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O ENSINO DO TEMA ADITIVO QUÍMICOS COM O APOIO DE MAPAS CONCEITUAIS E FLUXOGRAMAS NA SÉTIMA SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL
Rejane Maria Pirola dos Santos¹ [email protected]
Sandro Aparecido dos Santos² [email protected]
RESUMO
O presente artigo apresenta uma proposta de como conscientizar os alunos da sétima série do Ensino Fundamental a respeito dos possíveis danos à saúde, causados por aditivos químicos utilizados pela indústria alimentícia, contemplando uma aprendizagem significativa e dinâmica do conteúdo. Para atingir o objetivo, foram utilizados rótulos dos alimentos e experiências no laboratório com alguns alimentos por eles consumidos. Para planejamento e avaliação, foram utilizadas estratégias de ensino, como os mapas conceituais, fluxogramas e diagramas ADI. Com isso, acreditase que se está ensinando o que faz sentido na formação do cidadão, conectando o conhecimento à vida e fazendo que o educando tenha condições de entender o mundo à sua volta e melhorar sua qualidade de vida.
Palavraschave: Conceito de Aditivos Químicos. Rótulos. Mapas Conceituais. Fluxogramas. Diagrama ADI.
ABSTRACT
This paper presents a proposal of how to educate students from seventh grade on the possible health hazards of chemical additives used by the food industry, addressing a significant learning and dynamic content. To achieve the goal we use food labels and experiments in the laboratory with some foods they consume. For planning and evaluation were used teaching strategies such as concept maps, flowcharts and diagrams ADI. Thus we believe that we are teaching which makes sense in the formation of citizen connecting knowledge to life by making the student a position to understand the world around them and improve their quality of life.
Keywords: Concept of chemical additives. Labels. Concept maps. Flowcharts. Diagram ADI.
1 Professora de Ciências do Ensino Fundamental da rede pública do Estado do Paraná, Núcleo de Pato Branco, participante do Programa de Desenvolvimento Educacional PDE. 2 Doutor em Ensino de ciências e Professor do Departamento de Física da UNICENTRO – Guarapuava – PR, Coordenador do Projeto IDEC. Desenvolve projetos na área de Ensino de Ciências.
I. INTRODUÇÃO
Uma das prováveis causas de problemas de saúde da população pode estar
no consumo exagerado de alimentos industrializados que, com a correria do dia a
dia, se tornou mais prático e cômodo. Os alimentos são produzidos e conservados
por meio de substâncias químicas denominadas aditivos químicos.
Sabese que o uso dos aditivos químicos na produção e conservação dos
alimentos se tornou indispensável, porém, necessitase inteirar dos malefícios e
benefícios desse tipo de alimento.
No Brasil, o uso de aditivos químicos é regulamentado pelos Decretos
nº.55.871, de 26 de março de 1965, atualizado em 16 de maio de 1971 e nº.
63.526, de 4 de abril de 1968,e por resoluções da CNNPA (Comissão Nacional de
Normas e Padrões para Alimentos).
Um novo modo de pensar dos consumidores, no entanto, está na
preservação do meio ambiente e manutenção da saúde, por isso, muitos
consumidores estão preferindo alimentos orgânicos, os quais são cultivados sem o
uso de pesticidas convencionais, fertilizantes artificiais ou dejetos humanos, além
de serem processados sem radiação ionizadora ou aditivos.
Hipócrates (apud Doralt, 2008) já dizia que “as doenças atacam as pessoas
não como um raio em céu azul, mas são conseqüências de contínuos erros contra
a natureza”. Como se pode perceber a preocupação com relação alimentação x
saúde é antiga.
Sabese que uma alimentação baseada numa dieta saudável proporciona
uma vida com qualidade e mais duradoura, no entanto, hoje “[...] praticamente não
existem alimentos que não contenham aditivos químicos, seja por adição direta
para melhorar o alimento (essências, corantes, vitaminas, sais minerais) ou
acidentalmente, por contaminação”. (BOBLIO E BOBLIO, 2001, p.131).
A Organização Mundial da Saúde assume que nenhum ser humano será
totalmente saudável ou totalmente doente. Ao longo da existência, o homem vive
em condições de saúde ou doença, dependendo principalmente da sua
alimentação.
Nessas condições, considerandose que a clientela da escola pública, na
sua maioria, vem de classe média baixa e que muitas vezes a escola é o único
local de busca de conhecimento e melhor qualidade de vida, é que se propôs a
presente pesquisa. Afinal, é dever também da escola usar de todos os meios para
formar cidadãos conscientes da importância de uma dieta saudável na prevenção
da saúde.
A humanidade dispõe de conhecimentos científicos e tecnológicos que
podem melhorar a qualidade de vida em muitos aspectos, mas ainda encontrase
desinformada dos possíveis prejuízos causados pelos aditivos químicos usados
nos alimentos.
Percebese que os jovens e adolescentes estão perdendo o hábito de
estudar e realizar as tarefas que são solicitadas na escola, com isso enfrentam
dificuldades em aprender determinados assuntos. É o caso, por exemplo, da
importância de se conhecer, com certo grau de profundidade, o tema “Aditivos
Químicos”, pois se sabe da importância desse conhecimento para o nosso
cotidiano.
As Diretrizes Curriculares de Ciências (PARANÁ, 2008) contemplam dentro
do conteúdo estruturante Sistemas Biológicos, o eixo das doenças relacionadas
aos seres vivos que, neste projeto, está se referindo aos aditivos químicos que
possivelmente causem prejuízos à saúde do ser humano.
A realização deste projeto de pesquisa iniciouse com uma investigação
juntos aos educandos, sobre as suas preferências alimentares, para começar a
ensinar sobre os aditivos químicos na alimentação industrializada. O conteúdo foi
explicado por meio de dos mapas conceituais e fluxogramas.
Com o intuito de proporcionar um melhor aprendizado, trabalhouse com
mapas conceituais, que são diagramas que indicam relações entre conceitos e que
têm, como objetivo, apresentar a organização conceitual de uma aula, unidade de
ensino ou tema. (MOREIRA, 2006).
Prosseguindo com o processo de conscientização dos educandos, a escola,
possui uma horta, propiciou aos educandos cultivarem hortaliças com adubação
orgânica, utilizando recursos naturais. As hortaliças serviram para incrementar a
merenda escolar, assim como para formar o hábito de consumilas.
Objetivando a saúde e a participação dos pais em no projeto, fizeramse,
ainda, com que os educandos cultivassem na sua casa uma pequena horta no
jardim e, aqueles que moram em apartamentos, podiam cultiválas em vasos ou
outros recipientes, dependendo da criatividade de cada um.
Com essa proposta, esperavase que os educandos e a comunidade
iniciassem um processo de conscientização e preservação da saúde e do meio
ambiente, pois quando se olha um rótulo de qualquer alimento industrializado
sempre aparecem letras miúdas que parecem “misteriosas” siglas, parecendo
querer se “esconder” nessas embalagens. Na verdade, são nomenclaturas técnicas
para compostos químicos denominados aditivos. Porém, muitas vezes, as pessoas
não se dão conta da real informação contida nessas embalagens e, inúmeras
vezes, em sala de aula, não se revelam ao aluno a devida importância desse
conhecimento.
Assim sendo, perguntase: Será que o uso de mapas conceituais e
fluxograma podem melhorar o processo de ensinoaprendizagem e conscientizar
os educandos sobre os possíveis perigos, para a saúde, dos aditivos químicos
utilizados no preparo dos alimentos industrializados?
Procurouse responder esta questão trabalhando a conscientização dos
educandos através da leitura e interpretação dos rótulos de alguns alimentos
industrializados escolhidos por eles, com o intuito de formar cidadãos conscientes
da importância de uma alimentação saudável para melhorar a qualidade de vida, e
para a valorização da dieta natural. Aliados a isso, foram usados os mapas
conceituais e os fluxogramas, como instrumentos de apoio no processo ensino
aprendizagem, e o diagrama ADI (Atividades Demonstrativo–Interativas), como
instrumento de planejamento.
Com o conhecimento adquirido, os estudantes podem ter condições de
posicionarse de maneira crítica, responsável, construtiva e com discernimento,
sobre os diferentes hábitos alimentares existentes, sabendo escolher corretamente
seus alimentos ou tentar reformular seus próprios hábitos alimentares.
II. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. Aditivos Químicos
Desde os primórdios da humanidade, o homem utilizase de métodos para
conservar os seus alimentos evitando o desperdício. No princípio, ainda com
poucos recursos ele utilizava o cozimento (carne cozida na gordura) ou salgamento
(exemplo: charque ou carne de sol).
Hoje, com as novas tecnologias, o homem, além de utilizar a geladeira o
freezer e a pasteurização, utiliza substâncias químicas que preservam o alimento
durante muito mais tempo, além de realçar o sabor, a cor, o aroma a consistência
destes. Faz uso, ainda, da irradiação com raios gama, que destroem as bactérias e
prolongam a vida útil dos alimentos.
A irradiação, uma tecnologia antiga, pouco utilizada ainda no Brasil, é
regulamentada pela Resolução RDC nº. 21 de 26/01/2001. Ela permite a irradiação
de qualquer alimento, respeitadas as condições das doses máximas absorvidas
pelos alimentos. A maior vantagem do processo de irradiação, segundo estudo
efetuados, está nas poucas alterações que provoca nos componentes dos
alimentos. Ela é muito utilizada em hospitais e laboratórios para a esterilização de
seringas e recipientes para coleta de sangue e urina. As bolsas de sangue
coletadas, também sofrem a irradiação; com isso, diminui a quantidade de linfócitos
T do sangue do doador, diminuindo o risco de rejeição. A Revista Globo Rural
(2008, p.18) apresenta de um aparelho denominado Fotorreator, inventado pelo
pesquisador Antônio Garbin, sendo este de baixo custo e que pode destruir os
resíduos de pesticidas da água por meio da irradiação ultravioleta.
Importante hoje, destacar, que se estuda, a hipótese de alguns dos aditivos
químicos dos alimentos industrializados aumentarem a incidência de alguns tipos
de câncer, dentre outras doenças graves. Bontempo (1985) apresenta sérias
denúncias sobre os aditivos químicos utilizados no preparo dos alimentos
industrializados. No prefácio de seu livro, ele afirma “[...] estarmos sendo vítimas de
um crime de genocídio, silencioso e progressivo no espaço e no tempo, cujos
autores deviam ser julgados por um novo tribunal de Nuremberg”.
Bontempo (1985) ainda afirma que “[...] o leitor consciente, finda a leitura da
obra, por certo se livrará das ‘sete taças da ira’ (Apocalipse, 16:1) aprendendo a
preservar a própria saúde e a de seus familiares e pacientes”. Além das denúncias,
no entanto, ele apresenta também soluções e caminhos para uma alimentação
alternativa.
Bontempo em um de seus artigos afirma que o açúcar pode “ser um vilão
causador de muitas doenças e que todos os dias está de uma forma ou de outra
esta em nossa dieta alimentar.” O açúcar branco é o resultado de um processo
químico que retira da garapa a sacarose branca e adiciona produtos químicos –
desconhecidos em sua maioria , sendo que aditivos como clarificantes,
antiumectantes, precipitadores e conservantes pertencem a grupos químicos
sintéticos muitas vezes cancerígenos e sempre danosos à saúde. Podemos dizer
que o açúcar é descalcificante, dismineralizante, desvitaminante e empobrecedor
metabólico. “O açúcar não é “alimento”, mas um poderoso “antinutriente”, um
grande ladrão.” (BONTEMPO, 1985 pág. 86,87).
Ele ainda acrescenta: “A célula de defesa de uma pessoa que não usa
açúcar é capaz de destruir cerca de 14 bactérias invasoras, ao passo que se essa
mesma pessoa ingerir 24 colherinhas rasas de açúcar branco o seu leucócito é
capaz de destruir apenas uma bactéria” (BOMPTEMPO, 1985, pág. 91).
Segundo Fitzgerald (2008, p. 75),
“[...] o consumo de aditivos alimentares sintéticos utilizados na forma de corantes, flovorizantes e conservantes – presentes em todos os tipos de alimentos processados – aumenta as chanches de as crianças se tornarem hiperativas e desenvolverem o distúrbio de déficit de atenção (DDA). Vários estudos demonstraram que a retirada de alimentos que contêm corantes sintéticos da dieta das crianças faz com que sua hiperatividade diminua sensivelmente. Outros padrões de comportamento relacionados ao consumo de aditivos alimentares sintéticos são dificuldades para concentrar a atenção por muito tempo, inquietação, irritabilidade, agressividade e excitabilidade. Ainda mais do que os refrigerantes, a maioria dos sucos artificiais com sabores de frutas (especialmente aqueles preparados em pó, para serem diluídos em água) é composto de substâncias químicas sintéticas que podem desencadear distúrbios de comportamento.
Os professores sabem o quanto é difícil trabalhar com crianças que não
conseguem se concentrar, são hiperativas e agressivas, e sempre se perguntam o
que está acontecendo com eles e com as crianças. Lidase diariamente com
dificuldades e dilemas que podem ser amenizados se tomando o devido cuidado
com a alimentação. Como consumidores, se têm responsabilidades pela melhoria
ambiental através das escolhas e comportamentos. Sabese que a propaganda
pode levar crianças e adolescentes à prática de hábitos alimentares pouco
saudáveis. Isso acontece porque eles ainda não têm uma mentalidade bem
desenvolvida, nem a capacidade de ver o que está por trás da propaganda. Por
isso, procurouse, com este projeto, conscientizar essas crianças e adolescentes
contra todas essas “armadilhas” diárias.
No Brasil, a Lei nº. 2.312, de 03 de setembro de 1954, regulamenta as
normas gerais sobre a defesa e proteção da saúde. Essa lei, em seu art. 1º, afirma
que é dever do Estado, bem como da família, defender e proteger a saúde do
indivíduo. Ela também garante rede de esgoto, a coleta, o transporte e o destino
final do lixo que deverão ser processados em condições que não tragam danos à
saúde e ao bem estar público. O Decreto nº. 55.871, de 26 de março de 1965,
modifica o Decreto nº. 50.040, de 24 de janeiro de 1961, referente a normas
reguladoras do emprego de aditivos para alimentos, alterado pelo Decreto nº. 691,
de 13 de março de 1962. Nesse Decreto, o art. 2º afirma “considerase aditivo para
alimento a substância intencionalmente adicionada ao mesmo com a finalidade de
conservar, intensificar ou modificar suas propriedades, desde que não prejudique
seu valor nutritivo”.
A Portaria nº. 02 – DINAL/MS, de 28 de janeiro de 1987, exclui o corante
Amarelo Ácido ou Amarelo Sólido, Azul Indantreno ou Azul de Alizarina, Laranja
GGN, Vermelho Sólido e Escarlate GN para uso em alimentos porque as
informações toxicológicas sobre eles, usadas como aditivos químicos, são
insuficientes para uma avaliação do grau de risco toxicológico, especialmente
quanto ao metabolismo, efeitos sobre a reprodução, embriotoxidade,
carcinogenicidade, mutagenicidade e teratogenicidade. Sendo que a ausência
dessas informações toxicológicas representa risco potencial à saúde pública.
Visto que o ambiente escolar é um local de disseminação de informações,
trabalhouse neste projeto a horta na escola, de forma a estimular as práticas
escolares mais dinâmicas, prazerosas e contextualizadas com a realidade social
dos educandos. Com isso, pretendiase contribuir para a consciência de que a
alimentação errada dos últimos anos tem contribuído para o aparecimento de
várias doenças como diabetes, hipertensão arterial, obesidade, além da
desnutrição. Outra finalidade deste trabalho é intervir na cultura alimentar e
nutricional dos educandos da faixa etária de 7 a 14 anos.
2.2. Aprendizagem Significativa e Mapas Conceituais
“O fator isolado mais importante que influencia a aprendizagem é aquilo que
o aprendiz já conhece. Descubra o que ele sabe e baseie nisso os seus
ensinamentos.” (Ausubel et al., 1980). Na sua teoria, Ausubel (1982) apresenta uma aprendizagem que tenha
como ambiente uma comunicação eficaz, respeite e conduza o aluno a imaginarse
como parte integrante desse novo conhecimento através de elos, de termos
familiares a ele. Através da participação pessoal do aluno na aquisição de
conhecimentos, de maneira que ele não seja uma repetição ou cópia dos
formulados pelo professor ou pelo livro texto, mas uma reelaboração pessoal. O
educador pode diminuir a distância entre a teoria e a prática na escola,
capacitandose a uma linguagem que ao mesmo tempo desafie e leve o aluno a
refletir e sonhar, conhecendo a sua realidade e os seus anseios.
Para Ausubel, a aquisição, por parte do aluno, de um conhecimento claro,
estável e organizado é mais do que o principal objetivo do ensino em sala de aula
ou a principal variável dependente usada na avaliação da eficácia do ensino, pois,
uma vez adquirido, esse conhecimento passa a ser o principal fator a influenciar a
aquisição de novos conhecimentos na mesma área. (Moreira, et al.1987, p.17) Para que a aprendizagem seja facilitada, é necessário que os conceitos
sejam apresentados de forma organizada ao aluno, contemplandose as suas
relações. Para isso, Novak (1981) e Moreira (2006) sugerem o uso de mapas
conceituais.
Para esses pesquisadores, o processo de construção de um mapa
conceitual é mais importante que o produto, pois ele envolve o desenvolvimento do
senso crítico e da criatividade, uma reflexão e tomada de consciência sobre o que
realmente se sabe ou se compreendeu, e a busca de uma maneira sintetizada de
expressar esse conhecimento.
Por isso, o professor deve ser paciencioso na sua implementação, tanto com
o educando, que se acostuma a uma nova maneira de pensar e externar o
conhecimento, quanto com seus colegas de trabalho, que podem não ver muito
sentido no uso dessa técnica. Ele deve ter a confiança de estar oferecendo uma
ferramenta de ensino/aprendizagem poderosa, consolidada mundialmente por
pesquisas feitas em todos os níveis educacionais que, com seu uso apropriado e
embasado nos princípios teóricos, poderá trazer aos seus educandos muitos
benefícios tanto em sua vida profissional, quanto em sua vida pessoal.
Novak (2003) afirma que os mapas conceituais só devem ser usados para
avaliar se já tiverem sido usados para ensinar. Isto é, os exercícios avaliativos
devem propor atividades já familiares aos educandos, desenvolvidas em sala de
aula. Eles não devem apresentar nada de novo para que os educandos possam
ocuparse em produzir conhecimento, ao invés de empenharem seu tempo na
compreensão da atividade. Durante o curso dos trabalhos, o professor poderá ter
introduzido atividades embasadas mais na avaliação formativa e qualitativa ou em
exercícios centrados mais na avaliação somativa e quantitativa. Contudo, alguns
cuidados devem ser tomados para não se usar mapas conceituais apenas para
avaliação somativa, pois esse tipo de avaliação deixa de explorar os benefícios
cognitivos desse recurso pedagógico e os de um feedback construtivo, bem como pode gerar frustração no aluno, enfraquecendo assim “sua confiança no
mapeamento conceitual”. (COLON, 2004)
Com o intuito de proporcionar uma aprendizagem significativa, trabalhouse,
neste projeto, com mapas conceituais, que são diagramas que indicam relações
entre conceitos e que têm como objetivo, apresentar a organização conceitual de
uma aula, unidade de ensino ou tema. (MOREIRA, 2006).
Os mapas conceituais foram usados como estratégias de ensino, para
facilitarem a aprendizagem. Em relação à utilidade de uso, para Moreira (1986,
p.18), os mapas conceituais podem ser utilizados nas seguintes situações que
envolvem o processo educacional:
_ Pelo professor, na organização da análise de conteúdo – o mapa conceitual pode
ser utilizado como guia de aplicação de uma aula ou parte dela, de um módulo
específico ou de um curso inteiro.
Pelo aluno, para a promoção da aprendizagem significativa – o mapa conceitual
pode ser usado para demonstrar relações hierárquicas entre conceitos seja de uma
unidade de estudo seja de toda a disciplina. “São representações concisas das
estruturas conceituais que estão sendo ensinadas e procuram facilitar a
aprendizagem significativa (em contraposição às aprendizagens mecânicas,
automática, memorística) dessas estruturas”.
Como instrumento de avaliação – usado para verificar como o aluno está
relacionando e situando em um contexto geral os diversos conceitos de seu
aprendizado.
Segundo Moreira (2006), é importante que o mapa conceitual seja um
instrumento capaz de evidenciar significados atribuídos a conceitos e relações
entre conceitos no contexto de um corpo de conhecimentos, de uma disciplina, de
uma matéria de ensino. Por exemplo, se o indivíduo que faz um mapa, seja ele, por
exemplo, professor ou aluno, une dois conceitos, através de uma linha, ele deve
ser capaz de explicar o significado da relação que vê entre esses conceitos. Mapas
conceituais devem ser explicados por quem faz o mapa; ao explicálo, a pessoa
externaliza significados. Mapas conceituais são instrumentos que podem levar as
profundas modificações na maneira de ensinar, de avaliar e de aprender. Utilizálos
em toda sua potencialidade, implica atribuir novos significados aos conceitos de
ensino, aprendizagem e avaliação.
Ainda com a intenção de melhor planejar e organizar os conhecimentos que
serão informados aos educandos, Santos (2008) sugere o diagrama ADI
(Atividades DemonstrativoInterativas). Esse diagrama auxilia o professor e os
educandos em suas atividades. Tratase de um instrumento com estrutura
semelhante ao V de Gowin, porém com fim específico, ou seja, para fins didático
pedagógicos. Tem como finalidades, o planejamento, a abordagem e a avaliação
da aprendizagem (Santos, 2008, p.160).
O diagrama ADI, segundo Santos (2008), é um instrumento que se enquadra
perfeitamente no fenômeno educativo atual, e que, quando convenientemente
usado, poderá contribuir de modo decisivo facilita a aprendizagem significativa.
Dentre as principais vantagens e características do diagrama ADI, observadas até o momento, durante as aplicações e usos desse instrumento, podese evidenciar as que seguem: • tratase de um instrumento com estrutura semelhante ao V de Gowin, porém com
fim específico, ou seja, para fins didáticopedagógicos. • tem como finalidades o planejamento, a abordagem e a avaliação da
aprendizagem. • elaborado para o uso tanto de professores quanto de alunos no desenvolvimento de
atividades colaborativas. • seu uso pelos professores sugere um planejamento de atividades adequado ao
nível cognitivo do aluno. • por parte dos alunos proporciona uma maior interatividade professoraluno e aluno
atividade. • na sua abordagem, o professor pode usálo como forma de um organizador prévio. • substitui os incansáveis relatórios (que não são recomendados no nível básico) de
aulas experimentais. • proporciona a quem usa uma visão do todo, pois se tem sempre a mão as
interações existentes entre a parte central e os lados esquerdo e direito. • deve estar sempre associado a um mapa conceitual.
O diagrama ADI foi idealizado com o objetivo de apoiar o planejamento, o desenvolvimento e a avaliação das atividades colaborativas que são propostas nas aulas de ciências do nível fundamental, mas ele pode ser usado em outros níveis de ensino. Sua estrutura sugere um grande exercício de planejamento para o professor e um grande exercício de desenvolvimento cognitivo para o aluno, porque ele terá autonomia para suas tomadas de decisão e conclusões ( Santos, 2008, p.p.160161).
Outro instrumento de apoio são os Fluxogramas, um tipo de diagrama que
usa símbolos préestabelecidos, mostrando as relações das informações do
conteúdo a ser trabalhado e conta com a participação de todos os envolvidos no
processo ensinoaprendizagem. Na Figura 1, mostraremos um exemplo simples de
fluxograma, e, no Apêndice 1, encontrase um exemplo de planejamento de
atividade feito com o uso do diagrama ADI.
Figura 1: Exemplo de Fluxograma (Moreira, 2006).
III. METODOLOGIA:
O projeto foi implementado no primeiro semestre de 2008 no Colégio
Estadual de Pato Branco, Ensino Fundamental, Médio, Profissional e Normal, no
bairro Jardim Primavera, município de Pato Branco, com educandos da sétima série
do Ensino Fundamental.
No segundo semestre de 2008, para subsidiar as aulas de implementação
do projeto elaborouse um Caderno Pedagógico contemplando conteúdos como: ler
os rótulos dos alimentos, informações sobre os valores nutricionais, prazo de
validade, aditivos químicos e seus possíveis danos à saúde. Mais precisamente, no
dia 30/03/2009, aplicouse o préteste sobre as preferências alimentares, as
questões específicas e o questionário socioeconômico.
Fluxograma
É:• Bidimensional e unidirecional; • Organizacional processual; • Seqüencial em fases: início, fim e
pontos de tomadas de decisão; • Utilizase de símbolos indicativos de
ações
Terminal: Início e término do processo
Processo: cálculo ou manuseio de dados
Dados: troca de dados – entrada e saída
Decisão: comparativo entre dois valores – SIM e Não
Alimentos
Valor Nutricional
Valores KCal
Tipos de Alimentos
Valor Nutricional
Bom para o indivíduo
sim Ruim para o indivíduo
não
Boa alimentação sim
não
A intervenção em sala de aula se deu com quatro turmas de sétima série da
escola, sendo duas turmas de controle e duas turmas de experimental, em que o
projeto de intervenção sobre os aditivos químicos com o uso de mapas conceituais e
fluxogramas.
No primeiro semestre de 2009, trabalhouse o conteúdo sobre os alimentos
que se encontrava no livro didático dos educandos e foram realizadas experiências
de laboratório, dentre elas a experiência relativa a observação do amido e a
proteína dos alimentos. Nessa experiência para verificar a presença de amido os
educandos trouxeram uma pequena porção dos alimentos como pão, feijão,
macarrão, arroz, batata inglesa, biscoitos, salgadinhos, farinha de milho, farinha de
trigo, farinha de mandioca, entre outros. Separaramse os alimentos em um
recipiente e se pingou algumas gotas da solução fraca de iodo. O resultado
esperado era o de aparecer a cor violeta para confirmar a presença de amido no
alimento.
Foi realizada, também, a experiência sobre como identificar as proteínas
numa matéria orgânica, através de reações coloridas, o que dependeu dos
aminoácidos (desdobramento de uma proteína) que estão presentes na molécula
da proteína. Nessa experiência, procurouse identificar a albumina, proteína
encontrada na clara do ovo. Utilizouse tubo de ensaio com estante, clara de ovo,
solução de hidróxido de sódio e solução fraca de sulfato de cobre. Colocouse, em
um tubo de ensaio, um pouco de clara de ovo e sobre ela se pingaram algumas
gotas da solução de hidróxido de sódio. Depois, acrescentaramse algumas gotas
da solução de sulfato de cobre. Agitouse o conteúdo do tubo de ensaio e
observouse uma coloração violeta que indica a presença de proteína albumina na
clara do ovo.
Como os educandos já conheciam a primeira parte do conteúdo sobre os
alimentos, o trabalho foi iniciado com o conteúdo planejado no Caderno
Pedagógico como material de apoio, levando o educando ao conhecimento do
assunto e despertando sua consciência para a questão alimentar. Depois de
aplicado o material didático pedagógico, com as informações pertinentes ao
assunto, convocouse os estudantes para coletarem alguns rótulos dos alimentos
consumidos em suas casas. Com o material em mãos, eles manusearam e
analisaram os aspectos nutricionais e químicos. Em um segundo momento, os
educandos coletaram figuras de vários tipos de alimentos em revistas, internet,
etc..., para a confecção do painel (Apêndice 3), que na realidade seria um resumo
do que prenderam sobre os aditivos químicos e seus possíveis prejuízos para a
saúde. O painel, feito com o tecido TNT, medindo 2,5m de altura por 4m de
comprimento , ficou exposto na escola por aproximadamente um mês. Receberam
se muitas visitas e admiração por parte dos educandos, pais, professores e
funcionários da escola.
Num terceiro momento, os educandos foram encaminhados até a horta da
escola com a finalidade de cultivála. Lá plantaram as sementes e esperaram
alguns dias até o momento de fazer o transplante para os canteiros definitivos.
Como tarefa eles também deveriam cultivar uma horta em casa. Alguns
educandos comentaram que após a experiência já tinham colhido os frutos da sua
horta (Apêndice 2). A avaliação do projeto se deu também na forma de relatórios,
fotos das hortas cultivadas em casa pelos educandos. As fotos são encontradas no
Apêndice 4.
Finalmente, foi aplicado o pósteste e, de posse dos dados coletados,
iniciouse a análise e discussão que se apresenta a seguir.
IV. RESULTADOS
Por meio da análise das respostas obtidas no questionário socioeconômico,
respondido pelos educandos, pôdese observar que a maioria dos pais possui o
Ensino Médio completo e poucos são graduados no Ensino Superior.
A maior parte dos educandos vive com os pais, em casa própria; são
moradores de diversos bairros da zona urbana no município de Pato Branco e têm
acesso à rede de água e esgoto. A residência desses educandos se localiza num
raio de cinco quilômetros do colégio e grande parte deles vai a pé para a aula; os
demais se utilizam de transportes variados como carro da família, coletivo público,
transporte escolar particular. O gasto mensal das famílias que utilizam o serviço de
transporte escolar privado, com a locomoção dos filhos, varia de R$ 40,00 a R$
200,00.
A ocupação profissional dos pais é bastante variada, dentre eles encontram
se microempresários, autônomos, profissionais liberais, empregados, funcionários
públicos e agricultores. A maioria declarou ter uma renda mensal acima de 5
(cinco) salários mínimos e terem o hábito de assistir televisão como principal
atividade de lazer, seguida da prática de esporte e da leitura.
Questionados sobre o horário estabelecido para o estudo em casa, uma
pequena parcela de estudantes respondeu que tem um momento prédeterminado,
enquanto outros só fazem as tarefas solicitadas pela escola e estudam somente
quando o professor marca avaliação.
Um número significativo de educandos tem como objetivo principal, ao
cursar o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, a preparação para o vestibular e a
busca de conhecimento que garantam um bom emprego no futuro.
4.1. Análise Qualitativa
A construção do painel aconteceu logo após a apresentação e o estudo do
caderno pedagógico sobre os possíveis danos à saúde dos aditivos químicos
utilizados na alimentação industrializadas (Apêndice 7). Com a participação dos
educandos da sétima série do Ensino Fundamental, os quais pesquisaram figuras
dos mais variados alimentos, para posterior utilização no painel sobre os aditivos
químicos(Apêndice 3). O painel foi elaborado com a ajuda dos educandos mais
experientes em informática.
Muitos educandos, pais, funcionários paravam para ler as informações
contidas no painel. Inclusive um policial da Patrulha Escolar, que também leu o
painel, comentou que conhecia o assunto e sempre deu preferência a alimentos
naturais.
Para auxiliar no combate de possíveis efeitos dos aditivos químicos
(Apêndice 6) resolveuse incentivar os educandos a cultivar a horta da escola, com
o intuito de melhor a qualidade de vida através de uma alimentação natural e
saudável. Muitos educandos se dispuseram a comparecer na escola, em turno
contrário, para ajudar e, hoje, a merenda escolar já conta com as verduras e
temperos cultivados nessa horta. Da mesma forma, cultivaram uma pequena horta
em casa com o auxílio dos pais, os quais, em grande parte, participaram
ativamente com os filhos na construção de sua pequena horta, uma vez que a
iniciativa melhoraria a alimentação familiar.
Um dos estudantes, que estava com o rótulo de um caldo de carne,
exclamou: “Quanta gordura neste caldo, professora!”. Outro observou a presença
do glutamato monossódico no tempero pronto que sua mãe usava diariamente.
Nessa mesma ocasião, uma colega professora comentou que seu filho, estudante
de sétima série, começou a ler os rótulos dos alimentos e comentava com o irmão
mais novo o que tinha aprendido sobre o assunto.
4.2. Análise Quantitativa
Para se compreender melhor a pesquisa e o projeto realizado, analisarseá,
neste item, os resultados do préteste e do pósteste, realizados pelos educandos
da sétima série do Ensino Fundamental, sobre as questões específicas do assunto
abordado, em relação às turmas controle e experimental.
1) Quais os métodos que você conhece de conservação de alimentos?
No préteste, 38% dos educandos responderam que conheciam a geladeira
e o freezer, 18% ainda acrescentaram o salgamento e 15% responderam que a
conservação do alimento também se dava em deixar os alimentos em local
arejado.
Já no pósteste, 76% dos educandos apontaram à geladeira e o freezer para
conservar os alimentos em casa e 24% ainda lembrou dos aditivos químicos,
demonstrando, com isso, uma evolução na aquisição do conhecimento.
Nas turmas de controle, no préteste e pósteste, 58% responderam que
conservavam os alimentos em geladeira e freezer.
2) Qual a razão de um alimento durar mais tempo do que um não congelado?
No préteste das turmas experimentais, 70% responderam que a geladeira
não deixava o alimento estragar. No pósteste, 92% responderam que o alimento
congelado durava mais porque dificultava o ataque de microorganismos, como
bactérias, provando novamente que houve evolução no conhecimento.
Nesta questão, 70% dos educandos da turma de controle no préteste e pós
teste responderam que congelando o alimento ele não estraga.
3) Você já ouviu falar em aditivos químicos utilizados pela indústria de alimentos?
No préteste das turmas experimentais, 47% já tinham ouvido falar em
aditivos químicos, mas não sabiam o que significava. Já no pósteste, 72% dos
educandos responderam que sim, provando que o estudo feito pela implementação
do projeto e a metodologia aplicada ampliou seus conhecimentos.
Nas turmas de controle, tanto no préteste como no pósteste, 58% nunca
ouviram falar em aditivos químicos utilizados pela indústria alimentícia.
4) Alguma vez você já parou e leu o rótulo de algum alimento que costuma
consumir?
No préteste, 25% dos educandos das turmas experimentais disseram ter o
hábito de ler os rótulos, porém, os que liam, confessaram não entender o que
estava escrito. No pósteste, 72% dos educandos demonstraram ter despertado o
seu interesse pela leitura e compreensão dos rótulos.
Nas turmas de controle, tanto no préteste como no pósteste, 48% dos
educandos responderam que às vezes liam os rótulos mas, não compreendiam as
siglas.
5) Você sabe o que significa as siglas que aparecem nesses rótulos?
No préteste, a resposta de 73% foi negativa, enquanto no pósteste cerca
de 74% dos educandos responderam positivamente. Alguns educandos
comentaram que seus pais ficaram interessados pelo assunto e um pediu para
fotocopiar o material didático, a pedido do pai, confirmando mais uma vez a
aquisição do conhecimento sobre o assunto.
Nas turmas de controle, tanto no préteste como no pósteste, 40% dos
educandos responderam que algumas vezes liam e 60% responderam que não
costumam ler os rótulos.
6) O governo de alguns Estados do Brasil proibiu a venda de balas, bolos, frituras e
outros alimentos, muito ricos em açúcar e gordura, nas cantinas das escolas. O
que você acha dessa proibição?
Nesta questão, tanto no préteste como no pósteste das turmas de controle
e experimental, 93% dos educandos responderam que concordavam com a
proibição desses alimentos, por terem consciência de que os alimentos citados
poderiam trazer algum prejuízo ao organismo, demonstrando terem preocupação
com a obesidade entre outras.
7) Como você se considera em relação a sua alimentação: procura consumir
alimentos saudáveis ou dá preferência aos alimentos “ditos” não saudáveis?
Justifique.
Nesta questão, tanto no préteste como no pósteste das turmas
experimental e de controle, 58% dos educandos afirmaram ter, sempre que
possível, uma alimentação saudável. Muitos deles, porém, revelaram que
normalmente fica muito difícil consumir somente alimentos naturais e, por conta
disso, os alimentos “ditos” não saudáveis também são consumidos.
8) Em sua opinião, alimentação saudável depende de quê?
No préteste das turmas experimentais, 23% responderam que dependia das
proteínas e fibras; 18% da mãe, pois é ela quem prepara os alimentos; 28% das
frutas e verduras.
No pósteste, duas opiniões ficaram evidenciadas: a primeira delas, com
58% das respostas, a de que a alimentação saudável depende da escolha que
fazemos em cada refeição; a segunda, com 42%, tão importante quanto à primeira,
se refere à atitude consciente de cada um e o conhecimento sobre os alimentos e
suas funções.
Nas turmas de controle, no préteste, 90% respondeu que dependia da
consciência de escolha de cada um; 10% não responderam e 20% que dependia
das condições financeiras da família. As turmas de controle e experimental
demonstraram evolução no conhecimento.
9) Quais os benefícios e malefícios da química utilizada nos alimentos
industrializados que você conhece ou que já ouviu alguém comentar?
No préteste, das turmas experimentais, 86% dos educandos não conheciam
e nunca tinham ouvido falar da química utilizada pela indústria alimentícia e dos
possíveis prejuízos para a saúde.
No pósteste, 68% demonstraram ter conhecimento que muitas substâncias
químicas, utilizadas pela indústria alimentícia, podem fazer mal à saúde como, por
exemplo, ocasionando alergias, o que demonstra uma evolução na concepção dos
educandos.
Nas turmas de controle, no préteste, 60% responderam que não conheciam
os malefícios nem os benefícios dos aditivos químicos e no pósteste, responderam
que achavam que fazia mal, mas não conseguiam explicar como, nem o porquê.
Nesta questão, ficou provado que os facilitadores da aprendizagem (mapas
conceituais, fluxogramas e diagrama ADI), levaram à aquisição do conhecimento
por parte dos educandos.
10) Algumas escolas alegam que não é possível proibir determinados alimentos,
pois, em casa, os educandos consomem sem problemas. Cuidar da alimentação
de crianças e adolescentes, ao menos enquanto eles estão na escola, pode ajudar
a melhorar seus hábitos alimentares?
Nesta questão, tanto no préteste como no pósteste das turmas
experimentais e de controle, 74% dos educandos afirmaram que a escola é
fundamental, tanto na busca do conhecimento, quanto na conscientização da
mudança de hábitos alimentares.
A seguir, analisarseá os prétestes e póstestes sobre as preferências
alimentares dos educandos da sétima série do Ensino Fundamental.
1) Numere, em ordem crescente, os alimentos de sua preferência:
( ) refrigerante
( ) chocolate
( ) leite
( ) maionese
( ) margarina
( ) pão
( ) hambúrger
( ) pizza
( ) frutas
( ) verduras
No préteste, das turmas experimentais, obserse que 44% dos alunos têm
preferência em consumir o refrigerante, 22% prefere consumir pizza como
podemos observar no gráfico a seguir.
No pósteste, notouse pequena mudança nos hábitos alimentares, porém
alguns confessaram que fariam um grande esforço para procurar consumir
alimentos saudáveis e evitarem os fast foods.
Nas turmas de controle, no préteste, notouse a preferência de 21% no
consumo de pastel, 17% no consumo de chocolate e pizza. Já no pósteste, 20%
apontaram a maionese como preferência alimentar e 17% no consumo de pizza,
como se pode observar nos gráficos das Figuras 1 e 2.
Preferências Alimentares Turmas de Controle
8
11
5
11
7 5
14
11
8
5
9 9 7
13
6 8
11 10
4 5
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Refrigerante
Chocolate
Leite
Maionese
Hambúrguer
Pão
Pastel
Pizza
Salgadinhos
fast foods
Alimentos
Aluno
s Préteste
Pósteste
Figura 1: Gráfico de preferências alimentares da turma controle.
Preferências Alimentares Turmas Experimentais
29
15 11 12 13 12 13
15
9
15 18
13 16
12 13 16
13 12 14
17
0
5
10
15
20
25
30
35
Refrigerante
Chocolate
Leite
Maionese
Hambúrguer
Pão
Pastel
Pizza
Salgadinhos
fast foods
Al imentos
Aluno
s
Préteste
Pósteste
Figura 2: Gráfico de preferências alimentares das turmas experimentais.
2) Alimentos integrais, como arroz, pães, biscoitos, aveia ou granola, fazem parte
da sua alimentação no dia a dia?
No préteste e pósteste das turmas experimentais, 52% dos educandos
afirmaram que procuram consumir, sempre que possível, os alimentos saudáveis,
mesmo não gostando muito, mas, em “nome” da saúde, 42% prometeram se
esforçar para melhorarem seus hábitos alimentares.
Nas turmas de controle, tanto o préteste como no pósteste, 60% dos
educandos responderam que são radicais: não gostam e ninguém os obriga a
comer.
3) Como é a cara do seu prato?
( ) supercolorido, pois vario bastante os alimentos.
( ) Procuro colocar pelo menos duas cores diferentes todos os dias.
( ) Tem sempre a mesma cara, já que tenho o hábito de comer as mesmas coisas.
No préteste e no pósteste, esta questão ficou muito equilibrada, sendo que
40% responderam que o prato fica supercolorido, pois variam muito os alimentos
consumidos; 35% continuam afirmando que não gostam de consumir saladas e
verduras, seus pratos têm pelo menos duas cores todos os dias, demonstrando um
avanço na aquisição do conhecimento.
Nas turmas de controle, no préteste e no pósteste, 48% responderam que
o prato tem sempre a mesma cara, uma vez que não procuram variar os alimentos,
enquanto 20% deixam o prato supercolorido.
4) Com que frequência você consome fast foods?
( ) Dificilmente consumo.
( ) Geralmente no sábado ou domingo.
( ) Gosto tanto que, se deixar, vou duas ou três vezes por semana.
( ) Não gosto.
No préteste e no pósteste das turmas de controle e experimental, 50%
responderam que consomem geralmente no sábado ou domingo, mas não com
muita frequência, enquanto 32% dificilmente consomem os fast foods. Aqui se constata que a mudança de hábitos alimentares depende da
consciência da família e que o adolescente consciente pode ajudar nessa árdua
tarefa.
5) No estado do Paraná já estão proibidos, nas cantinas das escolas, a venda de
alimentos que não são considerados saudáveis, como refrigerantes, frituras e
guloseimas. Esse seria o melhor caminho para a conscientização de crianças e
jovens sobre a alimentação saudável?
Tanto no préteste como no pósteste, das turmas experimentais e de
controle, 83% acreditam que a escola pode ajudar muito na formação de hábitos
alimentares mais saudáveis, 17% discordam e protestam contra a lei que proíbe a
venda desses alimentos, confirmando mais uma vez a responsabilidade da escola
em informar e conscientizar.
6) Que cuidados devemos ter na higienização e conservação dos alimentos?
No préteste das turmas de controle e experimentais, 84% dos educandos
colocaram que seria lavar os alimentos antes de preparar e 16% não opinaram. Já
84% dos educandos, no pósteste, além de lavarem os alimentos, antes de
conservar na geladeira ou freezer, acrescentaram ainda a higienização das mãos e
do local de preparo dos alimentos, demonstrando evolução no conhecimento e
preocupação com a saúde e higiene no preparo dos alimentos.
7) Qual a sua reação quando seus pais lhe oferecem espinafre, brócolis, mamão e
abóbora durante a refeição?
No préteste, 45% dos educandos das turmas experimentais, confessaram
que não gostam e até briga para não comer, enquanto 32% não gostam mas
consomem. No pósteste, no entanto, 32% continuaram a afirmar que não
gostavam, mas que, em nome da saúde, passariam a fazer um esforço para
consumirem esses alimentos, começando a construção de hábitos alimentares
saudáveis. Também estão cientes que seus pais ainda são responsáveis e podem
decidir sobre o que é bom ou não comer, pois eles buscam sempre o melhor para a
saúde de seus filhos.
Nas turmas experimentais, 60% dos educandos no préteste e no pósteste
afirmaram serem radicais no não consumo desses alimentos.
8) Quais os perigos, para a saúde, de uma alimentação inadequada?
No préteste, 70% estavam preocupados em ficarem doentes e 12% não
opinaram. No pósteste, 80% dos educandos, além da preocupação em ficarem
doentes, apontaram a preocupação com as alergias e, principalmente, em não se
tornarem no futuro, obesos.
Nas turmas de controle, 50% dos educandos no préteste estavam
preocupados com a obesidade e 50% não opinaram. No pósteste, aumentou para
70% a preocupação com obesidade, enquanto 30% não opinaram.
9) Fazendo uma análise do seu dia a dia você se considera uma pessoa que
procura alimentarse corretamente ou precisa mudar seus hábitos alimentares?
No préteste, as turmas de controle e experimental, 53% acreditavam que se
alimentavam corretamente; 41% que precisavam mudar seus hábitos; 6% não
opinaram. Já no pósteste, 70% admitiram que precisassem mudar alguns hábitos
alimentares para preservar a saúde. Estão cientes também que, construir novos
hábitos alimentares saudáveis, exige força de vontade e disciplina. Perceberam,
ainda, que vivem num mundo onde ocorre uma enorme exposição de informações
em todos os tipos de mídia, veiculadas por anunciantes e fabricantes, que nem
sempre estão preocupados com a saúde do consumidor.
V. CONSIDERAÇÕES FINAIS
É necessário partir do princípio que todo ser humano, para sobreviver
adequadamente, para se desenvolver e se reproduzir normalmente, necessita de
nutrientes básicos, entre os quais estão os carboidratos para a captação de
energia, as gorduras para a reserva de energia, as proteínas, alimento construtor
do organismo responsável pelo crescimento, sais minerais, água e vitaminas,
indispensável para o funcionamento adequado do organismo (Apêndice 6).
Conhecer alternativas nutricionais viáveis e estimular seu consumo é
também responsabilidade dos profissionais da educação.
Segundo Schaller (2009):
“A alimentação moderna representa todos os erros que não devem ser cometidos para conservar uma boa saúde”. Entre outros, desnaturamos os
alimentos pelo cozimento, acrescentamos neles produtos químicos e os
submetemos a todo tipo de manipulações industriais. Damos amplo lugar
aos alimentos de origem animal, privilegiamos o consumo elevado de
excitantes como o café, o fumo e o álcool, ou de produtos refinados, como o
açúcar. Misturamos entre si alimentos que não permitem uma boa digestão,
destruímos as enzimas e as vitaminas por meio da pasteurização e de
outros processos de conservação.
Às custas de muita publicidade, incitase o consumidor a comer aquilo que
lhe é proposto.... para lhe vender, a seguir, medicamentos destinados a
aliviar os males criados por aquilo que acabou de ingerir! Felizmente, a
loucura materialista do século XX está despertando as consciências.
“Estamos redescobrindo uma alimentação holística, que procura nutrir o ser
humano levando em conta as grandes leis da vida”.
Além de despertar os educandos sobre os perigos do consumo exagerado
dos alimentos industrializados, e seus possíveis danos à saúde, não se pode
esperar uma mudança radical dos hábitos alimentares, pois se sabe que os hábitos
somente serão alterados quando forem considerados os fatores, culturais, sociais e
econômicos.
Acreditase que a função da escola é transmitir informações e orientar os
educandos para que tenham acesso ao conhecimento sobre o assunto, para
poderem fazer opções corretas sobre a alimentação, uma vez que a alimentação
saudável nem sempre está na dependência de condição financeira. Por exemplo,
biscoitos recheados nem sempre são mais saudáveis do que uma fatia de pão
coberta com um doce caseiro.
Nesta pesquisa, foi desenvolvida uma proposta alternativa de ensino para o
tema “Aditivos Químicos” e, com base nos dados coletados e analisados, podese
dizer que a resposta à pergunta central foi encontrada, ou seja, os instrumentos
facilitadores da aprendizagem (mapas conceituais e fluxogramas) são de grande
valia no processo de conscientização dos educandos. Observaramse ainda, que a
horta desenvolvida na escola mostrou aos educandos o real valor de se consumir
alimentos saudáveis, uma vez que a alimentação natural dá ao organismo
equilíbrio, e saúde para o corpo e a mente, visto que nela se encontram todos os
nutrientes de que se precisa.
Quase tudo na vida mostra que qualquer tipo de excesso é prejudicial, então
se deve ter uma dieta constituída de um cardápio variado, pois, ingerindo uma
variedade de alimentos, dificilmente se terá deficiência de algum componente
essencial. Ao invés de se fartar de um único tipo de alimento, o ideal é que as
pessoas se alimentem de pequenas porções, de vários tipos de alimentos,
respeitando sempre os pilares da boa nutrição: o equilíbrio, a variedade e a
moderação.
Sabese também que a melhor maneira de ensinar as crianças e jovens na
formação de bons hábitos alimentares, é incentivar desde a mais tenra idade, com
bons exemplos, pois elas se espelham nos adultos. Afinal, o que se deseja são
crianças e jovens reflexivos e críticos, com um conhecimento satisfatório das
questões relacionadas à alimentação e qualidade de vida, além da habilidade de
pensarem e repensarem o conhecimento adquirido e a prática diária sobre os seus
hábitos. Acreditase que só assim se formará a competência pela prática e
consciência de um cidadão pleno.
Por fim, podese afirmar que o objetivo deste projeto – conscientizar e
informar os alunos para que, como consumidores, não se tornem cobaias das
indústrias químicas e corresponsáveis pela destruição da própria saúde – foi
atingido. Esperase, ainda, que os resultados deste trabalho contribuam na
melhoria do ensino de Ciências nas escolas públicas paranaenses.
VI. REFERÊNCIAS
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de abril de 1968. Regulamentam o uso de aditivos químicos, atualizado em 16 de
maio de 1971 e modifica o Decreto nº 50540, de 24 de janeiro de 1961, referente
às normas reguladoras do emprego de aditivos alimentares, alterado pelo decreto
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legis.anvisa.gov.br/leisref/puvlic/search.php, acesso em 16/06/2008.
BRASIL. Portaria n° 02 – DINAL/MS, de 28 de janeiro de 1987. Exclui corantes.
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APÊNDICES
Apêndice 1: Diagrama ADI para o estudo dos rótulos.
DOMÍNIO CONCEITUAL/TEÓRICO
(pensando)
DOMÍNIO METODOLÓGICO
(fazendo) FENÔMENO DE INTERSSE: Alimentos industrializados podem
prejudicar à saúde? TEMAS/CONTEÚDOS: Aditivos químicos
CONCEITOS: Alimentos saudáveis e sua função no organismo humano.
MATERIAIS: Rótulos, sementes,adubo orgânico, terra, água, enxada, rastel.
SITUAÇÃOPROBLEMA/EVENTO:A partir da coleta de várias embalagens analisar e interpretar as informações corretas.
ELEMENTOS INTERATIVOS: rótulos e semente. II. PREDIÇÕES DO PROFESSOR:
a Sobre as repostas dos alunos: 1.Não nunca reparei. 2.Não sei. 3.Não. 4.Industrializados enlatados e naturais os da feira.
b Sobre o procedimento: Não lemos por não conhecer a importância das informações contidas.
RESULTADOS CONHECIDOS: a Teórico (literatura):Os alimentos industrializados quando consumido exageradamente podem causar danos à saúde devido aos aditivos químicos que contém. a Sobre a atividade:Os alunos se motivarão por ser um assunto que faz parte do nosso cotidiano.
CONDIÇÕES NECESSÁRIAS:Estar motivado aprender sobre os alimentos industrializados.
ASSERÇÕES: a de valor:Formar cidadãos conscientes da importância de uma alimentação saudável,melhorando a qualidade de vida.Cuidados com os alimentos.Não aceitação da prática de alimentação saudável. b de conhecimento:saber ler e interpretar os rótulos interpretando as letras miúdas.
QUESTÃOFOCO: Como conscientizar os alunos dos possíveis perigos oferecidos pelos alimentos industrializados devido aos aditivos
químicos?
CATEGORIZAÇÃO:
a Quanto ao Modo: interativo,demonstrativo.
b Quanto ao Tipo: qualitativo
REGISTROS E REPRESENTAÇÕES:Observar a participação dos alunos na confecção de painéis e seu interesse pelo assunto.
ROTEIRO DE PROCEDIMENTOS: Aula expositiva,confecção de painel, cultivo da horta.
VALIDAÇÃO DO MODELO: Confecção de painéis.
POSSÍVEIS EXPANSÕES DO FENÔMENO DE INTERESSE: Sistemas:digestório,circulatório,excretor......
VARIÁVEIS: Não aceitar a prática de alimentação saudável.
DIAGRAMA ADI (Atividades Demonstrativo–Interativas) PLANEJAMENTO DO PROFESSOR
I. OBSERVAÇÕES DO ALUNO(préteste e pósteste): 1.Você já leu o rótulo de algum alimento industrializados que
consome? 2.Você sabe o que significam as siglas que aparecem nos rótulos? 3.Você sabe o que é aditivos químico? 4.Que critérios podemos utilizar para diferenciar alimentos naturais de
industrializados?
interações
Mapa Conceitual
Diagrama ADI de Planejamento
Apêndice 2: Fotos da horta cultivada pelos educandos na escola.
Apêndice 3: Foto do painel confeccionado pelos educandos na escola.
Apêndice 4: Fotos da horta cultivada pelos educandos em casa.
Apêndice 5: Mapa Conceitual sobre os alimentos naturais.
ALIMENTOS NATURAIS
Composição Química Proteínas
Lipídios
Vitaminas Carboidratos
Sais Minerais
Água Animal Vegetal De origem
Lipossolúveis Hidrossolúveis
ADEK
C Complexo B
Amido Celulose
Sacarose Frutose
Glicose
Sódio(Na)
Ferro(Fe)
Cálcio(Ca) Fósforo(P)
Iodo
Nutrientes
Formados por
Plásticos Energéticos
Formação e reconstituição de tecidos
Fornecem energia ao organismo
Reguladores
Conservação da saúde
Função
Apêndice 6: Mapa Conceitual sobre os Alimentos Industrializados.
ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS Umectantes
Antioxidantes
Corantes
Espumantes
Antiespumantes
Conservantes
Estabilizantes
Espessantes
Acidulantes
Antiumectantes
Aromatizantes
Edulcorantes ou Adoçantes
Aditivos Químicos
Aditivos Químicos
Vegetal Naturais Artificiais
Verdadeiros Sinergistas Sequestrantes
Antibióticos Nitritos Nitratos
Naturais Artificiais
Naturais Artificiais
Sacarina Ciclamato de Sódio Mais usados
Que são
Que são
Apêndice 7: Mapa conceitual sobre alimentos naturais e industrializados.
Alimentos Naturais
Nutrientes formados por
Carboidratos Sais minerais Vitaminas Lipídios Proteínas
Alimentos Industrializados
Estabilizantes Corantes Acidulantes Conservantes Espessantes Antioxidantes
Umectantes Antiumectante Antiespumantes Aromatizantes
Edulcorantes
Alimentação Saudável
Aditivos Químicos
Na K Ca Fe I A D K
Amido
G lico
se
Fruto
se
Sacaros
e
Artificiais Naturais
Ácido Sórbico
Ácido Ascórbico Carbonato de Cálcio Hidróxido de Sódio
Ácido Cítrico GomaArábica
Espumantes Agarágar
Animal
Vege
tal
presentes em
contêm
de origem