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COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL Novos Média na Comunicação Interna Fórum APCE 2009 As tendências emergentes dos suportes de comunicação Ano XIV - 2009 Semestral Jul/Dez Distribuição Gratuita 34 APCE distingue excelência na Comunicação Grande Prémio 2009 APCE distingue excelência na Comunicação

Comunicação Empresarial N.º 34

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Novos Média na Comunicação Interna; Grande Prémio 2009 APCE distingue escelência na Comunicação; Fórum APCE 2009 As tendências emergentes dos suportes de comunicação

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COMUNICAÇÃOEMPRESARIAL

Novos Média na Comunicação Interna

Fórum APCE 2009As tendências

emergentes dos suportes

de comunicação

Ano XIV - 2009

Semestral �Jul/Dez

Distribuição Gratuita

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APCE distingue excelência na Comunicação

Grande Prémio 2009

APCE distingue excelência na Comunicação

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sumário

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06 Fórum Novos Média

18 Opinião: Redes Sociais e Comunicação Empresarial

20 Entrevista com Julia Jahansoozi

24 Inquérito: Valor da qualificação profissional emerge na comunicação interna

26 Opinião: Pregador

28 Reflexão: O arbítrio e a credulidade na comunicação de hoje

32 Nova publicação institucional valoriza a Associação

33 Clínica de Golf APCE

34 Gestão de Crise

35 Fotografia: Revisitar tempos passados no Hotel Palace da Curia

37 APCE distingue a excelência em Comunicação

63 Associados Colectivos da APCE

Associação Portuguesa de Comunicação de EmpresaAv. da Liberdade, 241250-144 LisboaNIF: 502 359 501T: (+351) 919 566 160 / (+351) 911 986 510E: [email protected] W: www.apce.pt

Direcção: Mário Branco (Presidente), JoãoPedro Sousa, Paula Portugal Mendes,Mário Ferreira e Alda Benamor_______________________________________

COMUNICAÇÃOEMPRESARIALDirector: Mário Branco

Conselho Editorial: Alda Benamor, AldaTelles, Álvaro Esteves, António Rapoula,Isabel Viegas, João Pedro Sousa, PaulaPortugal Mendes, Sandra Pereira

Conselho Técnico-Científico: Joel HasseFerreira, José Viegas Soares, Luís Reto,Luís Simões, Regina Campos Moreira,Rogério de Andrade, Rui Cádima, SalvatoTrigo

Parcerias Estratégicas: FEIEA - Federationof European Business CommunicatorsAssociations; ABERJE - Associação Brasi -leira de Comunicação Empresarial; ACELP- Associação de Comunicação Empresarialde Língua Portuguesa

Edição e Propriedade:Associação Portuguesa de Comunicação de EmpresaRegistada na DGCS com o nº 215443Registo Ministério da Justiça nº 119185Depósito Legal: 88245/97ISSN: 0873-1632Tiragem: 1000 exemplares

Paginação e Publicidade:Bleed - Sociedade Editorial e Organizaçãode Eventos, Lda.Campo Grande, 30 - 9ºC 1700-093 LisboaT: (+351) 217 957 045F: (+351) 217 957 [email protected]

Pré-Impressão e Impressão:Loures Gráfica, Lda.Rua João Camilo Alves, 6-A 2670-661 Bucelas

Os conteúdos dos artigos publicados são daresponsabilidade exclusiva dos seus autores.

A APCE conta, actualmente, com um totalde 260 membros:

. 58 associados Colectivos

. 82 associados Individuais

. 118 associados Estudantes

. 2 associados Honorários

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editorial

A chave

Mário BrancoPresidente da Direcção da APCE

A economia mundial começa a recuperar de uma das crises mais profundas dasúltimas décadas. A visibilidade ainda é reduzida, mas, aqui e ali, já se observamsinais de retoma. O que é nítido, é que a conjuntura recessiva veio realçar a impor-tância estratégica da função Comunicação nas organizações e o papel crucial queos gestores de comunicação nela devem exercer.

Vêm sendo noticiados casos dramáticos em que a brutalidade do despedimentocolectivo varre a própria necessidade de comunicar e imensas situações são conhe-cidas, no tecido das pequenas e médias empresas, em que a ausência de diálogosocial é uma constante. Mesmo assim, temos por indesmentível que existe umavontade genuína na alta direcção da maioria das grandes organizações empresa-riais de cometer à Comunicação uma missão essencial na gestão da reputação cor-porativa e no apoio à concretização da estratégia do negócio.

Quem não apreende esta realidade, na teia de relações complexas e interesses con-traditórios da sociedade mediatizada de hoje, fracassa nos seus objectivos. A ges-tão governativa, não há muito, deu exemplos de uma estrondosa falta de visão nodomínio da Comunicação. Na Saúde, na Educação ou nas Obras Públicas, encon-tramos autênticos casos de estudo: situações prolongadas no tempo, em que a obs-tinação no erro e a ausência de uma adequada estratégia de comunicação na pre-paração, lançamento e acompanhamento das reformas, só podiam mesmo resultarem desastre, por mais indispensáveis e racionais que fossem as medidas a aplicar.

Quem confunde a ferramenta assessoria de imprensa com a gestão complexa doprocesso de comunicação estratégica, quem tem a presunção de basear a comuni-cação com o País num inconsequente “Prós e Contras”, esquecendo a informaçãoprévia, a procura de aliados, o envolvimento, a participação, o compromisso que énecessário estabelecer com os agentes do processo, numa relação win-win, não temlegitimidade para se vitimizar perante a recusa, a oposição frontal, o combateengajado, o boicote.

Ilustrativas de outro entendimento, agora pela positiva, foram afirmações produ-zidas tempos depois pela ministra Ana Jorge. Comentou a governante, que osadministradores hospitalares não têm um problema de competência, mas um pro-blema de comunicação. Pretendia com esta observação incentivar esses gestores aenvolver os profissionais dos hospitais, criando uma correia de transmissão dasdecisões, das orientações e da informação. Citamos a mesma responsável e omesmo Ministério sobre quem, a propósito da gripe A, um editorialista escreveu:temos, finalmente, um óptimo exemplo de como pode ser conduzida a comunicaçãode crise por órgãos oficiais.

Pois é. Os saberes e as boas práticas dos gestores de comunicação - se e quandoenvolvidos no momento oportuno, e desejavelmente em parceria com iguais deoutras disciplinas - podem fazer a diferença. Podem ser a chave na superação demuitos problemas. A APCE continua empenhada e tudo fará para o tornar umaevidência.�

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A Associação Portuguesa de Comunicação de Empresa levou a efeito, no passadomês de Abril, o Fórum APCE 2009, acontecimento inteiramente dedicado à discus-são das oportunidades que os novos média electrónicos proporcionam às estraté-gias de comunicação interna nas organizações.

O enquadramento industrial doMuseu da Electricidade, em Lisboa,constituiu o ambiente perfeito para oFórum, que, durante toda a tarde de28 de Abril último, acolheu cerca deuma centena de gestores e técnicosdas áreas da Comunicação Orga -nizacional e das Relações Públicas.Tratou-se de um momento privilegia-do de networking, em que os profissio-nais do sector puderam informar-sesobre as tendências emergentes noâmbito das redes sociais.

O evento proporcionou, ainda, aosparticipantes o acesso a novos concei-tos e a novas ferramentas de partilha,assim como uma aprendizagem a par-tir da experiência e dos resultadosobtidos com os novos canais criadospor algumas das principais empresasdo País.

“A mudança, hoje, é uma constantedas organizações e, no domínio dastecnologias de informação e comuni-cação, a velocidade dessa mu dança évertiginosa”, observou Mário Branco,presidente da Direcção da APCE,numa breve intervenção de boas-vin-das. “Cada nova ferramenta de acessoao cyber espaço representa um novodesafio (global) à Comunicação e aoscomunicadores”, acentuou, nummomento inicial de contextualizaçãodo tema.

Muito para aprenderCoube a Rui Grilo, CoordenadorAdjunto e Chefe de Gabinete deCarlos Zorrinho, o CoordenadorNacional da Estratégia de Lisboa e doPlano Tecnológico, um primeiroenquadramento do debate. O oradorprocurou mostrar como o PlanoTecnológico surge da necessidade deresposta a um mundo que atravessa

Fórum APCE 2009

Os novos média nacomunicação interna

Mário Branco, Presidente da Direcção da APCE, na companhia de Rui Grilo eSteve Doswell, contextualizou o tema do Fórum

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um período de mudança sem prece-dentes. “O mundo tornou-se verdadei-ramente global e ainda mais imprevi-sível e vamos ter de saber lidar comessas mudanças. As redes de novageração vão ser um mundo de novasoportunidades”, salientou aquele res-ponsável.

Nas suas palavras, “a Internet está amudar as regras da mudança” e “umanova geração já reinventou aInternet”, ou seja, a Web 2.0. Acon -tece, que “essa geração pre para-separa mudar o mundo, utilizandonovas redes para comunicar, como oTwitter, YouTube, Hi5, Facebook ouMessenger”.

Defendeu, depois, que “o pior erroque as empresas podem fazer é blo-quear o acesso dos empregados àsredes sociais. As empresas que assimprocedem (e são tantas) não ficam sóexcluídas dessas redes, ficam cegas,surdas e mudas em relação ao que láse passa”.

Para demonstrar a importância dosnovos média para a comunicaçãoempresarial, escolheu dois exem plos:a utilização do Twitter pela Comcastpara inovar na relação com os clien-tes e a forma como a Domino’s Pizzarespondeu, através das redes sociais,a um vídeo que podia ser devastadorpara a marca. A finalizar a sua inter-venção, Rui Grilo sublinhou que “asempresas têm de aprender com aque-les para quem a tecnologia é tão natu-ral como o ar que respiram”.

Seguiu-se Steve Doswell, consultoringlês no domínio da comunicaçãoin ter na e Presidente da FEIEA(Fede ration of European InternalCom munications Associa tions), quese deslocou expressamente aPortugal para participar no encon-tro. A sua mensagem colocou umainterrogação de fundo quanto aoimpacto que os no vos média podemtrazer ao relacionamento entreempregador e empregado.

João Bettencourt da Câmara, Coor -denador da Unidade de Comu nicaçãoSocial e Ciências da Comu nicação doISCSP, teve a responsabilidade demoderar o workshop “Novos Média eRedes Sociais”. Este académico vincou ofacto de “a intervenção das novas tecno-logias mudar por completo a próprianatureza do trabalho. Hoje, desde quese tenha acesso à Internet, consegue-sesatisfazer praticamente todas as neces-sidades de trabalho ou de investigaçãoa partir de qualquer local”.

mygalp é ferramenta de trabalhoA apresentação produzida por Edu -ardo Guedes de Oliveira, responsávelpela Comunicação Interna da Galp

Energia, centrou-se na ferramentaIntranet mygalp. Lançada em 2007,visava a criação de um portal corpora-tivo de comunicação interna, que fosseinteractivo, actual e funcional.

Segundo o referido gestor de comuni-cação, “este conceito inovador assu-me-se como um elemento chave noprojecto de construção comunicacio-nal da Galp Energia - mais do que umportal, é um instrumento de mudan-ça”. Assim, continua, “é um grandeprojecto de comunicação interna, fer-ramenta de trabalho quotidiana e queestá a criar uma nova cultura organi-zacional”.

Para Eduardo Guedes de Oliveira,“mygalp é uma realidade em cons -

Steve Doswell, João Bettencourt da Câmara eEduardo Guedes de Oliveiradurante as suas intervenções

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tante mudança para cerca de oito milcolaboradores. A sua gestão é fulcral,pois tem de servir as necessidades decada área de negócio da empresa. Vaifomentar toda a dinamização de pro-jectos corporativos à distância, emtempo real e em rede, a chamada redesocial”.

Outra apresentação fulcral desteworkshop foi a de João Duarte, ChiefExecutive Officer da Youngnetwork.Trouxe a público a sua visão a respei-to da Web 2.0. Afirmou, que “as ferra-mentas sociais são uma tendência edevem ser abertas” e, por outro lado,que “é fundamental saber quem é anossa audiência, para assim definir oscanais mais adequados a utilizar”.

Para João Duarte, “o futuro da comu-nicação é comunicar e persuadir”, peloque a qualidade dos conteúdos desem-penha um papel fundamental. A ter-minar, quis transmitir um comentáriode fundo, ao considerar que “a comu-nicação é mais dar do que receber”.

EDP On aposta nos cola boradoresMaria João Vieira Pinto, DirectoraAdjunta da Revista Marketeer, publi -cação que apoiou a divulgação destainiciativa da APCE junto do mercadoda especialidade, abriu a segundaparte do Fórum na qualidade demoderadora do debate a propósito docase study.

Falamos, concretamente,do canal de televisão corpo-rativa EDP On, cuja apre-sentação pormenorizadaesteve a cargo de Ana SofiaVinhas, Directora Adjuntada Direcção de Marca eComunicação da EDP.

A EDP On é uma televisãoque pode ser vista nas ins-talações da empresa, atra-vés de 75 monitores LCDdistribuídos pelos diferen-tes edifícios, mas também

via portal Intranet, registando este,em 2008, uma média mensal de 160mil visitas. Para Ana Sofia Vinhas, “onosso objectivo consiste em dar rostoaos colaboradores da EDP, que são aomesmo tempo os repórteres do canal”.

O meio televisivo apresenta reporta-gens não só dos colaboradores portu-gueses, mas também do Brasil e dosEstados Unidos da América. Segundoa apresentação daquela oradora,trata-se de “uma comunicação rápida,fiável e eficaz, sendo importante comu-nicar sempre a verdade”. Por isso, con-soante informou, para a elaboração deuma reportagem, “existe um conjuntode regras que têm de ser observadaspelos colaboradores-repórteres”.

Com cerca de ano e meio de existên-cia, a televisão corporativa já teve

O Case Study EDP On, moderado por Maria João Vieira Pinto, foi apresentado porAna Sofia Vinhas

oportunidade de colocar no ar, emdirecto, alguns momentos importan-tes da EDP. Segundo Ana SofiaVinhas, “o próximo passo será criaruma programação específica para aslojas EDP, com informação um poucodiferente da que existe na empresa”.

O encerramento do Fórum APCE2009 contou com a participação deAntónio Granado, professor naUniversidade Nova de Lisboa e editordo Publico.pt, que, em jeito de conclu-sões, partilhou com a plateia a suaperspectiva sobre as redes sociais e aimportância dos media sociais. A suacomunicação é reproduzida, com des-taque, mais adiante.

A APCE propôs, assim, uma reflexãoaprofundada sobre um tema da maioractualidade para a função comunica-ção nas organizações, num momentode recessão económica que exige, jus-tamente, um diálogo ainda mais fre-quente, eficaz e transparente com aspartes interessadas internas, paraquem os factores de confiança e moti-vação são essenciais à superação dapresente conjuntura de dificuldade.

Uma nota de agradecimento final aoassociado EDP, pelo apoio incondicio-nal recebido da sua Direcção de Marcae Comunicação, e à Fun dação EDP,pelo espírito de colaboração e pelasfacilidades colocadas à disposição.�

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01 - Anabela Mateus, associada individual, em animada conversa com João Silva e João Duarte, ambos da YoungNetwork02 - Ana Paula Lages e Diogo Fernandes Homem, da EMEL, acompanhados de Carlos Barata Simões, sócio individual03 - O Presidente do Montepio, António Tomás Correia, com elementos da suaequipa de Relações Públicas Institucionais - Ana Rita Branco (Responsável) ePedro Simão04 - Fernanda Silva, da Administração do Porto de Lisboa, com Tiago Ramos,da Câmara Municipal de Lisboa05 - Os eventos da APCE (também) pretendem incentivar o networking

06 - Filipa Amaro, da mCorporate, com Sandra Pereira, docente na ESCS, eMaria Isabel Viegas, associada individual07 - Eduardo Guedes de Oliveira, da Galp Energia, com um dos participantes08 - Pausa-café a proporcionar reencontros09 - José Albuquerque, do Grupo Auto Sueco, com Álvaro Esteves, Média Alta,e Maria João Vieira Pinto, da revista Marketeer10 - O Fórum APCE 2009 reuniu cerca de uma centena de gestores e técnicosda Comunicação Organizacional e RP11 - A Sala dos Geradores do Museu da Electricidade tornou-se um local deComunicação por excelência12 - António Tomás Correia com Steve Doswell, Presidente da FEIEA

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Cinco questões críticassobre as redes sociais

“Antes de me debruçar sobre aimportância dos media sociais e dacomunicação através das ditas redes –comentou António Granado -, gostariade abordar, um pouco, uma questãopertinente nesta matéria, que é o offthe record.

Esta também é uma discussão impor-tante e temos de a ter em atençãoquando falamos de redes sociais. O offthe record é uma regra muito rele-

vante para os jornalistas e que os jor-nalistas respeitam. Mas quando umapessoa me diz isso - ou a diz aos jor-nalistas -, o que eu oiço – ou qualquerjornalista ouve – é que essa pessoatem uma coisa para nos transmitir edeseja que ela seja escrita, mas nãoquer que se diga que foi através delaque se soube.

Porque há segredos que não conto aninguém. Tenho muitos segredos e

O jornalista António Granado aceitou o desafio de encerrar o Fórum APCE 2009, caben-do-lhe a dupla missão de cristalizar o que de mais significativo se transmitiu ao longodo debate e de adicionar a mais-valia do seu conhecimento e da sua experiência profis-sional. Reproduzimos, assim, integralmente, o teor da sua intervenção, acreditada pelasua conhecida competência como docente universitário e editor do “Público” on-line.

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falar muito do dia 11 de Setembro de1998, que é um marco importantíssi-mo na Internet, porque foi nesse diaque a Internet parou - algo impensá -vel nos dias de hoje.

E parou porquê? Porque foi nesse diaque o Procurador norte-americanoKenneth Starr colocou on-line, semavisar os jornalistas, o célebre

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não os conto a ninguém off the record.Se conto a alguém off the record,quero, de alguma forma, que essainformação saia cá para fora. Porquê?Com que razões? Não sei…

As redes sociais são incontornáveis“Passando propriamente às redessociais, gostaria de referir, que esta-mos a falar de meios que aindaatingem uma parte muito pequena dapopulação, pois a própria Internetabrange também poucas pessoas.

Todos nós falamos muito sobreInternet, com grande facilidade, masainda há uma fatia muito larga dapopulação que não tem sequer acessoà Internet, quanto mais às redes soci-ais.

Tudo o que vou falar aqui terá de sercolocado na perspectiva de que osmeios das redes sociais são impor-tantes e é fundamental manter arepu tação on-line. É, pois, impres -cindível que as empresas mantenhama sua reputação on-line, quer atravésdas redes sociais, quer através dassuas próprias páginas de Internet. E anossa reputação on-line também éfundamental.

As redes sociais não são uma perda detempo. São importantes para asempresas e, neste preciso momento,são incontornáveis. Crescem a umaenorme velocidade e as pessoas inter-agem através delas.

A nossa geração não vive fora dasredes sociais, mas, sim, dentro delas,havendo uma enorme facilidade deadaptação. As empresas têm de sepreparar e de se adaptar à grandevelocidade da Internet.

É preciso não esquecer o que se pas-sou há cerca de dez anos: costumo

As conclusões do jornalistaAntónio Granado suscitaram amelhor atenção da plateia equestões muito pertinentes

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relatório Clinton-Lewinsky. Foi umgrande problema para a rede, para aInternet, a simples comunicaçãodesse relatório on-line.

As redes sociais estão em constanteformação e a sua criação também fazcom que tenhamos de estar constante-mente atentos. Seguir uma outra pes-soa alterou-se profundamente e todosnós, na nossa profissão (sejamos jor-nalistas ou empre sários), seguimosmuitas vezes aquilo que se está aescre ver nos blogues ou nos sitessobre a sua própria reputação. Éimportante percebermos, que estasredes estão em constante evolução enós temos de estar perto delas.

Os utilizadores querem autenticidade“Segunda questão, muito importante:a nova geração é centrada no uti-lizador e domina a área digital natu-ralmente. É preciso ter em atenção,que os utilizadores querem autentici-dade nas relações das empresas comos seus clientes.

Não vale a pena tentar enganar aspessoas, pois dizer a verdade é a únicamaneira de gerir as crises nas empre-sas. Não há outra maneira e há quetentar resolvê-las o mais rapidamentepossível.

Houve um caso recente, que envolveuo Barclays Bank Portugal, em queesta empresa teve uma atitude erradarelativamente a uma reclamação feitapor um cliente seu, que por acaso eraum bloguer muito influente na áreadas novas tecnologias. Quando o casoespoletou, quem fizesse uma pesquisano Google, com a palavra Barclays,veria que o caso aparecia logo emquarto ou quinto lugar.

Isto não é nada bom. O facto de nãoter havido uma resposta imediatadaquela entidade ao referido cliente esaber o que se estava a passar preju-dicou gravemente a reputação daempresa. Demorou semanas e, comotodos sabem, é muito simples criaraquilo que se chama uma google-bomb. Teria sido muito fácil evitaresta situação, se o Barclays tivessereagido a tempo a essas críticas, quese estavam a circular na Internet.

“Não podemos perpetuar o erro”“Terceira questão: os erros pagam-secaro na Internet e também nas redessociais.

Muitas vezes, as pessoas entram nosmedia sociais apenas por entrar.Pensam que vai ser giro criar umaconta de uma empresa em determina-da rede ou blogue. E, a certa altura,essas páginas não são actualizadas ea reputação, em vez de aumentar,diminui.

Para conseguirmos levar os mediasociais até às empresas - e nós senti-mos isso no Público - temos de ter ematenção a questão da formação. Aspessoas não nascem ensinadas a uti-lizar os media sociais, elas utilizam-

-nos muitas vezes de uma forma uni-versal, sem perceberem.

Por exemplo, um post feito no Twitteré visto por todas as pessoas e de umaforma que ficará registado para sem-pre. Sempre que é feita uma pesquisano Google, este motor de busca vaiencontrar o post, como percebeu odeputado do PSD, Pedro Duarte,quando escreveu uma coisa completa-mente inaceitável no Twitter.

Contava o Público, que ‘a conta darede social Twitter de Pedro Duarte,deputado do PSD, terá sido invadidana noite de segunda-feira durante odebate do programa Prós e Contras,

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A equipa de Comunicação Internada Galp Energia em grande

interactividade com o orador

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na RTP. Assinado por Pedro Duarte,um comentário sobre Isabel Moreira,uma jurista que integrava o painel deconvidados, chocou os habituais leito-res do deputado: ‘Aquela jurista foium erro de casting. Não sei, nemquero saber, a sua orientação, masfalta-lhe homem’.

O comentário ofensivo foi tema de dis-cussão no Twitter durante grandeparte da noite. Muitos dos queestavam a debater on-line o casamen-to entre pessoas do mesmo sexo, aomesmo tempo que seguiam a RTP,entenderam-no como provocatório.Outros aventaram a hipótese de serum comentário privado (no Twitter, épossível fazê-los), que, inadvertida-mente, teria sido tornado público.

Assim, se desprezarmos completa-mente aquilo que se está a passar nasredes sociais sobre a nossa empresa,sobre aquilo que estamos a fazer, nãoconseguimos responder de uma formaeficaz. E muitas vezes está erradoaquilo que as pessoas estão a dizer.

Sucede, frequentemente, que tenho deintervir ou ir ao blogue e escrever quedeterminada notícia está errada, por-que acontece que a primeira informa-ção pode chegar ao jornal errada e sómais tarde é que mandam a correcta.Entretanto, já nós a tínhamos publi-cado, mas depois fazemos a devidacorrecção no site. Portanto, não pode-mos perpetuar o erro.

A transparência tem limites“Quarto ponto: a transparência temlimites, pois temos de ter em atençãoque aquilo que escrevemos é visto pormuitas pessoas.

Como jornalista, há determinadascoisas que não posso escrever nasredes sociais só porque me apetece.Há muita gente, em Portugal, que nãosabe utilizar os media sociais; achaque pode abrir um blogue, à tardeentrevistar a sério o Presidente

Cavaco Silva, e à noite dizer o piordele. Não pode fazer isso, pois assimperde credibilidade.

E isso acontece muitas vezes com jor-nalistas e eu tenho essa consciênciatodos os dias, pois muitas vezes leiocoisas em blogues e Twitters de jorna-listas que jamais escreveria. Não sãocoisas que se digam publicamente e àsvezes podemos arrepender-nos.

Nem tudo cabe nas redes sociais“Quinto e último ponto: as utilizaçõesdos meios sociais são infinitas, masnem sempre úteis. É preciso ter cuida-do e saber para quem nos estamos adirigir e o que queremos fazer com osmedia sociais.

No Público utilizamos com muito bonsresultados os wikkis. Temos wikkisinternos, em que é colocada toda ainformação sobre a agenda do dia,aquilo que cada pessoa está a fazer,onde estão todos os telefones e contac-tos de todos os jornalistas e onde sãocolocadas todas as críticas feitas emreunião.

Um outro meio, que me parece muitointeressante, é o weblog. O Públicocri ou um a nível interno, que nãoresultou muito bem, porque as pes-soas acabavam por dizer umas àsoutras e a empresa não é assim tãogrande. Depois telefonavam umas àsoutras, a dizer que não gostavam dedeterminada coisa que se escreveu,etc.

O Messenger é uma outra forma exce-lente para nos mantermos em contac-to, para sabermos quem está a fazer oquê e que secção está a compor, paraque não haja duplicação de trabalhos.

Mas a web social não é tudo, é só umapequena parte da web. A comunicaçãotem de continuar através das outrasformas e naquelas que forem necessá-rias.

Nem tudo cabe nas redes sociais, nãopodemos reduzir rapidamente umanotícia no Público para 140 caracterese só fazermos 140 caracteres para oTwitter, apesar de sabermos que aspessoas, que se querem manter infor-madas com breaking news, não preci-sam de mais, mas a verdade é queprecisamos de continuar a fazer aqui-lo que sabemos fazer melhor.

Outra das lições que temos aprendidono Público relativamente à utilizaçãodos meios da web social, e tambématravés de outras ferramentas maisavançadas, é que, para se fazer estacomunicação através das redessociais, sempre achei que a obrigaçãode colocar alguém a fazer este traba-lho é um erro, não resulta. A pessoanão sabe o que é aquele meio, vaientrar com certeza mal e não vai ter asensibilidade necessária para domi-nar o meio em que se está a meter,qualquer que seja a rede social.

Por vezes, temos de pegar naquelesque são os evangelizadores, colocá-losà frente, para irem fazendo esse pe -queno trabalho de convencer os outrosa utilizar estas ferramentas sociais.”�

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A vinda a Portugal de Steve Doswellconstituiu uma feliz oportunidadepara que procedesse, pessoalmente,à entrega do Diploma de Honra daFEIEA atribuído ao Presidente doConselho de Administração doMontepio, António Tomás Correia.

A breve cerimónia decorreu no âmbi-to dos trabalhos do Fórum, tendoSteve Doswell realçado o papel estra-tégico, na orientação e apoio à comu-nicação interna, externa e associati-va, que Tomás Correia, 63 anos, temdesenvolvido na liderança doMontepio, e que levou a direcção daAPCE a propor ao Executivo daFEIEA o seu reconhecimento.

Em resposta, o homenageado confes-sou-se surpreendido, tanto mais que,disse, “sou apenas o impulsionador,pois o grande trabalho é feito peloscolaboradores do Montepio”.

“Na nossa instituição mutualista efinanceira – referiu -, a comunicaçãoassume uma importância estratégi-ca, seja ao nível do público interno,que ultrapassa os três mil colabora-dores, seja do público externo. Nessa

linha, o conhecimento, a informação,o ‘benchmarking’ e a relação entre osgestores, que a APCE assegura, têmvindo a justificar a nossa colaboraçãocom esta associação profissional, mastambém o desenvolvimento de pro-jectos de parceria, de que é exemplo aConferência de Comunicação deResponsabilidade Social, que oMontepio e a APCE organizaramjuntos.

“Sabemos que, além de trabalharmospara as pessoas, sejam elas associa-dos, clientes ou colaboradores, éessencial que trabalhemos com aspessoas, que as escutemos, que asenvolvamos nos nossos projectos, queas coloquemos no centro de todas asactividades e isso não se faz sem umacomunicação atenta, cuidada e ali-nhada com as melhores práticas etendências sociais, culturais e cientí-ficas”.

Tomás Correia elogiou, a concluir, aequipa de Comunicação do Montepioe assegurou que a distinção recebidase revelava “um importante incenti-vo a uma cada vez melhor comunica-ção”.�

Diploma de Honra da FEIEA

Federação europeia distingueAntónio Tomás Correia

A Federação Europeia de Associaçõesde Comunicação Interna (FEIEA) distinguiu o Presidente do Montepio,António Tomás Correia, com o seuDiploma de Honra.

O Presidente do Montepio, cuja distinçãoa APCE propôs à Federação Europeia,tem desempenhado um papel estratégicona orientação e apoio à comunicação dainstituição mutualista que dirige

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oppiniãoRedes Sociais e Comunicação Empresarial

Sabe o queandam a dizer

de si por aí?Alda Telles Directora-Geral da Fonte|Consultores de Comunicação

Portugal é um fenómeno em termos de redes sociais. Tal como sucedeu com os tele-móveis, no que toca a tecnologia e novas formas de comunicação somos um povo“early adopter”.

De acordo com um interessante artigode Raquel Silva no TwitterPortugal (1),o nosso país tem cerca de 2,9 milhõesde utilizadores activos de internet. Maso mais relevante é que destes utilizado-res activos, “2,1 milhões criaram perfisem redes sociais. Cerca de 73 por cento,valor superior à média universal que éde dois terços.”

Temos pois o caminho aberto, isto é,temos massa crítica para trabalharconsistentemente esta área. Os gesto-res de comunicação e relações públicasnão podem, definitivamente, ignorareste novo paradigma da comunicaçãoque é a gestão global e aberta de rela-cionamentos.

Nunca o “word-of-mouth”fez tanto sentidoHoje, o poder dos comentários e dasopiniões que cada um propaga na inter-net sobre os mais variados assuntos –política, marcas, pessoas – constituisimultaneamente uma enorme ameaçae uma enorme oportunidade para asorganizações.

Nunca o “word-of-mouth”, termo quetanto acarinhamos, se revelou tãopoderoso. Um estudo da Nielsen (2009Global Online Consumer Survey) (2)publicado em Julho passado e que estu-dou 25 mil utilizadores de internet em50 países, analisou entre outros aspec-tos a confiança dos consumidores emrelação às marcas. Descobriu, nomea-damente, que 90 por cento dos consu-midores confia nas recomendações depessoas que conhecem pessoalmente;70 por cento confiam nas opiniões deoutros consumidores veiculadas online.Com a explosão do “user generatedcontent” (poderemos traduzir por “con-teúdos gerados pelos utilizadores”), emparticular nas redes sociais como oTwitter ou os grupos do Linkedin eFacebook, o que se diz sobre marcas,produtos e serviços extravasou osmeios tradicionais que os gestores decomunicação procuravam controlar.

Esta explosão significa que o nosso tãocaro “word of mouth” no processo detomada de decisão do cliente, ou ape-nas na reputação da organização, jánão funciona apenas entre pessoas que

se conhecem, mas também entre pes-soas que não se conhecem – ou melhor,“conhecem-se” virtualmente.

As organizações que não entrem na“conversação” que acontece nas redessociais, respondendo ou simplesmenteinteragindo com os seus stakeholders,pura e simplesmente perdem todo umuniverso de opinião, pesquisa de mer-cado, feedback e oportunidades demelhorar o seu serviço ao cliente. Nãoesquecer também que os parceiros denegócio e os jornalistas portuguesesparticipam nestas redes, procurandoinformação ou uma boa (ou má) histó-ria.

No Twitter ou no Facebook, com funcio-nalidades e comunidades diferentes, asempresas, qualquer que seja a suadimensão podem:- partilhar rapidamente informaçõescom pessoas interessadas na organiza-ção ou na sua actividade- recolher em tempo real informaçãosobre o mercado e feedback dos utiliza-dores dos seus produtos ou serviços- construir uma relação próxima, bi-

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empresarial e convencer o manage-ment de que este caminho é irreversí-vel… e bom para o negócio.�

Post-Scriptum: Uma nota de louvor àAPCE, que já iniciou os seus passos noFacebook. Aguardo-a no Twitter…;-))

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unívoca, com clientes e parceiros- reagir instantaneamente a mensa-gens, positivas ou negativas, sobre osprodutos ou marcas da organização- difundir promoções e ofertas especiais … e conquistar novos clientes, cons-truindo, em simultâneo, a reputação,satisfação de clientes e afinidade com amarca.

Por onde começar?Uma coisa é certa e já todos percebe-mos: esta é uma realidade impossívelde ignorar. Daí a saber construir umaestratégia e uma presença pró-activa econtrolada na web, e integrada nacomunicação global da organização, vaiuma grande diferença.

A parte difícil e o grande desafio é: Poronde começar? Onde devo ter a minhamarca? Como a devo comunicar? Comquem? Onde andam os meus stakehol-ders?

Numa análise rápida e superficial, per-cebe-se facilmente que as empresas emPortugal ainda estão numa fase bas-tante primitiva na utilização das redessociais. Os indivíduos, os consumido-res, os líderes de opinião estão muito àfrente das organizações em matéria decomunidades sociais. Para muitos ges-tores de comunicação, estar na Web 2.0ainda é visto apenas como uma obriga-ção. E toca de criar páginas no Facebookou no Hi5, criar um perfil no Twitter e… esperar que aconteça alguma coisa.

Como em tudo, sou adepta de que, paradesenvolver uma área de trabalho,nada melhor que ver e ouvir os que jánela trabalham há mais tempo e reco-lher as melhores práticas.

A literatura e os sites e blogues sobre otema abundam. Mas vou aqui deixaralgumas dicas de Lois Kelly, no artigo“10 social media strategies from topbrands” (3). Uma das recomendações éque a empresa contrate especialistasem redes sociais para a sua equipa, nãodelegando tudo numa agência. A agên-cia pode ajudar a identificar tendên-cias, propor ideias, mas a conversação

online deve ser feita “com sangue pró-prio”. No mesmo sentido, invista numaequipa que garanta a monitorização eanálise do que a rede “fala”.

Outro conselho que dá é que a incursãonas redes sociais comece com um objec-tivo específico ligado a uma prioridade.Por exemplo, planear o lançamento deum novo produto ou serviço. Com umâmbito definido, será mais fácil monito-rizar e avaliar o impacto, e ganharbalanço para iniciativas mais abran-gentes.

Outra mensagem importante é esta:Investir. A ideia que a comunicação naweb é de graça é um erro. Pelo contrá-rio, há que investir – em ferramentasde monitorização e em talento humano.Mais cedo ou mais tarde, haverá quepassar das experiências para um pro-cesso de negócio permanente.

Estamos pois num vasto território deoportunidade, algures entre o “farwest”e o “eldorado” da comunicação, e muitaevangelização ainda tem de ser feita.Da minha experiência, posso dizer quehá ainda muito receio, às vezes disfar-çado de desprezo ou desconfiança, quena sua essência se deve ao desconheci-mento. São tempos interessantes, mastambém difíceis, para os gestores decomunicação e relações públicas: abar-car o novo paradigma da comunicação

Notas(1) http://twitterportugal.com/blog/redes-sociais-a-era-da-partilha-digital/(2) Pode aceder ao pdf da Nielsen em http://blog.nielsen.com/nielsenwire/wp-con-tent/uploads/2009/07/pr_global-study_07709.pdf(3) http://www.imediaconnection.com/content/24470.asp

Para acompanhar tendências, e seguir conselhos de especialistas, aconselho, entreos milhares de sites e blogues sobre o tema, o www.socialmediatoday.com.

“As marcas são cada vez maisreferenciadas nas redes sociais.Há que monitorizar clientes insatisfeitos e responder-lhes imediatamente. Nas redes sociais,a resposta pode ser instantânea.”

As mais populares redessociais em PortugalHi5 e Facebook – redes de lazer,entretenimento, actividade cívica

Linkedin e Startracker – redes emi-nentemente profissionais quegerem networking no mundo dotrabalho

Twitter – uma plataforma de micro-blogging que permite conversaçãoinstantânea entre pessoas e organi-zações.

Youtube – portal de partilha devideos, poderosa ferramenta demarketing viral

Estas são as redes do momento,mas esta é uma área extremamen-te dinâmica. As redes podem nas-cer, crescer e morrer a qualquer mo -mento. Há que acompanhar deperto as tendências do mercado.

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entrevistaJulia Jahansoozi

As pressões económicasestão a levar os comunicadoresa uma posição de ‘faz tudo’

Entrevista conduzida por Ricardo Silva

Julia Jahansoozi, directo-ra executiva da EUPRE-RA (European Education

and ResearchAssociation) e professora

na Universidade deStirling, na Escócia, pela

qual é doutorada e emque integra (desde 2008)

o departamento de Filme,Media e Jornalismo, des-

locou-se a Portugal, emmeados de Maio, a convi-

te do Instituto Superiorde Novas Profissões, ondeproferiu uma conferência

sobre Tendências daComunicação, no encerra-mento das I Jornadas de

Comunicação do INP.

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mento, as especializações costu-mam ser encorajadas. É lógico, queexistem algumas posições em que aespecialização é uma necessidade –as relações com os investidores, porexemplo. Mas o conhecimento decomunicação de marketing é umaárea que se pode incluir na função‘generalista’ da comunicação – asrelações públicas já não tantoassim.

CE - A sua experiência anterior detrabalho com empresas petrolíferase do cacau, negócios sob olhar aten-to e fortemente sujeitas à opiniãoexterna, proporcionou-lhe contactocom comunicação em situações decrise extrema. Estarão as principaisempresas de hoje bem preparadaspara enfrentá-las? Estarão cientesdas acções necessárias para promo-ver a mudança posteriormente?

JJ - Mais uma vez, depende.Observei que, na indústria petrolí-fera, podem existir excelentes práti-cas desenvolvidas em ‘bolsas’ (porexemplo, Sundre, província deAlberta, no Canadá), mas que, nou-tras partes do Mundo, de formaalguma se verificam (mesmo dentroda própria empresa petrolífera!).

É evidente, que existem grandesdiferenças políticas e de estabilida-de entre países, como o Canadá e aNigéria, e que elas criam enormesdesafios. Todavia, desaponta-meobservar que a resolução de confli-tos e fortes relações de comunida-de/contributo da mesma para o pro-cesso decisório são praticamente

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A nossa revista foi convidada, apre-ciou as opiniões da Profª Jahansoozi,que desenvolveu trabalho profissio-nal no campo das Relações Públicasno Canadá e no Reino Unido, e acor-dou a realização de uma entrevista,com alguns tópicos originais.

“Comunicação Empresarial” - Feznotar, durante a sua palestra emLisboa, as autoavaliações divergen-tes feitas pelos comunicadores deagência e pelos comunicadores deempresa, quando julgam o seu con-tributo para a ComunicaçãoEstratégica. Pode confiar-nosmelhor o seu pensamento a esterespeito? Destes dois grupos, quemtem a visão mais precisa?

Julia Jahansoozi - É difícil saberquem tem a percepção mais precisa.Sei, no entanto, que é aos gestoresde comunicação das empresas quecabe decidir em matéria de contra-tação de consultoria externa parafins estratégicos ou tácticos.

Estes profissionais sentiam, queapenas recorriam às agências decomunicação para suporte táctico(operacional) e não se lhes dirigiampara obterem inputs estratégicos.Inclino-me a pensar, que a perspec-tiva in-house é a mais certeira,tomando por base a minha expe-riência pessoal de ter trabalhadoquer in-house, quer em agências.

É evidente, que as agências de comu-nicação se ‘vendem’ como sendo capa -zes de proporcionar conselho estratégi-co, visto que este tem maior valorfinanceiro que o mero apoio operacio-nal. O perigo reside em que as agên-cias sejam apenas vistas como capazesde fornecer conselho táctico/operacio-nal, enquanto as consultoras de gestãoconseguiram tomar para si o mercadodo conselho estratégico, e muitas delastêm divisões de comunicação, encon-trando-se a oferecer aconselhamento anível estratégico…

CE - Vê a actual crise macroeconó-mica e dos mercados financeiroscomo potenciadora de mu dançasnas políticas de RSE, mais basea-das em medidas concretas e rápidasdo que em mudanças de longoprazo, ou precisamente o contrário?

JJ - A pergunta é de difícil resposta.Depende da organização em parti-cular, de a perspectiva ser de longoou curto prazo, e de quais as pres-sões sobre ela exercidas (pressãopara a obtenção de lucro a curtoprazo em detrimento da sustentabi-lidade a longo prazo, etc.).

Algumas organizações encontram--se em melhor posição para investirem abordagens de longo prazo,enquanto outras, que verão aResponsabilidade Social Empresa -rial, possivelmente, como ferramen-ta de marketing, encará-la-ão como‘penso rápido’, para ajudar à dife-renciação ou conquistar simpatia dedeterminado público…

CE - Mencionou o papel do comuni-cador como sendo cada vez maisgeneralista. Na sua opinião, isso épositivo para a eficácia da comuni-cação com os públicos ou entendeque o ‘ruído’ se intromete com maisforça nas mensagens?

JJ - As pressões económicas estão alevar os comunicadores a uma posi-ção de ‘faz tudo’ e de serem capazesde ‘oferecer tudo’, perante a reduçãodas equipas nos departamentos.

Em períodos económicos de cresci-

“Actualmente, parece que saimais barato à Shell pagar resgates de raptos na Nigériado que alterar a sua forma deoperar”

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entrevista

inexistentes e realçam diferençasde tratamento/abordagem entrecomunidades no Canadá, que têmpoder, acesso a recursos (Internet,informação, etc.), quando compara-das com países em desenvolvimen-to, onde as pessoas lutam para sim-plesmente existirem.

As comunidades do Canadá e daNigéria têm ambas as mesmaspreocupações – impacto da poluiçãona sua saúde, na capacidade de pra-ticarem a agricultura (ter umavida) e, no entanto, as abordagenspara entender os seus anseios eincluir essas comunidades no pro-cesso de decisão e de encontrarsoluções que lhes sejam aceitáveissão muito diferentes.

Actualmente, parece que sai maisbarato à Shell pagar resgates deraptos na Nigéria do que alterar asua forma de operar. Em Sundre,coube à iluminada visão de um diri-gente da Shell a percepção de quenão podia continuar a operar damesma forma, visto que a hostilida-

de da comunidade estava a terreflexos financeiros bastante pesa-dos.

O sector do cacau é ligeiramentediferente, mas é interessante notarque existe uma crescente preocupa-ção com a diminuição da qualidadee das quantidades de produto naÁfrica Ocidental subsariana, quetem do melhor cacau no Mundo. Osproblemas incluem as práticas agrí-colas, o envelhecimento dos agricul-tores - os jovens não têm tanto inte-resse e existe, ainda, o impacto doVIH -, o pouco retorno financeiro docultivo do cacau, porquanto faltaminfra-estruturas para levar o produ-to até aos mercados, as taxas dejuro dos empréstimos batem os 80%tornando difícil aos agricultoresliquidar o crédito sem entrar numaespiral de endividamento, etc.

O Sustainable Tree Crops Pro -gramme (STCP) tem desenvolvidoum trabalho extraordinário a edu-car os produtores de cacau, deforma a melhorarem a qualidade doproduto e a aumentarem as suascolheitas, e a informá-los sobre ovalor de mercado do seu cacau,através das Farmer Field Schools.

No entanto, o financiamento destetrabalho vem, principalmente, dedoadores como a USAID, USAD,WCF, DfID, DANIDA, etc., com aindústria do chocolate a oferecertambém algum dinheiro, emborasem se aproximar dos valores dosanteriormente referidos, o que éinteressante, visto que a indústria

(empresas como a MARS, NESTLE,CADBURY, etc.) tem muito a per-der. Até por questões de sustentabi-lidade, pensaríamos que a indústriaglobal do chocolate iria investirmais no sector do cacau, mas não éisso que se passa.

É, também, interessante observar,que os players desta indústria dão,efectivamente, destaque e promo -vem as suas actividades de Res -ponsabilidade Social Empre sarial.Mas penso que poderiam e deve-riam investir bem mais do queactualmente fazem.

CE - Como professora de Gestão deComunicação Pública, sente que osestudantes de hoje sentem desejode se informarem e que utilizam asferramentas web mais para fins deconhecimento do que apenas parainteragir em redes sociais, comoinvestigadores bem apetrechadosem vez de meros seguidores de ten-dências web específicas?

JJ - Noto que os nossos estudantesestão muito empenhados na utiliza-ção das ferramentas web, quer paraa pesquisa, quer para o seu próprionetworking. As próprias ferramen-tas estão a fazer com que eles vejamde que forma podem utilizá-las demodo estratégico.

Os estudantes têm, garantidamen-te, as capacidades técnicas, masainda precisam de desenvolver asua perspectiva e entendimentoestratégicos – será isto a adicionar--lhes valor e a diferenciá-los, umavez que a maioria dos jovens envol-vidos em redes sociais e ferramen-tas web já dominam a técnica.

A perspectiva estratégica irá fazercom que considerem e analisem,conscientemente, em vez de apenasseguirem a última tendência… É,pelo menos, a isso, que eu e os meuscolegas tentamos encorajá-los.�

“Os nossos estudantes estãomuito empenhados na utiliza-ção das ferramentas web, querpara a pesquisa, quer para oseu próprio networking”

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inqquéritoDelphi Study da FEIEA revela

Valor da qualificaçãoprofissional emerge

na comunicação interna

Os profissionais de comunicação internaeuropeus expressam a convicção que estesector da comunicação se assume, cada vezmais, como um campo profissional autónomo.

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“O ritmo e as especificidades podemvariar de país para país, mas reco-nhecemos uma tendência que nãodeixa margem para erro. Os nossosprofissionais não são imunes aosefeitos da actual crise económica,mas podemos constatar, a partir doúltimo ‘Delphi Study’ da FEIEA, queas pessoas vêem cada vez mais ovalor de se tornarem qualificadasprofissionalmente. Quando a econo-mia europeia melhorar, esperamosver os comunicadores internos, osseus empregadores e os seus clientesa beneficiarem, todos, do investimen-to feito na formação profissional”.

O relatório completo e as respectivasconclusões encontram-se disponíveisno sítio internet www.feiea.com.�

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O mais recente Delphi Study, con-duzido entre os membros das asso-ciações nacionais (de 11 paíseseuropeus) com representação naFEIEA – a federação europeia deassociações de comunicação interna-, foi publicado recentemente e serácomentado ao longo dos próximosmeses.

Neste inquérito de percepção delargo espectro, consagrado ao am -biente da comunicação interna naEuropa, e que teve a consultoria deuma verdadeira especialista, a aus-tríaca Carola Golser-Wamser, osprofissionais apontam, com firme-za, a importância da comunicaçãocomo um factor crítico de sucessoorganizacional.

No entendimento da FEIEA, istosublinha a confiança que os profis-sionais têm na sua jovem profissão.

A qualificação profissional fornecebases sólidas para o desempenho dacomunicação interna e o DelphiStudy vem revelar um aumentoexponencial no número de profissio-nais com qualificações relacionadascom a comunicação.

No entanto, a sala da direcção aindanão está pronta para oferecer à comu-nicação interna um lugar na mesaexecutiva: os comunicadores internosobservam que ainda terão de veralgum avanço real no seu estatuto,que as equipas e os orçamentos conti-nuam estáticos e que os comunicado-res não esperam que este cenáriomude no futuro imediato.

A FEIEA começou a perguntar aosprofissionais de comunicação a suaopinião a respeito do futuro dacomunicação organizacional em2001, naquilo que se tornou umasérie regular de inquéritos conheci-dos por ‘Delphi Study’.

Desde então, a Federação repetiu jáduas vezes este estudo alargado decomunicação interna através daEuropa - em 2005 e em 2008.

“As associações nacionais estãotodas a trabalhar para antecipar eresponder à procura crescente,entre os seus membros, de orienta-ção e maior qualificação profissio-nal”, afirma o Presidente cessanteda FEIEA, o suíço Daniel Ambühl.

Perfil da FEIEAA FEIEA, constituída em 1955, é uma federação europeia de organi-zações de comunicação interna integrando 10 associações-membrose representando profissionais de comunicações de 11 países(Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslovénia, Hungria,Irlanda, Itália, Portugal, Reino Unido e Suíça).

Os objectivos da FEIEA consistem na partilha de conhecimento, namelhoria da eficácia da comunicação interna e na criação de oportu-nidades para a cooperação e a colaboração, na Europa, entre asassociações de comunicação interna e os profissionais.

Dois portugueses no Board da FEIEAA presidência da FEIEA, conhecedora do grande dinamismo e daactividade desenvolvida nos últimos anos pela APCE, consultou anossa Associação com vista ao reforço da participação portuguesa noExecutive Board.

Assim, desde finais de Outubro, quando se voltou a reunir a direc-ção executiva da FEIEA, na Eslovénia, e em função quer da nossaresposta favorável quer da votação unânime que teve então lugar, aAPCE passou a estar representada no Board não só por MárioBranco, Presidente da Direcção, como também por António Rapoula,Secretário da Mesa da Assembleia Geral, que vinha já desenvolven-do uma colaboração muito activa no seio da FEIEA.

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oppinião

Quem tem um martelo na mão, olha para a realidadecomo se tudo fosse pregos. É a falácia do pregador. Oque com ele se passa não foge do que observamos nosprofissionais de diversas áreas. Como são especialis-tas a martelar pregos não conseguem distinguir oparafuso.

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Na comunicação, o crescimento e amaturação das várias disciplinas temvindo a acentuar isso. Temos o abovee o below. Noutra terminologia, temosa publicidade, o design, o marketingdirecto, o digital, a compra de meios,as relações públicas, o estudo das ten-dências, a guerrilha, e muitas outrasmais. Todas nomenclaturas que defi-nem e balizam diferentes conheci-mentos. Ao trabalharem em cada uma

dessas áreas, os recursos especiali-zam-se e tornam-se bons (algunsmuito bons, outros nem por isso) numdeterminado conjunto de ferramen-tas.

Há uma natural predisposição paraavaliar as necessidades do clientesegundo as ferramentas que se domi-nam, o que enviesa à partida a análi-se e prejudica à chegada os resultados.

No que à publicidade diz respeito, osgrandes grupos já fazem alguma con-solidação de saberes, integrando nasmesmas estruturas de cada país apublicidade, o marketing directo, odesign e mais recentemente o digital.Fica de fora por opção a compra deespaço, até porque é um negócio quenecessita de escala, mas tambémoutras disciplinas que deveriam estarincluídas. O que se ganha com estaescolha, perde-se em visão global.

Pregador

João DuarteCEO do Grupo [email protected]

“Num futuro não muito longín-quo não fará sentido falar deagências de publicidade e de

agências de comunicação, já queas competências de umas e deoutras terão de estar fundidas

debaixo de um mesmo tecto”

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À cabeça do que está fora, situam-seas relações públicas, que se concreti-zam no terreno por estruturas inter-nas das empresas e por agências decomunicação (consultoras de comuni-cação, empresas de relações públicas,etc.; o baptismo neste caso não meparece relevante, embora se gastemuita tinta a discuti-lo), na maioriados casos inclusive concretizam-sepelo trabalho combinado entre estru-turas internas de comunicação eagências de comunicação, distribuin-do-se por ambas os papéis estratégicoe operacional, determinados caso-a--caso, e muito flexíveis.

Ora, o que não faz muito sentido falaré de consultores de comunicaçãoquando a sua especialidade são asrelações públicas e as consequentesferramentas que as materializam. Aanálise do que o cliente necessita nãose esgota nas relações públicas, e tam-bém não se esgota no que as agênciasde publicidade são capazes de ofere-cer.

O objectivo primário do marketing dequalquer cliente é fazer chegar a suamensagem a uma determinada au -diência. Donde as respostas às neces-sidades do cliente serão atendidas deacordo com a forma de fazer chegaressa mensagem à audiência, indepen-dentemente de ter na mão um marte-lo ou não.

Acresce que o advento das redessociais fez nascer um novo territóriode ninguém, passível de conquistatanto pela publicidade como pelasrelações públicas. Este novo espaço,em franco crescimento, está aindamuito verde e disponível para sertomado.

Da semana que passei em Junho últi-mo, no festival de Cannes, deduziduas principais conclusões:

1. As festas na praia são tão boascomo a fama que as precede (apesarde escutar aqui e ali que, este ano, a

crise fez descer o nível, não evitandoporém que alguns publicitários conti-nuem a visitar Cannes sem se regista-rem no Festival).

2. Num futuro não muito longínquonão fará sentido falar de agên-cias de publicidade ede agên cias decomunica-ção, já queas competên-cias de umase de outras te -rão de estar fun-didas debaixo deum mesmo tecto.

Por tudo isto vale apena viajar até à Côted’Azur em Junho dopróximo ano. E até lá,alterar progressivamen-te o estojo de ferramentas.

Certo, no futuro, para lá da morte edos impostos, é que teremos de pregarde outra forma.�

“O advento das redes sociais feznascer um novo território de ninguém, passível de conquistatanto pela publicidade comopelas relações públicas”

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O arbítrio e a credulidadena comunicação de hoje

Comunicar tem pela sua essênciaum objectivo: transmitir a realida-de. E essa realidade, apesar da legi-timidade e uso de todo o tipo deestratégias e marketing de comuni-cação, serve como referência para averdade. Por outras palavras, nacomunicação actual há verdade ementira; comunica-se a realidadeou inventa-se uma realidade, pro-põe-se uma vida assente na realida-de ou a alienação numa vida imagi-nária e inalcançável.

Não pretendo com isto, como é deimaginar, passar a mensagem deque a comunicação deve ter umcódigo mais restritivo de condutas ede verdades - que orienta e sancio-na os que comunicam, até porque asverdades universais têm naturezareligiosa - mas recordar, tão somen-te, o poder que tem na actual socie-dade quem comunica.

Poder, porquê? Porque a felicidadedas pessoas depende da comunica-ção. Porque a sociedade de valoresdepende da comunicação. Porque asociedade democrática depende da

comunicação, e por aí adiante. Eisto porque comunicar, como é sabi-do, tem duas dimensões: a de infor-mar e a de formar, e é através dacomunicação que se irá construir asociedade diferente e de atributosque todos almejamos.

A comunicação pode não ter umlimite normativo, mas tem umgrande limite pessoal: a consciênciade cada um.

Não conta aqui o que os outros, ou alei, pensam da conduta individual oudo compromisso com o dever sersocial; o que conta é como cada um sesente com o que faz e com o que diz.Na maturidade de quem assume quecomo não vivemos isolados, mas emcomunidade, tudo o que diz ou faztem reflexos na vida de terceiros.

O arbítrio…Com o arbítrio da comunicação - quecomo qualquer arbítrio exige liber-dade - torna-se claro que a comuni-cação, independentemente da suaqualidade técnica e da prossecução

reflexão

Luís Miguel LarcherEscola Superior de Educação João de Deus

A recente crise financeira e económica mundial, a que poderemos juntar os pro -blemas das instituições de crédito nacionais, permitem-nos objectivar como acomunicação hodierna se confronta com dois grandes problemas: o arbítrio e a cre-dulidade. E se o problema do arbítrio tem pouco a ver com uma verdade univer-sal, mas com a consciência pessoal, a credulidade é um problema de falta de cul-tura e de maturidade educacional.

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… e a credulidadeConfrontamo-nos, deste modo, coma questão da credulidade. Fruto dasua pouca educação, o povo portu-guês é muito acrítico e crédulo acer-ca do que lhe comunicam.

Ninguém ignora que basta dizeralgo na televisão para ser verdadei-ro e indesmentível, e se a isso jun-tarmos os critérios editoriais queprivilegiam a polémica e o “voyeu-rismo” à verdade, temos então umamistura explosiva de desinformaçãoe ignorância.

Como poderemos querer ter umasociedade democraticamente madu-ra e responsável, se nada, nem nin-guém, investe na formação das pes-soas. Formar não se confunde com a

dos objectivos pretendidos, pode serboa ou má. Como não depende dosresultados obtidos, significa que acomunicação é boa ou má de acordocom as intenções de quem comunica,da verdade do que se comunica e dorespeito pela dignidade e direitoshumanos a quem se comunica.

Nada mais fácil e objectivo: a bonda-de ou a maldade da comunicaçãodepende de quem comunica. A ques-tão interliga-se, aqui, com os proble-mas da educação e da cultura. Quemtenha uma consciência mal formada,por não ter sido educada, provavel-mente, não terá limites ou valores nasua comunicação, senão o seu inte-resse e objectivos egocêntricos.

Neste caso, o que fazer? Falar deética como uma teoria do dever ser

é fácil; assumir que a falta de quali-dade do ensino e de educação geracomunicadores imorais é complica-do. Até porque temos experiênciashistóricas de comunicadores que setornaram manipuladores e ditado-res de “verdades” políticas e até demodas. Aliás, não é preciso ir tãolonge e vermos a actual realidadecomunicacional em Portugal, sobre-tudo na política.

E aqui fica uma pergunta: onde éque os jovens hoje aprendem a for-mar a sua consciência? Nas escolas?Ou o Estado se demite cometendotal função às religiões e às famílias?Mas como a formação não dependesó da integridade do formador naescola, a pergunta é se os currículoscontemplam, para além da forma-ção científica, a formação humana?

A felicidadedas pessoasdepende dacomunicação…A sociedade devalores depen-de da comuni-cação… Asociedadedemocráticadepende dacomunicação

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aprendizagem curricular, mas coma aquisição de ferramentas pessoaisque permitam que cada um se sintaresponsável pelo bem comum e sesinta valorizado no trabalho quedesenvolve, como indispensávelpara o bem estar e a riqueza sociais.Qualificação e responsabilidadesocial!

Como se constrói essa sociedade? Aresposta prática deixo-a a quem dedireito: aos órgãos de soberania, aospartidos políticos e, sobretudo, aosempresários. Mas, atrevo-me a pro-por um paradigma educativo: criar!É um verbo que se aplica em doissentidos: criar no sentido da criati-vidade e inovação e na adaptaçãoda realidade às mudanças que aevolução opera; e criar no sentido deprojectar uma sociedade diferente,com uma nova mentalidade e aber-ta a uma comunicação mais verda-deira e à diversidade de todos.

A crise em que ainda vivemos trou-xe, ainda que de forma dolorosa,visibilidade às lacunas e à incoerên-cia de uma sociedade “desconstruí-da” à volta de falsos valores e dereferências deturpadas a pessoas eestilos de vida. Só que as pessoasaprenderam a acreditar que esseera o passaporte para o sucesso efelicidade pessoais. Essa mudançavai acarretar confusão e desilusão,mas, como soi dizer-se, é uma jane-la de novas oportunidades.

Aliás, o problema do mundo não eraideológico, mas sistémico. Se o blococomunista desapareceu e emergi-ram oligarcas e figuras de ditadorespopulistas um pouco por todo oglobo, o capitalismo deu lugar aopragmatismo dos apelos popularesà intervenção do Estado paraencontrar soluções de sobrevivênciapara a vida das pessoas. E, pouco apouco, até os relativismos começama dar lugar à adesão a valores abso-lutos, nas vidas pessoais e nassociedades.

A alteração dos paradigmas da sociedadeChegou, então, altura de aparece-rem os novos líderes da comunida-de. A mudança vai exigir novasideias, novas estratégias, novasposturas, o que vai exigir prepara-ção e capacidade de diálogo.

Não poderemos ficar por uma alte-ração cosmética de rostos, até por-que o problema do mundo que ter-minou o seu tempo de vida não é depessoas mas de concepções e estilosde vida. O privilégio da competên-cia e do valor das pessoas sobrehábitos e práticas há muito enrai-zados, caso paradigmático emPortugal, se rá a consequência óbviadessa nova mentalidade.

O pior erro que o mundo poderiacometer, na pós-crise global, serianão aprender com os erros e consi-derá-la um simples percalço noshábitos instituídos.

A crise está interligada aos radica-lismos e ao terrorismo, no que sãosinais visíveis de um tempo e de ummundo esgotados, sem soluções ecom profundas injustiças sociais.

O paradoxo radica numa solução trêsem um: a alteração dos paradigmasda sociedade hodierna será a soluçãoa longo prazo para a crise, para osradicalismos e para o terrorismo.�

reflexão

“(…) A bondadeou a maldade da

comunicaçãodepende de

quem comunica”

“O paradoxo radica numa solução três em um: a alteraçãodos paradigmas da sociedadehodierna será a solução a longoprazo para a crise, para osradicalismos e para o terrorismo”

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Por ocasião da Gala anual de procla-mação dos vencedores do GrandePrémio APCE 2009, realizada dia 25de Maio último, na sede da Vodafone(em Lisboa), foi distribuído a todos osconvidados um novo suporte institu-cional, que valoriza a missão, o traba-lho que desenvolve, os instrumentosde que dispõe para comunicar e osobjectivos estratégicos que a Asso -ciação pretende alcançar.

Documento sóbrio, de 16 páginasamplamente ilustradas, esta brochu-ra documenta a actividade desenvol-vida pela APCE nos últimos anos eexpressa a ambição desta em consti-tuir-se como a associação de referên-cia nas áreas da ComunicaçãoOrganizacional e das Relações Pú -blicas em Portugal, concorrendo paraa sua promoção e defesa, em benefíciodos seus membros e da sociedade por-tuguesa.

Este novo suporte institucional revelao que é a APCE – a sua natureza, assuas raízes, os seus valores, os seusobjectivos de acção e as suas referên-cias (nomeadamente, o Código deConduta, publicado numa versão inte-gral) – e o que oferece aos associados,passando a funcionar como um “car-

tão de visita” no relacionamentoda Associação com as suas partesinteressadas.

Numerosos teste-munhos recolhi-dos junto de asso-ciados de referên-cia contribuempara credibilizarainda mais estanova iniciativade co mu nicação,que não esqueceas relações in -ter nacionais daA s s o c i a ç ã o ,porquanto pre -vê um sumárioexecutivo emlíngua inglesa, logo no verso decapa.

As parcerias permanentes esta-belecidas com os CTT, a SYBA-SE e a VODAFONE, e o apoiorecebido da Bleed e da LouresGráfica facilitaram a produçãodeste trabalho, que representaum excelente instrumento dedivulgação e promoção da APCE,agora também ao dispor dos asso-ciados.�

notícia

Nova publicação institucional

valoriza a AssociaçãoA APCE dispõe de uma nova publicação institucio-nal, a primeira com o formato e conteúdo brochura,para melhor se apresentar perante públicos selec-cionados da sua relação.

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Clínica de Golf APCE

Um grande shot…solidárioComo a vida deve ser muito mais do que apenastrabalho, por apaixonante que seja a profissão,a APCE acolheu de braços abertos o desafio doComité Português da OMEP (OrganizaçãoMundial de Educação Pré-Escolar) para seassociar ao Shot Solidário, evento de solidarie-dade social, que decorreu na Quinta do Peru.

Sempre disponível para apoiar causas denatureza social de reconhecida idoneida-de, a APCE não hesitou em partilharcom os seus associados a iniciativa ShotSolidário, a que está intimamente ligadoum sócio colectivo (Escola Superior deEducação João de Deus), por nela desco-brir uma agradável oportunidade dereencontro num momento de lazer e desolidariedade com crianças carenciadas.

E em boa hora o fizemos. No final detarde e noite de 4 de Julho, o ShotSolidário, já em terceira edição, resultounuma grande festa nos greens do Golf &Country Club da Quinta do Peru e anga-riou a bonita soma de 24 mil euros paraprojectos sociais em curso em bairros

problemáticos da periferiade Lisboa e para humani-zar o centro de acolhimentotemporário Casa RainhaSanta Isabel, em Odivelas.

A organização do torneiorecebeu elogio unânime, aprimeira Clínica de GolfAPCE, orientada pelo prof.António Dantas e sua filhaCláudia, despertou novosvalores entre os nossos

associados e o jantar/festa na ClubHouse só terminou à uma da manhã.

Um leilão de generosas ofertas contri-buiu fortemente para o “cheque”,António Tomás Correia, presidente donosso associado Montepio, brilhou nofado e o agrupamento de gestores etalentosos músicos “Fora de Prazo” virouo Clube do avesso, com a interpretaçãode êxitos dos anos 60.

Um swing perfeito, para um grandeshot!�

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gestão de crise

Quando uma crise ou um problemaaparece, o holofote dos media incidesobre as entidades envolvidas, mui-tas vezes arrasando anos de traba-lho e empenho na defesa e promo-ção de valores e missões corporati-vos. No processo de defesa da repu-tação corporativa, a comunicação éo actor principal.

A primeira tarefa de uma organiza-ção deve ser estabelecer a sua defi-nição de crise e assegurar que todosos membros da equipa de gestãoestão a trabalhar para o mesmomodelo. Em suma, uma crise podeser definida como «PublicidadeNegativa Inesperada», e é o elemen-to publicidade que normalmente dámais problemas e precisa do trata-mento mais cuidadoso.

No que diz respeito a tempo e recur-sos de gestão, comunicar com asvárias audiências exteriores – espe-cialmente os media – pode implicarmuito mais tempo e esforço que aresolução da própria crise. E, nor-malmente, é a publicidade que lhetrará mais problemas, não o estragoprovocado pela crise.

Uma crise exige uma comunicaçãoprofissional, efectiva e que controleo desenrolar da situação. Com oobjectivo de agregar regras e conse-lhos em caso de crise num documen-to de fácil acesso, a SiemensPortugal criou o “Guia para a

Comunicação de Crise e Proble -mas”. Esta ferramenta de comuni-cação foi elaborada com o propósitode compilar num documento de fácilacesso e manuseamento as princi-pais regras e conselhos em caso decrise na empresa ou nos vários pro-jectos que desenvolve em Portugal.

Lançado em Setembro de 2008, esteguia tem sido disseminado pelaempresa através de sessões de for-mação sobre o tema “comunicaçãode crise” e foi distinguido, recente-mente, pela APCE.

Com praticamente todas as novascrises e problemas surgem novascaracterísticas. A forma como umacrise foi tratada há dez anos atrás,apesar de ter sido bem-sucedida,pode já não ser apropriada hoje.Assim, temos que continuar aaprender. Em termos de RelaçõesPúblicas, a verdadeira crise não é oque aconteceu realmente; é o que aspessoas pensam que aconteceu. E asua mensagem vital não é aquiloque pensa que deve dizer, mas simaquilo que as pessoas esperam quediga.

Apesar de toda a carga negativa,uma crise dá-lhe uma grande quan-tidade de publicidade indesejada.Mas é publicidade que, de outraforma, não teria. A atenção domundo em si, na sua empresa e noseu produto é também uma poten-cial oportunidade promocional. Se ofluxo da situação de crise for geridoda forma mais correcta, pode defacto ser uma oportunidade parapotenciar a reputação das empre-sas.

João DelgadoPress Officer Siemens Portugal

A prevenção é(quase) tudo

Nesta era comunicacional de enorme exposição para as empresas e organizações,adquirir e tornar perceptível ao grande público uma reputação positiva é um gran-de investimento. No entanto, pode perder-se num instante.

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Meninas ao piano, fotografia da autoria de Anabela Loureiro. Revisitar tempos passados no Hotel Palace da Curia

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A edição deste ano voltou a consti-tuir um marco na vida de quase 20anos da Associação, porquanto foiestabelecido um novo máximo detrabalhos propostos à competição,de nível nacional. Nada menos de204 projectos de comunicação em -pre sarial foram apresentados, em20 categorias, por 60 concorrentes,o que demonstra o prestígio alcan-çado pelo certame.

O Grande Prémio APCE 2009 reve-la, por outro lado, que os gestoresde comunicação e relações públicasacreditam na qualidade do seu tra-balho – aliás, já nem hesitam emcomparar-se com os melhores àescala europeia - e que, “em temposde crise, a função comunicaçãoassume um papel ainda mais rele-vante no seio das organizações”,consoante realçou o presidente daAssociação, Mário Branco, durantea sessão de entrega de prémios.

Concorreram organizações associadase não-associadas, agrupamentos deempresas (por exemplo, parceriasagência/cliente), instituições, indivi-duais e estudantes. No cômputo geraldos prémios atribuídos, a EDP venceuem cinco categorias, a CGD arrecadoutrês primeiros lugares e o Millenniumbcp somou dois trabalhos vencedores.

O júri (independente) deste GrandePrémio, presidido pelo Prof. José

Viegas Soares, integrou como jura-dos os seguintes docentes universi-tários: Fernando Otero, Carla Me -deiros, Francisco Costa Pereira, Fáti -ma Morais, Sandra Miranda, Mafal -da Eiró-Gomes, Jorge Verís simo, JoséLuís Cavalheiro, Paula Nobre, TiagoRamos, Sónia Lourenço, SandraPereira, Maria João Centeno, MariaEmília Sousa, Orlando Gomes, JoãoAbreu, Susana Araújo, Ricardo Florese Ricardo Rodrigues.

Ana Vidal (Jerónimo Martins)eleita “Comunicadora do Ano”

Mais de 150 gestores de comunicaçãoparticiparam na Gala, que decorreuno Auditório da Vodafone, no Parquedas Nações, em Lisboa, num formatodiferente das edições anteriores enum ambiente extraordinário. Acon -teceu uma verdadeira festa do meioprofissional, que, inter-pares, elegeuAna Vidal, Directora de Comunicaçãoda Jerónimo Martins, SGPS, como“Comunicadora do Ano”.

A Gala foi apresentada pela jovemactriz Rita Ruaz e a APCE voltou aapadrinhar um gesto de responsabili-dade social empresarial - o associadoTabaqueira procedeu à entrega de umdonativo, no valor de 3400 euros, àAssociação Portuguesa de Apoio àVítima, destinado à aquisição de equi-pamento informático para uma casa--abrigo.

A organização contou com um apoiomuito sólido de dois associados, aVodafone e o Grupo Auto Sueco, e oevento teve um brilho particular gra-ças, também, às parcerias estabeleci-das com a Atlantis, Directi média,Europcar, Lusitânia, Nespresso, Nes -tlé, Something Fresh, Sybase eUnicer. Na área dos média, o OJE este-ve ao nosso lado. Um valioso contribu-to, que não é demais agradecer.�

APCE distingue a excelência em ComunicaçãoA APCE distinguiu, na noite de 25 de Maio, durante a suaGala anual, a excelência no sector da ComunicaçãoOrganizacional e Relações Públicas em Portugal, ao con-sagrar os vencedores, nas diferentes categorias a concur-so, do seu Grande Prémio 2009.

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vencedor

“Ciclo da Vida”O movimento a 360 graus de uma turbina eólica foi o ponto de parti-da para a criatividade da campanha publicitária da EDP Renováveis,simbolizando o ciclo inesgotável da vida e da natureza. A campanhafoi lançada em Portugal, a 30 de Abril de 2008, no âmbito do IPO danova empresa, veiculada na TV, cinema, rádio, imprensa, internet,outdoor e multibanco.

Os principais objectivos estratégicos foram: numa primeira fase, de30 de Abril a 14 de Maio, gerar notoriedade para a nova empresa eposicionar a marca em torno dos valores da confiança, da sustentabi-lidade, da natureza e da inovação, sensibilizando o público em geralpara a importância das energias renováveis na preservação doambiente; numa segunda fase, de 15 a 27 de Maio, apelar à subscri-ção das 45.085.000 acções colocadas no mercado, posicionando a ofer-ta como um dos grandes negócios do futuro, um investimento seguroe rentável a longo prazo. De 28 a 30 de Maio, deu-se o countdown paraa subscrição de acções no segmento do público em geral.

O filme, realizado pelo belga Manu Coeman, recorreu a uma técnicapioneira em publicidade, para representar uma viagem que começana cidade, atravessa a natureza e termina num parque eólico.Durante o IPO, o filme inverte essa viagem, sendo a vez da naturezair ao encontro do homem, encontro esse materializado através dasubscrição de acções da energia que não acaba. A música original“Spinning Around” foi composta e interpretada por Paulo Gonzo.

Também a fotografia reflecte esta passagem do mundo natural, nadiversidade da fauna e flora (primeira fase), para o mundo humano,na diversidade etária e de estilos de vida, retratando a variedade dospotenciais investidores da EDP Renováveis (segunda e terceira fases).

Os resultados da operação financeira excederam as expectativas - aprocura de acções foi 88 vezes superior à oferta, atingindo um total de3,9 biliões de acções pedidas, o que se traduziu num valor de encaixede 359.216.456 €. Na verdade, este foi o maior IPO da Europa em2008.�

Campanha

de Comunicação Institucional

Conjunto de acções e respectivos suportes,integrados de forma coerente com o objecti-vo estratégico de agregar valor à imageminstitucional da organização nos públicosexternos e/ou motivar, desenvolver oupotenciar o espírito de pertença dos públicosinternos.

méritoÁGUAS DO DOURO E PAIVA - Campanhade Sensibilização para o Consumo Humanode Água da Torneira

CARRIS - Semana da Mobilidade + 136ºAniversário Carris

Ana Sofia Vinhas recebe o prémio de ÁlvaroEsteves (Média Alta e Coordenador do ConselhoConsultivo da APCE)

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mérito

vencedor

O projecto “Frota Solidária” nasceu da decisão daFundação Montepio de afectar o montante que os contri-buintes lhe atribuem por via da Consignação Fiscal (0,5%do imposto liquidado em sede de IRS) à constituição deuma frota de viaturas destinadas a apoiar instituições desolidariedade social.

Na primeira edição deste projecto, em 2008, os 290 mileuros que, no ano fiscal de 2005, os contribuintes atribuí-ram à Fundação Montepio foram afectos, na íntegra, àaquisição, transformação e adaptação de 10 viaturasautomóveis destinadas a apoiar a actividade de 10 insti-tuições particulares de solidariedade social e, por essa via,beneficiar milhares de cidadãos em situação de vulnerabi-lidade.

A comunicação deste projecto de RSE foi desenvolvida emtrês frentes:

Comunicação interna, com o objectivo de envolver os cola-boradores na preparação e realização da acção; de lhesrevelar mais uma iniciativa solidária promovida pelaFundação Montepio; e de aproximar as equipas dos valo-res e missão da instituição. Na semana anterior ao even-to (26 de Fevereiro a 4 de Março), foram publicados tea-sers digitais no sistema Intranet, que desvendavam, dia-a-dia, o projecto e os valores associados.

Comunicação externa e RP. Para a Fundação Montepioera essencial que a sociedade civil testemunhasse o desti-no dado aos valores consignados em sede de IRS. Assim, aentrega das viaturas decorreu em dois momentos: umacerimónia no auditório Montepio, e um acto na Praça daFigueira (Lisboa), onde as viaturas se encontravam par-queadas, tendo a animação ficado a cargo dos “TocáRufar” (uma IPSS). As chaves dos veículos foram entre-

Campanha de Comunicação

de Responsabilidade Social

Conjunto de acções e respectivos suportes,integrados de forma coerente com o objecti-vo de associar a organização a valores ecomportamentos sociais ou ambientais,como a coesão, a sustentabilidade ou adiversidade.

gues às instituições beneficiadas pelos pilotos ElisabeteJacinto, Bernardo Villar, Lourenço Beirão da Veiga,Bruno Magalhães, Miguel Barbosa, Filipe Albuquerque,Pedro Grancha, Pedro Mello Breyner, Rui Madeira eManuel Mello Breyner.

Comunicação associativa. Para que os associados doMontepio pudessem acompanhar todo o projecto, foipublicada uma reportagem alargada no principal suporte,a Revista Montepio, e a acção teve eco, também, naimprensa nacional e local.�

“Frota Solidária – Superar Obstáculos”

SAIR DA CASCA + NESTLÉ - Programa EducativoApetece-meSAIR DA CASCA + SCC - Exposição O NossoCompromissoCAIXA GERAL DE DEPÓSITOS - Caixa CarbonoZeroVODAFONE - Verão de CampeãoGALP ENERGIA + ASSOCIAÇÃO BANDEIRAAZUL - Escola da Energia

A equipa de Relações Públicas Institucionais doMontepio, liderada por Ana Rita Branco

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vencedor

“Caixa Relação”A Caixa Geral de Depósitos definiu como prioridade aaposta num dos vectores estratégicos para a sua dife-renciação e posicionamento: a qualidade do serviço aoCliente. É neste âmbito que surge o projectoCaixaRelação, que ambiciona transformar a culturade serviço ao Cliente, tornando-a mais relacional emais próxima. O programa formativo tem como princi-pais objectivos:

� Reforçar e desenvolver uma cultura de serviço orientada para os clientes;

� Alinhar atitudes e comportamentos que asseguremum atendimento relacional e próximo dos clientes;

� Incrementar o compromisso dos colaboradores comas suas equipas;

� Aumentar o sense of belonging de cada colaboradorpara com a Caixa;

� Fidelizar os actuais clientes e captar novos, atravésda diferenciação pela excelência no atendimento.

O programa contempla quatro macro-iniciativas,desenvolvidas pela Deloitte, em parceria com aDirecção de Pessoal, Área de Formação e Área deComunicação:

Curso e-learning “Atendimento”: A conclusão comsucesso é um pré-requisito para a frequência da sessãopresencial. O curso pretende dotar os colaboradores daRede Comercial de Particulares dos métodos e técnicasque estão na base de um atendimento de excelência.

Acção de Formação

Acção ou conjunto de acções de formação,incluindo team building, e respectivossuportes, dirigidas ao público interno daorganização.

Acções de Dinamização Local: Acções formativas dina-mizadas pelos gerentes nas suas agências. Em cadamês existe um tema, num total de sete. O objectivoconsiste em reflectir e partilhar experiências acercadas boas práticas no serviço ao Cliente, através daobservação de vídeos de situações de atendimento.

Sessões Presenciais: Todos os sábados, são realizadasquatro sessões em simultâneo, nas regiões Norte,Centro, Lisboa e Sul, tendo cada sessão a participaçãode 80 formandos. O objectivo é garantir o compromis-so de todas as equipas com o sucesso do programa,garantindo uma transformação da cultura de serviçoda Rede Comercial de Particulares.

Plano de Comunicação: É transversal às iniciativaspedagógicas e procura mobilizar todos os intervenien-tes em torno dos objectivos do projecto, garantindo acoerência e adequação das mensagens a cada um dosníveis hierárquicos.�

méritoLIBERTY SEGUROS - Mission PossibleVODAFONE - Mobile Plus, curso on-line

Caixa Geral de Depósitos

Pedro Taborda, da CGD, visivelmente satisfeito com oprémio conquistado

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mérito

vencedor

“Resíduos em Movimento” consiste numa exposição itine-rante (roadshow) baseada em tecnologia e software inova-dores, e vocacionada para a informação e sensibilizaçãopara a problemática dos resíduos. O projecto foi desenvol-vido pela Empresa Geral do Fomento (EGF) e pelas suas14 participadas, gestoras dos sistemas multimunicipaisde tratamento e valorização de Resíduos Sólidos Urbanos(RSU), em colaboração com a YDreams. A exposição teráum período temporal de quatro anos (2008-2011) e irá per-correr os 155 municípios servidos pelos 14 sistemas.

Com o objectivo de alargar a exposição ao maior númerode pessoas, são utilizadas duas viaturas extensíveis – umveículo ligeiro, com maior flexibilidade operacional, e umcamião TIR, viatura de grande impacto, robusta e espaço-sa. Ambas são dotadas de equipamentos inovadores, ondeos visitantes têm à disposição actividades lúdicas e didác-ticas, que abordam a temática dos resíduos, e tambéminformação referente ao funcionamento do SistemaMultimunicipal da sua área de residência.

A exposição foi inaugurada em Dezembro de 2007 e ini-ciou o seu percurso em Março de 2008. Já percorreu 100municípios, sendo visitada por cerca de 66 mil pessoas, devárias faixas etárias.

Na concepção da exposição e definição das actividades adesenvolver, foram identificadas as seguintes linhas deacção: explicar as soluções retidas para o tratamento deRSU; adoptar uma organização funcional separada portemas, reflectindo sobre a sustentabilidade, a política dos“3R”, a valorização orgânica ou energética…; e integrar apossibilidade de execução de acções específicas já aplica-das nos/pelos sistemas.

Evento Especial

Acção previamente planeada, em tempo elocal definidos, e respectivos suportes, comobjectivos institucionais ou promocionais,como celebrações, concursos, lançamentos,inaugurações, convenções, workshops e acon-tecimentos culturais ou desportivos.

Em paralelo, estabeleceram-se critérios e princípios orien-tadores: abordagem geral das problemáticas relacionadascom a gestão de resíduos; comunicar os serviços e activi-dades promovidos pelas empresas do Grupo EGF; aliar acomponente educativa à lúdica, para que os visitantesaprendam enquanto se divertem; prolongar a acção desensibilização para lá dos limites temporais e físicos doroadshow.�

“Resíduos em Movimento– uma viagem virtual”

FONTE + SUCH - Conferência Internacional "Ambi en te Responsável e Saúde"EDP - 7 Maravilhas EDPEDP - Click Idea

Empresa Geral do Fomento

Ana Vidal, da Jerónimo Martins, entregou o troféu aAlmerinda Antas, vogal do Conselho de Administraçãoda EGF

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vencedor

O Guião de Gestão de Crise Siemens teve como objec-tivo responder às necessidades da empresa de anteci-par e preparar-se para potenciais situações de crise,quebra de confiança ou danos à sua reputação, quepossam surgir no decorrer das suas operações.

Foi ainda elaborada uma pequena peça de comunica-ção intitulada “Do’s and Dont’s”. Sob a forma de umdesdobrável de tamanho semelhante a um cartão decrédito, este documento reúne, de uma forma simplese de fácil acesso, as principais regras de relacionamen-to com a imprensa em caso de crise. O manual encon-tra-se dentro de uma caixa de esferovite selada, parasimular uma mala de primeiros socorros.

Lançado em Setembro de 2008, este documento temsido disseminado pela empresa, através de sessões deformação sobre o tema “comunicação de crise”.

Todo o conceito criativo das peças foi da responsabilidade daagência de publicidade AD9 – Creative Shop. Os conteúdosforam desenvolvidos pelo departamento Corpo rate andMarketing Communications da Siemens Portugal.�

Relação com a Comunicação

Social e Comunicação de Crise

Acção ou conjunto de acções contínuas erespectivos suportes, desenvolvidas e apli-cadas quer na construção, ampliação oumanutenção do relacionamento com acomunicação social, quer na prevenção oudefesa da imagem da organização emsituações de crise.

méritoYOUNGNETWORK - Lançamento Club 11MILLENNIUM BCP - Business as Usual

“Guia para a Comunicação de Crise e de Problemas– Cartão Do’s and Dont’s”

João Delgado recebeu o prémio das mãos de JoséAlbuquerque, do Grupo Auto Sueco

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mérito

vencedor

Esta obra, fruto de um convénioentre a CARRIS e a AcademiaPortuguesa de História, traça ocaminho percorrido pela empre-sa, desde 1872, e relata comobjectividade a intervenção daCompanhia Carris de Ferro deLisboa, ao longo dos seus 136anos de vida.

A CARRIS é uma empresa pro-fundamente ligada a Lisboa,tendo dado contributos relevan-tes para o desenvolvimento e modernização da cidade,cujas necessidades de mobilidade foram, também, tantasvezes, factor de estímulo para que a empresa soubesseencontrar novas soluções. Por isso, a História de Lisboa ea da CARRIS entrelaçam-se, em tantos momentos, desdeo último quartel do século XIX.

Esta é uma obra de consulta imediata para todos os quepretendem saber mais acerca da origem e desenvolvimen-to dos transportes urbanos em Lisboa e vem preencheruma lacuna, sentida por todos, sobretudo pelos que amama cidade de Lisboa e pretendem conhecer os segredos queo seu passado ainda envolve.

Citando o Presidente do Conselho de Administração daCARRIS, J. Manuel Silva Rodrigues, na apresentação

Responsabilidade Histórica

e Memória Empresarial

Acção ou conjunto de acções e respectivossuportes, integradas de forma coerente com oobjectivo único de valorizar, preservar edivulgar a história e a memória colectiva daorganização e/ou da comunidade, comomuseus, exposições, mecenato e reconstitui-ções ou reedições históricas.

desta publicação, “A obra queagora vem a público (…) é pois, emmeu entender, essencial, porqueconstituindo um olhar atento eobjectivo sobre o longo passado da

CARRIS, aquilo que a Empresa fez e os contributos quedeu à Cidade, constituirá (…) uma ajuda relevante paramelhor compreender a sua intervenção presente e, sobre-tudo, melhor perspectivar e preparar o que terá de ser asua actuação no futuro. (…) Porque as organizações e asempresas, tal como as pessoas, são em grande parte oresultado do que foram ontem, sendo que aquilo que hojesão e que querem ser condiciona, em muito, o que serãoamanhã”.

GALP ENERGIA + ASSOCIAÇÃO MUSEU DA PESSOA- Programa Vidas Galp - Museu VirtualMUSEU DA ÁGUA - Brochura A Rainha refresca-se

“História daCompanhia Carrisde Ferro de Lisboaem Portugal – Vol. 3”

Gonçalo Granado, da Nestlé,entregou o troféu a José SilvaRodrigues, Presidente do Conselhode Administração da Carris

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vencedor Ex-aequo

O Relatório e Contas é a publicação corporativa por exce-lência e materializa uma oportunidade única de contactocom múltiplos públicos. Por este motivo, em cada ediçãodo Relatório e Contas anual, o Millennium bcp procuraque o seu conteúdo seja mais do que a apresentação dascontas de um exercício. É um cartão de visita da empresa,cuidadosamente editado e cuja consulta deve ser sempretão útil quanto agradável.

Impõe-se o cumprimento das obrigações legais a que estásujeita uma empresa cotada em Portugal e o respeitopelas normas comunitárias e internacionais; o Relatório eContas do Millennium bcp expõe com detalhe e totaltransparência a evolução do Grupo e do negócio e a infor-mação financeira relativa ao exercício anual, de formacompleta, mas de fácil e agradável leitura, sem nunca des-curar a paginação cuidada e a coerência de imagem.

Tal como nas edições anteriores, o Relatório e Contas 2007integrou o Relatório sobre o Governo da Sociedade e oRelatório de Sustentabilidade (este último apresentadocomo um volume autónomo) e foi disponibilizado, tam-bém, em formato digital e no sítio internet.

Com o futuro no horizonte, as energias renováveis pau-tam a forma de a EDP estar no mundo, reflectindo umapolítica de sustentabilidade. A ferramenta que espelhaessa forma de estar, ilustrando os resultados da empresa,tinha obrigatoriamente que espelhar a sua forma de estare de agir no planeta, a sua integração na sociedade, a ino-vação com que se movimenta, a energia que produz e oscompromissos com a comunidade no que se refere aoimpacto ambiental, social e económico da sua actividade.

Tendo como base o racional - “A força da natureza é anossa energia”, cada um dos quatro cadernos, que com-põem o Relatório e Contas, foi desenvolvido com basenuma energia renovável: Vento - Caderno Institucional edo Governo da Sociedade; Ondas do Mar - CadernoFinanceiro; Sol - Caderno de Sustentabilidade; Biomassa- Relatório do Conselho Geral e de Supervisão.

O Relatório foi impresso em papel 100% reciclado, comverniz e tintas ecológicas, e foi também desenvolvido umfilme. Um pack de prestígio integrou o Relatório em papele um iPod Nano vídeo. O documento foi ainda disponibili-zado, em formato digital, no site web, através da aplicaçãoe-paper.

Relatório de Gestão

Publicação impressa editada pela organiza-ção e assinada pela administração, referin-do-se à sua actividade e aos seus resultadosanuais.

méritoCAIXA GERAL DE DEPÓSITOS - Relatório & Contas '07CARRIS - Relatório e Contas 2007

“Relatório e Contas 2007”

“Relatório e Contas 2007”

Ana Sofia Vinhas, da EDP, e Paulo Santos Silva,do Millennium bcp, partilharam o prémio nacategoria Relatório de Gestão

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mérito

vencedor

A RSC (Responsabilidade Social Corporativa) esteve nagénese da actividade da Nestlé, pela mão de Henri Nestlé.Em Portugal, este conceito ligou-se muito ao Prof. EgasMoniz, fundador da Sociedade de Produtos Lácteos, quemais tarde viria a ser Nestlé Portugal. Para a Nestlé, aRSC baseia-se no conceito de valor partilhado - criar valorpara a Nestlé e distribuí-lo pelos seus stakeholders. Esteconceito tomou forma a partir de 2006 (através de umestudo elaborado por Michael Porter e Mark Kramer rela-tivamente à actividade da Nestlé na América Latina) etem vindo a ser aplicado à realidade local, sempre nestaóptica.

O Relatório de Sustentabilidade 2007, lançado em 2008,teve por objectivos:� Reunir e sistematizar informação disponível em cada

uma das três áreas da sustentabilidade (económica,ambiental e social);

� Disponibilizar e divulgar informação não directamenterelacionada com o negócio a todos os stakeholders;

� Assumir compromissos com a sustentabilidade;� Contribuir para um aumento da consciência interna e

externa relativamente à sustentabilidade.

Quanto à metodologia:� Aplicação da Triple Bottom Line - o Relatório contém

indicadores económicos, ambientais e sociais;� Integração da componente Estratégia e Governo

Corporativo e dos indicadores económicos (ausentes noRelatório de Actividades);

� Definição do conteúdo de acordo com a GlobalReporting Initiative (versão G3);

� O conceito de Criação de Valor Partilhado, a base daRSC da Nestlé, foi essencial na construção desteRelatório e é transversal a todo o documento;

� Foram realizadas três reuniões multi-stakeholder com

Relatório de Sustentabilidade

Publicação impressa editada pela organiza-ção, referindo-se à sua actividade, valores ecomportamentos sociais ou ambientais, comoa coesão, a sustentabilidade ou a diversidade.

clientes, fornecedores, consumidores e colaborado-res, no sentido de aferir os temas centrais que gos-tariam de ver reflectidos no relatório e quais asexpectativas relativamente à actuação presente efutura da empresa.�

“Relatório de Sustentabilidade 2007”

GRUPO PORTUCEL SOPORCEL - Relatório deSustentabilidade 2006/2007EPAL - Relatório de Sustentabilidade 2007

Gonçalo Granado e Cláudia Afonso, da Nestlé, receberamo troféu de Luís Rochartre, Secretário-Geral do BCSD

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vencedor Ex-aequo

“Catálogo Inaset”A Inaset, marca do grupo Portucel Soporcel, apresenta-senum catálogo que recria o diário gráfico de Amadeo SouzaCardoso. Este catálogo representa um diário gráfico ima-ginário, onde o próprio pintor teria escrito notas pessoaise executado desenhos, esboços ou pinturas, em páginassoltas que misturam o dia-a-dia do artista e o da persona-lidade. Para quem manuseia esta peça criativa, é possívelapreciar todas as características de excelência dos dife-rentes produtos e gramagens disponibilizadas pela gamaInaset, bem como as diversas aplicações técnicas queestes papéis acolhem.

Esta homenagem ao mundo da cultura, das artes e dosseus principais intérpretes, iniciada com Silva Porto, cen-tra-se agora em Amadeo Souza Cardoso, cuja obraempresta, de uma forma muito clara, cor e inovação àspeças Inaset, numa verdadeira lufada de ar fresco na ima-gem da marca, bem patente em todos os seus materiais decomunicação e na própria renovação do site.

Amadeo Souza Cardoso é uma figura maior no panoramadas Artes Plásticas portuguesas, tendo mantido relaçõesde amizade com alguns nomes da pintura mundial, comoo romeno Constantin Brancusi, o francês Fernand Légerou, mesmo, Pablo Picasso.

“Monitorização Remota daEpilepsia Pediátrica”Vídeo destinado a divulgar a aplicação de um sistema demonitorização remota de epilepsia pediátrica nos hospi-tais de São Francisco Xavier e de Egas Moniz, que tem apossibilidade de ser replicado noutras unidades.

O sistema foi desenvolvido com o objectivo de aumen-tar o número e a capacidade de sucesso das interven-ções cirúrgicas em crianças com epilepsia. Esta doen-ça afecta cinco em cada mil habitantes, para muitosdos quais a medicação não é solução eficiente, sendonecessário recorrer a intervenções cirúrgicas de remo-ção de determinadas áreas do cérebro, responsáveispelas convulsões. Para tal, são efectuados exames pré-vios extremamente rigorosos de modo a detectar essasáreas susceptíveis de intervenção.

Com o Sistema de Monitorização Remota de EpilepsiaPediátrica, graças ao recurso às comunicações móveis e àutilização de uma aplicação informática específica, osmédicos passam a poder observar esses exames de vídeo--electroencefalograma (vídeo-EEG) num computador ouPDA, à distância e a qualquer momento, mesmo fora doambiente hospitalar. A rapidez deste novo processo deanálise dos traçados e das crises permite uma tomada dedecisão mais fundamentada e precoce, optimizando otempo e as condições de diagnóstico e, portanto, a segu-rança da criança e o seu próprio conforto.�

Edição Especial

Suporte pontual, impresso ou não, editadopela organização sobre tema específico semcarácter comercial, como livro, brochura, guia,folheto, CD, DVD ou outros produtos de pro-moção institucional.

méritoEDP - Brochura A Tua EnergiaMUSEU DA ÁGUA - Seres Vivos no Aqueduto dasÁguas Livres

Os vencedores ex-aequo na categoria Edição Especial:Vodafone (Mauro Gonçalves, Ana Paquete e AlexandreCoelho) e o grupo Portucel Soporcel, representado porAna Nery

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vencedor

Lançada em Março de 2004, a revista Azul é uma publica-ção bimestral, com a qual a Caixa pretende reforçar a liga-ção existente entre a Instituição e os seus clientesCaixazul. Trata-se de um projecto de customer publis-hing, com tiragem de 170 mil exemplares, que oferece aosleitores um leque de conteúdos de interesse geral, aomesmo tempo que serve de base à divulgação dos produ-tos e serviços Caixazul.

Actuando como suporte de marketing relacional, procuraassegurar uma qualidade redactorial e gráfica, com arti-gos exclusivos, conjugados com a divulgação de produtos,serviços, projectos e actividades do Grupo CGD, assimcomo oportunidades de investimento e parcerias que vãosendo estabelecidas, com vista à disponibilização de con-dições diferenciadoras para o segmento de clientes desti-natários da revista.

O alinhamento dos conteúdos é definido de acordo com aestratégia de comunicação da Caixa para o segmento res-pectivo. Existem, contudo, temas transversais às diversasrevistas editadas pela CGD, nomeadamente no âmbito doprograma de responsabilidade social da Caixa, de que sedestaca o Programa Caixa Carbono Zero 2010, bem comoos diversos apoios nas esferas do ambiente, cultura, des-porto, educação financeira e solidariedade, entre outros,com abordagens direccionadas ao público-alvo daquelessuportes.

Durante o ano 2008, a Azul contemplou os temas“Segurança”, “Planeta Azul”, “Portugal faz bem”,“Celebrar a vida”, “Futuro” e “Este ano é que é”.

A Azul procura, ainda, transmitir uma preocupação peda-gógica, com a qual o Grupo Caixa se identifica, motivandoos seus colaboradores e clientes para a adopção de ummodo de vida saudável e consciente.�

Publicação Externa

Suporte impresso em formato revista ou jornalde periodicidade regular e sem carácter comer-cial, de diversidade temática com conteúdos deinformação, de opinião ou de entretenimento,dirigido a um ou mais públicos externos.

méritoSIEMENS - DiálogoCAIXA GERAL DE DEPÓSITOS - Caixa Empresas

“Azul”

Caixa Geral de Depósitos

Isabel Gomes, da CGD, com Luís Penha e Costa, daEntusiasmo Media e Presidente da Mesa da AssembleiaGeral da APCE, que lhe entregou o prémio

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vencedor Ex-aequo

A “Aposta” é uma revista mensal destinada a todos os tra-balhadores no activo e reformados do Grupo CTT. Assume-se como o canal de comunicação interna por excelência evisa cumprir objectivos como informar a população activa(caracterizada por grande dispersão geográfica) e envolvere motivar os trabalhadores, com vista a incutir sentimen-tos de pertença ao Grupo. Pretende igualmente manter ovínculo afectivo com a população aposentada.

Com uma tiragem de 36 mil exemplares (entrega no domi-cílio), privilegia a estratégia, os valores, a missão e a visãodo Grupo CTT, com vista ao reforço da cultura da organi-

zação, à criação do espírito de equipa e àpromoção de um código comum. Destemodo, a “Aposta” aborda, nas suas 44 pági-nas, todos os assuntos relativos à vida inter-na do Grupo, nomeadamente a divulgaçãode projectos, a implementação de novos pro-cedimentos, os aspectos relacionados cominovação e criatividade, formação, negócios,reportagem de eventos relevantes na vidada organização, perfil de trabalhadores quese destaquem pelo exemplo, opinião, lazer,entre outros.

Este produto de comunicação interna é por-tador de uma imagem empresarial coeren-te, afectiva e institucional, que se afirma noseio da comunidade CTT.�

O Jornal “Águas Livres” nasceu em 1963 e, não obstantecurtas paragens em momentos agitados, continua a che-gar todos os meses às secretárias dos trabalhadores daEPAL e a casa dos reformados. Várias vezes mudou deimagem, de estilo ou, até, de formato e tipo de papel, masa sua função foi e continua a ser a de manter informadoscom rigor e verdade os trabalhadores da EPAL.

Órgão de comunicação interna por excelência, o “AL” étambém distribuído, no entanto, a várias empresas do sec-tor, ministérios da tutela e a todos os que o querem rece-ber. Foi, é e será um órgão independente, que se rege porestatuto editorial próprio e conta com a participação doseu corpo de correspondentes, que, em reunião própria,fazem chegar notícias das diferentes áreas da empresa.

O jornal está dividido em secções, tratando cada uma osdiferentes géneros e te máticas. O “Express Opi nião” é umadessas secções e, todos osmeses, abriga os artigosdos or ga nismos dos tra-balhadores, nomeada-mente, a Comissão deTrabalha dores, Casa doPessoal, AREPAL eCaixa de Previdência.

O “Águas Livres” é umproduto 100% EPAL, namedida em que todo ele écriado no interior daempresa (excepto aimpressão). As fotogra-fias, notícias, grafismo,são produto da colaboração dos próprios trabalhadores.

A liberdade de informar e ser informado é um valor essen-cial, que pauta este projecto da EPAL.

Publicação Interna

Suporte impresso em formato revista ou jor-nal de periodicidade regular, de diversidadetemática com conteúdos de informação, deopinião ou de entretenimento, dirigido aopúblico interno.

méritoIPSIS + TABAQUEIRA - TabNewsCAIXA GERAL DE DEPÓSITOS - Caixa em Revista

”Aposta”

”Águas Livres”

CTT (Maria Teresa Correia e Raquel Moz) e EPAL(Mónica Rosa) partilharam mais um prémio

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vencedor

A qualidade da comunicação interna é um factor essencialpara o sucesso das organizações, pelo que os SMAS deOeiras e Amadora criaram o boletim de informação inter-na / Newsletter “Notícias SMAS”, em Outubro de 2006,sendo ainda hoje uma publicação de periodicidade bimes-tral.

Os seus objectivos principais consistem em:� Construir uma relação forte com os colaboradores /

/ funcionários;� Ouvir, informar, apoiar e envolver são as ideias chave

da política de comunicação interna;� Divulgar e partilhar informação, as suas relações e os

seus valores internos;� Promover a cultura de empresa.

Boletim e Newsletter

Suporte impresso ou digital concebido paraimpressão até oito páginas, com periodicidaderegular ou não e com conteúdos breves e maio-ritariamente informativos, dirigido a umpúblico específico externo ou interno.

méritoMONTEPIO - Em DirectoGALP ENERGIA + IMPRESA PUBLISHING - A nossaenergia

“Notícias SMAS”

Maria Teresa Pinho e Teresa Alvarez congratula-ram-se por um boletim integralmente produzidopela equipa de Comunicação dos SMAS de Oeirase Amadora ter sido vencedor na categoria

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vencedor

“Relatório eContas 2007”

Com o futuro no horizonte, as energias renováveis pau-tam a forma da EDP estar no mundo, reflectindo umapolítica de sustentabilidade. A ferramenta que espelhaessa forma de estar, ilustrando os resultados da empresa,tinha obrigatoriamente que espelhar a sua forma de estare de agir no planeta, a sua integração na sociedade, a ino-vação com que se movimenta, a energia que produz e oscompromissos com a comunidade no que se refere aoimpacto ambiental, social e económico da sua actividade.

Tendo como base o racional - “A força da natureza é anossa energia”, cada uma das capas, que compõem oRelatório e Contas 2007, foi desenvolvida com base numaenergia renovável: Vento - Caderno Institucional e doGoverno da Sociedade; Ondas do Mar - CadernoFinanceiro; Sol - Caderno de Sustentabilidade; Biomassa- Relatório do Conselho Geral e de Supervisão.

A ilustração é a materialização de uma forma de expres-são que mistura as linhas de força essenciais das quatroenergias da natureza, o Vento, as Ondas do Mar, a Luz doSol e a Biomassa, com as suas memórias em vectorialorgânico.

O resultado é uma forma muito simples e natural, emcada uma das quatro capas, que parte sempre do elemen-to tipográfico, que identifica o ano do relatório.

Para lhe dar força e contraste com o mate da superfície dopapel reciclado, foi ainda aplicado um verniz UV brilhan-te com alto-relevo nas ilustrações.�

Capa

Imagem ou composição gráfica publicada comocapa num dos suportes descritos nas catego-rias definidas, não sendo analisados os conteú-dos escritos, enquanto textos significantes,mas apenas a sua interacção estética na pró-pria capa.

méritoEDP - EdpONCTT - Aposta

A EDP, aqui representada por Ana Sofia Vinhas, venceu não só com o Relatório de Gestão, mas tambémna categoria Capa, com o mesmo documento

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vencedor

Site oficial: http://news.fm.ul.pt Newsletter nº 1, Novembro 2008:http://news.fm.ul.pt/newsletter.aspx?tabid=16Newsletter nº 2, Dezembro 2008:http://news.fm.ul.pt/newsletter.aspx?tabid=35

A newsletter electrónica da Faculdade de Medicina daUniversidade de Lisboa destina-se à sua comunidade(colaboradores docentes e não-docentes, alunos, antigosalunos e investigadores), a sociedades científicas, institui-ções dos ensinos superior (no País e no estrangeiro) esecundário, ministérios e fundações.

Em Janeiro de 2008, a Direcção da FMUL lançou o desa-fio de desenvolver uma publicação electrónica que consti-tuísse o órgão oficial de divulgação da Faculdade, capaz depromover a cultura institucional com uma dinâmica deprojecção para o exterior. A equipa de projecto então cons-tituída criou, em parceria com a Spirituc, um instrumen-to de comunicação mensal bilingue, com uma identidadeprópria, designado News@FMUL.

A publicação, pautada pela clareza, pertinência, objectivi-dade, actualidade e abrangência de conteúdos, pretendecontribuir para a criação de valores de pertença, espíritode equipa e valorização pessoal da comunidade FMUL,através do estímulo à comunicação, participação e inter -acção entre todos.

A News@FMUL tem um coordenador, um conselho edito-rial, um gestor de informação, uma equipa editorial, umaequipa alargada e ainda uma equipa convidada por edi-ção.

O primeiro número foi dirigido ao público-alvo emNovembro de 2008, mas, antes, foi accionada uma campa-nha de comunicação interna, através de sessões fotográfi-cas, que envolveram numerosos funcionários, alunos e

professores. Garantiu-se assim a sua motivação e o seuenvolvimento no projecto, bem como dos seus colegas, queindirectamente se viram representados.

A destacar, na plataformadesenvolvida, a existênciade uma Solução de Repor -ting, que permite a monito-rização de percentagens devisualizações e de cliques,bem como de informaçãoacerca do email do destina-tário associado a cada cli-que/url.�

Webletter

Suporte específico de formato digital, comperiodicidade regular ou não, e com conteúdosbreves e maioritariamente informativos, diri-gido a um público específico externo ou internoe distribuído por canais digitais.

méritoMILLENNIUM BCP - About UsSIEMENS - inside@siemens

“news@fmul”

Spirituc + Faculdade de Medicina daUniversidade de Lisboa

Joana Ferreira Martins, da Spirituc, com o seu clienteFaculdade de Medicina da Universidade de Lisboa

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vencedor

“www.brisa.pt”Considerando a internet como um canal privilegiadode comunicação, a Brisa produziu (com o apoio daInnovagency e da Brandia Central) uma nova imagempara o seu site www.brisa.pt, que tem agora uma apre-sentação mais harmoniosa, melhor e mais completaorganização e, ainda, maior facilidade de utilização.

O novo site representa um investimento global de 100mil euros e resulta da vontade de prestar a todas aspartes interessadas – clientes, investidores e públicoem geral – um conjunto de informação relevante, orga-nizada e em tempo real. O site apresenta-se, assim,dividido em quatro áreas: Clientes, Investidores,Actividade Empresarial e Responsabilidade Social.

Na área destinada aos clientes, os utilizadores acedemàs imagens de trânsito, com uma nova visualização demapas. Os automobilistas poderão também traçar osseus próprios planos de viagem, porque o sistema indi-ca as auto-estradas a tomar, o valor das portagens e osserviços disponibilizados ao longo do percurso.

Aos investidores é destinado um novo espaço, cominformação privilegiada, desde a performance bolsistaao calendário financeiro ou todos os comunicados emi-tidos e documentos de interesse, como aqueles resul-tantes das assembleias-gerais, os resultados semes-trais ou os relatórios e contas.

A actividade empresarial é a página dedicada ao tra-balho desenvolvido pela Brisa, em Portugal e nomundo, desde a participação em diferentes concessõesdomésticas ao posicionamento internacional e concur-sos em que está envolvida.

Por último, a área da responsabilidade social englobaos vectores que orientam a actuação da empresa: segu-rança, ambiente, recursos humanos e inovação.

Para além de um site mais útil e fácil de usar, a Brisaprocurou privilegiar o seu acesso rápido e em qualquerlugar, preparando uma versão PDA. Neste caso, os ser-viços em destaque são os relacionados com a informa-ção ao automobilista, cotações, postos de atendimentoBrisa e formas de actuar em caso de emergência.

Os utilizadores têm ainda acesso a um Widget, quepermite efectuar o download de uma aplicação atravésda qual poderão acompanhar a evolução da circulaçãoem zonas por si definidas. Na área de investidoresserá instalada uma ferramenta de download de fichei-ros, personalizável de acordo com as necessidades decada investidor.�

Website e Hotsite

Suporte digital para internet, com conteú-dos integrados de forma coerente, com oobjectivo estratégico de comunicar com ospúblicos da organização, de carácter perma-nente no caso dos websites ou, no caso doshotsites, temporários até à conclusão doobjectivo de comunicação, como evento, lan-çamento, questionário ou votação.

méritoEDP - www.edp.ptCAIXA GERAL DE DEPÓSITOS - www.saldopositivo.cgd.pt

Franco Caruso levou para a Brisa o prémio website

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vencedor

Um acto de troca, de correspondência e de identificação. Éassim que a comunicação interna é entendida no GrupoEDP, que concretiza esta ideia também na sua intranet.Uma homepage comum encaminha os colaboradores dasdiferentes empresas para um portal próprio e à medida decada realidade e cada país.

A intranet é, sobretudo, um espaço de encontro e de par-tilha. Com uma linguagem próxima, reúne, diariamente,as notícias da vida do grupo, mostrando, também atravésde reportagens vídeo, o que aconteceu ou vai acontecer edando a conhecer os projectos da EDP, em todas as suasáreas de actuação.

Para tornar a vida mais fácil aos colaboradores, serviçoscomo o “Markponto” (picagem de ponto electrónica), o“Quem é Quem” (base de dados com todos os colaborado-res da empresa) ou o “Quiosque EDP” (plataforma deRecursos Humanos para marcação de férias, justificaçãode ausências, consulta de saldos e ordenado e muito mais)constituem-se como ferramentas acessíveis e práticas.

A interactividade é uma marca do portal sou edp e permi-te enviar mensagens ao Presidente do Conselho deAdministração Executivo, reservar carros da frota, repor-tar problemas no local de trabalho, enviar sugestões demelhoria e críticas construtivas.

Na sua vertente mais lúdica, o portal convida, ainda, àparticipação em passatempos, em que é possível ganharbilhetes para desafios de futebol, espectáculos de bailadoou concertos. A empresa partilha assim, com os seus cola-boradores, as contrapartidas dos patrocínios concedidos.

Outra parte importante da intranet é a wikiedp, onde oconvite à partilha de conhecimento é explícito. Este espa-ço, sempre em construção, é feito do contributo e dos sabe-

res de todos os colaboradores, cujo interesse é directamen-te proporcional ao número de artigos publicados.

Weblink do projecto: http://www.intranet.edp.pt�

Intranet

Suporte digital para rede interna, com conteú-dos integrados de forma coerente, com o objec-tivo estratégico principal de informar o públicointerno da organização, podendo permitir agestão de informação pessoal.

méritoPORTUGAL TELECOM - Eu Resolvo!GALP ENERGIA + IMPRESA PUBLISHING - MyGalp Intranet

“Portal Sou EDP”

Ana Sofia Vinhas, sempre sorridente, com mais umprémio conquistado pela EDP

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vencedor

“O PlanetaAgradece”Durante o ano 2008, a Caixa Geral de Depósitos comuni-cou projectos estruturantes da sua estratégia de comuni-cação para as questões climáticas e ambientais e, entreoutros posts, a Caixa vincou, na blogosfera, a sua presen-ça com iniciativas ambiciosas, como a construção da maiorcentral solar térmica do País, a campanha do Livrão, oconcurso de Design, a dia-a-dia da iniciativa CarbonoZero, o jogo do Ciclo da Poupança (para os mais novos) e oprojecto de jovens cientistas polares, conseguindo assimser um dos blogs mais visitados do portal SAPO.

Este espaço posiciona a Caixa na Web 2.0 permitindo àcomunidade publicar comentários e difundir opinião numcanal da CGD.�

Blogue de Comunicação

Blogue institucional ou de autor, de conteúdosmaioritariamente na área da comunicaçãoorganizacional com actualizações regulares.

méritoBRUNO AMARAL - www.brunoamaral.com

Caixa Geral de Depósitos

A Direcção de Comunicação da CGD triunfou com umblogue ambiental

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vencedor

“Dois para um Tango”Em mercados financeiros maduros, a intensidade con-correncial não permite diferenciais financeiros signifi-cativos entre a oferta e competência dos principaisbancos do sistema. As variáveis fundamentais do mar-keting mix – produto, preço, distribuição e promoção –são, pela natureza do negócio financeiro, facilmentereplicáveis.

Neste contexto, a decisão do Cliente é um acto huma-no que, entre outros factores, incorpora a compatibili-dade emocional com a marca e a simpatia pela pessoaque é o pivô do relacionamento bancário. Pode dizer-seque jamais um Cliente terá um boa relação com oBanco, se tiver uma má relação com quem o atende, domesmo modo que, uma vez estabelecida uma boa rela-ção pessoal com o Colaborador, dificilmente o Clienteafirmará não gostar do Banco em causa.

Nenhuma metáfora ilustra melhor o tipo de ajuste psi-cológico e funcional requerido por uma relação eficien-te do que a da dança e “Dois para um Tango” é a suamaterialização (audiovisual).

O filme foi produzido para a Reunião Anual deObjectivos do Millennium bcp de 2008 (evento que decor-reu a 23 de Fevereiro de 2008 e que reuniu cerca de qua-tro mil colaboradores, para partilha de resultados edivulgação de estratégia futura), com o intuito de cen-trar os quadros do banco naquele que é o factor prepon-derante para o sucesso do negócio: o factor humano.

Tendo como pano de fundo a performance de bailarinosprofissionais, “Dois para um Tango” expõe as similitu-des entre o discurso de bailarinos – para os quais osucesso é indissociável da cumplicidade existente como par - e os depoimentos de clientes e colaboradores doMillennium bcp.�

Vídeo e Webcast

Suporte audiovisual, distribuído em forma-to físico ou por internet, com objectivos decomunicação organizacional, dirigido apúblicos específicos externos ou internos ede possível actualização automática, nãoincluindo mensagens explicitamente publi-citárias.

méritoEDP - Um ano cheio de EnergiaCARRIS - Feira Portugal TecnológicoVODAFONE - Vídeo Institucional

Paulo Santos Silvaagradeceu a atribuiçãodo prémio aoMillennium bcp

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vencedor

“edpON”Se são as pessoas que fazem as empresas, é do seu envolvimentoem projectos sentidos como pertença de todos que a comunicaçãointerna da EDP quer tratar.

Mais do que informar, a estratégia passa por integrar, dinamizara troca de ideias e tornar comuns as metas e a visão de um grupofeito de várias empresas, em vários continentes e países. Comestes objectivos, a EDP estreou, a 20 de Dezembro de 2007, a tele-visão corporativa – edpOn, presente já em Portugal, Espanha,Brasil e Estados Unidos.

Mais do que uma televisão, a edpOn é feita para e por colabora-dores. A par das emissões transmitidas em ecrãs instalados emedifícios do Grupo, nas várias geografias, existe já a emissão on-line, acessível através da Intranet, que permite aos colaboradoresdeixar comentários, assistir a eventos importantes em directo ouconsultar a grelha de programação.

A televisão corporativa é, por tudo isto, uma ferramenta de comu-nicação inovadora, credível e eficaz, que leva a toda a organizaçãoas actividades, os negócios e as pessoas que fazem a cultura EDP,através de rubricas, notícias e reportagens.

A grelha de programação é actualizada diariamente e novaspeças vão substituindo as mais antigas, sendo utilizados tambémcritérios de importância, interesse e actualidade, neste processode renovação.

A maioria das peças é de duração curta (minuto e meio), estandoa estrutura da emissão pensada para um público que vê televisãoapenas em pedaços de poucos minutos.

A emissão está organizada por temáticas:� Últimas ON – Peças curtas e de actualidade, com novidadesrelativas ao negócio, sustentabilidade, RH e actividade do Grupoem geral.

� Notícias – Peças de cariz informativo, centradas num acon-tecimento actual e relevante para a actividade do Grupo, emtodas as suas áreas e vertentes.

� Negócio – Peças centradas na actividade das várias empresasdo Grupo. Aqui se inserem os conteúdos relativos à produção, dis-tribuição e comercialização de electricidade e gás e outros temasrelativos ao core business da empresa.

� Sustentabilidade – Peças que podem ser de duração maislonga, relacionadas com a actividade sustentável da empresa, emtermos de ambiente, responsabilidade social, cultura.

� A Nossa Energia – Peças relativas a eventos e projectos queimpliquem o apoio ou patrocínio da EDP e que ilustram a suarelação com a comunidade.

� Directo – Utilizado para grandes acontecimentos na vida daempresa, transmitidos em directo para os televisores ou emissãoon-line.

A emissão da edpOn inclui ainda separadores, com menos de umminuto, que fazem uso da assinatura da EDP – Sinta a nossaenergia, com imagens e voz de colaboradores da empresa.�

Televisão Corporativa

Canal audiovisual produzido pela organização,com grelha de programação e conteúdos pró-prios, difundidos em suportes televisivos paracomunicar com públicos internos e/ou exter-nos, sem carácter comercial.

méritoMILLENNIUM BCP - Millennium TVCAIXA GERAL DE DEPÓSITOS - Caixa Corporate

Ana Sofia Vinhas, da EDP, com o prémio entregue porAna Paquete (Vodafone)

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vencedor

“mygalp”A marca convergente para as novas ferramentas emeios de Comunicação Interna da Galp Energia, e res-pectivos suportes informativos, tem agora um nome:mygalp.

Uma Intranet actualizada ao segundo e que permiteaos colaboradores entrar no Universo Galp. Que per-mite saber tudo sobre a complexidade e a mutação queatravessa o sector estratégico da Energia, numa altu-ra em que o Mundo medita seriamente sobre os próxi-mos anos. Uma Intranet que é ponto de encontro entre8 000 pessoas, que na empresa dão o seu melhor,repartidas entre Portugal, Espanha, África e Brasil.

Uma Revista que espelha, de dois em dois meses, arealidade Galp. Uma revista viva, transversal aosdiferentes negócios da empresa. Uma revista aberta eávida do contributo dos colaboradores Galp.Pertinente e relevante, que faz as pessoas sentirem-semais "laranja".

Dois meios de tocar e chegar às pessoas, com informa-ção que interessa, que contribui para o seu enriqueci-mento enquanto profissionais e não só.

A Galp acredita, por isso, na "regra de ouro" de que 1 + 1 = 3.

O relançamento da newsletter semanal, agora tambémsob a marca ‘mygalp’, é a prova consubstanciada distomesmo, ao disponibilizar a um ritmo semanal um conjun-to de notícias actuais, abrangentes e participadas.

A Galp acredita que o ROI funcionou como ideia e vaicontinuar a funcionar como realidade. O feedbackrecebido, as visitas regulares à intranet, o "consumo"da revista e o sucesso da newsletter semanal assim oconfirmam.

O ‘poder’ desta marca é directo, simples e ‘absoluto’,correspondendo a todos os objectivos que se podemdesejar, para garantir o sucesso da ComunicaçãoInterna do novo milénio e a adesão do ProjectoIntegrado ‘mygalp’ às realidades da Galp Energia.�

Identidade Corporativa

Logótipo/marca da organização ou de umseu sector, com respectivos fundamentos eregras de uso, não incluindo branding nemimagem de produtos comerciais.

méritoBUS CONSULTING + CÂMARA MUNICIPAL DACOVILHÃ - Covilhã, cidade 5 EstrelasCARRIS - Marca Multisensorial

O projecto integrado “mygalp” valeu a Eduardo Guedesde Oliveira o troféu na categoria Identidade Corporativa

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vencedor Ex-aequo

Diogo Moreira, Marta de Castro e Pedro Gonçalves (ESCS)

Campanha de ComunicaçãoInstitucional – “Projecto CAIS”

“A associação CAIS, na sociedade portuguesa, não tempor missão institucionalizar a pobreza, mas ajudar nasua erradicação e prevenção. A pobreza, entendidacomo a ausência do que mais básico é fundamental àvida, não faz bem a Portugal” - Henrique Pinto,Director da Revista CAIS.

A CAIS – Círculo de Apoio à Integração dos Sem-Abrigo é uma IPSS, que visa promover o apoio aoscidadãos marginalizados, através da sua promoçãocomo pessoas com dignidade própria. O projecto CAIStem um objectivo: melhorar a imagem da Associaçãoaos olhos da sociedade.

“A CAIS não é só a revista, a CAIS é algo mais” - eis aideia que se pretende transmitir a todos os públicos, de

uma forma eficiente,através dos média, dossócios, das agências decomunicação envolvi-das nes ta campanha edas parcerias estabele-cidas com entidadespri vadas. É indispen -sá vel envol ver tanto oscom pra dores como osven de do res e, ainda, osprojectos ligados aomecenato e ao volunta-riado.�

José Gabriel Andrade Júnior (UCP)

Relação com a ComunicaçãoSocial e Comunicação de Crise- “A Sociedade da Informaçãoe as Organizações emMomentos de Crise”Na dissertação apresentada à Universidade CatólicaPortuguesa, em Outubro de 2008, para obtenção dograu de mestre em Ciências da Comunicação(Comunicação, Organização e Novas Tecnologias), estepremiado analisa o fluxo de comunicação nas crisesorganizacionais no contexto da sociedade da informa-ção.

Trata-se, nas suas palavras, de “uma abordagem inter-pretivista, que visa analisar o actual momento dasociedade: a rede das redes, a Internet e a criação, pro-dução e divulgação de ‘informação’ que condiciona ealtera o surgimento e o desenvolvimento de crisesorganizacionais”.

Esta dissertação apela a um corpusteórico diversificado e que tomacomo relevante para o entendimentodas relações das novas tecnologiasda informação e da comunicaçãocom as crises organizacionais. Revêalgumas teorias da informação e dacomunicação, desde a monografiaThe Mathematical Theory of Com -munication, passando pelos traba-lhos da Escola de Palo Alto e pelasinvestigações da cibernética.�

Prémio Estudante

Os estudantes vencedores da noite: José GabrielAndrade Júnior (à esquerda) com Marta de Castro ePedro Gonçalves

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vencedorAna Cristina VidalDirectora de Comunicação da Jerónimo Martins,SGPS

Licenciada em Gestão de Empresas (Univ. Católica),45 anos. Principiou, em 1989, como analista financei-ra na antiga ITT Portugal. Foi assistente de marke-ting na Wella Portugal e gestora de produto na F.Lima.

Ingressou no Grupo Jerónimo Martins em 1994, tendosido responsável pela marca Feira Nova e, depois, pelapromoção e comunicação do Pingo Doce. Esteve ligadaao Marketing e Vendas desta cadeia, primeiro comomarketing manager e depois como directora comercial.Frequentou o programa de gestão avançada do Insead,entre numerosas outras formações, e assumiu a direc-ção de Comunicação da Jerónimo Martins, SGPS, em2001.

Responsável pela estratégia de Comunicação doGrupo, tem a seu cargo as áreas de MarketingInstitucional, Assessoria Mediática, ComunicaçãoInterna e Responsabilidade Social.

É presidente da Comissão de Ética da JerónimoMartins e directora de Crise.�

Comunicador do Ano

nomeadosLuís Manuel AndradeDirector de Comunicação dos CTT

Paulo António PadrãoDirector de Comunicação e Sustentabilidade do GrupoBanco Espírito Santo

Ana Vidal, aqui acompanhada por Mário Branco, agradeceua votação dos colegas comunicadores, que a elegeramComunicadora do Ano, graças ao trabalho desenvolvido naJerónimo Martins

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01 - José Albuquerque, da Auto Sueco, com alguns dos seus parceiros; 02 - Sandra Pereira com Pedro Vaz, da Bus Consulting, e José ViegasSoares, Presidente do Júri do Grande Prémio APCE; 03 - O MeetingPoint despertou enorme curiosidade nos convidados. Aqui, Dora Bailão(Sybase) explicava as suas funcionalidades a Rita Rodrigues (Solvay 3S); 04 - Mauro Gonçalves e Alexandre Coelho, da Vodafone; 05 - Uma casacheia…; 06 - A equipa de hospedeiras de apoio à Gala; 07 - Sandra Soares representou novamente as Águas do Douro e Paiva; 08 - A equipa daDHL (Teresa Manso e Ana Martinez) com Paula Portugal Mendes, da Direcção da APCE; 09 - Alexandre Coelho, da Vodafone, com AntónioPonces de Carvalho, Director da Escola Superior de Educação João de Deus; 10 - Os eventos servem também para rever amigos: Raquel Moz eMaria Teresa Correia, dos CTT, com Rogério Santos (sócio individual) e Isabel Santiago e Rita Monteiro, da Fundação Portuguesa dasComunicações; 11 - Elsa Luz (Águas de Portugal) à conversa com Mónica Rosa (EPAL); 12 - O Museu da Água da EPAL com os SMAS de Oeirase Amadora (Maria Teresa Pinho, à dirª.); 13 - Ana Vidal, eleita Comunicadora do Ano (à esqª.), acompanhada por Maria Conceição Zagalo (IBM),Luís Rochartre (Secretário-Geral do BCSD) e Mariana Feijó (Jerónimo Martins); 14 - Networking permanente…

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associados colectivosElsa Luz

212469500

www.adp.pt

Sofia Gomes

253606125

www.bosch.pt

Ana Laura Quaresma

808297777

www.allianz.pt

Francisco Aires de Sousa

213613000

www.carris.pt

Octávia Carrilho

218413500

www.ana.pt

Silva Tavares

233955600

www.celbi.pt

José Albuquerque

226150300

www.auto-sueco.pt

Raúl Caldeira

213118100

www.cimpor.pt

Rute Santos

213506100

www.axa.pt

Fátima Gonçalves

252499200

www.conti-online.com

Maria Teresa Correia

213227400

www.ctt.pt

Ana Cristina Martinez

211127200

www.dhl.pt

Sónia Mouta

214164900

www.airliquide.pt

Sofia Novais de Paula

214343780

www.directimedia.pt

Page 64: Comunicação Empresarial N.º 34

64

José Manuel Zenha

213251151

www.epal.pt

Soledade Mesquita Borges

218812956

www.dgci.min-financas.pt

Maria Paula Pimentel

213968154

www.ese-jdeus.edu.pt

Alda Telles

213929990

www.fontecomunicacao.pt

Ângela Marçal

213510930

www.dynargie.pt

Eduardo Guedes de Oliveira

217242500

www.galpenergia.com

Paulo Campos Costa

210012680

www.edp.pt

Marta Mello Breyner

214129500

www.gsk.pt

Cristina Oliveira

213942040

www.fluordesign.com

Ana Nery

265709000

www.portucelsoporcel.com/pt

Luís Penha e Costa

213804010

www.entusiasmomedia.pt

Teresa Figueira

214136200

www.hillandknowlton.com.pt

Maria da Conceição Zagalo

218927114

www.ibm.com/pt/pt

Maria Ana Fontoura

213238000

www.imperiobonanca.pt

Page 65: Comunicação Empresarial N.º 34

65

associados colectivos

Maria Margarida Pedrosa

226161909

www.mba.pt

Miguel Vieira

214465700

www.msd.pt

Filipa Trigo

213933580

www.ipsis.pt

Helena Taborda

213500115

www.metrolisboa.pt

Ana Vidal

217532000

www.jeronimomartins.pt

Ana Rita Branco

213248000

www.montepio.pt

Graça Amaral

213183779

www.libertyseguros.pt

Gonçalo Granado

214148500

www.nestle.pt

Elisabete Barbosa

253202550

www.lkcomunicacao.pt

Cristina Aragão Teixeira

213836300

www.novabase.pt

Filipa Amaro

217613220

www.mcorporate.pt

Mário Ferreira

234759300

www.opinionmaker.pt

Miguel Duarte

213211742

www.millenniumbcp.pt

Alda Benamor

218488372

www.posicionandum.com

Page 66: Comunicação Empresarial N.º 34

66

associados colectivos

Lígia Várzea

286689000

Carla Guedes

217941246

www.reputation.com.pt

Luís Palmeirim

213715410

www.spirituc.com

João Lemos Diogo

217947000

www.rtp.pt

Eduardo Taborda

214246710

www.sybase.pt

Jorge Gomes

214462100

www.sanest.pt

Rosalina Tanganho

219157700

www.tabaqueira.pt

Luísa Silva

213589400

www.sanofi-aventis.pt

Ana Pinto Coelho

213815891

www.unica.com.pt

Joana Garoupa

214178225

www.siemens.pt

Joana Queiroz Ribeiro

229052373

www.unicer.pt

Luísa Pestana

210915000

www.vodafone.pt

Mário Pinho Branco

219534000

www.solvay.pt

Maria Teresa Pinho

214400600

www.smas-oeiras-amadora.pt

João Gonçalves Pereira

213107900

www.simtejo.pt

Cristina Dias Neves

213705790

www.santandertotta.pt

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