.d) o uso da palavra “cientistas”, na linha 6, édesnecessário para dar credibilidade ao texto,uma vez que se fala em “estudo” no título dotexto.

e) a palavra “gás”, na linha 9, refere-se a“combustíveis fósseis” e “queimadas”, nas li-nhas 2 e 3, reforçando a ideia de catástrofe.

07.Texto ISer brotinho não é viver em um píncaro azu-lado; é muito mais! Ser brotinho é sorrir bas-tante dos homens e rir interminavelmentedas mulheres, rir como se o ridículo, visívelou invisível, provocasse uma tosse de riso ir-resistível.

CAMPOS, Paulo Mendes. Ser brotinho.In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos (Org.).

As cem melhores crônicas brasileiras.Rio de Janeiro: Objetiva, 2005. p. 91.

Texto IISer gagá não é viver apenas nos idos do passa-do: é muito mais! É saber que todos os amigosjá morreram e os que teimam em viver são en-trevados. É sorrir, interminavelmente, não pornecessidade interior, mas porque a boca não fe-cha ou a dentadura é maior que a arcada.

FERNANDES, Millôr. Ser gagá. In: SANTOS,Joaquim Ferreira dos (Org.). As cem melhores

crônicas brasileiras. Rio de Janeiro:Objetiva, 2005. p. 225.

Os textos utilizam os mesmos recursos expres-sivos para definir as fases da vida, entre eles,a) expressões coloquiais com significados se-melhantes.b) ênfase no aspecto contraditório da vida dosseres humanos.c) recursos específicos de textos escritos emlinguagem formal.d) termos denotativos que se realizam comsentido objetivo.e) metalinguagem que explica com humor osentido de palavras.

08.

Apesar da ciência, ainda é possívelacreditar no sopro divino – o momentoem que o Criador deu vida até ao maisinsignificante dos micro-organismos?

Resposta de Dom Odilo Scherer, cardeal arce-bispo de São Paulo, nomeado pelo papa BentoXVI em 2007:“Claro que sim. Estaremos falando sempreque, em algum momento, começou a existir

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algo, para poder evoluir em seguida. O ato docriador precede a possibilidade de evolução:só evolui algo que existe. Do nada, nada sur-ge e evolui.”

LIMA, Eduardo. Testemunha de Deus.SuperInteressante, São Paulo, n. 263-A,

p. 9, mar. 2009 (com adaptações).

Resposta de Daniel Dennet, filósofo america-no ateu e evolucionista radical, formado emHarvard e Doutor por Oxford:“É claro que é possível, assim como se podeacreditar que um super-homem veio para aTerra há 530 milhões de anos e ajustou oDNA da fauna cambriana, provocando a ex-plosão da vida daquele período. Mas não hárazão para crer em fantasias desse tipo.”

LIMA, Eduardo. Advogado do Diabo.SuperInteressante, São Paulo, n. 263-A,

p. 11, mar. 2009 (com adaptações).

Os dois entrevistados responderam a ques-tões idênticas, e as respostas a uma delas fo-ram reproduzidas aqui. Tais respostas reve-lam opiniões opostas: um defende a existên-cia de Deus e o outro não concorda com isso.Para defender seu ponto de vista,a) o religioso ataca a ciência, desqualificandoa Teoria da Evolução, e o ateu apresentacomprovações científicas dessa teoria paraderrubar a ideia de que Deus existe.b) Scherer impõe sua opinião, pela expressão“claro que sim”, por se considerar autoridadecompetente para definir o assunto, enquantoDennett expressa dúvida, com expressõescomo “é possível”, assumindo não ter opiniãoformada.c) o arcebispo critica a teoria do Design Inte-ligente, pondo em dúvida a existência deDeus, e o ateu argumenta com base no fatode que algo só pode evoluir se, antes, existir.d) o arcebispo usa uma lacuna da ciênciapara defender a existência de Deus, enquantoo filósofo faz uma ironia, sugerindo que qual-quer coisa inventada poderia preencher essalacuna.e) o filósofo utiliza dados históricos em suaargumentação, ao afirmar que a crença emDeus é algo primitivo, criado na época cam-briana, enquanto o religioso baseia sua argu-mentação no fato de que algumas coisas po-dem “surgir do nada”.

09.

SOUZA, Maurício de. [Chico Bento]. O Globo,Rio de Janeiro, Segundo Caderno,

19 dez. 2008, p.7.

O personagem Chico Bento pode ser conside-rado um típico habitante da zona rural, co-mumente chamado de “roceiro” ou “caipira”.Considerando a sua fala, essa tipicidade éconfirmada primordialmente pelaa) transcrição da fala característica de áreasrurais.b) redução do nome “José” para “Zé”, comumnas comunidades rurais.c) emprego de elementos que caracterizamsua linguagem como coloquial.d) escolha de palavras ligadas ao meio rural,incomuns nos meios urbanos.e) utilização da palavra “coisa”, pouco fre-quente nas zonas mais urbanizadas.

10. A sociedade atual testemunha a influên-cia determinante das tecnologias digitais navida do homem moderno, sobretudo daquelasrelacionadas com o computador e a internet.Entretanto, parcelas significativas da popula-ção não têm acesso a tais tecnologias. Essa li-mitação tem pelo menos dois motivos: a im-possibilidade financeira de custear os apare-lhos e os provedores de acesso, e a impossibi-

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lidade de saber utilizar o equipamento e usu-fruir das novas tecnologias. A essa problemá-tica, dá-se o nome de exclusão digital.

No contexto das políticas de inclusão digital,as escolas, nos usos pedagógicos das tecnolo-gias de informação, devem estar voltadasprincipalmente paraa) proporcionar aulas que capacitem os estu-dantes a montar e desmontar computadores,para garantir a compreensão sobre o que sãoas tecnologias digitais.b) explorar a facilidade de ler e escrever textose receber comentários na internet para desen-

volver a interatividade e a análise crítica, pro-movendo a construção do conhecimento.c) estudar o uso de programas de processa-mento para imagens e vídeos de alta comple-xidade para capacitar profissionais em tecno-logia digital.d) exercitar a navegação pela rede em buscade jogos que possam ser “baixados” gratuita-mente para serem utilizados como entreteni-mento.e) estimular as habilidades psicomotoras re-lacionadas ao uso físico do computador, comomouse, teclado, monitor etc.

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Matemática e suas Tecnologias

01. Com o objetivo de trabalhar com seusalunos o conceito de volume de sólidos, umprofessor fez o seguinte experimento: pegouuma caixa de polietileno, na forma de umcubo com 1 metro de lado, e colocou nela 600litros de água. Em seguida, colocou, dentroda caixa com água, um sólido que ficou com-pletamente submerso.Considerando que, ao colocar o sólido dentroda caixa, a altura do nível da água passou aser 80 cm, qual era o volume do sólido?

a) 0,2 m3

d) 20 m3b) 0,48 m3

e) 48 m3c) 4,8 m3

02. Uma elipse é uma seção plana de um ci-lindro circular reto, em que o plano que inter-secta o cilindro é oblíquo ao eixo do cilindro(Figura 1). É possível construir um sólido denome elipsoide que, quando seccionado portrês planos perpendiculares entre si, mos-tram elipses de diferentes semieixos a, b e c,como na Figura 2. O volume de um elipsoide

de semieixos a, b e c é dado por V abc= 43

π .

Considere que um agricultor produz melancias,cujo formato é aproximadamente um elipsoide,e ele deseja embalar e exportar suas melanciasem caixas na forma de um paralelepípedo re-tângulo. Para melhor acondicioná-las, o agri-cultor preencherá o espaço vazio da caixa commaterial amortecedor de impactos (palha dearroz/serragem/bolinhas de isopor).Suponha que sejam a, b e c, em cm, as medi-das dos semieixos do elipsoide que modela asmelancias, e que sejam 2a, 2b e 2c, respecti-

vamente, as medidas das arestas da caixa.Nessas condições, qual é o volume de materialamortecedor necessário em cada caixa?a) V abc= 8 cm3

b) V abc= 43

π cm3

c) V abc= +⎛⎝⎜

⎞⎠⎟8

43π cm3

d) V abc= −⎛⎝⎜

⎞⎠⎟8

43π cm3

e) V abc= −⎛⎝⎜

⎞⎠⎟

43

8π cm3

03.A evolução da luz: as lâmpadas LED jásubstituem com grandes vantagens a ve-lha invenção de Thomas Edison.

A tecnologia do LED é bem diferente daslâmpadas incandescentes e das fluorescentes.A lâmpada LED é fabricada com material se-micondutor semelhante ao usado nos chips decomputador. Quando percorrido por uma cor-rente elétrica, ele emite luz. O resultado éuma peça muito menor, que consome menosenergia e tem uma durabilidade maior.Enquanto uma lâmpada comum tem vida útilde 1.000 horas e uma fluorescente de 10.000horas, a LED rende entre 20.000 e 100.000horas de uso ininterrupto.Há um problema, contudo: a lâmpada LEDainda custa mais caro, apesar de seu preçocair pela metade a cada dois anos. Essa tec-nologia não está se tornando apenas mais ba-rata. Está também mais eficiente, iluminan-do mais com a mesma quantidade de energia.Uma lâmpada incandescente converte em luzapenas 5% da energia elétrica que consome.As lâmpadas LED convertem até 40%. Essadiminuição no desperdício de energia traz be-nefícios evidentes ao meio ambiente.

A evolução da luz. Veja, 19 dez. 2007. Disponívelem: http://veja.abril.com.br/191207/p_118.shtml

Acesso em: 18 out. 2008.

Considerando que a lâmpada LED rende 100mil horas, a escala de tempo que melhor re-flete a duração dessa lâmpada é o:a) dia.d) século.

b) ano.e) milênio.

c) decênio.

18 131 ETAPA

elipse

Figura 1

bb

a

cc

Figura 2

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05. Uma pessoa de estatura mediana pre-tende fazer um alambrado em torno do campode futebol de seu bairro. No dia da medida doterreno, esqueceu de levar a trena para reali-zar a medição. Para resolver o problema, apessoa cortou uma vara de comprimentoigual a sua altura. O formato do campo é re-tangular e foi constatado que ele mede 53 va-ras de comprimento e 30 varas de largura.

Uma região R tem área AR , dada em m2, de

mesma medida do campo de futebol, descritoacima.

A expressão algébrica que determina a medi-da da vara em metros é

a) VaraAR=

1500m.

b) VaraAR=

1590m.

c) VaraAR

= 1590 m.

d) VaraAR=

1500m.

e) VaraAR=

1590m.

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Desenvolvimento dacamada de ozônio

Origem da vida _ há 3,8 bilhões de anosOrigem da vida _ há 3,8 bilhões de anosOrigem da vida _ há 3,8 bilhões de anos

Evolução químicaSíntese fotoquímica

Formação da Terra há 4,5 bilhões de anos

Dinossauros

Eucariotas atuais

Metazoários

0

1

2

3

4

Bilh

õe

sd

ea

no

sa

trá

s

Hoje: Liberação decarbono fóssil

Fototróficos aeróbicos

(cianobactéria) Procariotos

Fototróficos anaeróbicos(bactéria fotossintética)

Ce

mité

rio

de

carb

on

oC

em

itério

de

carb

on

oC

em

itério

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carb

on

oArqueobactéria

EubactériaEucariotos

21%

20%

10%

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2

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em

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Fo

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rro

Disponível em: <http://www.universia.com.br/MIT/10/1018J/PDF/lec02hand2003.pdf>.Acesso em: 1º mar. 2009.

Considere que a escala de tempo fornecida seja substituída por um ano de referência, no quala evolução química é identificada como 1º de janeiro à zero hora e a era dos dinossauros comodia 31 de dezembro às 23 h 59 min e 59,99 s. Desse modo, nesse ano de referência, a porcen-tagem de oxigênio (O2) presente na atmosfera atingiu 10% noa) 1º bimestre.c) 2º trimestre.e) 4º trimestre.

b) 2º bimestre.d) 3º trimestre.

04. A figura a seguir mostra a porcentagem de oxigênio (O2) presente na atmosfera, ao lon-go de 4,5 bilhões de anos, desde a formação da Terra até a era dos dinossauros.

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06. O capim-elefante é uma designação ge-nérica que reúne mais de 200 variedades decapim e se destaca porque tem produtividadede aproximadamente 40 toneladas de massaseca por hectare por ano, no mínimo, sendo,por exemplo, quatro vezes maior que a damadeira de eucalipto. Além disso, seu ciclo deprodução é de seis meses, enquanto o primei-ro corte da madeira de eucalipto é feito a par-tir do sexto ano.

Disponível em: <www.rts.org.br/noticias/desta-que-2/i-seminario-madeira-energetica-discute-

producao-de-carvaovegetal-a-partir-de-capim/>.Acesso em: 18 dez. 2008. (com adaptações).

Considere uma região R plantada com ca-pim-elefante que mantém produtividade cons-tante com o passar do tempo. Para se obter amesma quantidade, em toneladas, de massaseca de eucalipto, após o primeiro ciclo deprodução dessa planta, é necessário plantaruma área S que satisfaça à relaçãoa) S = 4R.c) S = 12R.e) S = 48R.

b) S = 6R.d) S = 36R.

07. A cada ano, a Amazônia Legal perde,em média, 0,5% de suas florestas. O percen-tual parece pequeno, mas equivale a umaárea de quase 5 mil quilômetros quadrados.Os cálculos feitos pelo Instituto do Homem edo Meio Ambiente da Amazônia (Imazon)

apontam um crescimento de 23% na taxa dedestruição da mata em junho de 2008, quandocomparado ao mesmo mês do ano 2007. Apro-ximadamente 612 quilômetros quadrados defloresta foram cortados ou queimados em qua-tro semanas. Nesse ritmo, um hectare e meio(15 mil metros quadrados ou pouco mais deum campo de futebol) da maior floresta tropi-cal do planeta é destruído a cada minuto. Atabela abaixo mostra dados das áreas destruí-das em alguns Estados brasileiros.Supondo a manutenção desse ritmo de des-matamento nesses Estados, o total desmata-do entre agosto de 2008 e junho de 2009, emvalores aproximados, foia) inferior a 5.000 km2.

b) superior a 5.000 km2 e inferior a 6.000 km2.

c) superior a 6.000 km2 e inferior a 7.000 km2.

d) superior a 7.000 km2 e inferior a 10.000 km2.

e) superior a 10.000 km2.

08. Um desfibrilador é um equipamentoutilizado em pacientes durante parada car-diorrespiratória com objetivo de restabelecerou reorganizar o ritmo cardíaco. O seu fun-cionamento consiste em aplicar uma correnteelétrica intensa na parede torácica do pacien-te em um intervalo de tempo da ordem de mi-lissegundos.

20 Matriz de Referência do Enem 2009 131 ETAPA

EstadoAgosto/2006 a

junho/2007 (km2)Agosto/2007 a

junho/2008 (km2)Variação

Acre 13 23 77%

Amazonas 146 153 5%

Mato Grosso 2.436 2.074 −14%

Pará 1.322 1.936 46%

Rondônia 381 452 19%

Roraima 65 84 29%

Tocantins 6 29 383%

Total 4.370 4.754 9%

Correio Braziliense, 29 jul. 2008.

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O gráfico seguinte representa, de forma genérica, o comportamento da corrente aplicada nopeito dos pacientes em função do tempo.

De acordo com o gráfico, a contar do instante em que se inicia o pulso elétrico, a corrente elé-trica inverte o seu sentido apósa) 0,1 ms. b) 1,4 ms. c) 3,9 ms. d) 5,2 ms. e) 7,2 ms.

09. As condições de saúde e a qualidade de vida de uma população humana estão direta-mente relacionadas com a disponibilidade de alimentos e a renda familiar. O gráfico I mostradados da produção brasileira de arroz, feijão, milho, soja e trigo e do crescimento populacio-nal, no período compreendido entre 1997 e 2003. O gráfico II mostra a distribuição da rendafamiliar no Brasil, no ano de 2003.

Fonte: IBGE.

ETAPA 131 Matriz de Referência do Enem 2009 21

_20

0

20

40

60

80

0 2 4 6 8t (ms)

0,1

3,9

5,2

7,2

1,4

arroz

feijão

milho

soja

trigo

população

60

50

40

30

20

10

01997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

ano

162

164

166

168

170

172

174

176

178

pro

duçã

o(m

ilhões

de

tonela

das)

Gráfico I: Produção de grãos e população brasileira entre 1997 e 2003

popula

ção

(milh

ões

de

habita

nte

s)

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Considere que três debatedores, discutindoas causas da fome no Brasil, chegaram às se-guintes conclusões:

Debatedor 1 – O Brasil não produz alimentosuficiente para alimentar sua população.Como a renda média do brasileiro é baixa, oPaís não consegue importar a quantidade ne-cessária de alimentos e isso é a causa princi-pal da fome.

Debatedor 2 – O Brasil produz alimentos emquantidade suficiente para alimentar todasua população. A causa principal da fome, noBrasil, é a má distribuição de renda.

Debatedor 3 – A exportação da produção agrí-cola brasileira, a partir da inserção do Paísno mercado internacional, é a causa majoritá-ria da subnutrição no País.

Considerando que são necessários, em média,250 kg de alimentos para alimentar uma pes-soa durante um ano, os dados dos gráficos I eII, relativos ao ano de 2003, corroboram ape-nas a tese do(s) debatedor(es)a) 1. b) 2. c) 3. d) 1 e 3. e) 2 e 3.

10. Em um cubo, com faces em branco, fo-ram gravados os números de 1 a 12, utilizan-do-se o seguinte procedimento: o número 1 foigravado na face superior do dado, em seguidao dado foi girado, no sentido anti-horário, emtorno do eixo indicado na figura abaixo, e onúmero 2 foi gravado na nova face superior,seguinte, conforme o esquema abaixo.

O procedimento continuou até que foram gra-vados todos os números. Observe que há duasfaces que ficaram em branco.Ao se jogar aleatoriamente o dado apresenta-do, a probabilidade de que a face sorteada te-nha a soma máxima é

a) 16

. b) 14

. c) 13

. d) 12

. e) 23

.

22 Matriz de Referência do Enem 2009 131 ETAPA

Fonte: IBGE.

1, 5, 9

2, 6, 10

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RESPOSTAS

Ciências da Natureza e suas Tecnologias

01. alternativa BConsiderando-se o ouvido humano um tubo fe-chado, o comprimento de onda no tubo é dado

por λ = 4Ln

. Assim, da equação fundamental da

ondulatória, para a frequência fundamental(n 1)= , temos:v f

4Ln

v4Ln

f fnv4L

=

=⇒ = ⇒ = ⇒

λ

λ

⇒ = ⋅⋅ ⋅

⇒ =−f1 340

4 3,4 10f 2,52 kHz

Assim, a menor frequência reforçada é de 2,5 kHz,

referente ao primeiro harmônico fnv

(4L)=

⎛⎝⎜

⎞⎠⎟ e

equipara o ouvido a um tubo com uma extremida-de fechada.Observação: a representação da onda estacionáriano tubo esquematizado se apresenta de maneiraincorreta (contrariando o texto), uma vez que notubo fechado temos um nó na extremidade fecha-da e um ventre na aberta.

02. alternativa EDentre as alternativas citadas, é a única possível.O desenvolvimento de vacina não altera a densi-dade populacional do inseto transmissor, a qualpermanece praticamente constante ao longo dosanos.

03. alternativa CA degradação de materiais poliméricos descarta-dos indevidamente no meio ambiente, como o po-liestireno, presente nos copos plásticos, leva umlongo tempo e ocorre por processos químicos quepodem levar à formação de produtos tóxicos.

04. alternativa EÉ a única alternativa coerente. As demais refe-rem-se à tecnologia apresentada como causadorade tumores; ou contradizem o texto.

05. alternativa AApós a interpretação do texto, um pouco confuso,chegamos à conclusão que a célula número 1 rea-liza metabolismo aeróbio, e que para ter o mesmorendimento da célula 2, necessita de alta concen-tração de oxigênio.

06. alternativa BPelo gráfico, vemos que o setor da atividade eco-nômica que mais consome energia é o de trans-

portes. Como a principal matriz energética dotransporte brasileiro é o petróleo, uma melhoriade 10% na eficiência de seu uso resultaria emmaior redução no consumo global de energia.

07. alternativa COs feixes de partículas interagem com o acelera-dor, adquirindo energia cinética, de modo que hátransformação de energia no sistema feixe-acele-rador.

08. alternativa EA figura nos mostra a conclusão de que o nossoconsumo é responsável pela elevada taxa deemissão de CO2 no mundo. Assim, se esse con-sumo ocorresse em regiões mais próximas daprodução, deveria haver uma redução nas emis-sões deCO2 para a atmosfera.

09. alternativa BA equação química que representa a incorpora-ção do gás carbônico pelas algas por meio da fo-tossíntese é:

6 CO 6 H O C H O 6 O2 2 6 12 6 2+ → +Cálculo da massa de gás carbônico retirada da at-mosfera:

10 km10 m

1 kmconv.

unidades

100 g C H O

12

6 2

26 12 6⋅ ⋅

� �� �� mdado

2� ���� ����

⋅ ⋅1mol C H O180 g C H O

m. molar

6 mol C6 12 6

6 12 6� ���� ����

O1 mol C H O

eq.química

44 g CO1mol CO

2

6 12 6

2

2� ���� ����

m. molar� �� ��

⋅ ≅1 kg CO

10 g COconv.

unidades

1,47 kg CO23

22

� �� ��

10. alternativa ETrata-se de um caso de mimetismo. O tucano deporte menor faz uso da semelhança física com otucano-de-papo-branco (ambos do mesmo gêne-ro) para benefício próprio (obtenção de alimento).

Ciências Humanas e suas Tecnologias

01. alternativa BO texto apresentado pela questão trata de umprocesso de pesquisa e preservação da memóriade determinado grupo social, mostrando comocertos aspectos culturais podem auxiliar nessastarefas. O grupo social a que se refere o texto é o

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dos afrodescendentes do Sul do país e a alternati-va correta ressalta a importância da preservaçãoe estudo de sua memória e de seus aspectos cul-turais para a construção da identidade e da diver-sidade cultural do Brasil.

02. alternativa CA questão trabalha com os marcos cronológicosapresentados e os relaciona a contextos mais ge-rais da História da América portuguesa e do Impé-rio do Brasil. Para a correta resolução, deve-se terem mente também a localização geográfica, nocontinente africano, dos locais indicados no textode Pierre Verger.

03. alternativa BTrabalhando com uma representação diferenteda usual de parte do continente americano, o ar-tista uruguaio Joaquín Torres-García propõe umainversão de um certo tipo de percepção acerca daordenação do "mundo". A visão combatida porJoaquín é a que tradicionalmente representa aEuropa e o hemisfério Norte "sobre" o hemisférioSul e, consequentemente, a porção sul do conti-nente americano. Expandindo tal percepção (quenão se restringe apenas ao campo das represen-tações geográficas, possuindo outras implica-ções), pode-se dizer que o autor questionou as"noções eurocêntricas sobre o mundo".

04. alternativa DOs países emergentes, que formam a sigla Bric,são considerados, por alguns analistas econômi-cos, aqueles com maiores possibilidades de al-cançar patamares elevados de desenvolvimento ede figurarem entre as sete maiores economiasmundiais até o final do século XXI. Esses países,porém, encontrarão pela frente vários desafios emdiversas áreas, tais como: meio ambiente, urbani-zação, qualidade de vida, desigualdade social,capital humano, dificuldade em alcançar nos fó-runs multilaterais internacionais maior poder deação e decisão, entre outros.

05. alternativa EA questão do Controle Social envolve, de certaforma, a questão das relações de poder presentesnas sociedades. A imagem e o texto fazem refe-rência ao controle sobre a esfera individual.

06. alternativa AGetúlio Vargas aponta para a existência de umapolarização entre os interesses dos “grupos eco-nômicos e financeiros internacionais” e o das for-ças nacionais, encabeçadas por ele mesmo.

07. alternativa BSegundo o texto, a “crise de 1929 e dos anossubsequentes teve sua origem no grande aumen-

to da produção industrial e agrícola, nos EUA,ocorrido durante a 1ª Guerra Mundial (...)”.

08. alternativa DO texto coloca o cooperativismo como uma formaalternativa de produção dentro do sistema capita-lista e no contexto da economia globalizada, pos-sibilitando ganhos sociais e econômicos para ostrabalhadores que dele se utilizam.

09. alternativa BO texto trata da "queimada", uma prática agrícolautilizada pelas civilizações mais antigas e aindapresente nas zonas rurais menos desenvolvidas.Esta prática é uma das responsáveis pelo aumen-to da emissão dos gases intensificadores do efei-to estufa.

10. alternativa APromover justiça ambiental é viabilizar políticasbaseadas no desenvolvimento sustentável, bus-cando o equilíbrio entre quatro variáveis: desen-volvimento econômico, bem-estar social, preser-vação e conservação ambientais e preservaçãodo patrimônio histórico e cultural dos povos.

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

01. alternativa ETrata-se de um texto opinativo, uma carta assina-da por uma leitora da coluna de Kanitz, veiculadapela Veja. A interlocutora comenta o artigo publi-cado em uma das edições da revista, expressan-do suas opiniões pessoais em linguagem culta.

02. alternativa CA trajetória de José Dias, segundo as informaçõesobtidas da leitura do texto, consiste em sair dazona norte, circular pelo centro e chegar ao traba-lho, situado na zona sul (Linha 100). O exercíciomensura a capacidade de leitura de tabelas econclusões obtidas a partir da leitura da vida coti-diana de uma pessoa.

03. alternativa DA partir da observação das figuras, é possível ve-rificar a mudança no gosto que contribui para umamudança bastante acentuada na concepção ar-quitetônica do mobiliário. Pelas fotos não há pos-sibilidade de análise de materiais utilizados paraconfecção das estruturas, bem como não é possí-vel comparar a versatilidade dos objetos.

04. alternativa DEm "O apanhador de desperdícios", Manoel deBarros expõe uma concepção de poesia em que abeleza é conquistada por meio da simplicidade eda leveza com que ele, poeta, contempla as coi-sas que estão a seu redor.

24 Matriz de Referência do Enem 2009 131 ETAPA

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05. alternativa BA arte poética é essencialmente voltada para acriação. A palavra, portanto, serve para o poetaencontrar o seu motivo. No caso de "O apanhadorde desperdícios", a partir do uso do verso de ca-dências livres, o poeta encontra um sentido parasua vida e seu poetar, que está sempre próximodas coisas mais simples com as quais ele se rela-ciona.

06. alternativa CO texto veicula um alerta sobre o aspecto negati-vo que há no aumento excessivo de dióxido decarbono na atmosfera. O termo excessivo é bas-tante sintomático, uma vez que o mesmo textoatesta a importância do dióxido de carbono naconstituição da vida.

07. alternativa EMillôr Fernandes, em "Ser gagá", dialoga com otexto de Rubem Braga, referindo-se, com pitadasde um humor irônico e sarcástico, ao oposto doque é retratado em "Ser brotinho". A velhice ébem menos rósea na opinião do escritor.

08. alternativa DO trecho selecionado coloca dois pontos de vistaantagônicos a respeito das origens da vida, carac-terizando um criacionista e um evolucionista.

09. alternativa AA tira de Maurício de Souza apresenta Chico Ben-to como um personagem típico do meio rural brasi-leiro e, como tal, se expressa em linguagem "caipi-ra", ou seja, embute no seu modo de falar carac-terísticas da fala regional.

10. alternativa BO texto refere-se à importância das tecnologiasdigitais no mundo moderno e chama de inclusão oacesso do jovem às novas mídias.

Matemática e suas Tecnologias

01. alternativa A

Temos que1 m 1 000 dm 1 0003 3= = �.O volume ocupado na caixa de polietileno é dadopor:

V 1 1 0,8 V 0,8 m3= ⋅ ⋅ ⇔ =Daí temos que:

V V Vágua sólido= +0,8 0,6= + Vsólido

Vsólido = 0,2 m3

02. alternativa DSeja V o volume de material amortecedor. Então:V V Vcaixa elipsoide= + ⇔

⇔ ⋅ ⋅ = +(2a) (2b) (2c)4 abc

3V

π ⇔

⇔ V abc 843

= ⋅ −⎛⎝⎜

⎞⎠⎟

π

03. alternativa CComo um dia possui 24 horas e um ano 365 dias,temos em um ano 24 ⋅ 365 = 8 760 horas, e con-cluímos que a escala mais próxima da durabilida-de da lâmpada LED é o decênio, com 87 600 ho-ras.

04. alternativa DO oxigênio atingiu 10% entre os números 1 e 2,ou seja, no 3º intervalo dos 4 intervalos mostra-dos, o que equivale ao 3º trimestre.

05. alternativa B

A área do campo de futebol que vale AR m2 édada pelo produto do seu comprimento pela lar-gura. Logo:A 53 vara 30vara A 1590 varaR R

2= ⋅ ⇔ = ⋅ ⇔

⇔ =varaA

1590R m

06. alternativa EEm 6 anos a região plantada com capim-elefanteproduzirá 40 R 12⋅ ⋅ toneladas; já na região ondeserá plantado o eucalipto só haverá uma colheitanesse período, que gerará 10 S⋅ toneladas. Logo40 R 12 10 S S 48R⋅ ⋅ = ⋅ ⇔ = .Obs.: no texto da questão, a produtividade do ca-pim-elefante é dada por ano; no entanto, para quese chegue à resposta sugerida pelo gabarito,deve-se considerar a produtividade por ciclo.

07. alternativa BSupondo que o ritmo se mantenha, o crescimentototal do desmatamento se manterá em 9%, o que

gera um total de 4 754109100

5 181,86 km2⋅ = .

08. alternativa CA corrente elétrica inverte o seu sentido a partirdo instante que muda de sinal, ou seja, de acordocom o gráfico, após 3,9 ms.

09. alternativa BDe acordo com o gráfico 1, em relação ao ano de2003, a produção total de alimentos é de aproxi-madamente 843 milhões de toneladas, e a popu-lação é de aproximadamente 177 milhões de

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habitantes. Logo a média de alimentos é de4 760 kg/pessoa por ano, suficiente para alimen-tar uma pessoa.Pelo gráfico II, observa-se 65% da população comredimento até 5 salários mínimos e apenas 16%com rendimento superior a 10 salários, revelandomá distribuição de renda.Portanto, os dados dos gráficos I e II, relativos a2003, concordam com a tese do debatedor 2.

10. alternativa ADe acordo com o enunciado, as possibilidades aose lançar este dado são: duas faces vazias; umacom (1, 5, 9); uma com (2, 6, 10); uma com (3, 7,11) e uma com (4, 8, 12), que é a face de maiorsoma. Logo existe uma possibilidade em seis pos-

síveis, ou seja, a probabilidade pedida é de16

.

26 Matriz de Referência do Enem 2009 131 ETAPA

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