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Comunicando 47 Publicação Trimestral • Ano XVI • 2010 (Outubro/Dezembro) EDITORIAL Um balanço muito positivo sobre a vitalidade da nossa Associação é o que desde já podemos sublinhar, enquanto alinhavamos o último Boletim deste ano e viramos a décima segunda página do calendário. Todas as actividades programadas para 2010 – ano em que c omemor ámos os 25 anos de “nasciment o” da ANA C - foram concretizadas, o mesmo sucedendo quanto à maioria dos projectos que esta equipa entendeu por bem levar a efeito com vista ao futuro. Os resultados estão à vista, falam por si e são o nosso maior orgulho! Uma homenagem mais que justa é devida a duas figuras ilustres que também muito de si deram a favor da nossa Associação. Destacamos o actual Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Sr. António Sirgado Serra, pela entrevista que nos concedeu (v. páginas interiores) e o Sr. Feliciano Guerreiro, também ele um fundador desta casa e um dotado artista – tem a sua assinatura, entre outros trabalhos, o painel reproduzido nesta primeira página, que simboliza a universalidade da quadra natalícia a que também nos associamos. Para ambos, em especial, aqui deixamos expressos os votos de O PRESÉPIO BOAS FESTAS E FELIZ ANO NOVO Autor Feliciano Guerreiro melhor saúde e o desejo de que retomem o mais brevemente possível a sua participação nas actividades da ANAC. A todos os sócios e suas famílias, endereçamos os nossos melhores votos de Boas Festas e que o Novo Ano lhes proporcione tudo o que mais desejarem. A Direcção

Comunicando nº 47

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edição nº 47 do boletim da ANAC

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Comun icando 47Publicação Trimestral • Ano XVI • 2010(Outubro/Dezembro)

EDITORIALUm balanço muito positivo sobre avitalidade da nossa Associação é oque desde já podemos sublinhar,enquanto alinhavamos o últimoBoletim deste ano e viramos adécima segunda página docalendário.

Todas as actividades programadaspara 2010 – ano em quecomemorámos os 25 anos de“nascimento” da ANAC - foramconcretizadas, o mesmo sucedendoquanto à maioria dos projectos queesta equipa entendeu por bem levara efeito com vista ao futuro.

Os resultados estão à vista, falampor si e são o nosso maior orgulho!

Uma homenagem mais que justa édevida a duas figuras ilustres quetambém muito de si deram a favorda nossa Associação.

Destacamos o actual Presidente daMesa da Assembleia Geral, Sr.António Sirgado Serra, pelaentrevista que nos concedeu (v.páginas interiores) e o Sr. FelicianoGuerreiro, também ele um fundadordesta casa e um dotado artista –tem a sua assinatura, entre outrostrabalhos, o painel reproduzido nestaprimeira página, que simboliza auniversalidade da quadra natalícia aque também nos associamos.

Para ambos, em especial, aquideixamos expressos os votos de

O PRESÉPIO

BOAS FESTAS E FELIZ ANO NOVO

AutorFeliciano Guerreiromelhor saúde e o desejo de que

retomem o mais brevemente possívela sua participação nas actividadesda ANAC.

A todos os sócios e suas famílias,endereçamos os nossos melhoresvotos de Boas Festas e que o NovoAno lhes proporcione tudo o quemais desejarem.

A Direcção

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Ficha TécnicaPropriedade da ANAC – Associação dos Aposentados da Caixa Geral de Depósitos II Sede: Rua Marechal Saldanha, n.º 5 - 1.º1200-259 Lisboa • Tels. 21 324 50 90/1 • Fax 21 324 50 94 • http://anaccgd.blogspot.com • E-mail: [email protected]ção: Carlos Pereira II Publicação Trimestral II Impressão: Marsil – Artes Gráficas, Lda. - Rua Central deCarvalhido, 374 - 4470-907 Moreira; II Tiragem: 3 500 exemplares II Depósito Legal n.º 55350/92 II Distribuição gratuitaaos sócios II Colaboraram neste número: Cândido Vintém; Carlos Pereira; Orlando Santos; Antónia Serrano, Nádia Marques(Estag. Acção Social) e José Coimbra (Deleg. Zona Norte).

A China, pelo seu exotismo, cultura, forma de viver e deestar, sempre exerceu um grande fascínio sobre osPortugueses. Não foi por acaso que, no Séc XVI, os nossosantepassados foram dos primeiros povos a procurar contactocom este grande império.

Seguindo as pegadas dos nossos “Gamas” e “Albuquerques”,os Sócios da ANAC também revelaram, logo desde oprimeiro minuto, muito interesse pela viagem que nospropusemos realizar. Assim, esta terá sido uma das maisprocuradas de entre todas as que a Associação organizou.Nela participaram 152 Sócios, familiares e amigos.

Foi tal a adesão que tivemos de dividir os inscritos por trêsgrupos, com partidas em dias diferentes. Os programasforam basicamente iguais, apenas pontualmente alteradospor razões de ordem logística, prática ou até mesmo poropção dos participantes.

Após uma viagem longa de quase 16 horas, passando porParis, os grupos chegaram a Pequim onde puderamdescansar (pouco…) e ficar a conhecer uma cidade muitodiferente daquela cuja imagem levávamos na nossa mente– os milhões de bicicletas quase desapareceram dandolugar a milhares de automóveis europeus e japoneses, muitodeles “topo de gama”.

(Continua na página seguinte)

ACTIVIDADES

De ISDABE a FERMENTELOS com escala na EXPO 2010 em XANGAIQuase tudo de uma assentada, mas com intervalos temporais e milhares de kilómetros percorridos. Valeu a pena, sobretudoa viagem à China, que terá sido uma oportunidade na vida de muitos dos cerca de 150 participantes que se lançaram nestaaventura. Mas vamos por partes:

ISDABE – II TURNOCumprindo a tradição a ANAC realizou o II Turno de férias em Isdabe, no passado mês de Setembro. Fomos 96 osparticipantes, entre sócios familiares e amigos; passámos 15 dias ocupados entre idas às praias e a outras localidadesmais próximas desta tão aprazível estância balnear e turística.

Correu tudo bem e não houve quaisquer problemas dignos de registo. Sublinhamos, antes sim, a satisfação da maioriados participantes; e só não referimos da totalidade porque, como é óbvio, é manifestamente difícil organizar um eventodesta envergadura que seja do inteiro agrado de quase uma centena de pessoas.

Tanto quanto é do nosso conhecimento o protocolo entre a ANAC e a Direcção do Complexo de Isdabe irá manter-se, pelo que contamos realizar de novo esta estadia em Espanha no próximo ano.

Para todos os colegas e amigos aqui fica o nosso abraço e um até breve.

(Antónia Serrano)

VIAGEM À CHINA - 03 a 19 de Outubro de 2010

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A visita à “Cidade Proibida” foi um dos pontos altos daestada em Pequim. Trata-se, de facto, de um local míticoque transmite, ainda hoje, algo de impressionante aosvisitantes. Nos Palácios Imperial e de Verão tivemosoportunidade de ver a forma harmoniosa como ainda hojeos pequineses ocupam saudavelmente as suas horas vagas

A Praça Tian’anmen, que estava engalanada (para nosreceber?), mostrou-nos a sua grandiosidade. Este adjectivotambém é aplicável à “Grande Muralha“ embora osmembros do 3º grupo quase não tivessem tido oportunidadede a ver (estava um nevoeiro cerrado…). A componentecultural também foi enriquecida com uma visita aos“Túmulos da Dinastia Ming”.

Os mais corajosos ainda tiveram oportunidade de visitar omercado nocturno “Donghuamen” (nome difícil depronunciar, para um mercado onde se vendem e comemas especialidades locais - espetadas de escorpiões, deestrelas do mar, de centopeias, …).

Os três grupos juntaram-se para um jantar em Pequim (ofamoso pato lacado) e houve oportunidade de trocar asprimeiras impressões sobre a jornada.

Já em Xi’An houve oportunidade de visitarmos o museudos guerreiros de terracota. Trata-se de um repositórioimpressionante de uma fase importante da história destepaís.

(Continuação da página anterior)

Em Shanghai tivemos a impressão de estar em Nova Iorque!Os edifícios de mais de cem metros de altura são mais quemuitos, os néons estão por todo o lado, enfim parece queestamos noutro continente. Vista da “Torre dasTelecomunicações”, através do seu chão de vidrotransparente, a cidade é impressionante.

Aqui, tivemos o maior percalço de saúde com um dosnossos companheiros (que teve de ser medicamenteassistido mas que felizmente já está em recuperação! – Umabraço para ele).

A visita à Expo foi interessante. Nela, todos visitámos ospavilhões da China e de Portugal com entradas VIP, evitandoas monumentais filas de espera (sobretudo no da China).

Puxando um pouco pelo nosso orgulho português, e numaopinião meramente pessoal, poderemos afirmar que a deLisboa era bem mais animada e bonita embora dez vezesmais pequena…

Os membros do grupo 3 que tiveram oportunidade devisitar o pavilhão de Angola foram principescamenterecebidos pela sua comissária. Ela fez questão em oferecerum livro à nossa Associação que vai enriquecer a nossabiblioteca.

Alguns dos participantes tiveram oportunidade de sedeslocar no comboio mais rápido do mundo (o MagLevque se movimenta utilizando a energia de camposmagnéticos e faz os 35Km da viagem de Shanghai aoaeroporto em 7 minutos…), atingindo os 431Km/hora. Outros“voaram” mais devagar porque as condições atmosféricasnão permitiam tão altos voos.

(Continua na página seguinte)

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(Continuação da página anterior)

(Carlos Pereira)

Em Macau sentimo-nos em casa e tivemos o tratamentomais exclusivo que se poderia esperar. O Hotel Grand Lisboaé, de facto, algo que impressiona pela grandeza e qualidadede serviço.

Foi interessante ver, passados alguns dias tão longe decasa, que as ruas e os estabelecimentos ainda conservamos nomes em português. A romagem às ruínas da Igreja deS. Paulo bem como a visita à “Gruta de Camões” forammuito interessantes. Ainda houve oportunidade de noscruzarmos com algumas pessoas (poucas, infelizmente)que ainda falam português.

A liberalização do jogo e os casinos alteraramcompletamente a fisionomia e a vida da cidade, segundoopiniões de companheiros que tinham lá estado há poucosanos.

No que respeita a Hong-Kong, os sinais da presença britânicasão ainda bem visíveis quer na língua quer mesmo naagitação da cidade. Esta cidade, considerada como o

“paraíso para a compras” acabou por se revelar isso mesmo– havia de tudo, desde a mais alta tecnologia até às simplesmalas (verdadeiras ou contrafeitas) - muito embora ospreços já não sejam o que eram…

Os guias/acompanhantes da Agência de viagens e osrepresentantes do seu correspondente em Macau/Hong-Kong (sobretudo) fizeram todos os esforços para que todosos nossos Sócios e convidados se sentissem como aquiloque realmente são – Clientes VIP – mesmo no momentoem que as coisas correram menos bem para o nossocompanheiro atrás referido. Foi criado um verdadeiro espíritode grupo entre todos.

Em termos globais a viagem foi genericamente consideradacomo um sucesso pois estava de tal forma desenhada quenem mesmo aqueles que são mais reticentes a “novasexperiências gastronómicas” se coibiram de experimentara cozinha chinesa que nos foi servida na dose certa poisas refeições foram intercaladas com outras mais ao saborocidental. Culturalmente, esta incursão pela civilizaçãochinesa permitiu-nos (talvez) compreender um poucomelhor aquilo que pode unir os povos e que, emboradiferenciador, nos torna a todos mais humanos.

Como prova do agrado dos participantes, transcrevemosapenas um pequeno excerto da carta recebida na Direcçãoe que nos foi enviada por uma das nossas companheirasde viagem:

... Foi agradável constatar que, para além de uma viagembem organizada pela Agência Abreu, integralmentecumprida, a ANAC com a sua direcção, geriu-a eacompanhou-a impecavelmente. A simpatia e a vontadeque esta viagem fosse um êxito, foram preocupaçõesconstantes, plenamente alcançadas.”

(Cândido Vintém)

“Pelo São Martinho come-se castanhas e bebe-se vinho”.Foi o que fizémos em ambiente de bom convívio naEstalagem da Pateira de Fermentelos, entre Aveiro eAnadia, onde pernoitámos de 10 para 11 de Novembro!O programa cultural e de animação proposto foiintegralmente cumprido e, tanto quanto nos apercebemos,ultrapassou as expectativas de muitos dos 85 participantes,entre sócios, familiares e amigos.

Desde a visita ao recente Museu das Caves Aliança emSangalhos, o único do género no país, onde tivemosoportunidade de contemplar uma soberba exposição depeças da colecção Berardo, bem acompanhada por umaprova de vinhos da Bairrada, até ao típico passeio no“Vouguinha”, passando pelo Panteão dos Lemos(Monumento Nacional), tudo correu a preceito e foi donosso inteiro agrado.

Depois de um breve passeio ao longo da Ria, entre Aveiroe a Costa Nova, recolhemos finalmente à Estalagem, onde,da forma mais divertida e à nossa maneira, festejámos oS. Martinho. Houve discursos apropriados à circunstânciaacompanhados de castanhas, água-pé e jeropiga . Emboa verdade não podíamos ter melhor aconchego!

Para a Gerência, na pessoa do Sr. Miguel, e a todos osseus colaboradores que nos acompanharam eproporcionaram uns agradáveis momentos de animaçãoe convívio, aqui deixamos um público agradecimento,com a promessa de voltarmos em outra oportunidade àEstalagem da Pateira de Fermentelos.

O São Martinho em Fermentelos

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Senhor Presidente da Mesa,

Senhor Presidente da Direcção dos Serviços Sociais,

Senhoras e Senhores Convidados,

Senhoras e Senhores Delegados.

Em primeiro lugar gostaria de, em nome da ANAC saudar todos os presentes e desejar que desta Assembleiaresultem decisões que engrandeçam ainda mais os nossos Serviços Sociais.

Gostaria também de manifestar a satisfação por, uma vez mais, a ANAC estar presente nesta Assembleia, nummomento em que se adivinham nuvens negras no horizonte dos aposentados e de todos os trabalhadores.Os nossos Serviços Sociais certamente não passarão ao lado dessas dificuldades.

Importa, portanto, estarmos todos unidos em defesa de algo que nos pertence a todos e que representa umvalor da maior importância para os actuais, futuros e antigos colaboradores da CGD.

Hoje, como no passado ouvimos falar na possibilidade dos nossos Serviços Sociais serem alvo de aglutinaçãoou integração, tendo em vista o seu desaparecimento. Estas tentativas devem ser contrariadas, não só por nósassociados, mas também pelas Entidades que supostamente devem defender os nossos interesses enquantobancários e colaboradores do maior Banco Nacional.

A ANAC tem, actualmente, três mil e quatrocentos Sócios. Já representamos mais de 20% do universo dosSócios dos Serviços Sociais, Portanto, também temos responsabilidade na defesa do que é nosso. Esta Direcção(tal como as anteriores o fizeram) e os nossos Sócios comuns, tudo farão para que os nossos Serviços Sociaisse mantenham autónomos, vivos e activos.

Lendo a proposta de Orçamento para 2011 ficámos muito agradados pelo acréscimo previsto de 10% na rubrica“Assistência Domiciliária”.

Como será certamente do conhecimento de alguns dos presentes, a ANAC realizou um inquérito às condiçõessócio - económicas dos seus Sócios. As conclusões preliminares já foram apresentadas no nosso XII EncontroNacional, em 2 de Outubro último.

Verifica-se que, das respostas referindo necessidades de apoio, é precisamente apoio domiciliário ou médicoo que os nossos Sócios mais esperam.

É claro que a necessidade de residência social também é referida. Temos a consciência de que não é fácil darresposta a este tipo de necessidade. Não é apenas a construção de uma residência pois esse aspecto até seráo menos complexo – trata-se, antes do mais, da sua sustentabilidade e da sua operacionalidade.

Será muito importante que, embora num cenário de dificuldades previsíveis, os nossos idosos não sejamesquecidos. Eles são, genericamente, os mais afectados pela crise.

E a questão não é somente económica – é, principalmente, afectiva. Não nos esqueçamos de que existemmuitos colegas nossos, mais idosos ou com problemas de saúde, que estão abandonados em casa ou em larespor esse país fora. Alguns deles até poderão ter condições económicas mas o que sucede é que as famílias eos mais novos não querem saber deles!

O apoio domiciliário é um factor muitíssimo importante para se tentar quebrar a “barreira de solidão” que levamuitos dos nossos idosos a desistir de serem felizes, isto é, de viverem dignamente.

Aqui, os Serviços Sociais com as estruturas que já têm e com os apoios de outras que possam vir a criar(saudamos neste momento o grupo Séniamor…), terão um campo de trabalho muito alargado.

Os primeiros passos de um longo caminho estão dados pelos nossos Serviços Sociais, nomeadamente quandoem Maio do corrente ano estabeleceram a parceria com a Carlton Life, que prevê a utilização de um piso paraos nossos Sócios a necessitarem de cuidados continuados.

Termino, desejando que os trabalhos desta Assembleia sejam muito proveitosos para todos.

Obrigado

COMUNICAÇÃO DA ANAC À ASSEMBLEIA DE DELEGADOS DOS SSCGDem 20 de Novembro de 2010

A ANAC esteve representada nesta Assembleia de Delegados pelo Vice-Presidente Orlando Santos

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De forma a serem conhecidas, por parte da ANAC, assituações socioeconómicas dos seus associados foi aplicado,no início do presente ano, um inquérito aos sócios eaposentados, que teve como objectivo contribuir para adefesa dos interesses de todos os seus sócios e com istodiagnosticar e actuar face a situações sociais que possamser identificadas.

Pretende-se, deste modo, agir face a questões sociais, umavez que a ANAC trabalha com e para os seus associadostambém numa vertente social, não menosprezando, assim,a situação actual dos mesmos, dando dignidade numa novafase de vida para o aposentado.

Temos presente que existem sócios que não comparecemna nossa sede, constatação essa que se traduz na análisefeita ao inquérito por questionário – levantamento dasnecessidades. Motivos vários apresentados entre os quaisa distância face às zonas de residência e outroscompromissos.

Como tal, e uma vez que se tencionava compreender asdiferentes situações e vivências, decidimos trabalhar maisaprofundadamente esta vertente das necessidades sentidaspor cada sócio.

Mediante tais objectivos, a ANAC quis identificar quais asprincipais necessidades e posicionamentos dos sócios, coma criação deste instrumento de recolha de informação.

Durante o mês de Abril e Maio de 2010 procedeu-se àelaboração do inquérito do levantamento das necessidades,pelo que durante os meses de Junho e Julho do mesmoano demos inicio à recolha e tratamento dos dados emsede da ANAC.

Primeiramente, é de reforçar a grande receptividade - 470sócios são aposentados, 20 estão ainda no activo, e ainda,10 sócios reenviaram o inquérito sem qualquer elementopara análise.

Numa perspectiva integrada, conclui-se que a amostra aquirepresentada não é significativa para determinarmosnecessidades imediatas, contudo à pergunta Necessita dealgum apoio? 282 sócios responderam que não necessitamde qualquer apoio por parte das entidades envolventes,contudo, 37 sócios afirmaram que necessitam de apoio avários níveis.

Dos sócios que necessitam de apoio, 2 sócios falam emapoio financeiro, 9 sócios falam da necessidade de criaçãode uma residência social para os sócios e aposentados daANAC, 10 sócios falam em Serviços de Apoio Domiciliário,e 16 sócios falam em necessitar de apoio médico.

Feitas estas análises dá-se uma perspectiva das respostasdos sócios da ANAC reforçando assim que é fundamentalserem criadas novas estratégias de intervenção que possamir ao encontro das necessidades verbalizadas pelos sóciosda ANAC, para que estas possam assim ser colmatadas.

A ANAC precisa da colaboração da comunidade associativa,ou seja de todos para poder dar voz às suas necessidadese expectativas.

É dever de todos conseguirmos chegar mais longe e melhora cada sócio e acima de tudo contribuir para a sua qualidadede vida e bem – estar.

Criado um inquérito por questionário deve – se criar esforçosem prol dos objectivos propostos e dar mais e melhor,gerando novas alternativas de operacionalização.

(Nádia Marques)

Inquérito para levantamento das necessidades dos Sócios Aposentados daCaixa Geral de Depósitos

O nosso coração funciona como uma“bomba” – bate de 60 a 80 vezespor minuto durante toda a nossa vidae impulsiona, também em cadaminuto, 5 a 6 litros de sangue paratodo o corpo.

O que é a pressão arterial ? É aforça com a qual o coração bombeiao sangue através dos vasos. Édeterminada pelo volume de sangueque sai do coração e a resistênciaque ele encontra para circular emtodo o nosso organismo. Assim,desde que a pressão máxima(sistólica) não vá além de 130 e amínima (diastólica) fique abaixo de80 poderemos considerar que ocoração está a desempenhar bem assuas funções.

Cuidados a ter quando medimos apressão arterial:- o corpo deve estar em repousoabsoluto;- caso tenha feito entretantoexercícios físicos, tomado café ouingerido bebidas alcoólicas, deveráesperar pelo menos até meia horaantes de efectuar a medição;

- manter silêncio absoluto enquantodecorre a medição;- para ter uma maior garantia deleitura, aconselha-se que efectue trêsmedições, com intervalos de 2minutos, valendo para registo oresultado médio obtido.

E se, após medições sucessivas, osvalores se afastarem dos parâmetrosnormais? Aqui há que ter em conta,desde logo, , a alimentação, o álcoolassociado ao tabaco, o café e,também, as preocupações e oexcesso de exercício físico!...

Não é caso para entrar em pânico;mas, a subsistirem dúvidas e se nãoquer fazer parte do grupo doshipertensos (infelizmente muitoelevado!), deve conversar com oseu médico o mais rapidamentepossível.

Muito IMPORTANTE: a hipertensãoarterial permanente é uma doençacrónica e uma das principais causasde morte em todo o mundo; comot a l , ex i g e t r a t a m e n t o eacompanhamento adequados.

Lembre-se que a pressão arterialdeverá ser medida com muitaperiodicidade e de preferênciasempre à mesma hora!

Alguns conselhos úteis: - Fuja do sal! Tempere a comida comprodutos naturais (alho, cebola,coentros, oregãos, manjericão); eviteos fritos, os açúcares e outras coisasdoces;- substitua as gorduras animais poróleos vegetais – não se esqueça que,como país mediterrânico que somos,o azeite é parte integrante da nossadieta alimentar;- consuma alimentos ricos em fibras– hortaliças e legumes, frutas ecereais; evite as conservas e osenlatados.

Faça exercício físico de formamoderada e adequada à sua idade.Se já não poder correr, pelo menosmexa-se pela sua saúde!

Voltaremos no próximo número comoutros conselhos.

(Carlos Pereira)

OS SÉNIORES QUE SE CUIDEMSOBRE A HIPERTENSÃO ARTERIAL

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ANTÓNIO EDMUNDO SIRGADO SERRASócio nº 850-1

Idade 81 anos

Naturalidade Bissau (Guiné)

Entrada em 01.08.1954

Aposent. Em 01.08.1989

Tempo dedicado à ANAC 15 anos!

Tempo ao serviço da CGD 35 anos

- na Direcção, foi sucessivamente Director, Vice-Presidente (3 anos), vindo a assumir as funções de Presidente durante mais10 anos.

- na Mesa da Assembleia Geral, foi eleito e ainda exerce as funções de Presidente, apesar de afastado há já algum tempopor motivos de saúde.

O espaço que dedicamos no presente Boletim ao Senhor António Sirgado Serra (ASS) mais não é que uma justa homenagemao colega e amigo,

Senhor António Serra, sabemos que, para além da ANAC, também já participou de forma activa em outras entidadesassociativas. Quer referenciá-las?ASS – É verdade que desempenhei outros cargos em diversas Associações. Fui Presidente de uma Associação desolidariedade social, fiz parte, enquanto Vice-Presidente, de uma Banda Filarmónica e, também, de um Clube de actividadeslúdicas. Mas também participei em outras agremiações, ainda que de forma menos relevante do ponto de vista político.

Cremos ter lido algures uma expressão sua onde sublinhava que “ a ANAC é a menina dos nossos olhos”. Importa-sede destacar algum ou alguns contributos em favor da Associação de que ainda faz parte?ASS – Participei activamente na dinamização da Biblioteca, do Coro, da criação do Boletim. Eu sei lá! Fiz o melhor quepodia e sabia, razão por que sinto um grande orgulho em ter ajudado a ANAC a crescer e atingir a maioridade. Mas dosvários contributos que dei, permitam-me que sublinhe a feitura dos segundos “Estatutos” da ANAC [os quais ainda hojeestão em vigor!], em colaboração com o então Presidente e meu grande amigo Rafael Marques, infelizmente já desaparecido.

Durante os 35 anos que fez parte dos quadros da Caixa também guarda muitas recordações ! Certo?ASS – Efectivamente tenho muito que contar sobre essa parte da minha vida – desde momentos de desânimo a momentosde euforia, tanto no aspecto financeiro como nas promoções na carreira. Mas tudo já lá vai e não quero torcer o pescoçoao olhar para trás para falar do passado.

Tudo bem, respeitamos e compreendemos a sua postura face ao passado. Mas pode ao menos sintetizar o seu percursona Caixa?ASS – A minha vida na Caixa iniciou-se na Repartição de Contabilidade (Secção de Títulos) e quando esta Secção foitransformada em Repartição (2ª. Repartição de Operações Financeiras e Bancárias), ali permaneci até ser promovido ecolocado como Chefe de Serviço do DSPE-3 (Serviço de Apoio Administrativo aos Serviços Sociais). E foi dali que meaposentei.

Só mais uma pergunta então e prometemos terminar aqui a nossa entrevista. Das muitas “estórias” que certamentetestemunhou ao serviço da Caixa, tem alguma interessante que queira (e possa, bem entendido!) partilharconnosco ?ASS – Assisti de facto a muitos episódios da vida real, alguns dos quais teriam sido bem aproveitados para encenar umainteressante peça de teatro. Mas o que mais me divertiu já foi publicado em verso no “Comunicando”. Passo a transcrevê--lo, agora em prosa:Na Secção de Títulos onde estava colocado, trabalhava um colega um tanto “acriançado” que em determinada alturacomunicou que se ia casar e me perguntou como devia proceder. Indiquei-lhe como melhor mentor para o caso o colegamais idoso da Secção que era um colega muito engraçado; ele seguiu o meu conselho e lá foi esclarecer-se!Quando voltou da “lua de mel”, a meu pedido, reuniu todos os colegas da Secção e contou toda a cerimónia do casamentoe mais pormenorizadamente a “noite nupcial”.

Por aqui nos ficamos, Senhor Sirgado Serra.O nosso muito obrigado pela sua disponibilidade.Formulamos votos de melhor saúde para o Novo Anoe esperamos que regresse muito em breve ao nosso convívio.Aceite o nosso abraço de amizade.

(Carlos Pereira)

HISTÓRIA BREVE DE UMA VIDA LONGA

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NOTÍCIAS DO NORTE DELEGAÇÃO NO PORTO

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NOTÍCIAS DO NORTE DELEGAÇÃO NO PORTO

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ESPAÇO CULTURAL

Recordamos o “Encontro com os Nossos Talentos - 2010” por ocasiãodo XII Encontro Nacional que teve lugar na Culturgest em 2 deOutubro passado.

Foram já publicados, no Boletim anterior (v. nº. 46), os trabalhos premiados na modalidade deFotografia. Como o prometido é devido, damos agora conhecimento, na íntegra, dos textos deProsa e Poesia que mereceram do Júri a classificação reservada ao 1º. Prémio.

Assim:

PROSA: “Requiem” pela velha oliveira

Desde sempre recordo a tua presença à beira da estrada, velha oliveira da minha infância! Bebias na terra fértil e húmidaa pujança do tronco e o frondoso da copa. Uma pedra tosca, estrategicamente colocada à tua sombra, convidava aorepouso. Era ali, nas manhãs calmosas de Maio, ou nas tardes sufocantes do Estio, que aquele grupo de homens idososse reunia. Verdadeira assembleia de sábios, quanto me ensinou sobre a vida! A mim, que vivia, descuidado, a irrequietudedos meus dez anos! Conheci o encanto daquela tertúlia pela mão do meu pai, que era então dos mais novos. Perto,ficava a eira, onde se recolhiam e debulhavam os cereais. Como me fascinavam as voltas do trilho, puxado a muares!Depois, enquanto se aguardava o irromper da brisa da tarde, que viria, finalmente, ajudar a separar a palha das sementes,o grupo de velhos ia desfiando arengas. E mesmo quando a conversa resvalava para algo mais “picante” e alguémprevenia: - “olha o moço!”, eu, diplomaticamente, sabia dissimular, fingindo empenho nas brincadeiras.

Velho Zé Neves, Manuel Higino, Francisco da Graça, velho Tomé e Manuel Mira eram os grandes parlamentares. Esteúltimo era parente de meu avô, de quem fora um precioso auxiliar nas lides da lavoura. O seu continuado convívioproporcionou-me afeição idêntica à de um familiar muito próximo. Por isso lhe chamava afectuosamente Ti Mira. Foiele que, à sombra da velha oliveira, me ensinou a construir o primeiro moinho de gamão. Que orgulho senti, ao exibi-lo à brisa da tarde, bem sustentado pela empenagem feita com o cartão do seu maço de cigarros “Definitivos”! Mas,algumas vezes, eu retribuía mal ao Ti Mira. Enquanto a assembleia parlamentava, um cordão de grandes formigas decabeça vermelha cumpria a missão de carregar sementes para o seu celeiro, que ficava mesmo sob a pedra onde TiMira se sentava. Então, com todo o engenho, eu capturava formigas, retirava-lhes a carga, e colocava-as no cano dabota do pobre velho, proporcionando-lhes o desbravar de outros destinos. Quando as formigas ultrapassavam as meiase subiam pelo interior das calças, dirigindo-se inevitavelmente para as partes mais íntimas do velho Mira, cautelosamente,afastava-me e, de mais longe, aguardava o desfecho. Uns minutos depois, Ti Mira levantava-se de um salto e, com asmãos entre as pernas, gritava num grande alvoroço: - “Cá está uuuuma...cá está uuuuma a morder-me os tomates!”

Ria perdidamente, rebolando-me na erva seca, enquanto Ti Mira descia as calças, com gestos pudicos, para se livrarda intrusa.

Repeti a proeza, por diversas vezes, mas um dia fatídico fui descoberto e perseguido por Manuel Mira, de cajado empunho. Necessitei então de ausentar-me por duas semanas, não fosse o diabo tecê-las...

E quantas histórias poderia hoje recordar, velha oliveira da minha meninice, que mais tarde, passarias a pertencer-mepor herança familiar!

Quis o destino que o projecto de uma nova estrada se cruzasse no teu caminho. Os técnicos, que traçam nas cartas oavanço do progresso, não têm alma e os seus instrumentos de precisão não possuem escalas para medir afectividade.Quem poderia então travar-lhes o passo? E, afinal, tu eras apenas uma velha oliveira, de que eles nunca conheceriama história. Por isso me propus recitar-te este “requiem”. E quem, mais sentidamente, o poderia fazer?

Uma máquina poderosa e barulhenta tombou-te. Veio depois a serra mecânica que te decepou os braços e retalhouo teu velho tronco. Outras máquinas abriram então a nova estrada, rectilínea, como convinha, e dirigida ao futuro. Queinfinidade de sonhos e desilusões irão passar sobre o pacato lugarejo onde tu e eu crescemos!

Já não poderei, agora, sentar-me na tosca pedra e recordar, à tua sombra, o velho Mira, o meu pai e os outros. Ou ficarali rememorando a labuta da eira, ao mesmo tempo que escutava os verdilhões, pousados nos cardos, trinando a últimacantiga do entardecer. Velha oliveira da minha saudade, descansa em paz!

António Espadinha

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POESIA: “Madrugada de Lisboa”

Lá onde Lisboa é feitade ruelas e travessas,em horas mortas da noite,há vultos que, dos portais,estáticos e irreais,convidam a deterquem quer que passa.São mulheres de vida fácilque ali cumprem o fadode oferecer, a quem o queira,o amor,negociado por duas notas de ceme uma de cinquenta.E, na luz baça e difusade qualquer bar duvidoso,p’ra conquistar freguesia,meneiam o corpo dengoso,forrado a seda alvadia.Com argolas coloridase anéis que rebrilham,o seu olhar faiscante,simulando o apetite,vão despertar no clientea magia do convite.Pedem lume a quem passae há no cigarro acendidoo perpassar da desgraçadaquele amor pervertido.

À esquina, um jovem observa;(vinte e dois anos, talvez)alto, elegante, aguarda.

-Dás-me lume?-Com certeza!-Como é o teu nome?E o diálogo começa...-Onde moras?-Aqui, ao lado...-Qual é o teu esquema?-Terceira porta;é só subir a escada.

E levando-o no encalço,sobem a velha escadadaquele assombrado prédio,com pintura degradadae três janelas-mistério.Lá dentro, negócio ultimado,trancam a porta, desnudam-see cumprem o ritualde unir os corpos ardentesnaquele abraço carnal.

A noite foi avançandopor entre o tule de sombrasque o luar não desfizerae, à esquina da Rua das Gáveas,uma prostituta ainda espera.E venha lá quem vierque tenha sede de amorirá bebê-lo ao calordaquela pobre mulher.

No Tejo não há rumor de traineiras,nem de gaivotas,que àquela hora dormitam.

Depois, o clarão da aurora,que finalmente rompiaaquela noite cinzenta,dava no prédio assombrado,onde o amor se vendiapor duas notas de ceme uma de cinquenta.

Lisboa, 1980

António Espadinha

Page 12: Comunicando nº 47

A ANAC tem desde já programados para 2011 os seguintes eventos:

No âmbito do “Banco de Conhecimentos” já tiveram início algumas actividades,designadamente INFORMÁTICA e MÚSICA (Iniciação à aprendizagem deviola) ?

Apareça ! Participe !

SABIA QUE:

Ú LT I M A PÁ G I N A

2011

Abril – dias 1 a 8 “XVII EUROENCONTRO 2011” - na SARDENHA (Itália) Programa detalhado e condições de inscrição:

(v. Circular nº 09T/10 de 30.11.2010)

Maio – dias 14 a 22 Cruzeiro no Adriático – organizado pela Delegação da ANAC Norte(v. Circular nº 06T/10 de 10.10.2010)

Maio /Junº – de 31/5 a 15/6 Estadia em Isdabe – I Turno(v. Circular nº 08T/10 de 29.11.2010)

Setembro – de 06 a 20 Estadia em Isdabe – II Turno(Circular a enviar em Fevereiro)

– Almoço Nacional(em local a determinar)

Novembro – dias 10 e 11 S. Martinho(em local a determinar)

Dezembro – dia 10 Almoço de Natal dos Sócios da Região de Lisboa(em local a determinar)

– Almoço de Natal dos Sócios da Região Norte(em data e local a indicar)

– Almoço de Natal dos Sócios de outras Regiões do País(em data e local a indicar)

Dez. / Janº 2012 – Passagem do Ano(em local a determinar)

... e ainda – outras ideias que vão aparecendo...

(MANTENHA-SE ATENTO ÀS NOSSAS CIRCULARES)