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28/10/2014 Conchas http://paginas.fe.up.pt/~fff/Homepage/Con_intr.html 1/21 Conchas Não posso dizer que seja um coleccionador de conchas, pois isso requeria conhecimentos que não possuo. Mas sou, indubitavelmente, um grande apreciador da beleza extraordinária de que se revestem os "esqueletos exteriores" de alguns dos animais do filo dos Moluscos (Mollusca). Assim, tenho vindo a adquirir, sem plano nem objectivo definidos, exemplares que me impressionam, seja pelo seu aspecto estranho, seja pela dita beleza. GASTRÓPODES (GASTROPODA) A classe dos gastrópodes inclui mais de 3/4 de todos os moluscos, dos quais cerca de metade são espécies marinhas. Durante a minha infância e juventude, nas praias aqui da região do Porto abundavam as conchinhas: de mexilhões, lapas, vários tipos de pequenos búzios, de bivalves aparentados com a amêijoa e o berbigão e, de todas as mais apreciadas, os beijinhos! A mim, e atrevo-me a dizer a quase toda a gente, encantavam-me os beijinhos! Pequeninos, pois mal excedem os 10 mm, de forma delicada e perfeita, parecem pequenas jóias, uma espécie de pérolas dos pobres! Na maré baixa, dezenas de pessoas percorriam a praia, curvadas, apanhando principalmente beijinhos. Mesmo deitados na areia, era fácil encontrar beijinhos. Será que o seu nome provém de algum jogo que os namorados praticavam, cujo prémio era um "dito cujo" por cada beijinho encontrado? Ou, simplesmente decorre da sua forma que sugere uns lábios em posição de beijar? O beijinho era tão popular que havia em Leça, e ainda há, uma praia chamada Praia dos Beijinhos! Beijinhos é que parece já não haver, ou quase! Estarão em vias de extinção nas praias do Porto? Será que terão sido vítimas desta maldita poluição que espalhamos por todo o lado? O beijinho é um gastrópode da família TRIVIIDAE, com o nome científico Trivia monacha. Beijinho é um nome muito português, acho eu, pois traduzindo os nomes ingleses, encontramos: caurim-feijão, caurim-manchado ou caurim- europeu-comum. Ocorre desde o Mediterrâneo até às Ilhas Britânicas e o seu tamanho vai dos 7 aos 12 mm. A família TRIVIIDAE é muito próxima de uma outra, a CYPRAEIDAE, a ponto de, durante muito tempo, os gastrópodes hoje classificados na primeira terem sido incluídos na segunda. Para um leigo como eu, a diferença mais evidente entre as duas famílias resulta de os beijinhos apresentarem sulcos enquanto as cipreias têm uma superfície lisa e muito brilhante. Além disso, os beijinhos têm tamanhos, em geral, mais pequenos. A superfície brilhante das cipreias levou os navegadores portugueses de quinhentos, que as encontraram abundantemente na costa africana, a pensar que era a partir delas que os chineses fabricavam a porcelana. Daí, o seu nome popular de porcelanas. A família é constituída por cerca de 200 espécies diferentes, algumas das quais são abundantes, particularmente nos trópicos. A popularidade das cipreias é tão grande que, durante milénios, uma destas conchas, a cipreia-moeda (Cypraea moneta) (ao lado), foi utilizada como moeda. É uma concha que apresenta uma variação muito grande, pelo que se encontram exemplares quer com diferentes cores, como também de

Conchas

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conchas variadas

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Conchas

Não posso dizer que seja um coleccionador de conchas, pois isso requeria conhecimentos que não possuo. Mas sou,

indubitavelmente, um grande apreciador da beleza extraordinária de que se revestem os "esqueletos exteriores" de

alguns dos animais do filo dos Moluscos (Mollusca). Assim, tenho vindo a adquirir, sem plano nem objectivo definidos,

exemplares que me impressionam, seja pelo seu aspecto estranho, seja pela dita beleza.

GASTRÓPODES (GASTROPODA)

A classe dos gastrópodes inclui mais de 3/4 de todos os moluscos, dos quais cerca de metade são espécies marinhas.

Durante a minha infância e juventude, nas praias aqui da região do Porto abundavam as conchinhas: de mexilhões,

lapas, vários tipos de pequenos búzios, de bivalves aparentados com a amêijoa e o berbigão e, de todas as mais

apreciadas, os beijinhos!

A mim, e atrevo-me a dizer a quase toda a gente, encantavam-me os beijinhos! Pequeninos, pois mal excedem os 10

mm, de forma delicada e perfeita, parecem pequenas jóias, uma espécie de pérolas dos pobres!

Na maré baixa, dezenas de pessoas percorriam a praia, curvadas,

apanhando principalmente beijinhos. Mesmo deitados na areia, era

fácil encontrar beijinhos. Será que o seu nome provém de algum

jogo que os namorados praticavam, cujo prémio era um "dito cujo"

por cada beijinho encontrado? Ou, simplesmente decorre da sua

forma que sugere uns lábios em posição de beijar?

O beijinho era tão popular que havia em Leça, e ainda há, uma

praia chamada Praia dos Beijinhos! Beijinhos é que parece já não

haver, ou quase! Estarão em vias de extinção nas praias do Porto?

Será que terão sido vítimas desta maldita poluição que espalhamos

por todo o lado?

O beijinho é um gastrópode da família TRIVIIDAE, com o nome científico Trivia

monacha. Beijinho é um nome muito português, acho eu, pois traduzindo os

nomes ingleses, encontramos: caurim-feijão, caurim-manchado ou caurim-

europeu-comum.

Ocorre desde o Mediterrâneo até às Ilhas Britânicas e o seu tamanho vai dos 7

aos 12 mm.

A família TRIVIIDAE é muito próxima de uma outra, a CYPRAEIDAE, a ponto de, durante muito tempo, os gastrópodes

hoje classificados na primeira terem sido incluídos na segunda.

Para um leigo como eu, a diferença mais evidente entre as duas famílias resulta de os beijinhos apresentarem sulcos

enquanto as cipreias têm uma superfície lisa e muito brilhante. Além disso, os beijinhos têm tamanhos, em geral, mais

pequenos.

A superfície brilhante das cipreias levou os navegadores portugueses de quinhentos, que as encontraram

abundantemente na costa africana, a pensar que era a partir delas que os chineses fabricavam a porcelana. Daí, o seu

nome popular de porcelanas. A família é constituída por cerca de 200 espécies diferentes, algumas das quais são

abundantes, particularmente nos trópicos.

A popularidade das cipreias é tão grande que, durante milénios, uma

destas conchas, a cipreia-moeda (Cypraea moneta) (ao lado), foi

utilizada como moeda.

É uma concha que apresenta uma variação muito grande, pelo que se

encontram exemplares quer com diferentes cores, como também de

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forma.

O meu exemplar tem 2,1 cm, um pouco abaixo da média que é 2,5

cm.

A bela, embora pequena, cipreia-cabeça-de-serpente tem

numerosas subespécies em toda a região tropical do Indo-

Pacífico.

Esta, parece-me tratar-se da Cypraea caputserpentis

kenyonae, nativa da África Austral, onde habita os recifes de

coral.

Este espécime tem 2,7 cm, encontrando-se exemplares dos

1,5 aos 4,3 cm.

Uma das mais bonitas cipreias é certamente a

cipreia-tigre (Cypraea tigris), apesar de ser muito

comum e, portanto, muito fácil de conseguir.

O seu habitat é nos recifes de coral da região do

Indo-Pacífico e o tamanho médio dos espécimes

adultos é 9 cm (o meu tem 7,5 cm).

São conhecidas formas gigantes e todas negras.

Outra cipreia muito popular é a cipreia-toupeira (Cypraea talpa).

Muito brilhante e com cores bonitas seduz facilmente qualquer

apreciador de conchas.

Encontra-se também nos recifes de coral do Indo-Pacífico, a uma

profundidade entre 5 e 10 m.

O meu espécime tem 6,3 cm, um pouco acima da média que é 5,6

cm.

A cipreia-arábica (Cypraea arabica) tem numerosas subespécies

habitando a região do Indo-Pacífico, desde a África Oriental ao

Tahiti, e do Japão à Austrália, cujo tamanho varia dos 3,3 aos 6

cm. Este exemplar tem 5,5 cm.

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A cipreia-lince (Cypraea lynx) é também nativa do Indo-Pacífico e

tem tamanho entre 2,7 e 7,8 cm. O meu bonito espécime tem 5,1

cm.

A cipreia-rosa-silvestre (Cypraea eglantina) não será uma das

cipreias mais bonitas, mas é difícil uma porcelana não suscitar

apreço, pelo que não deixa de ser interessante.

Habita o Pacífico Central, as Filipinas e a Indonésia e o seu

tamanho pode variar desde os 3,5 aos 8,5 cm. O meu exemplar

tem 5,9 cm.

Muito bela e muito rara, a porcelana-

dourada (Cypraea aurantium) é uma das

conchas mais desejadas pelos

coleccionadores.

O seu habitat localiza-se no lado de fora

dos recifes do Sudoeste do Pacífico, desde

as Filipinas às Ilhas Salomão e Fidji.

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O seu tamanho varia dos 5,8 aos 11,7 cm e o meu exemplar mede 9,3 cm.

Na imagem ao lado, pode apreciar-se o aspecto particular da espiral desta

concha e a sua cor branca.

É também patente o grande desenvolvimento da margem à volta do canal

superior.

A Cypraea histrio tem, em língua inglesa, o nome popular de minstrel ou histrio cowry, o que, numa tradução livre,

poderia dar algo como porcelana-comediante, em português. Ignoro se existe nome oficial popular, em português, mas

do que "não tenho dúvidas" é que a Natureza se "divertiu" muito ao criar esta fantástica concha!

De facto, só um artista de imaginação delirante poderia

produzir semelhante obra! No dorso, o padrão faz lembrar um

delicado mosaico duma antiga civilização, ao qual se

sobrepõem misteriosas manchas escuras! Para além da linha

do manto o padrão muda para um mosaico de ladrilhos mais

pequenos e mais esparsos! Finalmente, a base apresenta

pintas escuras num fundo quase branco, como se vê na zona

ventral de muitos felídeos, como o leopardo e o jaguar, por

exemplo! Incrível!

É nativa do Oceano Índico, embora exista uma

subespécie na Austrália, e o seu tamanho varia dos 2,3

aos 8,8 cm. Este exemplar corresponde à variedade

endémica das Maldivas e tem 5,3 cm.

A família OVULIDAE é próxima da família CYPRAEIDAE e inclui conchas finas e

leves, em geral muito atraentes.

A língua-de-flamingo (Cyphoma gibbosum) é uma concha pequena, com uma

forma muito curiosa e, sobretudo, muito bonita.

Habita uma região que se estende desde o Sudeste da Florida, Caraíbas, até ao

Brasil.

O meu espécime, que trouxe de Cuba, Província do Oriente, tem 2,5 cm, o que,

aliás, corresponde à média do seu tamanho.

Os abalones, orelhas-do-mar ou lapas-reais (família HALIOTIDAE) têm conchas achatadas que apresentam buracos na

circunvolução final que o animal usa para a respiração. Vivem em rochedos submersos sobre os quais deslizam

facilmente. A face interna é iridescente, notando-se no centro a marca do músculo.

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O abalone-arco-íris (Haliotis iris) é exclusivo da Nova Zelândia, onde é conhecido por black-foot ou paua, na língua dos

Maoris. Realmente, a superfície externa da concha natural é negra, embora o meu exemplar tenha sido polido para pôr

em evidência o belo irisado da camada inferior. Pode atingir os 20 cm, ainda que o meu tenha apenas 14 cm.

As conchas em forma de cone, ou troques, pertencem à família TROCHIDAE, que inclui centenas de espécies distribuídas

por todo o mundo. Coloridas por fora, têm o interior raiado de madrepérola.

O facto de a camada interior ser nacarada faz com que, frequentemente, estas conchas nos cheguem às mãos depois

de polidas. O problema é que, para os leigos como eu, classificar estas conchas torna-se, em geral, uma tarefa muito

complicada. A concha que se segue é um bom exemplo.

Já pensei tratar-se do troque-em-forma-

de-cone ou troque-morango (Tectus ou

Trochus conus), mas agora, enquanto

espero que alguém me esclareça, estou

mais inclinado para a hipótese de ser o

troque-comercial (Tectus ou Trochus

niloticus).

O troque-comercial deve o seu nome a ter

sido intensivamente utilizada para fazer

botões e, mesmo hoje, ainda é pescada em

pequenas quantidades com fins comerciais.

É uma concha bastante comum na região tropical do Indo-Pacífico, perto dos

recifes de coral.

A sua cor original é branca ou rosada com riscas vermelhas ou cinzentas nas

circunvoluções e manchas ou pintas na base, como a imagem da esquerda

deixa ver, pelo menos em parte.

O meu exemplar tem perto de 7 cm, podendo encontrar-se conchas desde os

5 aos 15 cm.

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A concha que se segue, parcialmente polida, já foi mais fácil de classificar, embora com alguma sorte à mistura.

Trata-se do troque-pêga (Cittarium pica) que habita a região das

Caraíbas. Este exemplar foi, efectivamente, trazido da província de

Holguín, Cuba.

Tem cerca de 9,5 cm, sendo o tamanho normal dos espécimes adultos

compreendido entre 5 e 10 cm.

O polimento parcial permite ainda ver a sua coloração natural que é

manchas pretas em fundo branco, o que ainda é mais patente na foto da

esquerda, que mostra a base que não foi polida.

A família TURBINIDAE integra as conchas conhecidas popularmente por

turbantes ou turbos. O turbo-sul-africano (Turbo sarmaticus) é uma das

conchas mais apreciadas pelos coleccionadores que a guardam depois de

polida para revelar o nacarado da camada inferior.

Vive nos rochedos submersos do litoral da África do Sul e tem um

tamanho médio de 7,5 cm. O meu belíssimo exemplar tem quase 7 cm.

De facto, aprecio tanto esta concha que achei justificar-se mostrar aqui

várias fotos dela.

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Estas conchas ilustram bem a dificuldade, para um

amador, em classificar conchas que foram polidas!

Penso não estar enganado ao considerar que se

tratam ambas de espécies da família TURBINIDAE.

Quais é que não sei!

A primeira, que tem 7 cm, trazia uma etiqueta com

o nome (popular) jade-turbo, mas é tudo quanto

sei! Pode ser que se trate do turbo-prateado (Turbo

argyrostomus), ou talvez do Turbo olearium , ou

ainda do Turbo stenogyrus!

A segunda, uma concha com apenas 5,5 cm, a

acreditar num site comercial que consultei, poderia

ser o turbo-de-boca-dourada (Turbo

chrysostomus), mas só pela fotografia lá existente,

pois o nome levanta muitas dúvidas! Vou continuar

a pesquisar e se, entretanto, alguém me puder

esclarecer ... ficarei muito grato!

As turritelas, gastrópodes da família TURRITELLIDAE, são especialmente

atraentes pela sua forma muito elegante.

O exemplar, representado à direita,

corresponde à turritela-comum

(Turritella communis), abundante na

Europa Ocidental e Mediterrâneo. Vive

na areia, em águas muito ou pouco

profundas, e tem um tamanho médio

de 6 cm. O meu tem 6,5 cm.

A maior das turritelas é a turritela-em-parafuso (Turritella terebra), muito

comum na areia lodosa da Região Tropical do Indo-Pacífico. O meu

exemplar, à esquerda, tem apenas 8,8 cm, mas o tamanho dos espécimes

adultos pode atingir os 17 cm.

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A família STROMBIDAE abrange seis géneros, cada um deles com a sua forma característica.

Os estrombos distinguem-se por

terem um lábio bojudo, como se vê à

direita no estrombo-rosa, também

conhecido por raínha-das-conchas

(Strombus gigas).

É comum em toda a região desde o

sudeste da Florida até ao centro do

litoral brasileiro e vive na areia. O

animal é comestível e a sua concha

tem um tamanho médio de 23 cm,

aliás, o caso do meu espécime.

O estrombo-lutador-das-Índias-Ocidentais (Strombus pugilis),

à esquerda, tem o mesmo habitat do anterior e encontra-se

abundantemente nas areias das praias. Deve o seu nome aos

enérgicos movimentos do animal.

O meu espécime, que veio duma praia do Nordeste do Brasil,

trazido pelo meu filho Rui, tem 6 cm, um pouco abaixo da

média que é 7,5 cm.

As conchas do género Lambis, também da família

STROMBIDAE, têm o nome popular de conchas-

aranha. Têm longos dedos-extensão, como se

vê, ao lado, neste exemplar da Lambis chiragra.

A Lambis chiragra tem várias subespécies, pelo

que se encontram conchas com variações

apreciáveis, quer em tamanho, cor e padrão de

decoração. Vive na areia do litoral do Indo-

Pacífico, onde é comum.

Esta bonita concha pertence à subespécie Lambis

chiragra arthritica e o seu tamanho normal oscila

entre 11 e 19 cm.

Durante anos, possuí um espécime com os três

dedos superiores partidos mas, em 2004,

consegui este bonito exemplar, com 13,3 cm.

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Já em 2003, tinha conseguido um outro exemplar, este da subespécie Lambis chiragra chiragra, com o impressionante

tamanho de 22 cm, já que o tamanho médio oscila entre 8,5 e 33 cm:

A concha-aranha-comum (Lambis lambis) é

também nativa do Indo-Pacífico, larga, pesada,

com tamanho variável entre 9 e 27,5 cm. O meu

exemplar tem 19 cm.

Como se vê, a abertura larga e ondulada tem seis

dedos-extensão (ou espinhos), quase todos

curvados para cima. O canal sifonal (em baixo) é

simétrico ao espinho superior.

Os espinhos das conchas-aranha permitem-lhes

rastejar na areia, à volta dos recifes, sem serem

arrastadas pelas correntes marinhas. As fêmeas

possuem espinhos mais longos do que os machos!

Porque será?

Além disso, os jovens não têm espinhos!

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Ainda da família STROMBIDAE, as tíbias (género Tibia) são em forma de fuso

com um canal sifonal mais ou menos comprido. A mais espectacular é

certamente a tíbia-fuso (Tibia fusus), pois tem o canal sifonal incrivelmente

longo, tão longo quanto o resto da concha. O canal é suavemente curvado na

ponta.

O meu exemplar é perfeito com 24,5 cm, bem acima da média que é 20 cm.

Habita nas águas profundas do sudoeste do Pacífico e é relativamente rara.

A tíbia-delicada (Tibia delicatula), em baixo, embora mais discreta do que a

anterior, é também muito bonita.

É uma concha não muito comum,

uma vez que habita águas

profundas.

Existem várias subespécies e

acentuadas variações de cor,

ocorrendo em toda a zona

setentrional do Índico, desde o

Golfo de Aden e a África Oriental

até à Ilha de Samatra.

O meu exemplar tem 9,5 cm,

encontrando-se espécimes de

tamanhos que variam desde os 4,5

aos 11 cm.

As mais de 80 espécies de conchas elmo pertencem à família CASSIDAE e distinguem-se pelo lábio externo espesso e

pela larga protecção da columela. Os animais habitam na areia e alimentam-se de ouriços do mar.

Uma das espécies mais notáveis da

família é a Cypraeacassis rufa,

popularmente conhecida por elmo-boca-

de-boi, ou boca-de-touro, uma concha

grande e espectacular, muito utilizada

antigamente para fazer medalhões e

camafeus.

Habita perto dos recifes de coral do Indo-

Pacífico tropical e tem um tamanho

médio de 15 cm. O meu magnífico

exemplar tem uns bons 16,5 cm.

Outro membro da família CASSIDAE, o

elmo-do-rei (Cassis tuberosa), pouco

fica a dever em beleza ao anterior,

apesar da sua cor mais discreta.

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Habita o Atlântico Ocidental, desde a

Carolina do Norte até ao Brasil e ainda

as Ilhas de Cabo Verde.

O meu exemplar tem cerca de 15 cm,

enquanto a média é 19 cm.

Mais pequeno, mas não menos bonito do que os

anteriores, o elmo-flamejante (Cassis flammea) habita

as águas de baixa profundidade, desde as Caraíbas até

ao Brasil.

O meu exemplar tem 8 cm, podendo encontrar-se

conchas desde os 7 aos 15,5 cm.

Ainda mais pequeno, mas também muito belo, o elmo-do-

Senegal (Cypreacassis testiculus senegalica) habita as costas

do Senegal e de Angola. O seu tamanho varia entre 3 e 10

cm e o meu exemplar tem 4,5 cm.

Tritões e búzios são designações populares de conchas de

animais que se incluem em diferentes famílias. Uma dessas

famílias é a família RANELLIDAE que, à semelhança da

anterior família CASSIDAE, pertence à superfamília

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TONNOIDEA.

Os tritões da família RANELLIDAE apresentam conchas

espessas de tamanho muito variável, que pode ir de poucos

centímetros até às várias dezenas! São carnívoros,

alimentando-se de outros moluscos e de ouriços-do-mar.

O exemplar ao lado é certamente um tritão desta família.

Penso tratar-se do tritão-protuberante (Charonia lampas

nodiferum), que ocorre nas Canárias, no Mediterrâneo e da

Mauritânia até Angola. O seu tamanho pode variar de 11,5 a

39 cm, mas o meu tem apenas 18,5 cm.

Em contraste com o enorme tritão anterior, este seu

parente é uma pequenina, mas muito bela concha, com

apenas 2,5 cm, apesar de poder atingir os 10 cm.

Trata-se do tritão-folha-de-carvalho (Biplex perca), que

habita as águas profundas da região tropical do Indo-

Pacífico, desde a Somália até às Filpinas e Japão.

A escalária-preciosa (Epitonium scalare), da família

EPITONIIDAE, é talvez a concha mais famosa e mais desejada

pelos coleccionadores.

No século XIX, a sua beleza e raridade fizeram dela objecto só

acessível aos ricos e poderosos, a ponto de os mercadores

chineses venderem falsificações feitas de pasta de arroz. Hoje,

é relativamente comum, mas mesmo assim difícil de obter.

Habita as areias e águas de baixa profundidade da região

tropical do Indo-Pacífico. O seu tamanho vai dos 3 aos 7 cm,

tendo o meu exemplar 3,5 cm.

Os múrices, animais da família MURICIDAE, ainda que por vezes ostentando belas cores, destacam-se sobretudo pela

ornamentação, verdadeiramente impressionante em algumas espécies. De alguns membros desta família pode extrair-

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se um corante de cor púrpura. Os fenícios foram os primeiros a desenvolver essa técnica e os seus tecidos de púrpura

eram usados pelos nobres romanos como sinal de riqueza.

O múrice representado à esquerda é,

seguramente, uma das jóias mais preciosas da

minha pequena colecção.

Trata-se da extraordinária Murex pecten,

conhecida popularmente por pente-de-vénus.

Habita os litorais arenosos do Leste do Oceano

Índico, Pacífico e Japão. Pensa-se que os

espinhos podem constituir uma protecção

contra peixes predadores.

Não é uma concha rara, mas é muito difícil

encontrar um exemplar com os espinhos

intactos.

O meu exemplar é realmente excepcional,

aparentemente sem nenhum espinho partido.

Tem 13 cm, que é justamente o tamanho

médio.

A família MURICIDAE é muito numerosa, pois conta com mais de 380 espécies, algumas com variações significativas.

São, em geral, conchas muito belas, logo muito procuradas pelos coleccionadores. Para um leigo, como eu, a sua

classificação não é fácil pois só o género Chicoreus abrange cerca de 180 espécies. Em todo o caso, parece não haver

dúvida que o espécime abaixo representado é o múrice-ramificado (Chicoreus ramosus), uma concha comum dos

recifes de coral do Indo-Pacífico.

Há muito que possuo dois exemplares com cerca de 11 cm, mas recentemente consegui este outro, com 14 cm, muito

mais bonito e perfeito. Embora o tamanho médio desta espécie seja 20 cm, encontram-se exemplares com tamanhos

que vão dos 5 aos 30 cm, dependendo certamente da idade do animal.

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A dificuldade referida quanto à concha anterior estende-se

ao múrice representado à esquerda.

Dada a grande variabilidade de cor e tamanho do

Chicoreus ramosus, pareceu-me que poderia tratar-se

duma variante dessa espécie. Mas, não!

Trata-se, afinal, do múrice-tição (Chicoreus torrefactus),

também oriundo do Indo-Pacífico.

O meu exemplar tem 9 cm, podendo encontrar-se

espécimes com tamanho entre os 6 e os 12 cm.

O múrice-de-ramos-cor-de-rosa (Chicoreus palmarosae) é mais uma espécie cuja beleza nos deixa com dificuldade de

arranjar adjectivos! Os seus relevos esculpidos, de uma delicadeza extrema, fazem desta concha uma rara obra de arte

da Natureza.

Habita o litoral do Indo-Pacífico, desde as Maldivas ao Sudoeste do Japão, podendo apresentar pequenas variações em

função da região. O seu tamanho varia dos 6,5 aos 13 cm.

O meu exemplar mede 8,0 cm e é a variante das Maldivas.

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Em Agosto de 2004, adquiri a bela concha,

ao lado figurada, que se trata, obviamente,

dum múrice, mas ... qual?

Com uma "ajudazinha" lá descobri que é o

múrice-chicória (Hexaplex chicoreum),

nativo das Filipinas.

O tamanho deste exemplar é 11 cm, um

valor médio já que se encontram conchas

entre os 5 e os 15 cm.

Outro múrice com canal sifonal muito comprido, mas sem espinhos, é o

múrice-bico-de-narceja (Haustellum haustellum).

É uma das maiores espécies do seu género e habita os bancos de areia

sujeitos às marés, desde o Mar Vermelho e o Índico até ao Pacífico

Ocidental.

O meu exemplar tem 12 cm, podendo encontrar-se espécimes com

tamanho entre os 6,5 e os 15 cm.

Este pequenino e encantador múrice (não chega aos 2

cm) é a drupa-eriçada-do-Pacífico (Drupa ricinus), que

habita os recifes expostos às marés da região do Indo-

Pacífico Tropical. Existem várias subespécies, em geral

todas com as extremidades das agulhas negras. Esta, a

Drupa ricinus ricinus, infelizmente, não as tem.

O tamanho deste exemplar é 19,2 mm, podendo

encontrar-se conchas entre os 19 e os 32 mm.

As mitras, os membros da família MITRIDAE, são conchas de cores atraentes

que devem o seu nome à semelhança da sua forma com as mitras dos bispos.

Animais predadores, habitam geralmente nos corais, rochedos ou areia, entre

marés.

O exemplar figurado refere-se à mitra-episcopal (Mitra mitra), uma concha

comum que habita na areia de águas pouco profundas da região tropical do

Indo-Pacífico.

O meu exemplar tem cerca de 10 cm, que corresponde ao tamanho médio desta

espécie.

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A família HARPIDAE integra conchas belíssimas pela sua

forma, pelos padrões requintados e pelas cores

brilhantes. As harpas são animais carnívoros, não têm

opérculo e vivem na areia.

Dentro de cada espécie, há uma grande variação dos

padrões e das tonalidades, o que dificulta bastante a sua

identificação. Penso, contudo, não estar enganado ao

identificar o meu exemplar como sendo a Harpa major.

A harpa-mor vive na areia, em águas pouco profundas do

Indo-Pacífico tropical. Tem um tamanho médio de 9 cm,

enquanto o meu exemplar tem cerca de 8 cm.

A maravilha-japonesa (Thatcheria mirabilis), da família

TURRIDAE, pelo seu nome e aspecto, logo indicia tratar-

se duma concha muito especial. Sendo uma concha de

águas profundas (150 a 500 m), foi no passado muito

rara, a ponto de durante muito tempo se ter conhecido

apenas um exemplar! Continua a ser uma concha difícil

de encontrar, mas relativamente acessível.

Diz-se que o famoso arquitecto Frank Lloyd Wright se

teria inspirado na sua bela forma para desenhar o

Museu Guggenheim, de Nova Iorque.

O meu espécime tem 6,5 cm, um pouco abaixo do

normal que é entre 7 e 12 cm. Ocorre desde o Japão ao

noroeste da Austrália.

A família TEREBRIDAE inclui centenas de espécies, em geral, com conchas

longas, esbeltas e brilhantes. As terebras são animais de águas quentes ou

temperadas, alimentam-se de larvas marinhas e habitam, normalmente,

águas pouco profundas, na areia, rochedos ou coral.

A terebra-manchada (Terebra maculata) tem uma concha espessa e

pesada, pelo que não admira que tenha sido usada, no passado, como

ferramenta de perfuração.

Habita águas pouco profundas da região tropical do Indo-Pacífico, onde é

bastante comum.

A terebra-manchada tem um tamanho médio de 14 cm, que é, justamente,

o tamanho do meu exemplar.

Os cones (família CONIDAE) são conchas muito populares entre os coleccionadores dada a grande variedade de cores e

padrões que apresentam. Alimentam-se doutros moluscos, larvas e pequenos peixes, que capturam injectando-lhes

veneno.

À esquerda, o cone-da-faia (Conus betulinus) é uma das maiores

espécies desta família, podendo chegar perto dos 18 cm. O meu

exemplar, contudo, tem apenas 6,5 cm.

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O cone-de-mármore (Conus marmoreus), à direita, apresenta uma

significativa variedade de cores e o seu tamanho pode variar entre

os 5 e os 15 cm. O meu tem 7 cm. Ambos habitam águas pouco

profundas da região do Indo-Pacífico.

A classificação sistemática das espécies levantou, desde sempre, dificuldade

e controvérsia entre os especialistas. Que dizer então dos terríveis

obstáculos que se deparam a um simples leigo como eu? Vejamos o caso do

cone representado à esquerda. Com a ajuda do enorme manancial de

informação que a Internet constitui, tentei pacientemente classificá-lo. A

certa altura, julguei ter atingido o meu objectivo, uma vez que as imagens

disponíveis pareciam indicar tratar-se do Conus omaria. Então, verifiquei

que também poderia ser o Conus pennaceus!

Valeu-me, finalmente, um amigo coleccionador experiente que, chamando-

me a atenção para o facto de o ápice (ou vértice) ser rosa, dever tratar-se

certamente do Conus omaria, que habita a região do Indo-Pacífico e cujo

tamanho varia dos 3,3 aos 8,6 cm. O meu exemplar tem 7,5 cm.

A família ARCHITECTONICIDAE compreende os discos solares, também conhecidos por relógios-de-sol, cujas conchas

são, de entre as conchas marinhas, as que exibem a simetria mais perfeita.

O disco-solar (Architectonica perspectiva) é uma bela concha pesada que habita as regiões arenosas da região tropical

do Indo-Pacífico.

O meu exemplar tem 4,9 cm, bem perto

da média que é de 5 cm, sendo o

tamanho máximo da ordem dos 6 cm.

A família CAMAENIDAE integra gastrópodes terrestres e a concha a seguir representada parece não haver dúvida de

corresponder a uma das suas espécies. Saber qual delas é, porém, é que levanta alguma dificuldade!

Um amigo, muito mais conhecedor do que eu, sem a ajuda do qual, aliás, eu

nem sequer teria descoberto a que família pertencia, inclina-se para se tratar

da Obba parmula, nativa das Filipinas, cujo tamanho pode atingir 29 mm. Com

essa indicação sobre a família, pus-me a pesquisar e, com base nas fotos que

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encontrei, iria jurar que se trata de uma Caracollus sagemon! Existem várias

subespécies, todas nativas de Cuba, com tamanhos que, dependendo da

subespécie, podem atingir os 34, 35 ou 40 mm.

O meu amigo acha que é pouco provável ser uma Caracollus, pois só existe em Cuba e a esmagadora maioria das

conchas comercializadas são da região das Filipinas.

Só que, em 2002, eu trouxe algumas

conchas de Santiago de Cuba e uma delas

pode bem ter sido esta concha!

Além disso, como a minha concha tem 38

mm de diâmetro não me parece ser uma

Obba, se esta não ultrapassar os 29 mm!

Contudo, o meu amigo diz ter uma Obba,

cuja proveniência é garantidamente das

Filipinas, com 37 mm!

Finalmente, acrescenta pormenores

descritivos da concha, que seria

despropositado reproduzir aqui, que o

levam a insistir na sua classificação.

Desta forma, a decisão definitiva fica a aguardar uma classificação mais peremptória.

ESCAFÓPODES (SCAPHOPODA)

A classe dos escafópodes integra as conchas dente de elefante, assim chamadas pelo seu aspecto, e que vivem em

luras, na areia do litoral.

Possuo dois exemplares de cuja classificação ainda não estou bem certo. Assim,

é com reservas que apresento a minha opinião.

A concha da esquerda parece-me ser o dente-de-elefante-alongado (Antalis

longitrorsum), nativo do Indo-Pacífico Tropical. O seu tamanho médio é 9,5 cm,

medindo o meu espécime 7,5 cm.

Quanto à concha da direita, as minhas dúvidas são maiores. Tendo em conta

que foi apanhada, segundo me foi dito, na praia de Tróia, Grândola, inclino-me

para que se trate do dente-de-elefante-europeu (Antalis dentalis), comum no

litoral desde a Aquitânia à Mauritânia e em todo o Mediterrâneo. Contudo,

parece que o tamanho médio desta concha é 3 cm e como a minha mede 3,8

cm, suspeito que possa tratar-se doutra espécie. Além disso, a ausência de

estrias longitudinais mais acentua as minhas dúvidas!

Do que me parece não haver dúvidas é que se tratam de duas conchas

pertencentes à família DENTALIIDAE.

BIVALVES (BIVALVIA)

A classe dos bivalves é a mais numerosa a seguir à classe dos gastrópodes. A concha dos bivalves é constituída por

duas peças ou valvas, unidas por um ligamento.

As vieiras (família PECTINIDAE), com conchas em forma de leque, encontram-se entre os mais conhecidos de todos os

bivalves.

O meu exemplar, abaixo, é o grande-pecteu (Pecten maximus), comum desde a Noruega ao Mediterrâneo. Imortalizada

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por um quadro de Botticelli e adoptada como símbolo duma poderosa multinacional, é talvez a mais conhecida de todas

as conchas marinhas. A valva direita é encurvada (a única que possuo), enquanto a esquerda é plana. As vieiras

deitam-se no fundo do mar com a valva plana para cima. O meu exemplar tem 13 cm, que é o tamanho médio dos

adultos.

CEFALÓPODES (CEPHALOPODA)

Dos cefalópodes, classe que integra os polvos, as lulas e os chocos, os náutilos (família NAUTILIDAE) são os únicos com

uma verdadeira concha externa. Apesar de já terem sido muito numerosos, actualmente apenas cinco espécies

sobrevivem na região do Indo-Pacífico.

O meu exemplar refere-se ao náutilo-com-câmaras

(Nautilus pompilius), a espécie mais comum e mais

conhecida.

É uma concha muito procurada pela sua

originalidade, com um tamanho médio de 15 cm. A

minha tem apenas 11 cm.

NOVAS AQUISIÇÕES (por catalogar)

Que bivalve é este? (12,3 cm):

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Esta concha de bivalve veio da praia de Tróia, Grândola. Suponho que popularmente é designada por conquilha. Será

uma telina?

Este búzio foi pescado no mar do Algarve e é comestível (comi-o!). Será um turbo? Qual? Devem-se remover as

deposições calcáreas? (6,3 cm)

Esta concha foi comprada no circuito comercial e, como se vê, foi polida. Parece um troque ou um turbo, mas qual? (5,5

cm)

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Todas as imagens desta secção reproduzem conchas minhas e foram fotografadas por mim. Todos os direitos de

utilização destas imagens estão reservados. Ó 2002 - 2004 Franclim Ferreira.

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