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 UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL Reconhecida pela Portaria Ministerial Nº 681, de 07/12/89 e publicada no D.O.U em 11/12/89, Seção I, p.22.684 Comunicado da Reitoria a docentes, estudantes e colaboradores sobre a EAD da ULBRA Em abril de 2009, a nova Reitoria assume a ULBRA em meio à maior crise de sua história. Com ações pautadas em todos os níveis pelo diálogo e transparência, graves problemas vão sendo atacados. Alguns de enormes dimensões, como endividamento tributário e comercial gigantesco, profunda desorganização administrativa e a vocação primeira para o ensino relegada ao segundo plano. A EAD passa a ser, de saída, objeto de séria preocupação da nova Reitoria, pois as “surpresas” se multiplicam: prazo de recredenciamento vencido junto ao MEC, inúmeras denúncias por alunos junto ao Ministério Público Federal; e a imposição, pelo MEC, de um Termo de Saneamento de Deficiências, como resposta ao recorrente não atendimento de normativas do passado. Por força contratual parte considerável da receita dos cursos sequer chegava ao caixa da Universidade, ficando com os “parceiros no negócio”. Pelos termos dos contratos, muitos dos serviços e produtos eram superfaturados. Cursos de graduação EAD estavam desvinculados da Pró-reitoria de Graduação, com pouca ou nenhuma relação com a graduação presencial, esta já consolidada por décadas na ULBRA. Desde abril de 2009, os quadros docente, funcional, discente e a Reitoria têm trabalhado diuturnamente para corrigir as graves deficiências encontradas (herdadas da antiga gestão Ruben Becker). Na maioria das situações, antecipamo-nos ao MEC, sugerindo as medidas que este, por sua jurisdição e liberdade, oficiaria à ULBRA, com o objetivo de constituir um novo modelo de EAD. Muitas deficiências foram corrigidas. Outras persistem, principalmente em decorrência de decisões judiciais que, paradoxalmente, punem a Universidade e a deixam de mãos atadas porque temos seguido estritamente as exigências do MEC. Desde o último domingo, 10 de julho, a ULBRA, seus professores, estudantes, colaboradores e Reitoria, acompanham com perplexidade a veiculação pela imprensa de informações sobre supostas irregularidades que estariam sendo cometidas junto aos cursos da EAD. A investigação de uma denúncia de ex-funcionário, que estranha e coincidentemente era o responsável pelo setor de processos acadêmicos (inclusive de correção de provas) à Polícia Federal, que por determinação judicial deveria ocorrer sob estrito segredo de justiça, para aferir a veracidade ou não dos fatos, causou incalculável dano à imagem da sexta melhor universidade particular do Brasil, segundo avaliação do

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 UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL

Reconhecida pela Portaria Ministerial Nº 681, de 07/12/89e publicada no D.O.U em 11/12/89, Seção I, p.22.684

Comunicado da Reitoria a docentes, estudantes ecolaboradores sobre a EAD da ULBRA

Em abril de 2009, a nova Reitoria assume a ULBRA em meio à maior crise de suahistória. Com ações pautadas em todos os níveis pelo diálogo e transparência, gravesproblemas vão sendo atacados. Alguns de enormes dimensões, como endividamentotributário e comercial gigantesco, profunda desorganização administrativa e a vocaçãoprimeira para o ensino relegada ao segundo plano.

A EAD passa a ser, de saída, objeto de séria preocupação da nova Reitoria, pois as“surpresas” se multiplicam: prazo de recredenciamento vencido junto ao MEC,inúmeras denúncias por alunos junto ao Ministério Público Federal; e a imposição, peloMEC, de um Termo de Saneamento de Deficiências, como resposta ao recorrente nãoatendimento de normativas do passado. Por força contratual parte considerável dareceita dos cursos sequer chegava ao caixa da Universidade, ficando com os “parceirosno negócio”. Pelos termos dos contratos, muitos dos serviços e produtos eramsuperfaturados. Cursos de graduação EAD estavam desvinculados da Pró-reitoria deGraduação, com pouca ou nenhuma relação com a graduação presencial, esta jáconsolidada por décadas na ULBRA.

Desde abril de 2009, os quadros docente, funcional, discente e a Reitoria têmtrabalhado diuturnamente para corrigir as graves deficiências encontradas (herdadas da

antiga gestão Ruben Becker). Na maioria das situações, antecipamo-nos ao MEC,sugerindo as medidas que este, por sua jurisdição e liberdade, oficiaria à ULBRA, como objetivo de constituir um novo modelo de EAD. Muitas deficiências foram corrigidas.Outras persistem, principalmente em decorrência de decisões judiciais que,paradoxalmente, punem a Universidade e a deixam de mãos atadas porque temosseguido estritamente as exigências do MEC.

Desde o último domingo, 10 de julho, a ULBRA, seus professores, estudantes,colaboradores e Reitoria, acompanham com perplexidade a veiculação pela imprensa deinformações sobre supostas irregularidades que estariam sendo cometidas junto aoscursos da EAD. A investigação de uma denúncia de ex-funcionário, que estranha e

coincidentemente era o responsável pelo setor de processos acadêmicos (inclusive decorreção de provas) à Polícia Federal, que por determinação judicial deveria ocorrer sobestrito segredo de justiça, para aferir a veracidade ou não dos fatos, causou incalculáveldano à imagem da sexta melhor universidade particular do Brasil, segundo avaliação do

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próprio MEC. Exclusivamente um aspecto pontual, relacionado ao sistema deavaliação da graduação EAD, é objeto de investigação.

Na sequência, detalhamos as circunstâncias relacionadas à EAD da ULBRA,reiterando que nossa ação é pautada pelo compromisso com a correção e a

transparência.

Início da EAD

Em 2001, a Universidade começou inserindo disciplinas a distância nos cursospresenciais, sob o amparo legal da Portaria nº 2.253/2001 do MEC.

No início de 2003, firmou parceria técnica com uma empresa proprietária de umAmbiente Virtual de Aprendizagem, oportunizando, assim, aos alunos e professoresuma participação ativa na metodologia da Educação a Distância. Nesta oportunidade,contávamos com 1.096 alunos dos cursos presenciais de graduação.

A Universidade, com o objetivo de avançar sempre, se dedicou na construção deseu próprio Ambiente Virtual de Aprendizagem, constituindo a sua independênciatecnológica.

Em 17 de março de 2004, a ULBRA obteve seu credenciamento para a oferta doPrograma Especial de Formação Pedagógica de Docentes das Disciplinas dosCurrículos do Ensino Fundamental, do Ensino Médio e da Educação Profissional emNível Médio, nas áreas de Letras-Português e Matemática, com a publicação da PortariaMEC Nº 650/04 no Diário Oficial da União. A seguir, em 3 de abril de 2006, sob aPortaria MEC Nº 839, a Universidade ampliou o seu credenciamento e sua abrangênciade sua atuação para todo o território nacional.

A EAD “terceirizada” – capítulo 1

Em 2 de agosto de 2005, a Universidade firmou parceria com o IESDE, pela qual,a partir do segundo trimestre de 2006, houve o primeiro ingresso de alunos em cursosna modalidade a distância (Pedagogia e Superior de Tecnologia em NegóciosImobiliários).

Neste cenário, o IESDE foi responsável por toda a parte acadêmica, pedagógica e

financeira, e a Universidade seria uma unidade certificadora.

O processo de avaliação constava de duas provas objetivas, elaboradas pelosprofessores da ULBRA (G1 e G2), no qual a responsabilidade do IESDE era a aplicaçãoe correção destas provas com os gabaritos enviados pela Universidade. O lançamentodestas notas era realizado no sistema do IESDE.

A EAD “terceirizada” – capítulo 2

Em 21 de junho de 2007, houve o rompimento oficial desta parceria ocasionadoprincipalmente pelas exigências da ULBRA em deter o controle dos processos

acadêmicos e pedagógicos. Com este distrato, a Universidade busca uma novacaminhada criando a seguinte estrutura:

1) Agente Educacional – pessoa jurídica de direito privado, responsável pelacontratação dos polos, captação dos candidatos, organizador do processo seletivo e da

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logística de entrega de materiais e provas, ficando com a guarda da documentação eprovas aplicadas e corrigidas. Em 2007, contávamos com 12 unidades de agênciaseducacionais regionais (entre ULBRA e terceirizados). E a partir de 2008 houve odesdobramento das Unidades Federais computando, assim, 28 unidades.

2) Regime de matrículas – a entrega dos documentos era realizada nos polos eestes encaminhavam ao agente educacional para o cadastro dos dados no sistema daUniversidade. A partir daí a matrícula era compulsória até o final do curso (o aluno erapromovido ao próximo trimestre sem nenhuma formalização de solicitação destarematrícula).

3) Provas e notas – no primeiro momento as provas eram elaboradas pelosprofessores da Universidade, disponibilizadas aos tutores pelo sistema deautoatendimento e eram aplicadas presencialmente tanto a G1 como a G2. Na G1 o tutorera responsável pelo lançamento das respostas dos alunos, para serem corrigidas atravésdo sistema com o gabarito previamente lançado pela Universidade. A G2, realizada ao

final do módulo, era enviada às agências educacionais regionais, que eram portadoras deleitoras ópticas para esta correção.

Pela fragilidade das informações referentes às matrículas dos alunos e provasidênticas aplicadas na mesma turma, em 2008 a ULBRA criou um banco de questõeselaboradas pelos professores, por disciplina, para randomização das provas evitando,desta forma, avaliações iguais. Além disto, a folha de respostas passou a ter emissãonominal e com código de barras identificador da matrícula do aluno.

Neste processo, cabia ao tutor a impressão da prova e a aplicação da mesma aosalunos. A correção manteve-se nas regionais, portadoras das leitoras ópticas.

4) Material didático – neste período todo, o material didático foi redimensionadoe adequado aos projetos pedagógicos dos cursos. Buscou-se parceria com fornecedoresde material didático para a produção industrial. Os conteúdos, tanto dos livros como dosDVDs, foram produzidos pelo corpo docente da Universidade com excelentesresultados e repercussão positiva junto ao próprio MEC.

Em 2008, começaram a chegar ao Ministério Público Federal denúncias sobrenotas não lançadas, falta de documentação às vésperas de formaturas, material didáticonão entregue pelos responsáveis nos polos, alunos em sala de aula sem matrícula e com

pagamentos de mensalidades efetuados diretamente aos polos ou agentes educacionais,sem o conhecimento da Universidade.

A nova Reitoria e o saneamento da EAD

Em abril de 2009, o cenário da EAD era preocupante: credenciamento da EAD  junto ao MEC vencido, denúncias de irregularidades junto ao Ministério PúblicoFederal, Termo de Saneamento de Deficiências não assinado junto ao MEC, e oscontroles dos registros acadêmicos sendo realizados por terceiros e não pelaUniversidade.

A partir dessa realidade iniciamos um processo de regularização da situação daEAD adotando as seguintes ações:

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1) Assinatura do Termo de Saneamento de Deficiências junto ao MEC, em julhode 2009, que determinou algumas ações imediatas: - que a prova aplicada aos alunosfosse constituída de questões objetivas e subjetivas; o vestibular poderia ser realizado,porém com diminuição do número de vagas (nesse caso, em função da situação dedescontrole encontrada na EAD, optamos por não realizar mais vestibulares até o

cumprimento do Termo de Saneamento); - que a infraestrutura dos polos deveria sermelhorada com a aquisição de livros para montagem de biblioteca e de equipamentospara laboratório; - a contratação pela Universidade de coordenadores administrativos depolos e supervisão direta de tutores nestes locais; - os controles dos registrosacadêmicos e pedagógicos (matrícula, documentação dos alunos, registro de notas,etc...) deveriam ser realizados pela Universidade e não por terceiros como era a situaçãode então; - e, a identificação de mais de dois mil polos que funcionaram no período de2007 a 2009 não atendendo aos requisitos de qualidade exigidos pelo MEC.

Constatando isso, a Universidade reduziu o número destes polos para 279.Posteriormente, em 2010, por iniciativa da Universidade, foi enviada uma equipe de

professores e funcionários aos 279 pólos para realização de avaliação in loco das suascondições de funcionamento. A partir do resultado dessa avaliação, em maio de 2011,solicitamos ao MEC a redução do número de polos para 86, sendo a solicitaçãoacolhida, conforme Portaria Ministerial Nº 256, publicada no dia 11 de julho de 2011.

2) Distrato dos contratos com os agentes educacionais visando estabelecer umarelação direta com os polos e os alunos, bem como estabelecer os controles dos registrosacadêmicos e pedagógicos. Essa ação resultou em liminares judiciais concedidas emfavor dos agentes educacionais (liminares de números 008/1.10.008110-4,11000094303, 08/1.10.0008410-3 e 008/1.10.0007326-8). Isso obrigou a ULBRA aoretorno integral aos termos dos contratos firmados pela antiga gestão da Universidade,provocando, evidentemente, dificuldades ao cumprimento do TSD (Termo deSaneamento de Deficiências), tais como: o não envio das provas para correção naUniversidade, totalizando um represamento de aproximadamente 40.000 provas portrimestre; represamento de documentos dos alunos e materiais didáticos, ocasionandoum prejuízo não apenas na parte administrativa, mas principalmente na partepedagógica.

3) A ULBRA efetuou o Protocolo de Nº 028251/2011-10, junto ao MEC, em maiode 2011, no qual foi apresentado o Plano de Reestruturação para a atuação namodalidade de EAD atendendo plenamente aos requisitos exigidos pelo Ministério.

Visando esclarecer os fatos veiculados pela mídia, no que tange à correção daparte discursiva das provas na modalidade EAD, a Reitoria da ULBRA instaurouprocesso administrativo.

Apesar de todas as dificuldades citadas acima, os professores e tutores mantiverama qualidade pedagógica e o ardor do trabalho, amparados, evidentemente, pelo suportenecessário e eficiente do corpo funcional e administrativo, somados ao empenho dosnossos alunos.

A evidência da qualidade do trabalho desenvolvido na modalidade EAD pode ser

atestada com alguns dos exemplos abaixo:

Aprovações de alunos em concursos públicos: Fundação Carlos Chagas; Secretaria de Estado de Planejamento Orçamento e

Gestão/DF; Secretaria Municipal de Florianópolis/SC; Estado de Rondônia; Prefeituras

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Municipais de Sorocaba/SP, São José dos Campos/SP, Aripuanã/MT, São Fidelis/RJ,Luis Eduardo Magalhães/BA, Piracicaba/SP, Pimenta Bueno/RO, Indianópolis/MG,Araucária/PR, São Gonçalo do Pará/MG, Campinas/SP, Cambuquira/MG e BomJesus/GO, dentre outros órgãos públicos.

ENADE:De todos os cursos avaliados, nenhum obteve conceito insatisfatório, inclusive um

dos cursos recebeu a nota máxima.

É desta forma, que a Universidade Luterana do Brasil renova a amplitude de suavocação e leva educação para todo o país, tanto na modalidade presencial como adistância.

A REITORIA