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17591/12 1 PT CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA PT 17591/12 (OR. en) PRESSE 523 PR CO 76 COMUNICADO DE IMPRENSA 3213.ª reunião do Conselho Transportes, Telecomunicações e Energia Bruxelas, 20 de dezembro de 2012 Presidente Efthemios Flourentzou Ministro dos Transportes e das Obras Públicas de Chipre

COMUNICADO DE IMPRENSA Transportes, Telecomunicações …europa.eu/rapid/press-release_PRES-12-523_pt.pdf · proposta da Comissão de alargar as inspeções periódicas aos motociclos

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CONSELHO DAUNIÃO EUROPEIA PT

17591/12

(OR. en)

PRESSE 523 PR CO 76

COMUNICADO DE IMPRENSA

3213.ª reunião do Conselho

Transportes, Telecomunicações e Energia

Bruxelas, 20 de dezembro de 2012

Presidente Efthemios Flourentzou Ministro dos Transportes e das Obras Públicas de Chipre

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Principais resultados do Conselho

Transportes

O Conselho chegou a acordo quanto a uma orientação geral em relação a um projeto de diretiva que atualiza as regras comuns em matéria de inspeções técnicas periódicas dos veículos a motor. Serão introduzidos novos requisitos para assegurar elevados padrões de inspeção, a burocracia será reduzida mediante o reconhecimento mútuo dos certificados, e a cooperação administrativa entre os Estados-Membros será reforçada. Além disso, os tratores rápidos foram incluídos no âmbito de aplicação da diretiva, com possíveis isenções. A orientação, no entanto, não mantém a proposta da Comissão de alargar as inspeções periódicas aos motociclos e reboques ligeiros e de aumentar a frequência mínima das inspeções para os automóveis mais antigos e os veículos comerciais leves uma vez de dois em dois anos para uma vez por ano em toda a União. No entanto, os Estados-Membros têm liberdade para impor regras mais rigorosas.

O Conselho tomou nota da situação dos trabalhos em relação a dois projetos de regulamento relativos:

– ao Mecanismo Interligar a Europa (CEF), que é o futuro instrumento de financiamento para as redes transeuropeias nos setores dos transportes, energia e telecomunicações, e

– a um novo quadro financeiro e de governação para os sistemas europeus de radionavegação por satélite EGNOS e Galileo para o período 2014-2020.

Além disso, o Conselho adotou conclusões em resposta à comunicação da Comissão sobre os desafios futuros para a política externa da UE no setor da aviação.

O Conselho autorizou a assinatura e a aplicação provisória de um acordo de aviação com Israel.

Telecomunicações

O Conselho realizou um debate sobre um projeto de regulamento que visa possibilitar transações eletrónicas seguras em toda a UE e tomou nota de um relatório intercalar.

No âmbito da implantação da Estratégia Europa 2020, o Conselho realizou um debate sobre a revisão intercalar da Agenda Digital para a Europa e os próximos passos a dar.

* * *

O Conselho aprovou, sem debate, um acordo alcançado com o Parlamento Europeu sobre um regulamento relativo a alimentos para pessoas vulneráveis como bebés e crianças de tenra idade.

1 Nos casos em que tenham sido formalmente adotadas pelo Conselho declarações, conclusões ou resoluções, o facto é indicado no título do ponto em questão e o texto está colocado entre aspas.

Os documentos cuja referência se menciona no texto estão acessíveis no sítio Internet do Conselho http://www.consilium.europa.eu.

Os atos adotados que são objeto de declarações para a ata que podem ser facultadas ao público vão assinalados por um asterisco; estas declarações estão disponíveis no sítio Internet do Conselho acima mencionado ou podem ser obtidas junto do Serviço de Imprensa.

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ÍNDICE1

PARTICIPANTES............................................................................................................................. 6

PONTOS DEBATIDOS

TRANSPORTES.................................................................................................................................. 8

TRANSPORTES TERRESTRES........................................................................................................ 8

Inspeções técnicas periódicas dos veículos.......................................................................................... 8

QUESTÕES HORIZONTAIS E INTERMODAIS ........................................................................... 10

Mecanismo "Interligar a Europa" ...................................................................................................... 10

Financiamento e governação dos sistemas europeus de radionavegação por satélite........................ 11

AVIAÇÃO ......................................................................................................................................... 12

Política externa no setor da aviação................................................................................................... 12

Acordo de aviação com Israel............................................................................................................ 12

DIVERSOS ........................................................................................................................................ 13

Transportes......................................................................................................................................... 13

Comércio de licenças de emissão no setor da aviação....................................................................... 13

Aplicação dos novos requisitos relativos ao teor de enxofre dos combustíveis navais ..................... 13

Programa de trabalho da próxima Presidência Irlandesa ................................................................... 13

TELECOMUNICAÇÕES.................................................................................................................. 14

Identificação eletrónica e serviços de confiança................................................................................ 14

Redes transeuropeias de telecomunicações........................................................................................ 15

Informações do setor público............................................................................................................. 16

Estratégia Europa 2020 ...................................................................................................................... 17

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EVENTO À MARGEM DO CONSELHO........................................................................................ 18

DIVERSOS ........................................................................................................................................ 19

Telecomunicações.............................................................................................................................. 19

Agência Europeia para a Segurança das Redes e da Informação ...................................................... 19

Acessibilidade dos sítios Web dos organismos do setor público....................................................... 19

Programa de trabalho da próxima Presidência................................................................................... 19

Conferência Mundial das Telecomunicações Internacionais............................................................. 19

OUTROS PONTOS APROVADOS

ENERGIA

– Programa Energy Star ........................................................................................................................................... 20

POLÍTICA COMERCIAL

– Acordo de Comércio com a Colômbia e o Peru: cláusula de salvaguarda e mecanismo de estabilização para as bananas...................................................................................................................................................... 20

– Acordo de Associação com a América Central: Cláusula de salvaguarda para as bananas................................... 20

PESCAS

– Unidades populacionais de peixes de profundidade 2013-2014............................................................................ 21

LEGISLAÇÃO ALIMENTAR

– Regras sobre alimentos destinados a pessoas vulneráveis*................................................................................... 21

AMBIENTE

– Emissões de CO2 no caso de veículos comerciais ligeiros novos ......................................................................... 22

POLÍTICA SOCIAL

– Estatísticas do rendimento e das condições de vida .............................................................................................. 23

EDUCAÇÃO

– Validação da aprendizagem não formal e informal ............................................................................................... 23

QUESTÕES INSTITUCIONAIS

– Adaptação das remunerações dos funcionários da UE .......................................................................................... 23

COOPERAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO

– Assistência da UE ao desenvolvimento para o abastecimento de água e saneamento nos países subsarianos ............................................................................................................................................................ 24

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QUESTÕES ECONÓMICAS E FINANCEIRAS

– Assistência financeira a Portugal........................................................................................................................... 24

NEGÓCIOS ESTRANGEIROS

– Relações da UE com Andorra, Mónaco e São Marinho - Conclusões .................................................................. 25

– Relações da UE com os países da EFTA - Conclusões ......................................................................................... 26

– Suíça - Contribuição financeira - Croácia ............................................................................................................. 34

– Afeganistão – Medidas restritivas ......................................................................................................................... 34

– República Democrática do Congo - medidas restritivas........................................................................................ 34

– Irão – Medidas restritivas ...................................................................................................................................... 35

– Iraque – Medidas restritivas .................................................................................................................................. 35

ASSUNTOS GERAIS

– Programa estatístico 2013-2017 ............................................................................................................................ 35

JUSTIÇA E ASSUNTOS INTERNOS

– Direito de se apresentar como candidato às eleições para o PE ............................................................................ 35

– Agência dos Direitos Fundamentais ...................................................................................................................... 36

– Intercâmbio automatizado de dados com a Polónia............................................................................................... 36

– Tabelas de mortalidade.......................................................................................................................................... 36

– Migração para o SIS II .......................................................................................................................................... 36

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PARTICIPANTES

Bélgica: Melchior WATHELET Secretário de Estado do Ambiente, da Energia e da

Mobilidade, Adjunto da Ministra do Interior, e Secretário de Estado das Reformas Institucionais, Adjunto do Primeiro-Ministro

Olivier BELLE Representante Permanente Adjunto

Bulgária: Valery BORISSOV Vice-Ministro dos Transportes, das Tecnologias da

Informação e da Comunicação

República Checa: Jakub DÜRR Representante Permanente Adjunto

Dinamarca: Henrik Dam KRISTENSEN Ministro dos Transportes

Alemanha: Peter RAMSAUER Ministro Federal dos Transportes, da Construção e do

Desenvolvimento Urbano Guido PERUZZO Representante Permanente Adjunto

Estónia: Juhan PARTS Ministro da Economia e das Comunicações Clyde KULL Representante Permanente Adjunto

Irlanda: Patrick RABBITTE Ministro das Comunicações, da Energia e dos Recursos

Naturais Leo VARADKAR Ministro dos Transportes, do Turismo e do Desporto

Grécia: Stavros KALOGIANNIS Vice-Ministro do Desenvolvimento, da Competitividade,

das Infraestruturas, dos Transportes e das Redes Andreas PAPASTAVROU Representante Permanente Adjunto

Espanha: Carmen LIBRERO PINTADO Secretária-Geral dos Transportes, Ministério das Obras

Públicas José Pascual MARCO MARTÍNEZ Representante Permanente Adjunto

França: Frédéric CUVILLIER Ministro Delegado junto da Ministra da Ecologia, do

Desenvolvimento Sustentável e da Energia, encarregado dos Transportes, do Mar e das Pescas

Alexis DUTERTRE Representante Permanente Adjunto

Itália: Mario CIACCIA Vice-Ministro das Infraestruturas e dos Transportes Marco PERONACI Representante Permanente Adjunto

Chipre: Efthemios FLOURENTZOU Ministro dos Transportes e das Obras Públicas

Letónia: Juris ŠTĀLMEISTARS Representante Permanente Adjunto

Lituânia: Arūnas VINČIŪNAS Representante Permanente Adjunto

Luxemburgo: Michèle EISENBARTH Representante Permanente Adjunta

Hungria: Pál VÖLNER Secretário de Estado, Ministério do Desenvolvimento

Nacional Olivér VÁRHELYI Representante Permanente Adjunto

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Malta: Austin GATT Ministro das Infraestruturas, dos Transportes e das

Comunicações Patrick R. MIFSUD Representante Permanente Adjunto

Países Baixos : Derk OLDENBURG Representante Permanente Adjunto

Áustria: Harald GÜNTHER Representante Permanente Adjunto

Polónia: Maciej JANKOWSKI Subsecretário de Estado, Ministério dos Transportes, da

Construção e dos Assuntos Marítimos

Portugal: Pedro COSTA PEREIRA Representante Permanente Adjunto

Roménia: Septimiu BUZAŞU Secretário de Estado, Ministério dos Transportes e das

Infraestruturas

Eslovénia: Ljubo ŽNIDAR Secretário de Estado, Ministério das Infraestruturas e do

Ordenamento do Território Uroš VAJGL Representante Permanente Adjunto

Eslováquia: František PALKO Secretário de Estado, Ministério dos Transportes, da

Construção e do Desenvolvimento Regional

Finlândia: Merja KYLLÖNEN Ministra dos Transportes

Suécia: Hannes Carl BORG Secretário de Estado da Energia e TI Ingela BENDROT Secretária de Estado

Reino Unido: Stephen HAMMOND Subsecretário de Estado Parlamentar dos Transportes Keith Brown Ministro dos Transportes (Governo Escocês)

Comissão: Siim KALLAS Vice-Presidente Neelie KROES Vice-Presidente

O Governo do Estado aderente esteve representado do seguinte modo:

Croácia: Siniša Hajdaš DONČIĆ Ministro dos Assuntos Marítimos, dos Transportes e das

Infraestruturas

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PONTOS DEBATIDOS

TRANSPORTES

TRANSPORTES TERRESTRES

Inspeções técnicas periódicas dos veículos

O Conselho aprovou uma orientação geral em relação a um projeto de diretiva que atualiza as regras comuns em matéria de inspeções técnicas periódicas dos veículos a motor, (5018/13), tendo em vista melhorar a segurança rodoviária. O projeto de diretiva fixa requisitos mínimos, ficando os Estados-Membros livres de impor regras mais rigorosas.

Na sequência do debate dos Ministros dos Transportes sobre a proposta na sua última reunião, em outubro (ver comunicado de imprensa 15491/12, p. 14-15) e após os debates nas instâncias preparatórias do Conselho, a orientação geral altera substancialmente a proposta inicial da Comissão (12786/12).

O texto acordado pelo Conselho não mantém a proposta da Comissão de alargar o âmbito de aplicação das inspeções periódicas aos motociclos e motas e ainda aos reboques ligeiros. Os tratores rápidos com uma velocidade máxima de mais de 40 km/h, foram, no entanto, incluídos no âmbito de aplicação, se forem usados sobretudo em vias públicas e com possíveis isenções para tratores utilizados em atividades agrícolas, hortícolas, silvícolas ou piscícolas e que circulem unicamente no território do Estado-Membro.

Embora a Comissão tenha proposto um aumento da frequência mínima das inspeções para os automóveis mais antigos e os veículos comerciais leves de uma vez de dois em dois anos para uma vez por ano, a orientação geral mantém as regras atuais.

Além disso, a forma jurídica do projeto legislativo passou de regulamento, tal como proposto pela Comissão, para diretiva, o que deixa mais espaço para ter em conta as especificidades dos Estados-Membros.

Durante as discussões dos ministros, o projeto apresentado pela Presidência (17720/12) foi ligeiramente alterado para incluir uma disposição sobre sanções adequadas para a manipulação do conta-quilómetros. Além disso, as responsabilidades dos Estados-Membros foram clarificadas, ficando especificado que cada Estado-Membro é responsável por garantir as inspeções periódicas aos veículos registados no seu território. O texto assim alterado era aceitável para todos os Estados-Membros. No entanto, algumas delegações teriam preferido sujeitar os veículos comerciais ligeiros a inspeções anuais. Além disso, diferentes delegações expressaram preocupações quanto à exclusão dos motociclos ou reboques ligeiros da diretiva ou sobre a sua forma jurídica.

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A Comissão, embora de uma forma geral apoie o acordo alcançado, tem dúvidas sobre as mudanças introduzidas no âmbito de aplicação, na frequência das inspeções e na forma jurídica, bem como sobre a supressão de uma disposição que lhe teria dado o poder de atualizar certos elementos dos anexos técnicos em função do progresso técnico.

Comparada com as regras atuais, a proposta de diretiva também introduz novos requisitos destinados a garantir elevados padrões de inspeção, nomeadamente em matéria de equipamentos de inspeção, de competências e formação do pessoal de inspeção e de supervisão dos centros de inspeção; os anexos com os detalhes técnicos das inspeções também foram atualizados. A deteção da manipulação dos conta-quilómetros será facilitada através da disponibilização aos inspetores das leituras do contador na inspeção anterior. Além disso, o novo texto prevê o reconhecimento mútuo dos certificados de inspeção técnica em caso de nova matrícula de um veículo noutro Estado-Membro. De um modo mais geral, a cooperação administrativa entre os Estados-Membros será reforçada, e será explorada a viabilidade de uma plataforma eletrónica de informações sobre veículos.

Passados cinco anos, a Comissão examinará a eficácia da diretiva e, se necessário, apresentará novas propostas.

A proposta de regulamento, apresentada pela Comissão em julho de 2012, faz parte do "pacote de inspeção técnica" que inclui também propostas de regulamentos relativos à inspeção técnica na estrada dos veículos comerciais (12809/12) e aos documentos de matrícula dos veículos (12803/12).

O Parlamento Europeu, cuja aprovação é necessária para a adoção da proposta, ainda não definiu a sua posição.

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QUESTÕES HORIZONTAIS E INTERMODAIS

Mecanismo "Interligar a Europa"

O Conselho tomou nota da situação dos trabalhos sobre o projeto de regulamento que cria o Mecanismo Interligar a Europa (CEF), o futuro instrumento de financiamento para as redes transeuropeias (RTE) nos domínios dos transportes, energia e telecomunicações (relatório intercalar: 17107/12 + COR 1 REV 1). O regulamento determina as condições, os métodos e os procedimentos da contribuição financeira da União para os projetos RTE. Irá substituir as atuais bases jurídicas para o financiamento das RTE. Irá substituir as atuais bases jurídicas para o financiamento das RTE. A complementar estas regras gerais, serão adotadas separadamente diretrizes políticas específicas por setor para definir estratégias de desenvolvimento, prioridades e medidas de implementação para cada um dos setores.

Em junho deste ano, o Conselho chegou a acordo quanto a uma abordagem geral sobre a CEF (11236/12), que não incluía as disposições financeiras por estarem ainda a decorrer as negociações sobre o novo regulamento financeiro e sobre o quadro financeiro plurianual (QFP) para os anos 2014-2020. Desde então, foi resolvida a maior parte dos problemas associados ao regulamento financeiro. No entanto, ainda estão em aberto pontos relacionados com as negociações em curso sobre o QFP, incluindo os montantes atribuídos no âmbito do CEF, o valor a ser transferido do Fundo de Coesão, e a questão de saber se o imposto sobre o valor acrescentado deve ser um custo elegível para subvenções do CEF. Outras questões pendentes dizem respeito às disposições relativas à ajuda financeira através da utilização de instrumentos financeiros inovadores, como as obrigações para financiamento de projetos, destinados a potenciar o investimento adicional a partir de fontes públicas e privadas. Além disso, discussões mais aprofundadas por setor serão necessárias no que diz respeito às prioridades em matéria de infraestrutura para o setor de telecomunicações, tal como enumeradas no anexo do regulamento CEF (esta questão foi também abordada pelos ministros de telecomunicações na sessão da tarde de 20 de Dezembro).

Na reunião do Conselho, a Comissão lamentou que tenham sido propostos cortes importantes no orçamento do CEF, no quadro das negociações do QFP. A Comissão considera esses cortes contraproducentes.

A Comissão apresentou a sua proposta em outubro de 2011 (16176/11). O Parlamento Europeu, cuja aprovação é também necessária para a adoção do regulamento, ainda não definiu a sua posição sobre a proposta.

Para mais informações sobre o CEF, ver também o comunicado à imprensa sobre a adoção da orientação geral parcial (10479/12, pp. 9-11).

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Financiamento e governação dos sistemas europeus de radionavegação por satélite

O Conselho tomou nota da situação dos trabalhos sobre um projeto de regulamento que define um novo quadro financeiro e de governação para os sistemas europeus de radionavegação por satélite (EGNOS e Galileo), para o período coberto pelo quadro financeiro plurianual 2014-2020 (relatório intercalar: 16871/12).

Em junho deste ano, o Conselho aprovou uma abordagem geral parcial sobre o projeto de regulamento (11105/12), deixando de fora, por enquanto, a dotação financeira para os programas de navegação por satélite.

Como o regulamento deve igualmente ser aprovado pelo Parlamento Europeu, a comissão competente do Parlamento examinou a proposta da Comissão em setembro e elaborou uma série de projetos de alteração. Desde então, foram realizadas consultas informais tendo em vista chegar a um acordo. O Parlamento mostrou-se disposto a aceitar, em grande parte, a orientação geral parcial do Conselho, e deverá ser possível chegar-se a acordo quanto a várias questões técnicas. No entanto, permanecem em particular três questões por resolver: um pedido do Parlamento para incluir o desenvolvimento de aplicações no âmbito do regulamento; a questão dos poderes a conferir à Comissão para certas decisões relativas à aplicação do regulamento; e alguns ajustes em relação à governação dos programas.

Os progressos sobre este regulamento estão intimamente ligados ao resultado das negociações em curso sobre o próximo quadro financeiro plurianual (QFP). Nenhuma decisão final pode ser tomada enquanto não for conhecido o montante a atribuir aos programas de radionavegação por satélite da UE no âmbito do QFP.

A proposta apresentada pela Comissão em dezembro de 2011 (17844/11) contém os seguintes elementos fundamentais:

– um pedido financeiro de 7,9 mil milhões de euros a preços correntes, a financiar totalmente pelo orçamento da UE. Estas dotações, que poderão ser reduzidas durante as negociações do QFP, serão utilizadas para financiar atividades relacionadas com a conclusão da fase de implantação do programa Galileo e com a exploração dos sistemas Galileo e EGNOS;

– uma definição dos sistemas e programas de navegação por satélite da UE e dos serviços que irão oferecer;

– um novo quadro de governação que estabelece uma estrita divisão de tarefas entre a Comissão, a Agência do GNSS Europeu e a Agência Espacial Europeia;

– regras em matéria de contratos públicos nos programas.

Para mais informações sobre a abordagem geral parcial e, mais geralmente, sobre o Galieo e o EGNOS, ver também comunicado de imprensa 10479/12, pp. 12-14.

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AVIAÇÃO

Política externa no setor da aviação

O Conselho adotou conclusões que fornecem orientações para a formulação de políticas tanto a nível da UE como a nível nacional no que respeita às relações em matéria de aviação com os países não membros da UE (17558/12 + COR 1).

As conclusões constituem a resposta a uma comunicação apresentada pela Comissão em setembro de 2012 sobre a política externa da UE no setor da aviação (14333/12). A comunicação examina os progressos feitos desde que em 2005 o Conselho aprovou uma agenda para a política externa no setor da aviação, analisa os desafios que o setor da aviação da UE está a enfrentar e propõe as formas de os resolver.

O Conselho aprova os principais elementos da comunicação da Comissão e salienta a importância de um setor da aviação competitivo na UE e a necessidade de fundar as relações aéreas com os países terceiros numa base jurídica sólida e de reforçar as relações, tendo em conta as particularidades dos países parceiros. Apesar de reconhecer os progressos realizados, o Conselho apela a uma política mais ambiciosa com base nos princípios da reciprocidade e da concorrência aberta e leal. Por fim, realça o papel fundamental da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) no desenvolvimento de um quadro regulamentar económico mais adequado para a aviação global e para abordar o problema das emissões de gases de efeito de estufa da aviação internacional.

Acordo de aviação com Israel

O Conselho autorizou a assinatura e a aplicação provisória de um acordo de aviação entre a UE e os seus Estados-Membros, por um lado, e Israel, por outro (acordo: 16828/12; decisão relativa à assinatura: 16826/12).

O acordo prevê, nomeadamente, a abertura gradual e recíproca do mercado – com abertura total do mercado em 2017 – um aumento das frequências de voos semanais e a possibilidade de as companhias aéreas da UE operarem livremente a partir de qualquer ponto da UE para qualquer ponto de Israel. Por outro lado, são criados novos mecanismos, com base na legislação da UE, para a cooperação regulamentar e a convergência entre a UE e Israel em domínios essenciais para o funcionamento seguro e eficiente dos serviços aéreos. Além disso, o acordo visa a criação de condições de concorrência equitativas para os operadores económicos e promove a concorrência leal entre as companhias aéreas.

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DIVERSOS

Transportes

Comércio de licenças de emissão no setor da aviação

A Comissão informou os ministros sobre a evolução internacional a nível da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) no que respeita a medidas globais para combater as emissões provenientes da aviação (17703/12). Atendendo aos progressos realizados sobre esta questão na reunião de novembro passado do Conselho da OACI, a Comissão apresentou uma proposta legislativa que suspenderia temporariamente a aplicação do regime de comércio de emissões da UE (RCE) para voos internacionais de e para a Europa, numa tentativa de contribuir para encontrar uma solução global na Assembleia da OACI em setembro de 2013.

Aplicação dos novos requisitos relativos ao teor de enxofre dos combustíveis navais

A Delegação Francesa informou o Conselho sobre as suas preocupações quanto à disponibilidade, atempadamente e a um preço aceitável, de combustíveis com teor de enxofre reduzido, que os navios que operam em áreas de controlo das emissões de enxofre serão obrigados a utilizar a partir de 1 de janeiro de 2015 por força das novas regras internacionais e da UE (17790/12). Esta delegação instou os Estados-Membros e a Comissão a trabalharem em conjunto sobre possíveis soluções. Várias outras delegações tomaram a palavra para afirmar que compartilham destas preocupações.

Durante a próxima Presidência Irlandesa, esta questão irá ser aprofundada tendo em vista encontrar uma solução.

Programa de trabalho da próxima Presidência Irlandesa

A próxima Presidência Irlandesa apresentou sucintamente o seu programa de trabalho em matéria de transportes para os próximos seis meses, tendo como objetivo geral transportes mais seguros, mais eficientes e sustentáveis na Europa.

As prioridades principais são o Mecanismo Interligar a Europa e as redes transeuropeias de transportes, bem como as três propostas do pacote aeroportuário e a nova proposta a ser apresentada pela Comissão para um quarto pacote ferroviário.

Além disso, iniciar-se-á o trabalho sobre outras novas propostas legislativas a apresentar pela Comissão. Tal diz respeito a questões como os direitos dos passageiros aéreos, os equipamentos marítimos, a segurança dos navios de passageiros ou a energia limpa para os transportes. Prosseguirão os trabalhos sobre as propostas já em discussão, como o pacote relativo às inspeções técnicas bem como o regulamento relativo ao tacógrafo.

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TELECOMUNICAÇÕES

Identificação eletrónica e serviços de confiança

O Conselho realizou, em sessão pública, um debate de orientação sobre um projeto de regulamento relativo à identificação eletrónica e aos serviços de confiança para as transações eletrónicas no mercado interno. Além disso, tomou conhecimento de um relatório da Presidência que reflete os progresso feitos até ao momento e identifica as questões que carecem de ser aprofundadas (17269/12).

O debate forneceu orientações úteis sobre o caminho a seguir para a próxima Presidência Irlandesa e confirmou o apoio aos principais objetivos da proposta da Comissão.

O quadro jurídico proposto visa possibilitar interações eletrónicas seguras e sem descontinuidades entre as empresas, os cidadãos e as autoridades públicas, aumentando assim a eficácia dos serviços em linha públicos e privados, do cibernegócio e do comércio eletrónico na UE. Deve contribuir para a consecução de um mercado único digital plenamente integrado. O Conselho Europeu apelou em diversas ocasiões à rápida adoção desta proposta.

A Comissão apresentou esta proposta em junho de 2012 (10977/12). O projeto de regulamento visa assegurar o reconhecimento e a aceitação mútuos dos meios de identificação eletrónica em toda a UE. Também fortalece as regras atuais relativas às assinaturas eletrónicas e estabelece um quadro jurídico para outros serviços de confiança, como os selos eletrónicos, a Marcação eletrónica da data e da hora, a admissibilidade dos documentos eletrónicos, a entrega eletrónica e a autenticação de sítios Web. Contribuirá ainda para aumentar a confiança nas transações eletrónicas no mercado interno.

A votação na Comissão ITRE do Parlamento Europeu está prevista para julho de 2013.

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Redes transeuropeias de telecomunicações

Numa deliberação pública, o Conselho tomou nota do relatório sobre a situação dos trabalhos de um projeto de regulamento relativo às orientações para as redes transeuropeias de telecomunicações (17257/12).

A Comissão apresentou a sua proposta em outubro de 2011 (16006/11). O projeto de regulamento estabelecerá orientações que abrangem os objetivos e prioridades previstos para as redes de banda larga e as infraestruturas de serviços digitais públicos. As orientações identificam projetos de interesse comum nesta matéria.

No domínio das redes de banda larga, os projetos de interesse comum irão apoiar a implantação de redes de banda larga de débito elevado ou muito elevado. Isso contribuirá para alcançar, até 2020, os objetivos da Agenda Digital para a Europa de uma cobertura universal a 30 Mbps ou de ter pelo menos 50% dos agregados familiares com assinatura para débitos superiores a 100 Mbps. Prevê-se a criação, em toda a UE, de uma carteira equilibrada de projetos de 30 e 100 Mbps.

Os projetos de interesse comum no domínio das infraestruturas de serviços digitais poderão incluir ligações de base transeuropeias de elevado débito para as administrações públicas, a prestação transfronteiras de serviços de administração em linha com base na identificação e na autenticação interoperáveis que permitam o acesso às informações do setor público, os recursos multilingues, a segurança em linha e os serviços de energia inteligentes.

O financiamento da UE relativo a este regulamento será negociado no contexto do instrumento de financiamento do Mecanismo Interligar a Europa, relativo ao próximo quadro financeiro plurianual (2014-2020). A Comissão apresentou esta proposta em junho de 2011 (16176/11) com o objetivo de promover a realização de infraestruturas prioritárias de energia, transportes e digitais. A Comissão propôs a atribuição de 9,2 mil milhões de euros para redes de banda larga e infraestruturas de serviços digitais.

A votação na comissão ITRE do Parlamento Europeu teve lugar em 5 de novembro de 2012.

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Informações do setor público

Numa sessão pública, o Conselho tomou nota de um relatório intercalar da Presidência sobre o trabalho efetuado até à data sobre este assunto (17272/12).

Além disso, a Presidência informou os ministros sobre o resultado da primeira reunião tripartida com o Parlamento Europeu, que teve lugar em 17 de dezembro de 2012. O próximo trílogo será realizado durante a Presidência Irlandesa em princípios de 2013.

A Comissão apresentou em dezembro de 2011 a sua proposta de revisão da diretiva 2003/98/CE sobre a reutilização de informações do setor público (18555/11). Essa proposta insere-se na Agenda Digital para a Europa e na Estratégia Europa 2020 para um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo.

As informações do setor público constituem por si só a maior fonte de informações na Europa. São produzidas e recolhidas pelos organismos públicos e incluem mapas digitais, bem como dados meteorológicos, jurídicos, de trânsito, financeiros, económicos e outros. A maior parte destes dados brutos poderia ser reutilizada ou integrada em novos produtos e serviços de uso quotidiano, como sejam os sistemas de navegação para veículos, previsões meteorológicas, serviços financeiros e de seguros.

O objetivo desta proposta é eliminar as diferenças entre os Estados-Membros em matéria de exploração das informações do setor público, que impedem a plena exploração do potencial económico deste recurso. Além disso, a proposta visa facilitar a criação de produtos e serviços baseados nas ISP em toda a União e garantir a efetiva utilização transnacional das ISP em produtos e serviços de valor acrescentado.

A proposta de alteração apresentada pela Comissão contém três novos elementos principais, a saber: o alargamento do âmbito para abranger também as instituições culturais, a obrigação de permitir a reutilização dos documentos atualmente acessíveis em poder dos órgãos do setor público e as regras de tarificação para a reutilização.

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Estratégia Europa 2020

No âmbito da aplicação da Estratégia Europa 2020 para o crescimento e o emprego, o Conselho realizou um debate público de orientação sobre a revisão intercalar da Agenda Digital para a Europa e os próximos passos a dar. Este debate também incluiu aspetos pertinentes da Análise Anual do Crescimento 2013 (16669/12) e contribuiu para o exercício respeitante ao Semestre Europeu, o ciclo de coordenação das políticas económicas no âmbito da Estratégia Europa 2020 para o crescimento e o emprego.

Com base numa nota da Presidência (17339/12), os ministros avaliaram os progressos realizados quanto às prioridades da Agenda Digital para a Europa e centraram-se na necessidade de esforços mais intensos a nível da UE a fim de responder aos desafios identificados no setor das TIC e no mercado único digital. O debate dos ministros foi também um primeiro passo na preparação para o Conselho Europeu de outubro de 2013 dedicado à inovação e às políticas digitais.

Durante o debate, os ministros também manifestaram um amplo apoio a novas iniciativas para a economia e a sociedade digitais contidas na Revisão da Agenda Digital, aprovada pela Comissão em 18 de dezembro de 2012. A revisão destina-se a estudar a melhor forma de reorientar a Agenda Digital no sentido de melhor estimular a economia digital através de medidas que se melhorem e completem mutuamente em setores fundamentais.

A Análise Anual do Crescimento 2013 estabelece as prioridades económicas e sociais para a UE, fornecendo orientações gerais para os Estados-Membros e para a UE e na condução das suas políticas. Também inclui o primeiro relatório sobre o Estado da Integração do Mercado Único (17281/12), no qual se explanam de forma aprofundada os desafios e as prioridades da UE para melhor estimular a economia digital.

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EVENTO À MARGEM DO CONSELHO

À margem do Conselho, a União Europeia e a Organização Europeia para a Segurança da Navegação Aérea (Eurocontrol) assinaram um acordo que estabelece um novo e estável quadro geral para uma cooperação reforçada (13792/12).

Para mais informações, ver o comunicado de imprensa conjunto do Conselho e do Eurocontrol (18002/12).

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DIVERSOS

Telecomunicações

Agência Europeia para a Segurança das Redes e da Informação

A Presidência informou o Conselho sobre o ponto da situação das negociações com o Parlamento Europeu em relação a este assunto e lamentou não poder chegar a um acordo com esta instituição sobre o dossiê antes do termo do seu mandato. O Parlamento Europeu cancelou a terceira reunião do trílogo (prevista para 4 de dezembro), por considerar que o mandato do Conselho não é suficiente para satisfazer todos os pedidos do Parlamento e alcançar um acordo. A próxima Presidência Irlandesa irá explorar todas as possibilidades de modo a permitir encerrar este dossiê.

Acessibilidade dos sítios Web dos organismos do setor público

A Comissão informou os ministros sobre a sua nova proposta legislativa relativa à acessibilidade dos sítios Web dos organismos do setor público adotada em 3 de dezembro de 2012 (17344/12).

Programa de trabalho da próxima Presidência

A próxima Presidência Irlandesa informou o Conselho sobre as suas prioridades e as propostas legislativas sobre as quais tenciona centrar o seu trabalho (17796/12).

Conferência Mundial das Telecomunicações Internacionais

A Presidência e a Comissão informaram o Conselho sobre os resultados da Conferência Mundial das Telecomunicações Internacionais (WCIT), realizada de 3 a 14 de dezembro no Dubai com vista à revisão do Regulamento das Telecomunicações Internacionais.

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OUTROS PONTOS APROVADOS

ENERGIA

Programa Energy Star

O Conselho adotou um regulamento que altera o Regulamento (CE) n.º 106/2008, relativo a um programa comunitário de rotulagem em matéria de eficiência energética para equipamento de escritório (Energy Star) aprovando a posição do Parlamento Europeu (PE-CONS 57/12).

Este regulamento reflete as disposições de um novo acordo celebrado em 29 de novembro de 2011 entre os Estados Unidos da América e a UE sobre a coordenação dos programas de rotulagem em matéria de eficiência energética do equipamento de escritório (10193/12). O acordo visa reduzir continuamente o consumo de energia de equipamentos de escritório tais como computadores, monitores, impressoras, fotocopiadoras, etc. O acordo abrangerá um período de cinco anos.

POLÍTICA COMERCIAL

Acordo de Comércio com a Colômbia e o Peru: cláusula de salvaguarda e mecanismo de estabilização para as bananas

O Conselho aprovou a posição do Parlamento Europeu (PE-CONS 62/12) relativa a um regulamento que aplica a cláusula bilateral de salvaguarda e o mecanismo de estabilização para as bananas do acordo comercial com a Colômbia e o Peru.

O regulamento será publicado no Jornal Oficial da UE depois de ter sido assinado pelo Presidente do Conselho e pelo Presidente do Parlamento Europeu.

Acordo de Associação com a América Central: Cláusula de salvaguarda para as bananas

O Conselho aprovou a posição do Parlamento Europeu (PE-CONS 63/12) relativa a um regulamento que aplica a cláusula bilateral de salvaguarda e o mecanismo de estabilização para as bananas do acordo de associação com a América Central.

O regulamento será publicado no Jornal Oficial da UE depois de ter sido assinado pelo Presidente do Conselho e pelo Presidente do Parlamento Europeu.

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PESCAS

Unidades populacionais de peixes de profundidade 2013-2014

O Conselho adotou um regulamento que fixa, para 2013 e 2014, as possibilidades de pesca para os navios da UE relativas a determinadas unidades populacionais de peixes de profundidade (17289/12).

Foi alcançado um acordo político sobre este regulamento na reunião do Conselho (Agricultura e Pescas) de novembro deste ano (16664/12). Este regulamento refere-se a determinadas unidades populacionais de peixes de profundidade como certos tubarões de profundidade, o peixe-espada-preto (Aphanopus carbo), a lagartixa-da-rocha (Coryphaenoides rupestris), os imperadores (Beryx spp.) e a abrótea-do-alto (Phycis blennoides). As possibilidades de pesca para as espécies de profundidade são fixadas de dois em dois anos a nível da UE desde 2003.

Nos termos do artigo 43.º, n.º 3, do Tratado de Lisboa, cabe ao Conselho adotar medidas relativas à fixação e à repartição das possibilidades de pesca no quadro da política comum das pescas. A participação do Parlamento Europeu e o parecer do Comité Económico e Social não são, pois, necessários para este regulamento.

LEGISLAÇÃO ALIMENTAR

Regras sobre alimentos destinados a pessoas vulneráveis*

O Conselho aprovou um acordo alcançado com o Parlamento Europeu sobre os alimentos considerados essenciais para certas pessoas vulneráveis tais como os lactentes e as crianças de tenra idade (16961/12 + COR 1 + ADD 1+ ADD 2)1, confirmou o acordo alcançado entre a Presidência Cipriota e os representantes do Parlamento Europeu em 14 de novembro e lançou as bases para a adoção formal do novo regulamento da UE pelo Parlamento Europeu.

1 As Delegações do Reino Unido e da Alemanha abstiveram-se.

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O novo regulamento visa clarificar o quadro jurídico relativo a estes alimentos, evitando a sobreposição entre a legislação específica aplicável a tais alimentos e a legislação aplicável aos alimentos em geral. Além disso, tem como objetivo colmatar as lacunas jurídicas do sistema em vigor e assegurar que as regras da UE sobre tais alimentos são aplicadas da mesma maneira em todos os Estados-Membros. Assim o regulamento contribui para a clareza jurídica no interesse tanto dos consumidores como dos produtores, e permite evitar distorções no mercado interno1.

Para mais pormenores, ver doc. 18003/12.

AMBIENTE

Emissões de CO2 no caso de veículos comerciais ligeiros novos

O Conselho confirmou a sua intenção de não objetar a um ato delegado pela Comissão que complementa o Regulamento 510/2011 no que respeita às regras de aplicação das derrogações de objetivos de emissões específicas de CO2 no caso de veículos comerciais ligeiros novos (16146/12).

A Comissão apresentou o ato delegado em 6 de novembro de 2012. De acordo com o Regulamento 510/2011 relativo aos veículos comerciais ligeiros (furgões), o Conselho dispõe de dois meses para se opor a um ato delegado, após a respetiva notificação, salvo se, juntamente com o Parlamento, acelerar o processo e informar a Comissão da sua intenção de não levantar objeções.

O projeto de ato delegado prevê o formato para o requerimento de uma derrogação nos termos do artigo 11.º do Regulamento 510/2011, especifica as informações a fornecer sobre os critérios de elegibilidade, define o cenário de base a utilizar para a avaliação do objetivo específico de emissões proposto e especifica as informações a apresentar sobre o potencial de redução dos requerentes. O projeto de ato delegado fixa disposições pormenorizadas sobre o procedimento de avaliação do objetivo específico de emissões proposto e o potencial de redução.

1 Atualmente, alimentos similares podem ser comercializados em Estados-Membros

diferentes como alimento para fins nutricionais específicos e/ou como alimento para consumo normal destinado à população em geral ou a determinados subgrupos, como mulheres grávidas, idosos, crianças em fase de crescimento, adolescentes e outros. Este estado de coisas prejudica o bom funcionamento do mercado interno, cria insegurança jurídica para as autoridades, produtores e consumidores, e acarreta o risco de abusos de comercialização e de distorção da concorrência.

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POLÍTICA SOCIAL

Estatísticas do rendimento e das condições de vida

O Conselho decidiu não se opor à adoção pela Comissão de um regulamento que fixa as variáveis-alvo secundárias e os identificadores de variáveis do módulo de 2014 relativo à privação material a incluir na componente transversal das estatísticas europeias do rendimento e das condições de vida (EU-SILC) (17266/12).

O projeto de regulamento, que constitui uma medida de execução do regulamento EU-SILC de 2003, está sujeito ao procedimento de regulamentação com controlo; agora que o Conselho deu a sua aprovação, a Comissão pode adotá-la, salvo se o Parlamento Europeu se opuser.

EDUCAÇÃO

Validação da aprendizagem não formal e informal

O Conselho adotou uma recomendação sobre a validação da aprendizagem não formal e informal que consta do 16153/12 + COR 1.

QUESTÕES INSTITUCIONAIS

Adaptação das remunerações dos funcionários da UE

O Conselho confirmou que não existe uma maioria qualificada para a adoção de uma proposta da Comissão de adaptação das remunerações e pensões dos funcionários e outros agentes da UE para 2012.

A ideia subjacente ao método de cálculo da adaptação das remunerações dos funcionários da UE é assegurar uma evolução paralela do poder de compra dos funcionários públicos nacionais nos oito Estados-Membros de referência e dos funcionários da UE. No entanto, o método inclui uma "cláusula de exceção" que se aplica se houver uma deterioração grave e súbita da situação económica e social na União. De acordo com o Estatuto do Pessoal da UE, o método aplica-se nomeadamente aos vencimentos de base mensais1 dos funcionários da UE e agentes contratuais da UE, bem como à remuneração mensal dos assistentes parlamentares.

1 Os funcionários e outros agentes da UE recebem doze salários mensais por ano.

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2012 é o último ano em que a versão atual do anexo XI do Estatuto dos Funcionários da União prevê a aplicação do método de adaptação. Uma vez que os debates sobre a reforma do Estatuto estão ainda em curso, a Comissão sugeriu ao Conselho e ao Parlamento Europeu no final de novembro a prolongação temporária do método por um ano, juntamente com a contribuição especial de 5,5%, no máximo, que caso contrário também expiraria no final deste ano. No entanto, o Conselho não pôde apoiar esta sugestão. A contribuição especial de 5,5% é atualmente aplicada de forma progressiva, o que significa que a taxa é mais baixa para os funcionários dos graus mais baixos.

COOPERAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO

Assistência da UE ao desenvolvimento para o abastecimento de água e saneamento nos países subsarianos

O Conselho adotou conclusões (17288/12) sobre o relatório do Tribunal de Contas Europeu sobre a assistência da UE ao desenvolvimento para o abastecimento de água potável e saneamento básico nos países subsarianos. O relatório sublinha que é necessária uma melhoria significativa em várias áreas, dado que menos de metade dos projetos examinados satisfez todas as necessidades dos beneficiários. O Conselho reconhece o facto de que a Comissão já começou a tomar uma série de iniciativas para resolver a maior parte das questões levantadas no relatório do Tribunal de Contas. O Conselho também salientou que a realização de projetos de abastecimento de água e saneamento bem sucedidos e sustentáveis a longo prazo exige uma vasta gama de mecanismos de apoio para garantir a sua sustentabilidade financeira e institucional e que apesar de serem de alto risco, estes projetos são vitais para a concretização dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio.

QUESTÕES ECONÓMICAS E FINANCEIRAS

Assistência financeira a Portugal

O Conselho adotou uma decisão que altera a Decisão de Execução 2011/344/UE relativa à concessão de assistência financeira a Portugal. Esta medida surge na sequência de uma decisão do Conselho em outubro no sentido de conceder a Portugal um prazo suplementar de um ano para corrigir o seu défice orçamental excessivo.

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NEGÓCIOS ESTRANGEIROS

Relações da UE com Andorra, Mónaco e São Marinho - Conclusões

O Conselho adotou as seguintes conclusões sobre as relações da UE com Andorra, Mónaco e São Marinho:

1. "Em conformidade com as conclusões do Conselho de 14 de dezembro de 2010 sobre as relações da UE com os países da EFTA1, e com o relatório da Presidência sobre as relações da UE com o Principado de Andorra, a República de São Marinho e o Principado do Mónaco, subscrito pelo Conselho em 21 de junho de 20112, o Conselho congratula-se com a comunicação da Comissão sobre as relações da UE com o Principado de Andorra, a República de São Marinho e o Principado do Mónaco - Opções para uma ligação mais estreita à UE", de 20 de novembro de 2012, assim como o documento de trabalho dos serviços da Comissão sobre os "Obstáculos ao acesso de Andorra, do Mónaco e de São Marinho ao mercado interno da UE e à cooperação noutras áreas" que acompanha essa comunicação. O Conselho toma a devida nota das conclusões e das recomendações que delas constam.

2. O Conselho congratula-se com o interesse contínuo que os três países têm demonstrado em relação ao reforço e ao aprofundamento das suas relações com a UE e regista as informações por eles prestadas em relação aos atuais obstáculos que dificultam o seu acesso ao mercado interno da UE, tal como refere o documento dos serviços da Comissão supramencionado.

3. O Conselho reconhece que, em princípio, uma maior integração de Andorra, do Mónaco e de São Marinho, também é do interesse da UE, uma vez que poderia eventualmente reforçar as perspetivas de crescimento, investimento, inovação e emprego em benefício tanto da UE (e antes de mais as regiões limítrofes desses países) como dos países em questão.

4. Neste contexto, o Conselho incentiva a prossecução dos trabalhos da Comissão e da Alta Representante (conforme o caso) relativos ao reforço das relações com esses três países. Esses trabalhos deverão pautar-se pela necessidade de assegurar a homogeneidade e o funcionamento correto do mercado interno, tendo simultaneamente em conta as especificidades dos três países, bem como pela importância de se desenvolver uma abordagem coerente para os três países.

1 Doc. 17423/1/10 REV 1. 2 Doc. 11466/11.

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5. O Conselho considera que as opções mais viáveis para uma maior integração de Andorra, do Mónaco e de São Marinho seriam as seguintes: i) participação desses países de pequena extensão territorial no Espaço Económico Europeu; e ii) negociação de um ou mais acordo(s)-quadro de associação com esses países, tendo em vista proporcionar-lhes o acesso ao mercado interno da UE, às suas medidas de acompanhamento e às políticas horizontais, e incluindo mecanismos institucionais de acordo com o modelo do Acordo sobre o Espaço Económico Europeu.

6. À luz da avaliação levada a cabo até agora e atendendo ao interesse manifestado por Andorra, Mónaco e São Marinho em reforçarem as suas relações com a UE, o Conselho convida a Comissão e a Alta Representante (conforme o caso) a continuarem a sua análise e reflexões sobre essas duas opções e em particular:

– a procederem a consultas com os Governos de Andorra, do Mónaco e de São Marinho, assim como com outras partes pertinentes, a partir do primeiro semestre de 2013, com vista a identificar a viabilidade e o grau de apoio a essas opções, tendo em conta em particular as condições institucionais referidas na comunicação;

– a apresentarem ao Conselho, até ao final do ano de 2013, um relatório, do qual constem uma análise do impacto e das principais implicações institucionais, políticas e económicas dessas opções, bem como recomendações relativas a medidas ulteriores.

7. Por fim, o Conselho toma a devida nota dos esforços realizados por Andorra, pelo Mónaco e por São Marinho, e incentiva-os a prosseguirem os seus esforços a fim de aumentarem ainda mais a convergência da sua legislação com o acervo do mercado interno da UE e reforçarem a sua capacidade administrativa a fim de facilitarem a prossecução da implementação do acervo relevante da UE."

Relações da UE com os países da EFTA - Conclusões

O Conselho avaliou a evolução das relações da UE com os quatro Estados membros da Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA): Islândia, Listenstaine, Noruega e Suíça ao longo dos últimos dois anos, e adotou as seguintes conclusões:

1. "Em conformidade com as suas conclusões de dezembro de 2010, o Conselho avaliou a evolução das relações da UE com os quatro Estados membros da Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA), a saber o Reino da Noruega, a Islândia, o Principado do Listenstaine e a Confederação Suíça, ao longo dos dois últimos anos. Durante este período, as relações da UE com os países da EFTA permaneceram estáveis e estreitas (nos pontos dedicados a cada um dos países indicam-se os pormenores respeitantes à sua evolução). O Conselho espera continuar de futuro a reforçar e aprofundar as relações da União com os quatro países em questão. O Conselho voltará a fazer um balanço das relações entre a UE e os países da EFTA dentro de dois anos.

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PRINCIPADO DO LISTENSTAINE

2. O Conselho reconhece que, nos últimos 17 anos, o Listenstaine – embora um país de pequena dimensão territorial – transformou num sucesso a sua adesão ao EEE graças à sua determinação política e a significativos esforços administrativos, podendo servir de referência para a intensificação das relações entre a UE e outros países europeus de pequena dimensão.

3. O Conselho saúda a solidariedade de que deu provas o povo do Listenstaine pela sua contribuição para a redução das disparidades sociais e económicas no EEE no período 2009-2014.

4. O Conselho regista com satisfação que, no período de 2010 a 2012, as relações da UE com o Listenstaine se ampliaram e reforçaram numa série de domínios. Em particular, o Conselho saúda a adesão do Listenstaine ao Espaço Schengen e a sua associação ao acervo de Dublin em dezembro de 2011.

5. O Conselho saúda de uma maneira geral o esforço feito pelo Listenstaine para adaptar a sua legislação e prática fiscal às regras do EEE e às normas internacionais, concretamente a extensa reforma fiscal que entrou em vigor a 1 de janeiro de 2011.

6. No que diz respeito à cooperação e intercâmbio de informações no domínio fiscal e da luta contra a fraude e a evasão fiscal, o Conselho regista o esforço realizado pelo Principado para honrar o seu compromisso de aplicar as normas da OCDE em matéria de transparência e de intercâmbio de informações no domínio fiscal, bem como de combater a fraude, e toma nota de que o país celebrou uma série de acordos bilaterais que regulam o intercâmbio de informações em matéria fiscal. O Conselho espera que o Listenstaine continue a pôr em prática o seu compromisso de combater a fraude e a evasão fiscal na sua relação com a UE e todos os seus Estados-Membros.

7. Quanto à tributação da poupança, o Conselho congratula-se com a disponibilidade do Listenstaine para encetar negociações sobre a revisão do acordo sobre tributação da poupança que reflita a evolução do correspondente acervo da UE, quando o Conselho tiver adotado uma decisão que autorize a abertura de negociações, bem como as diretrizes de negociação. A este respeito, o Conselho Europeu afirmou nas suas conclusões de 28/29 de junho de 2012 que o Conselho deve chegar rapidamente a acordo acerca das diretrizes de negociação de acordos em matéria de tributação da poupança com países terceiros. O Conselho reafirmou esta posição nas conclusões sobre a evasão e a fraude fiscal adotadas a 13 de novembro de 2012.

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8. No domínio dos auxílios estatais, o Conselho congratula-se com o progresso registado pelo Listenstaine a nível da aplicação das regras do EEE nesta matéria e incentiva este país a prosseguir nessa via.

9. A respeito do diálogo em curso sobre as medidas fiscais que constituem concorrência fiscal lesiva, o Conselho incentiva o Listenstaine a dar-lhe continuidade, a fim de aplicar os princípios e todos os critérios do Código de Conduta da UE sobre Fiscalidade das Empresas e a dar solução aos problemas abordados nesse mesmo diálogo.

REINO DA NORUEGA

10. O Conselho regista com satisfação que, durante os últimos dois anos, as relações com a Noruega continuaram a distinguir-se por um elevado nível de cooperação e estabilidade. No difícil período da crise da dívida soberana na eurozona, a Noruega deu provas da sua solidariedade, nomeadamente por meio de uma contribuição de 6 mil milhões de direitos de saque especiais (SDR) (mais de 7 mil milhões de euros) para o FMI. A já estreita relação entre a UE e a Noruega continuou a evoluir tanto no quadro do Acordo EEE como a nível bilateral, em particular no domínios da Justiça e Assuntos Internos, da Política Externa e de Segurança Comum e da Agricultura.

11. No que toca à Justiça e Assuntos Internos, incluindo Schengen, o Conselho constata que as relações se estreitaram ainda em vários setores. No rescaldo dos trágicos atentados de julho de 2011 em Oslo e Utøya, foi também reforçada a cooperação no domínio da luta contra o terrorismo e a radicalização e no domínio policial, no quadro da Europol. O Conselho reconhece os benefícios que advêm do reforço da cooperação. No domínio da cooperação judiciária em matéria civil, o Conselho está disposto a analisar propostas tendentes a alargar a cooperação.

12. O Conselho congratula-se com a cooperação da Noruega na área da Política Externa e de Segurança Comum, que se intensificou desde 2010. O Conselho aprecia grandemente a participação da Noruega em numerosas operações e missões do âmbito da Política Comum de Segurança e Defesa (PCSD), no Grupo de Combate Nórdico, bem como nas atividades da Agência Europeia de Defesa. O Conselho acolhe também com agrado o facto de a Noruega se associar frequentemente às declarações da UE e aos diálogos políticos regulares que são mantidos a todos os níveis, bem como a cooperação no âmbito do Comité Ad Hoc de Ligação para a Palestina, presidido pela Noruega. O Conselho está empenhado no maior aprofundamento desta parceria, em particular por meio da contínua participação da Noruega nas operações da PCSD.

13. A Noruega é o quinto maior parceiro comercial da UE, enquanto a União continua a ser o principal parceiro comercial deste país tanto em termos de importações como de exportações. Globalmente, as relações comerciais são fortes e intensas. Neste contexto, e no espírito do EEE, o Conselho espera que a Noruega coordene estreitamente com a UE as suas posições nas matérias que são abrangidas pelo Acordo EEE, incluindo as matérias comerciais. Por esse motivo, o Conselho lamenta que a Noruega tenha decidido levar por diante o processo de resolução de litígio no âmbito da OMC contra as medidas da UE sobre o comércio de produtos derivados da foca.

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14. No que respeita à agricultura, as relações com a Noruega evoluíram desde 2010 graças à celebração de um acordo sobre a maior liberalização do comércio de produtos agrícolas, ao abrigo do artigo 19.° do Acordo EEE. O Conselho congratula-se com este facto e aguarda com interesse a revisão das condições do comércio destes produtos entre a Noruega e a UE, que deverá ser efetuada em 2013/14, tendo em vista a abertura de negociações no quadro do artigo 19.º. O Conselho espera que estas negociações levem rapidamente à celebração de um novo acordo que preveja novas medidas concretas de liberalização progressiva do comércio dos produtos agrícolas. Ao mesmo tempo, o Conselho lamenta profundamente que a Noruega tenha decidido aumentar os direitos alfandegários, passando dos direitos específicos atualmente aplicáveis para direitos ad valorem no caso de certos produtos agrícolas. O Conselho insta a Noruega a inverter a sua decisão e salienta a necessidade de assegurar que os benefícios que a Noruega e a UE reciprocamente se concedem não sejam postos em causa por outras medidas restritivas da importação. O Conselho afirma também a necessidade de continuar a liberalizar o comércio dos produtos agrícolas transformados (Protocolo n.º 3) no espírito do Acordo EEE.

15. O Conselho felicita-se igualmente pelas relações estreitas e estáveis que a UE mantém com a Noruega no setor da energia, bem como no domínio das alterações climáticas e do ambiente. Espera manter e aprofundar esta excelente cooperação, em particular no que toca à segurança do aprovisionamento, à promoção de uma economia hipocarbónica competitiva, segura e sustentável, à eficiência energética e às energias renováveis, bem como no que toca à captação e armazenamento de CO2.

16. O Conselho conhece a grande importância que a Noruega atribui ao Ártico e partilha do seu interesse na situação nesta região. A UE está disposta a reforçar a sua cooperação nos assuntos que dizem respeito à região do Ártico em vários setores de interesse comum, nomeadamente por meio de diálogos bilaterais com a Noruega, bem como da cooperação regional. Neste particular, o Conselho congratula-se com a cooperação no âmbito do Conselho dos Estados do Mar Báltico. O Conselho felicita igualmente a Noruega pela sua presidência do Conselho Euro-Ártico do Mar de Barents, cujo vigésimo aniversário se celebra no ano que vem. Saúda também o contínuo apoio da Noruega ao pedido de reconhecimento do estatuto de observador no Conselho Ártico, apresentado pela Comissão em nome da UE. Além disso, o Conselho reconhece o importante papel que a Noruega desempenha no âmbito da Dimensão Setentrional. A UE continua empenhada na cooperação regional no quadro das parcerias da Dimensão Setentrional no domínio do ambiente, transportes e logística, saúde pública, bem-estar social e cultura.

17. O Conselho congratula-se ainda com a boa cooperação com a Noruega no domínio das pescas durante os últimos dois anos, em que se enquadram os bons resultados das consultas sobre as populações de peixes comuns e a troca de possibilidades de pesca nas respetivas zonas exclusivas de pesca, bem como com o estabelecimento conjunto de medidas de gestão de certas populações de peixes dentro de limites de sustentabilidade.

18. O Conselho congratula-se com a assinatura do Memorando de Acordo com os países beneficiários para o segundo período do quadro financeiro 2009-2014. O Conselho saúda em particular o empenhamento com que a Noruega subscreve o princípio fundador da solidariedade, prolongando a sua muito significativa contribuição para a redução das disparidades sociais e económicas na UE.

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ISLÂNDIA

19. O Conselho congratula-se com o contínuo avanço que se registou desde 2010 nas negociações de adesão da Islândia, toma nota das conclusões do relatório intercalar sobre a Islândia apresentadas pela Comissão, a 10 de outubro de 2012, ao Conselho e ao Parlamento Europeu e remete para as conclusões do Conselho sobre o alargamento de 11 de dezembro de 2012. O Conselho incentiva a Islândia a continuar a levar por diante o processo de alinhamento e aplicação do acervo da UE.

20. O Conselho saúda a solidariedade de que a Islândia deu provas pelo contributo que continuou a prestar para a redução das disparidades sociais e económicas no EEE no período 2009-2014.

21. O Conselho constata com satisfação que, para além da evolução registada no âmbito do processo de adesão, as relações com a Islândia continuaram a desenvolver-se nos últimos dois anos no tradicional quadro de cooperação do Acordo EEE e do Espaço Schengen. O Conselho regista com agrado o estreitamento da cooperação com a Islândia num vasto espetro de domínios políticos, incluindo a Política Externa e de Segurança Comum, e aguarda com expectativa a oportunidade de aprofundar a cooperação, em especial em áreas importantes de interesse comum como a promoção dos direitos humanos a nível mundial, as energias renováveis, as alterações climáticas, as pescas, a Dimensão Setentrional e a política para o Ártico.

22. O Conselho reconhece a grande prioridade que esta política tem para a Islândia e confirma o interesse estratégico da União na situação nesta região. Saúda também o apoio da Islândia ao pedido de estatuto de observador no Conselho Ártico, apresentado pela Comissão em nome da UE. O Conselho está disposto a intensificar a cooperação nas matérias que dizem respeito ao Ártico.

23. O Conselho congratula-se com a abertura de negociações com a Islândia sobre a maior liberalização do comércio de produtos agrícolas de base e de produtos agrícolas transformados ao abrigo do artigo 19.º e do Protocolo n.º 3 do Acordo EEE, bem como sobre a proteção das indicações geográficas, e espera que as negociações venham a avançar com rapidez.

24. No domínio das pescas, o Conselho lamenta o insucesso das conversações entre as partes interessadas (UE, Islândia, Noruega e Ilhas Faroé) sobre a gestão conjunta dos stocks de sardas e cavalas, que se realizaram em diversas rondas em 2011 e 2012. O Conselho está empenhado nas consultas entre os Estados Costeiros e apela uma vez mais a todas as partes para que, num espírito construtivo, tentem chegar a um acordo plurilateral a longo prazo. O Parlamento Europeu e o Conselho adotaram um regulamento sobre as medidas comerciais a tomar para fins de preservação das populações de peixe em gestão conjunta e de prevenção das práticas de pesca insustentáveis, que entrou em vigor em novembro. O Conselho acompanhará com interesse a execução deste regulamento, caso se verifique que a sua aplicação é desejável ou necessária.

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25. O Conselho congratula-se com a recente evolução positiva da economia islandesa, após um longo período de grave recessão, bem como com o contínuo empenho da Islândia em avançar para a estabilização económica e em resolver todos os problemas originados pelo colapso do sistema bancário ocorrido em 2008. Todavia, o Conselho regista que ainda há que encontrar solução para certos problemas económicos, como os controlos de capital. Recorda, além disso, a necessidade de a Islândia cumprir as obrigações estabelecidas pelo Acordo sobre o EEE, e de suprir as falhas existentes na área dos serviços financeiros.

ESPAÇO ECONÓMICO EUROPEU

26. Nos últimos dois anos, a UE, a Noruega e o Listenstaine desenvolveram ou lançaram atividades de revisão do Acordo sobre o Espaço Económico Europeu (Acordo EEE). A UE congratula-se com o Relatório do Comité Norueguês de Revisão e com o Livro Branco do Governo Norueguês sobre o Acordo EEE e os demais acordos entre a Noruega e a UE, elaborado na sequência do mesmo relatório. O Conselho congratula-se também com a revisão do EEE encomendada pelo Listenstaine e analisará com interesse o seu conteúdo.

27. Em conclusões que adotou em 2010, o Conselho preconizou que se realizasse em paralelo uma revisão do Acordo EEE por parte da UE. Nessa conformidade, o SEAE e a Comissão procederam a uma avaliação do Acordo EEE, que o Conselho irá analisar cuidadosamente durante os próximos meses. O Conselho espera poder realizar com os seus parceiros do EEE uma ampla troca de impressões sobre os resultados das respetivas revisões do Acordo, na próxima reunião do Conselho do EEE, marcada para maio de 2013. O Conselho espera que estes exercícios de revisão confirmem a relevância do Acordo EEE, que revelou já a sua eficácia e o interesse de que se reveste para todos.

28. O Conselho regista que, de uma maneira geral, o Acordo EEE continuou a funcionar satisfatoriamente. O Conselho congratula-se com o considerável esforço feito pelos três países da EFTA e do EEE (Islândia, Listenstaine e Noruega) durante o ano que passou para reduzir o número de atos jurídicos ainda a incorporar no Acordo EEE. O Conselho chama a atenção para a importância de resolver rapidamente o problema do grande número de atos jurídicos que já entraram em vigor na UE, mas ainda não nos países da EFTA/EEE por estar atrasada a sua incorporação no Acordo EEE. A este respeito, o Conselho salienta que os princípios da homogeneidade e da segurança jurídica garantem a eficiência, sustentabilidade e, em última análise, a credibilidade do mercado único, pelo que devem continuar a nortear a atuação de todas as partes relativamente ao funcionamento do Acordo EEE.

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CONFEDERAÇÃO SUÍÇA

29. O Conselho sublinha a importância das estreitas relações entre a União Europeia e a Suíça. Ambas se acham confrontadas com os mesmos desafios a nível mundial, aos quais a Europa precisa de reagir de uma forma responsável e coordenada. Ao longo das últimas décadas, a Suíça tem-se aproximado cada vez mais da UE, tendo-se inclusivamente tornado o seu quarto maior parceiro comercial e um parceiro de confiança dentro do Espaço Schengen.

30. O Conselho regista que, nos últimos anos, as negociações sobre a maior participação da Suíça em certos aspetos do Mercado Interno ficaram marcadas por um impasse, em parte devido a problemas institucionais por resolver. Embora registe com satisfação a continuidade de uma cooperação estreita e intensa com a Suíça em muitos domínios, o Conselho considera que a conclusão de negociações sobre a participação deste país no Mercado Interno depende, em particular, da resolução dos problemas institucionais referidos nas conclusões do Conselho de 2008 e 2010.

31. Recordando as suas conclusões de 2010, o Conselho reafirma que a abordagem seguida pela Suíça de participar nas políticas e programas da UE por meio de acordos setoriais em cada vez maior número de áreas, na ausência de todo e qualquer quadro institucional horizontal, atingiu os seus limites e precisa de ser repensada. Qualquer outro tipo de evolução deste complexo sistema de acordos poria em causa a homogeneidade do Mercado Interno e aumentaria a insegurança jurídica, tornando ao mesmo tempo mais difícil a gestão de tão vasto e heterogéneo sistema. Considerando o elevado nível de integração da Suíça com a UE, todo o alargamento deste sistema poderia também causar problemas a nível das relações da UE com os seus parceiros da EFTA/EEE.

32. O Conselho saúda o esforço feito pela Suíça no sentido de formalizar as propostas que apresentou em junho de 2012 para dar solução a estes problemas institucionais. Em particular, o Conselho regista com satisfação que a Suíça reconhece que a relação UE-Suíça se deve articular em torno do princípio da homogeneidade, princípio que exige, em especial, uma adaptação dinâmica à permanente evolução do acervo da União.

33. Todavia, o Conselho considera que são necessárias outras iniciativas para garantir a homogeneidade da interpretação e da aplicação das regras do Mercado Interno. Concretamente, o Conselho entende que é necessário estabelecer um quadro adequado que se aplique a todos os acordos, tanto existentes como futuros. Tal quadro deverá, nomeadamente, prever um mecanismo juridicamente vinculativo para a adaptação dos acordos à evolução do acervo da UE. Deveria, além disso, prever mecanismos internacionais de vigilância e controlo judicial. Neste contexto, o Conselho observa que, ao participar em certos aspetos do mercado interno e das políticas da UE, a Suíça entra não só numa relação bilateral, mas passa a ser participante num projeto que é multilateral. De um modo geral, este quadro institucional deverá apresentar um nível de segurança e independência jurídica equivalente ao dos mecanismos criados ao abrigo do Acordo EEE.

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34. O Conselho sublinha que atribui grande importância a que se dê continuidade a um diálogo com a Suíça a respeito das possíveis soluções para os problemas institucionais referidos nos parágrafos anteriores. O Conselho solicita à Comissão que lhe preste informações sobre o andamento das conversações exploratórias e que, consoante o avanço registado, considere a possibilidade de apresentar uma recomendação para a abertura de negociações com a Suíça.

35. O Conselho congratula-se com a mobilidade dos cidadãos entre a UE e a Suíça, possível graças ao Acordo sobre a Livre Circulação de Pessoas e reforçada por acordos de outro tipo, como sobre a participação da Suíça nos Programas de Aprendizagem ao Longo da Vida e "Juventude em Ação" e sobre a associação da Suíça ao Programa-Quadro da UE em matéria de Investigação. O Conselho regista porém com pesar que a Suíça tomou várias medidas que não são compatíveis com a letra nem com o espírito do Acordo sobre a Livre Circulação de Pessoas e põem em causa a sua aplicação. Em concreto, o Conselho lamenta profundamente que a Suíça tenha unilateralmente voltado a impor quotas para determinadas categorias de autorizações de residência para cidadãos de oito dos Estados-Membros da UE. O Conselho considera que esta medida é discriminatória e constitui clara violação do Acordo, pelo que insta com veemência a Suíça a anular a sua decisão e a respeitar as disposições acordadas. Além disso, o Conselho lamenta que a Suíça não tenha ainda abolido certas medidas de acompanhamento do Acordo instituídas unilateralmente (como a obrigação de apresentar notificação prévia com um período de espera de oito dias), que constituem uma restrição à a prestação de serviços ao abrigo do Acordo e são particularmente onerosas para as PME que pretendam prestar serviços na Suíça. O Conselho exorta uma vez mais a Suíça a revogar estas medidas o mais rapidamente possível e a abster-se de voltar a tomar quaisquer outras que sejam incompatíveis com o Acordo.

36. O Conselho manifesta a sua satisfação por estarem em curso com a Suíça debates sobre a abolição de determinados regimes fiscais cantonais que a Suíça aplica às suas empresas e criam uma inaceitável distorção da concorrência entre a UE e a Suíça, ao apresentar características de auxílios estatais. O Conselho continua profundamente inquieto com estes regimes e apela à Suíça para que conclua rapidamente os debates internos que visam a abolição destes incentivos fiscais a breve trecho e para que evite tomar novas medidas internas que possam voltar a provocar distorções da concorrência. Além disso, o Conselho saúda os debates técnicos em curso entre a Comissão Europeia e as autoridades suíças sobre a Nova Política Regional da Suíça e apela ao alinhamento das disposições regulamentares da Suíça pelas da UE em matéria de auxílios estatais aplicáveis à política regional.

37. A propósito do diálogo em curso com a Suíça sobre a aplicação dos princípios e de todos os critérios do Código de Conduta da UE em matéria de Fiscalidade das Empresas, o Conselho manifesta a sua satisfação pelo primeiro avanço registado no que toca a alguns dos regimes suíços. No entanto, o Conselho considera importante que todas as preocupações expressas pelo Grupo do Código de Conduta sejam tidas em consideração e incentiva a Comissão e a Suíça a prosseguirem os debates para que se avance rapidamente e de forma substantiva e concreta até ao fim do próximo semestre, reservando-se a UE e os seus Estados-Membros as respetivas posições no que toca à eventualidade de seguir abordagens alternativas, incluindo a avaliação unilateral das medidas fiscais pertinentes da Suíça.

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38. Quanto à tributação da poupança, o Conselho congratula-se com a disponibilidade da Suíça para considerar a possibilidade de alargar o âmbito de aplicação do acordo sobre a tributação da poupança, quando o Conselho tiver adotado a decisão que autorize a abertura de negociações. A este respeito, o Conselho Europeu afirmou nas suas conclusões de 28/29 de junho de 2012 que o Conselho deve chegar rapidamente a acordo acerca das diretrizes de negociação de acordos em matéria de tributação da poupança com países terceiros. O Conselho reafirmou esta posição nas conclusões sobre a evasão e a fraude fiscal adotadas a 13 de novembro de 2012.

39. O Conselho congratula-se com a cooperação com a Suíça no domínio da Política Externa e de Segurança Comum (PESC), em particular com a recente celebração de um acordo de cooperação com a Agência Europeia de Defesa, a participação da Suíça nas operações e missões da UE do âmbito da PCSD e o seu alinhamento pelos regimes de sanções da UE. O Conselho lamenta porém que a Suíça não tenha procedido do mesmo modo no que respeita ao regime de sanções da UE contra o Irão e convida a Suíça a tomar as medidas que forem necessárias para impedir que as sanções da UE possam ser de algum modo contornadas. O Conselho recorda a sua decisão a propósito da abertura de negociações sobre um acordo entre a UE e a Suíça referente à criação de um quadro para a participação da Suíça nas operações da UE no domínio da gestão de crises e convida este país a reforçar a sua cooperação com a União no domínio da PESC, incluindo a PCSD.

40. Quando passou a beneficiar do acesso ao mercado interno alargado da UE, na sequência da adesão de doze novos Estados-Membros à União, em 2004 e 2007, a Suíça concordou com uma contribuição financeira para este espaço económico alargado, por meio de um mecanismo financeiro para um período de cinco anos, que terminou em junho de 2012. Os primeiros exercícios de revisão deste mecanismo levados a cabo tanto pela parte da UE como pela parte da Suíça demonstraram o seu sucesso. Assim sendo, o Conselho reafirma a sua expectativa de que esta manifestação de solidariedade, em que assentam as relações entre a UE e a Suíça, se venha a prolongar, em paralelo com a continuidade do acesso ao mercado interno alargado, para além do período de cinco anos do Memorando de Acordo inicial de 2006, e convida a Comissão a com esse objetivo dar início a conversações exploratórias com a Suíça."

Suíça - Contribuição financeira - Croácia

O Conselho adotou conclusões nas quais solicita à Comissão que, em estreita cooperação com a Presidência, encete um debate com a Suíça, com vista a acordar em que a esse país dê um contributo financeiro à Croácia, logo que esta última adira à UE.

Afeganistão – Medidas restritivas

Tendo em conta as decisões recentemente tomadas pelo Comité de Sanções das Nações Unidas, o Conselho acrescentou uma pessoa e uma entidade à lista de pessoas, grupos e entidades sujeitos a medidas restritivas da UE, tendo em conta a situação no Afeganistão.

República Democrática do Congo - medidas restritivas

O Conselho acrescentou três pessoas à lista de pessoas e entidades sujeitas a medidas restritivas contra a República Democrática do Congo e alterou as medidas restritivas. Dá-se assim cumprimento às decisões recentemente tomadas a nível da ONU.

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Irão – Medidas restritivas

O Conselho alterou as medidas restritivas da UE contra o Irão em resposta às preocupações da UE quanto às violações dos direitos humanos. Tal possibilitou às autoridades nacionais autorizar o fornecimento de certos equipamentos para repressão interna, desde que utilizados exclusivamente para a proteção do pessoal da UE e dos Estados-Membros.

Iraque – Medidas restritivas

O Conselho alterou a Posição Comum 2003/495/PESC sobre o Iraque, que implementa as sanções da ONU contra o Iraque. Tal permitirá a transferência de fundos congelados para o mecanismo sucessor do Fundo de Desenvolvimento do Iraque instituído pelo Governo do Iraque segundo as condições fixadas nas Resoluções 1483 (2003) e 1956 (2010) do CSNU.

ASSUNTOS GERAIS

Programa estatístico 2013-2017

O Conselho adotou um regulamento que estabelece um programa estatístico europeu para os anos de 2013 a 2017 (PE-CONS 65/12).

O programa destina-se à produção de estatísticas europeias harmonizadas por forma a contribuir para o desenvolvimento, produção e difusão de informações estatísticas comuns, comparáveis e fiáveis a nível da União.

JUSTIÇA E ASSUNTOS INTERNOS

Direito de se apresentar como candidato às eleições para o PE

O Conselho adotou uma diretiva que altera a Diretiva 93/109/CE no que se refere a alguns aspetos do exercício de direito de elegibilidade nas eleições para o Parlamento Europeu dos cidadãos da União residentes num Estado-Membro de que não tenham a nacionalidade (17198/12).

A diretiva alterada facilitará o registo dos candidatos.

Os Estados-Membros terão de transpor as novas disposições para o direito nacional no prazo de um ano após a entrada em vigor da diretiva. Prevê-se que as novas regras se apliquem às eleições para o Parlamento Europeu em 2014.

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Agência dos Direitos Fundamentais

O Conselho adotou conclusões sobre um pedido à Agência dos Direitos Fundamentais da União Europeia para realizar as atividades de investigação e estudo e os projetos constantes do seu programa de trabalho para 2013, com base no Quadro Plurianual da Agência para 2008-2012, até ao momento em que a adoção do Quadro Plurianual da Agência para 2013-2017 possa obrigar a uma revisão desse programa.

A Agência dos Direitos Fundamentais da UE tem como principal atribuição fornecer orientações em matéria de observância direitos fundamentais no domínio do direito da União.

Intercâmbio automatizado de dados com a Polónia

O Conselho adotou uma decisão relativa ao lançamento do intercâmbio automatizado de dados de ADN com a Polónia (16718/12). O procedimento de avaliação exigido pela Decisão 2008/616/JAI 1 concluiu que a Polónia aplica integralmente as disposições gerais em matéria de proteção de dados e que este país está, por conseguinte, habilitado a começar a receber e a fornecer dados pessoais para efeitos de prevenção e investigação de infrações penais, a partir da data de entrada em vigor da decisão.

Tabelas de mortalidade

O Conselho adotou o ato que estabelece as tabelas de mortalidade referidas no Estatuto do Pessoal aplicável aos membros do pessoal da Europol (16738/12). Nos termos do artigo 35.º, n.º 1, do anexo 6 do referido Estatuto, as autoridades orçamentais da Europol adotam, no fim de cada período de cinco anos, as tabelas de mortalidade e de invalidez e a previsão de aumento dos salários a utilizar para cálculo dos valores atuariais aplicáveis aos membros do pessoal da Europol.

Migração para o SIS II

O Conselho adotou um regulamento relativo à migração do Sistema de Informação de Schengen (SIS 1+) para o Sistema de Informação de Schengen de segunda geração (SIS II) (11142/12 + 11143/12).

1 JO L 210 de 6.8.2008.