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Comunidades piscícolas de interesse comercial do estuário do Arade Centro de Ciências do Mar Centro de Ciências do Mar Jorge M.S. Gonçalves, P. Veiga, D. Machado, F. Oliveira, L. Bentes, P. Monteiro, R. Coelho, M. Ruano, J. Ribeiro & Karim Erzini Metodologia CCMAR/FCMA, Universidade do Algarve, Campus de Gambelas, 8005-139 Faro, Portugal. Contacto: [email protected] Após uma campanha preliminar (Janeiro 2004), que visou verificar o melhor regime de amostragem a utilizar, foram realizadas amostragens mensais entre Fevereiro de 2004 e Abril de 2005, com recurso a vários métodos de amostragem em vários locais do estuário (Figura 1), com o objectivo de abranger um vasto gradiente de salinidade, vários níveis de influência antropogénica e também vários tipos de substrato (arenoso, vasoso e rochoso) (tabela I). O estuário do Rio Arade 1. a) Arrasto de vara b) Tresmalho c) Redinha d) Pushnet ou arrasto de mão e) Murejonas f) Censos visuais Tabela I. – Artes e estratégias de amostragem utilizadas nos habitats do estuário do rio Arade. Método de amostragem Utilizada junto à desembocadura do rio. Captura essencialmente espécies de maiores dimensões, não capturadas por outras artes de pesca. 3 arrastos (200m cada) em cada ponto de amostragem 3 arrastos (30m cada) em cada ponto de amostragem 10 murejonas iscadas com mexilhão (Mytillus spp.) submersas 8-16 horas Peixes Crípticos- 3 transectos (10m X 1m) Peixes Demersais-3 transectos (30m X 4m) 3 lances por ponto de amostragem Tresmalho submerso 8-16 horas Utilizada nos pequenos esteiros de sapal. Utilizada em substrato rochoso, onde não é possível operar com outras artes de pesca. Utilizada nas margens do canal principal. Utilizada em substrato rochoso. Permite a observação e contabilização in situ de espécies não capturadas pelas artes de pesca. Método não destrutivo. Utilizada ao longo do canal principal do estuário. c) Habitat a) d) e) b) f) 3. Objectivos do projecto 2. Endereço internet: http://www.projectoarade.org Projecto co-financiado pela União Europeia Resultados 4. O estuário do Arade está situado na costa sul de Portugal, próximo das povoações de Ferragudo e Portimão, estendendo-se de Norte para Sul (Fig.1). Está classificado como Zona Húmida de Importância Internacional, como biótopo CORINE (Farinha & Trindade, 1994) e a zona a norte da ponte ferroviária faz parte da rede Natura 2000, estando incluída no sítio de interesse comunitário (proposto) do Arade/Odelouca (PTCON0052) (IPS, 2002). Apesar das suas pequenas dimensões (8km de comprimento por largura média <1km), é o segundo maior estuário do Algarve, a seguir ao Guadiana. Recebe água do rio Arade, e das ribeiras de Odelouca e Boina, possuindo uma profundidade média de 6m (IPS, 2002). O presente projecto, intitulado “Recrutamento de espécies piscícolas com interesse comercial no estuário do rio Arade”, teve início em Janeiro de 2004 e teve como principais objectivos: - Caracterizar a estrutura das comunidades piscícolas e a sua distribuição no estuário do rio Arade, com particular ênfase para os estados juvenis de espécies comerciais e para as espécies com estatuto de conservação. - Conhecer as interacções entre os vários parâmetros ambientais estuarinos e a abundância e distribuição dos recursos piscícolas. Nos últimos anos, contrariamente ao que se tem verificado no comércio e turismo da região, as pescas no estuário e nas zonas costeiras adjacentes têm vindo a diminuir. No entanto, alguns pescadores, nomeadamente das comunidades ribeirinhas de Mexilhoeira da Carregação, Ferragudo e Portimão, ainda aqui se dedicam à actividade piscatória. Arrasto Censos visuais Pushnet Redinha Tresmalho Metros Algarve N Figura 1. – Mapa georeferenciado do estuário do Arade, com respectivas zonas de estudo. Ortofotocartas do Instituto Geográfico do Exército. Zona 5 Zona 4 Zona 3 Zona 2 Zona 1 Os resultados obtidos demonstraram uma elevada riqueza do estuário do Arade, tanto em riqueza de espécies como em densidades. Este estuário poderá assim desempenhar um papel potencialmente importante para as pescas locais, principalmente para alguns grupos de elevado valor económico (linguados, sargos, sardinha e biqueirão), nomeadamente nos estados iniciais do seu ciclo de vida. 5. Espécie Nome comum Nº indivíduos Sardina pilchardus (Walbaum, 1792) Sardinha 11789 Diplodus vulgaris (Geoffroy St.Hilaire, 1817) Sargo-safia 2279 Diplodus sargus (Linnaeus, 1758) Sargo-legítimo 774 Engraulis encrasicolus (Linnaeus, 1758) Biqueirão 548 Sarpa salpa (Linnaeus, 1758) Salema 251 Dicentrarchus labrax (Linnaeus, 1758) Robalo 196 Liza aurata (Risso, 1810) Tainha-garrento 195 Mugilidae n.id. Taínhas 161 Spondyliosoma cantharus (Linnaeus, 1758) Choupa 156 Boops boops (Linnaeus, 1758) Boga 152 Diplodus bellottii (Steindachner, 1882) Sargo-do-Senegal 136 Microchirus azevia (Capello, 1867) Azevia 136 Chelon labrosus (Risso, 1827) Tainha-liça 71 Pegusa lascaris (Risso, 1810) Linguado-da-areia 63 Liza ramado (Risso, 1810) Tainha-fataça 60 Anguilla anguilla (Linnaeus, 1758) Enguia 47 Diplodus cervinus (Lowe, 1838) Sargo-veado 47 Mullus surmuletus Linnaeus, 1758 Salmonete-legítimo 41 Chelidonichthys lucernus Linnaeus, 1758 Cabra-cabaço 39 Sparus aurata Linnaeus, 1758 Dourada 32 Solea senegalensis Kaup, 1858 Linguado-branco 27 Scophthalmus rhombus (Linnaeus, 1758) Rodovalho 24 Diplodus puntazzo (Cetti, 1777) Sargo-bicudo 18 Diplodus annularis (Linnaeus, 1758) Mucharra/Sargo-alcorraz 15 Belone belone (Linnaeus, 1761) Peixe-agulha 14 Solea solea (Linnaeus, 1758) Linguado-legítimo 13 Dicologoglossa cuneata (Moreau, 1881) Língua 11 Liza spp. (Risso, 1810) Taínhas 11 Pagellus acarne (Risso, 1826) Besugo 11 Scomber japonicus Houttuyn, 1782 Cavala 11 Conger conger (Linnaeus, 1758) Safio 7 Chelidonichthys lastoviza (Bonnaterre, 1788) Cabra-riscada 6 Scorpaena porcus Linnaeus, 1758 Rascasso-de-pintas 6 Trisopterus luscus (Linnaeus, 1758) Faneca 6 Chelidonichthys obscurus (Bloch & Schneider, 1801) Cabra-de-bandeira 5 Torpedo torpedo (Linnaeus, 1758) Tremelga-de-olhos 5 Raja undulata Lacepede, 1802 Raia-curva 4 Synaptura lusitanica Capello, 1868 Linguado-português 4 Alosa fallax (Lacepède, 1803) Savelha 3 Lithognathus mormyrus (Linnaeus, 1758) Ferreira 3 Raja brachyura Lafont, 1873 Raia-pontuada 3 Pagellus erythrinus (Linnaeus, 1758) Bica 2 Scorpaena notata Rafinesque, 1810 Rascasso-escorpião 2 Sparidae n. id. Esparídeos 2 Bothus podas (Delaroche, 1809) Carta-de-olhos-grandes 1 Liza saliens (Risso, 1810) Tainha-de salto 1 Mugil cephalus Linnaeus, 1758 Taínha-olhalvo 1 Platichthys flesus (Linnaeus, 1758) Solha-das-pedras 1 Raja montagui Fowler, 1910 Raia-manchada 1 Trachurus trachurus (Linnaeus, 1758) Carapau 1 Total interesse comercial 17392 Outros 40144 Total 57536 Conclusões Das outras espécies capturadas, algumas apresentam estatuto de conservação como é o caso dos cavalos-marinhos (Hippocampus spp.) e da savelha (Alosa fallax). Até Setembro de 2004, foram contabilizados um total de 94 espécies de peixes (57536 indivíduos), das quais 48 (17392 ind.) possuem interesse comercial (tabela II). Em todas se verificou a dominância de juvenis, o que enfatiza a importância do estuário como viveiro de peixes, que aqui encontram condições ideais para o seu desenvolvimento. As densidades aumentaram à medida que se subia o estuário, enquanto que com a riqueza específica se verificou o contrário (Figura 2). Estes resultados parecem consistentes com o que geralmente se encontra nestes ambientes, em que as zonas com maior influência marinha são mais ricas em espécies, enquanto as zonas com maior influência estuarina apresentam maiores densidades de peixes. 1897 497 2929 3249 1869 11983 26630 1045 6819 618 0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 Nº indivíduos 1 2 3 4 5 Zona outras interesse comercial 31 24 39 43 28 26 18 20 14 15 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Nº espécies 1 2 3 4 5 Zona outras interesse comercial a) b) Figura 2- Variação do número de espécies (a) e número de indivíduos (b) por zona, no estuário do Arade. Tabela II. – Números totais das espécies de interesse comerciais registadas para estuário do rio Arade, no presente projecto, até Setembro de 2004.

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Comunidades piscícolas de interesse comercial do estuário do Arade

Centro de Ciências do MarCentro de Ciências do Mar

Jorge M.S. Gonçalves, P. Veiga, D. Machado, F. Oliveira, L. Bentes, P. Monteiro, R. Coelho, M. Ruano, J. Ribeiro & Karim Erzini

Metodologia

CCMAR/FCMA, Universidade do Algarve, Campus de Gambelas, 8005-139 Faro, Portugal. Contacto: [email protected]

Após uma campanha preliminar (Janeiro 2004), que visou verificar o melhor regime de amostragem a utilizar, foram realizadas amostragens mensais entre Fevereiro de 2004 e Abril de 2005, com recurso a vários métodos de amostragem em vários locais do estuário (Figura 1), com o objectivo de abranger um vasto gradiente de salinidade, vários níveis de influência antropogénica e também vários tipos de substrato (arenoso, vasoso e rochoso) (tabela I).

O estuário do Rio Arade1.

a) Arrasto de vara

b) Tresmalho

c) Redinha

d) Pushnet ou arrasto de mão

e) Murejonas

f) Censos visuais

Tabela I. – Artes e estratégias de amostragem utilizadas nos habitats do estuário do rio Arade.

Método de amostragem

Utilizada junto à desembocadura do rio. Captura essencialmente espécies de maiores dimensões, não capturadas por outras artes de pesca.

3 arrastos (200m cada) em cada ponto de amostragem

3 arrastos (30m cada) em cada ponto de amostragem

10 murejonas iscadas com mexilhão (Mytillus spp.) submersas 8-16 horas

Peixes Crípticos- 3 transectos (10m X 1m) Peixes Demersais-3 transectos (30m X 4m)

3 lances por ponto de amostragem

Tresmalho submerso 8-16 horas

Utilizada nos pequenos esteiros de sapal.

Utilizada em substrato rochoso, onde não é possível operar com outras artes de pesca.

Utilizada nas margens do canal principal.

Utilizada em substrato rochoso. Permite a observação e contabilização in situ de espécies não capturadas pelas artes de pesca. Método não destrutivo.

Utilizada ao longo do canal principal do estuário.

c)

Habitat

a) d) e)b) f)

3.

Objectivos do projecto2.

Endereço internet: http://www.projectoarade.org

Projecto co-financiado pela União Europeia

Resultados4.

O estuário do Arade está situado na costa sul de Portugal, próximo das povoações de Ferragudo e Portimão, estendendo-se de Norte para Sul (Fig.1). Está classificado como Zona Húmida de Importância Internacional, como biótopo CORINE (Farinha & Trindade, 1994) e a zona a norte da ponte ferroviária faz parte da rede Natura 2000, estando incluída no sítio de interesse comunitário (proposto) do Arade/Odelouca (PTCON0052) (IPS, 2002). Apesar das suas pequenas dimensões (8km de comprimento por largura média <1km), é o segundo maior estuário do Algarve, a seguir ao Guadiana. Recebe água do rio Arade, e das ribeiras de Odelouca e Boina, possuindo uma profundidade média de 6m (IPS, 2002).

O presente projecto, intitulado “Recrutamento de espécies piscícolas com interesse comercial no estuário do rio Arade”, teve início em Janeiro de 2004 e teve como principais objectivos:

- Caracterizar a estrutura das comunidades piscícolas e a sua distribuição no estuário do rio Arade, com particular ênfase para os estados juvenis de espécies comerciais e para as espécies com estatuto de conservação.

- Conhecer as interacções entre os vários parâmetros ambientais estuarinos e a abundância e distribuição dos recursos piscícolas.

Nos últimos anos, contrariamente ao que se tem verificado no comércio e turismo da região, as pescas no estuário e nas zonas costeiras adjacentes têm vindo a diminuir. No entanto, alguns pescadores, nomeadamente das comunidades ribeirinhas de Mexilhoeira da Carregação, Ferragudo e Portimão, ainda aqui se dedicam à actividade piscatória.

Arrasto

Censos visuais

Pushnet

Redinha

Tresmalho

Metros

Algarve N

Figura 1. – Mapa georeferenciado do estuário do Arade, com respectivas zonas de estudo. Ortofotocartas do Instituto Geográfico do Exército.

Zona 5

Zona 4 Zona 3

Zona 2

Zona 1

Os resultados obtidos demonstraram uma elevada riqueza do estuário do Arade, tanto em riqueza de espécies como em densidades. Este estuário poderá assim desempenhar um papel potencialmente importante para as pescas locais, principalmente para alguns grupos de elevado valor económico (linguados, sargos, sardinha e biqueirão), nomeadamente nos estados iniciais do seu ciclo de vida.

5.

Espécie Nome comum Nº indivíduosSardina pilchardus (Walbaum, 1792) Sardinha 11789Diplodus vulgaris (Geoffroy St.Hilaire, 1817) Sargo-safia 2279Diplodus sargus (Linnaeus, 1758) Sargo-legítimo 774Engraulis encrasicolus (Linnaeus, 1758) Biqueirão 548Sarpa salpa (Linnaeus, 1758) Salema 251Dicentrarchus labrax (Linnaeus, 1758) Robalo 196Liza aurata (Risso, 1810) Tainha-garrento 195Mugilidae n.id. Taínhas 161Spondyliosoma cantharus (Linnaeus, 1758) Choupa 156Boops boops (Linnaeus, 1758) Boga 152Diplodus bellottii (Steindachner, 1882) Sargo-do-Senegal 136Microchirus azevia (Capello, 1867) Azevia 136Chelon labrosus (Risso, 1827) Tainha-liça 71Pegusa lascaris (Risso, 1810) Linguado-da-areia 63Liza ramado (Risso, 1810) Tainha-fataça 60Anguilla anguilla (Linnaeus, 1758) Enguia 47Diplodus cervinus (Lowe, 1838) Sargo-veado 47Mullus surmuletus Linnaeus, 1758 Salmonete-legítimo 41Chelidonichthys lucernus Linnaeus, 1758 Cabra-cabaço 39Sparus aurata Linnaeus, 1758 Dourada 32Solea senegalensis Kaup, 1858 Linguado-branco 27Scophthalmus rhombus (Linnaeus, 1758) Rodovalho 24Diplodus puntazzo (Cetti, 1777) Sargo-bicudo 18Diplodus annularis (Linnaeus, 1758) Mucharra/Sargo-alcorraz 15Belone belone (Linnaeus, 1761) Peixe-agulha 14Solea solea (Linnaeus, 1758) Linguado-legítimo 13Dicologoglossa cuneata (Moreau, 1881) Língua 11Liza spp. (Risso, 1810) Taínhas 11Pagellus acarne (Risso, 1826) Besugo 11Scomber japonicus Houttuyn, 1782 Cavala 11Conger conger (Linnaeus, 1758) Safio 7Chelidonichthys lastoviza (Bonnaterre, 1788) Cabra-riscada 6Scorpaena porcus Linnaeus, 1758 Rascasso-de-pintas 6Trisopterus luscus (Linnaeus, 1758) Faneca 6Chelidonichthys obscurus (Bloch & Schneider, 1801) Cabra-de-bandeira 5Torpedo torpedo (Linnaeus, 1758) Tremelga-de-olhos 5Raja undulata Lacepede, 1802 Raia-curva 4Synaptura lusitanica Capello, 1868 Linguado-português 4Alosa fallax (Lacepède, 1803) Savelha 3Lithognathus mormyrus (Linnaeus, 1758) Ferreira 3Raja brachyura Lafont, 1873 Raia-pontuada 3Pagellus erythrinus (Linnaeus, 1758) Bica 2Scorpaena notata Rafinesque, 1810 Rascasso-escorpião 2Sparidae n. id. Esparídeos 2Bothus podas (Delaroche, 1809) Carta-de-olhos-grandes 1Liza saliens (Risso, 1810) Tainha-de salto 1Mugil cephalus Linnaeus, 1758 Taínha-olhalvo 1Platichthys flesus (Linnaeus, 1758) Solha-das-pedras 1Raja montagui Fowler, 1910 Raia-manchada 1Trachurus trachurus (Linnaeus, 1758) Carapau 1Total interesse comercial 17392Outros 40144Total 57536

Conclusões

Das outras espécies capturadas, algumas apresentam estatuto de conservação como é o caso dos cavalos-marinhos (Hippocampus spp.) e da savelha (Alosafallax).

Até Setembro de 2004, foram contabilizados um total de 94 espécies de peixes (57536 indivíduos), das quais 48 (17392 ind.) possuem interesse comercial (tabela II). Em todas se verificou a dominância de juvenis, o que enfatiza a importância do estuário como viveiro de peixes, que aqui encontram condições ideais para o seu desenvolvimento.

As densidades aumentaram à medida que se subia o estuário, enquanto que com a riqueza específica se verificou o contrário (Figura 2). Estes resultados parecem consistentes com o que geralmente se encontra nestes ambientes, em que as zonas com maior influência marinha são mais ricas em espécies, enquanto as zonas com maior influência estuarina apresentam maiores densidades de peixes.

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outras interesse comercial a) b)

Figura 2- Variação do número de espécies (a) e número de indivíduos (b) por zona, no estuário do Arade.

Tabela II. – Números totais das espécies de interesse comerciais registadas para estuário do rio Arade, no presente projecto, até Setembro de 2004.