COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL - CEPEVV

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Manuel de Comunicação Empresarial

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Chame o contadorCom as mudanas no Cdigo Civil, contadores e tcnicos em contabilidade vo ganhar visibilidade dentro e fora das empresas

Est chegando a hora de contadores e tcnicos em contabilidade reverem seus conceitos. A profisso, uma das mais antigas do mundo, passa por uma verdadeira revoluo no Brasil. A transformao comeou em janeiro, quando entrou em vigor o novo Cdigo Civil brasileiro. A nova legislao, se no reinventou a contabilidade, fortaleceu a carreira de contabilista. Daqui para a frente deve promover a criao de novos postos de trabalho nas empresas limitadas (de capital fechado) e estabelecer novas responsabilidades para quem assina os livros-caixa. O balano, pelas novas regras, transformou-se numa pea capaz de enquadrar criminalmente o contador, o administrador e os scios. Eles sero obrigados a cobrir com seus prprios bens os prejuzos causados por fraudes. Embora o prazo determinado para as empresas brasileiras se adaptarem aos novos procedimentos contbeis e societrios seja de um ano, isto , at janeiro de 2004, j se tem como certa a valorizao profissional do contador a partir de agora. Afinal, necessrio colocar a casa em ordem ainda no perodo de adaptao. Segundo especialistas da rea, isso vai ajudar a acabar com aquela idia de que o contador um mero "despachante". Ou seja, algum que apenas registra os atos e fatos da empresa, um burocrata, um emissor de notas que surge na histria sempre depois das aes da companhia. Um profissional sem voz para dar palpites nem fora para evitar deslizes administrativos e financeiros. O presidente do Conselho Regional de Contabilidade (CRC) de So Paulo, Pedro Ernesto Fabri, ratifica as esperanas de milhares de contadores brasileiros. "Todos sero beneficiados quando terminarmos de consertar o avio, um trabalho que comeou em pleno vo", brinca. "Faltam ainda alguns ajustes de terminologia da lei, mas a essncia do novo Cdigo altamente favorvel nossa profisso", garante Fabri. O CRC paulista tem a maior representao de contabilistas do pas. So 92 000 contadores do universo total de 350 000 no Brasil. FabriPROFA. JACQUELINE ANDRADE [email protected] Redao Tcnica e Oficial

explica que sua categoria tem um marketing ruim e por isso no ficou ainda to evidente o processo de melhoria previsto para a profisso a partir deste ano. Por esse motivo, os conselhos regionais decidiram promover cursos de conscientizao at dezembro, os quais mostraro como o trabalho de contador ganhou relevncia. No caso do Brasil, isso de importncia fundamental, j que, segundo dados do conselho, mais de 80% das empresas limitadas do pas no tm nenhuma prestao de contas, o que prejudica a transparncia dos negcios e, conseqentemente, a sade financeira delas. " por isso que tem tanta pequena e mdia empresa quebrando com apenas dois anos de vida no Brasil", diz Fabri. "Agora, todas elas precisaro de contadores." Novos papis Seguindo o raciocnio de Fabri, no curto prazo mais de 1 milho de empresas precisaro de contadores. Nem que seja para fazer a escriturao simplificada. Esse caso valer tambm para os pequenos empresrios, que podero usar regularmente dois livros: o caixa propriamente dito e o Registro de Inventrio. Para as empresas com receitas anuais acima de 1,2 milho de reais, a exigncia do novo Cdigo formal. Regulamenta as responsabilidades dos cotistas das limitadas, que abrangem mais de 98% das pessoas jurdicas do Brasil. Com base na nova legislao, uma empresa sem contabilidade no pode prestar contas a seus scios. Mas qualquer scio, mesmo tendo apenas uma cota, pode exigir prestao de contas, sob pena de questionar os atos dos administradores, e recorrer Justia, acionando inclusive o contabilista responsvel. Quando o novo Cdigo pegar (e isso deve demorar um pouco, tendo em vista a tradio brasileira de demandar tempo at que novas leis sejam levadas a srio), cair por terra a noo de que basta controlar bem o pagamento de impostos para exercer razoavelmente o cargo de contador. Isso nunca foi verdade, mas virou uma praxe nas companhias. Para jovens profissionais, como Marcos Antnio da Silva, de 28 anos, a funo no deveria ter se restringido a to pouco, considerando a expertise de pessoas como ele para ajudar nas tomadas de deciso. "O contador deve ser a bssola dos negcios", diz Silva,

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que trabalha como consultor tcnico da Central de Cooperativas de Crdito do Estado de So Paulo (Cecresp). "At agora, no tivemos a oportunidade dentro da empresa de mostrar tudo o que sabemos e estamos preparados para fazer." E o que tanto os contadores esto preparados para fazer, alm do que j fazem hoje? Especialistas da renomada Harvard Business School (HBS), nos Estados Unidos, dizem que os contadores devem -- e no Brasil isso vai acontecer a partir do novo Cdigo Civil -- assumir muito mais funes que as envolvidas com a elaborao de boletins de resultados de uma corporao. Ou seja, assumir o papel de intrprete das informaes contbeis registradas. Ajudar a administrao da companhia a medir o desempenho financeiro, situando os resultados em relao aos objetivos, inclusive contribuindo para a determinao de preos. Outra faceta possvel montar oramentos, analisando discrepncias e assumindo o processo de controle da companhia. Alm disso, o contador poder ser o profissional responsvel pela misso de fornecer a matria-prima numrica para orientar e motivar equipes a concretizar seus objetivos. Poder sonhar at com postos como o de controller, que, mais do que um contador de alto nvel, um estrategista e um tomador de decises. Formado h apenas dois anos, Silva explica que esse seu maior sonho. Sempre o entusiasmou a idia de ser um profissional capaz de ajudar a corporao a manter o negcio na rota prevista. Mas isso ainda uma utopia profissional. Silva lamenta que a fora de seu ofcio ainda esteja mais na teoria do que na prtica. Segurana para atuar Silva confia que vive, neste momento, a poca de maior valorizao profissional ocorrida em sua rea. S comparvel chegada da informtica na contabilidade das empresas, h mais de trs dcadas. "O novo Cdigo Civil d mais segurana a jovens profissionais como eu, que poderiam se sentir inibidos de exercer suas funes com firmeza e de dizer um redondo "no" ao patro se ele quiser burlar a lei", afirma ele. " muito difcil ter coragem de dizer o que est errado, at porque sofremos muita presso."

O que o jovem contador quer, na verdade, ver se com mais responsabilidade e mais autonomia profissionais como ele chegaro mesmo a ocupar cargos de diretoria, como ocorre em pases do primeiro mundo. Silva acredita que sim. Afinal, percebe que esto sendo criadas no pas as condies necessrias para que a mesa do contador deixe a vizinhana do almoxarifado para ocupar uma posio de destaque na empresa, talvez at ficando junto da presidncia. As esperanas de Silva coincidem com as de Maria Diva de Oliveria Junqueira, que trabalha na mesma rea, s que h mais tempo que ele. Formada h 30 anos, filha de contador e dona de uma empresa de contabilidade em sociedade com o marido, em Franca, no interior de So Paulo, Maria Diva tem 12 funcionrios. J passou por diversos empregos, fez contas na ponta do lpis quando ainda no havia computadores nas empresas e acredita que a profisso e sua carreira entraram numa nova fase. "Daqui por diante, mais do que nunca, ser fundamental para um contador fornecer informaes corretas ao empresrio e ao governo, pois no haver mais desculpas para os maus profissionais", diz ela. Para o consultor Charles Holland, a valorizao profissional vir, cedo ou tarde, na esteira dos benefcios criados pela obrigatoriedade da prestao de contas. "Teremos dez anos de progresso em um", anuncia Charles Holland, que dono da Holland Associados, de So Paulo. Esse progresso implica a melhoria da qualidade das informaes de negcio, promovendo mais transparncia ao se aderirem linguagens contbeis universais, beneficiando os controles internos da corporao. Se tudo sair como previsto, os contadores podero mesmo promover mais confiana nos negcios. O que, no caso de um pas em desenvolvimento como o Brasil, altamente saudvel. Empresas mais transparentes atraem mais investimentos, conseqentemente, tornam-se mais eficientes, crescem mais e geram mais e melhores empregos. No s para os contadores como tambm para muitos outros colegas de trabalho. PROSPERIDADE VISTA 98% dos negcios no pas so sociedades limitadas

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80% dessas companhias no tm prestao de contas 1 milho de empresas precisaro de contadores a partir deste ano Fonte: CRC/SP

REDAAO EMPRESARIALModernizar a linguagem e o estilo, por qu? Ser que isso realmente necessrio? Documentos mal-escritos na mesma empresa causam: - os leitores desmotivados, o que gera a famosa troca oral de informaes. A partir disso, devemos nos lembrar que quem conta um conto,acrescenta um ponto. - falta de credibilidade, pois passa a impresso que se passa que querem nos enrolar. - transmissores de mensagens deformadas, o que gera retrabalho, conflito interno e falta de confiana do cliente. Concluso: em termos de mercados mundiais e luta por sobrevivncia na era da globalizao, no basta investir em globalizao e tecnologia, mas sim naquilo que numa sociedade humana valor de troca: a comunicao. A eficcia de um texto: Na empresa, sabemos quando o texto bom quando ele eficaz. Sabemos que ele eficaz quando a resposta a ele rpida e correta. Para obter a melhor resposta, o texto empresarial moderno deve ser persuasivo, convincente. Qualidades do texto empresarial: Das caractersticas a seguir, assinale as que voc considera importantes em um texto empresarial: caractersticas Vocabulrio sofisticado clareza Vocabulrio simples e formal Vocabulrio informal Objetividade Sim No

NA PONTA DO LPIS Confira como os contadores podem ajudar a sociedade e o mundo dos negcios EMPRESAS Melhoria da qualidade das informaes de negcios Transparncia para acionistas, administradores e governo Adeso s linguagens contbeis universais Prestao de contas e controles internos mais eficientes Implantao da lei de participao nos lucros VOC AS.. ABRIL 2003. O PAIS Confiana nos negcios de grandes ou pequenas empresas Reduo de riscos e atrao de novos investimentos para a produo Reduo da evaso fiscal e democratizao de responsabilidades Implantao da lei de participao nos lucros

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4 Frases curtas Frases longas Frases rebuscadas Gramtica correta Nunca se esquea: quanto menor o esforo do leitor para decodificar o texto, ou seja, quanto menor for o desgaste mental, mais ele aprender sobre a mensagem. So, ento, caractersticas do moderno texto empresarial: Conciso: mximo de informaes com o mnimo de palavras. O texto bem escrito e que pretende ser conciso ser aquele em que todas as palavras e informaes utilizadas tenham uma funo significativa. Objetividade: quando se fala em objetividade, saber definir quais as informaes relevantes que desejamos transmitir naquele momento. Clareza: a causa de a clareza ser uma das caractersticas mais difceis de ser obtida o fade de que para quem escreve, a idia j est clara em sua mente. Assim, ele no percebe as falhas ou lacunas de sentido que possa haver entre o que pensa e o que escreve. Exemplo: Pedro e Paulo vo se separar. Vou te mandar um porco pelo teu irmo, que est bem gordo. Coerncia: o encadeamento lgico entre as idias, que se faz principalmente mediante as relaes de tempo, espao, causa e conseqncia. Linguagem formal: as situaes lingsticas so muito complexas. Em um panorama sucinto das duas principais variaes temos o dialeto e o registro. O dialeto a variao de uma lngua dentro de um espao geogrfico; registro o ajuste da lngua mediante a situao contextual e do destinatrio. ................................................................ O texto empresarial privilegiar a linguagem formal escrita a que tem a preocupao com a norma gramatical vigente porque aon contrrio de todas as variantes, s ela evitar: o uso de termos compreendidos por apenas uma das partes envolvidas na comunicao; o uso de expresses informais, adequadas ao contexto familiar ou situaes emocionais, cujo uso acarreta na possibilidade de descrdito da mensagem ocorrncia de quebra de regras gramaticais que constroem a imagem de letramento (grau de escolaridade que propicia confiana) APLICAAO Compare as duas cartas a seguir:

439/200 Ilmo. Srs. J.J. Martins Caixa Postal 974 Curitiba PR

Belo Horizonte, 15 de maio de 2005

Prezados Senhores: Desejamos acusar o recebimento dos eu prezado favor datado de 12 de outubro prximo passado, junto ao qual V.Sas. tiveram a gentileza de nos encaminhar os documentos relativos s mercadorias por ns encomendadas. Informamos, outrossim, que as mercadorias em referncia chegaram em perfeitas condies, nada nos sendo lcito reclamar nesse sentido. Lamentamos, no entanto, ter de externar-lhes a nossa estranheza ante o fato de constar, na fatura que nos foi remetida por V.Sas., vencimento para 30 dias, quando o que havia combinado com o representante de sua conceituada empresa foi de 90 dias. Solicitamos, pois, esclarecimento a respeito, deixando claro que no poderemos aceitar a duplicata, caso no nos seja concedido o prazo previamente combinado. Cientes de que esta nossa justa pretenso ser acolhida por V.Sas., firmamo-nos, com estima e apreo, mui

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5 atenciosamente, MERCANTIL TEIXEIRA & CIA JOS LINS diretor Atenciosamente,

Jos Lins Diretor

DIR- 439 Belo Horizonte, 15 de maio de 2005

Principais empecilhos: os vciosConceituao: vcio um hbito que se tornou padro, adquirindo um carter negativo; o vcio no ter a fora da eficcia para atingir o destinatrio. Verbosidade: dizer de forma complexa o que pode ser dito de forma simples. Rebusca-se, para impressionar, para ostentar uma linguagem culta. Como resultante de persistente e continuado suprimento insatisfatrio do componente J-7 (arruela de equilbrio do rotor interno), foi determinado pela autoridade competente que adicionais e/ou novos fornecedores do componente acima mencionado deveriam ser procurados com vistas a aumentar o nmero de peas que deveriam ser mantidas disponveis no armazm de depssito. Erros do texto: - montono e repetitivo: persistente e continuado / componente accima mencionado - impreciso: autoridade competente - prolixo: com vistas de aumentar o nmero de peas que deveriam ser mantidas no armazm de depsito O rebuscamento deve ser necessariamente evitado em nome de um contexto mercadolgico que exige uma informao de mais rpido entendimento e maior agilidade de resposta. Tambm no convm o uso de um vocabulrio tido como sofisticado, que cria uma linguagem artificial aos padres do texto empresarial. Exemplos de verbosidade:

J.J. Martins

Prezados Senhores,

Informamos que recebemos as mercadorias encomendadas, assim como os documentos a elas relativos, anexos sua carta de 09-052005. Porm, causou-nos estranheza o fato de constar em sua fatura o vencimento para 30 dias, quando j havamos combinado com seu representante um prazo de 90 dias. Solicitamos, portanto, esclarecimentos, deixando claro que no poderemos aceitar a duplicata, caso no nos seja concedido o prazo previamente combinado.

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6 Vocabulrio sofisticado: Exemplo de erro: Solicitamos o pagamento das mensalidades nas datas aprazadas no dito carn, colaborando destarte para a manuteno precpua deste sodalcio na orientao e assistncia dos seus associados. Exemplo de correo: Solicitamos o pagamento das mensalidades at as datas de vencimento constantes no carn. Frases e pargrafos longos: Quadro ilustrativo de verbosidades: Exemplo com erro: A mdia de produo para o ltimo ano fiscal maior do que a do ano anterior, porque aquele foi a ano em que se instalaram as novas prensas de estamparia, automticas e hidrulicas, portanto, aumentando o nmero de peas estampadas durante o perodo, assim como tambm foi ano em que se produziram novos mtodos de economia de tempo e economia de mo-de-obra, e que tambm contriburam para uma mdia maior de produo. Exemplo de correo: A mdia de produo do ltimo ano fiscal foi maior que a do ano anterior. Instalaram-se novas mquinas hidrulicas, automticas, de alta velocidade, para estamparia e introduziram-se novos mtodos de economia de tempo e trabalho. Se voc verifica em seu texto a tendncia a perodos longos, siga a seguinte orientao: ESCREVA UMA IDIA EM CADA PARGRAFO A delimitao de cada pargrafo fundamental para que haja clareza na informao a ser transmitida. (estudaremos isso, nas prximas aulas) Construes intercaladas e ou invertidas: Exemplo com erro: Expresses Evitveis Supracitado Acima citado Encarecemos a V.Sa. Somos de opinio que Temos em nosso poder Temos a informar que Tendo em vista o assunto em epgrafe Levamos a seu conhecimento Causou-nos espcie a deciso Substituir Por Citado... Citado... Solicitamos Acreditamos, consideramos Recebemos Informamos Tendo em vista o assunto citado... Informamos Causou-nos estranheza Estranhamos Fomos surpreendidos Lamentamos profundamente Devido a / por causa de Para esclarecer dvidas Principal Dessa forma / dessa maneira Referido Dentro do prazo / limite Objetivo Anexamos As palestras j esto na programao Queremos, neste momento, observar que o aceite quela condio no deve ser entendido como uma aprovao mesma, no no que diz respeito ao valor, que, apesar de ter ultrapassado a importncia de R$ 350,00, que achvamos justa, dela no se afastou em demasia, mas, sim, quanto ao prazo de reajuste, qual seja, semestral, contrariando o relacionamento comercial passado, calcado no prazo de um ano, no nos dando sequer a chance de contra-argumentao. Exemplo corrigido: Porm, gostaramos de registrar nossa insatisfao com a mudana do prazo de reajuste que, ao se tornar semestral, sem a possibilidade de negociao, contraria nosso relacionamento comercial passado, calcado no prazo de um ano.

Consternou-nos profundamente Devido ao fato de que Para dirimir dvidas Precpua Destarte Referenciado Aprazada Desiderato colimato Aproveitando o ensejo, anexamos As palestras j esto inseridas no contexto da programao

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7 Via de regra, os procedimentos Geralmente, os procedimentos Devedmos concluir, de acordo com Conclumos que o que dissemos acima Antecipadamente somos gratos Agradecemos Chaves Expresses antiquadas, porm j condicionadas a pertencer ao estilo empresarial, denominam-se chaves. Chama-se chavo a um vcio de estilo j incorporado como linguagem do texto empresarial. Exemplos de chaves: a) Outrossim, anexamos a este ofcio cpia do comprovante de ... b) Outrossim, informamos que no ser possvel... c) Debalde nossos esforos, esclarecemos que no ... Essas palavras, embora expressivas, denotam o uso de um padro de linguagem que, por ser muito culto, extrapola a qualidade valorizada nos dias de hoje: a simplicidade. Chaves em introduo a) Vimos, atravs desta, solicitar... Ningum consegue vir atravs de algo. A palavra atravs significa atravessar, fazer travessia. Portanto, pode-se ver atravs da vidraa, pode-se enriquecer atravs dos anos, mas no se pode, por exemplo, aprovar o aumento atravs do decreto 33 .. Pode, sim, aprovar o decreto por meio do decreto 33... Logo, no use atravs desta carta... b) Venho, pela presente, solicitar a V.Sa... Algum pode solicitar algo pela ausente? Expresso intil... c) Solicitamos a V.Sa. a incluso de... V.Sa. = usado apenas quando o destinatrio exigir tal formalidade, ou se houver orientao dentro da empresa para tratamento de algum de hierarquia superior ou por se tratar de destinatrio externo em que se deseja manter tal formalidade. No caso de colegas de mesmo nvel hierrquico, desnecessrio. d) Acusamos o recebimento de seu ofcio... No se usa mais o termo acusar em frases empresariais.PROFA. JACQUELINE ANDRADE [email protected] Redao Tcnica e Oficial

e) Em resposta ao contrato referenciado... No existe a palavra referenciado. Substitua-a por mencionado, referido ou citado. Chaves em fechos a) Reiteramos os protestos de elevada estima e considerao. Incoerncia: estima e considerao se adquirem pela convivncia, no por desejos. Recomenda-se apenas dois tipos de fecho: para autoridades superiores, inclusive o presidente da Repbllica: Respeitosamente para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior: Atenciosamente b) Sem mais para o momento. S deve ser utilizada em comunicaes em que no se pretenda encerrar de forma polida, como cobrana e similares. Tautologias: repeties viciadas Consiste em repetir uma idia, de forma viciada, com palavras diferentes, mas com o mesmo sentido. Alguns exemplos: elo de ligao certeza absoluta nos dias 8, 8 e 10, inclusive juntamente com fato real multido de pessoas criao nova emprstimo temporrio em duas metades iguais h anos atrs outra alternativa a razo porque de sua livre escolha todos foram unnimes escolha opcional abertura inaugural a ltima verso definitiva comparecer em pessoa acabamento final quantia exata como prmio extra expressamente proibido encarar de frente amanhecer o dia retornar de novo surpresa inesperada sintomas indicativos vereador da cidade detalhes minuciosos anexo junto carta supervit positivo conviver junto planejar antecipadamente continua a permanecer possivelmente poder ocorrer gritar bem alto

8 propriedade caractersticas a seu critrio pessoal a grande maioria Coloquialismo excessivo Coloquialismo o nome dado maneira informal de nos comunicarmos; o registro de linguagem que usamos em famlia. Simplicidade sim, excesso de informalidade, no. Coloquialismo excessivo = falta de credibilidade Jargo tcnico fora do contexto D-se o nome de jargo maneira caracterstica e especfica de um determinado grupo se comunicar. Porm, toda linguagem de um grupo fechado deve sofrer adequao quando o grupo de destinatrios se amplia, pois a linguagem dever atingir tambm as pessoas que no dominam o jargo do grupo. Leia o exemplo de um memorando do setor jurdico de uma empresa enviado a diversos chefes de setores. Exemplo com erro: Visando ajudar os rgos no entendimento da Circular n 44.522/05, esclarecemos que, no mbito interno, h uma delegao subentendida da direo da Companhia aos superintendentes de rgos e chefes de servio, via tabela de limites de competncia, para definir que contratos devem ter prosseguimento nas bases pactuadas e quais os que devero ser objeto de reavaliao. Exemplo corrigido: Visando ajudar os rgos no entendimento da Circular n ...., informamos que a Tabela de Limite de Competncia em vigor na Companhia vlida para estabelecer quais os contratos que devem prosseguir nas bases pactuadas e quais os que devero ser objetos de reavaliao. A linguagem tcnica e os jarges devem ser usados apenas em situaes que os exijam. Corrija os vcios das sentenas a seguir:PROFA. JACQUELINE ANDRADE [email protected] Redao Tcnica e Oficial

demasiadamente excessivo exceder em muito

1. Sob o nosso ponto de vista, a deciso do Departamento de Contas a pagar est correta. 2. Os reparos no foram executados pro causa que est chovendo. 3. Encaminhamos a V.Sa. o relatrio de custos, para que apresente vossa apreciao. 4. Informo que no poderei tomar parte da reunio marcada para amanh. 5. Estranhamos o motivo da duplicata acima referenciada. 6. Face ao novo decreto, no podemos mais utilizar funcionrios contratados. 7. Aps algumas entrevistas,pudemos constatar que, a nvel gerencial, no h nenhum tipo de problema. Inutilidades... Exemplos que no devem ser seguidos... I II III Caros colegas, a execuo das nos obriga metas do anlise programa Por outro lado, Assim mesmo, No entanto,no podemos nos esquecer de que Do mesmo modo a complexidade dos estudos efetuados a constante expanso da nossa atividade A estrutura atual da organizao cumpre um papel essencial na formulaao exige a preciso e a definio auxilia a preparao e a composio garante a contribuio de um grupo importante da determinao

o novo modelo estrutural aqui preconizado

IV das condies financeiras e administrativas exigidas das diretrizes de desenvolvimento para o futuro. do sistema de participao geral das posturas dos rgos dirigentes em relao s suas atribuies de novas proposies.

Por onde comear?O que mais traz prejuzos ao texto o acmulo e a desorganizao de idias que retiram a fora da mensagem principal. Para ajud-los, existem algumas tcnicas:

1 tcnica: fixao do objetivo Fixar o objetivo para orientar o que vai escrever sobre um assunto delimitado selecionar a linha de pensamento que est presente em todo o texto. Esse procedimento ser fundamental para selecionar consciente ou inconscientemente as idias que sero apresentadas. Exemplos de objetivos: Assunto: comunicao de massa Objetivos: a) uma comparao entre o rdio e a televiso b) o amplo apelo popular dos dois meios e as suas conseqncias c) a ampla difuso de informaes que esses dois meios promovem d) etc A fixao de um objetivo orienta a redao do texto Exerccio: 1) Leia um artigo de jornal e revista e identifique o objetivo determinado pelo autor; em outras palavras, aps a leitura, voc deve ser capaz de responder a seguinte pergunta: Ttulo: ......................................................................................................... Para que o autor escreveu o texto? .......................................................................................................... .................................................................................................................... .................................................................................................................... .................................................................................................................... .......... 2) No exerccio a seguir voc vai perceber que um mesmo assunto pode ter tratamentos diferentes, dependendo da escolha de seu objetivo: Assunto: O carnaval a) Objetivo: caracterizar o carnaval como extravaso de alegria. .................................................................................................................... .................................................................................................................... .................................................................................................................... .................................................................................................................... .................................................................................................................... .................................................................................................................... .................................................................................................................... ....................................................................................................................PROFA. JACQUELINE ANDRADE [email protected] Redao Tcnica e Oficial

9 .................................................................................................................... .................................................................................................................... .................................................................................................................... .................................................................................................................... b) Mostrar a relao entre o carnaval e a situao econmica do pas. .................................................................................................................... .................................................................................................................... .................................................................................................................... .................................................................................................................... .................................................................................................................... .................................................................................................................... .................................................................................................................... .................................................................................................................... .................................................................................................................... .................................................................................................................... .................................................................................................................... .................................................................................................................... 2 tcnica: identificao da idia ncleo Para es escrever bem qualquer tipo de texto preciso saber definir com muita preciso as idias. A mistura de idias tem sido a falta de eficcia de muitos textos. Compare: Texto 1 Ensino primrio eficiente e abrangente fator decisivo do progresso da Tailndia. Apesar das deficincias da infra-estrutura bsica, como as carncias em saneamento e transporte, as autoridades que ocupam o poder nos ltimos anos no descuidaram da educao. Os gastos com o ensino somam 19% do oramento do governo. A taxa de alfabetizao de 91%, uma das mais altas entre os pases em desenvolvimento. Texto 2 O carro, violento e poluidor, capaz de conduzir a sentimentos baixos, como o egosmo, quando no a pecados capitais, como a soberba, apresenta, no s no Brasil, mas s sociedades contemporneas em geral, um desafio to grande quanto o desemprego, to complexo quanto o comrcio internacional.

Identifique a idia-ncleo do trecho de um parecer: A Lei n 5.772/71, que instituiu o Cdigo de Propriedade Industrial, trata do assunto ora discutido, dando nova redao ao j aludido art. 454 da CLT (revogado), ressaltando que a inveno

pertence exclusivamente ao empregado, pois foi este que forneceu o equipamento e deu condies descoberta, ou que esta esteja prevista na atuao profissional, na atividade de rotina poder ocorrer uma descoberta ou inveno patantevel. Idia ncleo: .................................................................................................................... .................................................................................................................... Possveis causas ....................................................................................... .................................................................................................................... .................................................................................................................... O pargrafo tender a ficar mais claro , objetivo e bem escrito se a primeira frase expressar a idia geral do que se pretende desenvolver. Cada pargrafo deve girar em torno de uma idia-ncleo. Uma curiosidade: Qualquer texto pode se tornar claro e encadeado se obedecer a essas tcnicas. Prtica: O QUE A INTUIO NOS DISSE Paulo Nogueira, Diretor de Redao da revista Exame. Outubro/97 Muitas reportagens nascem e morrem antes de chegar ao leitor. Ficam no meio do caminho, vencidas por fatos novos ou por um trabalho deficiente de investigao. Mas outras reportagens tm percurso bem diferente: surgem humildes, acanhada como uma antiga ginasiana do interior, e vo crescendo at chegar apoteose da capa. Com a nossa capa dessa edio, sobre a intuio como uma arma mais e mais usada pelas empresas, aconteceu exatamente isso. Imaginvamos que seria um artigo entre outros. Mas uns poucos dias de trabalho de apurao bastaram para nos mostrar que estvamos diante de um tema fascinante, que parecia gritar: me ponham na capa, me ponham na capa.

10 Pusemos. A, ehr, intuio nos mandou que pusssemos na capa. E a lgica nos disse que acertamos na deciso. Porque nunca as empresas mundo afora valorizaram tanto o poder intuitivo de seus executivos. Num ambiente convulso, em que a competitividade ala vos inditos e no qual o ciclo dos produtos cada vez menor, a intuio pode fazer a diferena. Com ela, o executivo tem mais chances, por exemplo, de conseguir o sonho supremo de um negcio. Esse no apenas supre a necessidade do consumidor, mas, mais que isso, antecipa-se a ela. Quem ainda trata o assunto com base na galhofa pode estar cometendo um erro colossal, diz o editor executivo Nelson Blecher, autor da reportagem. Nelson, um entusiasmado militante da intuio, relata um teste a que foi submetido o presidente da Compaq do Brasil, Jorge Schreurs. O objetivo do teste era saber se Schreurs tinha em dose satisfatria uma qualidade que a Compaq julga vital em seus homens e mulheres: a intuio. Ser intuitivo no significa, claro, abdicar da lgica fria dos fatos. Na verdade, o que existe de mais prximo no mundo perfeito a exata combinao entre intuio e lgica. O problema que os executivos se acostumaram a ver na intuio uma extravagncia, uma esquisitice irrelevante num universo que, por dcadas, foi dominado por regras e manuais. No mais. bom voc levar a intuio a srio. Nem que seja por pura questo de lgica. Idias-ncleo do texto: 1 pargrafo: 2 pargrafo: 3 pargrafo: 4 pargrafo: 5 pargrafo: 6 pargrafo: Exemplos de desenvolvimento de pargrafos:

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1. DESENVOLVIMENTO POR DEFINIO : Usado toda vez que precisar explicar ao leitor o significado de conceitos empregados em sue trabalho ( ou avaliao). A definio pode tornar-se inexata quando a classe no adequada ( definir livro como um lugar onde a agente aprende coisas indicar uma classe imprpria, j que livro no lugar) ou quando a caracterstica especfica do objeto no enunciada ( revista como publicao peridica deixar de falar as diferenas entre jornais, revistas, fascculos etc) Exemplo : Pergaminho um material de escrever preparado com peles de animais. O couro de cabras e ovelhas, lavado e raspado, estendido em uma moldura para secar. ento trabalhado cuidadosamente para remover quaisquer restos plos ou de carne, branqueado com giz e alisado co pedra-pomes, tornando-se uma superfcie lisa o suficiente para nela escrever. Flexvel e durvel, espesso o bastante para ser escrito dos dois lados, terminou por superar o papiro como material para confeco dos livros manuscritos. 2. DESENVOLVIMENTO POR EXEMPLOS : Alm de ser de leitura interessante, tem a propriedade de tornar clara e concreta a idia que se quer expressar. Como os exemplos, se nos forem familiares, trazem em si mesmos sua prpria explicao, torna-se desnecessrio explicar a idia-tpico. Exemplo : H muito que vem sendo estudada a possibilidade de haver, no reino animal, outros tipos de inteligncia alm da humana. Vejam, por exemplo, o golfinho. Dizem que esses simpticos mamferos pensam mais rpido que o homem, tm linguagem prpria e tambm podem aprender uma lngua humana. Alm disso, chegama adquirir lceras de origem psicolgica e sofrem estresse por excesso de atividade. 3. DESENVOLVIMENTOPOR COMPARAO E CONTRASTE : A comparao e o contraste podem ser usados juntos ou separadamente para desenvolver a idia tpico. Comparar procurar semelhanas, contrastar estabelecer diferenas. Tenha o cuidado de comparar ou contrastar apenas idias pertencentes mesma classe ; indispensvel que as duas idias tenham uma base comum. Pode-se perfeitamente comparar um tcnico de futebol com um maestro, desde que se consiga estabelecer entre eles uma relao que sirva de base.

11 Exemplo : A principal diferena entre escrever e falar o tempo que se pode dispor para fazer uma coisa e outra. No de estranhar, portanto, que essas atividades exijam habilidades diferentes. Fala bem quem consegue organizar o maior nmero de idias no exato momento da fala. Escreve bem quem capaz de registrar, com preciso, clareza e organizao as idias que pretende transmitir a seu leitor, no importando o tempo que leve para fazer isso. 4. DESENVOLVIMENTO POR CAUSA E EFEITO: Um pargrafo desenvolvido por causa e efeito explana o tpico frasal apresentando as causas que ocasionaram determinada situao ou que levaram que determinada afirmao fosse feita. Exemplo : A prtica da redao muito importante para a formao profissional. No apenas por causa da necessidade de redigir cartas, relatrios, ofcios e, eventualmente, artigos que um agrnomo , por exemplo, precisa escrever. A prtica da redao fundamental porque um excelente treinamento para a organizao do raciocnio e para o desenvolvimento da capacidade de se expressar. 5, DESENVOLVIMENTO POR FATOS E POR DETALHES ESPECFICOS : O uso de fatos e detalhes especficos para desenvolver o pargrafo torna o texto mais concreto e atraente para o leitor. ( A apresentao dos fatos na ordem em que eles ocorreram no tempo a caracterstica do texto narrativo) Exemplo : Nosso primeiro contato com os ndios juruna falhou. Descamos o Xingu e, abaixo da foz do rio Maritsau, vimos um acampamento na praia, muito bonito. Fomos at l e os ndios fugiram em canoas. Samos com nossos barcos a motor atrs de uma canoa com dois ndios. Quando perceberam que estavam sendo seguidos, ... 6. DESENVOLVIMENTO POR ANLISE E CLASSIFICAO : Desenvolver o pargrafo por anlise dividir a idia-tpico em partes e tratar de cada uma delas ; faz-lo por classificao colocar em classes definidas as coisas ou pessoas compreendidas na idia-tpico e falar sobre cada uma delas. Exemplo por classificao : H trs espcies de donos de livros. Uns limitam-se a contempl-los ; acumulam-nos pelo simples prazer de ver, nas prateleiras, as extensas filas de volumes. Outros gostam apenas de falar dos livros que tm ; transformam em seu assunto constante o fato

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12 de possuir tal ou tal obra. H, por fim, o pequeno e discreto grupo dos que lem seus livros. Exemplo por anlise : Dez anos depois, quando voltei quela rua, percebi que ela me despertava vrias emoes. A pungente certeza de que ela jamais seria a mesma rua dos meus tempos infantis associava-se alegre lembrana daqueles tempos despreocupados. Por outro lado, ela representava tempos de trabalho e privaes, logo depois da doena de meu pai, e me reconfortava pensar em nossa bos situao atual. Como fazer referncia bibliogrfica textos de revistas: BELUZZO, Luiz G. A classe do lap-top. Isto / Senhor, So Paulo : Abril, n 1.146, p. 21, 11 set. 1991.Sobrenome em letras maisculas. Vrgula. Prenome. Ponto. Ttulo do artigo, sem destaque (nem aspas, nem sublinha, nem itlico). Ponto. Nome da revista em destaque ( sublinhado ou itlico). Vrgula. Local. Dois -pontos. Editora. Vrgula. Nmero da publicao. Vrgula. Pgina ou pginas que compreendem o artigo. Vrgula. Dia e ms ( abreviado). Ano da publicao.

lo, So Paulo, 23 set. 1991. Caderno Dinheiro, p. 3-8.Primeira palavra do artigo em letras maisculas. Ponto. Nome do jornal em destaque ( itlico ou sublinhado) Local. Vrgula. Data da publicao. Ponto. Ano da publicao. Ponto. Caderno em que est inserido o artigo. Vrgula. Nmero do caderno e da pgina em que aparece o artigo. Ponto.

Textos de internet (Mesmo procedimento anterior, seguido do endereo eletrnico e data de acesso. http://www.uol.com.br/folha/mundo/ult94u45717.shtml. acesso em 30/01/2005 BIBLIOGRAFIA FAUSLSTICH, Enilde L. de J.. Como ler, entender e redigir um texto. Petrpolis, Vozes, p. 23-25, 1989. GOLD, Miriam. Redao Empresarial. So Paulo, Pearson Educa tion, p. 3-36, 2004 A estruturao do pargrafo Pargrafo-padroO pargrafo-padro uma unidade de composio constituda por um ou mais de um perodo, em que se desenvolve determinada idia central, ou nuclear, a que se agregam outras, secundrias, intimamente relacionadas pelo sentido e logicamente decorrentes dela. O pargrafo indicado por um afastamento da margem esquerda da folha. Ele facilita ao escritor a tarefa de isolar e depois ajustar convenientemente as idias principais de sua composio, permitindo ao leitor acompanhar-lhes o desenvolvimento nos seus diferentes estgios.

b) textos de jornais: NEVES, Evaristo Marzabal. Para onde caminha a citricultura brasileira. Folha de S. Paulo, Caderno Dinheiro, p.3-2, 10 set.1991.Sobrenome em maisculas. Vrgula Prenome em minsculas, exceto a primeira letra. Ponto. Nome do artigo, sem destaque. Nome do jornal sublinhado. Observar que o nome deve aparecer como na publicao. Vrgula. Nome do caderno em que foi veiculado o artigo. Vrgula. Pgina em que aparece o artigo. Vrgula. Pgina em que aparece o artigo. Vrgula. ( 3=caderno;2=pgina) Data da publicao do jornal. O nome do ms abreviado. Ponto

O tamanho do pargrafo

Artigos no assinados: TECNOLOGIA importada arma contra baixa procura. Folha de S. PauPROFA. JACQUELINE ANDRADE [email protected] Redao Tcnica e Oficial

Os pargrafos so moldveis como a argila, podem ser aumentados ou diminudos, conforme o tipo de redao, o leitor e o veculo de comunicao onde o texto vai ser divulgado. Se o escritor souber variar o tamanho dos pargrafos, dar colorido especial ao texto, captando a ateno do leitor, do comeo ao fim. Em princpio, o pargrafo mais longo que o perodo e menor que uma pgina

impressa no livro, e a regra geral para determinar o tamanho o bom senso.

pargrafo, seguida de outros perodos que explicam ou detalham a idia central. Exemplos:

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Pargrafos curtos: prprios para textos pequenos, fabricados paraleitores de pouca formao cultural. A notcia possui pargrafos curtos em colunas estreitas, j artigos e editoriais costumam ter pargrafos mais longos. Revistas populares, livros didticos destinados a alunos iniciantes, geralmente, apresentam pargrafos curtos. Quando o pargrafo muito longo, o escritor deve dividi-lo em pargrafos menores, seguindo critrio claro e definido. O pargrafo curto tambm empregado para movimentar o texto, no meio de longos pargrafos, ou para enfatizar uma idia.

Ao cuidar do gado, o peo monta e governa os cavalos sem maltrtlos. O modo de tratar o cavalo parece rude, mas o vaqueiro jamais cruel. Ele sabe como o animal foi domado, conhece as qualidades e defeitos do animal, sabe onde, quando e quanto exigir do cavalo. O vaqueiro apren deu que pacincia e muitos exerccios so os principais meios para se obter sucesso na lida com os cavalos, e que no se pode exigir mais do que esperado.

Pargrafos mdios - comuns em revistas e livros didticosdestinados a um leitor de nvel mdio (2 grau). Cada pargrafo mdio construdo com trs perodos que ocupam de 50 a 150 palavras. Em cada pgina de livro cabem cerca de trs pargrafos mdios. A distribuio de renda no Brasil injusta. Embora a renda per capita brasileira seja estimada em U$$2.000 anuais, a maioria do povo ganha menos, enquanto uma minoria ganha dezenas ou centena de vezes mais. A maioria dos trabalhadores ganha o salrio mnimo, que vale U$$112 mensais; muitos nordestinos recebem a metade do salrio mnimo,. Dividindo essa pequena quantia por uma famlia onde h crianas e mulheres, a renda per capita fica ainda mais reduzida; contando-se o nmero de desempregados, a renda diminui um pouco mais. H pessoas que ganham cerca de U$$10.000 mensais, ou U$$ 120.000 anuais; outras ganham muito mais, ainda. O contraste entre o pouco que muitos ganham e o muito que poucos ganham prova que a distribuio de renda em nosso pas injusta. Exerccios 1.Grife o tpico frasal de cada pargrafo apresentado. No deixe de observar como o autor desenvolve. a) O isolamento de uma populao determina as caractersticas culturais prprias. Essas sociedades no tm conhecimento das idias existentes fora de seu horizonte geogrfico. o que acontece na terra dos cegos do conto de H.G. Welles. Os cegos desconhecem a viso e vivem tranqilamente com sua realidade, naturalmente adaptados, pois todos so iguais. Esse conceito pode ser exemplificado tambm pelo caso das comunidades indgenas ou mesmo qualquer outra comunidade isolada.(Redao de vestibular) b) O desprestgio da classe poltica e o desinteresse do eleitorado pelas eleies proporcionais so muitos fortes. As eleies para os postos executivos que constituem o grande momento de mobilizao do eleitorado. o momento em que o povo se vinga,

Pargrafos longos - em geral, as obras cientficas e acadmicas

possuem longos pargrafos, por trs razes: os textos so grandes e consomem muitas pginas; as explicaes so complexas e exigem vrias idias e especificaes, ocupando mais espao; os leitores possuem capacidade e flego para acompanh-los.

Tpico frasalA idia central do pargrafo enunciada atravs do perodo denominado tpico frasal (tambm chamado de frase-sntese ou perodo tpico). Esse perodo orienta ou governa o resto do pargrafo; dele nascem outros perodos secundrios ou perifricos; ele vai ser o roteiro do escritor na construo do pargrafo; ele o perodo mestre, que contm a frase-chave. Como o enunciado da tese, que dirige a ateno do leitor diretamente para o tema central, o tpico frasal ajuda o leitor a agarrar o fio da meada do raciocnio do escritor; como a tese, o tpico frasal introduz o assunto e o aspecto desse assunto, ou a idia central com o potencial de gerar idias-filhote; como a tese, o tpico frasal enunciao argumentvel, afirmao ou negao que leva o leitor a esperar mais do escritor (uma explicao, uma prova, detalhes, exemplos) para completar o pargrafo ou apresentar um raciocnio completo. Assim, o tpico frasal enunciao, supe desdobramento ou explicao.

A idia central ou tpico frasal geralmente vem no comeo doPROFA. JACQUELINE ANDRADE [email protected] Redao Tcnica e Oficial

aprovando alguns candidatos e rejeitando outros. Os deputados, na sua grande maioria, pertencem classe A. com os membros dessa classe que os parlamentares mantm relaes sociais, comerciais, familiares. dessa classe com a qual mantm maiores vnculos, que sofrem as maiores presses. Desse modo, nas condies concretas das disputas eleitorais em nosso pas, se o parlamentarismo no elimina inteiramente a influncia das classes D e E no jogo poltico, certamente atua no sentido de reduzi-la. (Lencio M. Rodrigues)

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Impessoalidade A finalidade da lngua comunicar, quer pela fala, quer pela escrita. Para que haja comunicao, so necessrios: a) algum que comunique; b) algo a ser comunicado; c) algum que receba essa comunicao. No caso da redao oficial, quem comunica sempre o Servio Pblico; o que se comunica sempre algum assunto relativo s atribuies do rgo que comunica; o destinatrio dessa comunicao ou o pblico, o conjunto dos cidados, ou outro rgo pblico do Executivo ou dos outros Poderes. O tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos que constam das comunicaes oficiais decorre: a) da ausncia de impresses individuais de quem comunica: embora se trate, por exemplo, de um expediente assinado por chefe de determinada Seo, sempre em nome do servio pblico que feita a comunicao. Obtm-se, assim, uma desejvel padronizao, que permite que comunicaes elaboradas em diferentes setores da Administrao guardem entre si certa uniformidade; b) da impessoalidade de quem recebe a comunicao, com duas possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidado, sempre concebido como pblico, ou a outro rgo pblico. Nos dois casos, temos um destinatrio concebido de forma homognea e impessoal; c) do carter impessoal do prprio assunto tratado: se o universo temtico das comunicaes oficiais se restringe a questes que dizem respeito ao interesse pblico, natural que no caiba qualquer tom particular ou pessoal. (BRASIL, 2002, p.4-5.) Objetividade A objetividade consiste no uso de termos adequados para que o pensamento seja expresso e entendido imediatamente pelo receptor. Para ser objetivo,

O TEXTO TCNICOO texto tcnico orientado pelos princpios bsicos da clareza, da correo, da coerncia, da objetividade e da ordenao lgica. Para o professor Othon M. GARCIA (1985, p.386), esse tipo de produo textual constitui toda composio que deixe em segundo plano o feitio artstico da frase, preocupando-se de preferncia com a objetividade, a eficcia e a exatido da comunicao. Pode-se dizer, ento, que no existe propriamente uma linguagem tcnica, nem um modelo de redao pronto para ser utilizado. O que existe um modo de utilizao da lngua que dar ao texto seu carter tcnico, adequado aos procedimentos burocrticos e aos expedientes administrativos.AS QUALIDADES DA REDAO TCNICA

A redao tcnica deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padro culto de linguagem, clareza, conciso, formalidade, uniformidade. Para que se atinja essas caractersticas, as comunicaes oficiais devem permitir uma nica interpretao e ser estritamente impessoais e uniformes, o que exige o uso de certo nvel de linguagem. Vejamos a anlise pormenorizada de determinadas qualidades:

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necessrio que se coloque uma idia aps a outra, hierarquizando as informaes. Palavras desnecessrias, suprfluas, adjetivao excessiva, repetio de termos e idias devem ser eliminadas, pois comprometem a eficcia do documento. Nas comunicaes tcnicas e burocrticas, em que a linguagem utilizada com objetivos pragmticos, necessrio observar que as informaes expostas devem descrever, narrar e explicar, e no convencer. A persuaso deve advir dos argumentos utilizados e no de jogos de palavras, adjetivao impressionista, ou malabarismos silogsticos, falcias. (MEDEIROS e ANDRADE,1977, p.73.)

A correo gramatical importante, mas no deve se

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sobrepor criatividade. A preocupao com a linguagem deve ser a ltima etapa. Sempre que possvel, aproveite as variantes lingsticas realmente expressivas. Use a linguagem de seu receptor, pois o mais importante num trabalho de redao a comunicao. Conciso

Dicas Os relatrios tm objetivo predeterminado e especfico. Deve-se redigi-los sem preocupao literrio-estilstica. Deve-se evitar o jargo tcnico. O receptor o elemento mais importante dos relatrios. Os relatrios preocupam-se com a brevidade, so exatos, precisos. A linguagem dos relatrios objetiva e clara e sua pontuao racional.

O texto conciso aquele que transmite o mximo de informaes com o mnimo de palavras. O esforo de conciso atende ao princpio da economia lingstica, ou seja, ausncia de palavras suprfluas, redundncias, passagens que nada acrescentam ao que j foi dito. Conciso no quer dizer lacnico, mas denso. Estilo denso aquele em que cada palavra, expresso ou frase est carregada de sentido. Assim, no se sacrificam idias e consideraes importantes, tendo em mente destacar o essencial e o necessrio. Dicas Empregue frases curtas, mas sem monotonia. De vez em quando, use oraes subordinadas. Evite acumular idias em um s pargrafo. No use frases que dificultem a clareza do pensamento. Sempre que possvel, exercite-se na recomposio de textos: deixe passar algum tempo depois de ter escrito, reflita, descanse suas idias e, a seguir, retome o que escreveu, procurando melhorar a forma. Clareza

Correo ortogrficas Na redao oficial, particularmente, devem ser evitados os solecismos (erros de sintaxe), as deformaes (erros na forma das palavras), os cruzamentos (troca de palavras parecidas), os barbarismos (emprego abusivo de palavras e expresses estrangeiras), os arcasmos (emprego de palavras e expresses antiquadas) e os neologismos (palavras novas, cujo sentido ainda instvel). Dicas Preocupe-se com a clareza da mensagem. Evite perodos longos. Use a ordem direta para facilitar o entendimento.PROFA. JACQUELINE ANDRADE [email protected] Redao Tcnica e Oficial

O texto claro possibilita a imediata compreenso pelo leitor. Algumas caractersticas devem ser observadas para que se atinja a clareza (BRASIL, 1991, p.12-13): a) a impessoalidade, que evita a duplicidade de interpretaes que poderia decorrer de um tratamento personalista dado ao texto;

b) o uso do padro culto da linguagem, em princpio, de entendimento geral , por definio, avesso a vocbulos de circulao restrita, como a gria e o jargo; c) a formalidade e a padronizao, que possibilitam a imprescindvel uniformidade dos textos; d) a conciso, que faz desaparecer do texto os excessos lingsticos que nada lhe acrescentam. Dicas Procurar a palavra exata, aquela capaz de transmitir a totalidade da idia. Refazer frases depois de t-las escrito. Exercitar-se at encontrar a forma precisa. Usar a subordinao quando quiser realar idias. Usar somente o adjetivo capaz de caracterizar um fato ou objeto. O adjetivo trivial desvirtua e enfraquece Preciso

Harmonia o ajustamento das palavras na frase e das frases no perodo, combinadas e dispostas harmonicamente, fazendo com que o leitor se predisponha favoravelmente proposta apresentada. So prejudiciais harmonia: os cacfatos (palavras obscenas ou inconvenientes resultantes do encontro de slabas finais com slabas iniciais), as assonncias (semelhana ou igualdade de sons na frase ou no perodo) e os ecos (repetio sucessiva de finais idnticos).

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Na redao tcnica, as palavras tm, geralmente, conotaes prprias. A substituio de uma palavra por outra, aleatoriamente, pode comprometer o entendimento da mensagem. Devem ser evitadas, nesse tipo de redao, palavras e expresses vagas. O problema surge quando, no momento da redao, tem-se a idia, mas no a palavra exata para a sua expresso. Toda idia exige palavra prpria. Portanto, na srie de sinnimos, pode-se escolher a palavra ou grupo de palavras que melhor se ajuste quilo que desejamos e precisamos exprimir. Dicas Escrever pargrafos curtos e sem muitos pormenores. Para ser bem claro, usar oraes coordenadas. Escrever somente sobre aquilo que se conhece bem. Ajustar as mensagens ao receptor. O contedo deve ser significativo (mensagem clara). (MEDEIROS,1996, p.200.) Harmonia

Dicas Evite as repeties dos auxiliares ter, ser, haver, permanecer. Procure a palavra adequada para evitar locues verbais. Em vez de estava disposto, melhor seria resolvera; em vez de tinha proporcionado, melhor seria proporcionara-lhe; em vez de estava com receio, por que no receava? Evite as expresses: efetivamente, certamente, alm disso, tanto mais, ento, por um lado, por outro lado, definitivamente, a dizer a verdade, a verdade a seguinte, pois, por sua parte, por seu lado... Para cada idia use um pargrafo. No esconda demasiadamente o sujeito de suas frases. Para comunicar com eficincia, exigem-se clareza e simplicidade. Evite palavras complexas e jargo tcnico. (MEDEIROS,1996, p.39.)

Polidez

A polidez consiste no emprego de expresses respeitosas e tratamento apropriado queles com os quais nos relacionamos no trato administrativo. As expresses vulgares provocam mal-estar, assim como os tratamentos irreverentes, a intimidade, a gria, a banalidade, a ironia e as leviandades. Abrange, ainda, a discrio, qualidade indispensvel a todos quantos lidam com assuntos oficiais, muitas vezes sigilosos e de publicidade inconveniente. A polidez vem

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mais da totalidade do texto que de um comeo repetitivo ou de um fecho estereotipado, redundante ou contraditrio, aglomerado de amabilidades ilgicas e, muitas vezes, insinceras. (MEDEIROS,1996, p.61.) Dicas Seja parcimonioso no uso de adjetivos. Use-os sem abuso. Substantivo a palavra cheia, que transmite idias. muito importante, para aprender a escrever, ser criativo, buscar novas formas de expresso, esquecendo o que corriqueiro. Use termo tcnico somente quando se justificar pelo assunto. Evite o abuso de interjeies e exclamaes, mas tire proveito delas para evidenciar emoes. Para prender a ateno, seja conciso. (KASPARY,1993, p.19-23.)A LINGUAGEM DOS ATOS E COMUNICAES OFICIAIS

restrita, como a gria, os regionalismos vocabulares ou o jargo tcnico, tem sua compreenso dificultada.

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As comunicaes oficiais devem ser sempre formais, isto , obedecem a certas regras de forma: alm das j mencionadas exigncias de impessoalidade e uso do padro culto de linguagem, imperativo, ainda, certa formalidade de tratamento. No se trata somente da eterna dvida quanto ao correto emprego deste ou daquele pronome de tratamento para uma autoridade de certo nvel; mais do que isso, a formalidade diz respeito polidez, civilidade no prprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicao. A formalidade de tratamento vincula-se, tambm, necessria uniformidade das comunicaes. Ora, se a administrao estadual una, natural que as comunicaes que expede sigam um mesmo padro. O estabelecimento desse padro, uma das metas deste Manual, exige que se atente para todas as caractersticas da redao oficial e que se cuide, ainda, da apresentao dos textos. A redao das comunicaes oficiais deve seguir as caractersticas especficas de cada tipo de expediente, que sero tratadas em detalhes nos prximos captulos. Outro aspecto comum s modalidades de comunicao oficial o emprego dos pronomes de tratamento, a forma dos fechos e a identificao do signatrio.

A necessidade de empregar determinado nvel de linguagem nos atos e expedientes oficiais decorre do prprio carter pblico desses atos e comunicaes e de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos como atos de carter normativo, ou estabelecem regras para a conduta dos cidados, ou regulam o funcionamento dos rgos pblicos, o que s alcanado se em sua elaborao for empregada a linguagem adequada. Igualmente se d com os expedientes oficiais, cuja finalidade precpua a de informar com clareza e objetividade. As comunicaes que partem dos rgos pblicos devem ser compreendidas por todo cidado brasileiro. Para atingir esse objetivo, h que se evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados grupos. No h dvida de que um texto marcado por expresses de circulao

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CARTA

esclarecendo a finalidade da carta; 2 pargrafo explica a descoberta; 3 e 4 pargrafos expem o interesse do achado enquanto objeto de estudo, antecipando eventuais resultados. O fecho da carta reitera a disposio para pesquisa por parte do emissor.

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A carta uma modalidade redacional livre, pois nela podem aparecer a narrao, a descrio, a reflexo ou o parecer dissertativo. O que determina a abordagem, a linguagem e os aspectos formais de uma carta o fim a que ela se destina: um amigo, um negcio, um interesse pessoal, um ente amado, um familiar, um seo de jornal ou revista. A esttica da carta varia consoante a finalidade. Se o destinatrio um rgo do governo, a carta deve observar procedimentos formais como a disposio da data, do vocativo (nome, cargo ou ttulo do destinatrio), do remetente e a assinatura. No caso das correspondncias comercial e oficial textos jurdicos, muitas vezes feita de jarges e expresses de uso comum ao contexto que lhes prprio. Analisemos o exemplo abaixo, para refletirmos sobre suas caractersticas, estrutura e objetivo.

So Paulo, 30 de novembro de 1989. [local e data] Ilmo. Sr. [destinatrio] Diretor do Conselho Nacional de Ensino e Pesquisa - CNPq [destinatrio] NESTA [em desuso] Prezado Senhor, [Vocativo] Venho solicitar do Conselho Nacional de Ensino e Pesquisa CNPq - informaes referente concesso de subsdios para desenvolver um projeto de pesquisa sobre o valor histrico de publicaes clandestinas do sculo XVIII, encontradas em Minas Gerais. [Introduo: breve exposio do assunto] Trata-se de uma coletnea de peridicos inditos que obtive consultando o arquivo municipal de Congonhas do Campo, os quais atestam a existncia de uma imprensa marginal cujos panfletos teriam circulado nas cidades de Vila Rica, Mariana, Sabar e So Joo Del Rei, entre 1780 e 1789. [Relato da descoberta] O Estudo desse material permitir reconstituir fatos Conjurao Mineira no revelados nos autos da devassa, nem registrados pela historiografia oficial, alm de avaliar o carter emancipacionista que norteou os ideais polticos-libertrios do inconfidentes. [Proposta da pesquisa e antecipao do eventuais resultados]

Neste modelo, observe que introduz objetivamente

o 1 pargrafo o assunto,

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19 Caberia tambm a essa investigao apurar a importncia desses documentos usados pelos conjurados para indispor a populao das cidades mineiras contra abusos da metrpole portuguesa no Brasil. [Proposta da pesquisa e antecipao do eventuais resultados] Assim, gostaria de inteirar-me sobre o interesse do CNPq em subvencionar esse trabalho, pois tenha a inteno de atuar como pesquisadora. Desde j, grata, aguardo oportuna resposta. [fecho] 1. Papel de 21 x 29,7 cm, ou 215,9 mm x 279,4 mm. 2. Texto impresso em um s lado do papel. 3. 20 a 25 linhas por folha. 4. 60 a 70 toques por linha. 5. Margem direita: 2 cm; margem esquerda: 3 cm; margem superior: 2 cm; margem inferior: 2 cm. 6. Espao 1 . Entre os pargrafos, costume duplicar esse espao interlinear. 7. O vocativo de uma carta tem depois de si PONTO E VRGULA (;). CARTA COMERCIAL/EMPRESARIAL CONCEITO um meio de comunicao utilizado na indstria e no comrcio, com o objetivo de iniciar, manter ou encerrar transaes. a comunicao escrita, acondicionada em envelope (ou semelhante) e endereada a uma ou vrias pessoas. CONTEDO Transmitir Nos dias de hoje, exige-se objetividade e rapidez. Por isso, mais do que nunca, preciso buscar clareza de pensamento, concatenao de idias, vocabulrio exato. A linguagem usada nas relaes comerciais exige o conhecimento de certas frmulas e praxes em que deve exercitar o redator comercial. ATENO Antes de iniciar a redao, deve-se: informaes significativas. A linguagem ter um objetivo em mente. colocar-se no lugar do receptor. ter informaes suficientes sobre o fato. planejar a estrutura da comunicao a ser feita. FORMATO Quanto ao formato, a carta comercial segue as seguintes orientaes: dominar todas as palavras necessrias. tratar do assunto com propriedade. selecionar fatos e evitar opinies. refletir adequada e suficientemente sobre o assunto. ser natural, conciso e correto.PROFA. JACQUELINE ANDRADE [email protected] Redao Tcnica e Oficial

poder ser gramatical, clara, precisa e no atingir o objetivo se seu contedo no for significativo para o receptor.

20 10. 11. 12. usar linguagem de fcil compreenso. prestar informaes precisas e exatas. responder a todas as perguntas feitas anteriormente pelo destinatrio. Para Enas de Barros, embora ofcio, em geral, seja quase Depois de redigido o texto, considere-se que ele apenas um rascunho que deve ser lido e corrigido at se encontrar uma forma adequada, compreensvel pelo receptor. Em seguida, redige-se a verso final. sempre exclusivo da correspondncia emitida pelos rgos pblicos estatais (ministrios, departamentos, servios, autarquias, prefeituras), muitas empresas privadas se tm valido desse documento, principalmente em suas relaes com aqueles rgos, subordinando-se, tambm, forma estabelecida oficialmente para tal espcie de correspondncia. Para o prof. Raphael Pugliese, ofcio a correspondncia de carter oficial, equivalente carta. dirigido por um funcionrio a outro, da mesma ou de outra categoria, bem como por uma repartio a uma pessoa ou instituio particular, ou , ainda, por instituio particular ou pessoa a uma repartio pblica. O Manual de Redao, da Presidncia da Repblica, recentemente elaborado, apresenta o ofcio com algumas inovaes. Esse novo modelo para ser aplicado em todo o servio pblico federal brasileiro, poder, todavia servir de parmetro para a empresa privada. Segundo esse manual, as formas vocativas foram modificadas, assim ficando: Para os chefes de Poder usa-se Excelentssimo Senhor, seguido do respectivo cargo, por exemplo: - Excelentssimo Senhor Presidente da Repblica. - Excelentssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional. - Excelentssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal. As demais autoridades sero tratadas pelo vocativo Senhor, seguido do respectivo cargo, como: possibilidade dessas instituies terem que se dirigir ao servio pblico; pois, se isso ocorrer, necessariamente tero que elaborar uma correspondncia chamada ofcio.

VER ANEXO 1 MODELOS: CONCEITO E ESTRUTURA1. OFCIO quase que exclusivamente utilizado no servio pblico, na comunicao entre chefias e com o pblico externo. Na empresa privada s utilizado quando dirigido ao servio pblico. Seu contedo formal, sem os exageros do passado, quando se utilizavam mais linhas para a introduo e para o fecho do que propriamente para o contedo. Como, geralmente, dirigido a autoridade, necessrio observar o tratamento que cada cargo exige. O ofcio est para a empresa pblica como a carta comercial e o memorando esto para a empresa privada. , portanto, um instrumento de Relaes Pblicas, como a carta comercial. Beltro afirma que as entidades civis, comerciais e religiosas no expedem ofcio. Parece-nos que ele est considerando a

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21 Senhor Senhor Senhor Senhor Senador. Juiz. Ministro. Governador. Secretrio Geral da Presidncia Braslia/DF Para aquelas autoridades cuja forma de tratamento empregada apenas Vossa Senhoria, elimina-se o Ilustrssimo Senhor, ficando: Ao Senhor Fulano de Tal Cargo Guararapes/SP Em vez de: Ilmo. Sr. Fulano de Tal Cargo So Paulo/SP necessrio sempre observar as formas de tratamento que cada cargo requer, c como a forma vocativa. Exemplos peculiares so as utilizadas para juzes, reitores, bispos. A empresa privada que procura formas de tornar sempre mais gil sua correspondncia j adotou o sistema bloco-compacto para a esttica tambm do ofcio, que comprovadamente reduz o tempo da sua elaborao. So pblicos dessa comunicao dirigida escrita o interno, externo e misto para a empresa pblica. Para a empresa privada, somente o pblico externo atingido com este tipo de comunicao. MODELO OFCIOIndstria Gimenes S/A. Campinas - Jundia - Curitiba - Videira - Presidente Prudente

No envelope, o endereamento das comunicaes dirigidas s autoridades trata das por Vossa Excelncia ter a seguinte forma: - Excelentssimo Senhor Fulano de Tal Ministro da Justia 70.064 - Braslia/DF - Excelentssimo Senhor Fulano de Tal Senador Federal 70.160 - Braslia/DF - Excelentssimo Senhor Fulano de Tal Juiz de Direito da 10 Vara Civil Rua X, n 14 01010 - So Paulo/SP Outra alterao que eliminou parte do formalismo do ofcio foi a excluso do uso do tratamento DD. ( dignssimo) e M.D. (mui dignssimo) s autoridades, curiosamente sob a alegao de que a dignidade pressuposto para que se ocupe qualquer cargo pblico, sendo desnecessria sua repetida evocao. Vossa Senhoria empregado para as demais autoridades e para particulares, sendo o vocativo adequado: Senhor (cargo). O endereamento a ser colocado no final do texto do ofcio ser assim: Para chefes do poder e demais autoridades: Excelentssimo Senhor Fulano de Tal Presidente do Congresso Nacional Braslia/DF Excelentssimo Senhor Fulano de TalPROFA. JACQUELINE ANDRADE [email protected] Redao Tcnica e Oficial

Campinas, 17 de novembro de 1996. Of. n 15/96

Senhor Prefeito,

Dentro da programao de comemorao do aniversrio de nossa empresa, estaremos inaugurando, no prximo dia 7 de junho, s 17h, a Creche Criana Sadia, localizada na rua Emlio Rios, 245; reivindicao antiga de nossos funcionrios, que agora concretizada. Gostaramos de contar com a presena de V.Ex para descerrar a placa e falar aos participantes sobre a importncia da criao de creches nas empresas, pois sabemos que essa , tambm, uma das prioridades de seu governo. Atenciosamente Diretoria Geral (assinatura) Excelentssimo Senhor Paulo Soares Martins Dias Prefeito Municipal de Campinas

O pblico a que se destina a circular poder ser interno, externo ou misto.

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Tratando-se de carta-circular, o redator deve escrever de maneira que o receptor tenha a impresso de que ela foi redigida especialmente para ele.

Circular a Fornecedores (PAPEL TIMBRADO DO CLIENTE) Local e data: Ilmos. Srs. (Credor /Fornecedor/outro) Prezados Senhores, Nossos auditores independentes, (NOME DA EMPRESA DE AUDITORIA, endereo para correspondncia), esto atualmente procedendo a uma reviso de nossos livros. Para fins de confirmao, pedimos a V.Sas. a fineza de enviar aos ditos auditores uma relao detalhada das importncias correspondentes ao total de seu crdito em nossa empresa na data de ....... (data base do exame). Lembramos que a colaborao de V.Sas. necessria para o bom desempenho dos trabalhos da reviso citada.

VER ANEXO 22. CIRCULARRegio de plano limitado, que esta em crculo, que volta ao ponto de partida, diz-se de carta, manifesto ou ofcio, a circular caracteriza-se como uma comunicao que reproduzida em muitos exemplares, servem para transmitir avisos, ordens ou instrues. Seu texto informal e direto, dispensa-se as formalidades

Em geral, contm assunto de carter ou interesse geral. o meio de correspondncia pelo qual algum se dirige, ao mesmo tempo, a vrias reparties ou pessoas, portanto, correspondncia multidirecional.

Na circular no consta o nome do destinatrio e o endereamento vai no envelope. Se um memorando, um ofcio ou uma carta forem direcionado a vrias pessoas ao mesmo tempo, sero chamados de memorando-circular, ofcio-circular ou carta-circular.PROFA. JACQUELINE ANDRADE [email protected] Redao Tcnica e Oficial

Atenciosamente, Assinatura do cliente: 3. MEMORANDOexplicar siglas comunicao. Quando o memorando distribudo em

23 Por se tratar de comunicao rotineira e corriqueira, evita-se e apresentar personagens envolvidos na

diversos

departamentos, deve-se evitar colocar apenas as siglas do departamento emissor ou somente o primeiro nome do receptor

A comunicao interna utiliza-se de linguagem que se aproxima de nveis informais. O memorando pode ser interno e externo. O primeiro uma correspondncia interna e sucinta entre duas sees de um mesmo rgo. O segundo pode ser oficial e comercial. O oficial assemelha-se ao ofcio; e o comercial, carta comercial. O papel usado para qualquer tipo de memorando o de meio-ofcio. No se deve, portanto, usar preciosismos e tampouco terminologia excessivamente tcnica em memorandos (memo), ou CI (Comunicado Interno ou Comunicao Interna). Deles devem constar:1. Para: nome ou cargo do destinatrio. 2. De: nome do cargo do emissor. 3. Assunto ou 4. Data. 5. Mensagem. 6. Fecho. 7. Assinatura.PROFA. JACQUELINE ANDRADE [email protected] Redao Tcnica e Oficial

das cpias. Outros procedimentos desejveis: evitar chaves, frases feitas, adjetivaes inteis.

Memorando Interno

referncia: o ttulo que resume o teor da

comunicao.

O n de ordem ir direita para facilitar a consulta. No fecho, no cabem frmulas de cortesia por serem papis internos. No TIMBRE De......................................... n......... Para..................................... Assunto............................... ......................................................................................................... ......................................................................................................... ..................... ................................................... Local /Data Assinatura

Quando publicada pela imprensa, a comunicao veiculada por terceiro(s) correspondncia interna. O comunicado pode ser: 1. externo e: 2. interno.

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deve ter o verbo da terceira pessoa, porque

MODELO EXTERNOCOMUNICADO PRONTO SOCORRO PARTICULAR S. A.

h vocativo obrigatrio.

Comunica a seus clientes e amigos a transferncia de seu POSTO ZONA SUL para o Hospital de Pronto Socorro Particular, na Av. GETULIO VARGAS, 1343. COM ATENDIMENTO DE URGNCIA e SERVIO MDICO-HOSPITALAR.FONES 325-2345 232-5468

4 - COMUNICADO (comunicao) Conceito A comunicao, quando pblica, assemelha-se ao aviso e ao edital; quando interna, assemelha-se ao memorando.CELSC CENTRAIS ELTRICAS DE SANTA CATARINA CONCORRENCIA PBLICA N 254/04 COMUNICADO

PROFA. JACQUELINE ANDRADE [email protected] Redao Tcnica e Oficial

25 A Centrais Eltricas de Santa Catarina S. A. comunica que prorrogou o prazo de Concorrncia CELESC da DA: Direo PARA: Professores e Funcionrios Comunicamos, atravs desta, que a EST, em deciso de DIRETORIA, de 18 de setembro de 2004, determinou a criao de um CONSELHO DEPARTAMENTAL com seu respectivo NCLEO. Na mesma Reunio, que determinou a criao do CONSELHO DEPARTAMENTAL, a EST tambm decidiu convidar, a ttulo de CARGO DE CONFIANA, para coordenar os DEPARTAMENTOS, os seguintes Professores: Florianpolis, 11 de novembro de 2004. DEPARTAMENTO DE CIENCIAS CONTABEIS: - Prof. Fulano de Tal Fulano de Tal Diretor Administrativo DEPARTAMENTO DE CIENCIAS ADMINISTRATIVAS: - Prof. Fulano de Tal - Prof. Fulano de Tal O CONSELHO DEPARTAMENTAL composto pelos

vencimento

Pblica n 254/04 (inicialmente previsto para o

dia 18 de novembro de 2004 e posteriormente para 28 de novembro de 2004), para o dia 10 (dez) dezembro de 2004, em funo de complementao de dados indispensvel elaborao das propostas. Comunica, outrossim, que permanecem inalteradas as demais disposies originais do Edital. tcnico do Edital,

Coordenadores, Supervisor e mais a Diretoria da Faculdade. Sendo o que tnhamos a informar, subscrevemo-nos atenciosamente.

MODELO INTERNOESCOLAS SUPERIORES DO TRABALHO EST COMUNICADO INTERNO 50/04PROFA. JACQUELINE ANDRADE [email protected] Redao Tcnica e Oficial

Prof. Fulano de Tal Tal Diretor

Prof. Fulano de Diretor Pedaggico

5. AVISOComunicao, informao, notcia, advertncia, documento pelo qual algum informado. Os avisos servem para ordenar, cientificar, prevenir, noticiar, convidar. Os avisos podem ser de diversas formas, como por exemplo; a estreita comunicao entre empregador e empregado, banco e cliente, o aviso indesejado, aviso-prvio. O principal objetivo do aviso comunicar com eficcia, economizando tempo, em um texto breve e uma linguagem clara.

26 n01.000001 Concorrncia

OBJETO: Servios de locao de bens mveis( micronibus, Vans) para transporte coletivo. AVISO DE LICITAO supra publicado no DII OFICIAL DA UNIO no dia 13/04/2004, as condies para consulta e /ou obteno da documentao pertinente deve ser fornecida em disquete ou xrox autenticada.

Jlio Cezar de SGerente Executivo

usado na correspondncia particular, oficial e empresarial utilizado no comrcio, na indstria, no servio pblico e na rede bancria.Aviso um tipo de correspondncia cujas caractersticas so amplas e variveis, podendo ser direta e indireta.

BOLETIM ( ou INFORMATIVO)

Odacir Beltro (1998, p. 143) define como breve escrito noticioso; impresso de propaganda; resenha noticiosa de operaes militares; publicao peridica ou particular, para divulgao de atos normativos, a qual multicopiada e encaminhada a cada setor e afixada em locais a que tenha, acesso o pessoal e o pblico.

BR

PETRLEO BRASILEIRO S.A. PETROBRASMINISTRIO DE MINAS E ENERGIA

AVISO DE LICITAOPROFA. JACQUELINE ANDRADE [email protected] Redao Tcnica e Oficial

Boletim um breve escrito noticioso, pequeno peridico de entidade pblica ou particular para divulgao de atos normativos. Publicao peridica oficial um escrito breve que informa algo de interesse pblico. Consideram-se vrios tipos de boletins:

27 boletim de pessoal; boletim de movimento: para controle de estoques; boletim individual: pea do processo criminal que contm dados referentes pessoa processada. No servio pblico, certas publicaes recebem o nome de boletim ou de relao. Analise os exemplos fornecidos e selecione aquele que melhor representar o seu contexto de produo. tornar a UEM menos burocrtica e mais funcional. O Conselho Universitrio da UEM, vem trabalhando exaustivamente no desenvolvimento de uma proposta de reforma que corresponda s expectativas da comunidade. Partindo de inmeros estudos, diagnsticos e outros documentos j produzidos em anos passados, o Conselho Universitrio elaborou, atravs de sua Cmara de Planejamento, uma minuta de proposta de reforma estatutria, a qual foi submetida apreciao dos departamentos e demais rgos universitrios. A cmera trabalha agora na sntese das vrias crticas e sugestes retornadas pelos setores, assim como do diagnstico e da proposta de reforma apresentada pela reitoria. O objetivo adequar a proposta inicial para que possa ser levada plenria do COU, discutida e votada at o dia 22 de maro prximo. (...) Diante disso, a ADUEM est organizando um ciclo de debates sobre Reforma Universitria onde pretendemos trazer para debater com a comunidade universitria representantes da administrao local - UEM, representantes do governo do Estado do Paran SETI, e representantes do governo Federal MEC/SESU. Nessa primeira rodada estamos convidando representantes da Reitoria e da Cmera de Planejamento do COU de modo a proporcionar categoria docente uma ampla discusso, que v alm dos limites de cada departamento. O debate ser realizado no dia 3 de maro prximo, no auditrio da ADUEM, as 18:00 horas. Todos os docentes esto convidados.

Associao dos Docentes da Universidade Estadual de MaringFundada em 12/12/1979 Gesto Unio. Binio 2003-2005

INFORMATIVO ELETRNICO n 02 01/03/2004

A REFORMA ADMINISTRATIVA NA UEMO ano de 2004 parece ser o das reformas nas universidades pblicas do pas. No governo federal se fala de uma mini constituinte para reformar o ensino superior nacional, e o ministro Tarso Genro j deu incio no processo nomeando uma comisso especial para apresentar uma nova proposta para as universidades federais at meados do ano. Tambm no Paran a idia de reforma das IES estaduais mobiliza a SETI, Secretaria responsvel pelas universidades estaduais, que flexiona todos seus esforos para enquadrar as universidades no figurino do governo do estado; um figurino apertado de zero investimentos, manuteno do arrocho salarial e ingerncia na administrao interna das IES. No mbito da UEM est em curso, desde o ano passado, uma reforma administrativa, que teria como objetivoPROFA. JACQUELINE ANDRADE [email protected] Redao Tcnica e Oficial

ADUEM DEBATE REFORMA ADMINISTRATIVA NA UEM LOCAL: Auditrio da ADUEM DATA: 03/03/04 HORRIO: 18:00Rua Professor Itamar Orlando Soares, 305 - Jardim Universitrio - CEP 87020-270 Fone/Fax: (44) 224-1807 E-mail: [email protected] Pgina: www.aduem.org.br

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Boletim Fome de LivroN 014 - De 02 a 08 de Agosto de 2004Curso para livreiros no Exterior Esto abertas as inscries para o Curso Regional de Formao para Livreiros do Grupo Andino, Mercosul e Chile, que visa melhorar a formao especialmente de proprietrios ou dirigentes de pequenas e mdias livrarias da Amrica do Sul. Apoiada pelo Ministrio da Cultura, a iniciativa se concretizou graas a uma parceria com o Centro Regional para o Fomento do Livro na Amrica Latina e no Caribe (Cerlalc), a Unesco e a Agncia Espanhola de Cooperao Internacional (AECI). Para as 15 vagas oferecidas, o Cerlalc vai selecionar candidatos do Brasil, Bolvia, Colmbia, Equador, Peru, Venezuela, Paraguai, Uruguai, Chile e Argentina. Estratgias de apoio e qualificao O objetivo do curso, segundo o coordenador do Programa Fome de Livro, Galeno Amorim (tambm vice-presidente do Comit Executivo do Cerlalc), melhorar a formao dos livreiros de pequeno porte da Amrica do Sul, compartilhando informaes e experincias de cada pas sobre estratgias de apoio e qualificao profissional. O curso ser entre 24 e 27 de agosto, em Santa Cruz de La Sierra, Bolvia, e os interessados devem enviar formulrio de inscrio at 17 horas desta quarta-feira (4/8) para o e-mail [email protected], juntamente com uma carta de autorizao de suas empresas. O resultado ser divulgado no prximo dia 11 e maiores informaes podem ser obtidas no site do Cerlalc (www.cerlalc.org). Belo Horizonte recebe o prximo encontro preparatrio O III Encontro Preparatrio para o Frum Nacional de Leitura est confirmado para acontecer em Belo Horizonte no prximo dia 14 e, a exemplo dos encontros anteriores, editores, livreiros, distribuidores, escritores, educadores, bibliotecrios e diversos representantes de organizaes da sociedade, em especial aquelas que atuam na rea do livro, leitura e bibliotecas, j garantiram sua participao. Ao todo so sete encontros que vo ocorrer at o final de outubro e antecedem a plenria final do Frum Nacional de Leitura, marcado para novembro, em Braslia. Objetivos Coordenados pelo Programa Fome de Livro, os encontros preparatrios so reunies de trabalho que renem representantes de todos os segmentos do setor e que buscam sugestes concretas para o cumprimento de quatro objetivos traados pelo Ministrio da Cultura:PROFA. JACQUELINE ANDRADE [email protected] Redao Tcnica e Oficial

regulamentao da Lei do Livro (Lei 10.753, de 30/10/03), instituio da Poltica Nacional do Livro, Leitura e Bibliotecas, elaborao do Plano Trienal da Leitura (2005/2007) e participao Brasileira no Ano IberoAmericano da Leitura (2005). Formas de participao A dinmica do encontro prev a participao de representantes da cadeia produtiva do livro, representantes da rea de criao, mediadores da leitura e entidades envolvidas com o setor e rgos governamentais, em seus trs nveis de atuao. A partir do estudo de alguns documentos como a Lei do Livro, por exemplo os participantes preparam e apresentam sugestes concretas e especficas sobre os temas propostos, que so levadas aos encontros seguintes.

Fome de Livro e uma cidade que l Niteri, Uma Cidade Que L o nome do projeto que a Prefeitura de Niteri (RJ) lana no prximo dia 16. O evento de abertura comea com o Seminrio Leituras em Niteri, que ter como moderador da Mesa Galeno Amorim, coordenador do Programa Fome de Livro, parceiro do municpio na construo de um Pas de leitores. O seminrio comea s 16 horas, no Teatro Abel (Rua Mrio Alves, 2 - Icara) e entre os palestrantes esto a coordenadora do Programa de Alfabetizao e Leitura da Universidade Federal Fluminense, Ceclia Goulart, e a escritora Marina Colassanti. Dividido em dois projetos Leitura na cidade e Leituras na Escola (com atividades diferenciadas para cada ciclo da rede municipal de ensino), o programa prev orientao pedaggica aos profissionais da rede municipal, com cursos, distribuio de material de apoio, encontros de trocas e plantes de dvidas. A iniciativa vai atingir diretamente os mais de 25 mil alunos das 74 escolas da rede municipal de Niteri e, indiretamente, os 480 mil habitantes da cidade. Proler de Vitria da Conquista O Comit Proler de Vitria da Conquista (BA) realiza entre 19 e 21 deste ms o XIII Encontro de Leitura, com o tema Leituras e Literaturas: reconstruo de histrias na memria compartilhada, que ter a cultura e a literatura regional como principais enfoques. Para dar continuidade a aes de incluso social, a exemplo do evento do ano passado, o encontro deste ano ter duas das turmas compostas de garis, jardineiros, merendeiras e professores que trabalharo com contos populares e leituras libertrias. Sero quatro oficinas ministradas por atores, contadores de histrias, pedagogos e escritores.

29AGENDA

comerciais ou a grmios esportivos, por exemplo; nesse caso, o pedido ou a solicitao objeto de carta. O requerimento a solicitao sob o amparo da lei, mesmo que suposto. A petio o pedido, sem certeza legal ou sem segurana quanto ao despacho favorvel. Quando concorrem duas ou mais pessoas, ento teremos: Abaixo-assinado (requerimento coletivo) e memorial (petio coletiva). Nota: As expresses abaixo assinadas, muito respeitosamente e tantas outras, arcaicas ou desnecessrias, devem ser abolidas. O requerimento admite invocao, porm no aceita fechos que no os seus. Exemplos apropriados: Nestes termos, Espera deferimento. espera deferimento. Aguarda deferimento.

Sempre um Papo Ronaldo Rogrio de Freitas Mouro 02/08, 19h30 Teatro Joo Ceschiatti do Palcio das Artes (Belo Horizonte MG) 03/08, 19h30 Conjunto Cultural da Caixa Econmica Federal (Braslia DF)

www.sempreumpapo.com.brSempre um Papo Lus Fernando Verssimo 16/08, 19h30 Casa de Cultura Laura Alvim (Rio de Janeiro RJ)

www.sempreumpapo.com.brSempre Um Papo nos Bairros Mrcia Botelho Fagundes 09/08, 19h30 Colgio Regina Pacis (Belo Horizonte MG) 10/08, 19h30 Parquia Cristo Redentor (Belo Horizonte MG) 11/08, 19h30 Escola Municipal Prof Maria Modesta Cravo (Belo Horizonte MG)

www.sempreumpapo.com.br(...) Saiba mais sobre o Fome de Livro: www.bn.br Informaes para a imprensa, sugestes e crticas: [email protected] Acesse os nmeros anteriores aqui

Algumas vezes, nos requerimentos aparecem as palavras residncia e domiclio. Tecnicamente, no se trata de vocbulos idnticos. Assim, residncia indica a casa ou o prdio onde a pessoa habitualmente mora com a inteno de permanecer mesmo que, eventualmente, se afaste, e domiclio refere-se ao centro ou sede de atividades de uma pessoa, o lugar em que mantm o seu estabelecimento ou fixa sua residncia. Diz-se estabelecido, residente, morador, sito na Rua, Avenida, Praa, etc; as formas estabelecido , residente , etc. ainda so usadas entre ns, embora no sejam consideradas cultas. Deve-se dizer: estabelecido, residente, morador sito no Bairro Juvev, e no ao Bairro Mercs. Portanto, devemos empregar na Rua Padre Agostinho, e no Rua Joo Gualberto.

. PETIO/REQUERIMENETO o instrumento que serve para solicitar algo a uma autoridade do servio pblico. No se envia requerimento a empresas Postular significa requerer, documentando a alegao. Requerente a pessoa que subscreve o requerimento. So sinnimos: requeredor, solicitante, postulante ou peticionrio (prprio de petio).

PROFA. JACQUELINE ANDRADE [email protected] Redao Tcnica e Oficial

30 Na linguagem jurdica, o requerimento inicial tem o nome de petio e sua reiterao, de recurso. A brevidade sua caracterstica e compreende: vocativo - cargo da autoridade a que se dirige; prembulo - a identificao do requerente: nome, nacionalidade, estado civil, idade, residncia, profisso, carteira, de identidade ( CPF, em alguns casos ) nessa ordem: teor - solicitao em si; fecho geralmente, uma frmula fixa: Nestes termos Pede deferimento , que no dever ser abreviada e deve ser seguida do local. Data e assinatura. Nestes termos Pede deferimento Rio de Janeiro, 18 de Setembro de 1977. Assinatura

9- ABAIXO-ASSINADO Documento que contm reivindicaes, pedidos ou manifestaes de protesto ou solidariedade. assinado por vrias pessoas. um requerimento coletivo, uma subscrio. dirigido pessoa ou autoridade que tem atribuio para decidir a respeito daquilo que se pede.

ModeloSenhor Doutor Delegado da 16. Delegacia Policial Alfredo Oliveira Ximenes, brasileiro, casado, com 36 anos de idade, residente na rua Albrico Torres n. 45 Ipanema nesta Cidade do rio de Janeiro, engenheiro civil, portador da carteira de Identidade n. ......... fornecida pela Instituto Flix Pacheco, respeitosamente expe o que segue para, por fim, solicitar: H vrios meses, na rua acima aludida, renem-se grupos de desocupados que, em linguagem, desabrida e atitudes agressivas, perambulam at altas horas na noites pela rua em questo, pondo em sobressalto as famlias ali residentes, inclusive a minha constituda de 5 filhos menores. Ocorre que, de uns tempos para c, conforme queixas apresentadas a essa Delegacia e talvez a registradas, embora sem providncias acauteladoras, so incontveis os assaltos a residncias e a transeuntes, de tal modo que hoje impossvel sair rua aps as 21horas. Em face do exposto, solicito a V.S., em nome e da maioria dos moradores desta desprotegida rua, designada uma guarnio policial que permita a volta da tranqilidade quele recanto deste populoso bairro.PROFA. JACQUELINE ANDRADE [email protected] Redao Tcnica e Oficial

MODELO 1Ao Excelentssimo Senhor Prefeito de Manaus

Os abaixo-assinados, brasileiros, residentes e domiciliados na rua das Flores, bairro da paz, nesta cidade de Manaus, solicitam de V.Ex, a instalao de coletores seletivos de lixo, a fim de atender ao projeto comunitrio de reciclagem de plsticos, alumnio e vidros. Na certeza de sermos atendidos, encaminhamos esse documento em trs folhas numeradas e assinadas por todos os moradores, e em duas vias que sero protocoladas em seu Gabinete.

Nomeamos o morador Jos de Jesus Silva, fone 200-0101, como nosso representante, caso V.Ex necessite de outras informaes. Manaus, ...de......de 2004

31 2) Ttulo: denominao da autoridade que expede o ato, em geral j impresso no modelo prprio; 3) Fundamentao: citao da legislao bsica, seguida da palavra RESOLVE; 4) Texto;

Nome Jos de Jesus Silva Maria da Dores Souza Etc.

identidade 0X0.0X0 Seseg/AM 001.999 SESEG/AM Etc.

endereo Rua das Flores, 01 Rua das flores, 03 Etc.

Rubrica

5) Assinatura: nome da autoridade competente, sem indicao de cargo, pois j vem impresso no alto da pgina. MODELO 1

PORTARIA N.......... 10- PORTARIA Ato emitido pela Administrao Superior de um rgo, determinando providncias, constituindo, comisses, delegando poderes, concedendo benefcios etc., nos termos da lei. Envolve pessoas ou disciplina comportamentos legais. Sero objeto de portaria, datada e enumerada, as designaes, os comissionamentos, as concesses de licena, adies, instrues e ordens de servio de