15
Conclusões da Terceira Parte PIAGET, Jean. Abstração Reflexionante. (p. 269-273) Apresentado por Flávia Rizzon e Paula Pecke Professor Fernando Becker Universidade Federal do Rio Grande do Sul Faculdade de Educação Programa de Pós-Graduação em Educação Obs.: Algumas explicações foram complementadas com a leitura das conclusões de: PIAGET, Jean; INHELDER, Bärbel. A representação do espaço na criança. Traduzido por Bernardina Machado de Albuquerque. Porto Alegre, Artes Médicas, 199

Conclusões da Terceira Parte PIAGET, Jean. Abstração Reflexionante. (p. 269-273) Apresentado por Flávia Rizzon e Paula Pecker Professor Fernando Becker

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Conclusões da Terceira Parte PIAGET, Jean. Abstração Reflexionante. (p. 269-273) Apresentado por Flávia Rizzon e Paula Pecker Professor Fernando Becker

Conclusões da Terceira PartePIAGET, Jean. Abstração Reflexionante. (p. 269-

273)

Apresentado por Flávia Rizzon e Paula Pecker

Professor Fernando Becker

Universidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de Educação

Programa de Pós-Graduação em Educação

Obs.: Algumas explicações foram complementadas com a leitura das conclusões de:PIAGET, Jean; INHELDER, Bärbel. A representação do espaço na criança. Traduzido por Bernardina Machado de Albuquerque. Porto Alegre, Artes Médicas, 1993.

Page 2: Conclusões da Terceira Parte PIAGET, Jean. Abstração Reflexionante. (p. 269-273) Apresentado por Flávia Rizzon e Paula Pecker Professor Fernando Becker

Abstrações relativas ao Espaço

A abstração empírica não basta neste caso, e tem necessidade de um quadro reflexionante.

A abstração reflexionante exige uma correspondência com os produtos da abstração empírica quanto a significação das deduções efetuadas.

Page 3: Conclusões da Terceira Parte PIAGET, Jean. Abstração Reflexionante. (p. 269-273) Apresentado por Flávia Rizzon e Paula Pecker Professor Fernando Becker

Abstrações Empíricas Apóia-se sobre as propriedades que o

objeto possuía antes de o sujeito descobri-las.

Porém, para entender as características dinâmicas chegará apenas por aproximação. A dedução que parte da observação não poderá ser precisa.

Page 4: Conclusões da Terceira Parte PIAGET, Jean. Abstração Reflexionante. (p. 269-273) Apresentado por Flávia Rizzon e Paula Pecker Professor Fernando Becker

Quadro Reflexionante

Para compreender o objeto completamente é necessário deduzir características não-observáveis.

Porém, os quadros dedutivos de natureza espacial reúnem as propriedades que os objetos já possuíam.

Page 5: Conclusões da Terceira Parte PIAGET, Jean. Abstração Reflexionante. (p. 269-273) Apresentado por Flávia Rizzon e Paula Pecker Professor Fernando Becker

Isto significa que

Em objetos como os números os quadros lógico-aritméticos são acrescentados aos objetos graças as operações do sujeito.

Em objetos de natureza espacial os quadros dedutivos reúnem as propriedades que os objetos já possuíam.

Page 6: Conclusões da Terceira Parte PIAGET, Jean. Abstração Reflexionante. (p. 269-273) Apresentado por Flávia Rizzon e Paula Pecker Professor Fernando Becker

Exemplo: tocar piano No que diz respeito ao ato de tocar, o

músico (em qualquer nível de aprendizado) se depara com abstrações de ordem espacial. Por exemplo, calcular o impulso e distância necessária para tocar um intervalo de notas. Ele irá valer-se de um “quadro reflexionante” mas o salto em si nunca deixará de ser físico, empírico, prático. Ele existe no plano concreto e o músico o retomará como produto de suas abstrações.

Page 7: Conclusões da Terceira Parte PIAGET, Jean. Abstração Reflexionante. (p. 269-273) Apresentado por Flávia Rizzon e Paula Pecker Professor Fernando Becker

O Espaço

Constitui o ponto de junção entre a realidade exterior e as operações do sujeito. (Ou seja, entre as AE e as AR).

Os observáveis figurativos inserem-se muito diretamente nas transformações e estas próprias podem ser representadas de forma figurativa.

Page 8: Conclusões da Terceira Parte PIAGET, Jean. Abstração Reflexionante. (p. 269-273) Apresentado por Flávia Rizzon e Paula Pecker Professor Fernando Becker

A Intuição geométrica

A mistura entre a capacidade operatória e de representação visual.

Não é só a habilidade de imaginar as formas, mas sim de agir sobre o objeto ultrapassando-o e enriquecendo a realidade física, até constituir esquemas operatórios suscetíveis de serem formalizados e dedutíveis por si mesmos.

Page 9: Conclusões da Terceira Parte PIAGET, Jean. Abstração Reflexionante. (p. 269-273) Apresentado por Flávia Rizzon e Paula Pecker Professor Fernando Becker

A Ação

É nos níveis das operações concretas, depois formais, que a ação relativa ao espaço é reencontrada, mas sob a forma ao mesmo tempo enriquecida (porque são agora reversíveis e suscetíveis de composições indefinidas) e mais puras (porque ultrapassam os objetos que se apóiam).

Page 10: Conclusões da Terceira Parte PIAGET, Jean. Abstração Reflexionante. (p. 269-273) Apresentado por Flávia Rizzon e Paula Pecker Professor Fernando Becker

O Papel da Ação

A representação espacial é uma ação interiorizada que evoca a atividade sensório-motora do nível precedente.

Não há intuição geométrica se não houver as ações virtuais que antecipam as ações que estão por acontecer o plano físico.

A interiorização das ações é efetuada segundo etapas muito graduais.

Page 11: Conclusões da Terceira Parte PIAGET, Jean. Abstração Reflexionante. (p. 269-273) Apresentado por Flávia Rizzon e Paula Pecker Professor Fernando Becker

Exemplo da ordenação Ordenar em pensamento não é

somente imaginar uma seqüência de objetos já ordenados, nem mesmo simplesmente representar a si mesmo ordenando-os. É ordenar essa seqüência tão real e ativamente como se se tratasse de uma ação material, mas executando interiormente tal ação por meio de objetos simbolizados.

Page 12: Conclusões da Terceira Parte PIAGET, Jean. Abstração Reflexionante. (p. 269-273) Apresentado por Flávia Rizzon e Paula Pecker Professor Fernando Becker

O Isomorfismo

Enquanto a diferenciação entre o espacial e o lógico-matemático vai aumentando ao longo das mudanças psicogenéticas do sujeito, nota-se que o isomorfismo das primeiras operações lógicas e operações infralógicas de mesmo nível, testemunha um parentesco original.

Page 13: Conclusões da Terceira Parte PIAGET, Jean. Abstração Reflexionante. (p. 269-273) Apresentado por Flávia Rizzon e Paula Pecker Professor Fernando Becker

A Geometria

A geometria permaneceu, por longo tempo, concebida como um simples estudo das figuras, portanto, como uma matemática não pura, mas aplicada aos dados da percepção, ao passo que, com a teoria dos grupos fundamentais e os progressos da topologia, tende ela, atualmente, a incorporar-se à teoria geral das estruturas.

Page 14: Conclusões da Terceira Parte PIAGET, Jean. Abstração Reflexionante. (p. 269-273) Apresentado por Flávia Rizzon e Paula Pecker Professor Fernando Becker

A Geometria

Os experimentos desta obra se propõem a destacar o importante papel da abstração reflexionante para as soluções dos desafios propostos, que, ao passo que se formalizam se dissociam do conteúdo figurativo, porém, sem nunca abandoná-lo.

Page 15: Conclusões da Terceira Parte PIAGET, Jean. Abstração Reflexionante. (p. 269-273) Apresentado por Flávia Rizzon e Paula Pecker Professor Fernando Becker

Os problemas geométricos

1. Há uma primazia provisória da abstração empírica.

2. O sujeito passa a verificar a convergência entre o produto de suas abstrações reflexionantes e o que é observável.

3. Aparece a abstração refletida (tomada de consciência das AR), de forma tardia em relação ao que produz o processo como tal.