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CONCEITUANDO POLÍTICAS EDUCACIONAIS Profa. Dra. Denise Silva Araújo

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CONCEITUANDO POLÍTICASEDUCACIONAIS

Profa. Dra. Denise Silva Araújo

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O que é política? 

Que imagem vem a sua cabeça quando você ouve apalavra “política”?

Para muitas pessoas, essa palavra evoca imagens decampanhas eleitorais, partidos, propagandas, poluição

visual às vésperas de eleição. Outros podem lembrar-se da atuação de políticos

profissionais, na maioria das vezes, de maus políticos.

Isto faz com que as pessoas tomem aversão a tudo o quediz respeito à política. 

Será que política é isso mesmo?Ou melhor, será que política

é só isso?

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O que é Estado? Qual sua função?Como surgiu?

Teorias com enfoque liberal: baseam-se numa interpretaçãofeita pela burguesia nos diferentes momentos da história docapitalismo.

Consideram que o Estado é neutro e está acima dos interessesdas classes sociais

Objetivo do Estado: a realização do bem comum e oaperfeiçoamento do organismo social no seu conjunto. Teorias com enfoque marxista: fundamentam-se em uma

concepção de sociedade dividida em classes antagônicas, cominteresses divergentes.

Negam a idéia de um Estado neutro, voltado para o bem

comum. Estado: instituição política que representa os interesses daclasse social dominante, que prevalece sobre o conjunto dasociedade.

Apenas no nível aparente, estes interesses apresentam-se comointeresses universais, de todo o corpo social.

Esse enfoque constituí-se, deste modo, uma crítica ao enfoqueliberal de Estado.

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Estado para Hobbes(1588-1651)

Estado soberano - a realização máxima de uma sociedade civilizada e racional.

No estado natural, sem o jugo político doEstado, os homens viveriam em liberdade eigualdade segundo seus instintos.

Homem: lobo do outro homem O egoísmo, a crueldade,a ambição, naturais dos

indivíduos, gerariam uma luta sem tréguas,levando-os à ruína.

Somente o Estado, um poder acima dasindividualidades, garantiria segurança a todos.

Para evitar seu fim e promover o bem comum,os homens selariam um pacto, um contrato,que evita a sua destruição.

Hobbes atribui a este contrato social a criaçãodo Estado, de poder absoluto.

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O Estado para John Locke(1632-1704)

O homem seria livre no seu estado natural. Para evitar que um homem pudesse

subjulgar o outro a seu poder absoluto, oshomens, por meio de um contrato social,delegaram poderes ao Estado, que deveriater o papel de assegurar seus direitosnaturais, assim como, a sua propriedade.

Noção de governo:o consentimento dosgovernados diante da autoridadeconstituída.

Enquanto que para Hobbes, o contratoresulta num Estado Absoluto, para Locke, oEstado poderia ser feito e desfeito, comoqualquer contrato, caso o Estado ou oGoverno não o respeitarem.

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O Estado para Jean-JacquesRousseau (1712-1778) A sociedade civil nasce por meio de um

contrato social. Os homens são naturalmente bons,

sendo a sociabilização a culpada pela

sua "degeneração". O Contrato Social para Rousseau é um

acordo entre indivíduos para se criaruma Sociedade, e, só então, umEstado, isto é, o Contrato é um Pacto

de associação, não de submissão. Os homens não podem renunciar aos

princípios da liberdade e igualdade,pois ao povo pertence a soberania.

Ele enfatizava que não há liberdade

onde não existe igualdade.

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O Estado para Karl Marx(1818-1883)

Rejeição categórica à concepção de Estado comoagente da "sociedade como um todo", bem como dapossibilidade da existência de um "interessenacional".

base da sociedade, da sua formação, dasinstituições e regras de funcionamento, das idéias edos valores são as condições materiais, ou seja, asrelações sociais de produção.Estado -compreendido como uma estrutura de

 poder  que aglutina, sintetiza e coloca emmovimento a força política da classe dominante. Estado moderno: um comitê para administrar osassuntos comuns da burguesia, o que o torna ummecanismo destinado a reprimir a classe oprimida eexplorada.

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O Estado para Karl Marx (1818-1883)

O Estado consiste, também, numa organizaçãoburocrática, isto é, um conjunto de instituições eorganismos, ramos e sub-ramos, com suas respectivasburocracias, que exerce a dominação das classesexploradas, por meio do jogo institucional de seusaparelhos.

Deste modo, em condições historicamentedeterminadas, o Estado desempenha a função dereprodutor das relações econômicas e políticas declasse.

No pensamento marxista, o Estado molda a sociedade. Visto que não existe organização social sem Estado, pelomenos após a divisão da sociedade em classesantagônicas, esse Estado é sempre aquele que traduz opensamento dos dominantes, ou seja, aquele queconstrói as condições para o máximo desenvolvimento

daquelas classes.

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Estado para AntonioGramsci (1891-1937)

Impossibilidade, exceto nas ditaduras,da existência do domínio bruto de umaclasse social sobre a outra, por meio,apenas, do Estado-coerção.

Uma classe dominante, para assegurar-se como dirigente, deve construir umconjunto de alianças e obter o consensopassivo das classes e camadasdirigidas.

A classe dominante, muitas vezes,

sacrifica parte dos seus interessesimediatos e supera o horizontecorporativo, na busca de articularalianças e construir uma hegemonia ética e política.

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Para Antonio Gramsci (1891-1937)

Conceito de Estado ampliado: composto por doissegmentos distintos, a sociedade política e asociedade civil.

Ambos atuam com a mesma finalidade: manter e

reproduzir a dominação da classe hegemônica. O conceito de sociedade civil e sociedade política éfundamental para compreendermos o que vem aser políticas educacionais e para situá-las interiordas políticas públicas

Nas sociedades de tipo ocidental, a hegemonia (quese realiza nas diversas instâncias da sociedade civil)não pode ser negligenciada pelos grupos sociaisdominados, que pretendem modificar sua condiçãoe a assumir o comando do conjunto da sociedade.

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Para Antonio Gramsci (1891-1937) É importante para as classes subalternas construir uma

contra hegemonia, articulando-se para interferir nossindicatos, partidos políticos, meios de comunicação,escolas e demais instituições que constroem a

hegemonia ética e política. É neste processo que as políticas educacionais são

produzidas. As políticas educacionais situam-se no âmbito das

políticas públicas de caráter social e, como tal, não sãoestáticas, mas dinâmicas, ou seja, estão em constantetransformação.

Para compreendê-las, é necessário entender o projetopolítico do Estado, em seu conjunto, e as contradições do

momento histórico em questão.

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Políticas públicas Se política fosse a arte de administrar o bem público, toda política

deveria ser considrada pública ou social. Entretanto, nas sociedades em que os meios de produção são

apropriados por uma determinada classe social, o Estado acaba porser apropriado, também, por esta classe, a fim de gerir seus interesse

econômicos. Na sociedade capitalista, o Estado assume a função de impulsionar a

política econômica, tendo em vista a consolidação e a expansão docapital, favorecendo, assim, interesses privados, em detrimento dosinteresses da coletividade.

O que carateriza a política econômica é seu carater anti-social. Os efeitos gerados por esta polítca econômica concentradora de

riqueza, contraditoriamente, ameçam a continuidade do sitemaeconômico capitalista.

Para contrabalancear estes efeitos, o Estado precisa promoverpolíticas públicas ou políticas sociais, nas áreas de saúde, habitação,

assitência e previdência social, cultura e educação.

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Políticas educacionais São emanadas do Estado, como qualquer outra política

pública. Implicam em escolhas e decisões, que envolvem indivíduos,

grupos e instituições.

Não são fruto de iniciativas abstratas, mas constroem-se nacorrelação entre as forças sociais, que se articulam paradefender seus interesses.

Para entender como se elaboram as políticas públicas, emuma determinada sociedade, é preciso analisar seus

significados históricos. Embora, nas sociedades capitalistas, o Estado estejasubmetido aos interesses do capital, na organização e naadministração do público, as políticas públicas são produto daslutas, pressões e conflitos entre os grupos e classes queconstituem a sociedade.