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BOLETIM INFORMATIVO _______________________________________ COMUNIDADES ____________________________________DE 7 A 13 DE JULHO DE 2012 ATUALIDADES Jardim diz que centralizar ainda mais é agravar a crise O presidente do Governo Regional alertou, na passada quinta-feira, para o facto de a Europa viver um período de estar a tentar voltar aos centralismos nacionalistas e advertiu que «aproveitar a crise para ainda centralizar mais é agravar essa mesma crise». Alberto João Jardim falava na abertura das X Jornadas Autárquicas das Regiões Ultraperiféricas (RUP) da União Europeia (UE) e Cabo Verde, que decorrem esta semana, no Estreito de Câmara de Lobos. Recordando o surgimento e o propósito do estatuto das RUP, Jardim afirmou, no entanto, que «ao olharmos hoje para a realidade das RUP, nós vemos que, tal como as outras regiões europeias e tal como os municípios europeus, nós estamos a ser vítimas não só de uma degradação da conjuntura económico-financeira, mas também de uma degradação daquilo que se chama o espírito europeu». O governante adiantou que a partir dos anos 80 se assistiu a uma degradação na qualidade da classe política europeia e dos partidos nacionais e que «o capitalismo descarrilou por completo», sendo que a banca, os fundos e tudo o que representava a alta finança desataram a «especular de uma maneira selvagem», com o consentimento das autoridades europeias e dos governos dos Estados soberanos, tendo-se chegado à actual situação, que «é extremamente complicada para todos». Ao lado disto, referiu, «também houve o tal espírito europeu que começou a se sentir a sua perda». Recordando o projecto que havia de construir a Europa e «o grande espírito de solidariedade» que havia, em que a própria Comissão Europeia «sabia muito bem que o reforço do poder das regiões e dos municípios era fundamental para esta consolidação da UE, visto que a UE para se consolidar não pode

Comunidades Nº2

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Boletim Informativo,Comunidades Edição de 7 a 13 de Julho de 2012

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BOLETIM INFORMATIVO _______________________________________

COMUNIDADES

____________________________________DE 7 A 13 DE JULHO DE 2012

ATUALIDADES

Jardim diz que centralizar ainda mais é agravar a crise

O presidente do Governo Regional alertou, na passada quinta-feira, para o facto de a Europa viver um

período de estar a tentar voltar aos centralismos nacionalistas e advertiu que «aproveitar a crise para

ainda centralizar mais é agravar essa mesma crise».

Alberto João Jardim falava na abertura das X Jornadas Autárquicas das Regiões Ultraperiféricas (RUP)

da União Europeia (UE) e Cabo Verde, que decorrem esta semana, no Estreito de Câmara de Lobos.

Recordando o surgimento e o propósito do estatuto das RUP, Jardim afirmou, no entanto, que «ao

olharmos hoje para a realidade das RUP, nós vemos que, tal como as outras regiões europeias e tal

como os municípios europeus, nós estamos a ser vítimas não só de uma degradação da conjuntura

económico-financeira, mas também de uma degradação daquilo que se chama o espírito europeu».

O governante adiantou que a partir dos anos 80 se assistiu a uma degradação na qualidade da classe

política europeia e dos partidos nacionais e que «o capitalismo descarrilou por completo», sendo que a

banca, os fundos e tudo o que representava a alta finança desataram a «especular de uma maneira

selvagem», com o consentimento das autoridades europeias e dos governos dos Estados soberanos,

tendo-se chegado à actual situação, que «é extremamente complicada para todos». Ao lado disto, referiu,

«também houve o tal espírito europeu que começou a se sentir a sua perda».

Recordando o projecto que havia de construir a Europa e «o grande espírito de solidariedade» que havia,

em que a própria Comissão Europeia «sabia muito bem que o reforço do poder das regiões e dos

municípios era fundamental para esta consolidação da UE, visto que a UE para se consolidar não pode

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estar apoderada pelos interesses nacionais, não pode ser uma junção de 27 espíritos nacionalistas», o

presidente do Governo disse que «os tempos mudam». Assim, constatou que hoje, quer no Comité das

Regiões, quer mesmo no próprio Conselho da Europa, no Congresso dos Poderes Locais e Regionais,

«sente-se que cada país, neste momento, procura satisfazer de uma certa forma egoísta os seus

interesses, que aquele espírito de construção europeia está um pouco adulterado pela ambição de cada

Estado estar preocupado primeiro nos dinheiros e noutros problemas que lhe dizem respeito e se estar a

perder no seio da UE o espírito coletivo que havia de construção de um grande projecto».

Criticando as políticas erradas que se estão a fazer na Europa, baseadas num orçamentalismo, o

responsável apontou que «a Europa vive um período de benefício do infrator». Neste quadro, entende

que «temos que saber reagir, cada um dentro dos nossos Estados, a uma tendência que toda esta

evolução causou». É que, referiu, neste momento, a pretexto das políticas financeiras, «a Europa vive um

período de estar a tentar voltar aos centralismos nacionalistas».

«Nós hoje, em cada Estado e com a cumplicidade das instituições europeias, estamos a ver que se está a

remar ao contrário e que se está a tentar fortalecer o poder dos Estados centrais, que não tiveram a

capacidade de se opor aos desatinos que o poder financeiro andou a praticar», disse, advertindo que tal

está errado, porque «quando temos uma crise, o que é preciso é descentralizar». «É preciso dar a cada

comunidade, seja ela uma região, seja ela um município, meios para que essa mesma comunidade possa

desenvolver as suas capacidades criativas, as suas capacidades de iniciativa, etc», disse, alertando que

«aproveitar a crise para ainda centralizar mais é agravar essa mesma crise». «Mas, infelizmente, é isto

que estamos a ver, quer na Europa, quer nos nossos Estados soberanos», constatou.

O presidente do Governo Regional afirmou que esta situação não pode durar muito mais, atendendo ao

facto de «sempre que ultimamente se trata de discutir o futuro dos fundos europeus, haver uma certa má

vontade». «Eu tenho visto no Comité das Regiões, principalmente, a desconfiança com que se olha

sempre que aparece a frase Regiões Ultraperiféricas», apontou.

Mais e melhores ligações entre as RUP e a Europa

O presidente da Associação de Municípios da Região Autónoma da Madeira (AMRAM) destacou a

importância da cooperação entre as regiões e municípios ultraperiféricos, sublinhando que «o nosso

êxito» está no reforçar das relações entre os mesmos, na troca de ideias e de experiências que

dignifiquem o poder local.

Na sessão de abertura das X Jornadas Autárquicas das RUP da União Europeia e Cabo Verde, Manuel

Baeta disse que como cidadãos das RUP, separadas que estão pela imensidão do Oceano Atlântico,

«urge pensarmos e agirmos em comum, por forma a uma cooperação mais permanente», bem como

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frisou a importância de estas regiões e municípios serem mais ouvidos nas instâncias onde «mora o

poder de decisão».

Uma das temáticas abordadas pelo autarca da Calheta e que estará em destaque nestas jornadas é a

problemática da mobilidade dentro e entre as Regiões, tendo o edil manifestado o desejo de que, num

futuro próximo, «estejamos a discutir um novo projecto de programação de voos, de modo a servir mais e

melhores ligações entre todas as nossas RUP e o território europeu, fortalecendo os nossos laços sociais,

culturais, de geminação e de economia turístico-cultural». Desta forma, acrescentou, «seriam encurtadas

distâncias e fomentada uma economia ainda mais sustentável, resultado da dinâmica que este projecto

iria trazer para as nossas regiões, as quais, na sua maioria, situam-se geograficamente nas rotas aéreas

transatlânticas, mas que delas não usufruem».

Por seu turno, o presidente da Associação de Municípios da Região Autónoma dos Açores, acusou o

Estado de criar dificuldades aos municípios, dizendo que «vivemos tempos muito difíceis» e que «o

trabalho que temos pela frente mais difícil se torna para os municípios, quando assistimos a um ataque

constante e feroz à nossa autonomia, com diferentes reformas, sem que haja o bom senso e a

ponderação na sua aplicação».

João Ponte disse ainda que os municípios têm vindo a combater uma filosofia de «descrédito» que tem

caído sobre as autarquias. «Aos poucos, o Estado tem vindo a despoletar um processo de perseguição

injusta ao poder local, que transparece a cada passo da política de austeridade central», sustentou.

Já o presidente da Confederação de Municípios Ultraperiféricos, Maurice Bonte, defendeu a união destas

regiões - Madeira, Açores, Canárias, Cabo Verde e Departamentos Ultramarinos franceses (Martinica,

Guiana, Guadalupe e Reunião) - na defesa das suas especificidades e dos seus interesses no seio da

União Europeia em prol do desenvolvimento e da descentralização.

A existência de problemas comuns a estas regiões e a importância de as mesmas estarem unidas, pois

«juntos seremos mais fortes», foi também a tónica dominante nos discursos do vice-presidente da

Associação Nacional dos Municípios de Cabo Verde, Fernando Borges, e do presidente da Federação

Canaria de Municípios, Manuel Ramón Barroso.

Representante da República deixa mensagem de otimismo na Expomadeira

A 29.ª edição da Expomadeira recebeu, na tarde de quinta-feira, a visita do Representante da República

para a Região Autónoma da Madeira, que ficou agradavelmente surpreendido com o que viu, tendo

deixado uma mensagem de otimismo e esperança no que toca ao futuro da economia regional.

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Em declarações à Rádio Jornal, Ireneu Barreto começou por mencionar que «as pessoas que vêm até cá

ficam com uma imagem um pouco menos pessimista em relação ao que acontece na Região. Tive

ocasião de visitar já uma grande parte da exposição e a impressão que recolho é uma impressão de

otimismo».

«Um otimismo moderado», corrigiu, face ao atual contexto de crise, mas que evidencia confiança no

futuro: «Estamos em tempo de ter esperança, de ter coragem, de confiar. E eu penso que é isso que eu

levo daqui desta exposição, a confiança no futuro e a esperança que vamos conseguir ultrapassar as

dificuldades», afirmou.

E apesar de ter confessado algum receio inicial quanto ao “feed-back” dos representantes dos 76 stands

presentes, o juiz conselheiro congratula-se por, rapidamente, ter mudado de opinião. «Vinha com algum

receio, confesso, mas depois de ter conversado com a maior parte dos representantes dos stands que cá

estão, saio com um otimismo bom. Eles estão confiantes, têm feito alguns negócios, mesmo mais do que

aquilo que estavam à espera e isso é positivo: é positivo para eles e para a Região, é positivo para todos

nós», especificou.

Ireneu Barreto deixou também elogios à iniciativa da ACIF, «importante a dois níveis: primeiro porque

mostra as nossas possibilidades, e segundo, porque permite também ao público vir cá e interagir com os

produtos, provavelmente comprá-los, aumentar, digamos, o consumo na Região e tudo isso é bom para a

economia, porque precisamos de crescer. A economia tem de crescer e sem consumo não há

crescimento», argumentou.

A 29.ª edição da Expomadeira decorre até ao dia 15, no Madeira Tecnopolo, no horário das 18h às 00h,

nos dias úteis, e das 16h às 00h, ao fim de semana.

«Fórmula perfeita»

As mostras gastronómicas «são uma fórmula perfeita, porque todos ganham: são os produtores, os

restaurantes, a própria gastronomia e o turismo».

A ideia foi defendida pelo secretário regional do Ambiente e dos Recursos Naturais, Manuel António

Correia, que esta semana esteve no encerramento da XI Mostra Gastronómica de Santana.

O governante destacou que a relação entre produtores, restaurantes, gastronomia e turismo «cria uma

fileira económica da terra à mesa e esse é um bom exemplo do que queremos para o futuro e para o

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desenvolvimento sustentável: afirmarmo-nos internacionalmente como uma Região diferente».

Para Manuel António Correia, essa diferença «vem das nossas especificidades, nomeadamente dos

produtos agrícolas, da natureza, dos serviços associados e da qualidade do serviço». E tudo isso é uma

forma de «criar emprego e riqueza, que nesta fase é muito importante para a Madeira», considerou o

responsável.

Quanto à XI Mostra Gastronómica de Santana, o governante entregou os certificados aos nove

restaurantes presentes na feira e elogiou a iniciativa da Câmara Municipal de Santana e o esforço dos

restaurantes e dos produtores. «Nota-se que há uma nova geração de mostras gastronómicas que são

meritórias e que acrescentam muita qualidade e diferença», rematou.

Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal de Santana, Rui Moisés, faz um balanço positiva a mais

uma edição da feira de gastronomia de Santana, em que os pratos tradicionais estiveram em destaque,

como as sopas «com produtos frescos da terra». «Esta é a consolidação da qualidade dos nossos

restaurantes pela diferença, mas mantendo sempre a tradicionalidade dos produtos pela sua frescura»,

sublinhou o autarca.

Garantindo que o formato é para manter, Rui Moisés acredita que os restaurantes estão bem

posicionados para, num futuro próximo ostentarem a marca Santana Madeira Biosfera.

Madeira Film Festival entrega cerca de 4.500 euros à Fundação do Gil

O dinheiro que foi arrecadado dos bilhetes, da venda de produtos e até de donativos permitiu à

organização do Madeira Film Festival entregar à Fundação do Gil um cheque no valor de 4.532,89 euros.

A entrega foi feita, nesta quinta-feira, na sede da Fundação do Gil na Madeira. A responsável, Helena

Barata Alves, salientou que este dinheiro será fundamental para o desenvolvimento das atividades da

fundação, que agora dispõe de duas assistentes sociais. Além disso, irá permitir colocar no terreno a

carrinha para o transporte de crianças para o hospital, projeto há muito ansiado por esta instituição. Esta

também será uma forma de contactar mais diretamente com as famílias.

Na oportunidade, Elsa Gouveia, da organização do Madeira Film Festival revelou que o festival vai

continuar a dar ênfase à solidariedade e, na próxima edição, que será já em Abril do próximo ano, ajudará

novamente mais instituições de solidariedade.

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Associação Portuguesa de Deficientes conseguiu

arrecadar cerca de 30 toneladas de tampas

Com a ajuda de agentes da PSP, bombeiros e também dos Amigos da "Land Rover", estiveram esta

semana a ser colocadas em dois contentores as cerca de 30 toneladas de tampas e de garrafas de

plástico, num valor que ronda os seis mil euros, e que foram recolhidas ao longo de sete meses pela

sociedade madeirense e com o contributo de muitos emigrantes.

Esta manhã, na empresa Bravaline, em São Marinho, que cede o espaço de forma gratuita para que a

delegação Portuguesa de Deficientes da Madeira possa armazenar as tampas, a azáfama era muita.

Entre muitas tampas e garrafas há que colocar tudo no contentor para enviar para uma empresa de Leiria,

que depois irá pagar a Associação pelo plástico enviado. O presidente da Associação na Madeira, Filipe

Rebolo, espera que, pela tarde seja possível pedir um novo contentor. Esta recolha de tampas poderá

ajudar quatro pessoas com novas cadeiras específicas para a sua condição, mas também vales para a

aquisição do atestado multiusos, que custam 50 euros, bem como para consultas.

A campanha "Dê uma tampa a indiferença" vai ter novos parceiros em breve, dado que serão feitos

protocolos com a Cáritas, a ANAM e a Cruz Vermelha Portuguesa.

De salientar que o envio das tampas para a empresa de transformação de Leiria é possível com o apoio

da Empresa de Navegação Madeirense, que paga os custos do contentor e do transporte marítimo.

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COMUNIDADES

Terça-feira, dia 10 de julho de 2012

África do Sul positiva

A secretária regional da Cultura, Turismo e Transportes faz um balanço positivo da viagem que realizou à

comunidade madeirense na África do Sul. E manifesta a esperança que se possam estreitar mais os laços

e que a cultura madeirense, e portuguesa, de uma maneira geral, “consiga prevalecer ao fim da quarta

geração”. Um risco que “reconhecemos que existe se não tivermos alguma intervenção. Quer a língua

portuguesa quer os costumes tradicionais irão, progressivamente, desaparecer”. Nesse sentido,

Conceição Estudante vinca bem que “há que captar, motivar e envolver as novas gerações neste

objectivo”. Admite que isso, neste momento, corresponde a um desafio que “tem de ser vencido com a

própria comunidade. A forma de viver a cultura portuguesa e madeirense pelos seus avós não é

exatamente a mesma que deverá ser utilizada para prevalecer esses valores, e para a transmissão da

História e da cultura aos netos e aos bisnetos”.

A governante disse ainda que a visita proporcionou a atualização acerca da situação actual da

comunidade, saber quais as principais problemáticas e preocupações da comunidade na África do Sul.

Referiu que foram auscultados muitos líderes de opinião e pessoas de diferentes estratos

socioprofissionais.

Disse igualmente que existiram momentos de reflexão muito grandes e produtivos. “Daí saíram várias

ideias no sentido de estabelecer e desenvolver formas de relacionamento e de apoio de informação,

cultural e de intercâmbio, sobretudo porque para as gerações mais novas fazem falta formas mais

expeditas de comunicar e de interagir”.

Agradecimento do Governo

Quanto ao dia de ontem, foi de visita à “Gift of the Givers”, uma instituição de solidariedade social que

congregou o apoio que surgiu da África do Sul por ocasião do 20 de Fevereiro de 2010. Conceição

Estudante disse que foi à sede da instituição de solidariedade, em nome do Governo Regional, “fazer uma

saudação e um agradecimento”. Uma oportunidade para conversar com o director da instituição que

manifestou à governante todo o interesse em manter o desejo de, “em momentos como aqueles que

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vivemos, continuar a manter a sua disponibilidade para ajudar e proceder a uma intervenção como a que

foi feita”.

Na prática, esta instituição concentrou os apoios que surgiram de diferentes pontos da comunidade e

facultaram toda a logística para o envio da ajuda à Madeira.

Segunda-feira, 2 de Julho de 2012

Madeira: Conceição Estudante saúda dinamismo da comunidade madeirense de Durban

Durban, África do Sul, 02 jul. (Lusa) - A secretária regional da Cultura, Turismo e Comunidades,

Conceição Estudante, saudou o dinamismo e solidariedade da comunidade madeirense da cidade sul-

africana de Durban, que celebra há 23 anos consecutivos o Dia da Região Autónoma com um festival.

Conceição Estudante, que no domingo participou na festa dos madeirenses de Durban, que constituem

uma significativa fatia da comunidade portuguesa daquela cidade costeira, congratulou-se pelo facto de a

comunidade ter mantido ao longo de décadas a identidade e os valores próprios da portugalidade, apesar

de perfeitamente integrada na sociedade sul-africana. "Celebrar o Dia da região autónoma, mas ao

mesmo tempo manter um forte sentimento de altruísmo e de solidariedade, que é no fundo o motor do

voluntariado que está por detrás desta festa, criando algumas receitas que possam vir a beneficiar a

comunidade mais carente, é ainda mais louvável", disse aquele membro do governo regional da Madeira

às muitas centenas de portugueses que acorreram ao festival, realizado no domingo na marginal de

Durban.

Segunda-feira, 9 de Julho de 2012

Conceição Estudante presidiu às celebrações do Dia da Madeira e das Comunidades Madeirenses Durban

As celebrações do Dia da Região Autónoma da Madeira e das Comunidades Madeirenses

iniciaram-se na sexta-feira dia, 29 de Junho e terminarão no domingo dia 16 de Setembro 2012, na

cidade de Durban. A Secretária Regional da Cultura, Turismo e Transportes, Dra. Conceição Estudante,

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chegou ao aeroporto de Durban acompanhada pelo Diretor do Centro das Comunidades, Gonçalo Nuno

dos Santos, representando o Governo Regional nas celebrações do Dia da Região e das Comunidades

Madeirenses, assinalado no domingo 1 de Julho.

Ainda nesse dia na parte da tarde tiveram lugar encontros informais com entidades representativas da

comunidade Madeirense na província do Kwazulu Natal.

No dia 1 de Julho às 12 horas esteve presente na abertura oficial das celebrações alusivas ao Dia da

Região Autónoma da Madeira e das Comunidades Madeirenses que teve lugar no Amphimarket na Praia

Norte da cidade de Durban. Entre os vários convidados encontrava-se o Vereador da Câmara, Loggie

Naidoo em representação oficial do Presidente da Câmara de eThekwini, o Cônsul Honorário de Portugal

e Presidentes de várias organizações Portuguesas na província.

O Presidente da Representação da Comunidade Madeirense de Durban e organizador das celebrações

alusivas a este dia, deu as boas vindas aos presentes. Expressando que devemos refletir e planear para

ultrapassarmos as dificuldades que enfrentamos todos os dias, para que possamos usufruir o que vamos

deixar às próximas gerações, para que continuem a celebrar e recordar a nossa história, tradições,

cultura, gastronomia, música, danças, etc. Pediu à Dra. Conceição Estudante que fosse portadora duma

mensagem ao Presidente da R.A.M., Dr. Alberto João Jardim. Finalmente agradeceu a assistência e o

auxílio a todos quantos contribuíram para esta festa.

Em seguida usou da palavra o Cônsul Honorário de Portugal, Elias de Sousa que deu as boas vindas

enaltecendo as firmas comerciais que ofereceram vários donativos para a festa.

O Vereador Loggie Naidoo agradeceu o convite e o trabalho que a comunidade faz para que a harmonia e

amizade entre as várias Comunidades continue.

Finalmente a Secretária Regional dirigiu-se em inglês aos presentes que eram aproximadamente um

milhar enchendo o recinto em redor das barracas. Expressou o seu orgulho e satisfação em estar

presente após a sua última visita há sete anos. Agradeceu a todos, em especial ao organizador das

celebrações em Durban, Eng. João de Gouveia. Depois ofereceu algumas lembranças regionais aos

convidados de honra e aos Presidentes das várias organizações Portuguesas, com quem teve trocas de

impressões sobre os objetivos de cada instituição. No final os vários grupos, Regiões de Portugal, Rancho

Folclórico da APKZN e o Grupo Folclórico da Comunidade Portuguesa do KwaZulu Natal exibiram-se

durante a tarde, tendo muitas das pessoas presentes juntando-se a dançar.

Foi uma festa muito concorrida desde a manhã até ao encerramento. Muitos membros da nossa

comunidade, assim como sul-africanos e de outras nacionalidades que costumam frequentar e participar

nesta festa anual. Pois as tradicionais espetadas e “bolo do caco, as bifanas, galinha à peri peri, os rissóis

de camarão e pastéis de nata”, assim como os bolos confecionados por senhoras portuguesas

esgotaram-se no final da festa.

Foi um arraial que decorreu entre as oito horas até meio da tarde onde não faltou música, canções e

gastronomia regional e nacional da Madeira e de Portugal. Mais tarde efetuou-se uma reunião com o

Cônsul Honorário de Portugal.

Na segunda-feira dia 2 de Julho retomou os encontros de trabalho a partir das 9 horas e 30 minutos, onde

fez uma apresentação sobre o turismo na Madeira antiga e a actual.

Encontravam-se presentes membros do Corpo Consular na província, autoridades locais, agentes de

turismo e demais representantes do sector. À entrada da sala encontrava-se um casal vestido

tradicionalmente como uma viloa e vilão, o incansável casal Fátima e Pedro Ferreira.

No início da apresentação o Eng. João de Gouveia deu as boas vindas à Dra. Conceição Estudante e a

todos os participantes, mencionando alguns membros que sacrificaram parte do dia de trabalho, para

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estarem presentes. Depois citou o seguinte sobre a Madeira:

Madeira com o céu e o mar azul

Seus picos chegam aos céus

Banhada com o perfume das flores encantadoras.

Algumas flores brancas demonstram inocência

Por vezes azuis para realçar beleza

Outras vermelhas em manifestação

Amarelas para esconder sua modéstia.

Madeira é uma amálgama de todas as flores mais exóticas, a espécie mais rara de beleza

Madeira é o Paraíso do Mundo, suave e tranquila

Madeira é o fim de uma exaustiva jornada espiritual

Madeira é uma realidade em terras de sonho

Madeira é uma exaltação, uma música, um sorriso, uma oração.

No fim da apresentação o engenheiro João de Gouveia gradeceu à Secretária Regional pelo excelente

trabalho que é bem evidente, mesmo em tempos que atravessamos com algumas dificuldades

financeiras.

A caminho para o aeroporto, foi feita uma visita às novas instalações do Consulado Honorário de Portugal

em Durban, onde a Secretária Regional, assim como o Diretor do Centro das Comunidades elogiaram o

Cônsul Honorário e todas as funcionárias, que prestam um excelente serviço aos membros da

Comunidade Portuguesa no KwaZulu Natal.

Partiu do aeroporto King Shaka às 15.35 horas com destino à Cidade do Cabo.

Domingo, dia 8 de julho de 2012

Rede para ligar comunidades

A secretária regional da Cultura, Turismo e Transportes revelou em Pretória, na África do Sul, onde está

em visita oficial, que está em cima da mesa um projecto que acentua ser muito interessante, “lançado

como desafio” e que visa “estabelecer ligações entre as comunidades onde o papel do Centro das

Comunidades Madeirenses teria o papel de facilitador da criação de contactos entre as que existem por

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todo o mundo, com um traço de união que é a língua, para estimular o seu uso”.

Conceição Estudante reforça que esta rede de contactos teria como objetivos não apenas culturais como

igualmente desafios e oportunidades que possam vir a ser identificados e partilhados, em áreas como a

empresarial”. No fundo, “permitiria criar uma rede de informações e de contactos entre as diversas

comunidades que possam potenciar oportunidades que sejam vantajosas para toda a gente”, acentua

complementando que “o nosso papel é o de facilitar e de proporcionar as ferramentas e de estabelecer

uma linha de contacto permanente entre as comunidades”.

Conceição Estudante frisa que se trata de uma situação “win-win” onde todos têm a ganhar.

Noutro plano, a secretária regional falou ainda no projecto da fundação de uma escola portuguesa em

Joanesburgo. Um colégio particular, com todos os apoios que o Estado e a Região Autónoma da Madeira

pudessem dar, mas que fosse uma escola “onde se fizesse a formação oficial da África do Sul, mas que

privilegiasse a língua portuguesa”. Sublinha que é um projecto “muito interessante para vir a ser

desenvolvido”.

Domingo, dia 8 de julho de 2012

Ivo de Sousa recebeu Ordem de Mérito

Ivo de Sousa, presidente da direcção do Centro Social Madeirense de Pretória, na África do Sul, recebeu

o título de comendador no último dia 10 de Junho, dia de Portugal, por parte do Presidente da República.

Há 15 anos que nenhum madeirense recebia um título deste género, conforme nos diz este emigrante há

47 anos radicado na África do Sul e que visitou a Região muito recentemente, tendo aceite em prestar o

seu testemunho daquela ocasião «muito importante» para si. Nascido a 8 de Outubro de 1948, na

Lombada dos Marinheiros, Fajã da Ovelha, Ivo Sousa saiu da Madeira aos 17 anos para fugir à guerra de

Moçambique e Angola. Aos 18 anos, já dirigia uma pequena loja de frutas de uma companhia de

madeirenses originários das Achadas da Cruz. Aos 20 anos, o emigrante foi trabalhar em sociedade com

um primo e aos 21 tomou conta de todo negócio.

Questionado sobre se a comenda mudou algo na sua vida, Ivo de Sousa diz que continua a ser a mesma

pessoa. Ainda assim, admite que muito tem feito em prol da comunidade madeirense residente na África

do Sul. Assim, destaca, entre várias coisas, o trabalho como presidente da Assembleia Geral num rancho

folclórico representativo da Madeira, o cargo de conselheiro das comunidades na área de Pretória, o

cargo de presidente do conselho paroquial da Igreja Portuguesa de Pretória e a presidência da

Associação de Bem Fazer os Lusíadas. Ivo Sousa foi igualmente presidente do Sporting de Pretória e

vice-presidente do Marítimo local, assim como presidente da Academia do Bacalhau. Ainda pertence ao

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Fórum da Polícia de Pretória, onde conhece líderes sul-africanos.

Ivo Sousa diz que o seu sonho é viver os últimos anos da sua vida na terra que o viu nascer: a Madeira.

Contudo, o facto de toda a sua família e negócios estarem na África do Sul, não sabe se irá conseguir

concretizar esse desejo. O emigrante diz que está muito agradado com a forma como a Região se

desenvolveu dizendo que há anos, era impensável estar de manhã no Porto Moniz, por exemplo, à tarde

no Funchal e à noite em Machico. «No último domingo fui a tantos sítios, coisa que não fazia antigamente

devido à falta de acessos rodoviários», desabafa, para logo adiantar que também tem visto outros

investimentos a outros níveis.

Sábado, 7 de julho de 2012

Paulo Portas quer `vender` Portugal como destino, aproveitando a plataforma de Macau

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros afirmou hoje que quer `vender` Portugal como

destino, mas não pelo "sol e praia", aproveitando a plataforma de Macau, que todos os anos

acolhe milhões de turistas do interior da China.

"Portugal tem que fazer, com a colaboração das autoridades de Macau, um esforço especialmente

relevante junto da promoção turística aqui em Macau", afirmou Paulo Portas, durante a sua intervenção

no seminário "Caminho das Exportações", organizado pelo jornal Expresso e pela AICEP - Agência para o

Investimento e Comércio Externo de Portugal. A "primeira" das razões prende-se com "o número

impressionante de turistas `internos` que visitam Macau todos os dias", defendeu, ao vincar que se se

conseguir "dar a esses turistas informação atrativa sobre Portugal, [eles] podem escolher Portugal como

importante destino turístico".

Em 2011, dos 28 milhões de turistas que escolheram a Região Administrativa Especial como destino,

mais de 16 milhões eram oriundos do interior da China.

Há "vários pontos que unem e aproximam portugueses e chineses", especialmente em Macau, afirmou

Paulo Portas.

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"Não é exatamente o sol e a praia que temos de vender, o que temos de saber promover é que Portugal é

um bom país para fazer compras com qualidade, onde se pode fazer jogo legal com boas infraestruturas,

que Portugal sabe organizar turismo de grupo, que Portugal sabe respeitar a identidade do cliente (...) é

um país fantástico do ponto de vista monumental, bom para descansar [e] um país seguro

comparativamente com outros", defendeu.

Paulo Portas disse ainda que os objetivos da visita à China "tiveram bons avanços", o que "permite ter

esperança que 2012 - os números já o indicam - volte a ser um ano forte no relacionamento económico

entre Portugal e a China, cujo "quadro de fundo" assenta na amizade especial com centenas de anos.

Neste âmbito, o lugar de Macau é "especialmente significativo", disse o ministro, ao falar da "transição

impecável, controlada e ordenada", que honrou os dois países. Este processo "distingue-se e é mesmo

um `case study` do ponto de vista da comunidade internacional sobre como fazer transições bem-

sucedidas".

No campo económico, Paulo Portas deu ênfase, à semelhança do que fez nos últimos dias, à importância

de que se revestiu o investimento chinês em Portugal em 2011, referindo-se à entrada da China Three

Gorges e da State Grid no capital da EDP e da REN, respetivamente, e à parceria no Brasil entre a

Sinopec e a Galp no Brasil, negócios que "abrem um potencial enorme de colaboração". Essas parcerias,

sustentou, "representam, de muito longe, o maior investimento chinês na Europa em 2011", figurando, em

simultâneo, como uma "oportunidade".

"Que as maiores empresas portuguesas saibam levar as boas pequenas e médias empresas para

parcerias internacionais e mercados maiores", disse, ao realçar que só acredita em relações `win-win`,

significando que ambas as partes "têm de ficar satisfeitas". "Assim como queremos exportar mais para a

China, temos a nossa economia aberta e disponível para as exportações chinesas", afirmou o ministro.

ECONOMIA e FINANÇAS

Há sinais de retoma económica

O secretário Regional do Plano e Finanças, Ventura Garcês, afirmou no passado dia 12 de julho, durante

a visita à Expomadeira, que há indicadores que apontam para uma retoma económica da Região em

2013.

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«As pessoas acreditam na mudança do ciclo de uma crise que estamos a atravessar, com os olhos

postos no futuro que estamos muito próximo de dar a volta», declarou confiante o governante,

acrescentando que «há sinais de retoma económica que serão ainda mais visíveis no próximo ano».

Por outro lado, o secretário das Finanças mostrou-se preocupado com os níveis de desemprego na

Região, mas mostrou-se confiante nas soluções adoptadas pelo Governo Regional no apoio às empresas,

por forma a inverter esse ciclo.

Ventura Garcês revelou ainda que a Região está a preparar uma resposta aos pedidos de esclarecimento

formulados pela Comissão Europeia sobre a Zona Franca da Madeira, cujo prazo termina a 20 do

corrente mês.

«O processo está a andar no espaço normal e estou confiante», declarou o governante, revelando que no

Centro Internacional de Negócios da Madeira, apesar desta tentativa de tornar o CINM menos competitivo

«também têm dado entrada inscrições de novas empresas».

Ventura Garcês lembrou que o Governo Regional já respondeu a um primeiro pedido de esclarecimento

da Comissão Europeia e que até 20 de Julho será dada nova resposta que será depois remetida para o

Governo da República a quem compete enviar o documento para Bruxelas.

Questionado sobre a eventualidade de serem adoptadas mais medidas de austeridade em função da

decisão do Tribunal Constitucional, sobre os subsídios de férias e de Natal, Ventura Garcês foi perentório:

«Estamos já no limite e nem as famílias, nem as empresas, aguentam mais carga fiscal. Acho que já

estamos no limite que torna-se insuportável e com consequências negativas que não se traduz no

aumento da receita fiscal».

Sobre o certame da ACIF, Ventura Garcês disse que alguns empresários transmitiram o facto de esta ter

sido uma aposta ganha, visto terem concretizado alguns negócios na Expomadeira.

Mais 10 milhões de incentivos

O vice-presidente do Governo Regional, João Cunha e Silva, anunciou, esta semana, durante a visita que

fez à Expomadeira, que as empresas da Região vão continuar a beneficiar de apoios à sua actividade.

São 10 milhões de euros no âmbito do Sistema de Incentivos ao Funcionamento (SI Funcionamento),

cujas candidaturas decorrem de 16 de Julho até 14 de Agosto.

«Estamos preparados para abrir a oitava fase do Sistema de Funcionamento. Vai abrir já no dia 16 de

Julho até ao dia 14 de Agosto e tem um valor de 10 milhões», anunciou João Cunha e Silva.

«Creio que esta é uma boa notícia para todos os empresários que lutam, labutam e têm sido muito

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resistentes», afirmou o governante, acrescentando que «independentemente dos outros produtos que

possam ajudá-los, este é de facto um que quase todas as empresas têm deitado mão e ajudado muita

gente a manter postos de trabalho».

Nesse sentido, João Cunha e Silva revelou que, por via do SI Funcionamento, os apoios concedidos às

empresas «garantiram pelo menos a manutenção de 11 mil postos de trabalho», indicador que, em seu

entender, prova o êxito desta medida tomada na Região.

O governante revelou ainda que só no primeiro semestre deste ano, a Vice-Presidência através do

Instituto de Desenvolvimento Empresarial (IDE), já apoiou financeiramente as empresas com 14,7 milhões

de euros. Estes apoios, segundo João Cunha e Silva, foram divididos entre os diversos sistemas de

incentivos (Investimento, Funcionamento e Financiamento).

«Só no SI Funcionamento - que negociámos em Bruxelas e que é específico e exclusivo da Região

Autónoma da Madeira - devo dizer que ao longo das sete fases anteriores, já pagámos a 1.169 empresas

cerca de 15,6 milhões de euros», revelou o vice-presidente, em declarações aos jornalistas, durante a

visita à Expomadeira.

O SI Funcionamento, negociado em Bruxelas, tem um valor global para três anos de 60 milhões de euros,

sendo que 50 por cento são de fundos comunitários e os outros 50 por cento do Orçamento Regional.

Até à data, foram lançadas no mercado sete fases do SI Funcionamento, num total de 15,6 milhões de

euros pagos ás empresas.

Instado a comentar a entrevista do eurodeputado Nuno Teixeira na qual refere que as perdas de fundos

comunitários poderão ficar-se pelos 20 por cento, João Cunha e Silva reiterou a sua preocupação no

processo negocial que está nas mãos de Lisboa. «Mantenho aquilo que disse, de que a proposta da

Comissão é de uma baixa significativa e quebra abrupta de fundos», reiterou, salientando que tem

procurado fazer ver nas reuniões da Comissão Interministerial para os Assuntos Europeus, em

representação do Governo Regional, de que «essa quebra abrupta de fundos não se compadece com o

estatuto e dificuldades que tem uma região ultraperiférica».

Expomadeira é «prova de resistência» empresarial

João Cunha e Silva disse que a Expomadeira, promovida pela ACIF, «é uma vincada e repetida

manifestação de força do empresariado regional».

Durante a visita ao evento que decorre até ao final da semana, no Madeira Tecnopolo, o governante

afirmou que face às circunstâncias de crise que atravessa o mundo «é uma prova de resistência de todos

quantos querem continuar a levar as suas empresas para a frente, mantendo na medida do possível

todos os postos de trabalho e ajudando a economia da Região que bem precisa dos empresários para

que possa ultrapassar todos os obstáculos que nos vão deparando pela frente».

Questionado acerca das dificuldades na organização do evento pela ACIF, João Cunha e Silva enalteceu

a «competência, pujança e determinação» da direcção da Associação Comercial e Industrial do Funchal,

na forma como motivou os empresários a exporem os seus produtos e serviços.

«A ACIF não me surpreende, atendendo à direcção que tem e às pessoas que estão à frente da

Associação. Nem me surpreende que os empresários da Madeira, pelas características que têm, também

digam presente e estejam aqui», salientou Cunha e Silva.

Mais tarde, no stand da Empresa Jornal da Madeira, em entrevista à RJM 88.8 FM, o vice-presidente do

Governo realçou que, mesmo perante as dificuldades impostas pela crise mundial, na Região, são mais

as empresas criadas do que aquelas que encerram portas. «A situação de crise e de dificuldade das

empresas é grande, mas o que me parece é que há muita gente a tentar formar empresas», observou,

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acrescentando que «há um fenómeno que é verdadeiro, ou seja, pessoas que não têm emprego, criar a

sua empresa é uma forma de resolver o problema do desemprego».

Segundo afirmou Cunha e Silva «é preciso que tenham apoios, ideias, imaginação, criatividade e

condições para que tenham a sua empresa». E aconselhou: «As pessoas não devem temer falhar. Faz

parte da história dos grandes empresários terem falhado alguma vez e, portanto, nesta fase, não se

importem de falhar, até que um dia vai bater certo».

Venda do Colombo’s Resort no Porto Santo sem interessados mas projeto continua

O administrador da insolvência do empreendimento turístico Colombo’s Resort, no Porto Santo, revelou

hoje que não houve qualquer proposta de aquisição do estabelecimento, mas a sociedade que adquiriu os

créditos junto da banca assegura a continuidade do projeto.

“Não houve qualquer proposta para a aquisição do Colombo’s Resort”, afirmou à agência Lusa Jorge

Calvete, explicando que, “a partir deste momento, será o credor garantido, a ECS Capital, que tem a

hipoteca sobre o imóvel, que irá tomar a decisão que considerar mais conveniente”.

Fonte ligada ao processo adiantou que a “a ausência de interessados na aquisição do empreendimento

vai permitir à ECS Capital, que adquiriu os créditos da empresa insolvente junto da banca através do

Fundo de Lazer Imobiliário e Turismo, assumir o controlo do projeto, trocando a dívida pelos ativos”.

“Como o projeto em si tem potencial, a ECS Capital assume a sua gestão e vai continuá-lo”, garantiu a

mesma fonte, nada acrescentando - dado o momento em que se encontra o processo - sobre quando o

investimento vai ser retomado e se o será nas condições iniciais.

O empreendimento Colombo’s Resort, considerado como o maior investimento privado na ilha do Porto

Santo, no arquipélago da Madeira, avaliado em 120 milhões de euros, foi encetado em 2005.

Projetado pelo arquiteto catalão Ricardo Bofill, o empreendimento contemplava a construção de dois

hotéis, um dos quais de luxo cuja exploração estava prevista ser atribuída à Starwood Hotels & Resorts,

que gere a rede Sheraton, cinco núcleos de apartamentos turísticos com 193 unidades, 12 vilas turísticas

de luxo, uma área central de animação com piscinas, restaurantes, bares, lojas, spa, zona de lazer e um

casino.

Quatro anos depois de começarem, as obras pararam devido a dificuldades financeiras da Sociedade

Imobiliária e Turística do Campo de Baixo, detida maioritariamente pelo Grupo Empresarial Siram SGPS,

criado em 1987, na área da montagem de iluminações decorativas e na organização de eventos, e cujo

portefólio se estendeu também ao turismo e imobiliário.

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Mais 14.300 passageiros no porto do Funchal

No primeiro semestre de 2012 foram registados, no porto do Funchal, 303.615 passageiros e 164 escalas.

Resultados que, comparativamente a igual período de 2011, traduzem crescimentos de 5% e de 3%,

respetivamente.

Alexandra Mendonça, presidente da Administração dos Portos da Madeira, mostra-se satisfeita com estes

indicadores e com o facto do porto do Funchal manter a liderança nacional, tanto no que respeita às

escalas como ao movimento de passageiros.

Trata-se de um resultado que deriva, diretamente, da estratégia de promoção e de divulgação que tem

vindo a ser dinamizada nos últimos tempos e que tem permitido, àquele porto, a conquista de um lugar de

destaque no “top” dos principais destinos de cruzeiros europeus.

180 escalas e 320 mil passageiros

Em função das reservas já efetuadas pelas companhias, estão previstas, para os próximos seis meses do

ano, 180 escalas no porto do Funchal, num total estimado de 320 mil passageiros.

Por outro lado, a “Pontinha” deverá receber, até ao final do ano, quatro escalas inaugurais,

nomeadamente o Costa Deliziosa (em Setembro), o Norweegian Sun (em Outubro) e o MSC Divina e o

Costa Fascinosa (ambos em Novembro).

Ao todo, deverão passar por ali, este ano, mais de 600.000 turistas, o que atesta, claramente, a

importância deste sector dos cruzeiros para a economia regional.

Estudo europeu mostra impacto da actividade

O European Cruise Council – organismo que representa as principais empresas de cruzeiro que operam

na Europa – divulgou, no passado dia 25 de Junho, em Bruxelas, um estudo sobre o contributo do turismo

de cruzeiros para as economias europeias, em 2011.

Segundo este estudo, o impacto económico da indústria dos cruzeiros na economia europeia foi de 36,7

mil milhões de euros, o que representa um crescimento de4% relativamente a 2010, ano em que o

impacto económico se situou nos 35,2 mil milhões.

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15 mil milhões de euros em 2011

Quanto ao impacto direto, refira-se que o mesmo se situou nos 15 mil milhões de euros, mais 3,4% que

em 2010.

Ao comparar estes valores com o impacto total da indústria em 2006, que se situava nos 23,9 mil milhões

de euros, constata-se que, em cinco anos, dá-se um aumento de 54%.

O mesmo estudo refere que o número de passageiros europeus cresceu 77%, de 3,4 milhões, em 2006

para 6 milhões, em 2011.

Assunção Cristas diz que a Agricultura e o Ambiente estão em grande pujança na Região

A ministra Assunção Cristas afirmou esta sexta-feira, dia 13 de julho, no Ribeiro Frio, que a Agricultura e o

Ambiente estão em «grande pujança» na Madeira e que este último tem um potencial «muito relevante

quer em termos turísticos, quer em termos de produção loca», o que trás, no seu entender, «riqueza para

a Região».

Assunção Cristas destacou ainda o facto de, na Madeira, a Agricultura e o Ambiente estarem «lado a lado

a trabalhar com muitos bons resultados».

Em relação aos 26 milhões de euros que o Governo Regional tem vindo a reclamar junto do Governo da

República, relativos a verbas em atraso na área da agricultura, a ministra disse ser um «dossier muito

antigo», afirmando ser uma matéria que está a ser acompanhada com «atenção».

Além disso, lembrou que este «é um momento muito difícil para fazer qualquer compromisso em relação a

esta questão».

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Agricultores vão pagar menos

O Governo Regional está a preparar uma portaria através da qual irá ser reduzido de 25 para 10 por

cento o montante a investir pelos agricultores em novos projectos, relativamente aos quais poderão

posteriormente reclamar reembolso.

O anúncio foi feito na passada quarta-feira pelo secretário regional do Ambiente e dos Recursos Naturais,

na Expomadeira, evento promovido pela ACIF e que decorre até ao próximo domingo.

«Posso informar que no âmbito das ajudas ao investimento na Agricultura, vamos fazer uma

transformação do programa no sentido de melhorar as questões de tesouraria e disponibilidade

financeira. Até aqui, os empresários apoiados, tinham a dificuldade de pagar pelo menos 25 por cento da

despesa antes de receber a ajuda. Vamos alterar essa regra para os 10 por cento ao máximo de esforço

financeiro exigível para pagar para depois receber o reembolso», revelou Manuel António Correia,

sublinhando que a portaria deverá ser publicada «dentro de poucos dias».

O governante que visitou o evento na companhia do seu homólogo dos Assuntos Sociais, Francisco

Jardim Ramos, e do director regional do Turismo, Bruno Freitas, que ali se deslocou em representação da

secretária regional da Cultura, Turismo e Transportes, perspetiva que, com esta medida, «o número de

pedidos aumente, passando de quatro para dez, mas faz com que seja mais fácil executar os projectos

que foram aprovados».

Segundo adiantou, o Governo Regional está atento e «esta é uma resposta concreta para este momento,

pela falta de tesouraria e falta de crédito bancário», facilitando o investimento de quem quer apostar em

empresas agricultura.

Por outro lado, o governante que passou pelo stand da RJM 88.8, salientou ainda que há uma mudança

de paradigma na Madeira, referindo-se às necessidades de alguns sectores terem de se adaptar à nova

realidade. «Se é verdade que alguns sectores estão a decrescer, há outros em crescimento, quer na área

do Ambiente e da Agricultura», referiu, exemplificando com a reabilitação urbana, cujo ciclo de

construções novas acabou, dando lugar à melhoria do que já existe.

«Isso é uma nova oportunidade», realçou, exortando as empresas a adaptarem-se a essa nova

circunstância.

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Xaréu e charuteiro trarão benefícios à aquacultura

O Centro de Maricultura da Calheta (CMC) tem apostado, nos últimos anos, na produção em aquacultura

da dourada e, mais recentemente, de sargo e pargo. Agora, os biólogos do CMC estão, de há um ano a

esta parte, a investigar duas novas espécies de peixe que irão trazer um valor acrescentado à produção

em aquacultura, garante o director do CMC, Carlos Andrade. As duas espécies que estão a ser alvo de

investigação são o xaréu e o charuteiro, pouco conhecidas, mas «que têm um grande interesse

comercial», começou por explicar o responsável.

Sem haver trabalho de identificação destas espécies nos mares da Madeira, os técnicos do CMC

começaram «de base» e, com a ajuda da Direcção Regional de Pescas que tem cedido as amostras, têm

conseguido fazer uma inventariação destes indivíduos. Entretanto, como há muitas espécies

semelhantes, foi solicitada ajuda à Universidade da Madeira, que, através do Departamento de Genética

e de Química, está a conseguir identificar corretamente as espécies. «Dentro de pouco tempo vai ser

possível diferenciar completamente os indivíduos, porque andávamos com várias espécies nos tanques

que depois não se reproduziam», explicou.

«Isto é um processo que demora, mas agora com os dados que temos dos indivíduos selvagens, vamos

ver como se reproduzem, que acontecerá nestes meses de Verão, entre outros aspetos importantes para

começar a reprodução em cativeiro». A ideia é que dentro de um ano existam já juvenis de xaréu e

charuteiro nas jaulas de aquacultura.

Este projecto que avalia o potencial de cultura dos charuteiros e dos xaréus está a concentrar os esforços

dos técnicos do CMS e é cofinanciado pela União Europeia, através do programa Intervir+, em 85 por

cento, estando a ser gerido pelo Instituto de Desenvolvimento da Região.

Maiores que a dourada

O director do CMC destacou que o xaréu e o charuteiro são duas espécies com grande interesse nos

mercados, porque «produzem indivíduos de grande tamanho e num espaço de tempo relativamente

curto». Comparativamente com a dourada, esta espécie demora um ano para atingir 500 gramas, sendo

que o xaréu e o charuteiro chegam a atingir dois quilos e meio no mesmo período. «Há uma grande

diferença e as empresas de aquacultura vão ter uma capacidade para aumentar a sua produção e de ter

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um novo produto no mercado».

Deste modo, Carlos Andrade destaca que estas duas espécies terão grande interesse a nível regional,

porque não só podem ser exportadas, e com valor acrescentado, como também podem ser transformadas

pela indústria e depois exportadas. «Estas espécies, por serem grandes, podem ser vendidas inteiras e

às postas ou transformadas em conservas, em filetes, o que a indústria pretender e isto vai haver com

que haja trabalho para a indústria local», prevê o responsável com grande satisfação.

Centro de investigação abriu em 2000

O Centro de Maricultura Manuel Jorge Bazenga Marques, mais conhecido por Centro de Maricultura da

Calheta, foi inaugurado a 2 de Outubro de 2000, na vila da Calheta. Este centro surgiu da necessidade de

desenvolver o projecto do Governo Regional na área da aquacultura, que começou em 1995, no Caniçal,

com a dourada. Ganha a primeira etapa, havia que criar uma estrutura que oferecesse condições para a

reprodução da dourada, de modo a garantir o fornecimento de alevins a menor custo, e a investigação no

campo da aquacultura marinha. E este Centro tem feito isto e muito mais.

Quatro linhas estratégicas de trabalho

O Centro de Maricultura da Calheta trabalha em várias frentes. E, para facilitar o trabalho da equipa de 12

pessoas, foram traçadas quatro grandes linhas estratégicas. A primeira passa por trabalhar novas

espécies candidatas à aquacultura, apostando assim na diversificação. Esta estratégia divide-se em dois

níveis: o avançado (sargo/pargo) e o experimental (xaréu e charuteiro).

A segunda linha de trabalho assenta em melhorar, a nível de investigação, os sistemas de produção de

larvas e juvenis. A terceira orientação deste Centro é tornar o sector de maricultura da Calheta em

produção orgânica.

Há também a estratégia de trabalhar ainda mais diretamente com a indústria da aquacultura, para

aumentar a quota de produção de peixe que sai do Centro para as jaulas, diminuindo assim a importação

de juvenis.

Centro de Maricultura quer aumentar ciclos de produção

Por ano, o Centro de Maricultura da Calheta (CMC) fornece cerca 200 mil juvenis de dourada às

empresas madeirenses de aquacultura que assim o solicitam. São três as empresas de aquacultura que

existem na Madeira, duas com jaulas marítimas na zona do Caniçal e no Campanário e outra com

tanques, em terra, no Seixal. Normalmente, o CMC faz um ciclo de produção por ano, sendo que as

empresas do sector importam juvenis para produzir em aquacultura. O director do CMC, Carlos Andrade,

quer reduzir essas percentagens. «Estamos no início do processo de tentar aumentar a produção junto

dos produtores locais, sabemos que nunca vamos conseguir os cem por cento de fornecimento, mas

estamos a tentar aumentar a quota de peixe saído do Centro para os produtores locais, para haver menos

importação».

Este objectivo passa também por tornar o CMC mais autónomo do ponto de vista financeiro, «para não

ficar dependente de financiamentos públicos e temos de ser engenhosos em encontrar formas de

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financiar o nosso trabalho». E isso passa pela venda dos juvenis aos privados, pelos serviços que são

prestados às empresas de aquacultura, bem como pelos projectos de investigação. «O centro vive

essencialmente da investigação, se faltar esse aspeto deixamos de ter um papel primordial no

desenvolvimento da aquacultura, porque a indústria precisa de nós», salientou.

Mas uma outra ideia que faz parte da estratégia do Centro é trabalhar ao nível da educação e divulgação

daquele espaço de investigação. O edifício está aberto a visitas de escolas e não só, sendo que os

técnicos também se deslocam aos estabelecimentos de ensino para ações de divulgação.

«Também estamos muito interessados em desenvolver parcerias locais, na vila da Calheta, com outras

instituições, como a escola e empresas, no sentido de criar um pólo de interesse que vá para além de

uma ida à praia», adiantou o responsável. «Temos outros interesses que vão para além da investigação e

que passam também pela educação», rematou.

Sargo no mercado em breve

Depois do sucesso da dourada, em que a Madeira produz quase 500 toneladas por ano, quase metade

da produção nacional, o Centro de Maricultura da Madeira quer apostar na diversificação. O último

projecto que já está finalizado é o do sargo e do pargo. O Centro já conseguiu fechar o ciclo de produção

destes indivíduos, com a produção dos ovos, larvas, juvenis e depois adultos nas jaulas de aquacultura.

Em Setembro do ano passado, foram entregues sargos e pargos à Ilhapeixe, no Caniçal, para fazer a

cultura nas jaulas. «Estamos a ter o retorno agora», explicou Carlos Andrade. Portanto, em breve estarão

no mercado regional. «Daí a nossa ligação à indústria, estamos a fazer trabalhos de investigação, mas

estamos sempre ligados à indústria», concluiu o director do Centro.

Desde os laboratórios das algas aos tanques de juvenis

A visita ao Centro de Maricultura da Calheta começa com uma visita aos laboratórios, onde são feitas

análises às algas que depois servem de alimento aos peixes. Os visitantes passam pelos oito tanques

dos reprodutores, onde um funcionário colhe os ovos, que depois de serem contados, vão para a estufa

de incubação. Nestes tanques de grandes proporções, ficam até três dias, sendo que já em larvas

passam para outros tanques onde ficam cerca de 50 dias, sendo depois enviados para as jaulas de

aquacultura.

Novo tanque de maiores proporções

O Centro de Maricultura da Calheta está já a preparar todas as condições para a produção do xaréu e do

charuteiro. Dadas as grandes dimensões que atingem, foi construído há duas semanas um tanque de

maiores proporções para que a investigação a estas duas espécies possa continuar.

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Vinho Madeira associa-se às comemorações dos 50

anos da Sagres

O Instituto do Vinho, Bordado e Artesanato da Madeira (IVBAM) associou-se às comemorações dos 50

anos do NE Sagres ao serviço da Marinha Portuguesa, com a edição especial de um Vinho Madeira

Malvasia 2000, especialmente engarrafado para esse efeito. Na passada quinta-feira, pelas 18h30, a

bordo do navio, que se encontrava atracado no Porto do Funchal, foi feito o lançamento deste Vinho

Madeira, onde os convidados tiveram a oportunidade de saborear o Vinho, em conjugação com doces

tradicionais madeirenses e ao som da Orquestra de Bandolins, da Direção de Serviços de Educação

Artística.

O IVBAM ofereceu 50 garrafas do Vinho Madeira Malvasia 2000 ao comandante da Sagres, promovendo

assim, além-fronteiras, este Vinho emblemático da Madeira e de Portugal.

EDUCAÇÃO E CULTURA

13.ª edição do Funchal Jazz encerrou em “Beleza”

“Manuel Beleza Jazz Terceto” foi um dos protagonistas no encerramento da 13.ª edição Funchal Jazz

Festival que, esta semana, terminou no Parque de Santa Catarina.

A representação nacional, um trio cuja linguagem musical se tornou “consistente”, segundo a organização

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do festival, destacou-se pela “empatia entre os músicos e pela sonoridade imponente das harmonizações

coloridas e ritmadas de Manuel Beleza”, a par do “sofisticado timbre dos saxofones” de Mario Santos e do

“elegante ritmo da bateria” de Mário Barreiros.

Outra atuação de relevo foi protagonizada por Kenny Garrett Quartet, “um músico muito versátil, mas

também um talentoso compositor e brilhante improvisador”.

O evento ultrapassou as expectativas e, pelo “empenho e o entusiamo de quantos contribuíram para

construir este festival”, a organização faz um balanço positivo e conclui que “o Funchal Jazz é uma

iniciativa de sucesso, em boa hora iniciada pela Câmara Municipal do Funchal e que os madeirenses já

adotaram definitivamente”.

Entre os objetivos deste acontecimento “dotado de qualidade”, pesou, uma vez mais, “a projeção da

imagem da Madeira para além-fronteiras, como destino turístico.” Teve também o intuito de “proporcionar

o contacto direto com músicos internacionais”, revelando-se no final que “o Funchal Jazz conquista ano

após ano novos públicos, constituindo no presente um dos momentos mais altos da oferta cultural

funchalense”, consideram os responsáveis. De referir ainda que na edição deste ano promoveram-se uma

homenagem ao cantor Sérgio Borges; e a habitual “Feira do Disco Jazz” / Blues / World.

18 grupos de folclore no «48 Horas a Bailar»

18 grupos de folclore de toda a ilha vão animar este fim-de-semana a vila de Santana em mais um “48

horas a Bailar”. De acordo com o presidente da Casa do Povo, que organiza o evento com o apoio da

Secretaria Regional dos Recursos Naturais e Ambiente e da Câmara Municipal, são esperadas milhares

de pessoas de amanhã até domingo, com o reconhecimento da importância da tradição do folclore para

os madeirenses e curiosidade dos turistas. «Pensamos que será mais um sucesso em Santana»,

sublinhou José António Freitas.

Com um programa diversificado (ver texto ao lado), a organização entende que «esta divulgação da

cultura e das tradições do folclore, nas apresentações dos grupos, é o resultado de um intenso trabalho

de pesquisa destes sobre as músicas tradicionais», refere o responsável.

De salientar que, a par do folclore e da animação diversa, o evento conta com uma Feira dos Municípios,

onde os concelhos da Região mostram os seus produtos agrícolas.

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“Verão a Dançar” amanhã no Jardim Municipal

O II Festival de Dança “Verão a Dançar” realiza-se esta sexta-feira, no Auditório do Jardim Municipal do

Funchal, com início às 19:00 horas, terminando pelas 21 horas.

De acordo com Francisco Loureiro, da organização, neste evento vão participar diversos grupos de

dança, como os SirinxMove, BNG – CREW, Soul's Dancers, Prestige Dance, DeLignumBallet, Ashaki,

Grupo de Folclore de Monte Verde, entre outros convidados.

Este elenco demonstra uma variedade de estilos de dança, refere, apontando as danças de salão, o

ballet, o breakdance, o hip-hop, a dança do ventre, o folclore entre outros, «de modo a envolver um

número significativo de participantes, entre 90 a 110 elementos», revela Francisco Loureiro. Segundo

este, o Festival de Dança tem por objetivos «engrandecer e enriquecer o festival de Dança, fomentando

uma relação positiva entre as diversas vertentes de dança e, simultaneamente honrar a dança, cativando

o público».

Casa cheia para ver “A Menina dos cabelos encantados”

O Centro de Congressos da Madeira encheu-se esta semana para assistir ao musical infantil “A Menina

dos Cabelos Encantados”.

Em palco estiveram os 120 alunos do Atelier de Dança Música e Artes que contaram a história do filme da

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Walt Disney, “Entrelaçados”.

Poucos minutos antes do espectáculo, as crianças revelavam grande entusiasmo revendo os passos da

coreografia.

A directora da escola de dança, Vanessa Fernandes, explicou que o espectáculo foi dos maiores que o

Atelier de Dança Música e Artes já realizou, nos seus seis anos de existência. «É o primeiro ano que

temos tantos alunos e, claro que tem outra dimensão, e é também o primeiro ano em que a equipa é

maior, portanto, com mais pessoas a colaborar, foi mais fácil montar o espectáculo», afirmou Vanessa

Fernandes.

O espectáculo teve a duração de 1h20, tendo envolvido alunos desde os três anos de idade, até aos 18

anos, dos cursos livres de dança e de canto, bem como do curso básico de dança.

O musical infantil começou com uma introdução à história, sendo que depois os alunos contaram, através

da dança e da música, a história da princesa “Rapunzel”. O argumento é do filme “Entrelaçados”, mas a

coreografia ficou a cargo da equipa do Atelier de Dança Música e Artes, que agradou aos muitos

espectadores presentes.

Filmes portugueses nos currículos escolares

A nova lei do cinema, aprovada pelo plenário da Assembleia da República na passada sexta-feira, prevê

um plano de cinema para as escolas. À semelhança do Plano Nacional de Leitura, os alunos terão uma

lista de filmes portugueses para ver, noticiou a Rádio Renascença.

Numa altura em que o sector da sétima arte se queixa de paralisia por falta de financiamento e quando o

Instituto do Cinema e do Audiovisual está com uma direcção demissionária, o Secretário de Estado da

Cultura mostra-se confiante com esta nova legislação.

Francisco José Viegas admite que possa fazer ainda alguns ajustes, mas considera que o diploma põe

fim ao subfinanciamento do cinema em Portugal. «Não é só uma lei para o curto prazo, é uma lei que vai

regular as relações de produção exibição, promoção e divulgação do cinema e do audiovisual português.

Acaba com o subfinanciamento crónico do cinema ao mesmo tempo que abre perspetivas para que as

televisões beneficiem dos apoios do Instituto de Cinema e do Audiovisual», afirmou o governante para a

cultura.

A lei foi aprovada no Parlamento com os votos favoráveis dos três maiores partidos; e no essencial

pretende financiar a produção cinematográfica através de uma taxa sobre as receitas de publicidade nas

televisões e nas salas de cinema.

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Museu Etnográfico recupera ofício da tecelagem

“Tecendo fios e sonhos…” é o título da exposição que poderá ser visitada, de 20 de Julho a 9 de

Dezembro, no Museu Etnográfico da Madeira, tendo como objectivo recuperar e revitalizar o ofício da

tecelagem.

Esta iniciativa vai mostrar ao público em geral o resultado de um projecto que foi desenvolvido ao longo

de um ano e que visa «manter viva a arte secular da tecelagem, preservando a tradição e

correspondendo a uma procura cada vez mais exigente, através da rentabilização dos recursos, da

criatividade e da inovação. Promove, igualmente, o encontro entre artesãos que utilizam diferentes

técnicas e matérias-primas, mas cujas obras têm um traço comum: a afirmação da identidade cultural

regional». De acordo ainda com uma nota enviada por este espaço museológico, o Museu Etnográfico da

Madeira propôs à artesã Conceição Pereira um desafio: além de utilizar as tradicionais técnicas da

tecelagem, introduzir novas matérias-primas e criar novas peças. Dessa forma, as peças que vão ser

apresentadas resultam, precisamente, da “fusão” entre a tradição e a inovação, dualidade que permitiu à

artesã “tecer fios e sonhos”, transformando os sonhos em realidade.

A artesã utilizou materiais pouco habituais na conceção de tapetes, nomeadamente ráfia, cordel e sisal,

improvisando novos padrões e, a partir do traje tradicional madeirense, elaborou trajes modernos, em

miniatura.

Tozé Santos planeia novas atuações na Madeira

O cantor Tozé Santos tenciona voltar à Madeira para diversas atuações, novamente com a sua mais

recente aposta, o “Homem dos 7 Instrumentos”.

Conhecido pelos projectos PER7UME, bLUNDER e Zeca Sempre, o artista realizou uma “mini tournée” na

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Região (tendo passado pelo restaurante Bahia do Casino da Madeira, como ilustra a fotografia), entre os

passados dias 30 de Junho a 3 de Julho, e aproveitou para fazer contactos nesse sentido, ainda que os

pormenores estejam a ser ultimados.

Isso mesmo adiantou o próprio, tecendo os maiores elogios aos espetáculos que realizou nos quatro dias

que esteve na ilha: «O que aconteceu nesses dias foi fantástico, na perspetiva de ter dado uma grande

visibilidade e exposição ao nome do projecto, o “Homem dos 7 Instrumentos”. E já na altura deixámos

combinado que voltaríamos muito em breve», explicou.

Tozé Santos refere ainda que o formato do “Homem dos 7 Instrumentos” é passível de ser adaptado,

mediante o espaço onde se apresentar. «Existem outras possibilidades, outras salas que podemos fazer,

adaptando o nosso formato para, por exemplo, toadas mais jazzísticas. Porque existem casas dentro

desse cariz aí na Madeira, que nos cativaram bastante, e que parece que estão interessadas em receber-

nos», avançou.

A vontade de regressar à Região é justificada pelo cantor pelas amizades feitas, ressalvando que, «para

além dos excelentes profissionais que encontrámos na ilha, deixámos também já grandes amigos e

estamos desejosos de repetir a experiência».

Outra novidade, mas para o ano, em Fevereiro, será a visita do cantor à Venezuela, para apresentar o

seu trabalho à comunidade madeirense lá radicada, através da organizadora de eventos, Maria Inês

Vasconcelos.

Uma oportunidade para Tozé Santos tocar os temas mais representativos da carreira e mostrar o projecto

que está a promover atualmente, numa deslocação que o agrada sobremaneira, visto ir ser uma estreia:

«Nunca tive oportunidade de ir à Venezuela e, como tal, aguardo com grande expectativa a possibilidade

de fazer a apresentação do meu trabalho nesse país», afirmou.

RELIGIÃO

Arraiais tradicionais animam sete freguesias da Região este fim-de-semana

No próximo domingo vão realizar-se diversos arraiais em muitas localidades madeirenses

Nas paróquias de São Gonçalo, Santa (freguesia do Porto Moniz), Rosário (na freguesia de São Vicente)

e Santa Cruz será celebrada a festa do Santíssimo Sacramento, que tem a particularidade das procissões

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percorrem itinerários onde são colocados tapetes de flores feitos pelas populações locais.

Na capela do Convento das Irmãs Clarissas, no sítio da Caldeira, Câmara de Lobos será celebrada a

festa de Nossa Senhora da Piedade e na capela da Graça, situada em Machico terá lugar a festa de

Nossa Senhora da Graça.

A paróquia do Campanário estará em destaque no próximo fim-de-semana com a realização da festa do

Espírito Santo que tem uma tradição de grande simbolismo de partilha de bens aos carenciados.

No sábado decorrerão romagens de oferendas que depois serão leiloadas num bazar construído para o

efeito junto à igreja.

A última destas romagens intitula-se dos "pobres" e realiza-se após a celebração da novena e missa

desse sábado.

No domingo, além da celebração religiosa, a divisão da 'mesa dos pobres' pelas famílias mais

carenciadas da freguesia.

Diocese dá prioridade às vocações

As vocações sacerdotais foi um dos temas abordados na recente reunião do Conselho Presbiteral (de

membros representativos do presbitério) com o bispo do Funchal, D. António Carrilho.

Sobre este assunto, «referiu-se que se torna prioritária uma especial atenção às vocações nas

comunidades paroquiais, sensibilizando para elas, acompanhando-as e discernindo-as, de modo a criar

na nossa Diocese uma cultura vocacional que produza frutos no futuro», diz um comunicado do

Secretariado Permanente daquele Conselho.

«Em relação às vocações sacerdotais, deu-se conta que o Seminário Diocesano do Funchal contará com

20 jovens em discernimento vocacional, aqui na diocese e nos seminários do Patriarcado de Lisboa. O

Colégio Missionário do Coração de Jesus, por sua vez, contará com 17 jovens a aprofundar a sua

vocação missionária», lê-se no texto.

Propostas para o próximo ano pastoral

Na reunião foi também abordada «a planificação pastoral para o próximo ano, que no âmbito da

preparação dos 500 anos da criação da Diocese, tem o lema Jesus Cristo caminha connosco e reparte o

Pão.»

«Assim, auscultadas algumas propostas vindas dos arciprestados, apontou-se para um empenho em tudo

o que diz respeito aos sacramentos da Iniciação Cristã, concretamente ao Sacramento da Eucaristia.»

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Neste contexto, chama-se também «a atenção a ter na participação da comunidade cristã na Eucaristia,

na adoração eucarística, na formação dos ministros extraordinários da comunhão, e ainda um especial

cuidado às Confrarias do Santíssimo Sacramento.»

Por outro lado, fez-se o ponto de situação das “comissões de estudo” para a “Renovação das festas e

tradições” e a construção da “Casa sacerdotal.”

Ordenações a 28 de Julho

Quatro novos sacerdotes diocesanos serão ordenados no próximo dia 28 de Julho, na Sé do Funchal.

Trata-se de um «acontecimento de particular significado e importância», disse D. António Carrilho

aquando do anúncio oficial da cerimónia.

Assim, preparam-se para ser ordenados presbíteros:

- Diác. Fábio Rodrigues Ferreira, da paróquia do Jardim da Serra (Câmara de Lobos;

- Diác. Luís Miguel Lira Batista, da paróquia da Calheta;

- Diác. Paulo Sérgio Cunha da Silva, da paróquia de São Francisco Xavier (Calheta);

- Diác. Ronald Alves Vieira, da paróquia do Imaculado Coração de Maria (Funchal).

Entretanto, a anteceder as ordenações, os jovens Diáconos farão a sua “preparação espiritual” através de

um retiro, entre os dias 18 e 23, sob orientação do Pe. Leandro Garcês (dehoniano), director do Colégio

Missionário do Funchal.

Cerca de duas dezenas de padres desde 2000

Nos últimos 12 anos, a nossa Diocese ordenou 18 novos sacerdotes, com um máximo de quatro na

maioria das cerimónias.

Na homilia das ordenações sacerdotais no ano passado (30 de Julho de 2011), o bispo do Funchal

sublinhou a postura “firme” do “ser” sacerdote perante os desafios do seu tempo. «O sacerdote, atento às

necessidades dos homens e da sociedade em que vive, deve manter o mundo desperto para Deus. Deve

ser alguém que está de pé: firme diante das correntes do tempo, firme na verdade, firme no compromisso

pelo bem, disposto a suportar tudo pelo Senhor, até as dificuldades, a solidão e eventuais fracassos»,

referiu, entre outras considerações.

A formação dos “novos presbíteros” fez-se nos Seminários do Funchal e dos Olivais (Lisboa), na Escola

Teológica e na Universidade Católica, e em várias paróquias para o “estágio pastoral”.

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Carmelitas preparam Festa da padroeira

Os Carmelitas Descalços na nossa Diocese estão a celebrar, desde o dia 7, as novenas para a

solenidade de Nossa Senhora do Carmo, com pregação pelo Pe. Daniel Sachipangue.

Natural da cidade do Lubango (na Província angolana de Huíla), fundada por madeirenses nos finais do

século XIX, e da paróquia da Laje, este sacerdote carmelita foi ordenado a 16 de Julho do ano passado e

atualmente vive no Convento de Avessadas, (norte de Portugal). É o primeiro carmelita angolano e está a

preparar-se para fundar no seu país de origem a “primeira comunidade” sob o carisma de Santa Teresa

de Jesus.

Esta semana, o Pe. Daniel está no Funchal para as “novenas do Carmo”, mas «não venho só pelo

trabalho, também por devoção a este povo que muito devo em termos espirituais, aos madeirenses que

construíram na minha terra (Lubango) uma capela em honra Nossa Senhora do Monte e espalharam a

sua devoção com uma grande festa no dia 15 de Agosto», afirmou este.

Quanto à sua vocação carmelita diz que ela foi “alimentada” pelos encontros vocacionais na paróquia e

pela importância que dá ao «silêncio, à oração e contemplação, dados preponderantes para um bom

apostolado», considera.

DESPORTO

Cortes acima dos 20 por cento

A redução no apoio ao Desporto apresenta uma redução superior ao previsto. Em vez dos 15%, o

Governo Regional «foi um pouco mais além e a redução supera, por exemplo, os 20% (entre 22 a

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25%)nas equipas que integram o pote 1/caixa 1», casos das equipas de futebol profissional do Marítimo,

Nacional e União, e das sociedades anónimas do Madeira Andebol masculino e feminino e do CAB-

Madeira masculino, informou Jaime Freitas.

Assim, a distribuição dos dinheiros públicos - já com valores referentes às deslocações aéreas, exames

médicos e estadias é a seguinte:

1 - Competição profissional e SAD: 5,7 milhões euros;

2 - Modalidades coletivas com representação nacional: 1,3 milhões euros;

3 - Modalidades individuais com representação nacional: 700 mil euros;

4 - Competição regional: 1,2 milhões euros

5 - Associações Regionais de Modalidades: 750 mil euros

6 - Desporto para Todos: 150 mil euros;

7 - Eventos: 50 mil euros.

Nesse sentido, o secretário que tutela a pasta do Desporto fez um «apelos aos clubes para um enorme

esforço, de gestão e de procura de outras fontes de financiamento». Disse, no entanto, que as

competições profissionais e as sociedades anónimas (SAD) «têm um peso distinto e um apoio claro» em

relação às restantes, «por tudo o que representam a nível nacional e internacional. São modalidades de

excelência, que projetam o nome da Madeira na Europa e no Mundo», referiu. Por isso, «têm um

tratamento específico, pelo papel que têm na economia da Região e por serem modalidades que têm um

retorno para a economia regional». Depois, de acordo com o governante, «foi dada uma proteção

especial às modalidades coletivas que estão nas competições nacionais», assim como à competição

regional «porque entendemos que tem vindo a ser relegada para 2.º plano. Queremos dar um novo fulgor

ao quadro competitivo regional, até porque é aqui que se enquadra a Formação», frisou Jaime Freitas.

Verbas para os principais emblemas

Em termos de reduções, Marítimo e Nacional vão sofrer cortes na ordem dos 21%, passando a receber

1,785 milhões de euros, na época de 2012/13, quando anteriormente recebiam 2,244 milhões de euros.

Por sua vez, o União passará a receber 840 mil euros, o que representa um corte de 24%, dado que na

anterior subvenção pública recebia 1,122 milhões de euros. Já em relação às equipas masculinas do CAB

e do Madeira SAD, os cortes cifram-se nos 25%, enquanto os femininos do Andebol sofrem uma redução

de cerca de 32% do orçamento da época anterior. O novo Modelo de Apoio ao Desporto da Madeira tem

como base de sustentação a atribuição de subsídios através de créditos, que representam 35 mil euros.

Depois, consoante a importância de cada modalidade, clube e associação é atribuído um “x” número de

créditos. Assim, por exemplo, Marítimo e Nacional têm direito a 51 créditos (35x51), o União a 24 créditos

(24x35), o Madeira SAD masculino e CAB-Madeira masculino a nove créditos (9x35) e Madeira SAD

feminino a 4,5 créditos (35x4,5).

Deste modo, em termos de valores previstos, as verbas a atribuir as três principais clubes são:

Marítimo - 1,785 milhões de euros;

Nacional - 1,785 milhões de euros;

União - 840 mil euros.

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Negociação com a TAP para uma «tarifa especial»

O Princípio da “Continuidade Territorial” que não é cumprido nem respeitado pelo Governo da República

foi, de novo, criticado pelo Executivo madeirense, neste caso por Jaime Freitas. O secretário regional de

Educação explicou que o Governo Central continua «não assumir as suas responsabilidades, pelo que

vamos continuar a lutar para que esta matéria possa reverter a favor do projecto desportivo da Madeira».

«Vamos insistir nesta matéria» do alto custo com as deslocações, garantiu, indicando que o valor

estimado com os custos das passagens representa «cerca de dois milhões de euros», ou seja cerca de

20% do orçamento para o Desporto da Madeira. A fim de fazer face a esta situação, «tomamos a iniciativa

de estabelecer contactos com uma companhia aérea - neste caso com a TAP - de modo a que seja

aplicada uma tarifa especial de Desporto, que seja mais favorável à Madeira», revelou o governante. O

processo negocial com a TAP continua e o Executivo espera apresentar novidades assim que as tenha.

Ao que o JM apurou, o valor base nesta altura está nos 250 euros, mas a redução pode ir até aos 225

euros por passagem aérea. Caso os clubes, associações ou atletas consigam, entretanto, um valor

abaixo dessa tarifa especial poderão também optar por essa solução, «desde que seja sempre mais

vantajoso para o Desporto da Madeira», alertou Jaime Freitas na apresentação do novo Modelo de Apoio.

Majoração em caso de ida à “Europa”

O Modelo de Apoio prevê, ainda, uma majoração (ou acréscimo) de cinco por cento a mais, a todos os

clubes que se tenham classificado e disputem uma competição europeia. É o caso do Marítimo que vai

disputar a Liga Europa em termos de Futebol Profissional.

Uma nova filosofia sempre com ambição

Após vários meses de consulta e de recolha de opiniões, o Governo Regional deu a conhecer as linhas

mestras e objetivos do documento que estabelece o novo Modelo de Apoio ao Desporto da Madeira. O

mesmo é «inovador» e introduz uma «nova dinâmica de sustentabilidade». Numa longa apresentação foi,

na passada quarta-feira à tarde, divulgado o novo Modelo de Apoio do Desporto da Madeira, na presença

do secretário regional de Educação e Recursos Humanos, Jaime Freitas, e do director regional de

Juventude e Desporto, Jorge Carvalho.

«Ao longo do dia 10 de julho apresentámos aos diversos agentes desportivos da Região o Modelo

inovador de apoio ao Desporto da Madeira», começou por dizer o governante, que fez questão de

«prestar uma homenagem e reconhecimento a todo o trabalho desenvolvido ao longo das várias épocas

desportivas» e que se traduziu «no número de representação nacional e internacional o qual é

significativo».

Jaime Freitas lembrou, a propósito, que, em termos proporcionais, a Região tem, hoje em dia, «três vezes

o número de representação nacional, fruto da aposta que foi feita por parte do Governo Regional, nas

últimas décadas», consubstanciadas em mais de 17 mil atletas federados, 26 associações desportivas e

186 clubes. Aposta essa que favoreceu uma «espiral de crescimento», mas que «por dificuldades de

ordem económico-financeira, por todos conhecida, houve a necessidade de um ajustamento, sob pena de

entrarmos numa crise insuperável».

Segundo explicou o responsável, o novo Modelo de Apoio ao Desporto «exige medidas e que tenhamos

um procedimento diferente e adequado aos nossos dias». Ou seja, de acordo com Jaime Freitas, foi

preciso «uma nova filosofia nos apoios ao Desporto, mas sempre com a ambição de conseguir os

resultados, as participações e os êxitos desportivos, tal como até agora».

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No seu entender, foi necessário introduzir «uma nova dinâmica de sustentabilidade», procurando trazer

«um sistema capaz de garantir o apoio ao Desporto na Madeira», sempre em benefício das gerações

futuras, sendo esta «uma preocupação que nos orienta».

Abandono da filosofia do expansionismo

Por outras palavras, «abandonamos a filosofia do expansionismo e o movimento crescente das

modalidades, por impossibilidade financeira», alertando que o Orçamento Regional prevê «a continuação

do apoio aos projectos desportivos», mas em outros moldes. «É com esta verba - 9,6 milhões de euros -

que temos de monopolizar as nossas ações» e disso «demos conhecimento aos agentes do desporto.

Das condicionantes e das opções que foram feitas pelo Governo, mas temos a consciência clara de que

não é com o regulamento que aprovámos e que vai, em breve, entrar em vigor, que se resolvem todos os

problemas», disse Jaime Freitas.

A seu ver, «este é um processo que terá de ser bem interiorizado por todos - técnicos, dirigentes,

gestores - em conjunto, ao mesmo tempo que temos de estar atentos às situações, de modo a sermos

capazes de obter novos êxitos em matéria desportiva». O governante manifestou, ainda, a intenção que o

novo Modelo «entre em vigor em breve, ou seja já na época desportiva 2012/2013» e que espera que

«todos possam compreender esta nova filosofia que estamos a empreender».

Jaime Freitas esteve reunido com agentes desportivos

Os clubes que ficaram inseridos na caixa 1/pote 1 do novo Modelo de Apoio ao Desporto Regional -

Futebol Profissional e SAD (Sociedades Anónimas Desportivas) - estiveram, esta semana, reunidos com

o secretário regional de Educação e Recursos Humanos, Jaime Freitas. Duas horas e meia de reunião,

na secretaria regional de Educação, foi debatida e discutida a proposta do Governo Regional, a ser

implementada a partir de agora e com já efeitos práticos na época 2012/2013. Rui Aves (Nacional), Sérgio

Marote (Marítimo), Jaime Lucas e Arnaldo Barros (União/SAD), Alfredo Mendonça e Marco Willy (Madeira

Andebol SAD), Sandra Rebolo, Francisco Gomes e Ricardo Montes (CAB-Madeira) estiveram na longa

reunião, onde ouviram o secretário que tutela o Desporto apresentar os argumentos quanto ao novo

Modelo de Apoio ao Desporto Regional e debateram alguns dos pontos mais pertinentes do documento.

Rui Alves irá refletir

À saída do encontro, Rui Alves, presidente do Clube Desportivo Nacional, adiantou que «foi-nos

apresentado o Modelo e os montantes possíveis, num quadro que não nos permite ter grande

reivindicação. Saio um pouco triste, em termos de expectativas, e sinto-me impotente para tecer grandes

comentários», revelou. «Não sei o que nos reserva o futuro, mas penso que o Nacional e o Marítimo terão

grandes dificuldades em manter o actual nível competitivo no futebol profissional», aludiu ainda o

dirigente. Para Rui Alves, «vamos pensar que é possível, no futuro, através de um permanente diálogo

com o Governo, se caminhar para uma realidade que terá de ser, forçosamente, diferente». É que,

conforme rematou, «é a realidade que temos agora e tenho de refletir sobre tudo isto»...

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Francisco Gomes aponta especificidades

Já para Francisco Gomes, presidente do Clube Amigos do Basquete (CAB-Madeira), «o documento

apresentado é uma redefinição estratégica de toda a política desportiva da Madeira, que a visa tornar

sustentável, num contexto regional e nacional que é de extrema dificuldade, sem colocar em causa tudo o

que foi alcançado e construído ao longo das últimas décadas». A seu ver, «é um Modelo que tem as suas

especificidades, as quais vão exigir um ajustamento, muito grande, por parte dos clubes e dos demais

agentes desportivos, que terão de encontrar respostas para as reduções significativas e, em alguns

casos, muito significativas ao nível de apoios ao Desporto». O dirigente afirmou, por outro lado, que «por

muito duro e por muito exigente que este modelo seja temos de reconhecer que o Governo está a fazer

tudo o que é possível para estabelecer um Modelo que seja o mais adequado possível à nova realidade

financeira regional. O Governo está com uma missão muito exigente, que é muito sensível e que está a

tentar cumprir». Relativamente à equipa masculina do CAB-Madeira avançou que «está enquadrada na

1.ª caixa de apoio, que não sendo perfeita permitirá continuar com a nossa missão desportiva, com maior

esforço». «Quanto ao Clube e à equipa feminina, estamos incluídos na caixa 2, realidade contra a qual

argumentámos e não encaramos com muito agrado. Consideramos ser injusta, não só devido ao historial

da equipa de Basquetebol do CAB-Madeira, mas também devido ao trabalho que o Clube desenvolve,

essencialmente ao nível da Formação». Segundo explicou, «sendo a Formação a razão de existir o CAB-

Madeira, ela não irá ser afetada com estes cortes, mas será mais difícil e exigente. Iremos encontrar

respostas para encarar os novos desafios com o novo Modelo de Apoio ao Desporto Regional».

Na parte da tarde, ainda na secretaria regional de Educação, uma outra reunião envolveu os agentes das

modalidades coletivas com representação nacional, onde foi explicado os contornos do Modelo.

«Este é o apoio possível»

«Este é o apoio que é possível e preferimos não criar expectativas infundadas». Foi esta a resposta de

Jaime Freitas quando questionado sobre algum descontentamento de clubes e associações. «É preferível

gerir em conjunto o dinheiro que está disponível, na certeza que este é um apoio e que não pretendemos

que seja um financiamento», aludiu ainda o governante, que lembrou que foram ouvidas «centenas de

pessoas, desde dirigentes, a atletas, a investigadores, todos eles com contribuições válidas que

incorporamos no documento». O secretário que tutela o Desporto disse ainda que «todos têm

oportunidade de fazer observações, até porque este não é um Modelo fechado».

Rali Vinho Madeira e Open de Golfe «à parte»

O Rali Vinho Madeira e o Open da Madeira em Golfe (Madeira Islands Open) não integram o novo Modelo

de Apoio ao Desporto da Madeira. Ambos os eventos internacionais ficam «à parte», conforme salientou

Jaime Freitas, pois serão «enquadrados no âmbito dos apoios a serem concedidos pelo Turismo».

Atrasos têm vindo a ser resolvidos

A questão dos atrasos no pagamento ao Desporto também foi abordada por Jaime Freitas. «Essa matéria

- atrasos no pagamento ao Desporto - tem vindo a ser resolvida aos poucos. Temos procedido aos

pagamentos em atraso de forma progressiva, nomeadamente com a normalização dos atrasos relativos

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ao ano em curso (2012)», disse. Quanto aos últimos meses de Abril, Maio e Junho, o governante falou de

dificuldades «em termos administrativos, mas esperamos tratar desse assunto com a máxima brevidade».

No tocante a 2011 e a anos anteriores, o secretário regional lembrou que «o plano de pagamento terá de

ser validado pelo Ministério das Finanças», consoante o que ficou acordo no Plano de Ajustamento

Económico da Região.

Modelo a ser experimentado durante uma época

Depois de garantir que o Modelo de Apoio ao Desporto da Madeira «não é fechado», Jaime Freitas

adiantou que o mesmo «irá ser experimentado durante uma época desportiva (2012/2013), após a qual

iremos analisar se será necessário introduzir alterações». Ou seja, segundo adiantou, «vamos monitorizar

esta situação neste 1.º ano de aplicação do Modelo, de modo a melhorar em termos de futuro».

Participação nacional redefinida

Respondendo à pergunta sobre uma possível diminuição de clubes nos quadros nacionais, Jaime Freitas

salientou que «caberás às associações de modalidade, juntamente com os seus clubes, e com o

montante a ser distribuído, definirem os seus critérios na participação nacional ou na integração dos

quadros competitivos na próxima época (2012/13)».

Porto Santo beneficiado nas viagens

Por via da sua dupla insularidade, os atletas e clubes do Porto Santo «são beneficiados no novo Modelo,

em relação às viagens aéreas e marítimas». Jaime Freitas referiu que «não se justifica um tratamento

diferente» em relação à matéria desportiva.

Nacional apresenta-se

O Nacional apresenta hoje, dia 13 de julho aos seus adeptos e sócios o plantel com que irá enfrentar a

sua 14.ª temporada no escalão principal do futebol português, a 11.ª consecutiva depois de um primeiro

ciclo com três presenças entre 1988 e 1991. No seu historial, a coletividade da Choupana apresenta

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quatro qualificações europeias, duas das quais à custa do quarto lugar final na classificação, em 2003/04

e 2008/09.

O objectivo para 2012/13 está já bem definido: conquistar, de novo, uma posição de acesso à competição

europeia. Para tal, o plantel conta com o importante trunfo de ter realizado uma transição de época

bastante tranquila, não perdendo nenhum dos seus jogadores mais influentes, embora não seja líquido

que tal não possa suceder ainda. Todavia, e para já, a equipa que efetuou um segunda volta de grande

nível em 2011/12 não foi desmantelada e do "núcleo duro" apenas Danielson preferiu o Omónia do

Chipre.

Transitam, então, da época passada Vladan, João Aurélio, Luís Neto, Marçal, Moreno, Claudemir, Mihelic,

Skolnik, Barcellos, Candeias, Edgar Costa, Mateus, Rondon, Keita e Oliver. A estes, juntam-se os

reforços Gottardi, Rui Silva, Tomé, Mexer, Bruno Moreira, Revson, Isael e Miguel Rodrigues.

Para além destes, Jota sobe aos seniores, o mesmo sucedendo com Edgar Abreu que, sendo ainda

júnior, irá trabalhar com o plantel principal, exatamente nas mesmas condições em que se encontra o

guarda-redes Rui Silva. Por seu turno, os jovens Nuno Campos, Diogo Coelho, Sérgio Duarte e Lucas

João, todos ex-juniores, assinaram já contrato profissional e tentam convencer Pedro Caixinha a mantê-

los no plantel.

O grupo alvinegro vai permanecer na Madeira até o próximo dia 24, data em que inicia uma deslocação

para a realização de alguns jogos amigáveis. Primeiro, logo no dia seguinte, em Beja ante o Benfica B, e

depois montando quartel-general em Combrit, na região da Bretanha francesa, com a comitiva a ficar

instalada Hotel Quimper Kerloc'h Gwen, entre os dias 26 deste mês e oito de Agosto. Em terras gaulesas,

do programa fazem parte jogos com o Rennes (dia 28), Combrit (29), Lorient (1), Plabeennecois (3) e

Brestois (4).

Apresentação dos novos equipamentos

O programa da cerimónia desta tarde/noite na Choupana inicia-se com a divulgação da nova marca e

design equipamentos. Segue-se a apresentação dos atletas e os discursos dos presidentes da Direcção

(Rui Alves) e Assembleia-Geral (Miguel de Sousa) bem como do técnico Pedro Caixinha, cabendo ao

capitão Moreno dirigir, em nome do plantel, algumas palavras aos adeptos.

Plantel prosseguiu preparação com mais dois treinos

Já com todo o plantel reunido, incluindo Miguel Rodrigues (ex-Leiria), o Nacional prosseguiu na passada

quinta-feira, à porta fechada, a preparação. Hoje, sexta-feira, apenas terá lugar a apresentação, tendo o

treino matinal sido anulado, e amanhã é dia de duas sessões (10h00 e 18h00). Domingo, após 10 dias

consecutivos de treinos, goza-se a primeira folga.

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Líder “alvinegro” não irá recandidatar-se à presidência do Nacional

Rui Alves confirmou esta quinta-feira que não irá recandidatar-se à presidência do Nacional.

No entanto, o ainda líder dos “alvinegros” vai assumir a gestão do clube até às eleições que deverão

acontecer na segunda semana de Setembro.

As críticas ao novo modelo de apoio ao desporto regional foi uma das razões invocadas para que este

divórcio acontecesse. «Não estamos a falar de uma nova política nem de um novo modelo. Estamos a

falar de um mesmo modelo, em que se atribui nomes a coisas, que basicamente se traduz no modelo que

tínhamos mas agora com reduções a mais num lado e no outro. Um pode chamar caixa, outro copo, eu

chamo jazigo», começou por explicar Rui Alves.

O líder “alvinegro” assegura ainda que é importante estudar-se o fenómeno para entender-se que «o

Nacional e o Marítimo são os clubes que menos custam à Região; melhor, que não custam nada. Se isto

fosse entendido, perceber-se-ia porque não se pode atirar o Nacional e o Marítimo para uma “gaveta”. É

que deslizar perigosamente para fora da competição nacional aí sim, trará custos a breve prazo», garantiu

o líder “alvinegro”.

Outro dos dados lançados por Rui Alves foi a abordagem feita por Carlos Pereira, presidente do Marítimo,

sobre esta matéria, para dizer que neste capítulo e, apesar das divergências pessoais, ambos caminham

lado a lado. «Percebo que o presidente do Marítimo tem um problema adicional que o condiciona do

ponto de vista da abordagem, mas a verdade é que levantou a ponta do véu e, independentemente das

questões pessoais, se percebermos aquilo que está em jogo, vamos também ver que estamos muito

perto nestas questões», fez questão de realçar o líder do Nacional aos jornalistas presentes à porta do

restaurante onde teve lugar a reunião de trabalho.

Rui Alves garante, no entanto, que, apesar de não se recandidatar, a nova temporada desportiva foi

preparada com muito empenho, e que tudo fará para que a mesma seja um sucesso.

«Enquanto responsável farei tudo para que a próxima época seja um êxito mas publicamente vou

transmitir ao próximo candidato que a única forma de sobreviver é abandonar a formação», disse.

Sobre um provável sucessor, de quem tem o perfil traçado, Rui Alves apenas deseja que «faça melhor

que eu mas que tenha esta paixão e o carácter que tive sempre enquanto dirigente», lembrou.

Sobraram ainda críticas do ainda presidente do Nacional ao Município do Funchal a quem acusou de

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estar de costas voltadas para o desporto. «O Funchal e o seu município nada faz em prol da juventude

em matérias desportivas mas essas questões são para discutir em palcos próprios», disse, na

oportunidade.

Quanto ao futuro, Rui Alves diz que o facto de abandonar o clube nesta altura, dá-lhe a possibilidades de,

no futuro da Região, assumir um papel mais ativo em áreas com este tipo de sensibilidade. O dirigente

deixou ainda duras críticas ao secretário com a tutela do desporto, pedindo mesmo a sua demissão.

Estágio dos “alvinegros” em França está definido

Está já definido o programa de estágio do plantel profissional de futebol do C. D. Nacional em França. O

estágio terá lugar entre os dias 26 de Julho e 8 de Agosto, e contempla a realização de pelo menos 5

jogos, estando ainda em aberto a realização de mais uma partida, a 7 de Agosto.

A equipa de Futebol Profissional do C.D. Nacional estará baseada no Hotel “Quimper Kerloc'h Gwen”, em

Combrit - Bretanha.

Assim sendo e conforme já veio a público, os madeirenses partem para França no próximo dia 26 de

Julho mas no dia anterior defrontam o Benfica B em Beja num jogo de solidariedade, cuja receita reverte

a favor da Cercibeja, numa partida que vai ter lugar no Estádio do Complexo Desportivo Fernando

Mamede em Beja pelas 19.00 horas. Trata-se de um jogo de solidariedade cuja receita vai reverter a favor

do Lar Residencial da Cercibeja.

A este jogo, não deverá ser alheio o facto de Pedro Caixinha, treinador do Nacional ser natural de Beja,

daí o jogo particular de solidariedade.

O primeiro jogo dos madeirenses na Bretanha está aprazado para o próximo dia 28 julho e terá lugar no

Ploermel Stadium, precisamente frente ao Stade Rennais, quando o relógio marcar as 18:30.

Um dia depois, será a vez dos “alvinegros” defrontarem a formação do Combrit, no mesmo local, mas

desta vez pelas 19:00.

Após a realização destes dois jogos durante o mês de Julho, os “alvinegros” só voltam a entrar em acção

a 1 de Agosto, mas desta feita defrontando talvez o adversário mais cotado desde estágio, ou seja o FC

Lorient, em partida marcada para as 19:30 no Estádio Concarneau.

Dois dias depois haverá lugar a mais uma partida, desta feita o jogo entre, Stade Plabeennecois vs CD

Nacional a ter lugar no Plabennec Stadium.

A 4 de Agosto próximo acontecerá outra partida de preparação, desta feita frente ao Stade Brestois 29

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pelas 19:30 no Brest Stadium.

Refira-se também que apesar de ainda não haver confirmação oficial, em aberto está ainda a

possibilidade dos madeirenses realizarem mais uma partida, precisamente a 7 de Agosto, mas cujo

adversário ainda se desconhece.

Mexer foi a principal novidade do dia de ontem do Nacional

O internacional moçambicano, Mexer foi a principal novidade do dia de trabalho dos “alvinegros”. O

jogador que chegou à Madeira na segunda-feira só ontem teve oportunidade de trabalhar com os seus

novos companheiros, pois um atraso no voo entre Lisboa e Funchal fez com que o futebolista apenas

pudesse treinar ontem com o restante plantel. Márcio Madeira mantem-se a trabalhar com os restantes

companheiros.

Pouga e Gegé ficam e Adilson avança

O avançado Pouga e o defesa Gegé não fazem parte da lista de jogadores do Marítimo que o técnico

Pedro Martins leva hoje, dia 13 de julho, para estágio competitivo no norte do país.

Os dois jogadores recuperam de lesão e, tratando-se de um estágio que contempla quatro jogos em

apenas seis dias, o treinador “verde-rubro” prefere deixá-los no Funchal a fim de que possam prosseguir o

plano recuperação que visa o restabelecimento de ambos.

Novidade, no entanto, é a inclusão do avançado Adilson, jogador que esteve emprestado na época

passada, tendo regressado, mas com o qual Martins não deverá contar. na época 2012/13.

Para Vila Nova de Gaia, local de concentração dos maritimistas, o treinador decidiu ainda deixar na

Madeira, os jogadores Balú, João Vieira e Fábio Santos, que estiveram a trabalhar com o conjunto

principal, mas que fazem parte da equipa B.

De resto, Pedro Martins enquadrou na viagem os restantes elementos que compõem o plantel, sem mais

novidades.

A equipa parte esta manhã para o Porto, hospeda-se em Gaia e defronta o Feirense (Liga de Honra), às

18h00, em São João de Ver, no campo onde decorrerão também os treinos nos próximos dias.

O grupo de 24 jogadores é composto pelos seguintes nomes: Peçanha, Salin e Ricardo (guarda-redes);

Briguel, João Diogo, Roberge, João Guilherme, Igor Rossi, Luís Olim e Rúben Ferreira (defesas); Rafael

Miranda, João Luiz, Olberdam, Hassan, Rodrigo António, Gonçalo Abreu e Marakis (médios); Heldon,

Danilo Dias, Sami, Rúben Brígido, Fidelis, Adilson e Ibrahim (avançados).

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Danilo pode sair e Roberge também

O avançado “verde-rubro”, Danilo Dias manifestou ontem grande vontade em começar a jogar, apesar de

reconhecer que existe a possibilidade de deixar o clube, ainda antes da época se iniciar.

“Procuro deixar isso (saída) de parte. Sei que existe a possibilidade de sair mas procuro trabalhar bem. É

o Marítimo que me paga e o Pedro Martins que me cobra todos os dias, então tenho de ser profissional e

se acontecer, aí sim vou pensar noutro clube.

Entretanto, ontem, soube-se que o Sporting está a insistir junto do Marítimo na possibilidade de contratar

o defesa francês, Roberge.

Contudo, os “leões” de Alvalade não estão sós na corrida, uma vez que os espanhóis do Corunha e os

franceses do Lyon também estão interessados.

Quatro jogos em seis dias

O Marítimo vai disputar quatro jogos nos próximos seis dias, iniciando a fase competitiva da pré-época,

antes dos dois primeiros jogos oficiais, a 02 e 09 de Agosto, relativos à 3.ª pré-eliminatória da Liga

Europa, cujo sorteio se realiza a 20 de Julho.

A equipa inicia hoje o estágio competitivo no norte do país, defrontando o Feirense, às 18h00, em São

João de Ver.

No domingo (11h00), em Barcelos, os “verde-rubros” jogam frente ao Gil Vicente.

Na terça-feira (17 de Julho), o adversário será a Académica, em partida que terá lugar no Luso, pelas

18h00.

Por último, na quarta-feira (18 de Julho), a equipa enfrenta a Naval 1.º de Maio, em encontro que terá

lugar às 11h00. A equipa regressa ao Funchal nesse mesmo dia à tarde.