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Primal-Dual recital de formatura em contrabaixo popular Murilo Santos de Lima RA 137105 MU999 – Projeto Final de Graduação Departamento de Música Instituto de Artes Universidade Estadual de Campinas Orientador: Prof. Dr. José Alexandre Leme Lopes Carvalho Campinas, novembro de 2015

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Primal-Dual

recital de formatura em contrabaixo popular

Murilo Santos de LimaRA 137105

MU999 – Projeto Final de Graduação

Departamento de Música

Instituto de Artes

Universidade Estadual de Campinas

Orientador: Prof. Dr. José Alexandre Leme Lopes Carvalho

Campinas, novembro de 2015

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Resumo

Primal-Dual: recital de formatura em contrabaixo popular

Este trabalho descreve o processo criativo do meu recital de formatura em Música Popu-lar, com ênfase em Contrabaixo. A apresentação aconteceu no dia 30 de outubro de 2015,às 20 horas, no Auditório do Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas.

No meu recital eu exploro o conceito de dualidade através da contraposição de gênerosmusicais: a música erudita do século XX, o jazz, a MPB instrumental e o rock alternativo. Oprograma contou com composições próprias e obras de Jean-Michel Defaye, Toninho Horta,Trio Corrente, Dave Holland, Miroslav Vitous, Radiohead, Loose Fur e Wilco.

Palavras-chave: música popular, contrabaixo, dualidade.

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Sumário

1 Introdução 1

2 Repertório: Música Erudita 42.1 Mother Mary – Variação V: Let It Be (Murilo de Lima, 2013) . . . . . . . . 42.2 Pizzarco (Jean-Michel Defaye, 1978) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52.3 Variação sobre 8 cordas (Murilo de Lima, 2014) . . . . . . . . . . . . . . . . 62.4 piano forte (Murilo de Lima, 2014) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

3 Repertório: MPB Instrumental / Jazz 93.1 Francisca (Toninho Horta, 1989) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93.2 Venezuelana no. 1 (Fabio Torres, 2010) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103.3 Conference of the Birds (Dave Holland, 1973) . . . . . . . . . . . . . . . . . 103.4 You Make Me So Happy (Miroslav Vitouš, 1980) . . . . . . . . . . . . . . . . 11

4 Repertório: Rock Alternativo 124.1 Pyramid Song (Radiohead, 2001) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124.2 A Wolf at the Door (Radiohead, 2003) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 134.3 Apostolic (Loose Fur, 2006) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 134.4 Side with the Seeds (Wilco, 2007) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

5 Conclusão 16

A Anexo: Cartaz 18

B Anexo: Programa 20

C Anexo: Partituras 25

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1 Introdução

dualidade, s.f.. 1. qualidade do que é dualou duplo em natureza, substância ou princípio.

Dualidade é um conceito amplo, com definições diversas em diferentes disciplinas.Em Física, “a dualidade onda-partícula, dualidade onda-corpúsculo ou dualidade

matéria-energia, constitui uma propriedade básica dos entes físicos em dimensões atômicas– e por tal descritos pela mecânica quântica – que consiste na capacidade dos entes físicossubatômicos de se comportarem ou terem propriedades tanto de partículas como de ondas.”([RE79] apud [Liv15a])

Em Filosofia e Teologia, “dualismo é uma concepção filosófica ou teológica do mundobaseada na presença de dois princípios ou duas substâncias ou duas realidades opostas,irredutíveis entre si e incapazes de uma síntese final ou de recíproca subordinação”. Emparticular, o dualismo entende que “a realidade se divide em dois tipos de substâncias,matéria e espírito” ([Har96] apud [Liv15b]). O taoísmo, em especial, professa que tudono universo contém “duas forças fundamentais e complementares: [...] o yin é o princípiofeminino, a água, a passividade, escuridão e absorção; o yang é o princípio masculino, ofogo, a luz e atividade”, e que “nada existe no estado puro: nem na atividade absoluta, nemna passividade absoluta, mas sim em transformação contínua”. “Além disso, qualquer ideiapode ser vista como seu oposto quando visualizada a partir de outro ponto de vista.” ([98]apud [Liv15c])

Em otimização matemática, os problemas de otimização podem ser vistos por duas pers-pectivas: o problema primal e o problema dual. Se o problema primal é um problema deminimização, o dual será de maximização, e o valor da solução do dual é um limite inferiorpara o valor da solução do primal. Para um problema de programação linear, por exemplo,se as restrições do problema primal são vistas como as linhas de uma matriz, as restriçõesdo problema dual serão as colunas da mesma matriz. Em otimização combinatória, emparticular, um algoritmo primal-dual encontra uma solução primal ótima (ou aproximada)construindo uma solução dual viável de mesmo valor. ([BV04] apud [Enc15])

O conceito de dualidade começou a despertar minha atenção quando muitas pessoascomeçaram a me definir como uma pessoa contraditória. Comecei, então, a perceber quemuitos aspectos opostos coexistem em minha personalidade, e que muito disso pode serexplicado por meu mapa astral possuir Sol em Peixes e Ascendente em Gêmeos.

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highly contradictoryPisces asc. Geminia romantic sluta gullible scientist / a rational musiciana conservative vanguardista spiritualized materialista social lonera peaceful neurotican optimistic nihilistan obedient anarchist

altamente contraditórioPeixes asc. Gêmeosuma vadia românticaum cientista crédulo / um músico racionalum vanguardista conservadorum materialista espiritualizadoum solitário socialum neurótico pacatoum niilista otimistaum anarquista obediente

A letra da canção “Theologians” do Wilco (álbum A Ghost Is Born, Nonesuch Re-cords, 2004) vinha fazendo muito sentido para mim há algum tempo.

TheologiansThey don’t know nothingAbout my soul

I’m an oceanAn abyss in motionSlow motion

Inlitterati lumen fideiGod is with us everydayThat illiterate lightIs with us every night

TheologiansThat don’t know nothingAbout my soulOh they don’t know

They thin my heart with little thingsAnd my life with changeOh in so many waysI find more missing every day

Theologians

[...]

Hey I’m a cherry ghostA cherry ghost

(Jeff Tweedy / Mikael Jorgensen /Chris Girard)

Os teólogosEles não sabem nadaSobre minha alma

Eu sou um oceanoUm abismo em movimentoCâmera lenta

A luz da fé ignoranteDeus está conosco todos os diasAquela luz iletradaEstá conosco todas as noites

Os teólogosQue não são bem nadaSobre minha almaOh eles não sabem

Eles minguam meu coração com pequenas coisasE minha vida com mudançaOh de tantas formasQue me encontro mais perdido a cada dia

Teólogos

[...]

Oi eu sou um fantasma de cerejaUm fantasma de cereja

(tradução livre)

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Durante minha graduação em Música Popular, tive muitos conflitos (internos, com co-legas e com professores) por não me encaixar no perfil de músico que o curso formata. Noinício do curso, meu interesse maior era focar em composição e produção musical; apesar deeu ter prestado a modalidade de Contrabaixo Popular, eu não tinha muita motivação paraestudar técnica no instrumento. Nesse período, cheguei a prestar modalidade combinadade Composição, uma vez que sempre tive mais interesse por música erudita que por jazz,mas por fim decidi cursar algumas disciplinas da Composição e continuar na Música Po-pular; minha intuição me dizia que assim teria mais oportunidades de crescimento pessoal.Nesse período também tive a oportunidade de produzir um EP independente na disciplinade Música e Tecnologia, compondo, tocando e realizando a produção.

Essa realidade mudou bastante quando tive oportunidade de adquirir um contrabaixoacústico e começar a estudar esse instrumento. Apesar de tocar música popular, estuda-setécnica erudita tradicional nesse instrumento, e despertou em mim uma disciplina para estu-dar técnica que antes não havia. Houve um período em que, fora a disciplina obrigatória dePrática Instrumental, eu só estudava música erudita, e inclusive cheguei a cursar a disciplinade Prática Orquestral como disciplina eletiva. No final desse período, voltei a me interes-sar por jazz, que no início do curso era uma obrigação que não fazia muito sentido paramim dentro das minhas ambições com música, cujo foco era o rock alternativo, a músicaindependente e experimental.

Concluí, então, que sou ummúsico com vertentes diversas: gosto muito de música erudita,de jazz e de MPB instrumental, apesar do meu foco ser o rock alternativo. Percebi tambémque essas diferentes vertentes auxiliam no desenvolvimento uma da outra, e acredito queum músico completo precisa conhecer Música como um todo e dialogar com diversos gênerosmusicais, tendo estes aceitação acadêmica e popular ou não. Procurei, então, no meu recital,apresentar essas dualidades e contradições através de um repertório plural e instigante, queapresento a seguir.

Organização do Texto

No Capítulo 2, apresento as peças de música erudita apresentadas no recital. No Capítulo 3apresento as peças de MPB instrumental e jazz e, no Capítulo 4, as canções de rock al-ternativo. Por fim, no Capítulo 5 são apresentadas algumas conclusões. Nos anexos, estãoincluídos o cartaz e o programa do recital, além das partituras e transcrições das músicasapresentadas.

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2 Repertório: Música Erudita

O repertório de música erudita consistiu basicamente em três composições minhas, oriundasde trabalhos das disciplinas de composição, e uma peça de confronto erudita para contrabaixoacústico. O intuito deste bloco era apresentar o trabalho feito nas disciplinas de composiçãoe no estudo técnico do contrabaixo acústico.

2.1 Mother Mary – Variação V: Let It Be (Murilo de

Lima, 2013)

A peça “Mother Mary” consiste num tema com variações, composto para a disciplina MU243– Iniciação à Composição II, ministrada pela Profa. Denise Garcia e cursada no semes-tre 2013.2. A parte A do tema me veio num sonho, no qual uma mãe brincava com seu bebênuma piscina num dia de sol. Ao acordar, gravei a melodia rapidamente, e quando surgiua proposta do trabalho de tema com variações, lembrei desse material e decidi compor esseconjunto de peças em dedicação à minha mãe, que se chama Maria.

Denominei o tema de “Infância”, e as variações versam sobre diferentes momentos daminha relação com minha mãe. A última variação, que foi apresentada no recital, se chama“Let It Be” e trata de um momento de reconciliação após alguns conflitos que tivemosquando decidi “cortar o cordão umbilical”. Se trata de uma variação um pouco diferente dousual, pois é uma variação na faixa de áudio do tema, consistindo portanto numa variaçãoeletroacústica. Em referência à canção dos Beatles, decidi denominar a peça inteira de“Mother Mary”; inicialmente o título era “Mutter”.

No Anexo C é exibida a partitura do tema e um roteiro da variação apresentada. Paraa partitura completa da peça, consulte http://www.ime.usp.br/~mslima/mother-mary.

pdf. O áudio da variação apresentada pode ser encontrado em https://soundcloud.com/

demuca/var-v-let-it-be.

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2.2 Pizzarco (Jean-Michel Defaye, 1978)

“Pizzarco” é uma peça para piano e contrabaixo, do compositor francês Jean-Michel Defaye.É uma peça de confronto para contrabaixo de nível intermediário.

Composta em 1978, a peça utiliza alguns dos modos de transposição limitada pro-postos pelo compositor Olivier Messiaen. Por exemplo, o tema principal utiliza o seguintemodo, também conhecido na música popular como escala octatônica ou escala “dom-dim”:

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A peça, no entanto, não utiliza recursos de escritura muito complexos (comparando com otrabalho do compositor Iannis Xenakis, por exemplo, contemporâneo de Defaye). Há apenasalgumas mudanças de compasso e o uso de algumas técnicas estendidas no contrabaixo(basicamente cordas duplas e harmônicos artificiais). A partitura encontra-se no Anexo C.

Para o contrabaixo, existem diversas dificuldades técnicas. O tema principal fica numaregião intermediária do contrabaixo (do si 2 ao si bemol 3), que é difícil para fazer mudançasde posição. A segunda exposição do tema utiliza cordas duplas em quartas, e é seguida porfiguras em semicolcheias que percorrem cerca de duas oitavas em um ou dois compassos.Em seguida é apresentada uma variação do tema, com a segunda parte uma oitava acima,chegando ao motivo melódico principal ser executado na região entre o fá 3 e o si bemol 4.Há então um interlúdio do piano que conduz ao segundo movimento.

O segundo movimento é mais fácil por ser inteiro em pizzicato, mas o andamento éprestissimo, e há poucas pausas. Além disso, ritmicamente contrabaixo e piano tocamjuntos; essa foi a parte que mais exigiu atenção nos ensaios com piano.

Após um novo interlúdio do piano, o contrabaixo toca uma cadenza, cujas principaisdificuldades são (1) fraseados com rítmica desigual (sextinas, septinas, tercinas), (2) umaescala em duas oitavas em fusas, (3) figuras em corda dupla que transitam de uma terçamaior para uma segunda maior e em seguida para um uníssono e (4) figuras que utilizamcorda dupla em terças menores paralelas. Este último trecho, em especial, requer mudançasde posição difíceis e bruscas, indo até a região superaguda do instrumento.

O tema é, ao final, reexposto utilizando harmônicos artificiais, que são de execuçãoparticularmente difícil, apesar de o andamento neste trecho ser lento.

Para o acompanhamento do piano, há algumas dificuldades também, como o uso deintervalos de sétimas maiores no baixo (ao invés de oitavas, como os pianistas estão acos-tumados), polirritmias e uso de clusters. No segundo movimento, em particular, algumasfiguras cromáticas são particularmente difíceis de executar.

A escolha dessa peça ocorreu da seguinte forma. No início de 2015, conversei com oprofessor de instrumento sobre a possibilidade de tocar uma peça erudita para contrabaixona abertura do recital. Ele me sugeriu algumas fontes onde eu poderia buscar, e então

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me lembrei que na biblioteca do CIDDIC (Centro de Integração, Documentação e DifusãoCultural da Unicamp) há bastantes partituras de música do século XX. Como gosto bastantede música contemporânea, esse acabou sendo um local de busca interessante. Folheei diversaspeças (há bastante material para contrabaixo na biblioteca), e quando cheguei nessa, apesarde não ter muita noção sobre os desafios técnicos, vi que a peça não parecia excessivamentedifícil, e que a duração, de cerca de 7 minutos, se encaixaria bem no recital, uma vez que ofoco não era música erudita.

Quando, no final do primeiro semestre, decidi que tentaria tocar essa peça, o profes-sor de instrumento me aconselhou a encarar o desafio, mas tomar cuidado para resolver osproblemas técnicos que ela me apresentava sem me machucar. Considero que minha matu-ridade no instrumento, que vinha estudando há dois anos, era pouca para o nível da peça,mas embora minha execução tenha sido razoável, esse desafio me ajudou a evoluir bastanteno instrumento num período de tempo bastante curto. O estudo, inclusive, me ajudou naresolução de problemas técnicos das outras músicas apresentadas no recital.

Jean-Michel Defaye (`1932-), francês, pianista, compositor, arranjador e regente. Estudou no

Conservatório de Paris com Nadia Boulanger. Vencedor do Premier Second Grand Prix de Rome

em 1952, e do Segundo Prêmio em Composição para a Competição Belga Rainha Elizabeth em 1953.

(Fonte: Wikipedia)

2.3 Variação sobre 8 cordas (Murilo de Lima, 2014)

Esta peça consistiu num trabalho da disciplina MU171 – Composição I, ministrada peloProf. José Augusto Mannis, cursada no semestre 2014.1. A peça consiste numa variaçãosobre o primeiro movimento das Variationen, op. 27 de Anton Webern.

As Variatonen têm como material musical básico a seguinte série dodecafônica:

��� � �� �� ���� �� �� �� �� ��As modificações da série utilizadas por Webern no primeiro movimento são: O1 (sé-

rie original), I10 (inversão da transposição numa segunda maior ascendente), O1, I10, I12(inversão da transposição numa quinta justa ascendente), O9 (transposição numa quarta au-mentada), I1 (inversão da série original), O2 (transposição numa sétima maior ascendente),I8 (inversão da transposição numa quarta justa ascendente), O5 (transposição numa terçamaior ascendente), O5 novamente, I9 (inversão da O9), I4 (inversão da transposição numasétima maior ascendente) e O11 (transposição numa sexta maior ascendente). Cada série éacompanhada, em paralelo, por sua retrógrada.

O trabalho consistiu, então, em fazer uma nova música com essas séries. Como naépoca eu tinha adquirido há pouco tempo o arco para meu contrabaixo acústico, eu tinha

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muita motivação para escrever para esse instrumento. Decidi então escrever um duo decontrabaixos, uma vez que a peça requer um tratamento harmônico. A partitura encontra-se no Anexo C.

A peça não tem grandes dificuldades de execução por si só, mas a interpretação comoduo requer alguns cuidados. Por ser um instrumento muito grave, foi necessário um cuidadoacústico para que o conjunto musical soasse bem, em especial os glissandos dos compas-sos 14-19 e os compassos 24-26, em que os contrabaixos alternam uma figura de colcheia eduas semicolcheias. O trecho dos compassos 27-24 e 36-43, em especial, requer uma atençãorítmica muito grande, sendo interessante criar um efeito de que o ataque da nota aguda emum dos contrabaixos seja coberto pela nota grave do outro. O professor Mannis, que tambémé contrabaixista, deu algumas dicas nesse sentido durante a disciplina, e o colega Venan-cio Rodrigues Neto, que a executou comigo no recital, ajudou a pensar alguns elementosinterpretativos de dinâmica e articulação durante os ensaios.

Anton Webern (c1883-1945), austríaco, compositor e regente. Pertenceu à chamada Segunda

Escola de Viena, liderada por Arnold Schoenberg, cujo estilo e poética musical foi denominado de

música dodecafônica, música expressionista ou música pontilhista. É conhecido e admirado entre

os músicos pós-modernos pelas inovações rítmicas, timbrísticas e dinâmicas que formaram o estilo

musical conhecido como serialismo. (Fonte: Wikipedia)

2.4 piano forte (Murilo de Lima, 2014)

Esta peça também consistiu num trabalho da disciplina MU171 – Composição I, ministradapelo Prof. José Augusto Mannis, cursada no semestre 2014.1. A proposta do trabalho eracompor uma peça dodecafônica completa: escolher uma série, escolher as modificações dasérie e escrever a música. A partitura encontra-se no Anexo C.

A série escolhida foi a seguinte.

�� � ��� �� ��� � ��� � �� �Essa série, se sobreposta com sua retrógrada, gera apenas acordes aumentados, que são

simétricos. Essa foi uma escolha simples, que poderia trazer dificuldades de criar profundi-dade na peça, o que foi contornado com um trabalho com dinâmica, articulação, registro egesto musical.

As modificações da série escolhidas foram: O1 (série original), I1 (inversão da série ori-ginal), O7 (transposição numa sexta maior ascendente), I5 (inversão da transposição numasétima maior ascendente), O1, O11 (transposição numa quarta aumentada), I10 (inversão datransposição numa sétima menor ascendente), I3 (inversão da transposição numa segundamaior ascendente), O9 (transposição numa terça menor ascendente), O4 (transposição numa

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sétima maior ascendente), I1, O1. Cada série é acompanhada, em paralelo, por sua retró-grada.

A peça foi escrita para piano e interpretada por mim mesmo no recital. Apesar de nãopossuir grandes dificuldades técnicas, os trechos em fusas no registro grave (compassos 4, 6e 10) foram resolvidos com a ajuda do colega Ricardo Varella, que cursa Piano Popular.Outra dificuldade consistiu em decorar a música, que por ser atonal, é bastante difícil de serabsorvida.

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3 Repertório: MPB Instrumental / Jazz

Este capítulo descreve o repertório de MPB instrumental e jazz apresentado no recital. Ointuito deste bloco era apresentar o trabalho feito na disciplina de Prática Instrumental ena disciplina de instrumento, em especial com relação à linguagem do jazz no contrabaixoacústico.

3.1 Francisca (Toninho Horta, 1989)

Esta música e a seguinte fazem parte do repertório desenvolvido com o trio “Trem Doido”,formado para a disciplina de Prática Instrumental, ministrada pelo professor Mario Cam-pos, com os colegas Eddy Andrade (violão) e Victor Polo (guitarra) nos semestres 2013.1e 2013.2. O objetivo do grupo era estudar a música instrumental brasileira, com ênfasenos compositores mineiros associados ao Clube da Esquina. Posteriormente o grupo tomououtros rumos, e atualmente interpreta canções desse repertório com uma outra formação daqual não faço mais parte. O grupo tem tido alguma repercussão local e neste ano de 2015está com uma bolsa do projeto Aluno Artista, fazendo diversas apresentações pelo campusda universidade. Com este grupo, foi utilizado apenas o contrabaixo elétrico.

O tema “Francisca”, do guitarrista e compositor brasileiro Toninho Horta, é consideradoum dos temas da MPB instrumental com harmonia mais difícil de improvisar. Embora amelodia seja bastante simples e com poucos acidentes, e a harmonia utilize cadências tonais,não há uma tonalidade central fortemente definida, e há diversas modulações harmônicaslocais que muitas vezes não têm a tonalidade completamente afirmada.

O grupo criou coletivamente um arranjo com rearmonizações na segunda exposição e nareexposição final do tema, além de uma seção de improvisos. No recital, houve improviso decontrabaixo elétrico e de guitarra. A partitura do arranjo encontra-se no Anexo C.

Toninho Horta (c1948-), brasileiro, compositor, arranjador, produtor musical e guitarrista. Seu

estilo de composição é marcado por progressões harmônicas sofisticadas e melodias complexas.

Trabalhou como guitarrista e arranjador para diversos artistas brasileiros. Foi membro do coletivo

musical mineiro Clube da Esquina, e sua técnica de guitarra tem influenciado uma geração de

músicos no Brasil e no exterior. (Fonte: Wikipedia)

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3.2 Venezuelana no. 1 (Fabio Torres, 2010)

O tema “Venezuelana no. 1”, do pianista Fabio Torres, membro do grupo Trio Corrente, temuma forma pouco usual. A parte A utiliza compasso 5/8 mas transmite uma sensação devalsa. Em seguida, há uma ponte em compasso 6/8 para a parte B, que volta a ser em 5/8.Vem então uma seção de improvisos em 5/4, seguida de um interlúdio e de uma repetiçãoda parte B, com um coda final para a ponte entre os improvisos e o segundo interlúdio.A harmonia da seção de improvisos, em especial, é de difícil improvisação: caminha pordiversas regiões tonais, acompanhada de um baixo cromático ascendente.

No arranjo proposto pelo colega Eddy Andrade, a melodia do tema é executada pelaguitarra, o primeiro interlúdio contém um solo de baixo, são feitos improvisos de violão eguitarra, e o segundo interlúdio é feito pelo violão, com uma cadenza. A partitura do arranjoencontra-se no Anexo C. Essa foi uma das músicas que trabalhamos com mais dificuldadedurante a Prática Instrumental, por ser uma música num compasso não usual, com guitarra,violão e baixo fazendo contrapontos, e com uma harmonia bastante complexa.

Fabio Torres (e1971-), brasileiro, pianista, arranjador e compositor. Estudou no Conservatório

Villa-Lobos em São Paulo com Sonia Zaidan, no Conservatório Musical Beethoven com Esther

Pacheco d’Ângelo e na ECA-USP, onde cursou Composição. Juntamente com Paulo Paulelli (�1974,

contrabaixista) e Edu Ribeiro (d1975, baterista), forma o Trio Corrente, vencedor do Grammy

Award e do Latin Grammy em 2014. (Fontes: http://musicosdobrasil.com.br/fabio-torres /

http://triocorrente.com/biografia/)

3.3 Conference of the Birds (Dave Holland, 1973)

O tema instrumental “Conference of the Birds”, do contrabaixista Dave Holland, chegou amim através do colega Eddy Andrade, que me passou o disco de mesmo nome, “Conferenceof the Birds” (ECM, 1973). A música me prendeu por muito tempo e quando, no semes-tre 2014.2, o professor de contrabaixo, José Alexandre, solicitou uma transcrição, escolhiessa peça.

O arranjo apresentado no recital foi basicamente o mesmo do disco: um solo de contra-baixo acústico ad libitum, com uma ponte para o tema, que é em compasso 5/4. O temaconsiste num contraponto de flauta e sax soprano, e é exposto duas vezes. Em seguida,são feitos quatro chorus de improvisos livres de flauta e sax soprano (no recital, os músicosconvidados decidiram improvisar juntos) e mais dois chorus de improviso de marimba (norecital foi utilizado um vibrafone). Ao final, o tema é apresentado mais duas vezes. O solo ea linha de baixo executados foram a transcrição da gravação original. A partitura do arranjotranscrito encontra-se no Anexo C.

Essa peça, apesar de ter uma harmonia muito simples, tem frases de baixo muito interes-santes, e me ajudou a resolver diversos problemas técnicos e de performance no instrumento,

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além de ter sido muito importante para meu desenvolvimento na linguagem do jazz.

Dave Holland (a1946-), inglês, contrabaixista e compositor de jazz. Desempenhou um papel

importante no chamado avant-garde jazz. Tocou com importantes nomes do jazz, como Miles

Davis, Chick Corea, Anthony Braxton, Kenny Wheeler, Pat Metheny e Michael Brecker. Estudou

com James Edward Merrett e formou o grupo Circle, cuja sonoridade foi influenciada pelo free-jazz.

(Fonte: Wikipedia)

3.4 You Make Me So Happy (Miroslav Vitouš, 1980)

O tema “You Make Me So Happy”, do contrabaixista Miroslav Vitouš, me foi apresentadona aula da disciplina MP430 – Harmonia IV, ministrada pelo professor Paulo Tiné e cursadano semestre 2013.2, como um exemplo de harmonia pós-tonal do jazz da década de 1970. Otema possui uma harmonia aérea e modal, com ritmo harmônico que foge da quadratura, e éexecutado por uma dobra de sax soprano e contrabaixo acústico com arco, no registro agudodo instrumento. No recital, foi feito um improviso de contrabaixo e outro de sax soprano,seguido da reexposição do tema.

Fiquei muito interessado por essa música e pelo trabalho desse baixista depois dessadisciplina. Fiz questão então de transcrever a melodia do tema (a harmonia foi dada peloprofessor durante a disciplina) e apresentá-la no meu recital. A transcrição encontra-se noAnexo C.

O tema possui uma dificuldade técnica de execução relativamente alta, pois além deutilizar o arco, está no registro agudo do instrumento. O colega Fernando Sagawa, que tocoua dobra do tema no sax soprano, ajudou a pensar questões de interpretação da melodia.

Miroslav Vitouš (c1947-), tcheco, contrabaixista. Nascido em Praga, começou a tocar violino

aos seis anos de idade, piano aos dez e contrabaixo aos quatorze. Estudou música no Conservatório

de Praga com František Pošta e na Berklee College of Music, nos Estados Unidos. É um músico

extremamente virtuoso, e foi um dos membros fundadores do grupo Weather Report. (Fonte:

Wikipedia)

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4 Repertório: Rock Alternativo

Este capítulo descreve o repertório de rock alternativo apresentado no recital. O objetivodeste bloco era apresentar duas das minhas principais referências musicais no meu trabalhoartístico pessoal. Basicamente, foram apresentadas duas músicas do grupo Radiohead, umamúsica do grupo Wilco e uma de um projeto paralelo de integrantes do Wilco.

4.1 Pyramid Song (Radiohead, 2001)

A canção “Pyramid Song”, do álbum Amnesiac (Parlophone, 2005) do grupo Radiohead,tem elementos pouco usuais para uma canção de rock. Uma transcrição é apresentada noAnexo C.

O principal elemento alheio ao gênero do rock consiste em um compasso 8/4 (algumaspessoas entendem como dois compassos 4/4) em que são alternadas as seguintes figurasrítmicas: duas semínimas pontuadas, uma mínima e mais duas semínimas pontuadas. Essasfiguras, no entanto, são executadas com o swing do jazz: duas colcheias são interpretadas,aproximadamente, como uma tercina de semínima e colcheia.

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A harmonia consiste em acordes maiores (com exceção do acorde de Fá sustenido menor)cujos graus seguem o modo de Fá sustenido frígio. O ritmo harmônico é assimétrico, geral-mente seguindo o seguinte padrão: para cada bloco de dois compassos, os acordes mudamem geral na primeira semínima pontuada, na mínima e na terceira semínima pontuada doprimeiro compasso, e na segunda e na terceira semínima pontuada do segundo compasso.

Além disso, o arranjo da gravação original conta com uma seção de cordas. Decidiu-seentão, para o recital, utilizar parte da formação original da gravação (voz, piano, guitarra,sintetizadores/música eletroacústica [ausente na apresentação] e bateria), e o contrabaixoacústico fez algumas das figuras executadas pelas cordas, utilizando recursos de técnicaestendida (harmônicos artificiais, cordas duplas, glissandos e tremolo sul ponticello).

A principal dificuldade de interpretação consiste em o grupo tocar a figura rítmica deforma coesa. Para a colega Ludmila Oliveira, que tocou guitarra, houve um desafio detocar de uma forma diferente ao seu costume, mais fazendo “efeitos” do que tocando notas e

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acordes. Para o contrabaixo, o principal desafio foi o uso de técnicas estendidas, em especialos harmônicos artificiais dobrando o vocalize da voz.

A letra da canção também se encaixa bem ao conceito do recital, pois descreve umprocesso de libertação espiritual e de auto-aceitação.

4.2 A Wolf at the Door (Radiohead, 2003)

A canção “A Wolf at the Door”, também do grupo Radiohead (álbum Hail to the Thief,Parlophone, 2003), não consiste em uma composição tão “experimental” quanto a anterior,mas ainda possui alguns elementos não usuais ao gênero do rock.

A harmonia está em Ré menor para as estrofes, e Ré maior para o refrão. Na estrofe,em particular, é feita uma cadência não muito usual para o acorde de Sol menor: Mi bemolmaior (com baixo em Sol) → Sol menor (cadência bVI/iv → iv em notação de graus outA/s → s em notação funcional). O compasso 6/8 também não é muito usual nesse gênero.Uma transcrição é apresentada no Anexo C.

Como dificuldades de interpretação, o contrabaixo elétrico executa figuras rítmicas assi-métricas, e faz a música crescer utilizando densidade rítmica ao invés de dinâmica. A voztambém teve algumas dificuldades de interpretação: letra extensa, dificuldades de dicção evocalizes no falsete.

A letra da canção também se aplica bastante ao conceito do recital, por tratar de relaçõescontraditórias de poder e violência.

Radiohead é uma banda inglesa de rock alternativo, formada em 1985 por Thom Yorke (a1968,

vocais, guitarra, piano), Jonny Greenwood (b1971, guitarra, sintetizador, arranjos), Ed O’Brien

(�1968, guitarra, vocais), Colin Greenwood (_1969, baixo) e Phil Selway (^1967, bateria). É

uma das bandas mais influentes dos anos 1990, e seu disco OK Computer (1997) é considerado o

melhor álbum de todos os tempos pelo site rateyourmusic.com. Sua música sofre influência de

diversos gêneros, como eletrônica, krautrock, jazz e música contemporânea. (O guitarrista Jonny

Greenwood é fã declarado do compositor Messiaen e atualmente tem composto música erudita, com

peças apresentadas por orquestras de nível internacional.) (Fontes: Wikipedia / Rate Your Music)

4.3 Apostolic (Loose Fur, 2006)

O grupo Loose Fur (ver nota bibliográfica) foi um projeto paralelo formado por alguns inte-grantes do Wilco. (Na Seção 4.4 é apresentada uma canção do Wilco.) A canção “Apostolic”,do álbum Born Again in the USA (Drag City, 2006), consiste numa fusão de elementos doindie rock e do country com rock progressivo. Uma transcrição é apresentada no Anexo C.

A canção tem uma harmonia pouco usual para uma canção de rock, tendo elementos dojazz pós-tonal, tais como o tema apresentado na Seção 3.4. Há muitas mudanças de fórmulade compasso (3/4, 2/4, 5/4 e 4/4), e são feitas algumas polirritmias. Nos compassos 1-16

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14

acontece um 3 contra 2, sendo que a bateria faz uma hemíola de dois tempos nos compassos 5-12. Nos compassos 21-28, o baixo toca em compasso 4/4, enquanto os demais instrumentostocam em 3/4. Nos compassos 29-30, que se repetem 5 vezes, a bateria faz hemíolas diversas(ver partitura).

Esta canção e a seguinte, juntamente com a peça da Seção 2.2, foram as que requererammais tempo de ensaio, pois levou algum tempo até o grupo assimilar a forma da canção eexecutá-la com coesão, apesar de não haver dificuldades virtuosísticas de execução.

Nesta canção, cantei e toquei contrabaixo elétrico, o que não foi particularmente difícilcomo na canção da próxima seção pois a voz entrava apenas em momentos em que não haviabaixo.

A letra versa sobre um religioso que tem inabilidade social e utiliza a religião como recursode auto-piedade. Houve um período da minha vida em que me encontrei nessa situação, esó vim me desvencilhar de algumas neuroses desse período recentemente.

Loose Fur foi uma banda estado-unidense de indie rock, formada por Jeff Tweedy (`1967, guitar-

rista e compositor) e Glenn Kotche (d1970, baterista e compositor), membros do Wilco (ver nota

seguinte), e pelo produtor musical Jim O’Rourke (d1969). A banda lançou apenas dois álbuns

(Loose Fur [2003] e Born Again in the USA [2006]) e teve apenas uma turnê. A formação do grupo

influenciou fortemente a sonoridade do aclamado álbum Yankee Hotel Foxtrot (2002) do Wilco, e

levou a alterações na formação do próprio Wilco (Kotche substituiu o baterista Ken Coomer e Jim

O’Rourke produziu diversos álbuns do grupo). (Fonte: Wikipedia)

4.4 Side with the Seeds (Wilco, 2007)

A última canção é da minha banda favorita, Wilco (ver nota bibliográfica a seguir). Essaé uma grande influência musical para mim, tanto em elementos de estilo quanto de temá-tica poética. Em particular, admiro muito a postura que o grupo tem frente à indústriafonográfica.

A canção “Side with the Seeds”, do álbum Sky Blue Sky (Nonesuch, 2007) funde o rockalternativo e o country (gêneros que o Wilco já trabalhava em álbuns anteriores) com ele-mentos do jazz. Nesse disco, em particular, foi recrutado para a banda o guitarrista NelsCline, que já tinha uma longa carreira no jazz contemporâneo.

Harmonicamente, a canção tem como centro o modo de Si bemol maior com sétimamenor e quarta aumentada (quarto grau da escala menor melódica). A fórmula de compassoé 3/4, mas é executada com shuffle, similar ao swing do jazz, soando então como um 9/8.A linha de contrabaixo elétrico é bastante interessante, e tive uma dificuldade extra que foicantar e tocar ao mesmo tempo. Uma transcrição é apresentada no Anexo C.

A letra versa sobre a metáfora das “folhas e sementes”, que é utilizada na política norte-americana para explicar a dualidade entre os partidos Democrata e Republicano. Em par-ticular, a letra mostra como essa divisão muitas vezes só serve para separar as pessoas:

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[...]When the mysteries we believe inAren’t dreamed enough to be trueSome side with the leavesSome side with the seeds

[...]But you and I will be undefeatedBy agreeing to disagreeNo one wins but the thievesSo why side with anything?

[...]Embracing the situationIs our only chance to be freeI’ll side with youIf you side with me

(Jeff Tweedy / MikaelJorgensen)

[...]Quando os mistérios em que acreditamosNão são sonhados o suficiente para se tornarem verdadeAlguns tomam o partido das folhasOutros tomam o partido das sementes

[...]Mas eu e você ficaremos invictosPor concordamos em discordarNinguém vence, exceto os ladrõesEntão por que tomar partido?

[...]Abraçar a situaçãoÉ nossa única chance de sermos livresVou tomar o seu partidoSe você tomar o meu

(tradução livre)

Percebi, então, que essa letra se aplica a diversos problemas recorrentes: além da rixarecente entre “coxinhas” e “petralhas” na nossa política brasileira, rivalidades na própriamúsica: erudito vs. popular, ou jazz vs. música pop. Essas rivalidades, no entanto, emminha opinião, só servem para limitar a formação do músico. A solução consiste, então, em“concordar em discordar” e “abraçar a situação”.

Wilco é uma banda estado-unidense de rock alternativo, formada em 1994 em Chicago pelos

membros restantes do grupo Uncle Tupelo. Juntamente com o Uncle Tupelo, Wilco é considerado

o precursor do gênero alt-country (também denominado Americana), que consiste na fusão de

elementos do country com o rock alternativo dos anos 90. Além de Jeff Tweedy e Glenn Kotche,

a banda atualmente é formada por John Stirratt (c1967, baixista), Pat Sansone (_1969, multi-

instrumentista), Mikael Jorgensen (^1972, pianista e tecladista) e Nels Cline (d1956, guitarrista),

embora já tenha passado por diversas formações. Suas principais influências incluem Bill Fay, The

Beatles, Television, Bob Dylan e Woody Guthrie. Possuem nove álbuns de estúdio, são vencedores

de dois Grammy Awards pelo álbum A Ghost is Born (2004) e são protagonistas de uma conturbada

e bem-sucedida relação com a indústria fonográfica, em especial durante o lançamento do álbum

Yankee Hotel Foxtrot (2002); a história é relatada no documentário I Am Trying to Break Your

Heart (2002). Atualmente, apesar de ainda permanecer no underground, Wilco possui um público

fiel que lota estádios nos Estados Unidos e Europa. Infelizmente eles não se apresentam no Brasil

desde 2006. (Fonte: Wikipedia / vivência do formando, fã declarado da banda)

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5 Conclusão

Este trabalho descreve o processo criativo do meu recital de formatura em Música Popular,com ênfase em Contrabaixo. A apresentação aconteceu no dia 30 de outubro de 2015, às 20horas, no Auditório do Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas.

Foi apresentado neste texto o conceito criado para o recital, que se firma sobre a ideiade dualidade, e o repertório apresentado no recital, composto de música erudita, MPBinstrumental, jazz e rock alternativo.

Curiosidade: note minha predileção por fórmulas de compasso não-usuais.

Murilo de Lima (f1987-), natural de Feira de Santana (BA), contrabaixista e computólogo. Seu

avô c tocava violão, com quem aprendeu os primeiros acordes. Quando criança era fã de Beethoven

e queria ser violinista, mas aos 11 anos entrou para uma banda de rock formada por amigos da escola,

e tocou percussão, violão e depois, definitivamente, baixo elétrico. Estudou sousafone, sax tenor

e teoria musical com o Prof. Sena no CEFET-BA, e cursou a Oficina de Piano da EMUS-UFBA.

Tocou um tempo na igreja (baixo, violão, piano, bateria). Em São Paulo, estudou contrabaixo

acústico com Bob Souza c no SESC Consolação e contrabaixo elétrico com Gilberto de Syllos ]

no Conservatório Souza Lima. Durante a graduação na Unicamp, estudou contrabaixo elétrico e

acústico com Zé Alexandre Carvalho ], produziu o EP independente “deadlock” sob orientação

de Nelson Pinton b, fez aulas de composição com Denise Garcia c e José Augusto Mannis _,

participou da Prática Orquestral sob regência de Eduardo Ostergren, e da Big Band da Unicamp

sob regência de Paulo Tiné _ e Leandro Barsalini �. Atualmente é baixista dos Estranhos no

Ninho.

16

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Bibliografia

[98] Grande enciclopédia Larousse. Madri: Planeta, 1998.

[BV04] S. P. Boyd e L. Vandenberghe. Convex Optimization. Cambridge University Press,2004.

[Enc15] Wikipedia: The Free Encyclopedia. Duality (optimization). Acessado em 10 denovembro de 2015. 2015. url: https://en.wikipedia.org/wiki/Duality_(optimization).

[Har96] W. D. Hart. “Dualism”. Em: A Companion to the Philosophy of Mind. Ed. porS. Guttenplan. Oxford: Blackwell, 1996.

[Liv15a] Wikipédia: A Enciclopédia Livre. Dualidade onda-corpúsculo. Acessado em 10 denovembro de 2015. 2015. url: https://pt.wikipedia.org/wiki/Dualidade_onda-corp%C3%BAsculo.

[Liv15b] Wikipédia: A Enciclopédia Livre. Dualismo. Acessado em 10 de novembro de 2015.2015. url: https://pt.wikipedia.org/wiki/Dualismo.

[Liv15c] Wikipédia: A Enciclopédia Livre. Yin-yang. Acessado em 10 de novembro de 2015.2015. url: https://pt.wikipedia.org/wiki/Yin-yang.

[RE79] Robert Resnick e Robert Eisberg. Física Quântica: átomos, Moléculas, Sólidos,Núcleos e partículas. Rio de Janeiro: Campus, 1979.

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A Anexo: Cartaz

18

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B Anexo: Programa

20

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“In mathematical optimization theory, duality means that optimization problems may be viewedfrom either of two perspectives, the primal problem or the dual problem (the duality principle). Thesolution to the dual problem provides a lower bound to the solution of the primal (minimization)problem. However in general the optimal values of the primal and dual problems need not be equal.Their difference is called the duality gap. Thus, a solution to the dual problem provides a bound onthe value of the solution to the primal problem.” (Wikipedia, the free encyclopedia)

highly contradictoryPisces asc. Geminia romantic sluta gullible scientist / a rational musiciana conservative vanguardista spiritualized materialista social lonera peaceful neurotican optimistic nihilistan obedient anarchist

“I’m an oceanan abyss in motionslow motionI’m all emotionhey, I’m a cherry ghost” (Jeff Tweedy)

arte: Janine Ierullo afotografia: Randy Lobato ` (http://www.behance.net/randylobato)vídeo: Rafael Luis Bizzarro ^luz: Airton de Oliveirasom: Rodrigo Rossi _ (http://glowproducoes.com.br/)apoio técnico: Laiz Gonçalves b, Tarcísio Barsalini _

realização:Instituto de ArtesUniversidade Estadual de Campinas

apoio: Diretoria de Apoio à Produção do Instituto de Artes (CEPROD)

gratidão: aos amigos que aceitaram este desafio de recital comigo e me deram uma força enorme, tanto tocando (Venas, Eddy, Victão,

Clora, Sagawa, Sue, Gringo [que veio de Sorocaba ensaiar], Felipe, Junqs, Polis, Lud, Rossi, Caião, Tarcis, Gazoni, Lennert e em especial

ao Varella, que topou estudar uma peça cabeluda, fazer um monte de ensaio e acabou se tornando um amigo chegado), quanto fazendo a

arte (Janis linda), foto (Randy oiii migaaa!!!), vídeo (Bizz, que aceitou de prontidão meio em cima da hora) ou no apoio (Laiz lindona), e

em especial ao Rossi e ao Tarcis pelo trampo com o som. Ao Airton do auditório e à Fátima do CEPROD, pelo apoio. Ao Zé Alexandre,

que além de ser um puta professor de baixo é um grande brother, Denise e Mannis, meus professores de composição, além dos professores

Zan, Nelson, Tiné, Ney, Mario Campos, Leandro e Ronqui, com quem aprendi muito. Aos amigos que fiz nesse período de graduação

e que me deram força em muitos momentos difíceis: Maria Cordélia, Adriel, Ju Jonson, Checchia, Vitinha, Chris, Fael, Peve, Junkie,

Ronaldo, Alex França, Thom Tot, Leu, Johnny, além de Polis, Randy, Laiz e Eddy de novo. Aos demais colegas da música, em especial

Grá, Rafão, Valadelvs, Jão, Mingroove, Yepez e Monte de Leone. Ao Giba, grande mestre, pelo pré-vestibular. Aos brothers com quem

toquei: Renatão, Otavio, Ju baixista, Leo Costa e mais recentemente os brothers dos Estranhos (Gui, Lu e Matt). À tchurminha do

underground (Janjão, Cardoso, Dro, Bolão, Gomera, Pompeo, Ari), da canja (Ale, Rodrigo, Dhiego, Bacaninho), do IC e das reps que

morei (em especial Janis, Ana Clara “Mainha” e Thiago Venancio). Aos amores efêmeros e conturbados que passaram pela minha vida

nesse período de grandes transições (André, Guido, Beto, Marquinhos, Zé, André, Tru, Tião, Davy, Samu e Ricardo) e ao Flávio. À minha

família (mãe, pai, Malu, Júlia, Lara, Arthur e meus avós, em especial vô Euzébio que me ensinou a tocar violão) pelo apoio e carinho,

muitas vezes por mim incompreendidos; a tia Elisa e tio Harry, que me acolheram. Ao Regente ou Caos, pelo Yin e pelo Yang, pelas

probabilidades e pela vida.

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I

1. Mother Mary – Variação V: Let It Be (Murilo de Lima, 2013) 2’36”para minha mãe

2. Pizzarco, para contrabaixo e piano (Jean-Michel Defaye, 1978) ∼7’piano: Ricardo Varella d

3. Variação sobre 8 cordas, para duo de contrabaixos (Murilo de Lima, 2014) ∼4’sobre as Variationen Op. 27 de Anton Webern, Mov. Icontrabaixo: Venancio Rodrigues Neto ^

4. piano forte (Murilo de Lima, 2014) ∼2’35”sobre instabilidade de humor

II

5. Francisca (Toninho Horta, 1989) ∼6’violão: Eddy Andrade b; guitarra: Victor Polo ]

6. Venezuelana no. 1 (Fabio Torres [Trio Corrente], 2010) ∼5’40”violão: Eddy Andrade; guitarra: Victor Polo

7. Conference of the Birds (Dave Holland, 1973) ∼4’55”flauta: Clara Kok Martins `; sax soprano: Fernando Sagawa f;percussão: Suelen Turíbio d; vibrafone: Victor Vieira-Branco a

8. You Make Me So Happy (Miroslav Vitouš, 1980) ∼4’33”sax soprano: Fernando Sagawa; piano: Felipe Ribeiro a; bateria: Fernando Junqueira e

III

9. Pyramid Song (Radiohead, 2001) ∼5’15”voz: Paulo Ohana ^; piano: Ricardo Varella; guitarra: Ludmila Oliveira �;sintetizadores: Rodrigo Rossi; bateria: Fernando Junqueira

10. A Wolf at the Door (Radiohead, 2003) ∼3’21”voz: Paulo Ohana; guitarras: Ludmila Oliveira, Rodrigo Rossi;sintetizadores: Ricardo Varella; bateria: Fernando Junqueira

11. Apostolic (Loose Fur, 2006) ∼2’49”guitarras: Caio Trevisan �, Tarcísio Barsalini; piano: Bruno Gazoni ];bateria: Rafael Lennert c

12. Side with the Seeds (Wilco, 2007) ∼4’16”guitarras: Caio Trevisan, Tarcísio Barsalini; piano: Bruno Gazoni; bateria: Rafael Lennert

Todos os músicos convidados são alunos da graduação em Música da Unicamp (exceto FernandoSagawa, que acabou de defender seu mestrado em Música na Unicamp, e Victor Vieira-Branco, queconheci pela cena underground de Barão Geraldo) e da turma de 2012 (exceto Eddy Andrade [2011],Felipe Ribeiro [2014], Fernando Junqueira [2013], Paulo Ohana [2013] e Bruno Gazoni [2011]).

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Murilo de Lima (f1987-), natural de Feira de Santana (BA), contrabaixista e computólogo. Seu avô c tocava violão,com quem aprendeu os primeiros acordes. Quando criança era fã de Beethoven e queria ser violinista, mas aos 11 anosentrou para uma banda de rock formada por amigos da escola, e tocou percussão, violão e depois, definitivamente, baixoelétrico. Estudou sousafone, sax tenor e teoria musical com o Prof. Sena no CEFET-BA, e cursou a Oficina de Piano daEMUS-UFBA. Tocou um tempo na igreja (baixo, violão, piano, bateria). Em São Paulo, estudou contrabaixo acústicocom Bob Souza c no SESC Consolação e contrabaixo elétrico com Gilberto de Syllos ] no Conservatório Souza Lima.Durante a graduação na Unicamp, estudou contrabaixo elétrico e acústico com Zé Alexandre Carvalho ], produziu oEP independente “deadlock” sob orientação de Nelson Pintonb, fez aulas de composição com Denise Garcia c e JoséAugusto Mannis_, participou da Prática Orquestral sob regência de Eduardo Ostergren, e da Big Band da Unicampsob regência de Paulo Tiné _ e Leandro Barsalini �. Atualmente é baixista dos Estranhos no Ninho.

Jean-Michel Defaye (`1932-), francês, pianista, compositor, arranjador e regente. Estudou no Conservatório deParis com Nadia Boulanger. Vencedor do Premier Second Grand Prix de Rome em 1952, e do Segundo Prêmio emComposição para a Competição Belga Rainha Elizabeth em 1953. (Fonte: Wikipedia)

Anton Webern (c1883-1945), austríaco, compositor e regente. Pertenceu à chamada Segunda Escola de Viena,liderada por Arnold Schoenberg, cujo estilo e poética musical foi denominado de música dodecafônica, música ex-pressionista ou música pontilhista. É conhecido e admirado entre os músicos pós-modernos pelas inovações rítmicas,timbrísticas e dinâmicas que formaram o estilo musical conhecido como serialismo. (Fonte: Wikipedia)

Toninho Horta (c1948-), brasileiro, compositor, arranjador, produtor musical e guitarrista. Seu estilo de composiçãoé marcado por progressões harmônicas sofisticadas e melodias complexas. Trabalhou como guitarrista e arranjadorpara diversos artistas brasileiros. Foi membro do coletivo musical mineiro Clube da Esquina, e sua técnica de guitarratem influenciado uma geração de músicos no Brasil e no exterior. (Fonte: Wikipedia)

Fabio Torres (e1971-), brasileiro, pianista, arranjador e compositor. Estudou no Conservatório Villa-Lobos em SãoPaulo com Sonia Zaidan, no Conservatório Musical Beethoven com Esther Pacheco d’Ângelo e na ECA-USP, ondecursou Composição. Juntamente com Paulo Paulelli (�1974, contrabaixista) e Edu Ribeiro (d1975, baterista), formao Trio Corrente, vencedor do Grammy Award e do Latin Grammy em 2014. (Fontes: http://musicosdobrasil.com.br/fabio-torres / http://triocorrente.com/biografia/)

Dave Holland (a1946-), inglês, contrabaixista e compositor de jazz. Desempenhou um papel importante no cha-mado avant-garde jazz. Tocou com importantes nomes do jazz, como Miles Davis, Chick Corea, Anthony Braxton,Kenny Wheeler, Pat Metheny e Michael Brecker. Estudou com James Edward Merrett e formou o grupo Circle, cujasonoridade foi influenciada pelo free-jazz. (Fonte: Wikipedia)

Miroslav Vitouš (c1947-), tcheco, contrabaixista. Nascido em Praga, começou a tocar violino aos seis anos deidade, piano aos dez e contrabaixo aos quatorze. Estudou música no Conservatório de Praga com František Pošta e naBerklee College of Music, nos Estados Unidos. É um músico extremamente virtuoso, e foi um dos membros fundadoresdo grupo Weather Report. (Fonte: Wikipedia)

Radiohead é uma banda inglesa de rock alternativo, formada em 1985 por Thom Yorke (a1968, vocais, guitarra,piano), Jonny Greenwood (b1971, guitarra, sintetizador, arranjos), Ed O’Brien (�1968, guitarra, vocais), ColinGreenwood (_1969, baixo) e Phil Selway (^1967, bateria). É uma das bandas mais influentes dos anos 1990, e seudisco OK Computer (1997) é considerado o melhor álbum de todos os tempos pelo site rateyourmusic.com. Suamúsica sofre influência de diversos gêneros, como eletrônica, krautrock, jazz e música contemporânea. (O guitarristaJonny Greenwood é fã declarado do compositor Messiaen e atualmente tem composto música erudita, com peçasapresentadas por orquestras de nível internacional.) (Fontes: Wikipedia / Rate Your Music)

Loose Fur foi uma banda estado-unidense de indie rock, formada por Jeff Tweedy (`1967, guitarrista e compositor)e Glenn Kotche (d1970, baterista e compositor), membros do Wilco (ver nota seguinte), e pelo produtor musicalJim O’Rourke (d1969). A banda lançou apenas dois álbuns (Loose Fur [2003] e Born Again in the USA [2006]) eteve apenas uma turnê. A formação do grupo influenciou fortemente a sonoridade do aclamado álbum Yankee HotelFoxtrot (2002) do Wilco, e levou a alterações na formação do próprio Wilco (Kotche substituiu o baterista Ken Coomere Jim O’Rourke produziu diversos álbuns do grupo). (Fonte: Wikipedia)

Wilco é uma banda estado-unidense de rock alternativo, formada em 1994 em Chicago pelos membros restantes dogrupo Uncle Tupelo. Juntamente com o Uncle Tupelo, Wilco é considerado o precursor do gênero alt-country (tambémdenominado Americana), que consiste na fusão de elementos do country com o rock alternativo dos anos 90. Além deJeff Tweedy e Glenn Kotche, a banda atualmente é formada por John Stirratt (c1967, baixista), Pat Sansone (_1969,multi-instrumentista), Mikael Jorgensen (^1972, pianista e tecladista) e Nels Cline (d1956, guitarrista), embora játenha passado por diversas formações. Suas principais influências incluem Bill Fay, The Beatles, Television, Bob Dylane Woody Guthrie. Possuem nove álbuns de estúdio, são vencedores de dois Grammy Awards pelo álbum A Ghost isBorn (2004) e são protagonistas de uma conturbada e bem-sucedida relação com a indústria fonográfica, em especialdurante o lançamento do álbum Yankee Hotel Foxtrot (2002); a história é relatada no documentário I Am Trying toBreak Your Heart (2002). Atualmente, apesar de ainda permanecer no underground, Wilco possui um público fielque lota estádios nos Estados Unidos e Europa. Infelizmente eles não se apresentam no Brasil desde 2006. (Fonte:Wikipedia / vivência do formando, fã declarado da banda)

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C Anexo: Partituras

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Mother MaryMurilo de Lima

© 2013 Murilo de Lima

Tema e VariaçõesTema - Infância

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Var V - Let It Be (roteiro)

• Gerei o áudio no ProTools a partir do MIDI do Finale do tema, com o sintetizador MiniGrand. Escolhi as opções “soft” para modelo e “hall” para tipo de sala.

• Importei o áudio gerado no Audacity.• Diminuí a velocidade em 60%.• Reverti o áudio.• Procurei no freesound.org as palavras "glass", "crystal" e "tinkle", até que achei o arquivo

“shells-tinkle” ( http://www.freesound.org/people/BristolStories/sounds/65916/ ). Vou chamar esse arquivo de "sinos" daqui em diante.

• Importei esse arquivo no Audacity em paralelo com o tema invertido, criei 4 cópias uma do lado da outra de forma a preencher toda a música, cortei um pedaço do final e coloquei fade in e fade out para o início / fim da música.

• Exportei os áudios em WAV e importei de volta no ProTools.• No ProTools criei várias copias dos sinos em paralelo, em defasagem.• Diminuí o volume dos sinos.• Ao todo criei 12 cópias do som dos sinos. Tentei fazer a defasagem de uma forma logarítmica,

de forma que à medida que se aproxima do fim, temos mais sinos mais rápido.• Pensei em deixar alguns sinos apenas em um lado da panorâmica, então percebi que, quando

criei as faixas do 5o até o 12o sinos, sem querer criei faixas mono. Então distribuí essas faixas de forma que a 5a e a 6a entram um pouco uma de cada lado, e a distância do centro vai aumentando até chegar na 12a, alternando uma faixa do lado esquerdo e outra do lado direito.

• Ao final do piano invertido, cortei os sinos, com exceção do primeiro, e fiz um fade out bem curto para dar a sensação de que algo se esvai de repente.

• Adicionei um reverb aos sinos. Utilizei o plugin AIR Reverb, e coloquei os parâmetros room size 87%, reverb time 0,6s, balance 50% e mix 44%.

Na próxima página é exibida a tela do ProTools com a visualização da edição das faixas.

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Contrabaixo I

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variação sobre 8 cordasMurilo de Lima

02/04/2014

sobre as Variationen Op. 27 de Anton Webern, Mov. I

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C-b. I

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C-b. I

C-b. II

22

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œn . œn . œ# . œn . œn .œ# œn œn œb œ œ# . œ# . œn . œn .

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C-b. I

C-b. II

24

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œn . œ# . œ- œb . œn . œn - œ# . œ# . œn - œn . œb . œn -F

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C-b. I

C-b. II

26 œn - œ# . œ. œb - œn œn œn - œ# œb œn -œ# œn

œn . œ# .œn - œb œ# œn -

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C-b. I

C-b. II

29

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2 variação sobre 4 cordas

Page 46: concept in pdf

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?

C-b. I

C-b. II

34

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C-b. I

C-b. II

38

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C-b. I

C-b. II

43

‰ Jœb . Œ Ó

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F

F

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œn . œb . ‰ œ# - œn - œb -ƒ

ƒ

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C-b. I

C-b. II

47

œ# - œn -œb -

œn -œn - œn - œb - œn -

.˙# Œ

.˙#Œ

π

π

3variação sobre 4 cordas

Page 47: concept in pdf

&

&

44

44 œ#

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Largo q = 55

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π

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∑ ?

q = 45

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4

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a tempo

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œn- œœnb œœnn&

a tempo

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&

&

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œn œn œbœn œn œb œn œœnn U

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a tempo

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œ#

œn -

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ƒ ƒp p

a tempo

piano forteMurilo de Lima

Page 48: concept in pdf

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9

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q = 32

2 piano forte

Page 49: concept in pdf

&

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43

43

43

Electric Guitar

Acoustic Guitar

Bass Guitar

œ

Œ

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B bmaj7 B b/A

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C 7/G

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E.Gtr.

Ac.Gtr.

Bass

7

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.œ .œ .œ .œ

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œ œ Jœ .œ#

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A m7

A m7

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G m7

G m7

F #m7

F #m7

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B n7sus B n7

B n7sus B n7

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Emaj7

Emaj7

&

&

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E.Gtr.

Ac.Gtr.

Bass

14

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A maj7

A maj7

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B b ø

B b ø

˙ œ

B n7sus B n7

B n7sus B n7

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A m7

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˙ œ œ

D 7

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G maj7 D/F #

G maj7 D/F #

.œ .œ

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.À .À

Em7 Em/D

Em7 Em/D

.œ .œ

.À .À

.À .À

C# ø C m6

C# ø C m6

FranciscaToninho Horta

Arr. Trem Doido

Page 50: concept in pdf

&

&

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E.Gtr.

Ac.Gtr.

Bass

22 .œ .œ

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B n ø E7( b 9)

B n ø E7( b 9)

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.À .À

.À .À

A m7 Eb7

A m7 Eb7

˙ œ œ

À ÷

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D 7sus D 7( b 9)

D 7sus D 7( b 9)

œ œb œ œ œ œ

G m7

G m7

œb œ œ œ œ œ#

A 7(13)

A 7(13)

œ œ œ œ œ œ#

D maj7 A #o

D maj7 A #o

&

&

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E.Gtr.

Ac.Gtr.

Bass

28

œ# œ œ œ œ œ#

B nm7

B nm7

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G m7

G m7

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C 7sus C 7

C 7sus C 7

F maj7F maj7(#5)

F maj7F maj7(#5)

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B n7(#11)

B n7(#11)

˙ œ

B bmaj7

B bmaj7

˙ œ

C/B b

C/B b

&

&

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E.Gtr.

Ac.Gtr.

Bass

35

.œ .œ

A m7 Eb7

A m7 Eb7

˙ œ œ

À ÷

À ÷

D 7sus D 7

D 7sus D 7

œ œb œ

G m7

G m7

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D b7 C 7

D b7 C 7

C m7

C m7

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À ÷

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B n ø E7( b 9)

B n ø E7( b 9)

2 Francisca

Page 51: concept in pdf

&

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E.Gtr.

Ac.Gtr.

Bass

˙ œ œ

A m7

A m7

B

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Emaj7/G #

˙ œ#

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E.Gtr.

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Bass

47

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C maj7

C maj7

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E7

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A m7

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D 7

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G maj7 D/F #

G maj7 D/F #

.œ .œ

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Em7 Em/D

Em7 Em/D

&

&

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E.Gtr.

Ac.Gtr.

Bass

53

.œ .œ

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C# ø C m6

C# ø C m6

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B n ø E7( b 9)

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A m7 Eb7

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À ÷

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D 7sus D 7( b 9)

D 7sus D 7( b 9)

œ œb œ œ œ œ

G m7/D

G m7/D

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A 7(13)/C#

A 7(13)/C#

3Francisca

Page 52: concept in pdf

&

&

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E.Gtr.

Ac.Gtr.

Bass

59

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B nm7 A #o

B nm7 A #o

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D/A

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G m7

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C 7/G

C 7/G

F maj7/A

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B bmaj7

B bmaj7

&

&

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E.Gtr.

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66

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C/B b

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A m7 Eb7

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À ÷

D 7sus D 7

D 7sus D 7

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G m7

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D b7 C 7

C m7

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À ÷

B n ø E7( b 9)

B n ø E7( b 9)

& ..E.Gtr.

73

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∑G m7

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∑B n7sus B n7

∑Emaj7

∑A maj7

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∑B n7sus B n7

&E.Gtr.

81

∑A m7

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∑G maj7 D/F #

∑Em7 Em/D

∑C# ø C m6

∑B n ø E7( b 9)

∑A m7 Eb7

∑D 7sus D 7( b 9)

&E.Gtr.

89

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∑A 7(13)

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∑G m7

∑C 7sus C 7

∑F maj7F maj7(#5)

∑B n7(#11)

& ..E.Gtr.

97

∑B bmaj7

∑C/B b

∑A m7 Eb7

∑D 7sus D 7

∑G m7

∑D b7 C 7

∑C m7

∑B n ø E7( b 9)

4 Francisca

improvisos

Page 53: concept in pdf

&

&

?

E.Gtr.

Ac.Gtr.

Bass

˙ œ œ

A m7

A m7

C

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G m7/A

G m7/A

A 6

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Emaj7/G #

Emaj7/G #

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A/G #

A/G #

&

&

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E.Gtr.

Ac.Gtr.

Bass

111

œ# œ œ œ# œ

C maj7

C maj7

˙ œ

E7

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˙ œ œ

A m7

A m7

˙ œ œ

D 7

D 7

.œ .œ

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.À .À

G maj7 D/F #

G maj7 D/F #

.œ .œ

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.À .À

Em7 Em/D

Em7 Em/D

&

&

?

E.Gtr.

Ac.Gtr.

Bass

117

.œ .œ

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.À .À

C# ø C m6

C# ø C m6

.œ .œ

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.À .À

B n ø E7( b 9)

B n ø E7( b 9)

.œ .œ

.À .À

.À .À

A m7 Eb7

A m7 Eb7

˙ œ œ

À ÷

À ÷

D 7sus D 7( b 9)

D 7sus D 7( b 9)

œ œb œ œ œ œ

‰ jÀ ‰ .À

‰ jÀ ‰ .À

G m7/D

G m7/D

œb œ œ œ œ œ#

‰ jÀ ‰ .À

‰ jÀ ‰ .À

A 7(13)/C#

A 7(13)/C#

5Francisca

Page 54: concept in pdf

&

&

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E.Gtr.

Ac.Gtr.

Bass

123

œ œ œ œ œ œ#

‰ jÀ ‰ .À

‰ jÀ ‰ .À

B nm7 A #o

B nm7 A #o

œ# œ œ œ œ œ#

D/A

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G m7/D

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C maj7/E

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B n7(#11)

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B bmaj7

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E.Gtr.

Ac.Gtr.

Bass

130

˙ œ

C/B b

C/B b

.œ .œ

A m7 Eb7

A m7 Eb7

˙ œ œ

À ÷

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D 7sus D 7

D 7sus D 7

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G m7

G m7

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D b7 C 7

D b7 C 7

C m7

C m7

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B n ø E7( b 9)

B n ø E7( b 9)

&

&

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E.Gtr.

Ac.Gtr.

Bass

137

˙ œ

C maj7

C maj7

˙ œ

B bmaj7

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A/C#

A/C#

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.œ# .œ

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D maj7

D maj7

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B nm7

B nm7

F #7sus

F #7sus

6 Francisca

fim

Page 55: concept in pdf

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%>

74

74

74

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−−

−−

Guitarra

Violão

Baixo

Œ − œα œ‰ œ œα œ−œα œ

œ∀ Ιœœα œ

‰ Û Û

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œ œ œ œ œ

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Bα7M

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Gtr.

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G m9

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F7M

3

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Gtr.

Vl.

B.

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‰ Û Û

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F7M

œ Ιœα œ œα

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−œ œ

F13sus4

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A13sus4

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Bα7M(#5)

œ Ιœα œ œµ œα œ3

Ιœœ œœœµ œœœ

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Bα 69

Venezuelana n°1Fabio Torres

Copyright © Eddy Andrade - 2013

Arr.: Eddy Andrade

Page 56: concept in pdf

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Gtr.

Vl.

B.

17 œα Ιœα œα œ

−œα œ

Aαm9

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G 7alt

−œα œ œα

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Eαm9

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E7(13)

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75

75

75

Gtr.

Vl.

B.

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−œα œ œ

Eα7M

Œ − œα œ

œα œ œα œ œ∀

Eα/Bα

2. −œα œ

˙̇̇αιœœœ

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Eα7M

%

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75

75

75

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B.

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−−−−˙˙˙̇α

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Aα7M(9)/C

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−−−−˙˙˙̇œ œ œα œ Ιœ

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−−−−˙̇̇˙α

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Aαm(7M)/B

−œ̇α œ œ œ œ œ

−−−−˙̇̇˙

−œ œ œα œ

2 Venezuelana n°1

Page 57: concept in pdf

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Gtr.

Vl.

B.

29 ˙α ιœ˙α œ œα œ œ œ

−−−−˙˙̇˙α

α

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Eα7M(9)/Bα

−œ ιœ œœα œ œ œ œ œ

−−−−˙˙̇˙œ œ∀ œ œ Ιœα

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−−−−˙̇̇˙

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A m7(b5)

ιœ ˙œα œ ˙ œ œ œ

−−−−˙̇̇˙˙ œ œ∀

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Gtr.

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33 œ œ∀ œ∀ œ∀ œ œ

−−−−˙˙˙̇∀∀−˙∀

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−−−−˙˙˙̇œ œµ œ∀ œ∀ Ιœµ

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−−−−˙̇̇˙∀∀ −˙∀

D/G∀

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−−−−˙̇̇˙ −˙

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74

74

74

Gtr.

Vl.

B.

37 œ∀ œ∀ œ∀ œ œ œ

−−−−˙̇̇˙

∀∀

∀−˙∀

Dα7M/Aαœ∀ œ œ∀ œ∀ œ œ

−−−−˙̇̇˙œ œµ œ∀ œ∀ Ιœ∀

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Em7(9)/G

−−−−œœœœ œ œ∀ œ

œ∀ œ œ −−−œœœ−˙ −œ‰ œ œ

3Venezuelana n°1

Page 58: concept in pdf

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74

74

74

Gtr.

Vl.

B.

41 ∃ −œ œ∀ œ

‰ œ∀ œ œ˙∀ Ιœ

˙∀ ιœ

D/F ∀

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Bα(add9)/Dα

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Em7(b5)

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Gtr.

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46 −œα œ œ

‰ œα œ œ˙ Ιœ−œ œ

F9sus4

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Eαm(7M)/Gα˙ Ιœ

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Eα7M(9)/G

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A 7alt

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Gtr.

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B.

51 œ Ιœœ œ

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Dm7(9)

œ œ œ œ œ

‰ Û Û

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B m7(b5)

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Bα7M

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−œ œ

E13( α 9)

−œ œ œ

‰ Û Û

œ ιœ œ œ

F/A

−œ œα œ

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−œ œ œ

G m9

4 Venezuelana n°1

Page 59: concept in pdf

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Gtr.

Vl.

B.

57 −œ œ œ

‰ Û Û

−œ œ œ

G m/F

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C/E

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−œ œ

F7M

−œ œα œµ

œ œ œœ œœœ−œ œ

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Gtr.

Vl.

B.

62 −œ œα œα

œα œα œ œœ−œα œ

−œα œ

Gα7(9#11)

−œ œα œ

œœœαα œα œ œœœααα œœ−œα Œ

−œα œ

−œ œα œ

œœœ œ œ œœ−œ œ

−œΜ œ

Eα 69/G

−œ œα œµ

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œ −œ

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%>

34Gtr.

Vl.

B.

66 −œ œα œα

œα œα œ œœ−œα œ

−œα œ

Aα13sus4

−œ œα œ

œœœ∀ œ œ œœœ−œ œœΜ −œ

A 7(∀5)

−œ œα œα

œœœα œ œ œœ−œα œ−œα œ

Bαm(7M)

−œ œ œ

œ œ œ œœœ−œΜ œœΜ −œ

B m7(b5)

5Venezuelana n°1

Page 60: concept in pdf

% 34 −−Gtr.

70 −{ {C9sus4 Dα7M(#5) −{ {Bα(add9)/D Eα 69 −{ {C(add9)/E Bα7M/F

% −−Gtr.

73 −{ {D(add9)/F ∀ Eα(add9)/G −{ {

Aα13sus4 A7( b13b9 ) −{ {

Bαm6(9) B m9( α5)

%Gtr.

76 −{ {C9sus4 Dα7M(#5) −{ {

Bα(add9)/D Eα 69 −{ {

C(add9)/E Bα7M/F

%

%>

Gtr.

Vl.

B.

79 ∑ œα œµ

−{ {

−{ {

D(add9)/F ∀Eα(add9)/G

D(add9)/F ∀ Eα(add9)/G

−œ Ιœα œ œα −œ Ιœ

−{ {

−{ {

Aα13sus4 A7( b13b9 )

Aα13sus4 A7( b13b9 )

−œ Ιœα œ œ œ œµ œ

−{ {

−{ {

Bαm6(9) B m9( α5)

Bαm6(9) B m9( α5)

−œ Ιœ œ œ œ œ œ

−œ Ιœα œ œ œ œ œ

−{ {

C9sus4 Dα7M(#5)

C9sus4 Dα7M(#5)

molto rit.

%

%>

74

74

74

Gtr.

Vl.

B.

83 −œ Ιœα œ œ œ œ œ

−œ Ιœ œ œα œ œ œ

−{ {

Bα(add9)/D Eα 69

Bα(add9)/D Eα 69

ϖϖ œœ

−−˙̇ ˙̇˙α

{ Û

C 7/E

C 7/E

FimϖΤ

œ

ϖϖ œœ

{ Û

F7M

F7M

6 Venezuelana n°1

última vez

improviso

Page 61: concept in pdf

% 74Vl.

86 Œ − œ œα œµ œ œ œα6

rubato œ ιœα œ œα˙̇̇̇αα Ιœœ œ∀ œ œ œα˙ Ιœ‰ œ œœ

−œ œ œαœα œα œα œ−œα œ œµ œ ιœα œ œµ œα œ

3

−œα Ιœ ‰Ιœ œœα Œ

% 75Vl.

91 œα ιœα œα œα‰ œα œŒ Ιœœα œœ œα œ œ œ œα

˙ Ιœ‰ œœ œœ

−œα œ œα˙α Ιœ‰ œα œœα œœ ˙ ιœ∀

˙ Ιœ‰ œ œ∀ œ∀ −œα œ œ˙α Ιœ

œœ œ œ Œ œα œ œ œ˙α Ιœ

%>

75

75Vl.

B.

97 −α̇ −˙αœœα œ œ œ œ œ

−˙

−œ œ ιœ−œ̇ œ œα œ

−˙

−α̇ −˙αœœα œ œ œ œ œ

−˙

−œ Œ −−œ −œαœ œα œ œ œ œ

−˙

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Vl.

B.

101 œ œ œ−−˙̇αœ œα œ œ œ œ

−˙α

−œ œ ιœα˙ œœ œα œα ‰ œœœα

−˙

−˙−˙‰ œα œ œ œ œ

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˙ œ œ∀−œ −œœ œα œ ‰ œ œ∀

−˙

−œ Œ −−œ −œœ œ œœ∀ ‰ œœα œ∀

−˙

%>

Vl.

B.

106 œœœ∀ œΜ œ∀ œ∀ œµ œ∀−˙−˙

−˙−˙α ‰ œ∀ œ œ œ œ

−˙α

œ∀ œ∀ œ œ œ œ∀ œ œ3

Ó −

−˙

˙α œ‰ ˙α Ιœ‰ ˙α œ −−œœ

−˙α

7Venezuelana n°1

Page 62: concept in pdf

%

%>

Gtr.

Vl.

B.

110 ∑

œ œ œα œ∀ œ∀ œ−œ Œ −

−−œœ Œ −

−˙

∑−˙

Ιœ œ −œŒ ιœ œ œ œ

−˙

D.S. al Coda−−−−œœœœ œ œ∀ œ

−œ Œ −

−œ̇∀ œ œ −−−œœœ

−˙

8 Venezuelana n°1

Page 63: concept in pdf

ad libitum

re eoliore eolio

3

33

3

3

3 335 3

8

88

8

8

20

2

Vib.

Bass

Fl.

S. Sax.

Vib.

Bass

S. Sax.

7

Fl.

S. Sax.

Vib.

Bass

Acoustic Bass

Fl.

Vibraphone

16

Soprano Sax

BassFlute

Vib.

S. Sax.

Fl.Conference of the Birds, 197312Dave Holland

transcr. Murilo de Lima

Conference of the Birds

Page 64: concept in pdf

E

E

B

F B

F

B E Dm

Dm

Dm FB EDm F

entra claveentra chaves

rit.

entra chocalho

4x4xa tempoa tempo

33 33

8

8

8

Vib.

Bass

Fl.

S. Sax.

Vib.

Bass

S. Sax.

Fl.

20

2

Vib.

Bass

Fl.

S. Sax.

Vib.

Bass

S. Sax.

Fl.

Bass

16

Bass

Vib.

S. Sax.

Vib.

S. Sax.

Fl.Fl.12

Page 65: concept in pdf

EB

Dm C G/B

Dm F

E

E

F B

F B

Dm

Dm

EDm FF BEBDm

conducao no prato

8

8

8

4

Vib.

Bass

Fl.

S. Sax.

Vib.

Bass

3

S. Sax.

Fl.

Bass

34

Vib.

Bass

Fl.

S. Sax.

Vib.

Bass

S. Sax.

Fl.30

Bass

Vib.

S. Sax.

Fl.

Vib.

S. Sax.

Fl.26

Page 66: concept in pdf

EF BDm

Dm C G/B

Em D A/C

Dm C G/B

E

E

F

E

FG CEmF

F B

F

G

F

B

C

B

Dm

Dm

Em

Dm

G CEm

EF BDmEF BDm

Dm C G/BEFDm B

improviso sax

contracanto pro sax livre

8

8

8

Vib.

Bass

S. Sax.

Vib.

Bass

S. Sax.

46

4

Vib.

Bass

Fl.

S. Sax.

Vib.

Bass

S. Sax.

Fl.

Bass

42

Bass

Vib.

S. Sax.

Vib.

S. Sax.

Fl.38

Page 67: concept in pdf

B E

C F

B E

F

G

F

G/B

Dm

Em

Dm

A/C

G/B

Dm FDm F B E

Em GC FEm G

Dm FDm F B E

Dm C

B E

C F

B E

E

F

G

F

B

Dm

Em

Dm

Em DFC

Dm CEB

FDm EB

FG CEm

FDm EB

improviso flauta

contracanto p/ flauta livre

8

8

8

5 6

Bass

S. Sax.

Bass

S. Sax.

Bass

S. Sax.

58

Fl.

Vib.

Bass

S. Sax.

Vib.

Bass

S. Sax.

Fl.55

Bass

Vib.

S. Sax.

Fl.50

Page 68: concept in pdf

EF B

FG C

E Dm

Dm C G/B

Em D A/C

Dm C G/B

B

B E

C F

B E

F

F

G

F

Dm

Dm

Em

Dm

F EmCGEm

EF BDmEBFDm

Dm C G/BFDm B E

Em D A/CC FGEm

Dm C G/BFDm B E

8

8

8

70

Vib.

Fl.

Vib.

5 6

Bass

S. Sax.

Bass

S. Sax.

Fl.66

Bass

Vib.

S. Sax.

Fl.62

Page 69: concept in pdf

B E

C F

B E

B E

G/B

F

G

F

F

E Dm C

E

F

E

E

Dm

Em

Dm

Dm

B

B

C

B

B

F

Dm F

Em G

Dm F

Dm F

G/BDm CEBF

Dm

Dm

A/CF Em DCGEm

G/BDm CEBFDm

B E

B E

C F

B E

FDmDm F EB

FDmDm F EB

GF EmCEm G

FDmDm F EB

improviso vibra

contracanto p/ vibra livre

contracanto p/ vibra livre

8

8

8

7

82

Vib.

Bass

Fl.

S. Sax.

Vib.

Bass

S. Sax.

Fl.78

Bass

Vib.

S. Sax.

Fl.74

Page 70: concept in pdf

B EF

C G/B

C G/B

E Dm

E

E

Dm

Dm

B

B

B

B EFDmEB

Dm F

Dm F

Dm F

E

F

E

E

Dm F

G/BCDmEBDm FE

C G/BDmEBDm FE

D A/CF EmCEm G

C G/BDmEBDm FE

2

8

8

8

94

8

Vib.

Bass

Fl.

S. Sax.

Vib.

Bass

7

S. Sax.

Fl.90

Bass

Vib.

S. Sax.

Fl.86

Page 71: concept in pdf

G/BDm CEFDm B

E

E

G/BDm CEFDm B

Dm F EBEFDm B

Dm F EBEFDm B

tremolo do pizzicatocom ponta da unhatremolo do pizzicatocom ponta da unha

8

8

9

Bass

Vib.

S. Sax.

Fl.102

Bass

Vib.

S. Sax.

Fl.98

Page 72: concept in pdf

& 43 .. ..œbjœ œb

B bsus79 A bsus79

q=160

C sus/G

C sus

& ..5

.œ .œ .œ .œN

C maj7(9)

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A bmaj7

˙ œ œ .œ .œ .œ .œb .˙

B bsus79

& ..11

.œ .œ .œ .œN œ œ œ .œ

G/A b A b/G

.œ .œ .œ .œ1.

˙ œ œ

Cadd9/E

˙ œ œ œ

B badd9/D

.˙b

A badd9/C

&18 2.

Cadd9/E

‰ jœ œN œ œ œ .˙

B badd9/D

˙ œ .˙b

A badd9/C

.˙ ∑ ∑

& 44 4326

jœb ˙b œ œ

N.C.

˙b œ œ .˙

Em7

‰œb œ œ

jœn œ jœ .˙b

B bsus79

˙ œ œ ˙b œ œb

&33

.˙b

A bsus79

.˙ Œ .œb œb œ œb œ œ œb3

.˙b

D bsus79

œ Œ Œ

&39

.œb œ œb œb

Emaj7(#5) Ebmaj7(#5)

œN .œb jœb

A bmaj7

œ œ œ ˙ .˙

You Make Me So HappyMiroslav Vitous

Transcrição: Paulo Tiné / Murilo de Lima

colcheia lisa

colcheia lisa

Page 73: concept in pdf

&

?

# #

# #

48

48

...œœœ# ...

œœœ˙̇˙

...œœœn ...œœœ

..œœ ..œœ ˙̇ ..œœ ..œœ

F # G maj7 A 6

Moderato

...œœœ ...œœœ

˙̇˙

.

..œœœ

.

..œœœ

..œœ ..œœ ˙̇ ..œœ ..œœ

G maj7 G

.

..œœœ# ...

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F #b9 F # G maj7 A 6

&

?

# #

# #

..

..

4

...œœœ ...œœœ

˙̇˙

...œœœ

...œœœ

..œœ ..œœ ˙̇ ..œœ ..œœ

G maj7 %

...œœœ# ...

œœœ˙̇˙

...œœœn ...œœœ

..œœ ..œœ ˙̇ ..œœ ..œœ

F # G maj7 A 6

...œœœ ...œœœ

˙̇˙

...œœœ# ...

œœœ

..œœ ..œœ ˙̇ ..œœ ..œœ

G maj7 F #

&

?

# #

# #

..

..

..

..

7

...œœœ# ...

œœœ˙̇˙

...œœœn ...œœœ

..œœ ..œœ ˙̇ ..œœ ..œœ

F # G maj7 A 6

...œœœ ...œœœ

˙̇˙

...œœœ

...œœœ

..œœ ..œœ ˙̇ ..œœ ..œœ

G maj7

...œœœ# ...

œœœ˙̇˙

...œœœn ...œœœ

..œœ ..œœ ˙̇ ..œœ ..œœ

F # G maj7 A 6

&

?

# #

# #

..

..

10

...œœœ ...œœœ

˙̇˙

...œœœ# ...

œœœ

..œœ ..œœ ˙̇ ..œœ ..œœ

G maj7 F #4a repetição da 2a vez ao Coda fi

...œœœN ...

œœœ˙˙#

.

.œœ

.

.œœ

..œœ ..œœ ˙̇ ..œœ ..œœ

F #m ED.S. al Coda

...œœœN

...œœœ

˙̇˙

...œœœ

...œœœ

..œœ ..œœ ˙̇ ..œœ ..œœ

G maj7

Pyramid SongRadiohead

entra vocalize (1a vez não repete)

entra letra (repete 4x)

baixo fazendo harmônicos

seção rítmica entra na 1a repetição da 2a vez

Page 74: concept in pdf

&

?

# #

# #

..

..

..

..

13fi

...œœœ

...œœœ

˙̇˙# ...

œœœ...

œœœ

..œœ ..œœ ˙̇ ..œœ ..œœ

G maj7 F #

...œœœN ...

œœœ˙˙#

.

.œœ

.

.œœ

..œœ ..œœ ˙̇ ..œœ ..œœ

F #m E

...œœœN

...œœœ

˙̇˙

...œœœ

...œœœ

..œœ ..œœ ˙̇ ..œœ ..œœ

G maj7

&

?

# #

# #

16

...œœœ# ...

œœœ˙̇˙

...œœœn ...œœœ

..œœ ..œœ ˙̇ ..œœ ..œœ

F # G maj7 A 6

...œœœ ...œœœ

˙̇˙

.

..œœœ

.

..œœœ

..œœ ..œœ ˙̇ ..œœ ..œœ

G maj7 G

.

..œœœ# ...

œœœ˙̇˙

...œœœn ...œœœ

..œœ ..œœ ˙̇ ..œœ ..œœ

F #b9 F # G maj7 A 6

&

?

# #

# #

..

..

..

..

19

...œœœ ...œœœ

˙̇˙

.

..œœœ

.

..œœœ

..œœ ..œœ ˙̇ ..œœ ..œœ

G maj7 G

.

..œœœ# ...

œœœ ˙̇̇ ...œœœn ...œœœ

..œœ ..œœ ˙̇ ..œœ ..œœ

F #b9 F # G A 6

...œœœ ...œœœ

˙̇˙

.

..œœœ

.

..œœœ

..œœ ..œœ ˙̇ ..œœ ..œœ

G maj7 G

WWW#

U

WW

F #

2 Pyramid Song

Page 75: concept in pdf

& b 86Guitar œ œ œ œ œ œ

D mLargo

œ œ œ œ œ œ

D m9

œœ œ œb œ œ

Eb/G

œœ œ œ œ œ

G m

œ œ œ œ œ œ

Asus4

œ œ œ œ# œ œ

A/G

& b .. ..Gtr.

7

’ ’

D m

’ ’

D m9

’ ’

Eb/G

’ ’

G m

’ ’

Asus4

’ ’

A/G

& bGtr.

13

’ ’

D/F #

’ ’ ’ ’

G

’ ’ ’ ’

D maj7/F #

’ ’ ’ ’

D maj7/F #

’ ’

G

& b .. ..Gtr.

21

∑D m

∑C 9

∑B b6

1, 2.

∑F/A

∑A/G

3.

∑A 7

& b .. ..Gtr.

27

’ ’

D m

’ ’

D m9

’ ’

Eb/G

’ ’

G m

’ ’

Asus4

’ ’

A/G

& b .. ..Gtr.

33

’ ’

D/F #

’ ’ ’ ’

G

’ ’ ’ ’

D maj7/F #

’ ’ ’ ’

D maj7/F #

’ ’

G

A Wolf at the DoorRadiohead

It Girl. Rag Doll.

entra baixo e bateria

3x estrofe 1

refrão

ponte

estrofe 2

refrão e final

Page 76: concept in pdf

&# # 43 ..∑

A

3∑

F maj7(9)

‘ ∑

G maj7(13)

&# # 42 .. 45

9

F maj7(9)

‘ ∑

G maj7(13)

‘ ∑

Amaj7(9#11)

‘ ‘ ∑

Cmaj7(9#11)

&# # 45 .. 43

17

.Û .Û Û Û

D5 E5 G5 A5

3jœ .œ œ jœ .œ œ œ œ œ œ œ «

2

&# # .. 44 .. .. 43 44

27

«2 œ

œ Œ Ó ‰ œœ

œœ

œœ

œœ

œœ

œœ

œœ ∑

A5

‘ ‘

&# # 44 .. .. 43

34 œœ Œ Ó ‰ œ

œœœ

œœ

œœ

œœ

œœ

œœ ∑

A5

‘ ∑

C maj7

&# # .. ..

40

F maj7(9)

‘ ∑

G maj7(13)

‘ ∑

A maj7(#11)

‘ ∑

F maj7(9)

&# # 45

48

D maj7

‘ ∑

Emaj7

‘ ∑

G 6

‘ ∑

A 6

&# # 45

56

.Û .Û Û Û

D5(#11) E5 G5 A5

‘ ‘ ‘

ApostolicLoose Fur

3 contra 2

1a vez instrumental, 2a-4a vez estrofe

4x5x

3x

bateria:7 + 9 + 7 + 10 + 7 + 7 + 7 + 10 + 8 + 8

baixo 4 contra 3

Page 77: concept in pdf

& bbbb 43 ∑

B b

3∑

A b

∑ ∑

B b

& bbbb9

B b

3∑

A b

G b

B b

3

& bbbb19

B b

3∑

A b

G m

F m

& bbbb ..27

Ebm

∑ ∑

A b

∑ ∑

EbTo Coda 3 1.

B b

3

& bbbb .. ..39 2.

B bm3

B b(#11)

3∑

G bmaj7(9)

3∑

B b

3

& bbbb55

B b

3∑

A b

G m

F m

∑ ∑

Ebm

∑ ∑

A b

& bbbb67

Eb

3∑

B b

3∑

A b

∑ ∑

B bD.C. al Coda

& bbbb .. ..79

fi∑

B bm3

B b(#11)

3∑

G bmaj7(9)

3∑

B b

∑Fine

∑ ∑

Side With the SeedsWilco

estrofes

solo 1

3x (solo final)