28
Comunicação do Risco Segurança Alimentar Workshop agricultura sustentável 04/10/2011 Cuiaba-MT Prof. Dr. Angelo Zanaga Trapé ASA/DMPS/FCM/UNICAMP [email protected] Tel: 0xx19-35218949

Comunicação do Risco Segurança Alimentar fileComunicação do Risco Segurança Alimentar ... Mixed Roasted Nuts aflatoxin, furfural Green Salad Tossed Lettuce and Arugula with Basil-Mustard

Embed Size (px)

Citation preview

Comunicação do Risco

Segurança Alimentar

Workshop agricultura sustentável

04/10/2011

Cuiaba-MT

Prof. Dr. Angelo Zanaga Trapé

ASA/DMPS/FCM/UNICAMP

[email protected]

Tel: 0xx19-35218949

Risco= Toxicidade x Exposição

Exposição= Absorção do praguicida

Intensidade da absorção

Vias de absorção

Tempo de absorção= Intensidade do efeito

Tipo de efeito= agudo ou crônico

A dose é fundamental

Segurança Alimentar

O efeito depende:

Tipo de Praguicida

Tempo de Exposição

Tipo de Exposição

Tipo de População- genética

Dose absorvida

Dose- Resposta

Segurança Alimentar

Segurança Alimentar

Grupos Populacionais Expostos:

Agricultores/ Meeiros/trabalhadores rurais

Trabalhadores de empresas de desinsetização

Trabalhadores de combate a zoonoses

População em Geral:

Acidentes

Tentativas de suicídio/homicídio

Alimentos Contaminados

Segurança Alimentar

Efeito Observado- OEL

Efeito Adverso Observado-OAEL

Identificar um efeito transitório não significa

necessariamente um efeito adverso

Ex: Elevação de enzimas hepáticas

Irritação de mucosa conjuntival

Identificar um efeito permanente significa efeito

adverso que pode ser crônico

Ex: neuropatia sensitivo-motora por OP

Segurança Alimentar

Avaliação de indivíduo exposto:

História clínica

Quadro sintomatológico deve ser a expressão de algum efeito adverso detectado

Anamnese ocupacional

Exame físico com neurológico: equilíbrio, marcha, força, reflexos, movimentos

Exames complementares:

Dosagem das colinesterases

Marcadores de efeito

Procedimentos especializados s/n

Diagnósticos:

Exposição; curto, médio e longo prazos

Contaminação

Intoxicação aguda

Efeitos adversos:

Hematológico, renal, hepático, dermatológico, neurológico, gastrointestinal

Os efeitos podem ou não ser crônicos dependendo da permanência do mesmo e da evolução do paciente

Segurança Alimentar

Condutas:

Afastamento da exposição- dificuldades

trabalhistas

Tratamento terapeutico

Contra- referência ao nível local

Busca Ativa

Segurança Alimentar

Experiência da Unicamp:

8 anos- 6.500 pessoas triadas em trabalho de campo

Média de tempo de exposição: 18 anos

20% - critérios p/ avaliação ambulatorial

10 %- efeitos relacionados à exposição

90%- exposição de longo prazo, sem impactos

PEA- 20 milhões- agropecuária

Segurança Alimentar

Segurança Alimentar

Atendimento no Ambulatório de

Toxicologia do HC-Unicamp;

Agricultores: 95 %

Intencional:5%

Alimentar: 0 %

Atendimento do CCI- internação: 2007-

2010

Intencional: 100%

Ocupacional: 0 %

15

Dentre as vantagens da utilização de alimentos orgânicos pode citar-se:

- Prevenção de doenças relacionadas a agrotóxicos, antibióticos e anabolizantes;

- Menor risco de desenvolvimento de cânceres;

- Maior valor nutricional dos alimentos; - Conservação do meio ambiente;

- Aumento da renda de pequenos produtores;

- Incentivo ao cultivo familiar;

PARA !

16

Day Menu

AppetizersCream of Mushroom Soup

hydrazines

Fresh Relish Tray

Carrots

aniline, caffeic acid

Cherry Tomatoes

benzaldehyde, caffeic acid, hydrogen peroxide, quercetin glycosides

Celery

caffeic acid, furan derivatives, psoralens

Assorted Nuts

Mixed Roasted Nuts

aflatoxin, furfural

Green Salad

Tossed Lettuce and Arugula with Basil-Mustard Vinaigrette

allyl isothiocyanate, caffeic acid, estragole, methyl eugenol

Mariela’sNatural, organic and

safety restaurant

17

Entrees

Roast Turkey

heterocyclic amines

Bread Stuffing (with onions, celery, black pepper & mushrooms)

acrylamide, ethyl alcohol, benzo(a)pyrene, ethyl carbamate, furan derivatives, furfural,

dihydrazines, d-limonene, psoralens, quercetin glycosides, safrole

Cranberry Sauce

furan derivatives

or

Prime Rib of Beef with Parsley Sauce

benzene, heterocyclic amines, psoralens

Vegetables

Broccoli Spears

allyl isothiocyanate

Baked Potato

ethyl alcohol, caffeic acid

Sweet Potato

ethyl alcohol, furfural

Rolls with Butter

acetaldehyde, benzene, ethyl alcohol, benzo(a)pyrene, ethyl carbamate, furan derivatives,

furfural

18

DessertsPumpkin Pie

benzo(a)pyrene, coumarin, methyl eugenol, safrole

Apple Pie

acetaldehyde, caffeic acid, coumarin, estragole, ethyl alcohol, methyl eugenol, quercetin

glycosides, safrole

Fruit Tray

Fresh Apples, Grapes, Mangos, Pears, Pineapple

acetaldehyde, benzaldehyde, caffeic acid, d-limonene, estragole, ethyl acrylate, quercetin

glycosides

BeveragesRed Wine, White Wine

ethyl alcohol, ethyl carbamate

Coffee

benzo(a)pyrene, benzaldehyde, benzene, benzofuran,

caffeic acid, catechol, 1,2,5,6-dibenz(a)anthracene,

ethyl benzene, furan, furfural, hydrogen peroxide,

hydroquinone, d-limonene, 4-methylcatechol

Tea

benzo(a)pyrene, quercetin glycosides

Jasmine Tea

benzyl acetate

Segurança Alimentar

Resultados de análises de resíduos de

praguicidas em alimentos:

PARA- ANVISA

CEAGESP- PNCRC-MINISTÉRIO da

AGRICULTURA;

Resultados insatisfatórios: significado

Problema fitossanitário- extensão de uso

Níveis são muito baixos: LMRs

Baixa preocupação em saúde pública

Segurança Alimentar

Dados do PNCRC/CEAGESP: 2009/10

450 amostras de Melão, manga, abacaxi,

batata, uva, maçã, mamão, tomate

2/3 das amostras- detectados 1/3 não

90% abaixo do LMR, 4% acima do LMR

6% não autorizados para a cultura porém

todos registrados no país e em uso em

outras culturas

Fonte: Engº. Agron. Ossir Gorenstein

Segurança alimentar

Dados do PARA-ANVISA de 2009

3.130 amostras- 29% insatisfatórias:

2,8% acima do LMR, 23,8% NA

Batata: 165 amostras 1,2% NA e 0,0%

acima do LMR

Cenoura: 165 amostras 24,8%NA e 0,0%

acima do LMR

Pimentão: 165 amostras 64,8% NA, 3%

acima do LMR

Segurança AlimetarTABELA 1. RESULTADOS GERAIS DAS ANALISES DE AGROTOXICOS - 2009/2010

CEAGESP-SECQH/MAPA-SDA-PNCRC

Produtos Numero Amostras SD Amostras CD Numero de detecções de residuos Detec/

coletados amostras Numero % Numero % < LMR % >LMR % SR %

TOTA

L Amostra

Abacaxi 30 21 70 9 30 3 30 5 50 2 20 10 0,3

Alface 30 14 47 16 53 14 54 4 15 8 31 26 0,9

Banana 30 16 53 14 47 26 100 26 0,9

Batata 30 18 60 12 40 12 100 12 0,4

Limão 30 9 30 21 70 33 92 3 8 36 1,2

Maçã 90 9 10 81 90 183 97 3 2 3 2 189 2,1

Mamão 90 10 11 80 89 159 91 10 6 5 3 174 1,9

Manga 15 11 73 4 27 3 75 1 25 4 0,3

Melão 30 24 80 6 20 3 50 3 50 6 0,2

Morango 30 9 30 21 70 25 71 10 29 35 1,2

Tomate 30 5 17 25 83 63 98 1 2 64 2,1

Uva 15 9 60 6 40 6 100 0 6 0,4

TOTAL 450 155 34 295 66 530 90 22 4 36 6 588 1,3

Notas explicativas:

Abreviaturas:

SD: Sem detecção de residuos; CD: Com detecção de residuos;

<LMR=abaixo do Limite Maximo de Residuos;

>LMR=acima do Limite Maximo de Residuos;

SR=Sem registro para a cultura.

FONTE: SIRAH - Sistema de Informações de Resíduos de Agrotóxicos em Horticultura.

Seção do Centro de Qualidade Hortigranjeira - SECQH/CEAGESP

Eng. Agro. Ossir Gorenstein - 22/09/2010.

Segurança Alimentar

Alimentos orgânicos

Tem valor nutritivo

Tem sabor

Tem segurança- E. coli

Acesso da população:

Classes A, B

Capacidade de produção

limitada

Tem relevância- focal

Alimentos tradicionais

Tem valor nutritivo

Tem sabor

Tem segurança

Acesso da população:

Todas as classes

Capacidade de produção

mundial

Tem relevância- ampla

24

Risco Zero

ou

Risco Aceitável ?

25

O que é risco aceitável?

26

“Segurança e Saúde”. . . A ausência completa de risco é um

objetivo inatingível. Segurança e saúde estão relacionadas com o nível de risco, que

a sociedade considera como razoável no contexto e em comparação com outros riscos

da vida diária.

Fonte: FAO/WHO Expert Consultation, January 1997

27

•A precepção do risco, assim como o seu

entendimento pelos leigos, quase sempre

leva em consideração o interesse

individual.

O avaliador do risco deve

considerar o coletivo !

Segurança Alimentar

“ Quando a Ideologia entra pela porta

de uma instituição, a Ciência sai pela

janela”

Prof. Dr. Zeferino Vaz, médico

idealizador e fundador da UNICAMP