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Con-fiabilidade de Variáveis Selecionada^s pam umInstrumento sobre o Uso de Drogas entre Estudantes
Adolescentes Trabalhadores e Náo-Trabalhadores da Rede
Estadual de Ensino de Cuiabá. Mato G¡osso, Brasil, 1998.
Delma P. Oliveira cle Souzar; Volney cle Magaltries Cáurara'¿;
Domingos'I'al)aiara Oliveir¿ MafinsJ; .loaquirDG. Valente'
Resumo: Este estLr(k ) teve c(nrx)(tttiv() x elalx)lagliocle run instnünenk ) c( )n'lfxlif) dasv:rrii'rveis demr Hrírficas, (¡ &li!^a)es de tül'rlh( ), (( nsf itr¡ic¡( ) (k ) ni(le( ) f:urrf i¡r, (( )ndi({-)es devi(l¡ e verilic¿rr !r s!¡ír contialriliclircle, irs <¡tr:ris firfti( ) pafie (le Lrnr qLrestk)nirk) de aukFpreencl¡i¡nent() sr tre ( ) us( ) (le dfi Eas entre estlrdlntes a(k )leÍe¡tes. tnrlnlh¿¡<k¡res e ni<>trirl)x lh¡d( )res. l)rÍticip¿üirD cl¿r lxsqu ¡s¿l 275 e'stu(l¡ntei d( ) Ensitu ) PLtndxnent¡l, Médi() eE(lL¡c¡rqri()(le-l()vens e A(lull()s, n¿rtficulild()s n() ¡r't( ) cle 1991J c¡1(llratr() esd )l¿s dd redeest¿rcll¡¡l <le ensino de Cuial)i, MT, lJrasil. Os pr¡rtic¡pi¡nles resp( )rKle|:rln a( ) questi( )nári( ) deauk Fp¡eechilnent( ) eor (l( )is nrrnent( )s dif¿rentes, sep¡rird( ¡j entre si p( )r 2l dir s. l)ara a¡nlilise cla <r rnJi¡llilidacle ck x clrelt s, rrtilia u-¡ie ( ) C,( )eficiente K.rpp.r . Os rqitdadoj olfid<lsti nam c( )r$ider¡(k )s s:rtislirtíri(xi, Lrn.r vez qte fltl,5Totk rsdack>,s npresentar¡¡rürficienteKilpp:l (r nn c( )ft ( natincirs rrciur¡ de 0.61 ( srrl¡*arK ia I ri qrnse lxrfeitr ); 9,r/0 ent¡e 0,414,60(nrxlencl¡ ) e I ,6%' en¡re 0,21{,40 ( liaca ). üxD esses pr( )cedimentos, lirmm olÍiclas asqr lest( )es (lefinitiv¡s d ) (Iresli( mÍ ri( ) (le ¿r ut( )-pricnchimenl( ) ¿r s€r xplicxd( ) eÍr'l um estudop( r.iteri( trPalavras cha\/€s¡ Ad( tescB¡te, esfudxnte, tr.ll)¿rllu r, cr dirlÍlid:rtle, kuppr.
Ab6tract The ( t )ieclive ( )fthis stLr(ly $ as t( ) elalx Erte fiútlrer rrfx )n the rclati\€ in{x)rtance¡ft| rel¡¡l)ility ( )f vuri¡lJe demoglq rhic fuctoni sLrch is errpk )yment, c( nstituti( )n ( fnuclerFhmily a¡(l living c(xr(liti()ns which rre Lrsrd in questionn¡iIe irlx )ut the LNe()f(lruflsingn xr¡rsof ack>lex'ent str.rdents, tlut:rre aml are lrot w<>rking Tlre sarn¡rle grrup was mader¡p ( )f 275 sfLrdents tlut were l)e¡¡inning their púury ;rrul secr nclary sclÍ x t cd!(:rti( m in f()Lrrs('h(x s k )cilted in tlre city ()[Cuial)|, Mat() Grrsv r, Brazil The students pafticip¡ting in thepfi )jr\ct were rske(l t( ) crrmplete the *r me ques'ti( )nftr ire on tw() sep¡ftlte (rclrsi(ns witl't ¿peri( xl ( f 21 (lays l)etwc\:n s.rch (luesti( rurir ire. Reli¡lúity ( ftlrc $rti.Iic¡l drt:| was ckermirrrlLNing tlÉ Klpp.l i¡dex. The ftrsLllts ( t)tained werc (r )nsid(]fe¡cl satistr(tory when {ifl.4yoofthecLirt¡ ltid ¡ Krpp¡ Inclex relial)ility grerter than 0,61 ( sLrl)stdntial ()r nl¡¡r)st perféct), 10,ü/ol)et\"een 0,{ l-0,6C1( ¡r¡ )der.rte) l,670lttween 0,21-0,.,10 (iair). v/irh íris nreth(xl (fstudy we$ erc ¡lie to cletemrine tlÉ reli¡l)ility rlx \[ the vnri!rl)kai in qrtesli( )n. irnd thu.sen:r]te LLs to r.Ítewith c\)nli(len(e dris qresfi( rü]ithe in fr¡ture studiesKey-words: Ack iescürt. $rdents, empk )ynlent, relialility, lhg>a.
I Dr utr nrrrch em *tirde e Anrl)icnte,4n{inrt{ ) de Slí(b C( )letiva/tJFMT - Núclq ) de l)esenv( iviDrent()errSúrde.
'[)ep.trm1t nt( ) de l\'l€<liciftr Pr\enth,x e Nir{r{ ) de Estr(k }.i de S:rride C( )leti\,¡,lI;lU.r Arur de Fllnrr1l(r t( T{iir. Det)t'. dc CGrr.i:N l}isk:ls enr Silride/F¿l(\rklKle deciérx i$ Médi(I|'tlFMT.' I)ep¡n¡ nle|rto de Ep¡dc'ri( ,¡( ,!tit| c Ntét( ú ,s Quunti(ili!{ )s em Sxúde. ENSI' FlOCllLlZ.
¡Jl
Qk l..9tida A )b. V I ), lgD
ttmOrÉo
A confiabilichde de um in-strumento de meclida é a sua caprcidadeem reprocluzir um resultado de forma consistente no fempo e no espagoou de efetuar cor.nparagóes entre diferentes aplicagóes ou diferentesjulgrmentos desse instrumento (Almeida Filho,1989). Entrc xs estrxtéÉlixs
u-sadas, destacr-se oteste-rcte$e, que consiste na aplicrEio do instm¡nentodrusvezes com ¿rs m!'sl1.)as f)esscr¿s ou gnrpos de pessous. Se o instrumentoforconfiável, os participantes deverño manteras mesmas posigóes en.r
ambos os testes (Selltiz et al..7c)76).
Há de ressaltar que nio e.xiste unra concordáncia perfeita para as
medidzsque tmtamdocolltfrrtamento hurnano, ¡rolcontercm um elementode erro, que faz as res¡rosLs mencioruldas flutuarem de unr:r aplicagto plraoutra. Nesse sentido, quanto menor for o componente de enrc, mais altoserá a confi;rbilidade do ¡nstrunento (ftlhiz et a1.,1976).
Embora a grande nraioria da literatura especializada trate deindicadores de confiabiliüde voltados par:r a área da psiquiatria , Klein &C.outinho (19118) s.rlientam que o seu uso n¡o está restrito aos dia¡¡nósticospsiquiátlicos. tendo essinr c.rrjtergenérico.
Dos estrd<x de confiabilidade re¿lizrdos no Bmsil, dest¿rc¿m-se,
entre outros, ¿rqueles sobre : 1) diagnósticos psiqtriátricos, tais como os deAlr¡eida Filho(1Al9I tvlf,in et al.(7lg8ó);C<:urinho e/a./(198); Santllrr|¡(lW );
2) clad<x de For:nulírrios de Autorizrg:io de Intemagiio Hu;pitalar de Ver¿s
& Martins (1994) e 3) urcde drogas de Carlini-CotrtD & Badros.r( I f)3) e ode topes (1!P4).
Embor¿ esses estudos tenham utilizado diferentes estimadoresde confiabilidade, tais como o c<xficiente de Pearson e o de correlaciointra-classe, a nr:rioria empre¡¡ou par:r arrálise o C¡efic-iente Kapp¿ (símbolo"K') que é o procrx.linrento est¿tkico adequado para alaliar¿ corfiabilidadede variáveis otegóric¿s e nominais (C¡hen, 1960; Fleiss, 19tj1; Coutinho etal.,79}j.).
No tocante aos estudos que at¡ordam o uso de drogas napopulagio, seg'unclo Grrlini-C¡rrin-r& Barix.rsa ( 1993), exlstem dificr¡khdesde validarseus instn¡rnentos porque os usuários, n:r n.taioria clasvezes,erondem nraxrsdq;te oomf¡rtanrentoclevicb i s-n ilegrliüde e ao estignraeistente na socieclade. Asautolasaleft¿m pam ¿ qllestio dc setr¿balhar
( túJ 9o,tr ( i14 v I) |r¡Y)
com questionário de autepreenchimento sobre o uso de drogas (náo-
valicl¿rclo), ernlxm rec'or.rrenchdo pela c-onrunidade científict intemacional.Até o momento, tém-se tr¿tado deste impasr nretcxlológico, submetendoo instru mento a um teste-reteste de conl'iabiliclade.
I)entre o.s levantarnentos epidemiológicrx solrre o uso de clro¡¡as
realizados junto ) ¡npulaqio esnrdantil do Fnsino cle lqgr.lu e ? graus, emnível nacion¿l e com o t¡sodo mesmo instrumento, destac¿rm-se, entreor.rtros, os estudos de &rlini{-otrim ¿t¿il(198r,C^r'li'ntet aM 990), G¿ldrózet al.Oy)4),G^ldLtróz a al{1997 ); e,em nível locrl (Município de Cuiabá -Mf), o realizrdo fpr Souza ( 1996).
Essas pesquisas utilizaram um questionário fechaclo, cle auto-preenchimento e sem identficag:io perscr.rl do aluno, que é unzr adaptrgiode Carlini-'Cotrin-r et al.("1989,
^o instÍumento proposto e desenvolvido
pela Organizaq:io Mundial cle Sairde-OMS, do projeto, Research andRepoftiitg Pl'oiect on the ryid.rniolry of'Dtug DEendence(SnÍfi etal,1980). No processo cle aclaptaqiio, este question:lrio foisubmetido a umteste-reteste de confiat¡ilidade, com intervalocle 30 dias, ern trés escolasestaduais do Município de Sio Paulo, sendo que a concorcláncia enhe oteste e o reteste fbi analisada pelo Coeficiente Kappa pam :rs variirveisnonrinais, corn questóes stjle sexo, iclrcle, tnb.rlho, infra-estnrtur¿ s¿rnitiiria
d:r residénci:r doe*ud2nte, sinLleño conjugrl dm ¡xls, nívelde escol¿ridade
dos paise trso de drogas na vida e nos irltimos 12 meses. O resultado daadaptagio foi considerlrdo pelos ar,rtores como s¿ltisf?rtório, pois 6470 dosdaclos apresentaram Coeficiente Kappa acir.r.ur de 0,61 (concordiinciasubstrncial:i quase perfeita) e 36% de 041-0,60 (c'oncorcláncia nroclerada)(Grrlini.Ccnrim & Badrsa, 1993).
O objetivo clo presente estudo fbi elabora¡ e analisar a
confiabiliclade das variáveis: demogrJrficas (raga, religiio, naturalidacle);concligóescle trabalho(identificacio cla condigio do estud¿nte(nuncatralztlhou, trtbalha regularmente, desempr eglclo, faz bicr¡s), hor¿s,/dia etraball.ro, ramo de traball.ro, grau cle satisfaqio e qualiclade closrelacionamentos no tml)alho¡ constitu iqio clo núcleo familiar(comquemrnora, qtralidacle dos relacionamentos far.r.riliar, núrmero de irmáos) ecor.¡diEóes de vida (espolte, lazer, desgaste cle locomogíio de casa paraescola,/tr¡balho), as quais serio acresciclln a outras solrre consumo declrogas, já testadas por Carlini-Cotrim et al.(1989): Carlini et al.(1990),
83
Okl.&t1i(bd lL,t. VI ), 1qD
G¿lduróz et al.(7994), Galclwóz et a/.(1997) em levantamentos com apopulagio estuüntil realiz¿rdos a nível nacional.
Pletencle-se com esse estudo, sllbsidiar a elaltoraqiio de umquestionário definitivo para zi coleta cle daclos ern estudo transversalcomparativo sobre o uso de drogas entre estudantes adolescentestraball.ndores e nio tl alulhadores da rccle estadualcle ensino de Cuial)á-MT, noanode 1998.
Maf€rlalerrúfodm
A estrrtégia de confiabiliclacle adotada no presente traballxl é cr
teste-feteste, o quxlc'onsistir;l na aplicagiiode urn questionllrio de auto-preenchinrcnto em duas <x'¿sioes cliferentes ¡unto a estl¡¿rntes do EnsinoFundamental, Médio e deJovense Adultos ch recle estadualcle ensinodeCuialrá-MT, num inrervalode 2 | dirs.
Estrutufou-se o questionírio, levando-se ern consicleraEio lr
rclaq¡o das perfiuntas com o pdiema central e a integrac{o chs questóes(par¿ que o entrevistado fosse fhciln.rente conduzido dos itens nrais sir.r.rples
¡ram os mais con.rplexos). TamlÉm os itens que eigiam reflexio por partedo respondente, nio for¿m colrr¿dos nem no prindpio e nem no final doinstnlmento, jir ql¡e a fadiga do infomr:rnte gemlmente sllrge depois cle un'rperíoclo de 15 a 25 minutos (Selltiz et a1.7976).
O questionário de c-onfi¿bilidade é composto de quatro pafesreferente as variáveis: (1) clen.rográficas; (2) condiqóes de trabalho; (3)constituilio do núrcleo familiar e (4) condiCóes de vida. Esse instn rl.nentopassou por divemas fases antes de sua versrio final, segundo a metoclologiaproposta por Carlini-Cotrim & Barbosa (1993): a) análise e sugestires deespecialistas da área; b) prin.reira aplicag{o em duas tumns de uma escolada rede esadual; c) avali:rq'zio dos result¿rdos em termos de dificuldacles cte
compreensáo dos estr.rdantes; d) rnoclificagóes do instmnrento medixnte ossubsídios da etapa anterior; e) nova aplicagiio clo instrulentoern cluasturmas dif'erentes; f) modificaCoes finais para soh.rcionar problenusverificados na etapa anteriore g) obtengio do instrumento pam o teste efele$e.
Tendo em vista que a realizaqáo doteste-reteste pressl¡poe Iidentificagio do respondente, trtilizou-se um si-sterna de cócli¡¡o com esvr
Atkl.guLl¿A k4. V1t. lqI)
finalidacle. Esse sistema consisti no ano cle nascirnento do estudante,número du resiclénci¿ e outlo número qua lquer escoll.t ido poreste aluno(na ocasiio do teste). No reteste, a mesrna senhr do teste foi c-olocada pelo
aluno antes do preencl.rimento. Podenclo assiln, fom.ur os pares pafa a
ani ise.
A localizrE-io cla populaEio estr,rdantil da recle estadual de ensino
de Cuiab/r foi obtid¿r irtravés da constnlc¡o de ulncadastro bírsico dasEscol¿s referente ao ano letivo de 1997, com dados sobre o núrmero deesc'olas, de esttrcl¿rntes rvrtricllaclos e cle turm¿rs existentes, os quals foramfornecidos pela Secret¿ria cle Estaclo cla Educaqiio de Mato Grosso.ReflistrolFse uln total de q) escolas, 1.402 tun.nas com61.889 estudantes
n¿rtriculadc¡s no referido ano, h¿vendo assim, uma média de 40 es¡udantes
porturma. Deste total, 22 escolas municipais deixaram de ter convéniocom Estado, 2 localizavam-se fora do perímetro urbano de Cuiali, 1 for¿
extinta, I foi excluída devido ter sido utilizada para as adaptagóes doinstrumento, tohlizando 64 escolas pam o estuclo.
P¿rra cleten.nin¿u o tamanho cla ¿rmostta consideralam-se oscritérios: a) sorteio ale¿tór'io de 4 (quatro) escolas (50%) das 8 (oito)escoLt;s ttáos¡ttt¿zaia.sprra a amomm da pequis.r" btudo epidemiolnpiico dattso de dtr44as enhe e;hdante; adalerettt* halnlharlorc da ruúe e;ndml deensinc¡ de C'uiabá", e b) sorreio aleatório de 4 (quatro) tun.nas por escola.
Chef¡orFse a um tanranho ideal clr ¿nrostm de 4 (quatro) escolas,
16 (dez.esseis) ¡.rrmas e 640 (seiscentos e quarenta) estudantes, conformecaclastro lvírsico fornecido ¡rela Secretaria cle Estado cla Educa(to de MatoGrcsrc, com base r.ro censo escolal de 1997. No entanto, c'ol.n a atualizagiopara o ¿no de 1998, verificou-se a existéncia de apenas 428 estudantesr.natriculados e freqüentes nas escolxs e tunras sorteadas par¿ comporema afflosr¿.
A equipe de aplicrclores do que$ionáriode autcpreenchimentofoi composta por acaclérnicos clos cursos de Medicina, Enfernugem eNutrigio, que fbram submetidos a um treinamento supen'isionado, visandoa unifonnizrgio e minimizrgio clo.s vieses fulerentes ao proces.so da coletados cl¿do.s.
O Coeficiente Kappa foi o procedimento estatístico utilizadop:rra analisara c'onfial.¡iliclade dasvariírveis em estudo (Cohen, 1960). omesr.no consiste na pro¡xxqiio de c<rncordincia entrc duas meclidas, de n
ti5Akl.,9r¡itk'0t&.t. V 1, lYD
obseruaqóes, aÉs ¿ exclusáo clas concordáncias ¿lo acaso, variando demenos 1 ((Dmplcto desac'oldo) a 1 (exato acordo). A fón.r-rula p.rra o círlculodo Kapga é:
K= (po-pe)/ (|-pe) (l)
Onde: po = prrporlio dc conclrdáncia olxervacl¿r
pe = proporgio de concorcláncia esperada
O erro padrio do (K)
EP= po(1-po) (2)
N (1 - po]'
Conr lxse no¡ vulores Kappa, Landis & Koch (1977)desenvolverum seis faixas e atribüosda concordáncia ('IABELA 1), queserio usadas nesse esnlclo.
'l'¿rlrch 1 Grau cle conc-ordáncia cle Acordoc<¡m osvltk rres elococfit iente k:rppu.
' 0$) P"h^
0,00 0.20 Lcvc
0,21 - 0,40 Fraca
0,4' 0.60 Modcrad¡
0.ó | 0.110 Substünci¡l
0.8 | l.o0 Qu¡sc pcrl'cit¿
Fonte: Ad¡prado cls Lanclis & Koch (1977).
A preparaEio ch base dedadosea anírlise cle concordáncla qr-re
foi medida c-ollr o uso cla estatística Kappa c-oln Intelvalo de Confiang:r cle
95o/o,fonnrcali;utcl<x através do Pnrgr¿ma Epi Infb, Vers.i o 6(l)ettn et al.,1994). N¿io forarn efetivados testes de inferenciil estatísticn, devido o fatode o esnrdo objetivaI avaliar apenas a concordáncia clrs r espostas no testee ¡eteste par¿l cada variírvel, senclo qr-re as questoes ref'erentes:i varlirvelconcliqóes cle tr':rbalho ibr.¡nt estrzrtilic'adas segundo fi.rixa etária.
()kl.&airLAtu Vl/.lqj)ri6
Resultados
Da populacrio cstuclada, colnpost¿r por 428 estudantesInatriculaclos no início clr¡ ano letivo cle 1998, 325 estuclantes (76,0%)
participar:rrn da aplicagio c1o teste. Na crasi¿io do r eteste, 21 clias após, 28
estuclantes ¿r lnais estav¿rm presentes nesta f¿rse, con.rponclo 82,570 cla
¿mostr'¿r inicial. N¿t firrm:rgio clos pares parzr a anítlise da concordánci¿r clostestes. verificou-se ur.mr per da cle 26,4(/0 cle que'stionalrios r¡ue nio foramprrcack rs e !,Jt)zrr cle estuclxntes lahrr:im ¿is aulas rxr n¿io se enc'ontmvametrrsala cie aula no nlomento ch aplicng'io clo instftrrncnto emaml)os ostestes.
Ohiveran.rse 275 <¡-restionírdos parerdos (tcste e leteste), con es¡nnclendo:r 64.270 cla rmostra inicial calcul¿rcla (-IABELA 2).
T':rbela 2 Con.rposiq¿io da alnostra clas escolas sorteaclas confbrmeosestudantes n.ntriculaclos eln 19$1, segr:nclo :is f-ases da aplicrrgrio
do ir.rstn¡mento, Cui¡li¡-M'I, 1998.
L*.1"MParcarncnto" Auscntcs" Vál¡dos
N' N"Sofcad¡s
(9ó)
76(70.4)
Escola 2
(n 120)
Escola 3
{¡-ll8)
Escola 4(n..82)
Tot¡l(n 42ri)
96(r.i 1.3)
(0.9)
l4(1,2)
t2(2,9)
(62.0)
8.1
(11 .zJ
17(s7,3)
11(64,2)
215(a|.2
t0(2.3)
40(9.1)
84(70.0)
r00 29(83,3) (6.7)
¡10 22(93,2) (s,r)
61 25(8r,7) (ó.0)
353 r 13
(82.5 (2ó.4)
12.
(88,0)
325(76.0)
jr cstuclrntcs que coll.lp¿lltccr¿r[r em apen:ts umcl<x tcstes" esttrclantcs qlre nio comparcc-erunt ¿r nenhurn dos testesn refere-sc e<> tot:rl cle estr,rclantes cle c:rda escol¿r
Na refi:re-s'e ao nirmerode panicipantes.
As proporgóes p¿rra as qllestóes referentes ¿js v¿riítveisden.rogrírficas sio aprese ntadas na 'fABELA J. Ol;serva-se um¿t alt¿r
ccxrcordáncia, clestacanckrse urn Krppa cle 0,93 para :l rllrest:io relativa )
¡t/
()kl.&ui¿e() kt. V I ) ltlD
natur¿lid:lde, segiida pelas respostas de religiio con.r 0,89 e rag:r com 0,85.Nota-se que os intervalos de confianga for:u.n peqnenos, 2lpontando parauma consist€ncil r.ras que$óes.
Tahla I Concordáncia entre o teste e rcteste para quest&sselecionadas. Cuiabri-MT, 1998.
Qücstóc K¡ppa (k) tc 95%(li ls)
Raea
Rclig¡ao
NaluralidadciN¿sccr¡ cn Cuiabá
Tcmpo rcsidc/Cuiabá
0,79 , 0.91
0,77 - t,00
0,82t.000.68 0.97
0,85
0,89
0,930,83
lC lntewalo de Corfianga
li-ls - limite inferiol e linite suncrior
Na TABELA 4, sio n.tostradas ¿s esti11.]ativ¿rs dos CoeficientesKappa e rcspectivos inteffalos de confi.anga par¡ cada uma üs variáveisselecionachs ¡rar:t o estuclo cl:r varfivel condigóes de tr"¿lrrllio. ds estin¡¿rtivasapresentam-se na faixa consiclerada como substancialou quase per{eita.Nessa mesr.n TABEI-{, verificou-se que, nas questóes solle qr-ral dagiodo estudante com o trabalho, obteve-se um Coeficiente K:rppa cle 0,78,consicler¿do sultst¿rncial, com intervalo cle confianqa ¡rqueno (0,70-0,85),revelando a est¿bilidacle da qtrestio. Quanclo ltuscou-se saberqualeracondigio do estuünte f'rcnte ¿is relagóes sociais cle pnxluq{o, verificou-senas quatrc ¡rrssililidades de oc'on€ncia, um Ktpp¿l variitndo de sllbstznciel(0,61{1,80) a quase pefeita (0,81-1,00). O mesmo ocoflendo pan com asclenrais cluestóes sobre tmly¿lho.
Otu!&rtilao lct. V 1).199g
'lirlrla4 Concorcláncia entre o teste e reteste ret¿rente a questÓes
da variável concligóes de tralv.rlho, Cuial¡¿'r-M].,1998.
Questóes Kappa (k) IC 95(li- ls)
Relagáo do estudante com o trabalho
Nunca trabalhou, apenas estuda
Trabalha regularmente
Desernpregado
Faz bicos
Trabalhou no último ano
Idade comeqou a trabalha¡/fazer bicos
Horas trabalho/bicos por dia
Ramo do trabalho/bico
Satisfagáo com o trabalho
Motivo que levou-o a trabalhar/bicos
Relacionamento/chefia
Relacionamento/colegas/trabalho
Planos de estudo/trabalho
0,78 0,70 - 0,85
0,90 0,73 - 1,00
0,70 0,40 - I,000,89 0,56 - r,00
0,70 0,32 - r,00
0,6'7 0,57 - 0,77
0,82 0,72 - 092
0,'12 0,65 - 0,80
0,76 0,68 - 0,83
0,80 0,71 - 0,89
0;76 0,69 - 0,83
0,70 0,62 - 0;78
0,68 0,60 - 0,76
0,'74 0,65 - 0,84
lC Intervelo cle Confianq2
li ls lirrrtr inlerior e lirritc:rrpt lior
A TABEIA 5 mostra os resultados da estr"tificac¡o d¿ variávelc'ondic(ts cle tmbalho em relaqáo:i faixr e¡1uja. Obselva-se, de modo geral,
que. entre os estr¡clantes com idade até 20 anos, ¿s concorcláncias cl¿rs
questatss sol)le l v¿rrhvel concligóes cle t|lrl r.r lJ ro rrpre.scnLr nrr.r.r vrr lorcs lhppac¡ue vuriaraln cle r.r.roclerada (K = 0,60) e perfeita (K = 1,00). Corr.r rehqioacrs estuci¿rntes da fa ixr eíiú1 acima de 20 an<rs, a variaq:io clas cr-ncordánciasfoi cle firca (K= 0,14) a perf'eita (K = 1,00).
89Qkl.gtilaúld. V1),llD
Tabela 5 Análise esfr¿tificaü sobre a concordáncia entre o teste e oreteste par¿ quest&s da variável condiEóes de trabalho,
segmndo i firixr etírria, Cuiabír- MI', 1998.
Kappa (k)0c 95%)f ls)
Kappa lk)0c 95%)( .lt
Rehfao do esrudante com o lrabalh
Nunca tr¿brlhou
T¡¿balha regulamenre
Deselnpr€gad
Faz bicos
De um ¡no para cá
ldade in¡ciál
Hor¡s/lmbalho/dia
Satisfac¿
lvlori\,o/rrabalhar
Relaciommenlo/chella
Relacjonamenlo/colegas
0,78 (0,? -0.8ó)r.00 (0,82 l,0o)
0,60 (0,2 0.94)
0,89 0.2 0.55)
0,ó7 (0.2 t,00)
0,65 (0,5 0,75)
0.7: (0.5 0,84)
0.72 f0,6 0,80)
0.75 (0,ó7 - 0,81)
0.81 (0.71 - -0.90)
0.75 (0.ó7 0.82)
0,69 {0.ót 0,77)
0,ó9 (0,60- 0.77)
0.55 (02ó 0,84)
r.0o (0,1 - r,00)
t.{}o (0,1 1,00)
t.00 0.t I,0o)
r.00 (0,3 - r,00)
0.8t (0,4 t,00)
o.l4 (0,0 0,59)
0.5ó (0.2 0,92)
0,77 (0,5 t.oo)
0.ól (0.2 0.97)
0.7ó (0..t l.0o)
0,4ó {0,2 0,70)
0.47 (0,t ,0,7ó)
IC Inteffalo de Conlianqa
li-[r - li¡nite ir¡ltrior e linriLc srrpcrior
Quanto ri identifica$o dovíncllo de tr¿ly¿lho, refi:rente a variávelcondigóes de trabalho, os estucl¿ntes até 20 anos apresentrr¿rrr valoresKappa nrais elevadcx ( K = 0,78) do que os estudantes acin-ra de 20 anos (K= 0,55) e com inteñalos de confianga maiores (0,71-0,86 verstrs 0,26-0,84). Porém, quando se ol¡;erya as possibiliüdes em que o estudante se
pocle encontr¿r (nunca tmb¿lhou, tr¿balha, desempregado ou faz bicos),verific'ou-se que <rs nr:risvell.ros (corn idade acinu cle 20 anü;) aprs.ientar¿mru¡a concordincia perfeita (K: 1,00); entrel:rnto, ess¿l mesm:r faira etírria
mostrou uma concordánci¿ fi:rc¿ (K = 0,34) no que se refere i iclacle inicialde in5¡resso no mercaclo de ¡:rly¿lho.
Os result¿dos cLr confial>iliüde das questdes relativasi famfia,segundo relagóes estal-pleciclas (TABELA 6), mostr:rrn que as estil.nltivaspontu¿ris do Kappa fbr¿m l¡o:¿s, variando de moder¿ch (0,41- 0,60) i quase
Olkl.Ski(l¿G l1't. V l).1.D9
¡rrfeita (0,81- 1,00), sendo as concordáncizrs mais altas ¡rara a qnestáocomquem mora (K = 0,88) e núrnreros de irmáos com os uresmos pais (K =0,93). Emlxrra as questóes referente ¿ros relacionamentos intra-familiarapresentemcoeficientes r.n¿ris b¿ixos (Kde 0,59 ) 0,68) em relaE{o isdemaisquestóes sobre farnília, nota-se que os intervalo.s de confianga sáo menores(0,61 - 0,7 4 \ 0,52 - 0,66 0,58 - 0,7 5 : 0,5 4 - 0,7 1), revela ndo que as
estirr.ltivxs &io mzris pfecisas.
Tabel¿ 6 Concorcláncia entre teste e reteste par:l questóes refbrcntes a
variável constitr-rigio do núcleo farnili¿r, Cui¿lyá-M 1,1998.
Rclaciona'ncnto com o pai
Rclacioflamcnlo com a m¡c
Rclacionarncnto cntrc os pais
Rclacionamcnto/parcntcs quc rcs¡dc
lrmAos com os mcsmos pais
Quanlos?
In¡áos somcntc por partc dc pa
Quanlos?
Inn¡os somcntc por patc dc mác
0.68
0,62
0,59
0,66
0.63
0.91
o,76
0,80
0,85
0,81
tc 95%
0,6t , 0,74
0,54 - 0,71
0,52,0,66
0.58 - 0.75
0,51 - 0,75
0.81 , I,00
0,63 , 0,88
0,57 - 1,00
0,73 - 0,97
0,5ó - 1.00Quantoso
Kappa (k)
IC Intewalo cle Confianqa
li-ls-li¡lite infe ore limite superior
A TABEL{ 7 descleve os coeficientes de concordáncia rclativosi variltvel condiEóes de vida. Ol-rseffa-se que as questóes relativas aoten.lpogasto de ida da casa ¿ escola e de c¿rgr aotralralho apresentaramvxlor lQrpfr varixndo de0,76(IC cle 0,67 -O,84) ¿\ 0,ó4 (tCde 0,56-0,71),c'txrsiclemclos sulxtanci:rl, c'om intervalos de confianq; ltaixos, evidenciando
9lO:trl.hti¿lc0 tu. V1) 1W
consisténcia nas mesÍvrs, o mesmo acontecendo p¿r¿ is questóes relativas
ao que faz nas horas de folga (K = 0,67) e f'reqtiéncia da prática de esporte(K = 0,65). No c¿so das questóes solrre tr¿nspoÍe usado para loconrogaode casa i escola e pí¿ticn de ah,um esfrorfe, o Kappa foi de 0,8J 0C cle 0,75
-0,92) e 0,86 (lC de 0,74-0,98), respectivamente, considerados quaseperfeitos e com pequenos intervalos de confianqa.
Tabela 7 Concordáncia para as questóes r elativas i variável c-ondiEdes
de vida, Cuiabá- MT, 1998.
Kappa (k)
Tcmpo gasto dc casa para o imbalho
Transportc usado casa./cscola
O quc faz nas horas dc folgas
Prál¡ca dc algum csporc
Frcqüéncaa da prátic¡ dc csportc
0,ó4
0,83
0,ó?
0,86
0,65
0,56 - 0,?l
0,75 - 0,92
0,60 - 0,75
0.74 - 0,98
0.59 , 0,72
IC Interyalo (le Confiance
li-ls - linúte iñerior e liurite superior
Observ¿ndo toclas as tabelas, nota-se qtre <x resultados ohidosforam considerados satisfatórios, Llm¿l vez que 88,570 clos dadosapresentar¿m Coeficiente l(appa com estimativa de c-oncordáncia acinra de0,61 (substanciali quase pedeita)19,9/o entre 0,41-0,60 (moderada) e
1,6010 entre 0,21 - 0,40 (fraca). Deve-se levaL em consideragio que asquestoes, errr sua totalidade, alérn de apresentarer.n certo grau decomplexidade, tar.r, [Én-r pocleriam estilr suieitas a mtrünqas no intervalo üaplicaqio entre o teste e o r€teste.
Qr.l.&.ti'uleA Ll. VI),l /)r)2
Discr¡ssáo
Segundo Almeida Fitho (1fl19), a finaliclrde básica dos estudosepidemiológicos é determinar indic¿clores de ocorÉncia de doengas maispróximos do rerl o quanto possível. l)aí a in-rportáncia de submeter oi¡rstrumento de colea d¿ dados i mensur:rEto de sua confiabilidade-
Os resultados olfdos neste estudo evidenciaram, cle moclo geral,
boa confiabilicl¿rcle dzrs qtrestóes inerentes ¿is variáveis em discussio,possivehnente clecon ente dos pa*sos metoclológicos adotados os quaispossibilitararn o esclarecimento prévio das possíveis dúvidas de<rrnrpreensio dcrs infomnntes.
É o czso da varihvel demogúfica mga ou cor que, ernbora tenhatido un] Coeficiente IQlppa quase pedeito, foi tr¿balhada consider¿ndo a
classificagiio do IBGE (1991) e as observagóes de Lopes ( 1997) sobre a
fieqiiénci.a cor.r.r que os indivíduos, fenotipic¿mente mais condizentes comruma mqa, identificarn-se como peltencentes a Lun¿l outra. Pereira (1995)
ale¡ta p¿rm ¿ intelpretagio clesta variívelde c'onfundimento, que precisa
ser controlada ¡rara eviLrr clistorc óes.
As questóes relativas i variível condiqóes de trabalhoapresentanm, em ger.rl, crncoxláncias de C¡eficiente Kappa variando desnl¡stancial ¿i moderaü. PoÉm, quando se estr¿tificou-se esta variável emrelaqio a faixr etária, as concordánciasvarirr¿m de fr¿ca a quase prfeita,rcfletindo a c,omplexidade que envolve as quqstóes xirre as rcLr@s:".,.,--ilisde produg:io estabelecidas em nossa sociedacle. Para minimizar essa
dificuldade entre os alunos clas diversas séries escolares e tomá-la o nx¡iscompreensível e padronizada e, sobretudo, evitarviés de seleqio naformaqio dos gm¡ros cle estudo (tr¿b¿tlhadores) e de comparagio (náo-
tntl:rallradores), fomrtrlaram-r qrntro sittnEóes (mrnca tmbalhou, traly¿lh¿r
rc¡¡ulan.uente, desen-tpregzrclo, faz bicos) inercntes i reeliclade do estuclrnteclo contexto eln esfudo.
Foi relevante a utilizaqáo da estratégia de análise estratificada(Rdlmrin, 1986) na-squestóescla variávelc-ondigóc-scletrabalhoemrelagioi faixr etária, poisesta estr¿tégia pennitiu verifica¡ cle fomu mais detalhada,as variagóes clas qllestóes conforme o fator icl¿rcle.
Considenr¿m-se cluas faixas et:irias (até 20 anos e acima de 20anos) tendo em vista que um dos critér'ios para selegio clos grupos de
Qkl.%tide] ü. V I ), 19D
estudo e de col.nparaqio será o estudante ser adolescente. No p:rís, oinstnunento legalvi{iente, o Est¿tuto da Crianea e Adolescente, o qualdefine cono adolescente, a pessoa com l.2 a 18 anos cle idacle (Brasil,
1991). Nesr egudo, será levadoemconsidera$o a classifica$ode Outeiral(1994) com tv¿se na OMS, que subdivide a fase da adolescéncia em tr€smonrentos: (1) a adole;éncia inicial (de dez a quatotze anos), c¿racterizada,trasicanente, pelas tr¿nsfoffnallóes colporais e as alter¿!-óes psíquicrsderivadas destes acontecimentos; (2) a ¿dolescéncia média (de c¿torze a
dezesseis ou dezessete anos); (3) a adolesc€ncia final (de dezesseis oudezessete anos a vinte anos).
As flutuagóes verificadas nas demais questóes sobre trabalho já
er¿mesper:rdas, dadas ¿s c¿r¿cterístic¿sda an-nsúa, conro: a compo;iEio n,sua m.aioria de jovens com pouca ou nenhuma experiénc-ia com o mundodo trabalho; os novos paradigrr.ras do mundo dr¡ trabalho centr¿do nasnovas tecnolo5lias nicroeletrónicas (Antunes, 1997) que emerflen en]adequagioda proclu$o lógicr do nlercado, conrc tanrlÉm, as questóes quetr¿t¿m de relac'ionamentos no ¿mbiente de trabalho que envolvem o c¡n]poü afetiviclrde.
No tocante is questóes pert inentes ¿ variírvel constitr-rig:io clonúcleo famliar, embora <x coeficientes de confiabilidade das mesnras seja msatisfatórios, observa-se que as questóes relativ¿s aos relacionamentos inter-familiares apresent¿m menores valores Kappa, variando de moder¿da asubsf¡nci¿1.
Esses ñrsult¿lclos e$eo explicados na abordagem que Beren*eins(1138) faz sobre a organizagio farniliar depois de nlortes, divórcicx e novoscásamentos, caracterizada por mud¿nE¿s estruturais e ampliaqóes otrmoclificagóes notamanho e relaqóes do grupo familiar, bem corno naspafticulafidades culturais, económicas e políticas exprcssas em práticascotidianas que defineme integam<x diferentes ¡rapéis de cada cofi.rponentefámiliar. Istosugerea existéncia cle noclilicagóes c,onsrrntes no seiofamiliardeüdolvariedadeclasrelagóes e*rbele,cidas.
Com relaqáo ) variírvel condiqóes cle vida, as questóes sobrepíatica de esporte, transporte utilizado de c¿sa :i escola, tempo gasto decasa ) ex-ola, ve ficaram-se lx,¡ns Coeficiente l{appa, corn interualos deconfianga pequenos, eviclenci:rndo lxra plecis¡o n¿s resfJost¿rs. Atril)Lli-se
ALl."¿i,lPt.14 n I t tq:a
esse rcslllt:lclo a cefta rctina inerente ri vidx clo infbnmnte. como o meio detnnslx)rte rts:rclo, c¡re ol)tc\,'t: um Cneficierle Klpp.r quase perféito, o nresmoocomenclo pam a pútica cle espone, tiovalorizach no rnundo jovem.
GtLr rcs*tltalc¡re ot¿urunho clt nmosf:r chida niocrrmprometeuo cstr.lclo eln tel¿, tencloemvista o prr:¡blerna da evasioescd¿f, xs faltas islnlas e o esqnecirnento clo infbrnunte cle sua senh:r. Nio foi possívelrccaptllriu a(lueles estuclrntes quc paÍicipanm de a¡rnas umdostestes,deviclo aos criférios met(xloló!¡icos lrclotaclos.
Fin¡hncnte. o ta1¡anhod¿ amost¡a deste estuclo nio clif'ere dotttif iz:tcf<r p<rr Carlini t4 al.(1<)89), quc crn cstudo similarcle unu anostraplewiste cle 321 paricipantes, obteve 60/o clc <¡uestionírdos res¡xrndiclos noteste e retestc.
C¡m ly.rse ncrs rcsultadrx. evidencia-se que as questóes elrlnradase utilizaclrs s¿]o confiáveis na sua eplic.rgio, cleconentes p<xsivelmente dosp:rsscxi metcxlolóflicrls aclotados antes clr construqiro do r¡.restionírrio, llemctllno clo treiftrmentoeaccxn¡r.nhamentoclo; apliclclorc:s, qr,te fxlisibiiitanmo escl¿lrecimento próvio clas possíveis dúviclas de comprccnsiro closiúorn riurtcs.
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