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Comunidade é a assembléia de populações de várias espécies que vivem no mesmo lugar. Interações interespecíficas = relações entre espécies em uma comunidade Exemplos: competição, predação, herbivoria, simbiose, parasitismo, mutualismo, comensalismo Interações interespecíficas => podem afetar a sobrevivencia e a reprodução de cada espécie e, o seu efeito pode ser positivo (+), negativo (-) ou sem efeito (0)

Comunidade é a assembléia de populações de várias espécies ... · • Exemplos: competição, predação, herbivoria, simbiose, parasitismo, mutualismo, comensalismo • Interações

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Comunidade é a assembléia de populações de várias espécies que

vivem no mesmo lugar.

• Interações interespecíficas = relações entre espécies em uma

comunidade

• Exemplos: competição, predação, herbivoria, simbiose,

parasitismo, mutualismo, comensalismo

• Interações interespecíficas => podem afetar a sobrevivencia e a

reprodução de cada espécie e, o seu efeito pode ser positivo (+),

negativo (-) ou sem efeito (0)

• Escala

• Estrutura espacial e temporal

• Riqueza de espécies

• Diversidade de espécies

• Sucessão e Distúrbio

• Escala é o tamanho de uma comunidade.

• Desde que a área ou o habitat esteja bem definida, uma

comunidade pode ser um sistema de qualquer tamanho,

como uma gota de água, uma floresta, ou até mesmo o

oceano.

• Estrutura espacial mostra como as espécies estão

distribuídas uma em relação a outra.

• Algumas espécies apresentam uma estrutura que cria

habitats para outras espécies.

Por exemplo:

as árvores na floresta tropical úmida que são estratificadas em

diferentes níveis: como a copa, os estratos abaixo da copa, o nível do

solo e as raízes.

cada nível é um habitat, apresentando uma composição de

espécies.

• Estrutura temporal é o tempo (ou quando) em que a espécie aparece

ou está ativo. Algumas comunidade, como a tundra ártica ou um corpo

em decomposição, apresenta a composição de espécies temporal bem

definida.

Por exemplo: muitas plantas e animais do deserto ficam dormentes

por quase um ano. A sua germinação ou eclosão (emergência) está

associada à precipitação.

Comunidade 1 = 4 espécies

20 indivíduos

Comunidade 2 = 4 espécies

20 indivíduos

Diversidade de espécies de uma comunidade é a variedade de

organismos que compõe a comunidade, entretanto, possui

dois componentes: riqueza de espécies e abundância

relativa.

As espécies que compõem uma comunidade não são

equitativamente abundantes, algumas espécies estão

representadas por muitos indivíduos e outras com poucos.

Riqueza de espécies = o número total das diferentes espécies

que compõe a comunidade.

Abundância relativa = a proporção que cada espécie representa

do total de indivíduos (ou biomassa ou cobertura) da

comunidade.

Foresta temperada decídua = 24 spp.

Cerrado sensu stricto = 80 spp.

Abundância relativa das 3 spp.

Foresta temperada decídua = 50,4%

Cerrado sensu stricto = 27,6%

• Índice de diversidade

Simpson (D)

D = 1 - (pi)2

Shannon-Wiener (H’)

Sucessão

Variação temporal na estrutura da comunidade em um

determinado local, isto é, uma comunidade pode sofrer

mudanças no tempo quanto a composição de espécies e a

estrutura física.

• Sucessão ecológica é a mudança na composição de espécies através do tempo, pode explicar como cada nova composição de espécies modifica o ambiente e possibilita o estabelecimento de outras espécies.

• Distúrbios são eventos como inundação, fogo, seca, sobrepastejo, atividade humana que causam danos à comunidade, pode remover organismos e alterar a disponibilidade de recursos.

Sucessão

• Após um distúrbio em uma comunidade ocorre a

recuperação, também denominada de sucessão ecológica.

• A seqüência de sucessão é conduzida pelas interações entre

as síndromes de dispersão, as tolerâncias ecológicas e

capacidade competitiva.

• Sucessão primária – ocorre em ambientes não ocupados

previamente por seres vivos (afloramento rochosos,

exposição de camadas profundas do solo, lava vulcânica

recém solidificada).

• Sucessão secundária – em ambientes anteriormente

ocupados por uma comunidade, contendo matéria orgânica

viva ou morta (clareiras, áreas desmatadas, fundos expostos

de corpos de água).

• A retração de glaciares é um bom exemplo para a

observação da sucessão primária.

Pioneer stage, with

fireweed dominant

1941

1907

1860

1760

Alaska

Glacier

Bay

A retração do Glacier

Bay (Alaska) segue

um padrão previsível

de mudança de

características na

vegetação e no solo.

5 – 10 anos

Pioneer stage, with

fireweed dominant

1

1941

1907

1860

1760

Alaska

Glacier

Bay

Kilometers

5 10 15 0

Dryas stage 2

35 - 45 anos

Pioneer stage, with

fireweed dominant

1

1941

1907

1860

1760

Alaska

Kilometers

5 10 15 0

Dryas stage 2

Alder stage 3

Glacier

Bay

60 – 70 anos

Pioneer stage, with

fireweed dominant

1

1941

1907

1860

1760

Alaska

Glacier

Bay

Kilometers

5 10 15 0

Dryas stage 2

Alder stage 3 Spruce stage 4

200 - 225 anos

(a) Logo após o fogo (b) Um ano após o fogo

A sucessão secundária após o fogo no Parque Nacional de

Yellowstone (1988) – demonstra que a comunidade pode responder

rapidamente a um distúrbio de grande escala.

(c) 18 anos após o fogo

• Na sucessão ecológica, as primeiras espécies que ocorrem,

geralmente, apresentam-se como bons dispersores e

tolerantes à severidade do ambiente e não são bons

competidores interespecíficos.

• No progresso da sucessão ecológica, estas espécies são

substituídas por espécies que são melhores competidores

mas, não são bons dispersores.

Processos que interligam as primeiras espécies e as espécies

tardias:

• Facilitação – quando as espécies pioneiras facilitam o

estabelecimento das tardias.

• Tolerância (=sem interação) – quando as espécies pioneiras

não tem efeito sobre as tardias. Substituição de umas pelas

outras é simplesmente reflexo das diferentes histórias de

vida (pioneira cresce rápido e morre, e é substituída pelas

tardias).

• Inibição - quando as espécies pioneiras impedem ou

dificultam o estabelecimento das tardias.

Desmatamento

Cecropia sp. Vismia sp.

Cobertura densa Serrapilheira densa

Alteração do microclima Acumulo de matéria orgânica

Inibidora Facilitadora

• A comunidade clímax é o estágio final da sucessão

ecológica daquela comunidade.

• Comunidade clímax é caracterizado pela baixa taxa de

mudança, comparado com os estádios anteriores que são

mais dinâmicos.

• São dominados por espécies tolerantes à competição por

recursos.

O conceito de sucessão foi introduzido por Henry Cowles

em 1899 e expandido por Frederick Clements (1916).

A sucessão é um processo predizível, direcionado e

inevitável e conduzido pela ação de plantas no seu

ambiente.

Clements argumenta que comunidades são unidades

funcionais estáveis com uma composição fixa e que cada

parte integrante necessita da outra. Desta forma, cada área

deve conter as mesmas espécies em algum tempo.

O ponto final da sucessão é a estabilidade e é determinado

pelo clima prevalescente (comunidade clímax climático).

O clímax representa uma comunidade em certo equilíbrio

ou equilíbrio dinâmico com o ambiente físico e biótico que

mantem a sua reprodução na ausência de distúrbio.

O processo sucessional e as modificações em um ambiente

superam os efeitos das diferentes topografias, material

parental do solo e outros fatores.

Clements propos que há somente um clímax por região que

é determinado somente pelas características climáticas.

• A sucessão pode durar longo tempo (100 a 300 anos) –

neste cenário, a probabilidade da ocorrência de algum

distúrbio físico (fogo, furacão, inundação) é alta, e o

processo de sucessão pode nunca atingir o clímax.

• Henry Gleason (1926) argumenta que a composição de

espécies é instável e variável, parece mais uma associação

ou assembléia de tudo que pode conviver em um

determinado local.

• Aumentando a evidência que o padrão é a ocorrência de

algum tipo de distúrbio que resulta no desequilíbrio na

maioria das comunidades.

• A hipótese de que as comunidades estão constantemente se

recuperando de distúrbios, isto é, em uma determinada área

pode-se observar manchas ou mosaicos com diferentes

estádios de sucessão ecológica.

• Desta forma, o distúrbio e a recuperação, potencialmente

possibilitam alcançar maior biodiversidade do que em uma

área sem distúrbio.

Características do distúrbio

• Um distúrbio é um evento que muda comunidade,

remove organismos e altera a disponibilidade de

recursos.

• Fogo é um distúrbio comum na maioria dos

ecossistemas terrestres.

• Em algumas comunidades é necessário a ocorrência do

fogo com alguma frequência.

• A hipótese do distúrbio intermediário sugere que níveis

moderados de distúrbio pode resultar na maior

diversidade do que em alta ou baixa frequencia de

distúrbio.

• A alta frequencia de distúrbio pode excluir muitas

espécies de crescimento lento.

• A baixa frequencia de distúrbio pode permitir que

espécies dominantes excluam as espécies menos

competitivas.

Log intensity of disturbance

Nu

mb

er

of

tax

a 30

20

15

10 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2.0

35

25

1.0 0.9

Distúrbios em mosaicos

• Distúrbio cria oportunidades para novas espécies invadir e

estabelecer na área.

• Estas espécies modificam o ambiente e criam oportunidades

para outras espécies invadirem. As novas espécies

eventualmente substitutuir as espécies originais.

Distúrbio e Invasão