Conciliação e Mediação Como Meio Alternativo de Solução de Conflitos e Sua Eficácia Na Justiça Do Trabalho

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    CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO COMO MEIO ALTERNATIVO DE SOLUÇÃO DECONFLITOS E SUA EFICÁCIA NA JUSTIÇA DO TRABALHO

    Boscatto, Neuri Antônio1

     Oliveira, Sonia de2 

    Resumo

     A solução de questões que envolvem a autocomposição de conflitos e aidentificação de aspectos que denotam a crise no sistema judiciário, resultariam emmaior celeridade no processo. O objetivo deste artigo é mostrar a eficácia dosmétodos autocompositivos, conciliação e mediação, como meio alternativo desolução de conflitos litigados na Justiça do Trabalho, amparados pela Resolução

    125/10, do CNJ. Por meio do método dedutivo e fundamentado de pesquisa, foiconduzida uma revisão bibliográfica junto aos órgãos competentes, doutrinas,artigos, sites especializados e legislação. O trabalho foi dividido em três capítulos.No primeiro analisou-se a crise no sistema judiciário com uma visão geral. Emseguida, fez-se uma abordagem do método autocompositivo de solução de conflitos,conceituando-se e descrevendo-se a mediação e conciliação. Finalmente, analisou-se a eficácia da aplicação da conciliação e mediação na justiça do trabalho, assimcomo suas contribuições para a celeridade do processo judicial. Concluiu-se queaplicação da conciliação e mediação mostrou-se eficaz como método alternativo eauxiliar do poder judiciário na composição do litígio, tendo em vista que aproximouas partes, assim proporcionando maior rapidez e satisfação aos envolvidos.

    Palavras-chave: Conciliação. Mediação. Autocomposição. Conflito. Eficácia. 

    1 INTRODUÇÃO

    Frente ao grande congestionamento de processos judiciais, conforme

    publicação do CNJ de junho de 2015 (BRASIL, 2015, p.1), devido a sua morosidade

    na busca de soluções de litígios, que culmina em muitos casos com a morte das

    partes antes mesmo destas receberem a solução de suas demanda, evidencia uma

    crise na efetividade do poder judiciário.  Que  na visão de Nalini (2008, p.211).

    1  Aluno do Curso de Pós Graduação em Direito do Trabalho e Processo Trabalhista do Centro

    Universitário UNINTER. Graduado em Direito na IMED/RS. Advogado atuante nas áreas trabalhistase cível. – email: [email protected]  Mestre em Direito na PUC/PR. Especialista em Direito Criminal pela Unicuritiba. Especialista emDireito do Trabalho pelo Centro Universitário UNINTER. Graduada em Direito pela PUC-PR-

     Advogada atuante nas áreas trabalhista e cível. Professora Orientadora de TCC no CentroUniversitário UNINTER.

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    O judiciário brasileiro trabalha como no tempo passado em situações processuais,

    buscando todos os esforços legais para voltar ao “status quo ante” , (NALINI, 2008,

    p.211).

     A partir disso, é importante que medidas diversas e com métodos alternativos

    para solução de conflitos, sejam apresentadas na busca de uma maior celeridade

    processual, frente ao judiciário, funcionando de maneira célere, dando oportunidade

    para as partes envolvidas a assistirem um resultado do seu litígio.

    Dessa forma é primordial e necessário o uso de métodos alternativos de

    resolução e conflitos, como a conciliação e a mediação.

    Tais métodos são empregados tanto pelo conciliador ou mediador, que atuam

    como um facilitador, neutro, imparcial e exercendo o papel de uma terceira pessoano processo, não impondo solução, mas criando ambiente propicio para que as

    partes através da autocomposição encontrem uma possível solução para as

    questões tratadas no conflito com maior celeridade.

    Nesse sentido, objetivo deste artigo é mostrar a eficácia dos métodos

    autocompositivos, conciliação e mediação, como meio alternativo de solução de

    conflitos litigados na Justiça do Trabalho, amparados pela Resolução 125/10, do

    CNJ.Para que seja possível está avaliação, será utilizado o método de revisão

    bibliográfica por meio de método dedutivo fundamentando através de pesquisa junto

    aos órgãos competentes, doutrinas, artigos, sites especializados e legislação.

     Assim, o trabalho será dividido em três capítulos. No primeiro será analisada

    a crise no sistema judiciário de uma maneira sintética. No segundo uma abordagem

    do método autocompositivo de solução de conflitos abordando a mediação e

    conciliação, conceituando-as. Finalmente, examinando sua eficácia na aplicação daconciliação e mediação na justiça do trabalho e suas contribuições para a celeridade

    do processo judicial.

    2 CRISE NA JURISDIÇÃO

    O Sistema Judiciário Brasileiro é alvo de vários debates, que apontam para as

    “crises que necessitam de intervenção imediata no que diz respeito às soluções de

    conflitos sociais” (SPENGLER, 2010, p.102). 

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     A literatura reporta que “o pecado maior da justiça brasileira, repita-se

    quantas vezes se mostrar necessário, é a lentidão. Morosidade incompatível com o

    ritmo deste planeta”  (NALINI, 2008, p.210-211). Na visão do referido autor, o

     judiciário brasileiro trabalha como no tempo passado em situações processuais,

    buscando todos os esforços legais para voltar ao “status quo ante” , (NALINI, 2008,

    p.211). A solução judicial dos conflitos é exageradamente lenta (NALINI, 2008,

    p.174). Pela jurisdição, o Estado atua como um terceiro para a resolução de

    conflitos. Desta forma, a jurisdição e suas crises, são consequências da crise Estatal

    (SPENGLER, 2010, p.102). 

     A discórdia gerada no cotidiano de cada indivíduo, e em muitos casos, a

    instigação para que se busque uma solução junto ao judiciário é notória. Busca-se,na figura do Juiz, que representa o Estado, e no Poder Judiciário, um entendedor

    que consiga resolver e compreenda cada solicitação e situação vivida pelas partes

    envolvidas. Esse entendimento em muitos casos é barrado pela incapacidade do

     judiciário em responder com celeridade aos litígios, enfraquecendo a instituição

    estatal, e, por conseguinte exigindo desta, a busca por novos desafios para alargar

    as lacunas da jurisdição, como reportado previamente:

    [...] diante da ineficiência e insuficiência do aparato estatal, criam-semecanismos alternativos para a solução de conflitos. A atual busca dosmeios alternativos para solução de conflitos considera que o meio maisautêntico e genuíno de solução de conflitos é a autocomposição, poisemana da própria natureza humana o querer viver em paz (SPENGLER;SPENGLER NETO, 2012, p.63-64).

    Nesse diapasão é que a conciliação e mediação, através de métodos

    autocompositivo, buscam um entendimento para que as partes envolvidas no conflito

    encontrem a melhor solução para as suas causas, agindo como uma política pública

    e contemplando os métodos alternativos de solução de conflitos (RICHA, 2011,

    p.234).

    É importante pontuar que a falta de celeridade na resolução de conflitos não é

    diferente na Justiça do Trabalho, o que é confirmado pelo relato do Juiz Presidente

    da Vara do Trabalho de Teófilo Otoni, Minas Gerais, Dr. Marcelo Paes Menezes:

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    No campo do Direito do Trabalho, a decisão tardia já revela nela mesma,uma injustiça. É que a parte economicamente mais debilitada não dispõe desuporte material para enfrentar um longo tempo de duração do processo.[...] o encurtamento do tempo de duração do processo, em sede de conflitotrabalhista, é imperativo e inafastável (MENEZES, 2000, p.206).

    Em função da morosidade do sistema judiciário da Justiça do Trabalho, a

    resolução de conflitos podem se alastrar por muitos anos, podendo causar prejuízos

    irreparáveis a parte, assim como esta, pode vir a falecer antes do término do

    processo. Isso demonstra claramente que há uma necessidade de celeridade

    imediata na busca de soluções litigadas, almejando-se uma jurisdição eficiente,

    eficaz, quantitativamente e qualitativamente, fazendo com que seja repensada a

    maneira de tratar os conflitos frente ao Poder Judiciário (OLIVEIRA, 2004, p.1). Assim, abre-se o espaço aos novos modelos processuais inspirados no perfil da

    Jurisdição do Processo Civil (SALDANHA, 2012, p.337), que representam as

    soluções alternativas de resolução de conflitos através da conciliação e medição,

    amparadas pela resolução 125/2010 do CNJ. Esta ideia é compartilhada por autores

    como Nalini (2008, p.184-187) que também defendem a necessidade imediata da

    criação de mecanismos alternativos para a resolução de conflitos. A exemplo, entre

    outros, cita a conciliação e a mediação “como forma oferecidas à comunidade par asolução de suas controvérsias, [...], e força a adoção de mecanismos mais eficientes

    de resolução de conflitos. [...]”. (NALINI, 2008, p.185). 

    Frente a estas colocações, a proposta de conciliação e mediação, no modelo

    autocompositivo, trazido pela Lei 13.140/2015 e nos artigos 166 a 175 do Novo

    Código de Processo Civil (NCPC), pode representar uma maneira de solucionar a

    crise existente hoje no Poder Judiciário, aperfeiçoando a celeridade deste e

    promovendo a efetiva e adequada tutela dos direitos, tendo a pacificação social e

    contribuindo para a solução da crise que enfrenta o judiciário (RICHA, 2011, p.234). 

    Baseado no que acima foi exposto, este trabalho avaliou a aplicação e a

    eficácia dos métodos autocompositivos usados na resolução de conflitos litigados

    através da conciliação e mediação na Justiça do Trabalho.

    3 MEIO ALTERNATIVO PARA SOLUÇÃO DE CONFLITO AUTOCOMPOSITIVO:

    CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO

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     A autocomposição caracteriza-se pela resolução de conflitos no qual as

    partes isoladamente, ou em conjunto, buscam uma solução amigável para a lide em

    questão, contando sempre, com a vontade das partes, havendo um consentimento

    espontâneo para a resolução do litígio (TARTUCE, 2008, p.46). 

     A procura de um consenso e de ferramentas que possam possibilitar a

    resolução do impasse pode ser vantajosa, tanto para o judiciário, quanto para as

    partes. Pois uma vez resolvido o conflito, o processo pode ser baixado e as partes,

    em alguns casos, poderão dar continuidade em suas relações.

    Nesse sentido, com o advento da publicação da Lei 13.140 de 25 de junho de

    2015, com o intuito de desafogar o Judiciário, abre um novo caminho para a

    resolução de conflitos, com a possibilidade da autocomposição. Na sessão de conciliação ou mediação para uma autocomposição amigável, é

    criado um ambiente propício, sem o poder de coerção advindo da presença do Juiz,

    e com a presença de um terceiro neutro ao conflito e imparcial, que reduzirá a termo

    o acordo, se houver, e este será encaminhado ao Juiz para homologação e

    arquivamento do processo, seguindo o rito do parágrafo único do artigo 28 da Lei

    13.140/2005: “se houver acordo, os autos serão encaminhados ao juiz, que

    determinará o arquivamento do processo”.É possível, desta forma, explicar a autocomposição, como um processo em

    que as partes envolvidas no conflito, buscam um acordo possível de ser alcançado,

    olhando sempre para o futuro da própria relação entre as partes:

    O processo de autocomposição, na medida em que são as mesmas partesenvolvidas que tentam, por elas mesmas, chegar a um acordo recompondo,através de uma mirada interior, os ingredientes (afetivos, jurídicos,patrimoniais ou de outros tipos) que possam gerar o diferente. [...].

    (WARAT, 2004, p.58).

     Assim, o processo autocompositivo, vem se acomodando frente às

    negociações do judiciário, através da conciliação e mediação. 

    3.1 CONCILIAÇÃO 

    Na conciliação, o conciliador tenta fazer com que as partes evitem um

    possível ingresso na justiça, ou ainda desistam da jurisdição, buscando um acordo

    para ambos, sem a necessidade de dar continuidade à demanda judicial que é

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    apresentada (TAVARES, 2002, p.42-43). A conciliação ocorre a partir de um terceiro

    interventor atuando como elo de ligação entre as partes, com a finalidade de levar a

    um entendimento, identificando a causa e uma possível solução. Apaziguando as

    questões, interferindo se necessários nos conceitos e interpretações dos fatos, para

    a redação de um acordo possível e exequível (TAVARES, 2002, p.43).

    3.1.1 Conceito de conciliação

     A conciliação é uma técnica autocompositiva, aplicada por um profissional

    imparcial e neutro ao conflito, através da escuta ativa, intervém com o objetivo de

    auxiliar a busca por um acordo, expondo as vantagens e desvantagens de conciliare ainda propõe soluções alternativas (TARTUCE, 2008, p.67- 68). O que corrobora o

    conceito de conciliação na citação de Watanabe, Kazuo apud  Tartuce (2008, p. 58):

    “na conciliação um terceiro interfere um pouco mais ao tentar apaziguar as partes,

    podendo sugerir algumas soluções para o conflito”. O conciliador auxilia na formação

    do acordo, com sugestões para a resolução (MARTINS, 2002, p.73-76). A

    conciliação se ajusta para resolver questões circunstanciais. Sendo a voluntariedade

    das partes e a questão de interesse em resolver o conflito, característica alternativade solução autocompositiva (BACELLAR, 2003, p.231), utilizando-se a conciliação

    de ferramentas especifica para aplicação, que será desenvolvida no tópico seguinte.

    3.1.2 Forma de aplicação

    É uma sessão informal, sigilosa em que as partes são os figurantes

    principais, e diante de diálogos é possibilitado pelo conciliador, à busca de umasolução.

     Apropriada para lidar com relações eventuais de consumo, “em que não

    prevalece o interesse comum de manter o relacionamento, mas com o objetivo de

    solucionar questões referentes a interesses materiais ou questões jurídicas” 

    (VASCONCELOS, 2012, p. 46). Segundo o autor a conciliação é mais rápida do que

    a mediação, porém menos eficaz (VASCONCELOS, 2012, p.46-47). 

     Assim, em seu rito, depois da apresentação do conciliador, e do observador,

    que é um conciliador com o papel de avaliar a atuação do conciliador durante a

    sessão, sem dar opinião ou manifestação, pode o conciliador, se houver

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    necessidade, fazer reuniões individuais com cada parte, mantendo sigilo nas

    conversas, e somente informando o conteúdo do que foi abordado quando

    autorizado pela parte, concentrando o mesmo tempo para ambas as partes nas

    sessões individuais. Chegando a um consenso possível de conciliar, é redigido o

    termo de conciliação, assinado pelas partes e encaminhado ao Juiz para a

    homologação (BRASIL, 2009, p.21).

    3.2 MEDIAÇÃO 

    Com o objetivo e metas definidos por técnicas, a mediação faz com que os

    participantes reflitam sobre suas próprias palavras expressadas, no conflitoexistente, buscando uma maneira positiva, e com o uso de ferramentas adequadas,

    fazendo com que de uma maneira autocompositiva, os mediandos consigam buscar

    alternativas para a questão (BRASIL, 2009, p.41), escolhendo opções que melhor

    aplicam-se na solução do problema que os trouxe a sessão de mediação

    (VASCONCELOS, 2012, p.46-47).

    Sua história esta ligada diretamente ao movimento de acesso à justiça, os

    quais ainda na década de 70 tiveram seus primeiros passos para a busca desoluções de conflitos auxiliando na melhoria das relações sociais da época (BRASIL,

    2009, p.21). 

     As pessoas envolvidas na mediação almejam o tratamento para o conflito

    com a ajuda de um mediador, terceiro, sem poder de decisão e que facilita a

    comunicação para a constituição de maneira autônoma, criando um canal para

    diálogo das partes envolvidas, chamado de mediando. 

    De acordo com a professora Deborah Rhode (2000) apud   Brasil, (2009, p.23), a percepção da grande maioria dos usuários que participaram em processos

    autocompositivos aumenta significativamente a segurança e confiança no processo,

    quando da incorporação pelo Estado de mecanismos independentes e paralelos de

    resolução de conflitos, dando maior confiabilidade ao sistema.

    No entendimento de Tartuce (2008. p.221-224), as diretrizes importantes da

    mediação, dirigidas pelos seus princípios, dão sua sustentação e base para o bom

    desenvolvimento das sessões. Já listados e anunciados pelo NCPC, acima

    elencados, o mediador deve seguir as sessões com a devida dignidade e ética para

    com os mediandos de maneira imparcial na busca de um possível restabelecimento

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    de comunicação entre as partes. Pois “a finalidade da mediação e a

    responsabilização dos protagonistas é fundamental para fazer deles sujeitos

    capazes de elaborar, por si mesmos acordos duráveis” (TARTUCE, 2008, p.222). “O

    mediador não deve tomar dos mediando a iniciativa, o protagonismo”

    (VASCONCELOS, 2012, p.115). 

    Conforme Bacellar (2003. p.231-233), a mediação se utiliza para situações de

    múltiplos vínculos, sejam de conflitos familiares, vizinhança, amizade, decorrentes

    de relações comerciais e trabalhistas. Sempre com o intuito de preservar as

    relações, “com a mediação esta vem sendo aplicada como uma forma de

    negociação com diversas técnicas de composição, nas mais diversas modalidades

    de controvérsias” (TARTUCE, 2008, p.262).  Assim, mediador deve desenvolver habilidades e técnicas de conotação

    positiva, como escuta ativa, justamente para buscar “criar um ambiente, em que os

    próprios mediandos possam avançar nas r eflexões” (VASCONCELOS, 2012, p.115).

    3.2.1 Conceito de mediação

    Conforme conceituado por Tartuce (2008, p.205-212), mediação é umatécnica na qual uma terceira pessoa, treinada e neutra, auxilia as partes em conflito

    a entender as origens do conflito, e em conjunto construirão uma composição que

    venha a um entendimento de máximo de satisfação possível frente ao acordo. 

    Na visão de Watanabe, Kazuo apud  Tartuce (2008, p. 58), é “na mediação

    um terceiro cria as condições necessárias para que as próprias partes encontrem a

    solução”. 

    No momento em que as partes resolvem conversar, ou tentar uma mediação,é o inicio de um possível acorde de vontades. Nesse sentido, esclarece Sales (2003,

    p.38-47), é que na mediação as partes não devem se consideradas antagônicas, o

    acordo é uma consequência de todo o trabalho do mediador em fazer com que as

    partes obtenham esse entendimento de acordar, sendo assim o mediador, um

    facilitador. 

    3.2.2 Forma de aplicação

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    O processo de mediação possui uma forma autocompositiva, segundo a qual

    as pessoas em disputa são auxiliadas por um terceiro, neutro ao conflito, sem

    interesse na causa, para chegarem a uma composição e permitindo aos mediandos

    o controle de suas vidas, de modo a buscarem a solução ideal que vai de encontro a

    seus interesses e necessidades. Por ser um processo voluntário e informal o

    mediador ajuda os mediandos a resolverem suas disputas, alcançando um acordo

    aceito por todos, com soluções que proporcionam maior ganho individual e coletivo,

    porém duradouros (BRASIL, 2009). 

    Conforme Warat (2004, p.53-55), o entendimento da mediação se dá por um

    ritual de técnicas e princípios que busca estrategicamente, a introdução de

    novidades não vistas entre as partes, e que produzam situações crescentes parauma busca ordenada e futura na solução do conflito, com a ajuda do mediador:

    Entendo por mediação no direito, em uma primeira aproximação, como umprocedimento indisciplinado de autocomposição assistida (ou terceirizada)dos vínculos conflitivos com o outro em suas diversas modalidade (WARAT,2004, p.54). 

    Nesse entendimento, a autocomposição é a ferramenta necessária na

    mediação abrindo uma porta transformadora, do conflito, na busca de possível

    solução pelas próprias partes (WARAT, 2004, p.332), na qual o mediador ajuda na

    autodecisão de transformação deste conflito, em soluções possíveis de serem

    alcançadas. Abrindo um canal de comunicação entre as partes.

    3.2.3 Amparo Legal da Conciliação e Mediação no Novo CPC.

    O Novo Código de Processo Civil (NCPC – Lei 13.105/2015), que se encontraem vocatio legis,  e findado em março de 2016, traz em sua seção V, Dos

    Conciliadores e Mediadores Judiciais, e define as regras para a criação de centros

     judiciais de solução consensual de conflitos, nos artigos 165 a 175, assim como a

    determinação e regras para que o mediador judicial e o conciliador atuem em tal

    função, com capacitação, realizada por meio de cursos de capacitação, oferecidos

    por entidades credenciadas, conforme parâmetro circular definido pelo Conselho

    Nacional de Justiça. (CNJ) em conjunto com o Ministério da Justiça. 

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    É possível também, que os Tribunais de cada Regional ministrem cursos de

    capacitação para formar seus grupos de conciliadores e mediadores, que formaram

    um cadastro Nacional do Tribunal de Justiça ou de Tribunal Regional Federal,

    possibilitando ainda a criação de câmaras de conciliação e mediação com relação a

    matérias de Âmbito administrativo, de acordo com o artigo 174, do NCPC.

    Regidos pelos princípios da informalidade, independência, da imparcialidade,

    da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade e da decisão

    informada, de acordo com o artigo 166 do NCPC. Visto que tais princípios são

    aplicados pelo conciliador e mediador, nas sessões que presidirem, de modo a ser

    sigiloso e de interesse somente das partes. 

    Dentre as regras que amparam a função de conciliador e mediador judicial noNCPC, consta a possibilidade de se julgar impedido de atuar nas sessões, assim

    como sua impossibilidade temporária do exercício da função, ficando ainda impedido

    de assessorar, representar ou patrocinar qualquer das partes por um ano, contado

    do término da última audiência que atuou, (artigos 170-172, NCPC). Quando agirem

    com dolo ou culpa, não respeitando as disposições da lei, sofrerão punições,

    podendo ainda, serem afastado de suas atividades pelo juiz do processo ou pelo

    coordenador do centro de conciliação e mediação por até 180 dias, diz o artigo 173,do NCPC. 

    Ganhando assim, importância os métodos alternativos de solução de conflitos

    extrajudiciais e autocompositivo no âmbito da conciliação e mediação, segundo a

    visão Ricardo Ranzolin (Presidente da Comissão de Arbitragem da OAB-RS) (Novo

    Código de Processo Civil Anotado – Esa, p.166). 

    Nessa senda, a aplicação subsidiária do NCPC, no Direito Processual do

    Trabalho, ocorre frente à omissão da CLT, e com previsão legal no artigo 769 daCLT, onde o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual

    do trabalho, exceto no que for incompatível.

     Assim, decorrer-se há no capítulo seguinte a maneira que é realizada a

    conciliação e mediação, na Justiça do Trabalho.

    4 A EFICÁCIA DA CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO NO PROCESSO DO TRABALHO

    Na Justiça do Trabalho, o ato de conciliar é obrigatório, e a proposta de

    conciliação é realizada pelo Juiz, em dois momentos processuais. De acordo com o

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    artigo 846 da CLT, o primeiro momento ocorre logo na abertura da audiência, e o

    segundo momento de acordo com o artigo 850 da CLT, quando já foram aduzidas às

    razões final sendo este ato indispensável, sob pena de gerar nulidade do julgado

    (MARTINS, 2002, p.74). Nesta fase, o Juiz que preside a audiência, esclarece às

    partes as vantagens de uma conciliação e as consequências caso não haja acordo.

    O Juiz usa de meios de persuasão para a solução conciliatória do litígio, em

    qualquer fase da audiência, de acordo com a Lei 9757/2000, artigo 852-E,

    acrescentado na CLT. 

    Essa é o comum cotidiano forense na Justiça do Trabalho. O objetivo deste

    artigo é mostrar a eficácia dos métodos autocompositivos, conciliação e mediação,

    como meio alternativo de solução de conflitos litigados na Justiça do Trabalho,amparados pela Resolução 125/10, do CNJ. Na conciliação e mediação as partes

    em comum acordo buscam a solução mais adequada para a litigância que está

    sendo discutida de maneira duradoura e quando há possibilidade de acordo, este é

    redigido a termo, e encaminhado ao Juiz para a homologação. 

    Os Tribunais, conforme o artigo 7º da resolução 125/2010, criaram os Núcleos

    Permanentes de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos  –  NUPEMEC, os

    quais desenvolvem uma política judiciária de tratamento adequada ao conflito,planejam e atuam, assim como capacitam conciliadores e mediadores sobre os

    métodos consensuais de solução de conflitos.

    Com o objetivo de buscar celeridade nos processos Judiciais de âmbito

    Nacional, os TRT’s instituíram a Semana Nacional de Conciliação, criada pela

    resolução 125/10-CNJ, como é o caso do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª

    Região (TRT-2), o qual é regido pelo Provimento GP/CR nº 08/2015, que institui a

    Semana Nacional de Conciliação. O TRT-2 vem desenvolvendo, as semanas deConciliação por mais de seis anos, obtendo ótimos resultados. ,

     As Desembargadoras Silva Regina Pondé Galvão Devonald3  e Beatriz de

    Lima Pereira4, que integram o TRT-2 na Semana Nacional de Conciliação e

    consideram a conciliação um instrumento de extrema importância devido à sua

    eficiência e eficácia na solução de conflitos frente à Justiça do Trabalho

    (Considerações extraídas do Provimento GP/CR 08/2015 TRT-2).

    3 Desembargadora do Trabalho Presidente do Tribunal

    4 Desembargadora do Trabalho Corregedora Regional

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    Em recente publicação, o Cejusc Leste, Centro Judiciário de Solução de

    Conflitos da Zona Leste (TRT-2), em comemoração a um ano de funcionamento

    (21/08/2014), foi informado a respeito do grande número de acordos realizados

    pelos conciliadores os quais “ao longo desse período, realizaram 2.146 sessões

    conciliatórias e concretizaram 1.227 acordos” (FRANCESCHINI, 2015, p.1).

     A partir desse resultado, de acordo com Desembargadora Regina Dubugras,

    Coordenadora do Cejusc Leste, iniciou-se mais um módulo de treinamento de

    conciliadores, sendo ministradas aulas sobre a postura dos conciliadores, aspectos

    legais do acordo e cálculos básicos sobre a conciliação e o Poder Judiciário.

    Nesse sentido, a Desembargadora Silvia Devonald, também confirma que a

    conciliação é o futuro da Justiça: “O crescimento da demanda é uma realidade, e a

    instalação de novas varas nunca será suficiente para atendê-la”  (FRANCESCHINI,

    2015, p.1).

     A juíza Anelore Rothenberger ainda relatou o seguinte no encontro do TRT2

    em (04/09/2015):

    [...] A juíza Anelore Rothenberger, gestora do Juízo Auxiliar de Conciliaçãodo TRT-9 (PR), [...] “Queremos conhecer as boas práticas do TRT-2, ver o

    que traz melhores resultados e aplicar esses ensinamentos à nossarealidade”, disse a magistrada. Uma das servidoras mais entusiasmadascom o trabalho de mediação no Cejusc-Leste é Ana Christina Lucas, da 6ªVara. A cada sessão, ela tem o cuidado de se apresentar às partes eexplicar quais são os objetivos e as vantagens da conciliação. "Encerra oprocesso mais rapidamente e resolve o conflito de maneira mais tranquila eaberta, sem a necessidade de o juiz impor uma decisão. As partes saemdaqui com uma visão mais humana do Judiciário, e isso é o que mais nosdeixa felizes", afirma [...] A desembargadora Regina Dubugras ressalta queo conciliador não tem a função de fazer uma proposta, mas de extrair daspartes uma proposta que elas tenham condições de cumprir. [...] "Oconciliador vai procurar detalhes, buscar alternativas que possam viabilizaro pagamento. Esse diálogo e aproximação entre os envolvidos no processo

    é que vai dar efetividade à justiça, completa”, grifo nosso (FRANCESCHINI,2015, p.1,). 

    Nesse sentido, Gunther, et al. (2013, p.38) relata que o acesso à justiça como

    solução alternativa, dada pela conciliação e mediação, vem se adaptando a cada

    tipo de litígio, sempre possibilitando às partes envolvidas, a buscarem em si

    mesmas, pela autocomposição, a solução do conflito com maior celeridade,

    produzindo assim eficiência no resultado buscado, fazendo a coisa certa de maneira

    certa. Amparado nos direitos fundamentais garantidos constitucionalmente pelaCarta Magna de 1988, em tese ao art. 5º XXXV e LXXVIII, que retratam o acesso à

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     justiça e a razoável duração do processo, Andrade (2012, p.30) atesta que pelo

    instituto da conciliação é garantido um amplo acesso à Justiça, observando ainda a

    razoável duração do processo. 

    Conforme Andrade (2012, p.30).

    Com amparo nessa perspectiva, propomo-nos a analise do instituto daconciliação, uma vez que o mesmo visa garantir um amplo acesso a justiça,com observância do principio da razoável duração do processo, o qual veioincentivar e legitimar iniciativas que prestigiem a sociedade com soluções justas, satisfatórias e tempestivas. E importante ressaltar que a relevânciado tema ganhou destaque no projeto de lei do novo código de processo civil(CPC) e na campanha realizada pelo Conselho Nacional de Justiça  – CNJ -“Conciliar e legal”, com constante conscientização da sociedade e dosmagistrados da importância das praticas conciliatórias, inclusive, contando

    com uma semana dedicada a sua pratica em todos os tribunais, realizadaanualmente (ANDRADE, 2102, p.30).

    Ganhando espaço no NCPC a conciliação e a mediação pelo método de

    autocomposição, esta auxiliada no diálogo entre as partes, por “soluções

    autocompositivas, que ao lado da jurisdição, legitima meios de solução de conflitos”

    (ANDRADE, 2102, p.31).

    Segundo Gunther, et al. (2013, p.41), os meios alternativos podem contribuir

    para a celeridade nos processos judiciais, ou ainda no acesso mais ágil à justiçapelos meio pré-processual, contribuindo assim, como auxiliares da justiça.

    Tornando-se evidente a importância da conciliação e mediação, na redução do

    tempo de duração do processo judicial (GUNTHER, et al. 2013, p.41 e147).

    Como expressado pela Ministra Fátima Nancy Andrighi “Conciliar é um dom

    que vem da alma e constitui a expressão máxima do princípio da oralidade [...] a

    opção pela conciliação é que nos conduz à tão sonhada e necessária humanização

    da Justiça” (ANDRIGHI, 2009, p.269-270).Em recente entrevista do Ministro Marco Aurélio Buzzi, que é participante do

    movimento de conciliação desde 2006, publicada por Andéa Mesquita da Agência

    CNJ de Notícias (BRASIL, 27/11/2015), o Ministro atestou que a conciliação é a

    melhor alternativa para o Judiciário porque mostrou-se eficaz e “muitíssimo positiva”.

    Segue relato do Ministro Marco Aurélio Buzzi (Agência de Notícias CNJ,

    27/11/2015).

    [...] Eu acho que temos dois enfoques a dar. O primeiro é que estamosnuma fase de mudança de mentalidade. Então, há quem esteja maisconvicto de que esse é o caminho e há quem não esteja muito

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    entusiasmado. O segundo enfoque é que realmente os números são muitobons. Temos em São Paulo, por exemplo, que é o carro-chefe da economiado país, aproximadamente 175 Centros Judiciários de Solução de Conflitose Cidadania (Cejuscs) já instalados. E, em todos os estados já temosCejusc's instalados, em alguns mais, outros menos, mas existem em todos.

    Minha avaliação é muitíssimo positiva. Estamos mudando a mentalidade eessas metas estão se concretizando. Em todo o Brasil, felizmente, estamoscom operadores do direito engajados nisso, os juízes, os promotores osadvogados e, agora, estamos com duas leis tratando da questão, Lei damediação e o novo código de processo civil. (Agência de Notícias CNJ,27/11/2015).

    Na visão acima, denominado, a conciliação e a mediação tornam-se

    importantes, pois “concedem às partes uma prestação jurisdicional justa, eficiente e

    célere”, tendo sua eficiência frente aos Cejusc de cada TRT, e sua eficácia junto às

    partes envolvidas, já que acordos produzidos com as partes, após suahomologação, adquire força de título executivo, permitindo assim, sua execução na

    Justiça do Trabalho em caso de descumprimento (GUNTHER, et al. 2013, p. 218).

    Portanto, está construindo-se uma cultura diferente para que os processos

     judiciais sejam solucionados. Em prol desta cultura os TRT’s do Brasil, lentamente

    estão aderindo aos meios alternativos de solução de conflitos, conciliação e

    mediação, seguindo o exemplo de outros já listados no presente trabalho. Este

    método alternativo de solução de conflitos tem mostrado ser uma política eficientena solução de litígios, com eficácia na produção de resultados positivos junto à

    Justiça do Trabalho.

    5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

     A cerca do tema desenvolvido neste artigo foi possível observar que a cultura

    de conciliar ou mediar, com técnicas e métodos autocompositivos, vem rompendo

    culturas e produzindo eficácia através da pacificação social, resultando na

    efetividade da garantia e direitos constitucionais na Justiça do Trabalho. Portanto,

    conclui-se que a conciliação e mediação, aplicada como política pública, na forma

    alternativa de solução de conflitos, mostra-se eficaz junto à Justiça do Trabalho,

    tendo em vista que de uma maneira simples, possibilita que conflitos sejam

    solucionados de forma autocompositiva, sem a necessidade de uma sentença

    emitida pelo Juiz, de uma maneira mais célere, com menor custo e com a abertura

    de outro canal de acesso à justiça. Sendo assim, a melhor forma de solução de

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    conflitos de maneira consensual, é aquela que as partes autocompõe suas soluções,

    adequadas aos limites legais.

    Outrossim, estas formas alternativas de solução de conflitos, junto a seus

    Cejusc’s dos TRT’s do Brasil, promovem maior efetividade à solução do litígio entre

    as partes, em especial a negociação direta, pela via da autocomposição e na

    garantia de direitos constitucionais. Assim, a ampliação à composição, pelos

    métodos alternativos de solução de conflitos, ainda que extrajudicial, na Justiça do

    Trabalho, é bem-vinda.

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