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CEM NORTE DE11562011GRC Diretor-adjunto: Miguel Peixoto de Sousa Diretor: Peixoto de Sousa 4,00 euros (IVA incl.) SETEMBRO • 2ª QUINZENA ANO 81º • 2013 • N o 18 No âmbito do Compromisso para o Crescimento, Competitividade e Emprego, firmado entre o Governo e a maioria dos Parceiros Sociais, em 18 de janeiro de 2012, é assinalada a importância das políticas de emprego, atento o seu papel estrutural para a competiti- vidade das empresas e o combate ao desemprego. A par do crescimento económico sustentável, as políticas de (Continua na pág. 641) NESTE NÚMERO: • Análise à proposta de reforma do IRC • Novo regime de incentivos ao comércio • Código do Trabalho – alterações SUMÁRIO emprego assumem, de facto, um papel inquestionável para a superação dos atuais desafios do mercado de trabalho e para a retoma da economia nacional. Na verdade, não obstante os sinais positivos que a econo- mia portuguesa tem revelado, importa consolidar esta tendência, promovendo todas as medidas que possam contribuir para a redução dos níveis de desemprego. Neste contexto, atenta a necessidade de incentivar a contratação, a presente Portaria prevê a criação da medida Incentivo Emprego, concretizada na atribuição de um apoio financeiro aos empregadores que cele- brem, após 1 de outubro de 2013, contratos de trabalho, regulados pelo Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009 (1) , de 12 de fevereiro, e alterado pelas Leis nºs 105/2009 (2) , de 14 de setembro, 53/2011 (3) , de 14 de outubro, 23/2012 (4) , de 25 de junho, 47/2012, de 29 de agosto, e 69/2013 (5) , de 30 de agosto. Do regime Legislação Port. nº 236/2013, de 24.7 (Incentivos ao Comércio - Regulamento da medida “Comércio Investe”) 631 Port. nº 286-A/2013, de 16.9 (Contratos de trabalho - incentivo financeiro à celebração de contratos de trabalho) ...................................................... 609 Lei nº 69/2013, de 30.8 (Código do Trabalho - compensação devida pela cessação do contrato de trabalho - alterações ao Código do Trabalho) 644 Resoluções Administrativas IVA: regime de contabilidade de caixa – esclarecimentos práticos da AT .................. 627 Obrigações fiscais do mês e informações diversas ........................................................... 610 a 614 IRC: análise do anteprojeto da reforma do Código ........................................................ 614 a 625 Trabalho e Segurança Social Legislação, Informações Diversas e Regulamentação do Trabalho ....................... 641 a 650 Sumários do Diário da República.................... 652 Incentivo financeiro à celebração de contratos de trabalho Portaria n.º 286-A/2013, de 16 de setembro Compromisso para o Crescimento, Competitividade e Emprego

Compromisso para o Crescimento, Competitividade e Emprego ... · ou apreensão) nos casos de ausência de comunicação eletrónica prévia dos documentos de transporte por parte

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CEM NORTEDE11562011GRC

Diretor-adjunto:Miguel Peixoto de Sousa

Diretor:Peixoto de Sousa

4,00 euros (IVA incl.)

SETEMBRO • 2ª QUINZENA ANO 81º • 2013 • No 18

No âmbito do Compromisso para o Crescimento, Competitividade e Emprego, fi rmado entre o Governo e a maioria dos Parceiros Sociais, em 18 de janeiro de 2012, é assinalada a importância das políticas de emprego, atento o seu papel estrutural para a competiti-vidade das empresas e o combate ao desemprego. A par do crescimento económico sustentável, as políticas de

(Continua na pág. 641)

NESTE NÚMERO:• Análise à proposta de reforma do IRC• Novo regime de incentivos ao comércio• Código do Trabalho – alterações

SUMÁRIO

emprego assumem, de facto, um papel inquestionável para a superação dos atuais desafi os do mercado de trabalho e para a retoma da economia nacional. Na verdade, não obstante os sinais positivos que a econo-mia portuguesa tem revelado, importa consolidar esta tendência, promovendo todas as medidas que possam contribuir para a redução dos níveis de desemprego.

Neste contexto, atenta a necessidade de incentivar a contratação, a presente Portaria prevê a criação da medida Incentivo Emprego, concretizada na atribuição de um apoio fi nanceiro aos empregadores que cele-brem, após 1 de outubro de 2013, contratos de trabalho, regulados pelo Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009(1), de 12 de fevereiro, e alterado pelas Leis nºs 105/2009(2), de 14 de setembro, 53/2011(3), de 14 de outubro, 23/2012(4), de 25 de junho, 47/2012, de 29 de agosto, e 69/2013(5), de 30 de agosto. Do regime

LegislaçãoPort. nº 236/2013, de 24.7 (Incentivos ao Comércio - Regulamento da medida “Comércio Investe”) 631Port. nº 286-A/2013, de 16.9 (Contratos de trabalho - incentivo fi nanceiro à celebração de contratos de trabalho) ...................................................... 609 Lei nº 69/2013, de 30.8 (Código do Trabalho - compensação devida pela cessação do contrato de trabalho - alterações ao Código do Trabalho) 644Resoluções AdministrativasIVA: regime de contabilidade de caixa – esclarecimentos práticos da AT .................. 627Obrigações fi scais do mês e informações

diversas ........................................................... 610 a 614IRC: análise do anteprojeto da reforma do Código ........................................................ 614 a 625Trabalho e Segurança SocialLegislação, Informações Diversas e Regulamentação do Trabalho ....................... 641 a 650Sumários do Diário da República .................... 652

Incentivo fi nanceiro à celebração de contratos de trabalho

Portaria n.º 286-A/2013, de 16 de setembro

Compromisso para o Crescimento, Competitividade e Emprego

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Boletim do Contribuinte610SETEMBRO 2013 - Nº 18

IRSDeclaração Mensal de Remunerações

Entrega, até ao dia 10 de outubro, da Declaração Mensal de Remunerações, por transmissão eletrónica de dados, pelas entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS, ainda que dele isentos, bem como os que se encontrem excluídos de tributação, nos termos dos artigos 2.º e 12.º do Código do IRS, para comunicação daqueles rendimen-tos e respetivas retenções de imposto, das deduções efetuadas relativamente a contribuições obrigatórias para regimes de proteção social e subsistemas legais de saúde e a quotizações sindicais, relativas ao mês anterior.

IRSDeclaração modelo 11

Entrega, até ao dia 15 de outubro, da Declaração Modelo 11, por transmissão eletrónica de dados, pelos notários e outros funcionários ou entidades que desempenhem funções notariais, bem como as entidades ou profi ssionais com competência para autenticar documentos particulares que titulem atos ou contratos sujeitos a registo predial, ou que intervenham em operações previstas nas alíneas b), f) e g) do n.º 1 do artigo 10.º, das relações dos atos praticados no mês anterior, suscetíveis de produzir rendimentos.

IVADeclaração Periódica

Envio, até ao dia 10 de outubro da Declaração Periódica, por transmissão eletrónica de dados, acompanhada dos anexos que se mostrem devidos, pelos contribuintes do regime normal mensal, relativa às operações efetuadas em agosto.

IVADeclaração Recapitulativa

Entrega, até ao dia 21 de outubro, da Declaração Recapitulativa por transmissão eletrónica de dados, pelos sujeitos passivos do regime normal mensal que tenham efetuado transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços noutros Estados Membros, no mês anterior, quando tais operações sejam aí localizadas, nos

PAGAMENTOSEM OUTUBRO

I R S (Até ao dia 21 de outubro)

- Entrega do imposto retido no mês de setembro sobre ren-dimentos de capitais, prediais e comissões pela intermediação na realização de quaisquer contratos, bem como do imposto retido pela aplicação das taxas liberatórias previstas no art. 71º do CIRS.

(Arts. 98º, nº 3, e 101º do Código do IRS)

- Entrega do imposto retido no mês de setembro sobre as remunerações do trabalho dependente, independente e pensões – com exceção das de alimentos (Categorias A, B e H, respectivamente).

(Al. c) do nº 3º do art. 98º do Código do IRS)

- Entrega, no prazo de oito dias contados do momento em que foram deduzidas, das importâncias retidas para efeitos da sobretaxa extraordinária de IRS.

(Art. 72º-A e 99º-A do Código do IRS - cfr. Lei nº 49/2011, de7.9, na pág. 623)

I R C

- Entrega das importâncias retidas no mês de setembro por retenção na fonte de IRC. (Até ao dia 21 de outubro)

(Arts.106º, nº 3, 107º e 109º do Código do IRC)

- Entrega da 2ª prestação do pagamento especial por conta relativo a 2013. (Até ao dia 31 de outubro)

(Art. 106º, nº 1, do Código do IRC)

IVA- Pagamento do IVA a efetuar nos balcões dos serviços de

fi nanças ou dos CTT ou ainda (para importâncias não superiores a 100 000,00 euros) através do multibanco, correspondente ao imposto apurado na declaração respeitante a agosto, pelos sujeitos passivos abrangidos pela periodicidade mensal do regime normal. (Até ao dia 10 de outubro)*

*Obrigatoriedade de envio pela Internet das declarações periódicas do IVA. O pagamento pode ser efectuado nas estações dos CTT, no Multibanco ou numa Tesouraria de Finanças com o sistema local de cobrança até ao último dia do prazo.

IMPOSTO ÚNICO DE CIRCULAÇÃO (Até ao dia 31 de outubro)

– Liquidação, por transmissão eletrónica de dados, e paga-mento do Imposto Único de Circulação – IUC – relativo aos veículos cujo aniversário da matrícula ocorra no mês de outubro.

SEGURANÇA SOCIAL (De 11 a 20 de outubro)- Pagamento de contribuições e quotizações referentes ao

mês de setembro de 2013.

IMPOSTO DO SELO (Até ao dia 21 de outubro)- Entrega, por meio de guia, do imposto arrecadado no

mês de setembro. (Arts. 43º e 44º do Código do Imposto do Selo)

OBRIGAÇÕESEM OUTUBRO

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Boletim do Contribuinte 611SETEMBRO 2013 - Nº 18

termos do art.º 6.º do CIVA, e para os sujeitos passivos do regime normal trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens a incluir na declaração tenha no trimestre em curso (ou em qualquer mês do trimestre) excedido o montante de € 50.000.

Entrega, até ao dia 21 de outubro, da Declaração Recapitulativa por transmissão eletrónica de dados, pelos sujeitos passivos do regime normal trimestral que tenham efetuado transmissões intracomunitárias de bens e/ou pres-tações de serviços noutros Estados Membros, no trimestre anterior, quando tais operações sejam aí localizadas nos termos do art.º 6.º do CIVA e o montante das transmissões intracomunitárias a incluir não tenha excedido € 50.000 no trimestre em curso ou em qualquer um dos 4 trimestres anteriores.

IVADeclaração Recapitulativa

Sujeitos passivos isentos

Entrega, até ao dia 21 de outubro, da Declaração Reca-pitulativa por transmissão eletrónica de dados, pelos sujeitos passivos isentos ao abrigo do art.º 53.º que tenham efetuado prestações de serviços noutros Estados Membros, no mês anterior.

IVAComunicação de faturas

Comunicação, até ao dia 25 de outubro, por transmissão eletrónica de dados, dos elementos das faturas emitidas no mês anterior pelas pessoas singulares ou coletivas que tenham sede, estabelecimento, estável ou domicílio fi scal em território português e que aqui pratiquem operações sujeitas a IVA.

IVAPedido de restituição

Entrega, até ao dia 31 de outubro, por transmissão eletró-nica de dados, do pedido de restituição de IVA pelos sujeitos passivos cujo imposto foi suportado, no próprio ano, noutro Estado Membro ou país terceiro (neste caso em suporte de papel), quando o montante a reembolsar for superior a € 400 e respeitante a um período de três meses consecutivos, tal como refere o Decreto-Lei n.º 186/2009, de 12 de agosto.

OBRIGAÇÕESEM OUTUBRO

IMTNotários e conservadores

Os notários e outros funcionários ou entidades que desem-penhem funções notariais, bem como as entidades e profi ssio-nais com competência para autenticar documentos particulares que titulem atos ou contratos sujeitos a registo predial, devem submeter, até ao dia 15 de cada mês, à Autoridade Tributária e Aduaneira, os seguintes elementos:

a) Em suporte eletrónico (Modelo11), uma relação dos atos ou contratos sujeitos a IMT, ou dele isentos, efe-tuados no mês antecedente, contendo, relativamente a cada um desses atos, o número, data e importância dos documentos de cobrança ou os motivos da isenção, nomes dos contratantes, artigos matriciais e respetivas freguesias, ou menção dos prédios omissos;

b) Cópia das procurações que confi ram poderes de alienação de bens imóveis em que, por renúncia ao direito de revo-gação ou cláusula de natureza semelhante, o representado deixe de poder revogar a procuração, bem como dos respetivos substabelecimentos, referentes ao mês anterior;

c) Cópia das escrituras ou documentos particulares auten-ticados de divisões de coisa comum e de partilhas de que façam parte bens imóveis.

IVANovas regras relativas aos documentos

de transporteFalta de comunicação à AT punida a partir

de 15 de outubro

O Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais (SAEF) determinou que, dado o caráter totalmente inovador deste novo regime e de forma a permitir às empresas uma adap-tação gradual ao novo regime, até ao próximo dia 15 de outubro não serão aplicadas quaisquer sanções (coimas ou apreensão) nos casos de ausência de comunicação eletrónica prévia dos documentos de transporte por parte das empresas. No entanto essa comunicação deve ser efetuada até àquela data, pois, caso contrário, os infratores sujeitam-se a penalização.

O novo sistema de comunicação obrigatória à AT, que se aplica apenas a empresas com um volume de negócios superior a 100.000 euros (que já são obrigadas a possuir sistemas informáticos de faturação), não cria novas obri-gações de emissão de documentos de transporte.

Refi ra-se que o DL nº 147/2003, de 11.7, diploma que aprovou o Regime de Bens em Circulação, já atualizado pelo DL nº 198/2012, de 24.8, foi publicado no Boletim do Contribuinte, 2013, págs. 345 e seguintes.

A Vida Económica publicou recentemente um novo livro, intitulado “Regime de Bens em Circulação”, um manual prático essencial sobre as novas regras de comu-nicação à AT que inclui legislação, notas e comentários práticos e exemplos, para além de um guia prático quanto à emissão de guias de transporte no Portal das Finanças.

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte612SETEMBRO 2013 - Nº 18

Regime fi scal das sociedades desportivas alterado

As sociedades desportivas, cujos períodos de tributação se iniciem depois de dia 15 de agosto, passarão a estar sujeitas a um novo regime fi scal, conforme estipula a Lei nº 56/2013, de 14.8.

De acordo com as alterações publicadas na referida lei, passam a considerar-se gastos do exercício, na sua totalidade, as quantias atribuídas ao clube fundador que goze do estatuto de utilidade pública, que sejam por este investidas em insta-lações ou em formação desportiva.

São ainda considerados gastos em percentagem corres-pondente a 20% do respetivo total, os montantes pagos pela

sociedade desportiva a título de exploração dos direitos de imagem dos agentes desportivos (são agentes desportivos, exclusivamente, os jogadores e treinadores contratados pela sociedade desportiva).

As amortizações também sofreram alguns ajustes, pelo que passarão a ser aceites como gasto as amortizações dos ativos intangíveis correspondentes aos direitos de contratação dos jogadores profi ssionais, desde que inscritos em competições desportivas de caráter profi ssional ao serviço da sociedade desportiva ou ao serviço de outras sociedades desportivas, neste último caso quando haja cedência temporária do jogador.

O valor do direito de contratação fi scalmente amortizável corresponde ao respetivo custo de aquisição ou, não o havendo, aos custos de formação do atleta, devidamente certifi cados por revisor ofi cial de contas independente.

A quota anual de amortização que pode ser aceite como gasto fi scal é a que corresponde à aplicação das taxas de amortização determinadas em função da duração do contrato celebrado com a sociedade, utilizando o método das quotas constantes.

Relativamente ao reinvestimento dos valores de realização, à diferença positiva entre as mais-valias e as menos-valias realizadas mediante transmissão onerosa dos elementos do ativo referidos é aplicável, com as devidas adaptações, a norma do Código do IRC relativa ao reinvestimento dos valores de realização, desde que o valor da realização correspondente à totalidade desses elementos seja reinvestido na contratação de jogadores ou na aquisição de bens do ativo tangível afetos a fi ns desportivos, até ao fi nal do terceiro exercício seguinte ao da realização.

As sociedades desportivas que se reorganizem de forma a poderem participar em competições desportivas profi ssionais podem ter acesso aos seguintes benefícios:

• isenção total ou parcial de IMT relativamente à trans-missão de bens imóveis necessários à reorganização, a aprovar pelo órgão autárquico competente após ter sido reconhecido o interesse municipal da referida reorganização;

• isenção de imposto do selo, dos emolumentos e de outros encargos legais que se mostrem devidos pela prática de todos os atos inseridos no processo de reorganização.

Os benefícios são concedidos por despacho do membro do Governo responsável pela área das fi nanças, a pedido dos clubes desportivos, mediante parecer da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).

Dupla tributação Convenção com Japão em vigor

desde 28 de julho

Nos termos do Aviso nº 88/2013, de 16.8, publicado na I série do Diário da República, a Convenção entre Portugal e o Japão para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento entrou em vigor no passado dia 28 de julho.

Assim, foram recebidas notas pelos Ministérios dos Negócios Estrangeiros do Japão e de Portugal em que se comunica terem sido cumpridas as formalidades internas de aprovação da referida Convenção, assinada em Lisboa, em 19 de dezembro de 2011 e aprovada pela Resolução da Assembleia da República nº 50/2012, de 17.4.

Nos termos da mesma Convenção, são considerados impostos sobre o rendimento todos os impostos incidentes sobre o rendimento total ou sobre elementos do rendimen-to, incluindo os impostos sobre os ganhos derivados da alienação de quaisquer bens, os impostos sobre o montante global dos vencimentos ou salários pagos pelas empresas, bem como os impostos sobre as mais-valias.

Os impostos atuais a que a Convenção se aplica são, em Portugal:

- IRS; - IRC;- derramas.No Japão:- o imposto sobre o rendimento;- o imposto sobre as pessoas coletivas;- o imposto especial para a reconstrução sobre o ren-

dimento;- o imposto especial para a reconstrução sobre as pes-

soas coletivas; - os impostos locais sobre os habitantes.

Empreitadas de obras públicasÍndices de mão de obra e materiais

Foram publicados através do Aviso nº 11432/2013, de 12.9 (2ª série do DR) os valores dos índices de custos de mão de obra, materiais e equipamentos de apoio referentes aos meses de janeiro, fevereiro e março de 2013, fi xados por despacho do Secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, para efeitos de aplicação das fórmulas de revisão de preços a que se refere o art. 6º do Dec.-Lei nº 6/2004, de 6.1, que estabeleceu o regime de revisão de preços das empreitadas de obras públicas e de obras particulares e de aquisição de bens e serviços.

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte 613SETEMBRO 2013 - Nº 18

IVAEnquadramento dos agricultores no regime

geral do IVA

O Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais emitiu um despacho que alarga o prazo concedido para o enquadramen-to no regime geral de IVA aos agricultores que, à data de 31 de dezembro de 2012, se encontravam abrangidos pelo referido regime de isenção. O despacho determina que o prazo de entrega das declarações de início de atividade e de alterações por parte dos agricultores é prorrogado até 31 de outubro de 2013, sem quaisquer acréscimos ou penalidades.

Posteriormente, em 20 de junho foi publicada no Diário da República a Resol. da Ass. da República nº 82/2012, recomendando ao Governo novo alargamento do prazo para o enquadramento dos agricultores no regime geral do IVA.

Se até à data – 31 de outubro – o Governo não prorrogar o prazo para o enquadramento, manter-se-á aquela data como data limite para que os agricultores procedam à entre-ga das declarações de início de atividade ou de alterações.

Taxa de juros comerciais em vigor no 2.º semestre de 2013

- Empresas comerciais – 7,5%- Transações comerciais (DL 62/2013) – 8,5%

Em matéria de juros moratórios, é aplicável o disposto no artigo 102.º do Código Comercial, segundo o qual a taxa de juros moratórios relativamente aos créditos de que sejam titulares empresas comerciais, singulares ou coletivas é fi xada por portaria conjunta dos Ministros das Finanças e da Justiça. Essa taxa de juro não pode ser inferior ao valor da taxa de juro aplicada pelo Banco Central Europeu, acrescida de 7 pontos percentuais. Nessa conformidade, foi publicada a Port. n.º 597/2005, de 19.7, porém, no corrente ano, foi publicado o DL n.º 62/2013, de 10.5, que veio estabelecer medidas contra os atrasos de pagamento nas transações comerciais, tendo alterado o referido art. 102.º do C. Comercial, o qual passou a prever que, no âmbito daquele diploma, a taxa de juro em questão não pode ser inferior ao valor da taxa de juro aplicada pelo Banco Central Europeu acrescida de oito pontos percentuais.

Por forma a harmonizar a legislação existente sobre esta matéria, foi recentemente publicada a Port. n.º 277/2013, de 26.8 (publicada no último número do Bol. do Contribuinte, pág. 597, e que revoga a citada Port. 597/2005), que fi xa a taxa supletiva de juros moratórios, determinando o seguinte:

1. Relativamente a créditos de que sejam titulares empresas comerciais, singulares ou coletivas, esta taxa corresponde à taxa de juro aplicada pelo Banco Central Europeu acrescida de 7 pontos percentuais.

2. Relativamente às transações comerciais sujeitas ao DL n.º 62/2013, de 10.5, esta taxa corresponde à taxa de juro aplicada pelo Banco Central Europeu acrescida de 8 pontos percentuais.

Esta portaria produz efeitos à data da entrada em vigor do DL n.º 62/2013, de 10.5, ou seja, 1 de Julho de 2013.

De salientar que, tal como vem a suceder nos últimos anos, as taxas em vigor em cada momento serão divulgadas no Diário da República, 2.ª série, por aviso da Direção-Geral do Tesouro e Finanças, até 15 de janeiro e 15 de julho de cada ano.

Aproveitamos para recordar que estão sujeitos à aplicação do citado DL n.º 62/2013 todos os pagamentos efetuados como remuneração de transações comerciais, mas apenas no âmbito de contratos celebrados a partir da sua entrada em vigor (1.7.2013), não sendo este diploma aplicável aos contratos anteriores, incluindo contratos públicos decorrentes de procedimentos de formação iniciados antes daquela data.

Estão, ainda, excluídos do seu âmbito de aplicação:- Os contratos celebrados com consumidores;- Os juros relativos a outros pagamentos que não os efetu-

ados para remunerar transações comerciais;- Os pagamentos de indemnizações por responsabilida-

de civil, incluindo os efetuados por companhias de seguros.

Tal como referimos, o DL 62/2013 é aplicável aos contratos celebrados a partir da sua entrada em vigor (1.7.2013), não sendo aplicável aos contratos anteriores, incluindo contratos públicos decorrentes de procedimentos de formação iniciados antes daquela data. Por outro lado, e até 31.12.2015, este regi-me também não é aplicável às entidades públicas que façam parte do Serviço Nacional de Saúde, salvo quando o credor seja uma micro ou pequena empresa cujo estatuto esteja cer-tifi cado pelo IAPMEI.

De realçar, por último, que acaba de ser publicado na II série do DR o Aviso n.º 11617/2013, que fi xa em 8,5% a taxa supletiva de juros moratórios relativamente a créditos de que sejam titulares empresas comerciais, singulares ou coletivas, nos termos do DL 62/2013, de 10.5, a qual estará em vigor durante o 2.º semestre de 2013.

Assim sendo, a taxa de juros moratórios aplicável aos créditos de que sejam titulares empresas comerciais, singulares ou coletivas (excluídos do âmbito de aplicação do citado DL 62/2013), a vigorar desde 1.7.2013 até 31.12.2013, é de 7,5%.

Setores privado, público e cooperativoLei-quadro das entidades reguladoras

A Lei-quadro das entidades administrativas independentes com funções de regulação da atividade económica dos seto-res privado, público e cooperativo foi aprovada pela Lei nº 67/2013, de 28.8.

São reconhecidas como entidades reguladoras as seguintes entidades atualmente existentes:

- Instituto de Seguros de Portugal;- Comissão do Mercado de Valores Mobiliários;- Autoridade da Concorrência;- Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos;

(Continua na pág. seguinte)

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte614SETEMBRO 2013 - Nº 18

- Autoridade Nacional de Comunicações (ICP - ANA-COM), redenominada de Autoridade Nacional de Comunicações;

- Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC), redenomi-nado de Autoridade Nacional da Aviação Civil;

- Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), rede-nominado de Autoridade da Mobilidade e dos Trans-portes, nas suas atribuições em matéria de regulação, de promoção e defesa da concorrência no âmbito dos transportes terrestres, fl uviais e marítimos;

- Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos;- Entidade Reguladora da Saúde.Os estatutos das entidades reguladoras atualmente existentes

devem ser adaptados por decreto-lei ao disposto na lei-quadro (Lei nº 67/2013), até ao dia 1 de dezembro de 2013, e entram em vigor no 1º dia do mês seguinte ao da sua publicação.

Até ao próximo dia 27 de setembro cada entidade regu-ladora deve apresentar ao Governo um projeto de alteração dos respetivos estatutos que os adeque ao regime previsto na lei-quadro ora publicada.

PRODER: Alterações regulamentares permitem

execução dos projetos por custos inferiores aos aprovados

Foram aprovadas através da Portaria n.º 253/2013, de 7.8, alterações a diversos regulamentos de aplicação de medidas do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER).

Na prática, as alterações introduzidas visam salvaguardar as situações em que o benefi ciário executou o projeto por custos inferiores aos aprovados, mas salvaguardou a sua concretização. Com efeito, na fase de implementação dos projetos, alguns dos investimentos foram concluídos por custos inferiores aos inicialmente previstos, pois, devido à atual crise fi nanceira e à consequente difi culdade no acesso ao crédito, os benefi ciários foram obrigados a fazer adaptações aos projetos, de forma a conseguir prosseguir e viabilizar a sua execução.

Deste modo, e desde que não seja posta em causa a concre-tização substancial dos projetos, passa a ser aceite a execução inferior ao limite mínimo do valor do investimento elegível previsto na regulamentação do apoio, mantendo-se os valores máximos aprovados para as despesas variáveis – calculadas em função de uma percentagem do valor total elegível de parte ou da totalidade das despesas elegíveis da operação –, as quais são geralmente executadas logo no início das operações.

Por outro lado, são eliminadas algumas despesas identifi -cadas como não elegíveis, dado que se tornaram desconformes com a regra da elegibilidade temporal, entretanto alterada pela portaria n.º 814/2010, de 27.8.

SaúdeApoios fi nanceiros a atribuir a pessoas coletivas privadas sem fi ns lucrativos

Foi aprovado, através da Portaria n.º 258/2013, de 13-08, o Regulamento dos Programas de Apoio Financeiro a atribuir pelos serviços e organismos centrais do Ministério da Saúde e pelas administrações regionais de saúde a pessoas coletivas privadas sem fi ns lucrativos.

Os projetos candidatos a fi nanciamento devem obedecer aos seguintes princípios:

- Responder às necessidades previamente identifi cadas como prioritárias pelas entidades fi nanciadoras;

- Promover intervenções que respondam, de forma con-creta, a problemas identifi cados nos grupos alvo;

- Promover, quando aplicável, o envolvimento e a parti-cipação das populações alvo e demais entidades públicas e privadas que tenham responsabilidade no tipo de intervenção em causa e na conceção e desenvolvimento de atividades;

- Promover parcerias técnicas e fi nanceiras numa perspe-tiva de garantir a sustentabilidade do desenvolvimento das ações e projetos.

Para aceder ao fi nanciamento as entidades benefi ciárias têm, nomeadamente, que:

- Encontrar-se regularmente constituídas e, quando aplicá-vel, estar devidamente registadas, licenciadas ou autorizadas;

- Possuir idoneidade, capacidade organizativa e meios técnicos, materiais e humanos para desenvolver os projetos;

- Possuir contabilidade organizada.A abertura do procedimento é publicitada num jornal

diário de grande circulação nacional e, caso se justifi que, num jornal local, sendo o aviso publicitado nos sítios da Internet das entidades fi nanciadoras (Direção-Geral da Saú-de; Instituto Português do Sangue e da Transplantação, I. P.; Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências; Administrações Regionais de Saúde, I. P.).

O aviso fi xa as condições e os termos em que podem ser apresentadas as candidaturas, nomeadamente, a moda-lidade e objeto do programa de apoio, o montante global do apoio fi nanceiro a conceder, a percentagem máxima do fi nanciamento a atribuir, o prazo de apresentação e a moda-lidade de entrega das propostas e os critérios de seleção das candidaturas.

Os processos de candidatura devem ser entregues através da plataforma informática denominada Sistema Integrado de Programas de Apoio Financeiro em Saúde (SIPAFS).

Para o efeito, as entidades candidatas devem preencher um formulário próprio e remetê-lo de acordo com a modali-dade de entrega defi nida no aviso de abertura, acompanhado dos documentos necessários.

A concessão do apoio fi nanceiro é formalizada através de contrato celebrado entre a entidade fi nanciadora e a en-tidade benefi ciária do apoio. Após a assinatura do contrato, o fi nanciamento dos projetos ou ações é efetuado, preferen-cialmente, através de um adiantamento, seguido de pedidos de reembolso ou de forma faseada.

(Continuação da pág. anterior)

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REFORMA DO IRCANÁLISE

Boletim do Contribuinte 615SETEMBRO 2013 - Nº 18

Reforma do IRC Análise do anteprojeto

datado de 30 de junho de 2013

No último número do Boletim do Contribuinte foi dado destaque aos principais temas abordados na proposta para a reforma do IRC.

Ao que tudo indica, esta reforma deverá conduzir a uma ampla revisão do atual sistema de tributação sobre as empre-sas, havendo um conjunto alargado de medidas que devem ser implementadas de forma faseada, procurando-se ainda, na medida do possivel, algum equilíbrio e ajustamento com a possível recuperação da economia portuguesa. Espera-se, aliás, que tal reforma possa em si mesma constituir um dos “motores” para aumentar o investimento, a criação de em-prego e a competitividade e internacionalização das empresas portuguesas. A esse propósito, e após uma fase de discussão pública quanto à proposta apresentada pela Comissão para a Reforma do IRC, é percetível o alargado consenso entre os responsáveis dos diversos setores de atividade económica bem como dos responsáveis políticos quanto à necessidade de tal reforma poder avançar no curto prazo.

Neste número, damos continuidade ao artigo de análise da autoria do Drs. João Gomes e Jorge Pires, que focam com detalhe e rigor os principais temas da reforma, objetivos e medidas preconizadas, bem o impacto das mesmas do ponto de vista fi scal e contabilístico.

1. Taxa do IRC A redução efetiva das taxas de IRC vigentes em Portugal

foi identifi cada como um dos objetivos primordiais desta reforma. Com efeito, a descida da taxa de IRC constitui uma das componentes de maior visibilidade de uma reforma que se pretende venha a ser positiva para a atração de investimento (nacional e estrangeiro), a criação de emprego e a dinamização da atividade económica. A tabela seguinte resume os 3 cenários propostos de redução gradual das taxas do IRC no horizonte temporal 2014-2018, perspetivando-se que a taxa geral seja fi xada entre 17% e 19% no ano 2016 e seguintes:

Taxas IRC Cenário 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Taxa geral123

25,0%25,0%25,0%

23,0%23,0%23,0%

21,0%21,0%20,0%

21,0%21,0% 21,0%

19,0%18,0%17,0%

19,0%18,0%17,0%

Adicional – Derrama municipal 1,5% 1,5% 1,5% 1,5% 1,5% 0,0%

Adicional – Derrama estadual 1 3,0% 3,0% 3,0% 3,0% 0,0% 0,0%

Adicional – Derrama estadual 2 2,0% 2,0% 2,0% 2,0% 2,0% 0,0%

Taxa geral ajustada

123

31,5%31,5%31,5%

29,5%29,5%29,5%

27,5%27,5%26,5%

25,5%24,5%23,5%

22,5%21,5%20,5%

19,0%18,0%17,0%

2. Regime Simplifi cado direcionado a empresas de reduzida dimensão

O tecido empresarial português é maioritariamente com-posto por empresas de reduzida dimensão, que transportam consigo um enorme potencial de estabilidade económica e social, empregando uma parte signifi cativa da população ativa e detendo um contributo importante na formação do PIB nacional, a Comissão considera que uma reforma do IRC que pretenda ser competitiva não pode deixar de considerar a realidade particular que se encontra associada a este universo empresarial, propondo a introdução de um regime simplifi cado de tributação em sede de IRC para estas entidades, o qual tenha em atenção os circunstancialismos tradicionalmente presentes no modo como aquelas desempenham a sua atividade e adeque a sua tributação em função da sua realidade quotidiana. Para fomentar a adesão a este regime, a Comissão sugere ainda que a sua introdução no ordenamento jurídico-fi scal nacional seja acompanhada de um agravamento do pagamento especial por conta para as entidades que não estejam abrangidas pelo regime simplifi cado. Assim, considera-se desejável um regime simplifi cado com os seguintes traços essenciais:

– O regime simplifi cado terá natureza opcional;– As entidades que a ele podem ter acesso não deverão

apresentar um volume de negócios superior a € 150.000 e um total do ativo superior a € 500.000, devendo ado-tar a normalização contabilística para microentidades e respeitar as obrigações de faturação simplifi cada e respetiva comunicação à AT;

– A matéria coletável será apurada com base em coefi -cientes, logo os gastos não relevam para efeitos de apuramento do resultado fi scal;

– A matéria coletável relevante para efeitos da aplicação do presente regime simplifi cado não pode ser inferior a 60% do valor anual da retribuição mensal mínima garantida (€ 485 x 14 x 60% = € 4074).(1)

– O regime simplifi cado deverá reduzir muito substan-cialmente tributações autónomas e derramas e eliminar a obrigação de proceder a pagamentos especiais por conta. A fi m de incrementar as condições de atratividade do referido regime, propor-se-á um incremento do pagamento especial por conta (limite mínimo passará de € 1000 para € 1500) para os sujeitos passivos que não o integrem.

(1) Obtém-se através da aplicação dos seguintes coefi cientes:a) 4% das vendas de mercadorias e produtos, das prestações de serviços

efetuadas no âmbito de atividades hoteleiras e similares, restauração e bebidas;

b) 75% dos rendimentos das atividades profi ssionais constantes da tabela a que se refere o artigo 151.º do Código do IRS;

c) 10% dos restantes rendimentos de prestações de serviços e subsídios destinados à exploração;

d) 95% dos rendimentos provenientes de contratos que tenham por objeto a cessão ou utilização temporária da propriedade intelectual ou industrial ou a prestação de informações respeitantes a uma experiência adquirida no sector industrial, comercial ou científi co, dos outros rendimentos de capitais, do resultado positivo de rendi-mentos prediais, do saldo positivo das mais-valias e menos-valias e dos restantes incrementos patrimoniais, tal como determinados para efeitos de IRS;

e) 100% do valor de aquisição dos incrementos patrimoniais obtidos a título gratuito determinado nos termos do n.º 2 do artigo 21.º do CIRC;

f) Possibilidade de redução dos coefi cientes em 50% e 25% no primeiro e segundo períodos posteriores ao início de atividade, respetivamente.

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REFORMA DO IRCANÁLISE

Boletim do Contribuinte616SETEMBRO 2013 - Nº 18

3. Revisão e simplifi cação profunda das obrigações acessórias em sede de IRC

Os excessivos custos de cumprimento associados ao sistema jurídico-fi scal português – os quais se revelam signi-fi cativamente superiores à média europeia – representam, no entender da Comissão, um desincentivo ao investimento no nosso país, motivo pelo qual se sugere uma revisão profunda das obrigações acessórias impostas aos sujeitos passivos em sede de IRC, com vista à sua signifi cativa redução. Neste do-mínio, as recomendações e propostas de alteração legislativas mais relevantes, elaboradas pela Comissão, são as seguintes:

– Eliminação, com caráter de quase-generalidade, da obri-gação de requerer a autorização prévia da Autoridade Tributária e Aduaneira, substituindo-se por uma mera comunicação, para a adoção de soluções alternativas relativamente àquelas que se encontram expressamente previstas na legislação fi scal, naqueles casos em que o recurso a tais soluções alternativas é permitido aos sujeitos passivos, tais como: a) aplicação de métodos alternativos de mensuração dos inventários; b) Utiliza-ção de diferentes métodos de depreciação e amortização relativamente aos indicados no artigo 30.º do Código do IRC; c) utilização de taxas de amortização e/ou depreciação distintas, relativamente às defi nidas no Decreto-Regulamentar n.º 25/2009; d) adoção de um período fi scal diferente do ano civil; e e) determinação da matéria coletável de estabelecimentos estáveis.

– Simplifi cação das obrigações acessórias existentes no seio de regimes jurídico-fi scais próprios, tais como o regime dos preços de transferência, o REGTS, o regime dos prejuízos fi scais ou da eliminação da dupla tributação económica.

– Simplificação das obrigações acessórias relativas à apresentação do dossier fi scal, e revisão dos prazos de cumprimento de certas obrigações declarativas com vista a assegurar um maior grau de coerência e harmonização.

– Substituição de um conjunto de obrigações acessórias (declarações de inscrição e cessação da atividade) pela

comunicação ofi ciosa de dados relativos aos sujeitos passivos por parte de entidades públicas (Instituto dos Registos e Notariado ou diretamente pelas Conserva-tórias do Registo Comercial), ou pelo cruzamento dos referidos dados entre estas entidades e a Autoridade Tributária e Aduaneira, sempre que este seja possível.

– Simplifi cação da Declaração Modelo 22 do IRC, com vista à redução dos custos de contexto dos sujeitos passivos, sobretudo aqueles que se encontram inseridos no regime simplifi cado.

– Criação de uma IES própria, mais simples, para as enti-dades abrangidas pelo regime simplifi cado.

4. Redução dos níveis de litigiosidade fi scal Não obstante se denote alguma melhoria, os dados recen-

temente disponibilizados acerca do estado da Justiça Fiscal em Portugal permitem concluir que o grau de confl itualidade registado se mantém desajustado às capacidades de resposta da organização judiciária nacional em matéria tributária. A Comissão entende necessário, pois, empreender um esforço de diminuição da litigância fi scal através da introdução de alterações legislativas nas matérias que, muito embora me-reçam já um enquadramento jurisdicional estável e sólido, continuam sistematicamente a gerar confl itos nos tribunais fi scais nacionais. Procurou-se identifi car as áreas onde, apesar de existir uma signifi cativa uniformização da jurisprudência e/ou da doutrina, persistem redações normativas propícias à litigiosidade inútil, justamente porque contraditória com as soluções já pacifi cadas em sede de Direito Fiscal .

Elencam-se em seguida um conjunto de situações tipi-camente geradoras de litigiosidade fi scal, que a Comissão entende devam ser revistas:

1. Temática dos gastos1.1. Despesas por sanções – Deve ser esclarecido o

conceito utilizado pela lei fi scal, tendo designada-mente em atenção o respetivo âmbito (i.e., passando a incluir os juros moratórios) e a fonte jurídica da norma defi nidora da infração.

1.2. Requisitos documentais exigidos em sede IRC versus IVA – Devem ser clarifi cados os casos de não-aceitação de gastos para efeitos fi scais por in-cumprimento dos requisitos atinentes ao respetivo suporte documental, em especial reiterando-se a inaplicabilidade, aos documentos externos em sede de IRC, dos requisitos constantes do Código do IVA para as faturas, como emana aliás de jurisprudência já amplamente uniformizada.

1.3. Presunção de veracidade da documentação versus requisitos substantivos da dedução dos gastos – Justifi ca-se o esclarecimento da insufi ciência da presunção de veracidade, decorrente do artigo 75.º da LGT, para a cabal demonstração dos requisitos necessários para a dedutibilidade dos gastos fi scais, devendo fi car restrita à demonstração da mera ocorrência destes, a comprovar pela existência de contabilidade devidamente organizada.

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Boletim do Contribuinte 617SETEMBRO 2013 - Nº 18

1.4. Regime da simulação fi scal – Deve ser suprimido, pura e simplesmente, o regime especial reservado à desconsideração do teor das operações simuladas vertidas em documento autêntico.

1.5. Benfeitorias – É necessário esclarecer o enquadra-mento contabilístico dos encargos com benfeitorias, designadamente quanto ao momento em que devem os mesmos ser relevados fi scalmente através do seu reconhecimento no ativo não corrente.

2. Imparidades por dívidas de cobrança duvidosa2.1. Data do evento gerador da perda por crédito in-

cobrável, em resultado de processo de insolvência ou equivalente – Sugere-se a fi xação precisa dos momentos relevantes no âmbito dos mecanismos falimentares e equivalentes, de modo a permitir o reconhecimento temporalmente preciso de perdas por créditos incobráveis, enquanto, paralelamente, se assegura a conformidade da solução do Código do IRC com a solução prevista em IVA.

2.2. Regime dos juros de mora de dívidas de cobrança duvidosa – Devem ser considerados os respetivos juros de mora como sendo igualmente resultantes da atividade normal da empresa.

2.3. Limites à admissibilidade de imparidades nos créditos de cobrança duvidosa de que são devedo-res entidades relacionadas – Justifi ca-se prever-se no CIRC a impossibilidade de relevar fi scalmente uma perda, derivada de um crédito de cobrança duvidosa, no caso de este ter por devedora uma entidade participada em mais de 10%, devendo ser esclarecida, designadamente, de que a contagem da participação se faz quer por via direta, quer indireta.

3. Regime de prova dos requisitos de acesso às Conven-ções de Dupla Tributação

Em alternativa aos RFIs certifi cados pela autoridade es-trangeira, seria admissível a apresentação de um outro meio probatório – ultrapassando assim o atual regime legal de prova única. Tal regime traduzir-se-ia na utilização ainda dos RFIs, mas meramente assinados pelo requerente (e não já carecidos de certifi cação por tal autoridade, logo desprovidos da sua natureza de documentos autênticos); à função declarativa assim desempenhada pelos RFIs, aditar-se-ia um certifi cado de residência emitido por tal autoridade fi scal, que cumprisse com condições mínimas de comprovação. Este alargamento dos meios de prova permitiria, julga-se, ultrapassar os pre-sentes constrangimentos ao acionamento das Convenções, sem quebra de uma certa padronização de mecanismos de prova, e salvaguardando as necessidades de segurança para os intervenientes.

4. Regime da transparência fi scal aplicável às socieda-des de profi ssionais4.1. Nova defi nição – Propõe-se uma nova defi nição,

mais completa, que deixa de se reconduzir obriga-toriamente à referida exigência de identidade da profi ssão dos sócios, e qualifi ca também como so-ciedades de profi ssionais aquela cujos rendimentos provenham, em mais de 75%, do exercício conjunto ou isolado de atividades profi ssionais especifi ca-mente previstas na lista constante do artigo 151.º do Código do IRS, desde que, cumulativamente, em qualquer dia do período de tributação o capital social pertença a um número de sócios não supe-rior a cinco, nenhum deles seja pessoa coletiva de direito público, e pelo menos 75% do capital social seja detida por profi ssionais que exercem as referidas atividades, total ou parcialmente, através da sociedade.

4.2. Momento da tributação dos rendimentos - Pondera--se a aproximação do regime de transparência fi scal aplicável às sociedades de profi ssionais à lógica do recentemente criado IVA de caixa, tributando ape-nas os rendimentos que já tenham sido efetivamente recebidos ou colocados à disposição.

5. Recomendação relativa à criação de órgão próprio direcionado para o investimento

Recomenda-se a criação de um órgão próprio, designa-do, a título de sugestão, por Conselho para a Promoção do Investimento, que passe a ocupar-se, exclusiva e especifi camente, de promover e acompanhar as de-cisões de investimento adotadas em Portugal na sua perspetiva fi scal, bem como de esclarecer eventuais dúvidas que surjam relativamente a projetos de inves-timento potenciais e em curso, cabendo-lhe atribuir e controlar aplicação de benefícios fi scais, dar resposta de pedidos de informação vinculativa e proceder ao enquadramento de determinadas operações no regime jurídico-tributário nacional.

Integrado na orgânica do Ministério das Finanças, o Conselho para a Promoção do Investimento deverá ser constituído por uma equipa multidisciplinar, composta por peritos nas diversas áreas que compõem a fi scali-dade, equacionando-se a integração neste Conselho de peritos oriundos da AICEP, cujo conhecimento da reali-dade empresarial nacional e internacional representaria certamente um contributo valioso no relacionamento com potenciais investidores.

6. Regime de impugnabilidade de certas decisões proferidas no âmbito de pedidos de informação vinculativa

Deverão tornar-se passíveis de recurso contencioso autónomo as decisões da administração tributária re-lativas à inexistência dos pressupostos para a prestação de uma informação vinculativa ou à recusa de prestação de informação vinculativa urgente, à existência de uma especial complexidade técnica que impossibilite a prestação da informação vinculativa, e, por último, ao

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Boletim do Contribuinte618SETEMBRO 2013 - Nº 18

enquadramento jurídico-tributário dos factos constantes da resposta ao pedido de informação vinculativa.

7. Revisão da política de atuação da Autoridade Tri-butária e Aduaneira

Tornar mais criteriosa a decisão de recorrer e/ou fo-mentar a litigância fi scal pela própria Autoridade; e

Impor um esforço dinâmico de controlo e modifi cação dos atos de regulamentação administrativa que se mostrem desconformes com tendências assentes dos tribunais nacionais.

5. Clarifi cação do regime de dedutibilidade de gastos fi scais

Com vista a clarifi car a interpretação de um conceito que ocupa um papel essencial no sistema jurídico-tributário, e que se encontra na base de um volume considerável de confl itos fi scais – a dedutibilidade dos gastos incorridos pelas empresas –, a Comissão propõe uma nova redação para o artigo 23.º e 45.º do Código do IRC, acompanhada de uma modifi cação da sua sistemática.

– O enquadramento geral da dedutibilidade dos gastos para efeitos fi scais previsto no artigo 23.º do CIRC, que atualmente considera os que comprovadamente sejam indispensáveis para a realização dos rendimentos sujeitos a imposto ou para a manutenção da fonte pro-dutora, deverá passar a considerar como dedutíveis os gastos relacionados com a atividade do sujeito passivo por este incorridos ou suportados.

– Os gastos dedutíveis devem estar comprovados docu-mentalmente, independentemente da natureza, forma ou suporte dos documentos utilizados para esse efeito, devendo os documentos comprovativos adotar a forma escrita e conter os elementos similares aos atualmente exigidos no artigo 36.º do Código do IVA.

– Com o intuito de melhorar a sistemática do Código do IRC, propõe-se o enquadramento do que consta atualmente do artigo 45.º (encargos não dedutíveis) no artigo 23.º-A, passando ainda a integrar este artigo 23.º-A algumas das disposições sobre limitação à de-dutibilidade de gastos que antes constavam de outras normas (v.g., artigo 65.º).

6. Harmonização de disposições relativas à Contabi-lidade

Salvaguardando o princípio da dependência face à conta-bilidade, a Comissão propõe-se eliminar pontos de confl ito entre esta e o Código do IRC com aptidão para gerar custos de contexto desnecessários, tanto para o contribuinte como para a Autoridade Tributária e Aduaneira, e para provocar um incremento da litigância fi scal, sugerindo ainda a introdução de modifi cações conceptuais, sistemáticas e de técnica legis-lativa, com o intuito de alcançar uma maior simplifi cação e estabilidade na articulação entre as regras fi scais e as regras contabilísticas em domínios-chave como as perdas por im-paridade, as amortizações e depreciações, as provisões os ajustamentos de justo valor, entre outros.

1. Revisão do artigo 18.º (Periodização do lucro tri-butável)– À semelhança do que acontece com os réditos

relativos a vendas e prestações de serviços com recebimento diferido, em que fi scalmente não é considerado o método do juro efetivo, propõe--se que seja dado igual tratamento às compras de inventários e fornecimentos e serviços externos.

– Equiparação do método da equivalência patrimo-nial e do método da consolidação proporcional, relativamente aos investimentos fi nanceiros que representem participações de capital em entidades conjuntamente controladas, passando a ser claro que quaisquer componentes positivas ou negativas relevadas na contabilidade em resultado tanto da aplicação do método da equivalência patrimonial como do método da consolidação proporcional, não relevam para efeitos fi scais, devendo os rendimen-tos provenientes dos lucros distribuídos ser impu-tados ao período de tributação em que é adquirido o direito aos mesmos.

– Redução do limiar 5% para 2% no que concerne à percentagem de participação a partir da qual deixam de relevar, para efeitos fi scais, as variações positivas ou negativas do justo valor em instrumentos de capital próprio com preço formado num mercado regulamentado. A opção pela percentagem de participação igual ou inferior a 2% segue o limiar previsto no Código dos Valores Mobiliários para defi nição do que se considera ser uma participação qualifi cada, realidade associada a investimentos com maior carácter de permanência, logo mais distantes do mero trading. Ao mesmo tempo, numa lógica de neutralidade, deve conferir-se o mesmo tratamento aos ganhos e perdas em instrumentos de capital próprio, independentemente do critério de mensuração que seja utilizado, fazendo sentido que a participação relevante para efeitos no disposto no artigo 18.º, n.º 9, esteja alinhada com a que é rele-vante para efeitos do artigo 51.º e do artigo 51.º-C.

2. Revisão do artigo 19.º (Contratos de construção) Propõe-se a integração no artigo 19.º do Código

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do IRC o método do lucro nulo, pois a norma con-tabilística (NCRF 19 - Contratos de construção) admite a utilização deste método ou do método da percentagem de acabamento – único atualmente previsto no preceito em apreço –, consoante o desfecho do contrato não seja ou seja fi ável quando mensurado, para os casos em que a entidade não tem condições para adotar o método da percentagem de acabamento.

3. Esclarecimento dos artigos 21.º e 24.º (Variações patrimoniais positivas e negativas) Tendo em conta a existência de frequentes dúvi-

das sobre se as variações patrimoniais positivas e negativas decorrentes da aquisição e alienação de ações ou quotas próprias concorriam ou não para a determinação do lucro tributável, optou-se por esclarecer defi nitivamente esta questão, em sentido negativo.

4. Revisão do artigo 22.º (Subsídios) – No caso dos subsídios que respeitem a ativos

intangíveis sem vida útil defi nida, visto que estes não são amortizáveis, propõe-se a atribuição de efeitos fi scais à despesa realizada, como se de uma amortização se tratasse, optando, no entanto, por um período objetivo de 20 anos, para imputação dos gastos resultantes da utilização deste tipo de ativos.

– No que respeita aos investimentos em proprie-dades de investimento e em ativos biológicos não consumíveis, entendeu-se dar o mesmo tratamento, independentemente de estes se encontrarem sub-sequentemente mensurados pelo modelo do justo valor ou pelo método do custo. Assim, sempre que estes ativos se encontrem subsequentemente contabilizados pelo modelo do justo valor, e de forma a neutralizar a circunstância de, nesse caso, não serem realizadas amortizações, a Comissão de Reforma propõe que seja considerado um gasto para efeitos fi scais correspondente ao custo de aquisição repartido pelo número de anos de vida útil defi nidos para esses ativos, em função das taxas de depreciação constante das Tabelas integrantes do Decreto-Regulamentar n.º 25/2009, de 14 de setembro.

5. Criação de Subsecção II – mensuração e perdas por imparidades em ativos correntes A proposta vai no sentido de proceder-se a uma

reformulação mais profunda desta parte do Código do IRC, de modo a aproximá-la o mais possível do previsto no ordenamento contabilístico. Assim, as

perdas em inventários previstas no n.º 2 do artigo 26.º são alinhadas com a normalização contabilísti-ca. No que diz respeito às perdas por imparidade em créditos, matéria regulada no artigo 35.º do Código do IRC, mantém-se inalterada a disciplina fi scal das perdas por imparidade em ativos correntes.

6. Justifi cação da Subsecção III – depreciações, amor-tizações e perdas por imparidades em ativos não correntes – No que se refere aos custos a incluir na determi-

nação do custo de aquisição para efeitos do cálculo da depreciação fi scal, entendeu-se seguir as regras de determinação do custo de aquisição tal como defi nidas no § 17 da NCRF 7, com exclusão dos custos de desmantelamento, de forma a evitar uma excessiva fl utuação do valor depreciável por via da consideração do custo estimado de desmantelamen-to. De modo semelhante, e por idênticas razões, a proposta da Comissão de Reforma clarifi ca que para a defi nição do custo de aquisição a considerar para efeitos de depreciação do ponto de vista fi scal não concorre o valor residual.

– Propõe-se a clarifi cação que são depreciáveis os componentes, as grandes reparações e benefi cia-ções e as benfeitorias de elementos dos ativos que, contabilisticamente, estejam reconhecidas como ativos fi xos tangíveis.

– No que respeita aos métodos de depreciação/amortização, propõe-se apenas aproximar a termi-nologia do Código do IRC com aquela que consta hoje do normativo jurídico-contabilístico.

– No que concerne aos projetos de desenvolvimen-to, optou-se por clarifi car que, sempre que esses ele-mentos reúnam condições, no plano contabilístico, para virem a ser reconhecidos como ativos intan-gíveis nas demonstrações fi nanceiras dos sujeitos passivos, essas despesas podem ser consideradas como gasto fi scal no período de tributação em que foram suportadas.

7. Justifi cação da nova subsecção – provisões De acordo com a sistematização proposta, a Comis-

são de Reforma entende pertinente que as provisões passem a integrar uma subsecção distinta das perdas por imparidade, já que hoje são duas realidades contabilísticas muito distintas.

8. Alteração ao regime dos créditos incobráveis: Abandono da obrigação acessória do dever de

comunicação prevista no atual n.º 2 do artigo 41.º do Código do IRC, dados os elevados gastos que implicava, principalmente para as entidades que têm como clientes consumidores fi nais, onde essa comunicação não tem qualquer relevância do ponto de vista fi scal.

9. Revisão do regime de reinvestimento dos valores de realização A Comissão entende que o investimento em intan-

gíveis é uma variável-chave no sucesso de muitas

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organizações empresariais, pelo que se considera que não existe razão para excluir do regime do artigo 48.º o reinvestimento neste tipo de ativos. Optou ainda por autorizar o reinvestimento em propriedades de investimento, independentemente de as mesmas estarem ou não afetas à exploração.

7. Criação de regime de dedutibilidade do valor de aquisição dos ativos intangíveis não amortizáveis

A Comissão propõe a introdução de um regime inovador ao abrigo do qual é atribuída relevância fi scal, durante vinte períodos de tributação, aos elementos do ativo intangível adquiridos autonomamente pelo sujeito passivo, com vista a adequar o seu tratamento tributário à importância que os refe-ridos elementos têm vindo a assumir enquanto potenciadores de crescimento económico.

Muito embora se trate de ativos que, justamente por não terem o seu período de vida útil defi nido, não estão sujeitos a depreciação, a Comissão considerou vantajoso que a lei fi scal (decorrente da inserção do artigo 45.º-A no CIRC) reconheça a possibilidade de o seu custo de aquisição ser dedutível, em partes iguais, ao longo de vinte períodos de tributação, desde que tenham sido adquiridos a título oneroso e não tenham uma vigência temporal limitada.

8. Política fi scal internacionalA Comissão entende absolutamente imperioso proceder-se

à reestruturação da política fi scal internacional do Estado por-tuguês, com especial enfoque na sua adequação aos desenvol-vimentos ocorridos em sede de direito europeu e na redefi nição da posição de Portugal na negociação das Convenções para Eliminar a Dupla Tributação, de modo a contribuir efi cazmente para a internacionalização das empresas portuguesas e para a atração de investimento estrangeiro. Assim, neste contexto, a Comissão de Reforma recomenda, quanto a esta matéria, o seguinte:

1. Redefi nição da política fi scal internacional portuguesa, promovendo a negociação ou renegociação de CDT em função de critérios de natureza económica, i.e., eminen-temente com os nossos principais parceiros comerciais, com países considerados relevantes para a atração de investimento para Portugal e com os principais destinos do investimento português;

2. Introdução de normas convencionais que promovam e defendam a competitividade do sistema fi scal, no que respeita à redução das taxas de tributação sobre os dividendos, eliminação da dupla tributação económica, eliminação das retenções sobre juros, dividendos e royalties, bem como a tributação das pensões unica-mente no Estado da residência.

3. Reanálise das reservas aos artigos e observações aos comentários do Modelo de Convenção da OCDE. Neste contexto, importa proceder a uma reanálise das reser-vas e observações de Portugal no sentido de aferir da necessidade da sua manutenção tendo em vista garantir uma maior certeza e previsibilidade na aplicação das CDT e os objetivos de criação de um quadro fi scal mais favorável ao investimento e à internacionalização das empresas.

4. Revisão e uniformização das taxas de retenção na fonte aplicáveis aos diversos tipos de rendimentos auferidos por não residentes, independentemente de o respetivo titular ser pessoa singular ou coletiva.

5. Adoção de uma política consistente em termos da inclusão de cláusulas de limitação de benefícios no âmbito das CDT, nomeadamente para salvaguarda da aplicação de disposições antiabuso previstas na legis-lação nacional em relação a operações transfronteiras e a construções artifi ciais que tenham como único ou principal objetivo a redução ou eliminação dos impos-tos devidos em Portugal.

9. Desenvolvimento de um regime de “participation exemption”

A Comissão entende que a introdução no ordenamento jurídico-nacional de um regime de “participation exemption” de carácter universal – aplicável aos lucros e reservas distri-buídos e, bem assim, às mais-valias realizadas – contribuirá signifi cativamente para o incremento da competitividade do nosso país. Este regime, que encontra a sua “ratio” num apro-fundamento do princípio da territorialidade, é acompanhado por um conjunto de requisitos que visam assegurar a substância das operações por ele abrangidas.

Verifi ca-se que, por regra, as empresas portuguesas que investem no exterior são tributadas duas vezes, quando, em igualdade de circunstâncias, as empresas de outros países, nomeadamente da União Europeia, são tributadas uma única vez. No entender da Comissão, esta situação contribui decisi-vamente para a decisão de saída do território nacional que tem sido adotada por algumas empresas portuguesas, situação essa que, em nome da criação de riqueza e de emprego, cumpre corrigir rapidamente. Neste propósito, é possível invocar dois

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exemplos: de um lado, a referida assimetria no tratamento fi scal que é conferido às distribuições de dividendos e às mais-valias; de outro, o tratamento, também assimétrico, que é dado aos lucros obtidos no estrangeiro através de uma fi lial e aos lucros obtidos através de um estabelecimento estável, nomeadamente através de uma sucursal.

Pelos motivos expostos, a Comissão de Reforma propõe a adoção de um regime “participation exemption” de cariz universal (i.e., aplicável ao investimento independentemente do país ou região em que este se materialize, salvo as indis-pensáveis normas anti-abuso) e horizontal (aplicável tanto à distribuição de lucros e de reservas, quanto às mais-valias, e, bem assim, às diversas operações suscetíveis de serem con-sideradas substitutos próprios destas operações), sugerindo uma aplicação mais abrangente do mecanismo de eliminação da tributação económica, em linha com os regimes mais competitivos da Europa, tanto no caso de lucros e reservas distribuídos como no caso de mais-valias e de menos-valias decorrentes, respetivamente, da detenção ou da transmissão onerosa de participações qualifi cadas. A referência expressa à distribuição de reservas justifi ca-se como clarifi cação do que já hoje decorre do artigo 51.º do Código do IRC, isto é, que este regime jurídico se aplica também à distribuição de reservas, e não apenas à dos lucros do exercício.

10. Introdução de regime fi scal próprio para rendimen-tos de patentes e outros direitos de propriedade industrial

A Comissão sugere a introdução de um regime privilegiado de tributação dos rendimentos provenientes da cessão ou da utilização temporária de patentes e desenhos ou modelos industriais, com o propósito de incrementar a competitivi-dade do ordenamento jurídico nacional enquanto platafor-ma agregadora de investimento em I&D com substância económica.

Propõe-se que os ganhos provenientes de contratos que tenham por objeto a cessão ou a utilização temporária de paten-

tes, desenhos ou modelos industriais passem a concorrer para o lucro tributável do sujeito passivo em apenas 50% do respetivo valor (inserção do artigo 50.º-A do CIRC), estabelecendo, no entanto, normas antiabuso específi cas através das quais se afasta a aplicação deste regime, nomeadamente, relativamente aos rendimentos oriundos de países, regiões ou territórios com um regime fi scal privilegiado e, bem assim, quando, existindo relações especiais entre o cedente e o cessionário, os resul-tados da utilização dos direitos de propriedade industrial se materializem na entrega de bens ou prestações de serviços que originem gastos fi scalmente dedutíveis na entidade cedente ou no grupo de sociedades a que esta pertença.

11. Revisão do regime de reporte e transmissibilidade de prejuízos fi scais

Novamente com o propósito de colocar Portugal nos lu-gares cimeiros da Europa em termos de competitividade do regime fi scal, a Comissão sugere o aumento do período em que é permitida a dedução de prejuízos fi scais incorridos pelos sujeitos passivos para quinze anos, e a eliminação de algumas das causas que conduzem atualmente à perda do reporte deste direito à dedução (as quais, no entender da Comissão, não se compaginam com os objetivos de continuidade e de incentivo à reestruturação das empresas).

Para além do alargamento do prazo de reporte de prejuízos de 5 para 15 anos, a Comissão entende ainda relevante eliminar a restrição prevista no n.º 8 do artigo 52.º do CIRC, no que res-peita à mudança do objeto social e, bem assim, aceitar algumas situações relacionadas com a alteração da titularidade de mais de 50% do capital social ou da maioria dos direitos de voto, designadamente nos casos em que as alterações resultem de:

a) Passagem da titularidade do capital social ou dos direi-tos de voto de direta para indireta, ou de indireta para direta;

b) Operações efetuadas ao abrigo do regime especial previsto nos artigos 73.º e seguintes;

c) Sucessões por morte;d) Quando o adquirente detém, direta ou indiretamente,

mais de 20% do capital social ou da maioria dos direitos de voto da sociedade, por um período ininterrupto de um ano, quer à data do termo do período de tributação a que respeitam os prejuízos, quer à data da alteração; ou

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Boletim do Contribuinte622SETEMBRO 2013 - Nº 18

e) Quando o adquirente seja trabalhador ou membro dos órgãos sociais da sociedade, quer à data do termo do período de tributação a que respeitam os prejuízos, quer à data dessa alteração.

12. Revisão do regime fi scal das entidades que não exercem, a título principal, uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola

Com o propósito de assegurar o equilíbrio e a justiça fi scal na tributação das entidades que não exercem, a título principal, uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola, a Comissão sugere a introdução de uma disposição no artigo 53.º do Código do IRC, da qual fazem também parte as necessárias preocupações anti-abuso. Assim, a Comissão entende que:

– Justifi ca-se a inclusão de uma regra no Código do IRC destinada a assegurar que estas entidades não estejam sujeitas ao dever de pagar qualquer imposto nos perío-dos de tributação em que não obtenham resultados po-sitivos, tendo em conta que a sua tributação recai sobre rendimento global, correspondente à soma algébrica dos rendimentos das diversas categorias consideradas para efeitos de IRS e, bem assim, dos incrementos patrimoniais obtidos a título gratuito.

– Para tanto, impõe-se a consideração, nesta sede, dos gastos que as mesmas comprovadamente suportem no âmbito da realização dos fi ns de natureza social, cultural, ambiental, desportiva ou educacional pelas mesmas prosseguidos, acrescentando, no entanto, uma disposição com cariz antiabuso, que exige a total au-sência de interesse económico, direto ou indireto, por parte dos membros de órgãos estatutários das entidades em apreço – por si mesmos ou por interposta pessoa – nos resultados da exploração das atividades em causa.

13. Revisão do regime dos preços de transferência

A Comissão propõe um conjunto de alterações que têm por escopo eliminar inefi ciências, fatores distorcivos de tributação e indutores de litigiosidade fi scal no âmbito do regime dos preços de transferência, e, bem assim, assegurar uma mais perfeita harmonização deste regime nacional às diretrizes da

OCDE. Em face do exposto, entende a Comissão apresentar as seguinte propostas:

1- Alterar, num duplo sentido, o artigo 63.º do Código do IRC: por um lado, elevar para 20% a percentagem que permite considerar que este nível participação no capital ou nos direitos de voto implica a existência de relações especiais; por outro, limitar signifi cativamente as situações que constam do artigo 63, nº 4, al. g) como dando origem a relações especiais;

2- Alterar as disposições referentes a acordos prévios (designadamente a constante do artigo 138, n.º 2, do Código do IRC) no sentido de eliminar a exigência de estes serem bilaterais, assim deixando ao critério dos contribuintes a concretização opção por esta bilatera-lidade;

3- No que concerne às disposições constantes na Porta-ria n.º 1446-C/2001, recomenda-se a sua revisão, por forma a que: i) o limite previsto no artigo 13º, n.º 3, da referida Portaria seja aumentado de € 3 milhões para € 5 milhões, reduzindo custos de cumprimento para um número não despiciendo de entidades e seguindo tendências internacionais, designadamente tendo por referência o caso espanhol; e ii) sejam criados limites inferiores para a observância das regras dos preços de transferência, tanto no respeitante ao montante individual das operações, quanto a um nível agrega-do, visando também a potencial redução de custos de cumprimento.

14. Revisão das regras atinentes ao tratamento fi scal dos encargos fi nanceiros

A Comissão pretende aperfeiçoar a regra de limitação da dedutibilidade de encargos fi nanceiros constante do artigo 67.º do Código do IRC, com vista a desencorajar comportamentos de substituição e reorganizações motivadas exclusivamente pela necessidade de adaptar a realidade empresarial às suas diretrizes.

Para efeitos do cálculo da limitação à dedutibilidade fi scal de juros, propõe-se um conceito de EBITDA, expurgado da aplicação do método da equivalência patrimonial, do justo valor, de algumas imparidades e reversões, dos lucros ou re-servas distribuídos, das mais-valias ou menos-valias e lucros e prejuízos imputáveis a estabelecimento estável situado fora do território português que não concorram para a determinação do lucro tributável do sujeito passivo.

Também a questão do tratamento da dedutibilidade dos juros no âmbito de grupos de sociedades foi aprofundada, bem como o universo de entidades excluídas do horizonte de aplicação do artigo 67.º.

Assim, a Comissão propõe que os gastos de fi nanciamento líquidos concorram para a determinação do lucro tributável

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Boletim do Contribuinte 623SETEMBRO 2013 - Nº 18

até ao maior dos seguintes limites: a) 1.000.000; ou b) 30 % do resultado antes de depreciações, amortizações, gastos de fi nanciamento líquidos e impostos.

15. Revisão das regras do Regime Especial de Tributa-ção de Grupos de Sociedades

As alterações sugeridas pela Comissão vão no sentido de reduzir o limiar a partir do qual é permitida a integração num grupo de sociedades – assegurando que o ordenamento jurídico nacional passa a estar alinhado com as propostas mais competitivas, nesta matéria, a nível europeu –, e de adaptar o regime nacional às mais recentes diretrizes jurisprudenciais do Tribunal de Justiça da União Europeia.

– A Comissão propõe a redução do limiar a partir do qual se permite a integração num grupo de sociedades, que passa dos atuais 90% para 75%, desde que tal partici-pação lhe confi ra mais de 50% dos direitos de voto;

– Por outro lado, a Comissão entendeu igualmente neces-sário proceder-se à revogação da cominação que san-cionava a falta de comunicação atempada de qualquer alteração, ainda que mínima ou irrelevante, na compo-sição do grupo com a automática cessação de aplicação do RETGS, procurando substituir esta cominação (na opinião da Comissão, excessiva e injustifi cada) por critérios de adequada substância e materialidade na manutenção do perímetro societário para efeitos fi scais.

16. Revisão do regime das concentrações neutras e desenvolvimento das regras aplicáveis a reorganizações não-neutras

As alterações sugeridas pela Comissão quanto a esta ma-téria visam dar acolhimento, no seio do Código do IRC, às tendências jurisprudenciais estabilizadas a propósito do regime da neutralidade. Tratou-se de tornar expressamente previsto um conjunto de operações cuja abrangência pelo referido regime se impõe em nome da sua teleologia específi ca, protegendo-se, assim, um domínio relevante das reorganizações empresariais sem que daí resulte qualquer dano para as receitas orçamentais,

ao mesmo tempo que se libertam os tribunais de confl itos desnecessários.

Por outro lado, a experiência prática nacional demonstra largamente que o Código do IRC se afi gura demasiadamente económico ou ambíguo na regulamentação dos efeitos fi scais, em diversos planos, das operações de concentração excluídas do regime de neutralidade, difi culdade que foi também sentida pela Autoridade Tributária e Aduaneira e, em última análise, motivou a intervenção clarifi cadora da Comissão quanto a esta matéria.

– Neste domínio a Comissão entende haver necessidade de uma intervenção esclarecedora, introduzindo alterações nos artigos 21.º, 24.º, 46.º e 47.º do CIRC, tornando mais explícita a natureza de mais ou menos-valia dos ganhos ou perdas verifi cados com a transmissão dos elementos do ativo das sociedades contribuidoras, bem como dos ganhos ou perdas experimentados pelos respetivos sócios com a ocorrência de recebimento de novas participações ou mesmo com a extinção de participações que já detinham.

– Por outro lado, procura tornar claro que, nas sociedades benefi ciárias, as entradas dos ativos envolvidos nas operações de concentração se realizam por conta dos correspondentes sócios, dando apenas lugar, conforme o caso, a variações patrimoniais positivas ou negativas que não concorrem para a formação do lucro tributável.

17. Reformulação e sistematização do regime de con-cessão de certos benefícios fi scais ao investimento

É entendimento da Comissão que a criação sustentada de riqueza e de emprego em Portugal passa necessariamente por um maior dinamismo do investimento. Assim, sugere-se a reformulação e sistematização de certos benefícios fi scais que encontram no estímulo do investimento a sua principal motivação, e, por outro lado, a eliminação dos benefícios iden-tifi cados como detendo um potencial reduzido de dinamização da economia nacional.

Internacionalização

Considerando que a discussão em torno dos benefícios fi scais em sede de IRC reveste-se de alguma complexidade, a Comissão analisou os incentivos fi scais em vigor e apresenta o seguinte conjunto de propostas relativamente aos mesmos:

1. Manutenção da exclusão de tributação aplicável às mais--valias e menos-valias obtidas por sociedades gestoras de participações (SGPS), sociedades de capital de risco (SCR) e investidores de capital de risco (ICR);

2. Manutenção do Sistema de incentivos fi scais à investi-gação e desenvolvimento (SIFIDE II), tendo em conta que os principais benefi ciários deste incentivo são,

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Boletim do Contribuinte624SETEMBRO 2013 - Nº 18

sobretudo, empresas do setor tecnológico e da indústria transformadora, integradas em grupos multinacionais com presença importante em Portugal;

3. No que respeita aos benefícios associados à criação de emprego, em face da existência de diversos regimes de apoio à criação de emprego (designadamente, através da concessão de isenções de pagamento de contribui-ções devidas pela entidade empregadora nas situações de contratação por tempo indeterminado de jovens à procura do primeiro emprego e desempregados de lon-ga duração), a Comissão entende propor a eliminação deste benefício fi scal;

4. No entendimento da Comissão, o Regime Fiscal de Apoio ao Investimento (RFAI) e Regime contratual de apoio ao investimento consistem em instrumentos úteis para a captação de investimentos signifi cativos, nomeadamente de origem externa, recomendando a sua manutenção, procedendo às alterações de natureza processual necessárias para convertê-los em regimes mais claros, disseminados e de simples acesso;

5. Recomenda-se a eliminação dos benefícios fi scais à internacionalização, os quais, embora regulados pelo Decreto-Lei n.º 250/2009, de 23 de setembro, trata-se de um regime de auxílios de Estado sem aprovação pela Comissão Europeia;

6. Por último, propõe-se a eliminação da majoração dos custos com a aquisição de combustíveis, dado tratar-se de um regime de apoio com uma natureza eminente-mente temporária.

18. Recomendação de revisão e reformulação do Regime Fiscal dos Organismos de Investimento Coletivo

É entendimento da Comissão que o regime atual dos fun-dos de investimento, e a sua desarticulação com os regimes vigentes no espaço europeu, determina bloqueios que pena-lizam o investimento português no estrangeiro e a atração de investimento estrangeiro através de fundos de investimento mobiliários e imobiliários. Assim, de forma a eliminar assime-trias que penalizam o investimento imobiliário e em valores mobiliários através de fundos, a Comissão recomenda que se alinhe a tributação dos fundos com os regimes mais competi-tivos vigentes noutros Estados-Membros da União Europeia.

No que respeita ao regime fi scal dos organismos de in-vestimento coletivo, a Comissão recomenda que assente nos seguintes vetores essenciais:

1. Criação de um regime uniforme aplicável a todos os Organismos de Investimento Coletivo, de forma a

neutralizar o fator fi scal na escolha do tipo de veículo de investimento pelos investidores;

2. Inclusão do novo regime no Código do IRC, por se entender que se trata de um regime regra e não de um benefício fi scal, e consequente revogação do artigo 22.º do EBF;

3. Revogação do artigo 23.º e do artigo 24.º do EBF, na medida em que o novo regime geral torna redundante a existência de quaisquer regimes especiais de tributação;

4. Criação de um regime de isenção de IRC aplicável aos rendimentos de qualquer natureza obtidos por orga-nismos de investimento coletivo, independente da sua forma jurídica, que se constituam e operem de acordo com a legislação nacional;

5. Tributação, por retenção na fonte, dos rendimentos respeitantes a unidades de participação ou a ações em organismos de investimento coletivo, consoante o caso, pagos ou colocados à disposição dos respetivos participantes residentes em território português, e bem assim de estabelecimento estável situado neste territó-rio de entidade não residente, seja por distribuição ou mediante operação de resgate ou amortização, às taxas previstas no Código do IRS e do IRC, sem prejuízo das isenções que aproveitem ao sujeito passivo;

6. Isenção dos rendimentos respeitantes a unidades de participação ou a ações em organismos de investimento coletivo, consoante o caso, pagos ou colocados à dispo-sição dos respetivos participantes não residentes e sem estabelecimento estável em território português a que os mesmos sejam imputáveis, seja por distribuição ou mediante operação de resgate ou amortização dos res-petivos títulos ou unidades de participação, excetuando quando se tratem de residentes em países, territórios ou regiões, sujeitos a um regime fi scal claramente mais favorável, constantes de lista aprovada por portaria do Ministro das Finanças (caso em que se recomenda a aplicação de uma taxa de retenção na fonte de 35%) e organismos de investimento coletivo cujos títulos sejam detidos, direta ou indiretamente, em mais de 25%, por participantes residentes em território português, caso em que se recomenda a aplicação uma taxa de retenção na fonte de 28%;

7. No caso de investidores residentes, regulamentar o recurso aos mecanismos gerais para eliminação da dupla tributação económica do rendimento, nos casos em que, por opção do sujeito passivo, a retenção na fonte passe a ter a natureza de pagamento por conta;

8. Regulamentar as condições e os meios de prova para a aplicação de isenções a que haja lugar;

9. Criação de regras de cálculo da base do imposto adequadas à eliminação de dupla tributação jurídica de rendimentos, bem como de disposições antiabuso adequadas;

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Boletim do Contribuinte 625SETEMBRO 2013 - Nº 18

10. Disciplinar as obrigações acessórias necessárias ao controlo do regime a implementar;

11. Considerar a introdução, no código do Imposto do Selo, de uma verba para tributação do ativo global líquido dos fundos de investimento, a uma taxa única, sem colocar em causa a atratividade do regime de tributação “à saída”, designadamente para os investidores não residentes.

19. Recomendação relativa à lista de países, regiões ou territórios com um regime fi scal claramente mais favorável

No âmbito do reforço do combate à utilização abusiva dos países, regiões ou territórios com regimes fi scais privilegiados, a Comissão de Re-forma propõe que a identifi cação desses países, regiões ou territórios se baseie nos seguintes critérios alternativos: i) nível de tributação; e ii) ausência de troca efetiva de informações em conformidade com os padrões internacionalmente adotados, designadamente os utilizados no âmbito do processo de avaliação do Fórum Global da OCDE. Neste domínio, a Comissão de recomenda:

1. Que a identifi cação das jurisdições de nula ou baixa tributação, ou cuja legislação e prática administrativa não demonstre estar em consonância com os padrões internacionais, continue a constar de uma lista;

2. Que a defi nição dos países, regiões ou territórios a incluir na referida lista se baseie em critérios generica-mente defi nidos na lei, em que se incluam os seguintes:2.1. Baixa ou nula tributação, nomeadamente sobre

os rendimentos gerados no exterior ou sobre os rendimentos de atividades de natureza fi nanceira ou intra-grupo;

2.2. Existência de regimes especiais, benefícios fi scais ou práticas administrativas que conduzam à aplica-ção de taxas efetivas de tributação nulas ou reduzi-das, nomeadamente quando essas vantagens sejam dirigidas a pessoas ou entidades não residentes, aos rendimentos obtidos no exterior ou a atividades de natureza fi nanceira ou intragrupo;

2.3. Existência de obstáculos legislativos ou adminis-trativos ao acesso e à troca efetiva de informações relevantes para efeitos fi scais, nomeadamente infor-mações de natureza fi scal, contabilística, societária, bancária ou outras que identifi quem os respetivos sócios ou outras pessoas relevantes, os titulares e benefi ciários efetivos de rendimentos, bens ou direitos e a realização de operações económicas;

3. Que a referida lista de países, regiões ou territórios seja atualizada periodicamente, tendo nomeadamente em consideração os resultados do processo de avaliação no âmbito do Fórum Global da OCDE.

20. Recomendação de isenção de IRC dos juros pagos a instituições de crédito não residentes

A Comissão sugere que se pondere a isenção de IRC dos juros e outros rendimentos de capital, com exceção de lucros e reservas distribuídos, que, não sendo imputáveis a um es-tabelecimento estável em território português, decorram de empréstimos concedidos por instituições de crédito residentes em outro Estado membro da União Europeia, em Estado do Espaço Económico Europeu com o qual exista obrigação de cooperação administrativa em matéria fi scal equivalente à estabelecida na União Europeia, ou, ainda, em Estado com o qual tenha sido celebrada uma CDT.

Neste contexto, a Comissão recomenda que se preveja a isenção de IRC dos juros e outros rendimentos de capital, com exceção de lucros e reservas distribuídos, não imputáveis a um estabelecimento estável em território português, decorrentes de empréstimos concedidos por instituições de crédito residentes em outro Estado membro da União Europeia, em Estado do Espaço Económico Europeu com o qual exista obrigação de cooperação administrativa em matéria fi scal equivalente à estabelecida na União Europeia, ou, ainda, em Estado com o qual exista convenção para evitar a dupla tributação, desde que essas instituições estejam sujeitas e não isentas, relativamente àqueles rendimentos, a um imposto de natureza idêntica ou similar ao IRC.

21.Recomendação de desenvolvimento de um modelo dinâmico de simulação de IRC

A Comissão recomenda a criação e desenvolvimento de um modelo dinâmico de simulação do impacto das medidas de política fi scal adotadas em sede de IRC, o qual assumiria um contributo relevante para o estudo preciso e rigoroso dos efeitos de modifi cações tributárias.

A Comissão recomenda que, com o desejável envolvimento da Autoridade Tributária e Aduaneira e de outras entidades julgadas relevantes, se possam empreender a curto prazo diligências no sentido de consolidar um modelo dinâmico de macro e micro-simulação em sede de IRC, similar aos modelos dinâmicos de simulação utilizados na Holanda e na Alemanha.

setembro de 2013João GomesJorge Pires

Grupo Moneris

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Boletim do Contribuinte626SETEMBRO 2013 - Nº 18

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RESOLUÇÕESADMINISTRATIVAS

IVA Regime de contabilidade de caixa

Esclarecimentos práticos

Foi publicado no Diário da República, I.ª série, nº 104, de 30 de maio de 2013, o Decreto-Lei nº 71/2013(1), que aprovou o regime de contabilidade de caixa em sede do Imposto Sobre o Valor Acrescentado (regime de IVA de caixa) e introduziu alterações ao Código do IVA (CIVA), à Lei Geral tributária (LGT) e ao Decreto-Lei nº 198/2012, de 24 de agosto.

O mesmo diploma revogou os regimes de exigibilidade de caixa aplicáveis às empreitadas e subempreitadas de obras públicas, às entregas de bens pelos agricultores às cooperativas agrícolas e ao transporte rodoviário nacional de mercadorias aprovados, respetivamente, pelo Decreto-Lei n.º 204/97, de 9 de agosto, pelo Decreto-Lei n.º 418/99, de 21 de outubro, e pela Lei n.º 15/2009, de 1 de abril.

Tendo em vista uma adequada interpretação e a aplicação uniforme das disposições do regime de IVA de caixa e das alterações introduzidas nos referidos diplomas, comunica-se aos Serviços e demais interessados o seguinte:

I - Regime de contabilidade de caixa

1. Âmbito de aplicação (artigo 1º do regime)O regime de contabilidade de caixa, também designado

de regime de IVA de caixa, é um regime simplifi cado e fa-cultativo de tributação, nos termos do qual a exigibilidade do IVA nas operações efetuadas pelos sujeitos passivos por ele abrangidos ocorre no momento do recebimento do preço, mas o direito à dedução do imposto por estes suportado é adiado até ao momento do pagamento aos respetivos fornecedores.

De acordo com o disposto no artigo 1º, podem optar pelo regime os sujeitos passivos de IVA que reúnam os seguintes requisitos:

i) O volume de negócios do ano civil anterior não exceda o montante de €500 000,00;

ii) Não exerçam exclusivamente uma atividade prevista no artigo 9º e não estejam abrangidos pelo regime de isenção previsto no artigo 53º, ou pelo regime dos pequenos retalhistas a que se refere o artigo 60º, todos do CIVA;

iii) Estejam registados para efeitos de IVA há, pelo menos, doze (12) meses;

iv) Tenham a sua situação tributária regularizada e sem quaisquer obrigações declarativas em falta.

O regime aplica-se a todas as transmissões de bens e prestações de serviços efetuadas pelos sujeitos passivos que reúnam as condições supra referidas, com exceção das se-guintes operações:

i) Importação, exportação e atividades conexas;ii) Transmissões e aquisições intracomunitárias de bens e

operações assimiladas;

iii) Prestações intracomunitárias de serviços;iv) Operações em que o destinatário seja o devedor do

imposto.Ficam, ainda, excluídas do âmbito de aplicação do regime

as operações em que os sujeitos passivos tenham relações especiais, nos termos dos nºs 10 e 12 do artigo 16º do CIVA.

2. Exigibilidade do imposto (artigo 2º do regime)Conforme dispõe o nº 1 do artigo 2º do regime, o imposto

relativo às operações por ele abrangidas é, por regra, exigível no momento do recebimento total ou parcial do preço, pelo mon-tante recebido. Esta regra é aplicada ainda que o recebimento total ou parcial do preço preceda o momento da realização das transmissões de bens ou das prestações de serviços.

No entanto, quando esteja em causa imposto incluído em faturas relativamente às quais ainda não ocorreu o recebimento, total ou parcial, a exigibilidade ocorre:

i) No 12.º mês posterior à data da emissão da fatura;ii) No período de imposto seguinte ao da comunicação da

cessação da inscrição no regime nos termos do artigo 5.º;iii) No período de imposto correspondente à entrega da

declaração de cessação da atividade a que se refere o artigo 33.º nos casos previstos no artigo 34.º, ambos do CIVA.

Para uma melhor compreensão das regras de exigibilidade ver o quadro I em anexo ao presente ofício circulado.

3. Direito à dedução (artigo 3º do regime)

3.1 Dedução do imposto pelo sujeito passivo abrangido pelo regime

Os sujeitos passivos apenas podem deduzir o IVA que su-portam desde que tenham na sua posse fatura-recibo ou recibo que comprove o pagamento, emitido nos termos do artigo 6º.

A dedução deve ser efetuada na declaração do período ou do período seguinte àquele em que se tiver verifi cado a receção daqueles documentos. No entanto, se decorridos doze meses após a sua emissão, ou ocorrendo cessação da inscrição no regime, ou cessação de atividade, as faturas ainda não te-nham sido pagas, o imposto nelas contido deve ser deduzido, respetivamente,

i) No período de imposto correspondente ao 12º mês pos-terior à data de emissão da fatura;

ii) No período de imposto seguinte à comunicação da cessação de inscrição no regime;

iii) No período de imposto em que é entregue a declaração de cessação de atividade.

Relativamente às operações em que a obrigação de liqui-dação do imposto compete ao adquirente dos bens e serviços a dedução do imposto ocorre nos termos gerais do Código do IVA.

3.2 Dedução do imposto pelos clientesNão obstante o princípio estabelecido no nº 1 do artigo 22º

do CIVA, que faz coincidir o momento do exercício do direito à dedução com aquele em que se verifi ca a exigibilidade do imposto, os adquirentes de bens e serviços fornecidos ao abrigo do regime de IVA de caixa e que não tenham, eles próprios, optado por este regime, podem exercer esse direito com base na fatura, emitida nos termos dos artigos 36º ou 40º do CIVA e de acordo com o nº 1 do artigo 6º do regime. A dedução é efetuada na declaração do período ou do período seguinte àquele em que se tiver verifi cado a receção da fatura, ainda que esta não se encontre paga.

Nos demais casos, isto é, quando os adquirentes dos bens e serviços estejam igualmente abrangidos pelo regime de IVA

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628 Boletim do Contribuinte

RESOLUÇÕESADMINISTRATIVAS

SETEMBRO 2013 - Nº 18

de caixa, aplicam-se as regras relativas ao exercício do direito à dedução indicadas no ponto anterior.

3.3 RegularizaçõesAs regularizações relativas a créditos incobráveis ou de

cobrança duvidosa, previstas nos nºs 7 e 8 do artigo 78º, bem como na alínea b) do nº 2 e no nº 4 do artigo 78º-A, ambos do CIVA, apenas são aplicáveis às operações efetuadas ao abrigo do regime de IVA de caixa depois de verifi cada a exigibilidade nos termos da alínea a) do nº 3 do artigo 2º do regime, ou seja, 12 meses após a emissão da fatura não paga.

4. Regras relativas à emissão dos documentos de suporte(artigo 6º do regime)

4.1 FaturasAs faturas, incluindo as faturas simplifi cadas, relativas às

operações abrangidas pelo regime, além dos requisitos dos artigos 36º e 40º do CIVA, devem ter uma série especial e conter a menção “IVA – regime de caixa”.

4.2 RecibosDado que, em regra, é com base no recibo comprovativo

do pagamento que pode ser deduzido o imposto pelos sujeitos passivos abrangidos pelo regime, é sobre este que recai especial atenção, devendo o mesmo ser emitido na data do pagamento da fatura ou do pagamento antecipado e obedecer aos requi-sitos mencionados no artigo 6º do regime, designadamente, ser datado, numerado sequencialmente e conter os elementos necessários à determinação do valor da operação, ou seja, o preço líquido de imposto, a taxa ou taxas aplicáveis, o mon-tante de imposto liquidado, os números de identifi cação fi scal do emitente e do adquirente e, ainda, a referência à fatura ou faturas a que respeita o pagamento.

Como medida de controlo do imposto, os recibos proces-sados pelos sujeitos passivos abrangidos pelo regime ou pelos seus fornecedores, devem ser emitidos e comunicados, nos termos previstos para a comunicação das faturas, ao abrigo do artigo 3º do Decreto-Lei nº 198/2012, de 24 de agosto, com as necessárias adaptações.

4.3 Documento retifi cativoSempre que ocorra qualquer uma das situações previstas

no nº 3 do artigo 2º do regime – a exigibilidade ocorra no 12º mês após a data da emissão da fatura; no período seguinte à comunicação da cessação de inscrição no regime; ou no período de imposto em que é entregue a declaração de cessação de atividade –, os sujeitos passivos devem emitir um documento retifi cativo da fatura, nos termos do nº 6 do artigo 36º do CIVA, nele indicando que o regime de IVA de caixa deixou de ser aplicável à operação correspondente.

5. Obrigação de registo das operações (artigo 7º do regime)

Tendo em vista o controlo efi caz do imposto e de modo a cumprir as exigências do artigo 44º do CIVA, os sujeitos passivos devem, nos termos do artigo 7º do regime, efetuar

um registo separado das operações que efetuam ao abrigo do mesmo, bem como das aquisições de bens e serviços, de modo a que possa ser apurado o montante do imposto, a data da exigibilidade e a data dos pagamentos efetuados aos seus fornecedores.

6. Opção pelo regime

6.1 Regime geral (artigo 4º do regime)Podem optar pelas regras especiais de exigibilidade os

sujeitos passivos que reúnam as condições do artigo 1º do regime, mediante comunicação à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) por via eletrónica no Portal das Finanças, até 31 de outubro de cada ano, a qual produz efeitos a partir de janeiro do ano seguinte.

Uma vez exercida a opção, é obrigatória a permanência no regime durante um período mínimo de dois anos civis consecutivos, fi ndos os quais, caso desejem voltar a aplicar as regras gerais de exigibilidade, os sujeitos passivos devem disso informar a AT, igualmente por via eletrónica. Esta comunica-ção pode ser feita a todo o tempo e produz efeitos no período de imposto seguinte, fi cando os sujeitos passivos obrigados a aplicar as regras gerais de exigibilidade durante um período mínimo de dois anos civis consecutivos.

O quadro II, anexo ao presente ofício-circulado, contém uma síntese dos procedimentos relativos à opção pelo regime.

6.2 Regime transitório (artigo 6º do Decreto-lei nº 71/2013, de 30 de maio)

Face às regras enunciadas no ponto anterior, dado que o regime entra em vigor em 1 de outubro de 2013, foi esta-belecido o prazo limite de 30 de setembro para o exercício da opção, aplicável aos sujeitos passivos que à data da publica-ção do referido decreto-lei reúnam as condições e pretendam optar pelo regime. A opção, tal como nas demais situações previstas no regime, é feita mediante comunicação à AT, por via eletrónica no Portal das Finanças e produz efeitos a partir de 1 de outubro de 2013.

7. Cessação do regime (artigo 5º do regime)A cessação do regime pode ocorrer por iniciativa do sujeito

passivo ou ofi ciosamente por iniciativa da AT.No primeiro caso, quando atinja um volume de negócios

superior a €500.000,00 ou passe a efetuar exclusivamente as operações indicadas no nº 2 do artigo 1º do regime, o sujeito passivo deve comunicar esse facto à AT, por via eletrónica, assim que ele ocorra. A cessação produz efeitos no período de imposto seguinte ao da comunicação.

No segundo caso, sempre que se verifi que que determinado sujeito passivo exerce exclusivamente atividades previstas no artigo 9º, está abrangido pelo regime de isenção previsto no artigo 53º, ou pelo regime dos pequenos retalhistas a que se refere o artigo 60º, todos do CIVA, ou não tem a sua situação tributária regularizada, a AT pode declarar ofi ciosamente a sua cessação do regime, com efeitos imediatos.

A cessação ofi ciosa pode, ainda, ocorrer caso a AT disponha de fundados indícios de que o sujeito passivo utilizou o regime de forma indevida ou fraudulenta.

O quadro III, anexo a este ofício-circulado, inclui uma síntese das situações em que pode ocorrer a cessação do regime.

(Continua na pág. seguinte)

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Boletim do Contribuinte 629SETEMBRO 2013 - Nº 18

II – Revogação dos regimes especiais de caixa (artigos 6º e 7º do Decreto-lei nº 71/2013, de 30 de maio)

Com a aprovação do regime de IVA de caixa são revogados os regimes de exigibilidade de caixa aplicáveis às empreitadas e subempreitadas de obras públicas, às entregas de bens pelos agricultores às cooperativas agrícolas e ao transporte rodoviá-rio nacional de mercadorias aprovados, respetivamente, pelo Decreto-Lei n.º 204/97, de 9 de agosto, pelo Decreto-Lei n.º 418/99, de 21 de outubro e pela Lei n.º 15/2009, de 1 abril.

1. Opção pelo novo regimeOs sujeitos passivos que se encontravam abrangidos pelos

regimes especiais de exigibilidade revogados, podem exercer a opção pelo regime desde que reúnam as condições exigidas, mediante comunicação por via eletrónica à AT, até 30 de setembro de 2013, passando a aplicar o novo regime a partir de 1 de outubro de 2013.

2. Faturas que transitam dos regimes revogadosCaso os sujeitos passivos abrangidos pelos regimes de exi-

gibilidade revogados optem pelo novo regime, as faturas que transitam do regime anterior, e que ainda não se encontrem pagas, fi cam abrangidas pelas regras do regime de IVA de caixa, o que signifi ca que o imposto nelas liquidado é exigível no momento do respetivo pagamento ou, caso o pagamento não tenha ocorrido em data anterior, o mais tardar no 12º mês posterior à entrada em vigor do novo regime (1 de outubro de 2013).

O quadro IV, anexo ao presente ofício-circulado, inclui exemplos relativos às faturas transitadas dos regimes revogados.

3. Regularização em caso de não opção pelo novo regimeOs sujeitos passivos que em 30 de maio de 2013 se encon-

travam abrangidos pelos regimes especiais de exigibilidade revogados e não optem pelo regime de IVA de caixa passam a aplicar as regras gerais de exigibilidade a partir de 1 de ou-tubro de 2013. Consequentemente, devem proceder à entrega do imposto liquidado em faturas por eles emitidas, e ainda não pagas pelos seus clientes, na declaração periódica do mês de outubro ou do 4º trimestre de 2013, consoante a periodicidade de envio da declaração periódica seja mensal ou trimestral.

III – Alterações legislativas

1. Alteração ao Código do IVA

1.1 Artigo 8º, nº 1Com a nova redação passa a fazer-se referência ao regime

de IVA de caixa, o qual derroga, quando aplicável, as regras de exigibilidade contidas nos artigos 7º e 8º do CIVA.

1.2 Artigo 19º, nº 2, alínea c)Os sujeitos passivos que optem pelo regime apenas podem

deduzir o imposto que suportam desde que o mesmo esteja pago e tenham na sua posse o recibo comprovativo do pagamento. Com esta alteração fi cam estabelecidas as condições formais para o exercício do direito à dedução por estes sujeitos passivos

2. Alteração à Lei Geral TributáriaFoi alterado o artigo 63º-B, nº 1, alínea d), da Lei Geral

Tributária (LGT), prevendo que a AT possa aceder a infor-mações ou documentos bancários dos sujeitos passivos que tenham optado pelo regime de IVA de caixa, sem necessidade de prévio consentimento destes últimos.

3. Alteração ao Decreto-Lei nº 198/2012(2), de 24 de agostoArtigo 1º, nº 2Cria a obrigatoriedade de comunicação à AT dos recibos

comprovativos do pagamento emitidos pelos sujeitos passivos

abrangidos pelo regime e, ainda, dos recibos comprovativos do pagamento emitidos pelos seus fornecedores.

Artigo 3º, nº 4É aditada a alínea k) indicando como elemento relativo à

fatura emitida pelos sujeitos passivos que apliquem o regime a menção “IVA - regime de caixa”, em conformidade com o previsto no artigo 6º deste regime.

IV – Comunicação da opção pelo regime por via eletrónicaPara o exercício da opção pelo regime de IVA de caixa,

foi criada uma funcionalidade específi ca no Portal das Finan-ças, cujo acesso pode ser efetuado pelos sujeitos passivos ou pelos seus técnicos ofi ciais de contas. No caso de entidades com contabilidade organizada, a opção tem de ser exercida, obrigatoriamente, pelos respetivos TOC´s.

Assim, após autenticação no Portal das Finanças, dos uti-lizadores como Cidadãos, Empresas ou TOC, deve aceder-se às seguintes opções:

Serviços /Entregar/Pedido/Opção de Regime de IVA de caixa / Adesão

O pedido de adesão será validado pela AT, que informará, posteriormente, os sujeitos passivos, da aceitação da opção ou da sua recusa, caso não estejam reunidas as condições previstas no artigo 1º do regime de IVA de caixa.

A comunicação da cessação do regime, de acordo com o previsto no nº 3 do artigo 4º (opção pela aplicação das regras gerais de exigibilidade do IVA) ou alíneas a) e b) do nº 1 do artigo 5 (volume de negócios superior a €500. 000,00 ou prá-tica exclusiva de operações excluídas pelo nº 2 do artigo 1 do regime), será efetuada, pelos sujeitos passivos ou pelos seus técnicos ofi ciais de contas, nos mesmos termos que a adesão ao regime, acedendo à opção:

Serviços /Entregar/Pedido/Opção de Regime de IVA de caixa / Exclusão

Os comprovativos de qualquer uma das ações (opção ou exclusão), referidas anteriormente, podem ser obtidos no Portal das Finanças, através da opção:

Obter/ Comprovativos/Opção de Regime de IVA de caixa

V – Produção de efeitosFace ao disposto no artigo 8º do Decreto-Lei nº 71/2013,

de 30 de maio, o regime de IVA de caixa entra em vigor em 1 de outubro de 2013.

(Of. Circulado nº 30150/2013, de 30.8.2013, da Área de Gestão Tributária do IVA, da AT)

N.R. 1 – O DL nº 71/2013, de 30.5, foi publicado no Boletim do Contribuinte, 2013, pág. 406.

2 – O DL nº 198/2012, de 24.8, foi oportunamente transcrito no Boletim do Contribuinte, 2012, pág. 614. Este decreto lei estabeleceu medidas de controlo da emissão de faturas e outros documentos com relevância fi scal e instituiu o incentivo fi scal, em sede de IRS, esta-belecendo a possibilidade de dedução ao IRS do IVA suportado nas faturas relativas a determinadas prestações de serviços (manutenção e reparação de automóveis ou motociclos, alojamento e restauração bem como atividades de salões de cabeleireiro e institutos de beleza), conforme atual enquadramento legal no artigo 66º-B do Estatuto dos Benefícios Fiscais.

3 – Na página seguinte são reproduzidos os quadros divulgados em anexo ao presente Ofício Circulado nº 30 150/2013, de 30 de Agosto.

4 – O Boletim do Contribuinte/Vida Económica acaba de lançar o manual prático “Regime dos Bens em Circulação”, uma obra es-sencial, atualizada, com os esclarecimentos e procedimentos quanto ás novas regras de comunicação dos documentos de transporte à AT.

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630 Boletim do ContribuinteSETEMBRO 2013 - Nº 18

Quadro I

Regras de exigibilidade respeitantes às operações abrangidas pelo regime – artigo 2º do regime

Regra geral – data do recebimento do preço

(nºs 1 e 2)Exceções (nº 3 )

Data do recebimento do preço, total ou parcial, ainda que esse recebimento seja anterior à rea-lização das operações tributáveis

12º mês após data de emissão da fatura - al. a) Cessação do regime - al. b) Cessação de atividade - al. c)

No período de imposto em que o prazo de 12 meses terminaExemplo:Fatura emitida em 15.11.2013, prazo de 12 meses termina em 15.11.2014Exigibilidade – mês de novembro 2014ou,4º trimestre 2014

No período seguinte à comuni-cação da cessação de inscrição no regimeExemplo:Comunicação em 06.11.2014Exigibilidade – Mês de dezem-bro de 2014 ou,1º trimestre de 2015

No período de imposto em que é entregue a declaração de cessação de atividade Exemplo:Declaração de cessação entre-gue em 20 dezembro de 2014Exigibilidade – Mês de de-zembro de 2014ou,4º trimestre de 2014

Quadro IIOpção pelo regime – artigo 4º do regime

Prazo Produção de efeitos Permanência no regime Saída do regime

Até 31 de outubro de cada ano 1 de janeiro do ano seguinte Mínimo 2 (dois) anosA todo o tempo, após permanência de período mínimo, com efeitos no período de imposto seguinte ao da comunicação

Quadro IIICessação do regime – artigo 5º do regime

Por deixarem de reunir as condições Por iniciativa dos serviços

Prazo Produção de efeitos Prazo Produção de efeitos

Quando se verifi que qualquer dos factos previstos no nº 1 do artigo 5º

Período de imposto seguinte ao da comunicação

Quando se verifi que qualquer das situações previstas no nº 2 do artigo 5º Imediata

Quadro IVFaturas transitadas dos regimes revogados – artigo 6º, nº 2, do Decreto-lei nº 71/2013, de 30 de maio

Data da fatura Pagamento Exigibilidade

julho 2013agosto 2013agosto 2013

outubro 2013dezembro 2013

-

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Regime de Bens em Circulação

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Boletim do Contribuinte 631SETEMBRO 2013 - Nº 18

LEGISLAÇÃO

Incentivos ao ComércioRegulamento da medida “Comércio Investe”

Portaria nº 236/2013, de 24 de julho

(in DR nº 141, I série, de 24.7.2013)

O Decreto-Lei n.º 178/2004, de 27 de julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 143/2005, de 26 de agosto, criou o Fundo de Modernização do Comércio, que visa a modernização e a revi-talização da atividade comercial, particularmente em centros de comércio com predomínio de comércio independente de proxi-midade, em zonas urbanas ou rurais, bem como a promoção de ações e programas de formação dirigidos ao setor do comércio. Por sua vez, o Regulamento de Gestão do Fundo de Modernização do Comércio foi aprovado pela Portaria n.º 1297/2005, de 20 de dezembro, alterada pela Portaria n.º 1359/2006, de 4 de dezembro.

A presente portaria cria e regulamenta, no âmbito do Fundo de Modernização do Comércio, a medida “Comércio Investe”, fi nanciada através do referido fundo, com dotação orçamental diferenciada por região, com vista ao lançamento de uma nova fase de apoio à atividade comercial, que refl ita não só uma simplifi cação de processos e a modernização dos apoios, mas principalmente o seu ajustamento ao contexto económico e às exigências crescentes que este coloca à atividade comercial.

A medida “Comércio Investe” pretende focalizar os apoios em projetos com crescente conteúdo qualitativo, em detrimento de intervenções de natureza infraestrutural, de forma a privilegiar projetos que promovam a criação de fatores de diferenciação claros que possibilitem melhorar os níveis qualitativos da oferta comercial do comércio de proximidade, principalmente aquele que se concentra em centros urbanos ou que valoriza o produto interno. Neste sentido, são privilegiadas as atuações conjuntas destinadas ao aumento da competitividade da oferta comercial dos espaços urbanos, incentivando novas ideias e novos serviços de suporte ao cliente que permitam uma melhoria consistente e sustentada dos níveis de serviço prestado.

Tendo em conta que a presente medida consubstancia um sis-tema de incentivos ao investimento nas empresas, por se destinar à inovação de processo, organizacional e de marketing nas empresas do setor do comércio, encontra-se a mesma conformada com o enquadramento nacional dos sistemas de incentivos ao investi-mento nas empresas, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 287/2007, de 17 de agosto, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 65/2009, de 20 de março. Nestes termos, foi obtido o parecer da comissão técnica previsto no n.º 3 do artigo 6.º do referido diploma.

Assim:Ao abrigo do n.º 1 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 287/2007,

de 17 de agosto, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 65/2009, de 20 de março, e do n.º 2 do artigo 3.º da Portaria n.º 1297/2005, de 20 de dezembro, alterada pela Portaria n.º 1359/2006, de 4 de dezembro, manda o Governo, pelo Ministro da Economia e do Emprego, o seguinte:

Artigo 1.ºObjeto

É aprovado, em anexo à presente portaria e da qual faz parte integrante, o Regulamento da medida “Comércio Investe”.

Artigo 2.ºNorma revogatória

1 - É revogado o despacho n.º 26689/2005, de 5 de dezem-bro, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 247, de 27 de dezembro de 2005, que aprovou o Regulamento do Sistema de Incentivos a Projetos de Modernização do Comércio, sem prejuízo do disposto no número seguinte.

2 - O Regulamento referido no número anterior mantém--se transitoriamente em vigor, relativamente aos incentivos concedidos e às candidaturas já aceites, até ao cumprimento de todas as obrigações contratuais por parte das entidades benefi ciárias.

Artigo 3.ºEntrada em vigor

A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

N.R. Na página seguinte é reproduzido o Regulamento da medida “Comércio Investe”.

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Boletim do Contribuinte632SETEMBRO 2013 - Nº 18

REGULAMENTO DA MEDIDA “COMÉRCIO INVESTE”(Anexo à Portaria nº 236/2013, de 24 de julho)

CAPÍTULO IDisposições gerais

ARTIGO 1.ºObjeto e âmbito

1 - O presente Regulamento defi ne as regras aplicáveis à medida “Comércio Investe”, adiante designada por Medida, criada no âmbito do Fundo de Modernização do Comércio, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 178/2004, de 27 de julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 143/2005, de 26 de agosto, e ao abrigo do enquadramento nacional dos sistemas de incentivos ao investimento nas empresas, adiante designado por enquadramento nacional, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 287/2007, de 17 de agosto, alterado pelo Decreto-Lei n.º 65/2009, de 20 de março.

2 - São abrangidos pela presente Medida os projetos de inves-timento promovidos por empresas ou por associações empresariais destinados à promoção da inovação de processo, organizacional e de marketing nas empresas do setor do comércio.

3 - A presente Medida é aplicável em todo o território do continen-te, defi nindo os avisos de abertura dos concursos para a apresentação de candidaturas as regiões abrangidas em cada caso.

ARTIGO 2.ºTipologias de investimento

São suscetíveis de apoio no âmbito do presente Regulamento, as seguintes tipologias de projeto:

a) Projeto individual de modernização comercial promovido por uma empresa, que vise a modernização e valorização da oferta dos estabelecimentos abertos ao público através da aposta na inovação e da utilização de formas avançadas de comercialização;

b) Projeto conjunto de modernização comercial promovido por uma associação empresarial do comércio, que vise a valori-zação e dinamização da oferta comercial dos espaços urbanos com características de elevada densidade comercial, centra-lidade, multifuncionalidade e desenvolvimento económico e social, através da implementação de um programa estruturado de intervenção num conjunto de estabelecimentos comerciais numa área delimitada e de ações complementares de pro-moção e dinamização do espaço urbano em que se inserem.

CAPÍTULO IIProjetos individuais

ARTIGO 3.ºEntidades benefi ciárias nos projetos individuais

1 - Para a tipologia de projetos individuais de modernização comercial enquadrados na alínea a) do artigo 2.º, podem benefi ciar dos incentivos, as micro e pequenas empresas, independentemente da sua forma jurídica, cuja atividade principal se insira na divisão 47 da Classifi cação Portuguesa das Atividades Económicas (CAE), revista pelo Decreto-Lei n.º 381/2007, de 14 de novembro, excluindo:

a) A subclasse 47300 (Comércio a retalho de combustível para veículos a motor, em estabelecimentos especializados);

b) A subclasse 47240 (Comércio a retalho de pão, de produtos de pastelaria e de confeitaria, em estabelecimentos especiali-zados), quando esta atividade for desenvolvida em conjunto com o grupo 107 da CAE (Fabricação de produtos de padaria e outros produtos à base de farinha) ou com a divisão 56 da CAE (Restauração e similares);

c) A subclasse 47790 (Comércio a retalho de artigos em segunda mão, em estabelecimentos especializados);

d) A subclasse 47770 (Comércio a retalho de relógios e de artigos de ourivesaria e joalharia, em estabelecimentos especializa-dos), quando associada à subclasse 47790 (Comércio a retalho de artigos em segunda mão, em estabelecimentos especiali-zados) ou à secção K (Atividades fi nanceiras e de seguros);

e) A subclasse 47810 (Comércio a retalho em bancas, feiras e unidades móveis de venda de produtos alimentares, bebidas e tabaco);

f) A subclasse 47820 (Comércio a retalho em bancas, feiras e unidades móveis de venda de têxteis, vestuário, calçado, malas e similares);

g) A subclasse 47890 (Comércio a retalho em bancas, feiras e unidades móveis de venda de outros produtos).

2 - Excluem-se do número anterior os investimentos sujeitos às restrições comunitárias existentes no quadro da Política Agrícola Comum.

3 - Estão igualmente excluídos:a) Os estabelecimentos que tenham sido licenciados ao abrigo

da Lei n.º 12/2004, de 30 de março;b) Os estabelecimentos que estejam ou tenham estado abrangidos

pelo atual regime jurídico de instalação e de modifi cação dos estabelecimentos de comércio a retalho e dos conjuntos comerciais, constante do Decreto-Lei n.º 21/2009, de 19 de janeiro, independentemente de terem sido alvo de controlos nos seus termos.

ARTIGO 4.ºCondições específi cas de elegibilidade do promotor

nos projetos individuais

1 - Além das condições gerais de elegibilidade do promotor defi ni-das no artigo 11.º do enquadramento nacional, o promotor do projeto individual deve ainda satisfazer as seguintes condições de acesso:

a) Para efeitos do disposto na alínea b) do artigo 11.º do en-quadramento nacional, cumprir as condições legalmente exigíveis ao exercício da atividade no estabelecimento objeto da candidatura;

b) Para efeitos do disposto na alínea f) do artigo 11.º do enqua-dramento nacional, apresentar, à data da candidatura, uma situação económico-fi nanceira equilibrada, verifi cada pelo cumprimento do rácio económico-fi nanceiro defi nido no Anexo A do presente Regulamento;

c) Ter dado início da atividade, para efeitos fi scais;d) Possuir o estatuto de micro e pequena empresa, obtido atra-

vés da Certifi cação Eletrónica prevista no Decreto-Lei n.º 372/2007, de 6 de novembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 143/2009, de 16 de junho, através da página eletrónica do IAPMEI - Agência para a Competitividade e Inovação, I. P., abreviadamente designado por IAPMEI, I. P.;

e) Comprometer-se, à data da candidatura, a concluir, até à data de início do investimento, os projetos de natureza idêntica, para o mesmo estabelecimento, apoiados anteriormente no âmbito do Fundo de Modernização do Comércio, dos sistemas de incentivos do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) ou de outros sistemas de incentivos que venham a ser criados no âmbito dos fundos comunitários incluídos no Quadro Estratégico Comum para o período 2014-2020.

2 - As condições de elegibilidade do promotor, previstas quer no artigo 11.º do enquadramento nacional quer nos números anteriores devem ser reportadas à data da candidatura, à exceção das previstas na alínea c) do artigo 11.º do enquadramento nacional e nas alíneas b) e d) do número anterior, cujo cumprimento é reportado até à data da contratualização da concessão do incentivo.

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Boletim do Contribuinte 633SETEMBRO 2013 - Nº 18

REGULAMENTO DA MEDIDA “COMÉRCIO INVESTE”(Anexo à Portaria nº 236/2013, de 24 de julho)

3 - O promotor deve apresentar os comprovativos das condições previstas no artigo 11.º do enquadramento nacional e nas alíneas a) a d) do n.º 1 no prazo de 20 dias úteis após a publicação da decisão de concessão do incentivo na página eletrónica do IAPMEI, I. P.

4 - A comprovação da condição prevista na alínea e) do n.º 1 tem por base a declaração apresentada na candidatura pelo promotor e verifi ca-se através da data da primeira fatura relativa ao projeto individual.

ARTIGO 5.ºCondições específi cas de elegibilidade dos projetos

individuais

Além das condições gerais de elegibilidade previstas no artigo 12.º do enquadramento nacional, o projeto individual deve ainda cumprir os seguintes requisitos:

a) Situar-se na região respetiva, de acordo com o despacho do membro do Governo responsável pela área do comércio que, para efeitos do processo de seleção, defi ne a fase, períodos e dotações orçamentais regionais;

b) Para efeitos do disposto na alínea b) do artigo 12.º do enquadra-mento nacional, demonstrar que se encontram asseguradas as fontes de fi nanciamento do projeto, incluindo, pelo menos, 20 % do montante do investimento elegível em capitais próprios, conforme previsto no Anexo A do presente Regulamento;

c) Possuir um prazo de execução até 12 meses a contar da data da publicação na página eletrónica do IAPMEI, I. P., da decisão de concessão do incentivo, sem prejuízo do disposto no n.º 3 do artigo 24.º.

d) Não incluir despesas anteriores à data da candidatura, à ex-ceção dos adiantamentos para sinalização relacionados com o projeto, até ao valor de 50 % do custo de cada aquisição e as despesas relativas aos estudos, projetos e processo de candidatura, desde que realizados há menos de seis meses;

e) Corresponder a um investimento mínimo elegível de (euro) 15.000;

f) Ter os projetos de arquitetura e das especialidades aprovados para efeito de execução do projeto, quando a sua aprovação seja exigida por lei;

g) Não ser destinado ao apoio de estabelecimentos que se locali-zem em centros comerciais ou conjuntos comerciais, exceto se possuírem acesso direto pela via pública;

h) Abranger alguma das atividades previstas no artigo 3.º;i) Ter como objeto um único estabelecimento com área de venda

ao público, considerando-se contudo como um único estabe-lecimento, para este efeito, os estabelecimentos contíguos ou adjacentes do promotor.

ARTIGO 6.ºDespesas elegíveis e não elegíveis nos projetos individuais

1 - Para efeitos de cálculo do incentivo fi nanceiro, consideram-se elegíveis as despesas a afetar ao estabelecimento objeto da candida-tura, relativas às seguintes áreas de investimento:

a) Aquisição de equipamentos e software para suporte à ativi-dade comercial, nomeadamente, introdução de tecnologias de informação e comunicação, equipamentos e sistemas de segurança, dinamização de serviços pós-venda e outros que se mostrem necessários;

b) Aquisição de equipamentos e mobiliário que se destinem a áreas de venda ao público, visando a melhoria da imagem e animação dos estabelecimentos e a adequada identifi cação, localização e apresentação de produtos;

c) Aquisição de equipamentos, software e conceção de conteúdos destinados à criação ou dinamização da presença na Internet através de espaços virtuais de divulgação da oferta e de co-mércio eletrónico, para complemento à oferta existente no estabelecimento comercial;

d) Despesas com assistência técnica específi ca que tenha como objetivo o aumento da atratividade dos espaços de atendi-mento para o cliente, nomeadamente nas áreas da decoração, design de interiores, vitrinismo e tradução de conteúdos para língua estrangeira;

e) Despesas inerentes à certifi cação de sistemas, produtos e serviços no âmbito do sistema português da qualidade, nome-adamente despesas com a entidade certifi cadora, assistência técnica específi ca, ensaios e dispositivos de medição e mo-nitorização, calibrações, bibliografi a e ações de divulgação;

f) Despesas com a criação e proteção da propriedade industrial, nomeadamente, o desenvolvimento de insígnias ou marcas e os custos associados aos pedidos de direitos de propriedade industrial, designadamente taxas, pesquisas, anuidades e ho-norários de consultoria em matéria de propriedade industrial;

g) Requalifi cação da fachada, remodelação da área de venda ao público no interior do estabelecimento, e aquisição de toldos ou reclamos para colocação no exterior do estabelecimento;

h) Estudos, diagnósticos, conceção de imagem, projetos de arquitetura e das especialidades e processo de candidatura;

i) Intervenção de Técnico Ofi cial de Contas (TOC) ou Revisor Ofi cial de Contas (ROC), prevista na alínea a) do n.º 1 do artigo 24.º.

2 - Constituem despesas não elegíveis, para além das consideradas no artigo 14.º do enquadramento nacional, as seguintes:

a) Obras de ampliação de edifícios;b) Remodelações de interiores que não se destinem a áreas de

venda ao público;c) Aquisição de marcas;d) Equipamentos de venda automática a colocar fora do estabe-

lecimento objeto do projeto;e) Mobiliário e outros equipamentos que não se destinem a áreas

de venda ao público, com exceção dos necessários à introdu-ção de tecnologias de informação e comunicação;

f) Despesas de funcionamento da entidade promotora relacionadas com atividades de tipo periódico ou contínuo;

g) Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), exceto quando suportado por entidades que não são reembolsadas do imposto pago nas aquisições de bens e serviços.

ARTIGO 7.ºIncentivos a conceder nos projetos individuais

1 - O incentivo fi nanceiro a conceder assume a natureza de incentivo não reembolsável, correspondente a 40 % das despesas elegíveis, não podendo ultrapassar o valor de (euro) 35.000 por pro-jeto individual, com os seguintes limites por área de investimento:

a) Até (euro) 1.500, para as despesas previstas na alínea d) do n.º 1 do artigo 6.º;

b) Até (euro) 10.000, para as despesas previstas na alínea g) do n.º 1 do artigo 6.º;

c) Até (euro) 1.500, para as despesas previstas na alínea h) do n.º 1 do artigo 6.º;

d) Até (euro) 500, para as despesas previstas na alínea i) do n.º 1 do artigo 6.º.

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Boletim do Contribuinte634SETEMBRO 2013 - Nº 18

REGULAMENTO DA MEDIDA “COMÉRCIO INVESTE”(Anexo à Portaria nº 236/2013, de 24 de julho)

2 - Adicionalmente ao incentivo referido no número anterior, o projeto individual pode benefi ciar de um prémio de boa execução, correspondente a uma majoração de 10 % do valor do incentivo apurado, se, em sede de avaliação fi nal do projeto, cumprir cumula-tivamente as seguintes condições:

a) Estar assegurado o cumprimento dos objetivos do projeto;b) Possuir uma taxa de execução do incentivo contratado superior

a 70 %;c) Ser apresentado o pedido de pagamento fi nal nos três meses

seguintes após o prazo de 12 meses de execução defi nido na alínea c) do n.º 1 do artigo 5.º, excluindo o prazo defi nido no n.º 3 do artigo 24.º.

3 - Os incentivos a conceder não podem ultrapassar o montante total dos auxílios de minimis concedidos a uma empresa, nos termos do n.º 2 do artigo 2.º do Regulamento (CE) n.º 1998/2006, da Comis-são Europeia, de 15 de dezembro de 2006, ainda que seja atribuído prémio de boa execução, nos termos do número anterior.

4 - No montante defi nido no número anterior englobam-se os incentivos concedidos no âmbito de outros sistemas de incentivo ao abrigo dos auxílios de minimis, nas condições referidas pela Comissão Europeia.

ARTIGO 8.ºCritérios de avaliação dos projetos individuais

1 - Os projetos individuais são avaliados com base nos seguintes critérios:

a) Critério A - grau de integração do projeto face às áreas de investimento defi nidas nas alíneas a) a f) do n.º 1 do artigo 6.º, classifi cado da seguinte forma:i) Pontuação correspondente às áreas de investimento com

despesa elegível:

Áreas de Investimento Pontuação

5 ou mais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1003 a 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 702 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 401 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20Outras situações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0

ii) As áreas de investimento defi nidas nas alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 6.º apenas são consideradas para este efeito, caso cada uma delas corresponda a pelo menos 10 % do investimento elegível do projeto;

iii) Para efeitos deste indicador não serão consideradas como “áreas de investimento” as que não sejam consideradas relevantes no âmbito dos objetivos subjacentes ao projeto.

b) Critério B - criação líquida de postos de trabalho, classifi cada da seguinte forma:i) Pontuação correspondente ao número de postos de trabalho

criados pela empresa:

Postos de trabalho Pontuação

4 ou mais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1002 ou 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 801 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50Outras situações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0

ii) A criação líquida de postos de trabalho na empresa é calculada através da diferença entre o valor de postos de

trabalho existente no fi nal do segundo mês após a conclu-são do projeto, e o valor de postos de trabalho existente no fi nal do mês anterior ao da data de abertura da fase de candidaturas.

c) Critério C - rendibilidade bruta das vendas no ano anterior ao da candidatura, calculada da seguinte forma:i) Fórmula de cálculo:

C = [(V - CMVMC)/V] x 100

em que:V = Vendas de Produtos e de Mercadorias e Serviços Pres-

tadosCMVMC = Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias

Consumidasii) A pontuação deste critério é nula quando a empresa não

tenha registado qualquer atividade económica no ano anterior ao da apresentação da candidatura.

d) Critério D - caráter inovador do projeto, aferido da seguinte forma:i) Na candidatura os promotores devem, demonstrar o

enquadramento do projeto nas seguintes prioridades de desenvolvimento:

(1) Visar a dinamização de redes comerciais ligadas à co-mercialização de produtos de marca própria;

(2) Ter como objetivo implementar conceitos de comercia-lização com potencial de internacionalização, nomeada-mente através da existência de registo internacional de marca, elaboração de manuais de identidade ou manuais operativos de negócio em língua estrangeira;

(3) Introduzir conceitos inovadores de comercialização face às práticas habituais na atividade comercial em causa;

(4) Implementar formas avançadas de comercialização que incluam a criação de mecanismos de interação eletrónica com o cliente no espaço de venda através de dispositivos móveis ou portáteis.

ii) Pontuação correspondente ao número de prioridades abrangidas pelo projeto:

Prioridades abrangidas Pontuação

Três ou mais prioridades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100Duas prioridades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80Uma prioridade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40Outras situações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0

2 - A pontuação fi nal (PF) do projeto é calculada através da seguinte fórmula:

PF = 0,40A + 0,30B + 0,10C + 0,20D

3 - A PF será recalculada em sede de encerramento do projeto, para aferição do disposto na alínea k) do n.º 1 do artigo 23.º.

CAPÍTULO IIIProjetos conjuntos

ARTIGO 9.ºEntidades benefi ciárias nos projetos conjuntos

1 - Para a tipologia de projeto conjunto de modernização co-mercial referida na alínea b) do artigo 2.º, podem benefi ciar dos incentivos:

a) As micro e pequenas empresas aderentes ao projeto conjunto, independentemente da sua forma jurídica, que desenvolvam as atividades previstas no artigo 3.º;

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Boletim do Contribuinte 635SETEMBRO 2013 - Nº 18

REGULAMENTO DA MEDIDA “COMÉRCIO INVESTE”(Anexo à Portaria nº 236/2013, de 24 de julho)

b) As estruturas associativas empresariais do setor do comércio promotoras dos projetos conjuntos, classifi cadas na subclasse 94110 da CAE ou outras estruturas associativas empresariais equiparadas.

2 - Nos termos do despacho de abertura de fase de candidaturas, pode ser determinado um âmbito mais restrito que o decorrente do número anterior.

3 - A adesão ao projeto conjunto por parte das empresas é forma-lizada através de contrato de adesão entre estas e a associação promo-tora, de acordo com minuta tipo a disponibilizar pelo IAPMEI, I. P.

4 - Em aditamento à alínea a) do n.º 1, podem ainda ser aceites atividades inseridas noutras CAE previstas no n.º 1 do artigo 9.º do enquadramento nacional, em função da demonstração do seu con-tributo para a coerência do projeto conjunto, nos termos a defi nir no despacho de abertura de fase.

5 - Excluem-se do n.º 1 do presente artigo, os investimentos sujeitos às restrições comunitárias existentes no quadro da Política Agrícola Comum.

6 - Estão igualmente excluídos:a) Os estabelecimentos que tenham sido licenciados ao abrigo

da Lei n.º 12/2004, de 30 de março;b) Os estabelecimentos que estejam ou tenham estado abrangidos

pelo atual regime jurídico de instalação e de modifi cação dos estabelecimentos de comércio a retalho e dos conjuntos comerciais, constante do Decreto-Lei n.º 21/2009, de 19 de janeiro, independentemente de terem sido alvo de controlos nos seus termos.

ARTIGO 10.ºCondições específi cas de elegibilidade dos promotores

nos projetos conjuntos

1 - Além das condições gerais de elegibilidade defi nidas no artigo 11.º do enquadramento nacional, a estrutura associativa promotora do projeto conjunto deve ainda satisfazer as seguintes condições de elegibilidade:

a) Apresentar, para efeitos do disposto na alínea f) do artigo 11.º do enquadramento nacional, uma situação líquida positiva no ano anterior ao da candidatura;

b) Ter dado início da atividade, para efeitos fi scais;c) Comprometer-se, à data da candidatura, a concluir, até à data

de início do investimento, os projetos de natureza idêntica, para o mesmo centro urbano, apoiados anteriormente no âmbito do Fundo de Modernização do Comércio ou dos sistemas de incentivos do QREN ou de outros sistemas de incentivos que venham a ser criados no âmbito dos fundos comunitários incluídos no Quadro Estratégico Comum para o período 2014-2020;

d) Apresentar, na candidatura, informação relativa à execução e avaliação dos resultados de projeto anterior apoiado no âmbito do Fundo de Modernização do Comércio, para o mesmo centro urbano.

2 - As condições de elegibilidade do promotor, previstas quer no artigo 11.º do enquadramento nacional quer nos números anteriores devem ser reportadas à data da candidatura, à exceção das previstas nas alíneas b) e c) do artigo 11.º do enquadramento nacional e da alínea a) do número anterior, cujo cumprimento é reportado até à data da contratualização da concessão do incentivo.

3 - O promotor deve apresentar os comprovativos das condições previstas no artigo 11.º do enquadramento nacional e nas alíneas a), b) e d) do n.º 1 do presente artigo no prazo de 20 dias úteis após a publicação da decisão de concessão do incentivo na página eletrónica do IAPMEI, I. P.

4 - A comprovação da condição prevista na alínea c) do n.º 1 tem por base a declaração apresentada na candidatura pelo promotor

e verifi ca-se através da data da primeira fatura relativa ao projeto conjunto.

ARTIGO 11.ºCondições específi cas de elegibilidade das empresas

aderentes nos projetos conjuntos

1 - Além das condições gerais de elegibilidade previstas no artigo 11.º do enquadramento nacional, as empresas aderentes nos projetos conjuntos devem satisfazer as condições de elegibilidade previstas no n.º 1 do artigo 4.º, à data resultante do disposto no n.º 2 do mesmo artigo 4.º.

2 - Compete à estrutura associativa promotora do projeto conjunto garantir a comprovação do cumprimento das condições de acesso das empresas aderentes previstas no número anterior.

ARTIGO 12.ºCondições específi cas de elegibilidade

dos projetos conjuntos

1 - Os projetos conjuntos devem:a) Demonstrar, através da apresentação de um plano de ação

conjunto nos termos da estrutura defi nida no Anexo B do presente Regulamento, que se trata de um projeto relevante para a valorização da oferta comercial do centro urbano onde se destina a ser implementado, envolvendo ações que visem a sua dinamização e promoção continuada, bem como a criação de serviços conjuntos de suporte aos potenciais consumidores com impacto previsível no volume de vendas dos estabelecimentos aderentes;

b) Identifi car, caracterizar e delimitar de forma clara o centro urbano onde o projeto será implementado;

c) Corresponder a uma candidatura por promotor em cada fase de seleção;

d) Incluir apenas estabelecimentos localizados no centro urbano identifi cado;

e) Abranger um mínimo de 10 e um máximo de 30 empresas aderentes, devendo ser identifi cadas na candidatura pelo menos 50 % das empresas a abranger;

f) Incluir pelo menos 80 % de estabelecimentos que desenvolvam atividades incluídas na alínea a) do n.º 1 do artigo 9.º;

g) Corresponder a um investimento mínimo elegível de (euro) 5.000 em cada empresa aderente;

h) Para efeitos do disposto na alínea b) do artigo 12.º do enqua-dramento nacional, demonstrar que se encontram asseguradas as respetivas fontes de fi nanciamento, incluindo no caso das empresas aderentes, pelo menos, 20 % do montante do in-vestimento elegível em capitais próprios, conforme previsto no Anexo A do presente Regulamento;

i) Possuir um prazo de execução até 12 meses, no que respeita às despesas das empresas aderentes, e de 18 meses, no que respeita às despesas da associação promotora, a contar da data da publicação da decisão da concessão do incentivo no sítio na página eletrónica do IAPMEI, I. P., sem prejuízo do disposto no n.º 3 do artigo 24.º;

j) Não incluir despesas anteriores à data da candidatura, à exce-ção dos adiantamentos para sinalização relacionados com o projeto, até ao valor de 50 % do custo de cada aquisição, e as despesas relativas aos estudos e projetos, desde que realizados há menos de seis meses;

k) Ter os projetos de arquitetura e das especialidades aprovados para efeito de execução do projeto, quando a sua aprovação seja exigida por lei;

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Boletim do Contribuinte636SETEMBRO 2013 - Nº 18

REGULAMENTO DA MEDIDA “COMÉRCIO INVESTE”(Anexo à Portaria nº 236/2013, de 24 de julho)

l) Não ser destinado ao apoio de estabelecimentos que se locali-zem em centros comerciais ou conjuntos comerciais, exceto se possuírem acesso direto pela via pública ou se o número de estabelecimentos do espaço comercial ou conjunto comercial for inferior a 10 e aderirem ao projeto conjunto pelo menos 50 % dos estabelecimentos do mesmo;

m) Ter como objeto estabelecimentos com área de venda ao público.

2 - Para efeito do disposto na alínea b) do número anterior, consideram-se centros urbanos, as áreas urbanas delimitadas com características de elevada densidade comercial, centralidade, multi-funcionalidade e desenvolvimento económico e social.

3 - Para a mesma área urbana, tal como defi nida no número anterior, só é elegível um projeto conjunto em cada fase.

4 - Quando exista mais do que uma candidatura para determinada área urbana, é considerada aquela que obtiver uma pontuação fi nal mais elevada nos termos do artigo 15.º.

5 - Compete à estrutura associativa promotora do projeto conjunto garantir a comprovação do cumprimento, por parte das empresas aderentes, das condições de elegibilidade do projeto previstas nas alíneas h), k), l) e m) do n.º 1.

ARTIGO 13.ºDespesas elegíveis e não elegíveis nos projetos conjuntos

1 - Para efeitos de cálculo do incentivo fi nanceiro, no que respeita às empresas aderentes, consideram-se elegíveis as despesas a afetar ao estabelecimento objeto da candidatura, relativas às áreas de inves-timento identifi cadas nas alíneas a) a h) do n.º 1 do artigo 6.º.

2 - As despesas indicadas no número anterior deverão ser clas-sifi cadas pelo promotor enquanto:

a) Custos comuns distribuíveis pelas empresas, correspondendo a aquisições comuns contratadas conjuntamente pelo promotor para execução nas empresas aderentes e cujos custos são dis-tribuídos por aquelas de acordo com critérios de imputação pré-defi nidos;

b) Custos a incorrer individualmente por cada empresa aderente.3 - Para efeito de cálculo do incentivo fi nanceiro, consideram-se

elegíveis, para além das despesas referidas no n.º 1, as despesas da associação promotora com:

a) Aquisição de equipamentos, software e serviços, relativos a ações que visem a dinamização e promoção continuada do centro urbano, bem como a criação de serviços conjuntos de suporte aos potenciais clientes com impacto previsível no volume de vendas dos estabelecimentos aderentes, no-meadamente:i) Criação de suportes para divulgação da oferta comercial

do centro urbano, designadamente, guias e diretórios a disponibilizar no centro urbano;

ii) Aquisição de hardware e software destinados à criação de espaços virtuais de divulgação na Internet ou outros meios de divulgação da oferta comercial do centro urbano que permitam interação com os potenciais clientes, incluindo entre outros, a criação de websites, a disponibilização de catálogos virtuais e a criação de aplicações para dispositi-vos móveis, incluindo a criação dentro do centro urbano, de zonas comuns de acesso sem fi os à Internet;

iii) Criação de imagem única com caráter duradouro, in-cluindo a aplicação em sinalização permanente no espaço urbano e nos locais envolventes;

iv) Contratação de serviços de social media marketing, incluindo a criação e manutenção de espaços virtuais de divulgação do centro urbano nas redes sociais,

v) Criação de sistemas de fi delização comuns para as em-presas aderentes;

vi) Criação de serviços de apoio no local ao cliente, nomea-damente apoio no cuidado de crianças entre outros;

vii) Criação de sistemas comuns de monitorização e de segurança;

viii) Dinamização de serviços de entrega ao domicílio.b) Custos da associação com a gestão do projeto, relativos a:

i) Estudos/diagnósticos necessários à fundamentação da candidatura;

ii) Custos com pessoal da estrutura associativa para gestão do projeto;

iii) Custos com a divulgação do projeto;iv) Custos com a avaliação e disseminação de resultados

do projeto;v) Intervenção de TOC ou ROC, prevista na alínea a) do n.º

1 do artigo 24.º.4 - Constituem despesas não elegíveis, para além das consideradas

no artigo 14.º do enquadramento nacional, as seguintes:a) Obras de ampliação de edifícios;b) Remodelações de interiores que não se destinem às áreas

de venda ao público;c) Aquisição de marcas;d) Equipamentos de venda automática a colocar fora do esta-

belecimento objeto do projeto;e) Mobiliário e outros equipamentos que não se destinem a

áreas de venda ao público, com exceção dos necessários à introdução de tecnologias de informação e comunicação;

f) Despesas de funcionamento da entidade promotora rela-cionadas com atividades de tipo periódico ou contínuo;

g) Despesas com prémios, júris de concursos, deslocações, alojamento e alimentação;

h) Fogo-de-artifício e iluminação festiva;i) Brindes e outro material promocional;j) Despesas com animadores e aquisição ou aluguer de infra-

estruturas e equipamentos associados à organização de eventos com caráter periódico;

k) Despesas com a contratação de segurança privada;l) Custos com recursos humanos não incluídos no ponto ii)

da alínea b) do n.º 3;m) Aquisições de serviços para gestão, execução ou implemen-

tação do projeto, que tenham como objetivo substituírem o papel do promotor na implementação do projeto;

n) IVA, exceto quando suportado por entidades que não são reembolsadas do imposto pago nas aquisições de bens e serviços.

ARTIGO 14.ºIncentivos a conceder nos projetos conjuntos

1 - O incentivo fi nanceiro a conceder assume a natureza de incen-tivo não reembolsável, correspondente a 45 % das despesas elegíveis para as empresas aderentes, não podendo ultrapassar o valor de (euro) 20.000 para cada empresa aderente, e a 70 % das despesas elegíveis para as associações, não podendo ultrapassar o valor médio de (euro) 6.000 por cada empresa aderente, com os seguintes valores médios por área de investimento:

a) Até (euro) 1.500, por empresa, para as despesas previstas na alínea d) do n.º 1 do artigo 6.º;

b) Até (euro) 10.000, por empresa, para as despesas previstas na alínea g) do n.º 1 do artigo 6.º;

c) Até (euro) 1.500, por empresa, para as despesas previstas na alínea h) do n.º 1 do artigo 6.º;

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Boletim do Contribuinte 637SETEMBRO 2013 - Nº 18

REGULAMENTO DA MEDIDA “COMÉRCIO INVESTE”(Anexo à Portaria nº 236/2013, de 24 de julho)

d) Até (euro) 5.000, por empresa, para as despesas previstas na alínea a) do n.º 3 do artigo 13.º;

e) Até (euro) 1.000, por empresa, para as despesas previstas na alínea b) do n.º 3 do artigo 13.º.

2 - Adicionalmente ao referido no número anterior, o projeto conjunto pode benefi ciar de um prémio de boa execução, corres-pondente a uma majoração de 10 % do valor do incentivo apurado para as empresas aderentes e de uma majoração de 15 % do valor do incentivo apurado para as associações, se, em sede de avaliação fi nal do projeto, cumprir cumulativamente as seguintes condições:

a) Estar assegurado o cumprimento dos objetivos do projeto;b) Possuir uma taxa de execução do incentivo contratado para as

empresas aderentes superior a 70 %; ec) Ser apresentado o pedido de pagamento fi nal nos três meses

seguintes após o prazo de 18 meses de execução defi nido na alínea i) do n.º 1 do artigo 12.º, excluindo o prazo defi nido no n.º 3 do artigo 24.º.

3 - Os incentivos a conceder não podem ultrapassar o montante total dos auxílios de minimis concedidos a uma empresa, nos termos do n.º 2 do artigo 2.º do Regulamento (CE) n.º 1998/2006, da Comis-são Europeia, de 15 de dezembro de 2006, ainda que seja atribuído prémio de boa execução, nos termos do número anterior.

4 - No montante defi nido no número anterior englobam-se os incentivos concedidos no âmbito de outros sistemas de incentivo ao abrigo dos auxílios de minimis, nas condições referidas pela Comissão Europeia.

ARTIGO 15.ºCritérios de avaliação nos projetos conjuntos

1 - Os projetos são avaliados com base nos seguintes critérios:a) Critério A - grau de abrangência do projeto na criação de novos

serviços conjuntos de suporte aos potenciais clientes, iden-tifi cados nos pontos i) a viii) da alínea a) do n.º 3 do artigo 13.º, classifi cado da seguinte forma:i) Pontuação correspondente às ações de investimento com

despesa elegível:

Ações de investimento Pontuação

6 ou mais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1004 a 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 702 a 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 401 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20Outras situações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0

Para efeitos deste indicador não serão consideradas como ações de investimento as que não sejam consideradas relevantes no âmbito dos objetivos subjacentes ao projeto.

b) Critério B - Efi ciência do projeto conjunto:i) Indicador:(1) Despesas elegíveis da associação com a gestão do projeto/

Número de empresas.ii) A classifi cação deste parâmetro é obtida através da com-

paração dos indicadores em todos os projetos candidatos, correspondendo a pontuação de 100 ao projeto com o indicador mais efi ciente, correspondente ao menor valor, e 0 ao menos efi ciente, correspondente ao maior valor, sendo os restantes projetos classifi cados de forma proporcional.

c) Critério C - Efi cácia do projeto conjunto:i) Indicadores:(1) Custos distribuíveis/Custos individualizáveis;

(2) Número de estabelecimentos aderentes/Número de estabele-cimentos existentes no centro urbano;

(3) Número de estabelecimentos aderentes/Número total de metros lineares do centro urbano.

ii) A classifi cação deste parâmetro é obtida através da comparação dos indicadores em todos os projetos candidatos, correspon-dendo a pontuação de 100 ao projeto com o indicador mais efi caz, correspondente ao maior valor, e 0 ao menos efi caz, correspondente ao menor valor, sendo os restantes projetos classifi cados de forma proporcional, correspondendo a clas-sifi cação do critério ao valor médio das pontuações obtidas.

d) Critério D - caráter inovador do projeto, aferido da seguinte forma:i) Na candidatura os promotores devem evidenciar o en-

quadramento do projeto nas seguintes prioridades de desenvolvimento:

(1) Divulgação conjunta da oferta comercial do centro urbano evidenciada através das ações previstas no projeto;

(2) Adesão do projeto a novas plataformas de promoção, nomeadamente as ligadas à utilização da Internet e das redes sociais, para promoção do centro urbano;

(3) Criação efetiva de serviços de apoio no local ao cliente excluindo os serviços habituais de informação;

(4) Associação a eventos de caráter transversal, in-ternacionalmente reconhecidos por organizações supranacionais;

(5) Ligação a outros programas de apoio, nomeadamen-te, programas de estágio ou outros que promovam a integração de jovens no mercado de trabalho;

(6) Estejam localizados nas áreas abrangidas por Progra-mas de Ação aprovados no âmbito de Parcerias para Regeneração Urbana, no âmbito do Regulamento Específi co “Parcerias para a Regeneração Urbana”, ou nas áreas explicitamente delimitadas para efeitos de ações de valorização comercial nos Programas Estratégicos aprovados no âmbito do Regulamento Específi co “Redes Urbanas para a Competitividade e Inovação”.

ii) Pontuação correspondente ao número de prioridades abrangidas pelo projeto:

Prioridades abrangidas Pontuação

Três ou mais prioridades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100Duas prioridades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80Uma prioridade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40Outras situações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0

2 - A pontuação fi nal (PF) do projeto conjunto é calculada através da seguinte fórmula:

PF = 0,30A + 0,20B + 0,20C + 0,30D

3 - A PF será recalculada em sede de encerramento do projeto, para aferição do disposto na alínea k) do n.º 1 do artigo 23.º.

CAPÍTULO IVProcedimento, execução e fi scalização

ARTIGO 16.ºOrganismos técnicos competentes

1 - Compete à Direção-Geral das Atividades Económicas (DGAE) emitir parecer especializado sobre a coerência dos projetos

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Boletim do Contribuinte638SETEMBRO 2013 - Nº 18

REGULAMENTO DA MEDIDA “COMÉRCIO INVESTE”(Anexo à Portaria nº 236/2013, de 24 de julho)

conjuntos e a capacidade técnica das associações promotoras para a sua implementação.

2 - Compete ao IAPMEI, I. P.:a) Receber e registar as candidaturas dos promotores;b) Analisar as condições de elegibilidade dos promotores e a

viabilidade económica e fi nanceira dos projetos;c) Determinar o valor do incentivo fi nanceiro a conceder aos

projetos;d) Determinar a hierarquização dos projetos a que se refere a

alínea anterior, com base na pontuação fi nal obtida;e) Submeter à comissão de investimentos listagens com as pro-

postas de decisão relativas às candidaturas;f) Publicar as decisões sobre as candidaturas na página eletrónica

do IAPMEI, I. P.;g) Validar os contratos submetidos pelos promotores para forma-

lização da concessão dos incentivos fi nanceiros;h) Analisar os pedidos de pagamento de incentivo e proceder ao

pagamento dos incentivos apurados;i) Acompanhar, controlar e fi scalizar a execução dos investimentos

e a utilização dos incentivos recebidos nos projetos;j) Proceder ao encerramento dos projetos.3 - Para efeitos de execução das competências referidas no nú-

mero anterior, o IAPMEI, I. P., pode, nos termos da lei, recorrer ao parecer de outros órgãos da administração central e local, ou celebrar protocolos com outras entidades.

ARTIGO 17.ºApresentação de candidaturas e restrições adicionais

1 - O aviso de abertura de cada concurso deve integrar, nomeada-mente, os elementos relativos a cada concurso referidos no despacho previsto no número seguinte.

2 - As candidaturas são apresentadas através do envio pela via eletrónica, utilizando o formulário eletrónico disponível na página eletrónica do IAPMEI, I. P., processando-se por fases, cujos pe-ríodos, entidades benefi ciárias, datas de publicação das decisões, dotações orçamentais regionais e condições específi cas de cada fase de candidaturas são defi nidos por despacho do membro do Governo responsável pela área do comércio.

3 - No despacho a que se refere o número anterior podem ser defi nidas restrições adicionais às disposições do presente Regula-mento, nomeadamente:

a) Valores mínimos de pontuação fi nal, abaixo dos quais os pro-jetos são considerados não selecionados, independentemente da dotação orçamental da fase;

b) Limite aos setores de atividade benefi ciários;c) Limite ao número de candidaturas apresentadas por promotor;d) Condições de elegibilidade;e) Regras específi cas para os projetos conjuntos;f) Regras e limites à elegibilidade de despesa;g) Despesas não elegíveis;h) Condições de atribuição de incentivos, designadamente outras

taxas e montantes máximos.

ARTIGO 18.ºAnálise das candidaturas

1 - Compete ao IAPMEI, I. P., a instrução e análise das candi-daturas dos promotores, no prazo máximo de 50 dias úteis contado desde a data limite de cada fase de candidatura.

2 - O parecer especializado referido no n.º 1 do artigo 16.º deve ser proferido no prazo máximo de 25 dias úteis contado desde a data limite de cada fase de candidatura.

3 - No prazo de análise referido no n.º 1 inclui-se a solicitação ao promotor, sempre que necessário, de elementos complementares, os quais devem ser apresentados no prazo de 10 dias úteis contado a partir do dia seguinte ao da formulação do pedido, fi ndo o qual a ausência de resposta implica a exclusão da candidatura.

ARTIGO 19.ºProcesso de decisão

1 - No prazo máximo de cinco dias após a análise das candida-turas, o IAPMEI, I. P., envia à DGAE as propostas de decisão para apreciação em sede de comissão de investimentos, constituída nos termos do artigo 6.º do Regulamento de Gestão do Fundo de Moder-nização do Comércio, aprovado pela Portaria n.º 1297/2005, de 20 de dezembro, alterada pela Portaria n.º 1359/2006, de 4 de dezembro.

2 - A comissão de investimentos decide no prazo de cinco dias úteis após a receção da proposta de decisão.

3 - Os projetos são hierarquizados por região, com base na pon-tuação fi nal obtida, e, em caso de igualdade, por ordem crescente de investimento elegível do projeto, sendo selecionados até ao limite orçamental da região, sem prejuízo de o referido limite poder ser reforçado, por decisão do membro do Governo responsável pela área do comércio.

4 - Os projetos que, no âmbito de uma fase, são considerados elegíveis mas não selecionados, não transitam para a fase seguinte.

5 - A decisão relativa ao pedido de concessão do incentivo é publicada na página eletrónica do IAPMEI, I. P., na data defi nida no despacho de abertura da fase do membro do Governo responsável pela área do comércio.

6 - Caso a decisão a tomar seja desfavorável à atribuição do incentivo requerido, os promotores podem no prazo de 10 dias úteis contado a partir da data da publicação da decisão na página eletrónica do IAPMEI, I. P., pronunciar-se em sede de audiência prévia, nos termos previstos no Código do Procedimento Administrativo.

7 - Os projetos que, em virtude de reapreciação resultante das alegações apresentadas ao abrigo do número anterior, venham a obter uma pontuação que lhes teria permitido a inclusão no conjunto de projetos selecionados, são apoiados no âmbito da fase a que se apresentaram.

8 - Sempre que estiverem reunidas as necessárias condições técnicas, são utilizados meios de comunicação eletrónica nas diferentes fases do processo de decisão, bem como nas fases de contratualização dos incentivos e de acompanhamento, avaliação e controlo.

ARTIGO 20.ºFormalização da concessão do incentivo

1 - A formalização da concessão de incentivos é feita através de um contrato cuja minuta é disponibilizada pelo IAPMEI, I. P.

2 - O contrato é submetido pelo promotor junto do IAPMEI, I. P., conjuntamente com todos os elementos que permitam comprovar as condições de acesso, de elegibilidade e de aprovação aplicáveis nos termos do presente Regulamento.

3 - A não celebração do contrato por razões imputáveis ao promo-tor, no prazo de 20 dias úteis contado desde a data de publicação da decisão de concessão do incentivo na página eletrónica do IAPMEI, I. P., determina a caducidade da decisão de concessão do incentivo.

4 - A não apresentação, pelo promotor, de pedidos de pagamento válidos nos seis meses seguintes ao termo do prazo de execução do projeto, defi nido na alínea c) do n.º 1 do artigo 5.º no caso dos projetos individuais de modernização comercial, ou na alínea i) do número 1 do artigo 12.º no caso dos projetos conjuntos de modernização comercial, determina a caducidade do contrato.

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Boletim do Contribuinte 639SETEMBRO 2013 - Nº 18

REGULAMENTO DA MEDIDA “COMÉRCIO INVESTE”(Anexo à Portaria nº 236/2013, de 24 de julho)

ARTIGO 21.ºPagamentos

O pagamento do incentivo é processado nos termos defi nidos na norma de pagamentos aprovada por despacho do membro do Governo responsável pela área do comércio e publicitada na página eletrónica do IAPMEI, I. P.

ARTIGO 22.ºCumulação de incentivos

Para as mesmas despesas elegíveis, os incentivos concedidos ao abrigo do presente Regulamento não são cumuláveis com quaisquer outros da mesma natureza.

ARTIGO 23.ºObrigações das entidades benefi ciárias

1 - Além das obrigações das entidades benefi ciárias defi nidas no artigo 13.º do enquadramento nacional, os promotores fi cam sujeitos às seguintes obrigações:

a) Executar o projeto nos termos e prazos fi xados no contrato;b) Cumprir as obrigações legais, designadamente as fi scais e de

segurança social;c) Entregar, nos prazos estabelecidos, todos os elementos que

lhes forem solicitados pelas entidades com competências para o acompanhamento, controlo da execução, fi scalização e encerramento do projeto;

d) Comunicar ao IAPMEI, I. P., qualquer alteração ou ocorrência que ponha em causa os pressupostos relativos à aprovação do projeto ou à sua realização pontual;

e) Manter as condições legais exigíveis ao exercício da respetiva atividade no estabelecimento alvo do incentivo;

f) Manter a situação regularizada perante as entidades pagadoras do incentivo;

g) Manter a contabilidade organizada de acordo com a legislação aplicável;

h) Manter, na entidade, um processo, devidamente organizado e atualizado, com todos os documentos suscetíveis de compro-var as declarações prestadas na candidatura, para permitir o adequado acompanhamento e controlo da mesma;

i) Para efeitos do disposto no n.º 4 do artigo 13.º do enquadra-mento nacional, as entidades benefi ciárias devem publicitar no local de realização do projeto, a concessão do incentivo fi nanceiro, de acordo com modelo a aprovar na norma de pagamentos referida no artigo 21.º;

j) Comprovar o pagamento da despesa correspondente aos adiantamentos efetuados contra fatura nos prazos defi nidos para o efeito;

k) Manter os pressupostos de avaliação que deram origem à se-leção do projeto, nomeadamente no que respeita à pontuação fi nal do projeto;

l) Ser titular de conta bancária específi ca para realização de todos os movimentos fi nanceiros do projeto, incluindo o pagamento das despesas, o recebimento dos incentivos e o pagamento e recebimento de contrapartidas fi nanceiras relacionadas com o projeto.

2 - No caso dos projetos conjuntos, as contas bancárias identifi -cadas na alínea l) do número anterior, devem igualmente ser usadas para todos os movimentos fi nanceiros decorrentes do projeto con-junto, nomeadamente:

a) A entrega, às empresas aderentes, dos incentivos recebidos pela associação destinados à comparticipação dos custos individualizáveis;

b) A entrega, à associação promotora, por parte das empresas aderentes, das verbas necessárias ao pagamento dos custos distribuíveis contratados pela associação;

c) O pagamento, à associação promotora, da contrapartida privada dos custos indivisíveis suportados pela associação.

3 - No caso dos projetos conjuntos, a associação promotora deve divulgar publicamente, no prazo de um mês contado desde o recebimento de cada tranche de incentivo, um relatório de execução do projeto que identifi que:

a) As empresas aderentes e montantes de investimento executado, dividido por custos distribuíveis e individualizáveis;

b) As entidades fornecedoras contratadas, o procedimento de seleção usado e o valor de cada contrato de fornecimento;

c) O saldo global do projeto no que respeita a despesas elegíveis e incentivo contratados e executados.

4 - Para efeitos do disposto no n.º 2 do artigo 13.º do enquadra-mento nacional, os promotores obrigam-se ainda a não ceder, locar, alienar ou, por qualquer modo, onerar ou deslocalizar o investimento, no todo ou em parte, sem autorização prévia do IAPMEI, I. P., bem como a manter o estabelecimento em funcionamento e os postos de trabalho criados no âmbito do projeto, até três anos contados após a data de celebração do contrato de concessão do incentivo fi nanceiro.

ARTIGO 24.ºAcompanhamento, controlo e fi scalização

1 - Sem prejuízo de outros mecanismos de acompanhamento e controlo que venham a ser adotados, o acompanhamento e a verifi ca-ção do projeto são efetuados com base nos seguintes procedimentos:

a) A verifi cação fi nanceira do projeto tem por base uma declara-ção de despesa do investimento apresentada pelo promotor e ratifi cada por um TOC ou ROC, de acordo com o regime aplicável à contabilidade da empresa em causa, através da qual confi rma a realização das despesas de investimentos, que os documentos comprovativos daquelas se encontram corretamente lançados na contabilidade e que o incentivo foi contabilizado de acordo com o SNC;

b) A verifi cação da concretização física do projeto tem por base um relatório de execução do projeto, da responsabilidade do IAPMEI, I. P., tendo em vista confi rmar que o investimento foi realizado e que os objetivos foram atingidos pelo promotor nos termos constantes da candidatura.

2 - Para efeitos da determinação das datas de início e de con-clusão do projeto, consideram-se as datas da primeira e da última fatura imputável ao mesmo, excluindo as faturas relativas a despesas realizadas antes da data de candidatura excecionalmente abrangidas pelo incentivo nos termos da alínea d) do artigo 5.º e da alínea j) do n.º 1 do artigo 12.º.

3 - Em sede de execução, é aceite uma tolerância não prorrogável de três meses para a conclusão do projeto, sendo não comparticipá-veis as despesas realizadas para além deste prazo, podendo estas ser consideradas para efeito da pontuação fi nal do projeto.

4 - A verifi cação dos projetos de investimento pelo IAPMEI, I. P. pode ser feita por amostragem, a qual não deve ser inferior a 50 % da despesa elegível apurada, em cada fase de seleção.

ARTIGO 25.ºAquisições de bens e serviços

Só são objeto de comparticipação, em sede de execução, as des-pesas com aquisições de bens e serviços que cumpram os seguintes requisitos:

a) As aquisições devem ser efetuadas a custos médios do mercado, podendo o IAPMEI, I. P., proceder à respetiva adequação dos valores;

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Boletim do Contribuinte640SETEMBRO 2013 - Nº 18

REGULAMENTO DA MEDIDA “COMÉRCIO INVESTE”(Anexo à Portaria nº 236/2013, de 24 de julho)

b) As aquisições devem ser efetuadas em condições de mercado a entidades que possuam capacidade para assegurar os for-necimentos previstos;

c) As aquisições ao mesmo fornecedor no âmbito do projeto de valor conjunto superior a (euro) 25.000, devem estar suportadas através de consulta a pelo menos três entidades;

d) As aquisições efetuadas pelas associações devem ser objeto dos procedimentos decorrentes do regime de contratação pública aplicável àquelas entidades;

e) As aquisições não podem ser efetuadas a entidades com as quais o promotor, as empresas aderentes ou os respetivos dirigentes e familiares de primeiro grau, possuam ligações diretas ou indiretas de capital;

f) Os pagamentos das despesas do projeto devem ser efetuados, exclusivamente, através de meio bancário que permita iden-tifi car inequivocamente que o destinatário do pagamento corresponde à entidade fornecedora, através de conta bancária específi ca por entidade benefi ciária, criada para realização dos pagamentos do projeto.

ARTIGO 26.ºResolução do contrato

1 - O contrato pode ser resolvido unilateralmente pelo IAPMEI, I. P., desde que se verifi que qualquer das seguintes situações:

a) Não cumprimento, por facto imputável à entidade benefi ciária, dos objetivos e obrigações legais e contratuais, incluindo os prazos relativos ao início da realização do investimento e sua conclusão, bem como a pontuação fi nal do projeto;

b) Não cumprimento, por facto imputável à entidade benefi ciária, das respetivas obrigações legais e fi scais;

c) Prestação de informações falsas sobre a situação da entidade benefi ciária ou viciação de dados fornecidos na apresentação, apreciação e acompanhamento dos investimentos.

2 - A resolução do contrato implica devolução do montante do incentivo já recebido no prazo de 60 dias a contar da data da sua notifi cação, acrescido de juros calculados à taxa indicada no contrato de concessão de incentivos.

3 - Quando a resolução se verifi car pelo motivo referido na alínea c) do n.º 1, a entidade benefi ciária fi ca impedida de candidatar-se a apoios desde a data da resolução até cinco anos, a contar da data da devolução integral dos incentivos.

ANEXO ASituação económica e fi nanceira equilibrada

e fi nanciamento adequado por capitais próprios

1 - Para efeitos do disposto na alínea b) do n.º 1 do artigo 4.º do presente Regulamento, considera-se que as entidades benefi ciárias dos projetos de investimento possuem uma situação económico-fi nanceira equilibrada quando apresentem, um rácio de autonomia fi nanceira (AF) não inferior a 0,15, calculada através da seguinte fórmula:

AF = (Cpe/Ae)

em que:Cpe = Capitais próprios da empresa, incluindo os suprimentos,

desde que estes venham a ser incorporados em capital pró-prio até à data da celebração do contrato de concessão de incentivos.

Ae = Ativo da empresa.2 - Para o cálculo dos indicadores referidos no número anterior

será utilizado o balanço referente ao fi nal do exercício anterior ao da data de candidatura.

3 - No caso de insufi ciência de capital próprio, o promotor poderá demonstrar até ao momento da assinatura do contrato, a realização dos aumentos de capital social ou prestações suplementares, que permitam suprir o capital em falta e cumprir o rácio referido no n.º 1, não podendo estes valores ser considerados para efeitos do número seguinte.

4 - Para efeitos do disposto na alínea b) do n.º 1 do artigo 5.º e da alínea h) do n.º 1 do artigo 12.º do presente Regulamento, consideram--se adequadamente fi nanciados com capitais próprios os projetos de investimento cujo investimento elegível seja coberto por um mínimo de 20% de capitais próprios, calculado através da seguinte fórmula:

NCP = (CPp/lp)

em que:CPp = Novos capitais próprios para fi nanciamento do projeto,

incluindo aumentos de capital, prestações suplementares e suprimentos de sócios, desde que estes venham a ser incor-porados em capital próprio até ao encerramento do projeto. Podem ser considerados para este efeito os capitais próprios que ultrapassem 20 % do ativo total líquido do ano anterior ao da candidatura.

Ip = Montante do investimento elegível do projeto.5 - A demonstração da realização dos aumentos de capital so-

cial, prestações suplementares de capital e suprimentos, que sejam necessários para o cumprimento do rácio defi nido no número anterior face ao investimento elegível executado, deverá ser efetuada até à avaliação fi nal do projeto por parte do IAPMEI, I. P.

ANEXO BPlano de ação

Para efeitos do disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 12.º do presente Regulamento, o plano de ação conjunto deve conter as seguintes informações:

a) Caracterização do centro urbano e identifi cação dos estabele-cimentos comerciais;

b) Identifi cação de ameaças, oportunidades, pontos fortes e pontos fracos do centro urbano;

c) Identifi cação e quantifi cação dos objetivos estratégicos a atingir com o projeto;

d) Identifi cação e fundamentação das ações a desenvolver no projeto com vista ao cumprimento dos objetivos;

e) Justifi cação do contributo das ações para a dinamização e promoção continuada do centro urbano bem como para a criação de serviços conjuntos de suporte ao cliente;

f) Custos globais do projeto conjunto, identifi cando os custos co-muns subdivididos em custos comuns indivisíveis, os custos comuns distribuíveis pelas empresas e respetivos critérios de imputação, bem como os custos a incorrer individualmente por cada empresa;

g) Procedimentos de contratação a adotar pela associação no caso dos custos distribuíveis e custos indivisíveis;

h) Financiamento do custo global, identifi cando a parcela a suportar pelas empresas, a parcela a suportar pela entidade promotora (não obrigatória) e a parcela a suportar pelo sis-tema de incentivos;

i) Identifi cação da forma escolhida para divulgação pública do relatório de execução do projeto;

j) Atividades de sensibilização e divulgação do programa tendo em vista assegurar a adesão das empresas ao programa;

k) Plano de divulgação de resultados e de disseminação de boas práticas.

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Boletim do Contribuinte 641

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALSETEMBRO 2013 - Nº 18

(Continuação da pág. 609)

assim instituído são apenas excluídos os contratos de trabalho de muito curta duração e os celebrados por entidades cuja natureza justifica o afastamento do referido apoio fi nanceiro.

Trata-se de medida de natureza transitória, que tem em vista atenuar os efeitos da crise eco-nómica e impulsionar a contratação, reportando--se ao período compreendido entre o início da execução de contrato de trabalho - contanto que celebrado após 1 de outubro de 2013 - e 30 de setembro de 2015 ou a data de cessação do contrato, conforme a que se verifi que em primeiro lugar. O apoio fi nanceiro assim con-cedido corresponde a 1% da retribuição mensal do trabalhador, assumindo-se por referência o valor pago pelo empregador ao trabalhador e relevante para efeitos de incidência da taxa contributiva devida à segurança social.

Para obtenção do referido apoio fi nanceiro, o empregador deve reunir as necessárias condições e requisitos previstos para o efeito e apresentar a correspondente candidatura no momento da formalização da admissão do trabalhador na se-gurança social. O pagamento do apoio fi nanceiro é da responsabilidade do Instituto do Emprego e Formação Profi ssional, I.P., em estreita articula-ção com o Instituto de Informática, I.P..

A criação do Incentivo Emprego, a par da reforma laboral e em conjugação com outras iniciativas na área da política do emprego constitui uma medida importante para a criação de novas oportunidades para os trabalhadores e para a dinamização do mercado laboral português.

Foram ouvidos os Parceiros Sociais com assento na Comissão Permanente de Concer-tação Social.

Assim:Ao abrigo do disposto na alínea d) do

n.º 1 do artigo 3.º e no n.º 1 do artigo 17.º do Decreto-Lei n.º 132/99, de 21 de abril, manda o Governo, pelo Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, o seguinte:

ARTIGO 1.ºObjeto

A presente Portaria cria a medida Incentivo Emprego, em diante designada

CONTRATOS DE TRABALHOIncentivo fi nanceiro à celebração de contratos de trabalho

Portaria nº 286-A/2013, de 16 de setembro

(in DR nº 179, I série, de 16.9.2013)

“Incentivo”, que consiste na concessão, ao empregador, de um apoio fi nanceiro à celebração de contrato de trabalho.

ARTIGO 2.ºÂmbito de aplicação

1. A presente Portaria aplica-se aos empregadores que celebrem, após a sua entrada em vigor, contratos de trabalho, regulados pelo Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009(1), de 12 de fevereiro, e alterado pelas Leis nºs 105/2009 (2), de 14 de setembro, 53/2011(3), de 14 de outubro, 23/2012 (4), de 25 de junho, 47/2012, de 29 de agosto, e 69/2013(5), de 30 de agosto.

2. A presente Portaria tem aplicação às empresas de trabalho temporário, qualquer que seja a duração do contrato celebrado com o trabalhador temporário.

3. Excluem-se do âmbito da presente Portaria:

a) Os empregadores que celebrem contratos de trabalho de muito curta duração, regulados no artigo 142.º do Código do Trabalho;

b) Os órgãos e serviços a que se referem os nºs 1 a 4 do artigo 3.º da Lei n.º 12-A/2008, de 27 de fe-vereiro, que estabelece os regimes de vinculação, de carreiras e de re-munerações dos trabalhadores que exercem funções públicas, alterada pelas Leis nºs 64-A/2008(6), de 31 de dezembro, 3-B/2010(7), de 28 de abril, 34/2010, de 2 de setembro, 55-A/2010(8), de 31 de dezembro, 64-B/2011(9), de 30 de dezembro, 66/2012, de 31 de dezembro, e 66-B/2012(10), de 31 de dezembro, e pelo Decreto-Lei n.º 47/2013, de 5 de abril, incluindo os institutos pú-blicos de regime especial e ainda as entidades públicas reclassifi cadas.

ARTIGO 3.ºRequisitos

1. O Incentivo é atribuído aos em-pregadores que reúnam os seguintes requisitos cumulativos:

a) Ter a situação contributiva regula-rizada perante a administração fi scal e a segurança social;

b) Ter a situação regularizada em maté-ria de restituições no âmbito do fi nan-ciamento do Fundo Social Europeu;

c) Não se encontrar em situação de incumprimento no que respeita a apoios fi nanceiros concedidos pelo Instituto do Emprego e Formação Profi ssional (IEFP, I.P.);

d) Não se encontrar em situação de incumprimento no que respeita às entregas devidas no âmbito do re-gime jurídico do fundo de compen-sação do trabalho, do mecanismo equivalente e do fundo de garantia de compensação do trabalho;

e) Dispor de contabilidade organiza-da de acordo com o previsto na lei, quando aplicável.

2. Os requisitos referidos no número anterior devem estar reunidos no mo-mento de formalização da candidatura e durante o período em que tenha lugar a atribuição do apoio fi nanceiro.

3. A não verificação dos requisi-tos previstos nos números anteriores determina a não concessão do apoio fi nanceiro, ou, nos termos do artigo 8.º, a respetiva suspensão ou cessação.

ARTIGO 4.ºProcedimento de candidatura

1. Para efeitos de obtenção do apoio fi nanceiro, o empregador apresenta a candidatura ao Incentivo no momento da formalização da admissão do trabalhador na segurança social.

2. Para efeitos do disposto no número anterior, a candidatura ao Incentivo exige a formalização online da admissão do tra-balhador, no sítio eletrónico do Serviço Segurança Social Direta.

3. Compete ao Instituto de Informá-tica, I.P. (II, I.P.) verifi car as condições e os requisitos necessários à atribuição do Incentivo previstos nos artigos 2.º e

(Continua na pág. seguinte)

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Boletim do Contribuinte642

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALSETEMBRO 2013 - Nº 18

3.º, devendo o IEFP, I.P., relativamente ao requisito referido na alínea c) do n.º 1 do artigo anterior, fornecer a respetiva informação ao II, I.P..

ARTIGO 5.ºIndeferimento da candidatura

1. A não verifi cação das condições previstas no artigo 2.º determina o inde-ferimento liminar da candidatura.

2. Em caso de não verifi cação dos requisitos previstos no artigo 3.º, aquan-do momento do primeiro pagamento, o empregador é notifi cado para, até ao termo da verifi cação trimestral seguinte, proceder à sua regularização.

3. A verifi cação trimestral é efetuada nos prazos seguintes:

a) Até ao dia 25 de abril, relativamen-te ao trimestre correspondente aos meses de janeiro, fevereiro e março;

b) Até ao dia 25 de julho, relativa-mente ao trimestre correspondente aos meses de abril, maio e junho;

c) Até ao dia 25 de outubro, relati-vamente ao trimestre correspon-dente aos meses de julho, agosto e setembro;

d) Até ao dia 25 de janeiro, relativa-mente ao trimestre correspondente aos meses de outubro, novembro e dezembro.

4. Decorrido o prazo indicado n.º 2 sem que o empregador tenha procedido à referida regularização, a candidatura é indeferida.

ARTIGO 6.ºApoio fi nanceiro

1. O apoio fi nanceiro corresponde a 1% da retribuição mensal do trabalhador.

2. Para efeito do presente apoio fi nanceiro, entende-se por retribuição mensal o valor pago pelo empregador ao trabalhador e relevante para efeitos de incidência da taxa contributiva devida à segurança social.

3. O apoio fi nanceiro é atribuído por referência apenas a contratos de trabalho celebrados após a entrada em vigor da presente Portaria.

4. O apoio fi nanceiro é reportado ao período compreendido entre o início da execução de cada contrato de trabalho e 30 de setembro de 2015 ou a data de cessação do contrato, conforme a que se verifi que em primeiro lugar.

ARTIGO 7.ºPagamento do apoio fi nanceiro

1. O pagamento do apoio fi nanceiro é da responsabilidade do IEFP, I.P., me-diante apuramentos trimestrais, a efetuar pelo II, I.P., dos montantes a atribuir a cada empregador.

2. Sem prejuízo do disposto no artigo seguinte, o pagamento do apoio fi nancei-ro é efetuado nos prazos seguintes:

a) Até ao dia 30 de abril, relativamen-te ao trimestre correspondente aos meses de janeiro, fevereiro e março;

b) Até ao dia 31 de julho, relativa-mente ao trimestre correspondente aos meses de abril, maio e junho;

c) Até ao dia 31 de outubro, relati-vamente ao trimestre correspon-dente aos meses de julho, agosto e setembro;

d) Até ao dia 31 de janeiro, relativa-mente ao trimestre correspondente aos meses de outubro, novembro e dezembro.

ARTIGO 8.ºSuspensão e cessação do apoio fi nanceiro

1. Sempre que o II, I.P., detete a não verifi cação dos requisitos que condicio-nam a atribuição do Incentivo, o IEFP, I.P., suspende o pagamento do apoio fi nanceiro ao empregador até à respetiva regularização, a efetuar até ao termo da verifi cação trimestral seguinte.

2. A verifi cação trimestral é efetuada nos prazos seguintes:

a) Até ao dia 25 de abril, relativamen-te ao trimestre correspondente aos meses de janeiro, fevereiro e março;

b) Até ao dia 25 de julho, relativa-mente ao trimestre correspondente aos meses de abril, maio e junho;

c) Até ao dia 25 de outubro, relati-vamente ao trimestre correspon-

dente aos meses de julho, agosto e setembro;

d) Até ao dia 25 de janeiro, relativa-mente ao trimestre correspondente aos meses de outubro, novembro e dezembro.

3. O pagamento do apoio fi nanceiro ao empregador é retomado no apura-mento trimestral em que se verifi que a respetiva regularização.

4. O Incentivo cessa no caso de cessação do contrato de trabalho ou de não regularização da situação referida no n.º 1.

5. Para efeito do pagamento do apoio fi nanceiro, a regularização referida no n.º 1 não pode ter lugar após o termo de vigência da presente Portaria.

6. O empregador deve restituir ao IEFP, I.P., os eventuais montantes in-devidamente recebidos, sem prejuízo de participação criminal por eventuais indícios da prática do crime de fraude na obtenção de subsídio de natureza pública.

ARTIGO 9.ºCumulação de apoios

O Incentivo pode ser cumulável com outros apoios ao emprego aplicáveis ao mesmo posto de trabalho, cuja atribui-ção esteja, por natureza, dependente de condições inerentes aos trabalhadores contratados.

ARTIGO 10.ºExecução e regulamentação

1. O IEFP, I.P., é responsável pela execução do Incentivo, em articulação com o II, I.P..

2. O II, I.P., presta ao IEFP, I.P., toda a informação necessária à execução do Incentivo.

3. O IEFP, I.P., elabora regulamento específi co aplicável ao Incentivo, em articulação com o II, I.P..

ARTIGO 11.ºAvaliação

O Incentivo está sujeito a avaliação, a realizar no fi nal da sua vigência, em sede de Comissão Permanente de Con-certação Social.

(Continuação da pág. anterior)

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Boletim do Contribuinte 643

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALSETEMBRO 2013 - Nº 18

ARTIGO 12.ºEncargos fi nanceiros

Os encargos fi nanceiros com o In-centivo são suportados por dotação, a inscrever no orçamento do IEFP, I.P..

ARTIGO 13.ºFinanciamento comunitário

O Incentivo é passível de fi nancia-mento comunitário, sendo-lhe aplicáveis as respetivas disposições de direito euro-peu e nacional.

ARTIGO 14.ºVigência

A presente Portaria vigora entre 1 de outubro de 2013 e 30 de setembro de 2015.

N.R. 1 – A Lei nº 7/2009, de 12.2, que procedeu à revisão do Código do Trabalho

(retifi cada pela Declaração de Retifi cação nº 21/2009, de 18.3), foi transcrita no Bol. do Contribuinte, 2009, pág. 129.

2 – A Lei nº 105/2009, de 14.9, foi publi-cada no Bol. do Contribuinte, 2009, pág. 657.

3 – A Lei nº 53/2011, de 14.10, foi trans-crita no Bol. do Contribuinte, 2011, pág. 700.

4 – A Lei nº 23/2012, de 25.6, procedeu a nova revisão do Código do Trabalho, tendo sido transcrita no Bol. do Contribuinte, 2012, pág. 505.

5 – A Lei nº 69/2013, de 30.8, que reduziu o montante a atribuir pelo empregador ao tra-balhador em caso de cessação do contrato de trabalho, é publicada na pág. 644, do presente número do Boletim do Contribuinte.

6 – A Lei nº 64-A/2008, de 31.12, que aprovou o Orçamento do Estado para 2009, foi publicada no Bol. do Contribuinte, 2009, suplem. 1ª quinz. janeiro.

7 – A Lei nº 3-B/2010, de 28.4, transcrita no Bol. do Contribuinte, 2010, pág. 313, aprovou o Orçamento do Estado para 2010.

8 – A Lei nº 55-A/2010, de 31.12, apro-

vou o Orçamento do Estado para 2011, tendo sido publicada no Bol. do Contribuinte,2011, suplem. 1ª quinz. janeiro.

9 – A Lei nº 64-B/2011, de 30.12, apro-vou o Orçamento do Estado para 2012, e foi publicada no Bol. do Contribuinte, 2102, suplem. 1ª quinz. janeiro.

10 – A Lei nº 66-B/2012, de 31.12, apro-vou o Orçamento do Estado para 2013, tendo sido publicada no Bol. do Contribuinte, 2013, suplem. 1ª quinz. janeiro.

11 – Relativamente a incentivos ao em-prego, refi ra-se que a Port. nº 204-A/2013, de 18.6, procedeu à criação da medida de Apoio à Contratação Via Reembolso da Taxa Social Única (TSU).

12 – Por seu lado, a Portaria nº 204-B/2013, de 18.6, transcrita no Bol. do Contribuinte, 2013, pág. 519, aprovou a medida Estágios Emprego, com o objetivo de concretizar a harmonização e a agrega-ção das medidas ativas de emprego e de formação profi ssional destinadas aos jovens desempregados.

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Boletim do Contribuinte644

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALSETEMBRO 2013 - Nº 18

CÓDIGO DO TRABALHOCompensação devida pela cessação do contrato

de trabalhoAlterações ao Código do Trabalho

Lei nº 69/2013, de 30 de agosto

(in DR nº 167, I série, de 30.8.2013)

A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Cons-tituição, o seguinte:

ARTIGO 1.ºObjeto

A presente lei procede à quinta alte-ração ao Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009(1), de 12 de fevereiro, e alterada pelas Leis n.os 105/2009(2), de 14 de setembro, 53/2011(3), de 14 de outubro, 23/2012(4), de 25 de junho, e 47/2012(5), de 29 de agosto.

ARTIGO 2.ºAlteração ao Código do Trabalho

Os artigos 106.º, 127.º, 190.º, 191.º, 192.º, 344.º, 345.º e 366.º do Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009(1), de 12 de fevereiro, passam a ter a seguin-te redação:

«ARTIGO 106.º[...]

1 - ....................................................2 - ....................................................3 - ....................................................a) .....................................................b) .....................................................c) .....................................................d) .....................................................e) .....................................................f) .....................................................g) .....................................................h) .....................................................i) ......................................................j) ....................................................l) ....................................................m) A identifi cação do fundo de com-

pensação do trabalho ou de meca-nismo equivalente, bem como do fundo de garantia de compensação do trabalho, previstos em legisla-ção específi ca.

4 - ....................................................5 - ....................................................

ARTIGO 127.º[...]

1 - .....................................................2 - ....................................................3 - ....................................................4 - ....................................................5 - O empregador deve comunicar ao

serviço com competência inspetiva do ministério responsável pela área laboral a adesão ao fundo de compensação do trabalho ou a mecanismo equivalente, previstos em legislação específi ca.

6 - ....................................................7 - ....................................................

ARTIGO 190.º[...]

1 - ....................................................a) .....................................................b) .....................................................2 - Os créditos referidos na alínea

a) do número anterior não incluem os valores devidos a título de compensação por cessação do contrato de trabalho, calculada nos termos do artigo 366.º, para os novos contratos de trabalho.

3 - (Anterior n.º 2.)

ARTIGO 191.º[...]

1 - ....................................................2 - ....................................................3 - ....................................................4 - ....................................................5 - ....................................................6 - ....................................................a) .....................................................b) .....................................................c) .....................................................d) .....................................................7 - Relativamente aos trabalhadores

com novos contratos de trabalho estão excluídas dos critérios de precedência as compensações por cessação de contrato de trabalho previstas na alínea c) do número anterior.

ARTIGO 192.º[...]

1 - ....................................................2 - ....................................................a) ....................................................b) ....................................................c) Não adesão a fundo de compen-

sação do trabalho ou a mecanis-mo equivalente, bem como não cumprimento da obrigação de contribuição para os mesmos e para o fundo de garantia de com-pensação do trabalho, previstos em legislação específi ca.

3 - ....................................................4 - ....................................................

ARTIGO 344.º[...]

1 - ....................................................2 - Em caso de caducidade de contra-

to de trabalho a termo certo decorrente de declaração do empregador nos termos do número anterior, o trabalhador tem direito a compensação correspondente a 18 dias de retribuição base e diuturnidades por cada ano completo de antiguidade, cal-culada nos termos do artigo 366.º

3 - ....................................................4 - ....................................................5 - ....................................................

ARTIGO 345.º[...]

1 - ....................................................2 - ....................................................3 - ....................................................4 - Em caso de caducidade de con-

trato de trabalho a termo incerto, o trabalhador tem direito a compensação que corresponde à soma dos seguintes montantes:

a) A 18 dias de retribuição base e diu-turnidades por cada ano completo de antiguidade, no que respeita aos três primeiros anos de duração do contrato;

b) A 12 dias de retribuição base e diuturnidades por cada ano com-pleto de antiguidade, nos anos subsequentes.

5 - A compensação prevista no nú-mero anterior é calculada nos termos do artigo 366.º

6 - Constitui contraordenação grave a violação do disposto no n.º 4.

ARTIGO 366.º[...]

1 - Em caso de despedimento cole-tivo, o trabalhador tem direito a com-pensação correspondente a 12 dias de

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Boletim do Contribuinte 645

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALSETEMBRO 2013 - Nº 18

retribuição base e diuturnidades por cada ano completo de antiguidade.

2 - ....................................................3 - O empregador é responsável

pelo pagamento da totalidade da com-pensação, sem prejuízo do direito ao reembolso, por aquele, junto do fundo de compensação do trabalho ou de mecanismo equivalente e do direito do trabalhador a acionar o fundo de garantia de compensação do trabalho, nos termos previstos em legislação específi ca.

4 - Presume-se que o trabalhador aceita o despedimento quando recebe do empregador a totalidade da compensação prevista neste artigo.

5 - A presunção referida no número anterior pode ser ilidida desde que, em simultâneo, o trabalhador entregue ou ponha, por qualquer forma, a totalidade da compensação paga pelo empregador à disposição deste último.

6 - Nos casos de contrato de traba-lho a termo e de contrato de trabalho temporário, o trabalhador tem direito a compensação prevista no n.º 2 do artigo 344.º e do n.º 4 do artigo 345.º, consoante os casos, aplicando-se, ainda, o disposto nos n.os 2 a 5 do presente artigo.

7 - Constitui contraordenação grave a violação do disposto nos n.os 1, 2, 3 e 6.»

ARTIGO 3.ºTrabalho temporário

Para efeitos do disposto nos artigos 190.º e 191.º do Código do Trabalho consideram-se novos contratos de tra-balho os contratos celebrados após a entrada em vigor da presente lei.

ARTIGO 4.ºAlteração à Lei n.º 23/2012(4),

de 25 de junho

O artigo 10.º da Lei n.º 23/2012, de 25 de junho, passa a ter a seguinte redação:

«ARTIGO 10.º[...]

1 - A eliminação dos feriados de Corpo de Deus, de 5 de outubro, de 1 de novembro e de 1 de dezembro, resultante da alteração efetuada pela presente lei ao n.º 1 do artigo 234.º do Código do Trabalho, produz efeitos a partir de 1 de janeiro de 2013 e será obrigatoriamente objeto de reavaliação num período não superior a cinco anos.

2 - ..................................................»

ARTIGO 5.ºRegime transitório em caso

de cessação de contrato de trabalho sem termo

1 - Em caso de cessação de contrato de trabalho celebrado antes de 1 de no-vembro de 2011, a compensação prevista no n.º 1 do artigo 366.º do Código do Trabalho, na redação conferida pela pre-sente lei, é calculada do seguinte modo:

a) Em relação ao período de duração do contrato até 31 de outubro de 2012, o montante da compensação corresponde a um mês de retribui-ção base e diuturnidades por cada ano completo de antiguidade ou é calculado proporcionalmente em caso de fração de ano;

b) Em relação ao período de duração do contrato a partir de 1 de novem-bro de 2012 inclusive e até 30 de setembro de 2013, o montante da compensação corresponde a 20 dias de retribuição base e diuturnidades calculado proporcionalmente ao pe-ríodo efetivo de trabalho prestado;

c) Em relação ao período de duração do contrato a partir de 1 de outubro de 2013 inclusive, o montante da compensação corresponde à soma dos seguintes montantes:i) A 18 dias de retribuição base

e diuturnidades por cada ano completo de antiguidade, no que respeita aos três primeiros anos de duração do contrato;

ii) A 12 dias de retribuição base e diuturnidades por cada ano com-pleto de antiguidade, nos anos subsequentes;

iii) O disposto na subalínea i) aplica-se apenas nos casos em que o contrato de trabalho, a 1 de outubro de 2013, ainda não tenha atingido a duração de três anos.

2 - O montante total da compensação calculado nos termos do número anterior não pode ser inferior a três meses de retribuição base e diuturnidades.

3 - Em caso de cessação de contrato de trabalho celebrado depois de 1 de no-vembro de 2011 e até 30 de setembro de 2013 inclusive, a compensação prevista no n.º 1 do artigo 366.º do Código do Trabalho, na redação conferida pela pre-sente lei, é calculada do seguinte modo:

a) Em relação ao período de duração do contrato até 30 de setembro de 2013, o montante da compensação corresponde a 20 dias de retribuição base e diuturnidades por cada ano completo de antiguidade ou é cal-culado proporcionalmente em caso de fração de ano;

b) Em relação ao período de duração do contrato a partir de 1 de outubro de 2013 inclusive, o montante da compensação corresponde à soma dos seguintes montantes:i) A 18 dias de retribuição base

e diuturnidades por cada ano completo de antiguidade, no que respeita aos três primeiros anos de duração do contrato;

ii) A 12 dias de retribuição base e diuturnidades por cada ano com-pleto de antiguidade, nos anos subsequentes;

iii) O disposto na subalínea i) aplica-se apenas nos casos em que o contrato de trabalho, a 1 de outubro de 2013, ainda não tenha atingido a duração de três anos.

4 - Para efeitos de cálculo da parte da compensação a que se referem as alíneas b) e c) do n.º 1 e as alíneas a) e b) do n.º 3:

a) O valor da retribuição base e diuturnidades do trabalhador a con-siderar não pode ser superior a 20 vezes a retribuição mínima mensal garantida;

b) O valor diário de retribuição base e diuturnidades é o resultante da divisão por 30 da retribuição base mensal e diuturnidades;

c) Em caso de fração de ano, o mon-tante da compensação é calculado proporcionalmente.

5 - Quando da aplicação do disposto na alínea a) dos n.os 1 e 3 resulte um montante de compensação que seja:

a) Igual ou superior a 12 vezes a retri-buição base mensal e diuturnidades do trabalhador ou a 240 vezes a retribuição mínima mensal garan-tida, não é aplicável o disposto nas alíneas b) e c) do n.º 1 e b) do n.º 3;

b) Inferior a 12 vezes a retribuição base mensal e diuturnidades do

(Continua na pág. seguinte)

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Boletim do Contribuinte646

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALSETEMBRO 2013 - Nº 18

trabalhador ou a 240 vezes a retri-buição mínima mensal garantida, o montante global da compensa-ção não pode ser superior a estes valores.

6 - Quando da soma dos valores pre-vistos nas alíneas a) e b) do n.º 1 resulte um montante de compensação que seja:

a) Igual ou superior a 12 vezes a retribuição base mensal e diutur-nidades do trabalhador ou a 240 vezes a retribuição mínima mensal garantida, não é aplicável o disposto na alínea c) do n.º 1;

b) Inferior a 12 vezes a retribuição base mensal e diuturnidades do trabalhador ou a 240 vezes a retri-buição mínima mensal garantida, o montante global da compensa-ção não pode ser superior a estes valores.

ARTIGO 6.ºRegime transitório em caso

de cessação de contrato de trabalho a termo e de contrato de trabalho

temporário

1 - Em caso de cessação de contrato de trabalho a termo, incluindo o que seja objeto de renovação extraordinária, nos ter-mos da Lei n.º 3/2012(6), de 10 de janeiro, alterada pela Lei n.º 23/2012 (4), de 25 de junho, ou de contrato de trabalho temporá-rio, celebrados antes de 1 de novembro de 2011, a compensação prevista no n.º 2 do artigo 344.º, no n.º 4 do artigo 345.º e no n.º 6 do artigo 366.º do Código do Trabalho, na redação conferida pela presente lei, é calculada do seguinte modo:

a) Em relação ao período de duração do contrato até 31 de outubro de 2012 ou até à data da renovação extraordinária, caso seja anterior a 31 de outubro de 2012, o montante da compensação corresponde a três ou dois dias de retribuição base e diuturnidades por cada mês de duração, ou é calculado propor-cionalmente em caso de fração de mês, consoante a duração total do contrato não exceda ou seja superior a seis meses, respetivamente;

b) Em relação ao período de duração do contrato a partir de 1 de novem-bro de 2012 inclusive e até 30 de setembro de 2013, o montante da compensação corresponde a 20 dias de retribuição base e diuturnidades por cada ano completo de antigui-dade, calculada proporcionalmente ao período efetivo de trabalho prestado;

c) Em relação ao período de duração do contrato a partir de 1 de outubro de 2013 inclusive, o montante da compensação corresponde à soma dos seguintes montantes:i) A 18 dias de retribuição base

e diuturnidades por cada ano completo de antiguidade, no que respeita aos três primeiros anos de duração do contrato;

ii) A 12 dias de retribuição base e diuturnidades por cada ano com-pleto de antiguidade, nos anos subsequentes;

iii) O disposto na subalínea i) aplica-se apenas nos casos em que o contrato de trabalho, a 1 de outubro de 2013, ainda não tenha atingido a duração de três anos.

2 - Em caso de cessação de contrato de trabalho a termo, incluindo o que seja objeto de renovação extraordinária, nos termos da Lei n.º 3/2012(6), de 10 de janeiro, alterada pela Lei n.º 23/2012 (5), de 25 de junho, ou de contrato de trabalho temporário, celebrados depois de 1 de novembro de 2011 e até 30 de setembro de 2013, inclusive, a compen-sação prevista no n.º 2 do artigo 344.º, no n.º 4 do artigo 345.º e no n.º 6 do artigo 366.º do Código do Trabalho, na redação conferida pela presente lei, é calculada do seguinte modo:

a) Em relação ao período de duração do contrato até 30 de setembro de 2013, o montante da compensação corresponde a 20 dias de retribuição base e diuturnidades por cada ano completo de antiguidade ou é cal-culado proporcionalmente em caso de fração de ano;

b) Em relação ao período de duração do contrato a partir de 1 de outubro de 2013 inclusive, o montante da

compensação corresponde à soma dos seguintes montantes:i) A 18 dias de retribuição base

e diuturnidades por cada ano completo de antiguidade, no que respeita aos três primeiros anos de duração do contrato;

ii) A 12 dias de retribuição base e diuturnidades por cada ano com-pleto de antiguidade, nos anos subsequentes;

iii) O disposto na subalínea i) aplica-se apenas nos casos em que o contrato de trabalho, a 1 de outubro de 2013, ainda não tenha atingido a duração de três anos.

3 - Para efeitos de cálculo da parte da compensação a que se referem as alíneas b) e c) do n.º 1 e as alíneas a) e b) do n.º 2:

a) O valor da retribuição base e diuturnidades do trabalhador a con-siderar não pode ser superior a 20 vezes a retribuição mínima mensal garantida;

b) O valor diário de retribuição base e diuturnidades é o resultante da divisão por 30 da retribuição base mensal e diuturnidades;

c) Em caso de fração de ano, o mon-tante da compensação é calculado proporcionalmente.

4 - Quando da aplicação do disposto na alínea a) dos n.os 1 e 2 resulte um montante de compensação que seja:

a) Igual ou superior a 12 vezes a retri-buição base mensal e diuturnidades do trabalhador ou a 240 vezes a retribuição mínima mensal garan-tida, não é aplicável o disposto nas alíneas b) e c) do n.º 1 e b) do n.º 2;

b) Inferior a 12 vezes a retribuição base mensal e diuturnidades do trabalhador ou a 240 vezes a retri-buição mínima mensal garantida, o montante global da compensa-ção não pode ser superior a estes valores.

5 - Quando da soma dos valores pre-vistos nas alíneas a) e b) do n.º 1 resulte um montante de compensação que seja:

a) Igual ou superior a 12 vezes a retribuição base mensal e diutur-nidades do trabalhador ou a 240 vezes a retribuição mínima mensal

(Continuação da pág. anterior)

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Boletim do Contribuinte 647

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALSETEMBRO 2013 - Nº 18

garantida, não é aplicável o disposto na alínea c) do n.º 1;

b) Inferior a 12 vezes a retribuição base mensal e diuturnidades do trabalhador ou a 240 vezes a retri-buição mínima mensal garantida, o montante global da compensa-ção não pode ser superior a estes valores.

ARTIGO 7.ºContraordenações

Constitui contraordenação grave a violação do disposto nos artigos 5.º e 6.º da presente lei.

ARTIGO 8.ºRelação entre as fontes de regulação

São nulas as disposições de instru-mentos de regulamentação coletiva de trabalho celebrados antes da entrada em vigor da presente lei que prevejam montantes superiores aos resultantes do Código do Trabalho, relativas:

a) Ao disposto no n.º 2 do artigo 344.º, no n.º 4 do artigo 345.º e no artigo 366.º, ou sempre que esta dis-posição resulte aplicável, do Código do Trabalho, na redação conferida pela presente lei;

4 - A Lei nº 23/2012, de 25.6, efetuou uma nova revisão ao Código do Trabalho, tendo sido transcrita no Bol. do Contribuin-te, 2012, pág. 505.

5 - A Lei nº 47/2012, de 29.8, introduziu alterações aos arts. 68º, 69º, 70º e 82º do Código do Trabalho, referentes ao trabalho de menores, por forma a adequá-lo à Lei nº 85/2009, de 27.8, que estabeleceu o regime da escolaridade obrigatória para as crianças e jovens que se encontram em idade escolar.

As alterações ao Código do Trabalho surgiram para adaptar este diploma ao alargamento da escolaridade obrigatória para 12 anos ou até aos 18 anos de idade do aluno.

6 - A Lei nº 3/2012, de 10.1, publi-cada no Bol. do Contribuinte, 2012, pág. 95, estabeleceu um regime de renovação extraordinária dos contratos de trabalho a termo certo, bem como o regime e o modo de cálculo da compensação aplicável aos contratos objeto dessa renovação.

7 - Sobre as alterações introduzidas pela Lei nº 69/2013, de 30.8 ao Código do Trabalho pode ser consultada a informação publicada no último número do Bol. do Contribuinte, pág. 602.

8 - Refira-se, ainda, que a Lei nº 63/2013, de 27.8, transcrita no Bol. do Contribuinte, 2013, pág. 598, criou meca-nismos de combate à utilização indevida do contrato de prestação de serviços em relações de trabalho subordinado.

b) A valores e critérios de defi nição de compensação por cessação de contrato de trabalho estabelecidos no artigo anterior.

ARTIGO 9.ºNorma revogatória

1 - É revogado o n.º 4 do artigo 177.º do Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009(1), de 12 de fevereiro.

2 - São revogados o artigo 6.º e o n.º 1 do artigo 7.º da Lei n.º 23/2012(4), de 25 de junho.

ARTIGO 10.ºEntrada em vigor

A presente lei entra em vigor no dia 1 de outubro de 2013.

N.R. 1 - A Lei nº 7/2009, de 12.2, que procedeu à revisão do Código do Trabalho (retifi cada pela Declaração de Retifi cação nº 21/2009, de 18.3), foi transcrita no Bol. do Contribuinte, 2009, pág. 129.

2 - A Lei nº 105/2009, de 14.9, foi publicada no Bol. do Contribuinte, 2009, pág. 657.

3 - A Lei nº 53/2011, de 14.10, foi transcrita no Bol. do Contribuinte, 2011, pág. 700.

REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO

Compilação de sumários do Boletim do Trabalho e Emprego, 1ª Série, nºs 33, 34, e 35, de 2013

Siglase

Abreviaturas

Feder. - FederaçãoAssoc. - AssociaçãoSind. - SindicatoInd. - IndústriaDist. - DistritoCT - Comissão Técnica

CCT - Contrato Coletivo de TrabalhoACT - Acordo Coletivo de TrabalhoPRT - Port. de Regulamentação de TrabalhoPE - Port. de ExtensãoAE - Acordo de Empresas

Cortiça - Contrato coletivo entre a APCOR - As-

sociação Portuguesa da Cortiça e a FEVICCOM - Federação Portuguesa dos Sindicatos da Cons-trução, Cerâmica e Vidro e o SINDEQ - Sindicato Democrático da Energia Química, Têxtil e Indus-trias diversas (pessoal fabril) - Alteração salarial e outras/texto consolidado

(Bol. do TE, nº 34, de 15.9.2013)Fertilizantes

- Acordo de empresa entre a ADP Fertilizan-tes, S.A. e a FETESE - Federação dos Sindicatos da Indústria e Serviços - Alteração salarial e outras

(Bol. do TE, nº 35, de 22.9.2013)- Acordo de empresa entre a ADP Ferti-

lizantes, S.A. e a FIEQUIMETAL - Federação

Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêuticas, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas e outros - Alteração salarial e outras

(Bol. do TE, nº 35, de 22.9.2013)- Acordo de empresa entre a ADP Fertilizan-

tes, S.A. e o SINDEQ - Sindicato Democrático da

Energia, Química, Têxtil e Indústrias Diversas e outros - Alteração salarial e outras

(Bol. do TE, nº 35, de 22.9.2013)Leite

- Acordo coletivo entre a LACTICOOP - União das Cooperativas de Produtores de Leite de Entre Douro e Mondego, U. C. R. L., e outras e o Sindicato do Comércio, Escritórios e Serviços SINDCES/UGT - Revisão global

(Bol. do TE, nº 33, de 8.9.2013)Vidro

- Acordo de empresa entre a SAINT GOBAIN SEKURIT PORTUGAL - Vidro Automóvel, S.A. (SGPS) e a FEVICCOM - Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro - Revisão global

(Bol. do TE, nº 34, de 15.9.2013)

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Boletim do Contribuinte648

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALSETEMBRO 2013 - Nº 18

O subsído de desemprego atribu-ído aos trabalhadores independentes consiste numa prestação em dinheiro destinada a compensar a perda de rendimentos resultante da cessação involuntária do contrato de prestação de serviços com a entidade contratan-te. É necessário que os trabalhadores independentes sejam economicamente dependentes de uma única entidade contratante, residam em território na-cional e reúnam as condições de atri-buição à data da cessação do contrato de prestação de serviços.

Trabalhadores economicamente dependentes

Consideram-se economicamente dependentes os trabalhadores indepen-dentes que obtenham de uma única en-tidade contratante pelo menos 80% do valor total dos seus rendimentos anuais resultantes da atividade independente que determinem a constituição de obri-gação contributiva.

Nos termos do regime de proteção social no desemprego dos trabalha-dores independentes, a atribuição do subsídio depende da verifi cação cumu-lativa das seguintes condições:

• cessação involuntária do vínculo contratual celebrado com a enti-dade contratante;

• cumprimento do prazo de ga-rantia: 720 dias de exercício de atividade independente, econo-micamente dependente, com o correspondente pagamento efetivo de contribuições, num período de 48 meses imediatamente anterior à data da cessação involuntária do contrato de prestação de serviços;

• o trabalhador independente ter sido considerado economica-mente dependente de entidades contratantes em pelo menos dois anos civis, sendo um deles o ano imediatamente anterior ao da ces-sação do contrato de prestação de serviços;

• o trabalhador independente ser considerado economicamente dependente à data da cessação do contrato de prestação de serviços;

• encontrar-se inscrito no centro de emprego da área de residência, para efeitos de emprego.

Para a verificação do prazo de garantia, não são considerados os períodos de registo de remunerações relativos a situações de: equivalência resultantes da concessão do subsídio por cessação de atividade e coexistên-cia de subsídio parcial por cessação de atividade e exercício de atividade profi ssional por conta de outrem ou independente.

Não têm direito à proteção no de-semprego os benefi ciários que, à data da cessação involuntária do contrato de prestação de serviços, tenham idade legal de acesso à pensão de velhice, desde que cumprido o respetivo prazo de garantia.

Modo de pagamentoNo que se refere ao modo de paga-

mento, importa notar que o montante do subsídio por cessação de atividade pode ser pago por uma só vez, no caso de o benefi ciário apresentar, no centro de emprego, projeto de criação do próprio emprego e este ser aprovado.

O beneficiário que criar o seu próprio emprego não pode acumular o exercício dessa atividade com outra normalmente remunerada durante o período em que é obrigado a manter a atividade inerente à criação do seu emprego.

Por seu lado, o montante do subsí-dio por cessação de atividade pode ser pago parcialmente de uma só vez, se o benefi ciário apresentar projeto de cria-ção do próprio emprego e as despesas elegíveis não ultrapassem o valor do montante único.

Nesta situação o benefi ciário conti-nua a receber o subsídio por cessação de atividade correspondente à parte res-tante que não foi paga de uma só vez.

Nos casos de pagamento global ou parcial do subsídio por cessação de atividade, se o benefi ciário não cum-prir injustifi cadamente as obrigações decorrentes da aprovação do projeto de criação do próprio emprego ou aplicar o montante do subsídio em fi ns diferentes daquele a que se destinava fi ca sujeito:

- à restituição das prestações de desemprego indevidamente pagas;

- à aplicação de contraordenação;- a processo-crime.

RequerimentosOs modelos de requerimento das

prestações de desemprego, bem como de declaração de situação de desem-prego involuntário foram publicados pelo Despacho nº 819/2013, de 15.1 (2ª série do DR):

• Requerimento de prestações de desemprego - Modelo RP 5062 – DGSS (preenchido online pelo funcionário do centro de empre-go);

• Declaração de situação de desem-prego - Modelo RP 5064 - DGSS.

Aquele despacho estabelece que o reconhecimento do direito ao subsídio por cessação de atividade depende da apresentação de requerimento instruí-do com informação comprovativa da situação de cessação involuntária do contrato de prestação de serviços (mo-tivo da cessação do contrato: iniciativa da entidade contratante).

Prazo para requererO requerimento das prestações de

desemprego deve ser preenchido no prazo de 90 dias consecutivos a contar da data do desemprego por cessação do contrato de prestação de serviços e terá de ser precedido de inscrição para emprego no centro de emprego.

Nota: a entrega do requerimento depois do prazo de 90 dias, mas durante o período legal de concessão do subsí-dio, determina a redução no respetivo período de atribuição, pelo tempo cor-respondente ao atraso verifi cado.

(Decreto-Lei nº 65/2012, de 15.3 - Bol. do Contrib., 2012, pág. 272, com as alterações do Decreto-Lei nº 13/2013, de 25.1; Despacho nº 819/2013, de 15.1 - 2ª série do DR)

TRABALHADORES INDEPENDENTESRegras sobre a atribuição do subsídio de desemprego

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Boletim do Contribuinte 649

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALSETEMBRO 2013 - Nº 18

A Portaria nº 286-A/2013, de 16.9, procedeu à criação da medida Incentivo Emprego, que consiste na atribuição de um apoio fi nanceiro correspondente a 1% da retribuição mensal do trabalhador, valor relevante para efeitos de incidência da taxa contributiva devida à Segurança Social (inclui, nomeadamente, subsídios e prémios atribuídos com regularidade).

O apoio fi nanceiro é reportado ao período compreendido entre o início da execução de cada contrato de trabalho (sempre após 1 de outubro de 2013) e 30 de setembro de 2015 ou a data de cessação do contrato, conforme a que se verifi que em primeiro lugar.

Embora a nova portaria não o refi ra, o novo incentivo, a aplicar aos novos contratos a termo e por tempo indetermi-nado celebrados a partir de 1 de outubro, destina-se a compensar as empresas dos encargos relacionados com o pagamento dos fundos de compensação do trabalho (FCT) e de garantia de compensação do trabalho (FGCT), para pagamento da compensação a atribuir aos trabalhadores pela eventual cessação do contrato de trabalho.

Assim, com esta medida o Governo acaba por anular os custos adicionais que as empresas vão ter com novos contratos, uma vez que já no próximo mês de ou-tubro entram em vigor tais Fundos que exigirão, no total, um desconto de 1% às empresas (o FCT corresponde a 0,925% da retribuição base e diuturnidades de-vidas a cada trabalhador abrangido, e o FGCT a 0,075% de tais montantes).

O FCT e o FGCT são fundos desti-nados a assegurar o direito dos trabalha-dores ao recebimento efetivo de metade

do valor da compensação devida por cessação do contrato de trabalho, desig-nadamente por despedimento coletivo, extinção de posto de trabalho, ou por caducidade do contrato a termo (cfr. Bol. do Contrib., 2013, pág. 602).

Âmbito de aplicaçãoBenefi ciam do novo apoio os em-

pregadores que celebrem contratos de trabalho regulados pelo Código do Tra-balho, aplicando-se ainda às empresas de trabalho temporário, qualquer que seja a duração do contrato celebrado com o trabalhador temporário. No entanto, fi cam excluídos da aplicação da nova portaria os empregadores que celebrem contratos de trabalho de muito curta du-ração, previstos no art. 142º do Código do Trabalho, e todos os órgãos e servi-ços da administração central, regional e local, bem como os institutos públicos.

Requisitos de atribuiçãoO incentivo fi nanceiro é atribuído

aos empregadores que preencham os seguintes requisitos cumulativos:

- situação contributiva regularizada perante a administração fi scal e a segurança social;

- situação regularizada em matéria de restituições no âmbito do fi nancia-mento do Fundo Social Europeu;

- não se encontrar em situação de incumprimento relativamente a apoios fi nanceiros atribuídos pelo Instituto do Emprego e Formação Profi ssional (IEFP);

- não se encontrar em incumprimento no que se refere às entregas devidas no âmbito do regime do fundo de compensação do trabalho, do meca-

nismo equivalente e do fundo de ga-rantia de compensação do trabalho, previstos na Lei nº 70/2013, de 30.8;

- dispor de contabilidade organizada de acordo com o previsto na lei.

Tais requisitos devem estar reunidos no momento de formalização da candi-datura e durante o período em que se ve-rifi que a atribuição do apoio fi nanceiro.

Candidatura ao incentivoPara efeitos de obtenção do apoio

fi nanceiro, o empregador apresenta a candidatura ao incentivo no momento da formalização da admissão do trabalhador na Segurança Social.

A candidatura exige a formalização online da admissão do trabalhador, no sítio eletrónico do Serviço Segurança Social Direta em www.seg-social.pt

Pagamento do apoio fi nanceiroO pagamento do apoio financeiro

é efetuado trimestralmente, nos prazos seguintes:

- até ao dia 30 de abril, relativamente ao trimestre correspondente aos meses de janeiro, fevereiro e março;

- até ao dia 31 de julho, quanto ao trimestre correspondente aos meses de abril, maio e junho;

- até ao dia 31 de outubro, no que se refere ao trimestre que abrange os meses de julho, agosto e setembro;

- até ao dia 31 de janeiro, relativa-mente ao trimestre que inclui os meses de outubro, novembro e dezembro.

Cumulação de apoiosO incentivo pode ser cumulável com

outros apoios ao emprego aplicáveis ao mesmo posto de trabalho, cuja atribuição esteja dependente de condições inerentes aos trabalhadores contratados.

(Cfr. Port. nº 286-A/2013, de 16.9, na pág. 641 deste número)

MEDIDA “INCENTIVO EMPREGO” PARA CONTRATOS CELEBRADOS

A PARTIR DE 1 DE OUTUBRO

www.BoletimdoContribuinte.ptA informação fi scal na Internet.

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Boletim do Contribuinte650

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALSETEMBRO 2013 - Nº 18

Foram recentemente aprovadas pelo Executivo alterações a propor à Assembleia da República para adequar as duas normas do novo regime de re-qualifi cação dos funcionários públicos, constante do Decreto nº 177/XII, que foram consideradas inconstitucionais pelo Acórdão do Tribunal Constitucio-nal nº 474/2013, publicado no Diário da República de 17.9.

No que se refere ao artigo respei-tante aos motivos para colocar traba-lhadores em requalifi cação, além dos já previstos na lei em vigor, o Governo acrescentou o motivo de desequilíbrio económico-financeiro estrutural e permanente do órgão ou serviço. Esta situação será obrigatoriamente demons-trada e fundamentada num relatório que será sujeito a parecer técnico da entidade responsável pela gestão do programa orçamental do serviço, e a posterior aprovação pelo membro do Governo competente. Quanto à outra norma objeto de declaração de incons-titucionalidade, relativa à cessação do vinculo laboral à administração pública dos trabalhadores em requalifi cação que não tenham sido colocados em funções após os 12 meses, o Governo introduziu várias alterações:

- determinou que nos primeiros 12 meses da requalifi cação - fase destinada a reforçar as capacidades profi ssionais do trabalhador -, terão os mesmos direito a uma remune-ração de 60% do seu salário, com limite máximo de 3 IAS (1257,66 euros);

- criou uma nova fase (2ª fase) sem termo pré-defi nido para os que não forem colocados durante os 12 meses da 1ª fase da requalifi cação. Estes trabalhadores, manterão o vínculo ao Estado e terão prefe-rência nos concursos internos e externos para a Administração

Pública, passando a receber 40% do salário, tendo como limites in-ferior o salário mínimo (485 euros) e superior o valor correspondente a dois indexantes de apoios sociais – IAS (838,44 euros);

- estabeleceu que os trabalhadores em requalifi cação podem, a qual-quer momento, pedir rescisão por mútuo acordo recebendo um salá-rio por cada ano de serviço;

- estipulou que os trabalhadores na segunda fase da requalificação podem exercer atividade no setor privado, sem necessidade de auto-rização prévia, mas com dever de comunicar, uma vez que a remune-ração do setor privado que exceda o salário mínimo abaterá no salário pago pelo Estado. Refi ra-se que, nos primeiros 12 meses de requali-fi cação, a acumulação com funções privadas depende de autorização do respetivo ministério.

Segundo o Governo, para além da necessidade de resolver as questões de constitucionalidade, as novas propostas têm por objetivos:

- investir na formação e capacitação dos trabalhadores da Administra-ção Pública, superando disfun-ções existentes ao concentrar a coordenação do programa numa única entidade e ao criar um plano de formação efetivo e ajustado às características de cada trabalhador e às necessidades dos serviços;

- contribuir para a resolução das difi culdades fi nanceiras estruturais do Estado, dado não ser possível assegurar as funções do Estado sem uma Administração Pública mais efi ciente e sustentável;

- racionalizar o funcionamento da Administração Pública, promo-vendo a adaptação do Estado e dos seus serviços para uma melhor

resposta às necessidades atuais dos cidadãos.

Regime de mobilidade especial ainda em vigor

A colocação de funcionários públi-cos em situação de mobilidade especial acontece na sequência da reestruturação, fusão, extinção de serviços públicos ou racionalização de efetivos.

A mobilidade especial compreende 3 fases:

• fase de transição, que decorre du-rante o prazo de 60 dias, seguidos ou interpolados, após a colocação do funcionário ou agente em situação de mobilidade especial. Esta fase destina-se a permitir que o trabalhador reinicie funções sem necessidade de proceder à frequência de ações de formação profi ssional que o habilitem a esse reinício;

• fase de requalifi cação, que decor-re durante o prazo de 10 meses, seguidos ou interpolados, após terminada a fase de transição. Esta fase visa reforçar as capacidades profi ssionais do funcionário, crian-do melhores condições de empre-gabilidade e de reinício de funções;

• fase de compensação, que decorre por tempo indeterminado, após terminada a fase de requalifi ca-ção. Esta fase tem por objetivo apoiar o funcionário cujo reinício de funções não tenha ocorrido em fases anteriores, podendo envolver a frequência de ações de formação profi ssional, em especial se inse-ridas em procedimentos concretos de seleção para reinício de funções em serviço.

Relativamente à remuneração au-ferida em cada fase, importa reter que durante a transição, o funcionário recebe 100% do seu vencimento base. No perí-odo de requalifi cação recebe o equiva-lente a 84% e, quando passa à fase da compensação, passa a ganhar 66% da retribuição base que auferia no serviço de origem, não podendo tal montante ser inferior ao valor do salário mínimo.

REGIME DE REQUALIFICAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS

Governo altera normas declaradas inconstitucionais

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Boletim do Contribuinte 651SETEMBRO 2013 - Nº 18

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SETEMBRO 2013 - Nº 18

Boletim do Contribuinte652

1 - Transcrito neste número.

1.ª SÉRIE - DIÁRIO DA REPÚBLICA - SETEMBRO/2013

COMPILAÇÃO DE SUMÁRIOS - 2ª QUINZENA (De 1 a 13 de setembro de 2013)

R. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c - 4000-263 PortoTelf. 223 399 400 • Fax 222 058 098

www.boletimdocontribuinte.ptImpressão: Uniarte Gráfica, S.A.Nº de registo na DGCS 100 299

Depósito Legal nº 33 444/89

Boletim do ContribuinteEditor: João Carlos Peixoto de Sousa

Proprietário: Vida Económica - Editorial, S.A.

Açores e MadeiraLei Orgânica n.º 2/2013, de 2.9 - Aprova a

Lei das Finanças das Regiões AutónomasAmbiente - Remoção de resíduos perigosos

Resol. do Cons. de Min. n.º 58/2013, de 9.9 - Delega no Ministro do Ambiente, Orde-namento do Território e Energia a competência para a prática dos atos decorrentes da Resol. do Cons. de Min. n.º 89/2012, de 29 de outubro, que autorizou a realização da despesa com a aquisição de serviços de remoção de resíduos perigosos depositados nas escombreiras das antigas minas de carvão de São Pedro da Cova, em GondomarAutarquias locais

Lei n.º 73/2013, de 3.9 - Estabelece o regime financeiro das autarquias locais e das entidades intermunicipais

Lei n.º 75/2013, de 12.9 - Estabelece o regime jurídico das autarquias locais, aprova o estatuto das entidades intermunicipais, es-tabelece o regime jurídico da transferência de competências do Estado para as autarquias locais e para as entidades intermunicipais e aprova o regime jurídico do associativismo autárquicoCódigo da Estrada

Lei n.º 72/2013, de 3.9 - Décima terceira alteração ao Código da Estrada, aprovado pelo DL n.º 114/94, de 3 de maio, e primeira alteração ao DL n.º 44/2005, de 23 de fevereiroConstrução

DL n.º 130/2013, de 10.9 - Assegura a exe-cução na ordem jurídica interna das obrigações decorrentes do Regulamento (UE) n.º 305/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 9 de março de 2011, que estabelece condições har-monizadas para a comercialização dos produtos de construção e que revoga a Diretiva 89/106/CEE do Conselho, de 21 de dezembro de 1988Convenções

Dec. do Pres. da Rep. n.º 100/2013, de 9.9 - Ratifica o Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança Relativo à Insti-tuição de Um Procedimento de Comunicação, adotado em Nova Iorque em 19 de dezembro de 2011

Resol. da Assembl. da Rep. n.º 134/2013, de 9.9 - Aprova o Protocolo Facultativo à Con-venção sobre os Direitos da Criança Relativo à Instituição de Um Procedimento de Comu-nicação, adotado em Nova Iorque em 19 de dezembro de 2011Cultura

DL n.º 132/2013, de 13.9 - Estabelece o regime de constituição e funcionamento do Conselho Nacional de Cultura e das suas secções especializadasEnsino

Aviso n.º 90/2013, de 2.9 - Torna público o depósito, junto da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), de várias notificações de sucessão à Convenção relativa à Luta Contra a Discrimina-ção no Campo do Ensino, adotada em Paris, na 11.ª Sessão da Conferência Geral da UNESCO, em 14 de dezembro de 1960

Resol. do Cons. de Min. nº 57-B/2013, de 6.9 – (Supl.) - Autoriza a realização da despesa com a aquisição de serviços de fornecimento de refeições em refeitórios escolares dos estabe-lecimentos de educação do continente, no ano letivo de 2013-2014Entidades intermunicipais

Lei n.º 75/2013, de 12.9 - Estabelece o regime jurídico das autarquias locais, aprova o estatuto das entidades intermunicipais, estabelece o regime jurídico da transferência de competên-cias do Estado para as autarquias locais e para as entidades intermunicipais e aprova o regime jurídico do associativismo autárquicoEstabelecimentos prisionais

Port. n.º 286/2013, de 9.9 - Define a estrutura orgânica, o regime de funcionamento e as competências dos órgãos e serviços dos estabelecimentos prisionaisFarmácias de oficina

DL n.º 128/2013, de 5.9 - Procede à oitava alteração ao DL n.º 176/2006, de 30 de agosto, que estabelece o regime jurídico dos medicamen-tos de uso humano, à quarta alteração ao DL n.º 307/2007, de 31 de agosto, que estabelece o re-gime jurídico das farmácias de oficina, e à primeira alteração ao DL n.º 20/2013, de 14 de fevereiro, transpondo as Diretivas n.os 2009/35/CE, de 23 de abril de 2009, 2011/62/UE, de 8 de junho de 2011, e 2012/26/UE, de 25 de outubro de 2012Incentivos – politicas de emprego e quali-ficação

DL n.º 131/2013(1), de 11.9 - Procede à segunda alteração ao DL n.º 290/2009, de 12 de outubro, alargando a entidades de natureza pública alguns dos apoios para o desenvolvimento das políticas de emprego e apoio à qualificação das pessoas com deficiência e incapacidadeLei das Finanças das Regiões Autónomas

Lei Orgânica n.º 2/2013, de 2.9 - Aprova a Lei das Finanças das Regiões AutónomasPrivatizações – Correios de Portugal

DL n.º 129/2013, de 6.9 - Aprova o pro-cesso de privatização da CTT - Correios de Portugal, S. A.Saúde e medicamentos

DL n.º 128/2013, de 5.9 - Procede à oitava alteração ao DL n.º 176/2006, de 30 de agosto, que estabelece o regime jurídico dos medicamen-tos de uso humano, à quarta alteração ao DL n.º 307/2007, de 31 de agosto, que estabelece o re-gime jurídico das farmácias de oficina, e à primeira alteração ao DL n.º 20/2013, de 14 de fevereiro, transpondo as Diretivas n.os 2009/35/CE, de 23 de abril de 2009, 2011/62/UE, de 8 de junho de 2011, e 2012/26/UE, de 25 de outubro de 2012

Saúde – terapêuticas não convencionaisLei n.º 71/2013, de 2.9 - Regulamenta a Lei

n.º 45/2003, de 22 de agosto, relativamente ao exercício profissional das atividades de aplicação de terapêuticas não convencionaisSeguradoras

Resol. do Cons. de Min. nº 57-C/2013, de 6.9 – (Supl.) - Determina a admissão dos potenciais investidores de referência que proce-deram à apresentação de intenções de aquisição a participar na fase subsequente do processo de venda por venda direta de referência no âmbito do processo de reprivatização das empresas seguradoras do grupo Caixa Geral de DepósitosTrabalho e Segurança Social

DL n.º 131/2013 (1), de 11.9 - Procede à segunda alteração ao DL n.º 290/2009, de 12 de outubro, alargando a entidades de natureza pú-blica alguns dos apoios para o desenvolvimento das políticas de emprego e apoio à qualificação das pessoas com deficiência e incapacidadeTribunal Arbitral do Desporto

Lei n.º 74/2013, de 6.9 - Cria o Tribunal Arbitral do Desporto e aprova a respetiva leiUnião Europeia - cooperação

Dec. do Pres. da Rep. n.º 107/2013, de 13.9 - Ratifica o Acordo de Parceria e Coope-ração entre a União Europeia e os Seus Estados--Membros, por um lado, e a República do Iraque, por outro, incluindo os anexos I a IV, assinado em Bruxelas em 11 de maio de 2012

Dec. do Pres. da Rep. n.º 108/2013, de 13.9 - Ratifica o Acordo-Quadro Global de Parceria e Cooperação entre a União Europeia e os seus Estados-Membros, por um lado, e a República Socialista do Vietname, por outro, assinado em Bruxelas em 27 de junho de 2012

Resol. da Assembl. da Rep. n.º 135/2013, de 13.9 - Aprova o Acordo sobre o Espaço de Aviação Comum entre a União Europeia e os seus Estados-Membros e a República da Moldo-va, assinado em Bruxelas em 26 de junho de 2012

Resol. da Assembl. da Rep. n.º 136/2013, de 13.9 - Aprova o Acordo entre a República Portuguesa e a Corporação Andina de Fomento sobre Privilégios e Imunidades, assinado em Lisboa em 30 de novembro de 2009

Resol. da Assembl. da Rep. n.º 137/2013, de 13.9 - Aprova o Acordo de Parceria e Cooperação entre a União Europeia e os seus Estados-Membros, por um lado, e a República do Iraque, por outro, incluindo os Anexos I a IV, assinado em Bruxelas em 11 de maio de 2012

Resol. da Assembl. da Rep. n.º 138/2013, de 13.9 - Aprova o Acordo-Quadro Global de Parceria e Cooperação entre a União Europeia e os seus Estados-Membros, por um lado, e a República Socialista do Vietname, por outro, assinado em Bruxelas a 27 de junho de 2012

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IBoletim do Contribuinte

SETEMBR

E

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Boletim do ContribuinteII

Participação sem custos para empresas com resultados negativos e desempregados.No âmbito da sua política de responsabilidade social, nas ações de formação a Vida Económica criou uma quota de inscrições gratuitas para os assinantes empresas com resultados negativos ou individuais em situação de desemprego. Para beneficiar desta oferta até ao limite dos lugares disponíveis, deverá enviar uma cópia da última Declaração mod. 22, ou uma cópia do comprovativo da situação de desemprego, emitida pelo IEFP.

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O ESSENCIAL SOBRE O IVA Analisado numa perspetiva prática

Lisboa9 outubroPORTO18 outubroHorário: (7 horas)9h30 às 18h

Formador: Dr. Duarte Travanca: Licenciado em Economia pela Faculdade de Economia do Porto (FEP). Pós-graduado em Fiscalidade pelo ISAG. Docente da disciplina de Tópicos Avançados de Fiscalidade em várias edições do Mestrado da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, integrada no Mestrado de Contabilidade e Finanças. É professor convidado da Universidade Católica do Porto, onde leciona disciplinas / módulos relacionados com a fiscalidade. É formador de IVA do Centro de Formação da Autoridade Tributária para o Distrito de Lisboa. Tem vários artigos publicados nas áreas da Fiscalidade e é autor de vários manuais sobre o IVA. Pertence ao quadro da Inspeção Tributária e exerce a atividade de Inspetor na Unidade dos Grandes Contribuintes - Grandes empresas do setor da construção.

PROGRAMA: I) Código do IVA: - Aspetos caraterizadores do imposto - Sujeitos passivos de IVA e “reverse charge” - IVA na construção civil e no imobiliário - Regras de localização das transmissões de bens e das prestações de serviços - Facto gerador e exigibilidade - Operações com as Regiões Autónomas - Obrigações declarativas - Regimes e enquadramentos em IVA II) Regime do IVA nas Transações Intracomunitárias de bens (RITI): - Aspetos genéricos - Aquisições e transmissões intracomunitárias de bens - Aquisição de meios de transporte - Regime derrogatório das aquisições intracomunitárias de bens - Bens com instalação ou montagem - Regime das vendas à distância - Operações triangulares - Falsas triangulares - Isenções nas importações de bens destinados a outros Estados Membros III) Outros: - Regime de reembolsos de IVA a não residentes - Declaração recapiulativa de IVA - Actualizações decorrentes do OE/2013;- Novas regras de facturação em vigor após 01 de Janeiro de 2013 (na

perspectiva do CIVA).

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IIIBoletim do Contribuinte

UM GUIA PRÁTICO

essencial a dirigentes de organiza-ções de economia social (associa-

ções, fundações, IPSS, cooperativas, etc.) e a entidades que se relacio-

nam com estas organizações (TOC, ROC, serviços de consultoria, advo-

gados, entre outros). Reg

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Solicito o envio de exemplar(es) do livro A Fiscalidade e as Organizações de Economia Social, com o PVP unitário de 20€.

Para o efeito envio cheque/vale nº , s/ o , no valor de € ,

Solicito o envio à cobrança. (Acrescem 4€ para despesas de envio e cobrança).

ASSINATURA

Autoras: Filipa Moreira Ribeiro e Sofia Ferreira dos Santos

Páginas: 208

P.V.P.: € 20

(recortar ou fotocopiar)

R. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c

4000-263 PORTO

http://livraria.vidaeconomica.pt

Um manual prático essencial.

Conheça as normas fiscais (IRC, IVA, IRS, IUC, IMI, IMT, SS) relevantes para as organi-zações de economia social. Inclui vários exemplos e esquemas para maior facilidade na compreensão das matérias.

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Boletim do ContribuinteIV

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C. Postal

E-mail Nº Contribuinte

Solicito o envio de exemplar(es) do livro Novo Regime do Arrendamento Urbano, com o PVP unitário de 22€.

Para o efeito envio cheque/vale nº , s/ o , no valor de € ,

Solicito o envio à cobrança. (Acrescem 4€ para despesas de envio e cobrança).

ASSINATURA

Autores: Manteigas Martins, Carlos Navais, Carla Santos Freire e José M. Raimundo

Páginas: 368

P.V.P.: € 22

(recortar ou fotocopiar)

R. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c

4000-263 PORTO

A estrutura adotada, as notas e comentários vão facilitar a melhor compreensão da

matéria do Arrendamento no seu conjunto.

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As recentes alterações introduzidas ao Regime do Arrendamento Urbano determinaram a organização da presente coletânea de legislação, que integra o Regime da Locação, o Regime do Arrendamento Urbano, as alterações ao Código de Processo Civil, ao Código do Imposto Municipal sobre Imóveis, ao Estatuto dos Benefícios Fiscais e ao Código do Registo Predial, bem como os diplomas complementares ao Regime do Arrendamento Urbano.