Conceitos FundamentaisAULA 1 – GEOGRAFIA. PROF. DIEGO MOREIRA

Geografia

1) Para que serve a Geografia?

buscar conhecer melhor o mundo e obter informações a seu

respeito;

entender os processos relativos à dinâmica da natureza e dassociedades, bem como as relações entre ambos;

estimular o exercício da cidadania.

Geografia: isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra.

Yves Lacoste

1) Para que serve a Geografia

Os estudos geográficos são feitos a partir de habilidades cognitivas

como: observar, descrever, comparar, interpretar, analisar, avaliar,

deduzir, compreender, estabelecer hipóteses, generalizar, sintetizare prever, etc.

Ao buscar entender o espaço geográfico desenvolvemos

competências específicas que fortalecem e ampliam acapacidade de nos situar e atuar em um mundo complexo e

dinâmico, desenvolvendo um espírito crítico e propositivo.

1) Para que serve a Geografia

Propomos aqui um conjunto de procedimentos que incluem o uso

de conceitos geográficos e categorias de análise para focar

aspectos distintos do espaço, de acordo com alguns critérioscomparativos.

Categorias de análise: a forma, a função, a estrutura, os processos,

os fixos, os fluxos, a escala de abrangência, o arranjo espacial, adiversidade de elementos, a estabilidade, o significado, etc.

Conceitos geográficos: paisagem, lugar, região, território, fronteira,redes ou natureza

2) Conceitos fundamentais

Espaço Geográfico

É o espaço construído através da transformação do mundo pelo

homem (sociedades, culturas, trabalho, política, etc.) a partir da

sua relação com os elementos naturais (águas, relevo, clima, etc.)

e artificiais (prédios, atividades produtivas, logística de transporte ede energia, etc.).

Espaço dialético: “Primeira Natureza” – espaço natural. “Segunda

Natureza” – espaço produzido.

Espaço Vital: expressa as necessidades territoriais de uma

sociedade em função do seu desenvolvimento tecnológico, dototal de população e dos recursos naturais.

2) Conceitos fundamentais

Sítio ou local

Trata-se da localização absoluta do terreno sobre o qual o espaço

está organizado. Quando descrevemos um sítio informamos alocalização, características naturais e/ou as criadas pelo homem.

2) Conceitos fundamentais

Posição geográfica

Trata-se da localização relativa, ou seja, a situação de

determinado objeto espacial em relação a outros elementosespaciais.

A B

2) Conceitos fundamentais

Paisagem

Espaço percebido objetivamente pelos sentidos físicos. Ao

descrever ou analisar uma paisagem, buscamos enumerar o maisobjetivamente possível esses elementos. a descrição de uma

paisagem costuma ser influenciada pela interpretação dos

sujeitos, sejam eles individuais ou coletivos.

Barra da Tijuca

vista do Itanhangá

Foto: Diego

Moreira

2) Conceitos fundamentais

Lugar

Parte do espaço que possui uma identidade subjetiva, construída

a partir das trajetórias pessoais dos indivíduos. “Campo damaterialização das experiências vividas que ligam o homem ao

mundo e às pessoas, e que despertam os sentimentos de

identidade e de pertencimento no indivíduo”.

Ver: O conceito de Lugar

2) Conceitos fundamentais

Região

Parte do espaço delimitado a partir de critérios objetivos pré-

estabelecidos. Os critérios podem ser naturais, culturais,

socioeconômicas ou funcionais. O termo região está ligado a doisprincípios fundamentais: o de localização e o de extensão de

certo fato ou fenômeno.

2) Conceitos fundamentais

Território

Espaço submetido e/ou organizado por algum tipo de poder ou

influência de alguém. Os limites territoriais constituem fronteiras,que podem ser precisas ou difusas, dependendo das

características do território.

Ver: O conceito de Território

2) Conceitos fundamentais

Redes

Conjunto entrelaçado de linhas que convergem em nós e formam

malhas, como num tecido. O termo pode ser usado por analogiaquando nos referimos a redes de transportes, redes urbanas, redes

de comunicações ou redes de atividades em geral, inclusive redes

sociais.

2) Conceitos fundamentais

Natureza

Engloba características relacionadas aos aspectos físicos, químicos

e biológicos do espaço que antecedem a ação humana.

Elementos naturais podem ser considerados como recurso (algo

a ser aproveitado em benefício humano), ou como sujeito (algocuja existência não está relacionada às necessidades ou

interesses humanos).

2) Conceitos fundamentais

Sociedade

Conjunto de indivíduos que interagem entre si, compartilhando

contingências, costumes, perspectivas, situações, interesses, instituições, cultura, etc., numa comunidade.

3) Categorias de análise espacial

Formas

Elementos concretos existentes no espaço, tais como formas de

relevo, formas de construção, formas de cultivar a terra, formas deorganização produtiva. As formas se manifestam em várias

escalas, arranjos espaciais e com funções distintas.

3) Categorias de análise espacial

Função

Papel, atividade ou ação exercidas pelos elementos do espaço.

Como quase tudo em Geografia, a função é algo que pode mudar com o tempo.

Rugosidades:

Elementos espaciais

originados em

momentos anteriores

que persistem na

atualidade porém

re-funcionalizados.

3) Categorias de análise espacial

Arranjo espacial

Modo como os elementos do espaço estão dispostos uns em

relação aos outros, ou seja, como estão distribuídosespacialmente.

3) Categorias de análise espacial

Estrutura

Modo como os elementos espaciais estão organizados uns em

relação aos outros, tendo em vista as funções que uns têm em relação aos demais dentro da organização geral do espaço.

3) Categorias de análise espacial

Processo

Categoria relacionada à dinâmica dos elementos do espaço

tendo em vista seu movimento, modificações, evolução e ações ao longo do tempo.

LARGO DA CARIOCA - 1608

LARGO DA CARIOCA - 1650

LARGO DA CARIOCA - 1723

LARGO DA CARIOCA - 1824

LARGO DA CARIOCA - 1909

LARGO DA CARIOCA - 1956

LARGO DA CARIOCA - 1999

3) Categorias de análise espacial

Fixos

Elementos que estão concretamente situados no espaço

geográfico, tais como cultivos, cidades, florestas, prédios,montanhas, indústrias, estradas, etc.

3) Categorias de análise espacial

Fluxos

Resultam do movimento dos elementos espaciais, sejam eles

elementos materiais (tais como pessoas, veículos, mercadorias, etc.), sejam eles elementos imateriais (tais como informação).

Ver: Globalização - Fluxos e Fixos - Diego Moreira

3) Categorias de análise espacial

Escala geográfica

Trata da abrangência da análise espacial. Pode-se analisar o

espaço numa escala com maior nível de detalhe (o comércio emuma rua ou um deslizamento numa encosta) ou usar escalas

espaciais em níveis mais abrangentes (regional, nacional einternacional).

Pode ser usada para Tempo e Tema.

3) Categorias de análise espacial

Significado

Valor ou interpretação atribuído aos elementos do espaço

geográfico pelos indivíduos ou grupos sociais. Trata-se de umacategoria que introduz a subjetividade na análise geográfica, uma

vez que depende da percepção ou opinião de quem analisa o

espaço.

3) Categorias de análise espacial

Estabilidade

Capacidade do espaço geográfico de manter seu padrão geral

de organização e sua identidade, mesmo quando submetido adistúrbios que alterem temporariamente suas características.

4) Expressões culturais

Cultura

conjunto de características sociais, estéticas, linguísticas,

comportamentais, religiosas etc. O teatro, a música, a culinária, alíngua, a arquitetura, as crenças, a moral, os costumes e hábitos, o

legado intelectual etc.

4) Expressões culturais

Nação

Povo cujos elementos componentes trazem consigo as mesmas

características étnicas, ou não, e se mantêm unidos pelos hábitos,tradições, religião, língua e consciência nacional, podendo ser

definido, portanto, como uma comunidade política.

Uma nação pode ou não formar um estado nacional.

.

4) Expressões culturais

Estado

“Conjunto das instituições (governo, forças armadas, funcionalismo

público etc.) que controlam e administram uma nação”. Ou ainda:“um país soberano, com estrutura própria e politicamente organizado”.

(Houaiss)

4) Expressões culturais

Estado

“Conjunto das instituições (governo, forças armadas, funcionalismo

público etc.) que controlam e administram uma nação”. Ou ainda:“um país soberano, com estrutura própria e politicamente organizado”.

(Houaiss)

Segundo Thomas Hobbes a sociedade necessita de uma autoridade à

qual todos os membros devem render o suficiente da sua liberdadenatural, de modo que a autoridade possa garantir a paz interna e a

defesa comum. O soberano, quem fosse, seria O Leviatã.

4) Expressões culturais

Estado

“Conjunto das instituições (governo, forças armadas, funcionalismo

público etc.) que controlam e administram uma nação”. Ou ainda:“um país soberano, com estrutura própria e politicamente organizado”.

(Houaiss)

Segundo Thomas Hobbes a sociedade necessita de uma autoridade à

qual todos os membros devem render o suficiente da sua liberdadenatural, de modo que a autoridade possa garantir a paz interna e a

defesa comum. O soberano, quem fosse, seria O Leviatã.

Para Rousseau, o Contrato Social é um acordo entre indivíduos para se

criar uma sociedade. É um pacto de associação, não de submissão.

4) Expressões culturais

Estado

“Conjunto das instituições (governo, forças armadas, funcionalismopúblico etc.) que controlam e administram uma nação”. Ou ainda:“um país soberano, com estrutura própria e politicamente organizado”.(Houaiss)

Segundo Thomas Hobbes a sociedade necessita de uma autoridade àqual todos os membros devem render o suficiente da sua liberdadenatural, de modo que a autoridade possa garantir a paz interna e adefesa comum. O soberano, quem fosse, seria O Leviatã.

Para Rousseau, o Contrato Social é um acordo entre indivíduos para secriar uma sociedade. É um pacto de associação, não de submissão.

Já Max Weber afirma que o Estado seria “uma entidade que reivindicao monopólio do uso legítimo da força física”, ou seja, o poder de coagiros cidadãos legalmente.

4) Expressões culturais

Multiculturalismo

Doutrina que defende a valorização da diversidade das culturashumanas e enfatiza a discriminação sofrida por grupos étnico-culturais minoritários, lutando para que essas culturas singularessejam amparadas e protegidas pela lei.

"o pluralismo cultural não abarca necessariamente a política detratamento em pé de igualdade das diferentes culturas que seencontram num dado território geográfico. Ao contrário, omulticulturalismo tende necessariamente a reconhecer aigualdade de valor intrínseco de cada cultura".

Jacques D’Adesky

4) Expressões culturais

Alteridade

Respeito coletivo às diferenças culturais, étnicas ou religiosas,

ideia presente na maioria das Constituições Nacionais vigentes noplaneta.

5) Articulações da sociedade civil

Legislação e preconceito no Brasil

“O preconceito étnico certamente não foi resolvido no Brasil, mas o modode vivenciá-lo é, há muito tempo, o mais avançado do mundo”.

Massimo Canevacci

A mestiçagem brasileira, tradicionalmente vista pelas elites dirigentes dopaís como um traço de inferioridade, foi convertida em valor positivo denossa sociedade. Obra fundamental para esse processo foi o livro “Casagrande e senzala”, do sociólogo Gilberto Freire.

A criminalização do racismo no Brasil (Lei Afonso Arinos, 1951) e os aparatosjurídicos que criaram a igualdade entre todos os cidadãos perante a Leiforjou um mito da democracia racial.

Nesse sentido, a democracia racial não existe mas talvez possa serinterpretada como um ideal a ser alcançado pela sociedade brasileira.

5) Articulações da sociedade civil

Os três setores

Primeiro setor: Estado

Segundo setor: Capital e iniciatva privada

Terceiro setor: Sociedade civil.

ONG’s, Movimentos sociais, Sindicatos etc.

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