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ESTADO DO MARANHÃO GOVERNADORIA COMISSÃO ESPECIAL DE LICITAÇÃO - CEL Respostas aos Pedidos de Esclarecimentos e Impugnações Concorrência nº 001/2016-CEL/CCL/MA Página 1 CONCORRÊNCIA Nº 01/2016 – CEL/CCL/MA REQUERENTES: CMT ENGENHARIA LTDA.; SUCESSO CONSTRUTORA S/A.; CONSTRUTORA CIDADE LTDA.; EMSA-EMPRESA SUL AMERICANA DE MONTAGENS S/A.; CONSTRUTORA A. GASPAR S/A E ESTACON INFRAESTRUTURA. PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 176.173/2015-SINFRA. RESPOSTAS AOS PEDIDOS DE ESCLARECIMENTOS E IMPUGNAÇÕES Trata-se de pedidos de Esclarecimentos e Impugnações protocolizados tempestivamente pelos Requerentes, opondo-se ao Edital da Concorrência nº 01/2016 – CEL/CCL/MA, formalizados nos autos do Processo Administrativo nº 176.173/2015-SINFRA, cujo objeto é a contratação de empresa especializada para construção de uma ponte rodoviária sobre o rio Pericumã, na rodovia MA - 211, no trecho Bequimão - Central do Maranhão, com extensão estimada em 589 m, de interesse da Secretaria de Estado de Infraestrutura – SINFRA. Instada a se manifestar, a Secretaria de Estado de Infraestrutura aduziu em Parecer da Presidência da CSL/ SINFRA, que: Em resposta à Solicitação de Esclarecimentos formulada pela CMT ENGENHARIA LTDA., constante do Ofício n° 107/2016 – CEL/CCL/MA, temos a esclarecer o seguinte: Questionamento 01: Observamos que há um conflito entre as redações do item 26 do Edital e cláusula terceira, item 3.3 da Minuta do Contrato, sobre o reajustamento dos preços contratuais. Resposta: Informamos que os direitos a reequilíbrio econômico-financeiro, reajustamento e realinhamento de preços, estão previstos no Instrumento Convocatório, devendo ser instrumentalizados na forma da lei, sendo direito a empresa vencedora pleitear o reajustamento de preços. O reajustamento de preços pode ser entendido como o realinhamento do valor contratual em razão da elevação do custo de produção no curso normal da economia, tendo por base índices ou critérios previamente fixados em edital, a fim de preservar a contratada do processo inflacionário. Em face da sua previsão no caderno editalício e consequentemente elaboração da cláusula sobre reajustes, sabemos que o reajuste de preços é um direito do contratado, cabendo, portanto, à Administração a incumbência de manter íntegra a equação econômico-financeira inicial do contrato. Lei n.º 10.192/2001, em seus art. 2º, determina o prazo mínimo de duração igual ou superior a um ano para a realização de reajuste contratual: Art. 2º É admitida estipulação de correção monetária ou de reajuste por índices de preços gerais, setoriais ou que reflitam a variação dos custos de produção ou dos insumos utilizados nos contratos de prazo de duração igual ou superior a um ano. § 1º É nula de pleno direito qualquer estipulação de reajuste ou correção monetária de periodicidade inferior a um ano. (Grifos nosso) Em seguida, a supracitada norma (Lei nº 10.192/01) disciplina no § 1º de seu art. 3º, o seguinte: Art. 3º. Os contratos em que seja parte órgão ou entidade da Administração Pública direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, serão reajustados ou corrigidos monetariamente de acordo com as disposições desta Lei, e, no que com ela não conflitarem, da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993. § 1o A periodicidade anual nos contratos de que trata o caput deste artigo será contada a partir da data limite para a apresentação da proposta ou do orçamento a que essa se referir. (Grifos nosso)

CONCORRÊNCIA Nº 01/2016 CEL/CCL/MA REQUERENTES: … · Em resposta à Solicitação de Esclarecimentos formulada pela CONSTRUTORA A. GASPAR S/A, constante dos Ofícios n° 144/2016

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CONCORRÊNCIA Nº 01/2016 – CEL/CCL/MA REQUERENTES: CMT ENGENHARIA LTDA.; SUCESSO CONSTRUTORA S/A.; CONSTRUTORA CIDADE LTDA.; EMSA-EMPRESA SUL AMERICANA DE MONTAGENS S/A.; CONSTRUTORA A. GASPAR S/A E ESTACON INFRAESTRUTURA. PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 176.173/2015-SINFRA.

RESPOSTAS AOS PEDIDOS DE ESCLARECIMENTOS E IMPUGNAÇÕES

Trata-se de pedidos de Esclarecimentos e Impugnações protocolizados tempestivamente pelos Requerentes, opondo-se ao Edital da Concorrência nº 01/2016 – CEL/CCL/MA, formalizados nos autos do Processo Administrativo nº 176.173/2015-SINFRA, cujo objeto é a contratação de empresa especializada para construção de uma ponte rodoviária sobre o rio Pericumã, na rodovia MA - 211, no trecho Bequimão - Central do Maranhão, com extensão estimada em 589 m, de interesse da Secretaria de Estado de Infraestrutura – SINFRA.

Instada a se manifestar, a Secretaria de Estado de Infraestrutura aduziu em Parecer da

Presidência da CSL/ SINFRA, que:

Em resposta à Solicitação de Esclarecimentos formulada pela CMT ENGENHARIA LTDA.,

constante do Ofício n° 107/2016 – CEL/CCL/MA, temos a esclarecer o seguinte:

Questionamento 01: Observamos que há um conflito entre as redações do item 26 do Edital e cláusula terceira, item 3.3 da Minuta do Contrato, sobre o reajustamento dos preços contratuais. Resposta: Informamos que os direitos a reequilíbrio econômico-financeiro, reajustamento e realinhamento de preços, estão previstos no Instrumento Convocatório, devendo ser instrumentalizados na forma da lei, sendo direito a empresa vencedora pleitear o reajustamento de preços. O reajustamento de preços pode ser entendido como o realinhamento do valor contratual em razão da elevação do custo de produção no curso normal da economia, tendo por base índices ou critérios previamente fixados em edital, a fim de preservar a contratada do processo inflacionário. Em face da sua previsão no caderno editalício e consequentemente elaboração da cláusula sobre reajustes, sabemos que o reajuste de preços é um direito do contratado, cabendo, portanto, à Administração a incumbência de manter íntegra a equação econômico-financeira inicial do contrato. Lei n.º 10.192/2001, em seus art. 2º, determina o prazo mínimo de duração igual ou superior a um ano para a realização de reajuste contratual: Art. 2º É admitida estipulação de correção monetária ou de reajuste por índices de preços gerais, setoriais ou que reflitam a variação dos custos de produção ou dos insumos utilizados nos contratos de prazo de duração igual ou superior a um ano. § 1º É nula de pleno direito qualquer estipulação de reajuste ou correção monetária de periodicidade inferior a um ano. (Grifos nosso) Em seguida, a supracitada norma (Lei nº 10.192/01) disciplina no § 1º de seu art. 3º, o seguinte: Art. 3º. Os contratos em que seja parte órgão ou entidade da Administração Pública direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, serão reajustados ou corrigidos monetariamente de acordo com as disposições desta Lei, e, no que com ela não conflitarem, da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993. § 1o A periodicidade anual nos contratos de que trata o caput deste artigo será contada a partir da data limite para a apresentação da proposta ou do orçamento a que essa se referir. (Grifos nosso)

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Portanto, é de se considerar que a cláusula de reajuste é anual, sendo que o marco inicial para a apresentação do percentual do reajuste é contado a partir da data da proposta. Questionamento 02: Observamos que a Planilha Orçamentária não contempla o pagamento em separado da escavação mecânica no interior das camisas metálicas. Estamos entendendo, portanto, que o custo deste serviço deverá estar diluído no custo da cravação e instalação (posicionamento e alinhamento vertical) de camisas metálicas perdidas. Fineza confirmar o nosso entendimento. Resposta: O entendimento da empresa não procede, uma vez que todo custo já consta na planilha orçamentária. Em resposta à Solicitação de Esclarecimentos formulada pela CMT ENGENHARIA LTDA.,

constante do Ofício n° 114/2016 – CEL/CCL/MA, temos a esclarecer o seguinte:

Questionamento 01: Não encontramos nos documentos do edital a exigência de apresentação de garantia de proposta. Estamos entendendo, portanto, que não há necessidade de apresenta-la. Fineza confirmar nosso entendimento. Resposta: O entendimento da empresa está correto, uma vez que o edital não exige nenhuma garantia para participação do processo licitatório. Questionamento 02: Estamos entendendo que o projeto executivo será apresentado pela SINFRA/MA, já que a planilha de quantidades não contempla esse item. Fineza confirmar nosso entendimento. Resposta: O projeto executivo será de responsabilidade da SINFRA/MA, sendo assim, não há nenhum custo à empresa vencedora do certame. Questionamento 03: Foram identificadas diferenças nos custos unitário do serviço de “Fornecimento, confeccionamento e montagem de armadura de composição do revestimento aço CA-50A.” Estamos entendendo que a planilha será corrigida. Fineza confirmar nosso entendimento. Resposta: Esclarecemos que a composição das licitantes deverá atender os itens constantes na planilha orçamentária, conforme disponibilizado na planilha orçamentária.

Em resposta à Solicitação de Esclarecimentos formulada pela CMT ENGENHARIA LTDA.,

constante do Ofício n° 137/2016 – CEL/CCL/MA, temos a esclarecer o seguinte:

Questionamento 01: A empresa questiona o resultado das multiplicações efetuadas na planilha orçamentária pela empresa projetista estão erradas. Resposta: Os resultados obtidos na planilha são frutos de arredondamento no Software utilizado na elaboração da mesma. Os devidos ajustes foram feitos e os valores corrigidos.

Em resposta à Solicitação de Esclarecimentos formulada pela EMPRESA SUL AMERICANA DE

MONTAGENS S/A., constante do Ofício n° 142/2016 – CEL/CCL/MA, temos a esclarecer o

seguinte:

Questionamento 01: De acordo com item 15.1, letra c) do Edital, devemos apresentar COMPOSIÇÃO DE PREÇOS UNITÁRIO DOS SERVIÇOS, apenas para os itens 3, 4 e 5 da Planilha Orçamentária. Nosso entendimento está correto? Resposta: Não está correto. O texto do edital é claro e afirma que a licitante deverá apresentar composição de preços unitários do serviço para todos os itens da planilha orçamentária. Questionamento 02: Solicitamos que seja revisado o valor unitário dos materiais betuminosos (item 4.5.2), pois está incidindo BDI de 26,30% conforme item 15.1, letra g) do edital. Resposta: A composição de material betuminoso deverá apresentar B.D.I. diferenciado de 17,69%, conforme a última Instrução Normativa do DNIT.

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Questionamento 03: Entendemos que a elaboração do projeto executivo será de responsabilidade da SINFRA/MA. Resposta: O entendimento da empresa solicitante está correto. Questionamento 04: Caso a resposta do item anterior seja negativa, gostaríamos de saber como será medido e pago a execução do projeto executivo já que o mesmo não se encontra na planilha orçamentária. Resposta: O projeto executivo será de responsabilidade da SINFRA/MA, sendo assim, não há nenhum custo à empresa vencedora do certame.

Em resposta à Solicitação de Esclarecimentos formulada pela CONSTRUTORA A. GASPAR S/A,

constante dos Ofícios n° 144/2016 e 146/2016 – CEL/CCL/MA, por estarem em duplicidade, temos

a esclarecer o seguinte:

Questionamentos I, correspondentes ao Item 26 do Edital da Concorrência n° 001/2016 – CEL/CCL/MA, que se refere ao reajustamento de preços e atualização financeira do contrato administrativo: Pergunta a CONSTRUTORA A. GASPAR S/A: 1) Questiona-se se nosso entendimento procede? Por quê? Resposta: Sobre o referido questionamento não procede o entendimento firmado pela CONSTRUTORA A. GASPAR S/A. Por se tratar de execução de serviços especializados para a construção de ponte rodoviária sobre rio, em rodovia, com extensão de 589 (quinhentos e oitenta e nove) metros, todos os estudos técnicos preliminares, bem como composições de preços, obedeceram a data-base do orçamento obtido por índices oficiais na época de sua formulação, ou seja, no mês de março de 2015. Nesse sentido, a Secretaria Adjunta de Projetos da Secretaria de Estado de Infraestrutura do Maranhão – SINFRA, como órgão demandante dos aludidos serviços, considerou, na formulação dos preços estimados, data-base oficialmente exigível quando da formulação dos preços estimados (à época), após os estudos técnicos e composições de preços orçamentários colocados no bojo do processo licitatório. Sendo assim, a Secretaria de Estado de Infraestrutura do Maranhão – SINFRA considera, para o referido certame, que as empresas interessadas na participação do aludido ato público, apresentem propostas de preços obrigatoriamente desoneradas, haja vista que a Lei n° 13.161, de 31 de agosto de 2015, considerando o prazo necessário para o início de sua vigência, apenas passaria a vigorar na metade do mês de outubro de 2015, nada tendo a ver com o período em que foram efetivamente elaborados os estudos técnicos, planilhas de composições de preços unitários e os orçamentos relativos à obra que a Administração Pública Estadual pretende contratar. Desse modo, somente após a entrada em vigor da Lei n° 13.161, de 31 de agosto de 2015, ocorreria a exigência de apresentação de proposta de preços, sendo facultado o recolhimento conforme os incisos I e III do caput do art. 22 da Lei n° 8.212, de 24 de julho de 1991. Porém, a exigência para os processos licitatórios formulados antes da data da entrada em vigor da Lei n° 13.161, de 31 de agosto de 2015, é a apresentação de propostas de preços desoneradas, na realização da respectiva sessão licitatória. Pergunta a CONSTRUTORA A. GASPAR S/A: 2) Se a Secretaria de Estado de Infraestrutura do Maranhão - SINFRA pretende continuar os procedimentos com a planilha desonerada? Por quê? Resposta: Sim. Haja vista que o processo administrativo que originou a licitação em epígrafe, foi devidamente instruído com base em Projetos, estudos técnicos preliminares, composição de preços, orçamentos em geral, entre outros, obtidos no período de março de 2015. Desse modo, considerando que o Processo n° 176.173/2015-SINFRA já estava em curso, serão considerados os atos praticados à égide da Lei n° 12.546, de 14 de dezembro de 2011, que impõem aos aderentes da Concorrência n° 001/2016 – CEL/CCL/MA, a apresentação de propostas de preços com desoneração, na respectiva sessão licitatória. Pergunta a CONSTRUTORA A. GASPAR S/A:

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3) A Secretaria de Estado de Infraestrutura do Maranhão – SINFRA reconhece a possibilidade de reoneração após a licitação? Mesmo se tratando de uma Concorrência? Resposta: Tendo em vista que o processo administrativo foi formulado em março de 2015, sua licitação será realizada com base na Lei n° 12.546/2011, que prevê a desoneração da folha de pagamento dos trabalhadores. Sendo assim, não caberá reoneração para o contrato administrativo a ser firmado com a empresa vencedora deste certame. Pergunta a CONSTRUTORA A. GASPAR S/A: 4) Se a data-base da planilha orçamentária é março/2015 haverá um ajuste em março/2016? Por quê? Resposta: No que se refere à questão alegada pela CONSTRUTORA A. GASPAR S/A, informamos que os direitos a reequilíbrio econômico-financeiro, reajustamento e realinhamento de preços, estão previstos no Instrumento Convocatório, devendo ser instrumentalizados na forma da lei. Questionamentos II, Com base no conteúdo do Edital e observados os itens do Orçamento Base, a inexistência de item relativo aos Caminhos de Serviço. Pergunta a CONSTRUTORA A. GASPAR S/A: 1) Em que item do orçamento base está incluso etapas de serviço os caminhos de serviço? Pede-se justificar. Resposta: As Planilhas Orçamentárias que instruem o Instrumento Convocatório estão completas e suficientes, nelas estando previstos todos os serviços necessários à perfeita execução do objeto que pretende contratar a Administração Pública Estadual. Nesse sentido, o questionamento formulado pela CONSTRUTORA A. GASPAR S/A não apresenta fundamento, haja vista que não existem condições que impeçam a realização da obra pelas empresas interessadas, o que prontamente foi considerado no orçamento base, elaborado pela equipe técnica da Secretaria de Estado de Infraestrutura - SINFRA. Referidas condições podem ser efetivamente comprovadas a partir da visitação ao local de realização da obra de construção da referida ponte rodoviária. Pergunta a CONSTRUTORA A. GASPAR S/A: 2) A Secretaria de Estado de Infraestrutura do Maranhão – SINFRA pretende corrigir a ausência dos serviços relativos a caminho de serviços? Por quê? Justifique. Resposta: Não há aspecto a ser corrigido pela equipe técnica da SINFRA, visto que as Planilhas Orçamentárias que compõem o Edital estão suficientes e completas para a perfeita execução dos serviços que pretende contratar a Administração Pública Estadual. Outrossim, não há serviço omitido ou insuficiente para a construção da ponte rodoviária sobre o Rio Pericumã, na Rodovia MA-211, no Trecho Bequimão – Central do Maranhão, com extensão estimada em 589 (quinhentos e oitenta e nove) metros.

Em resposta à Solicitação de Esclarecimentos formulada pela CMT ENGENHARIA LTDA., constante do Ofício n° 145/2016 – CEL/CCL/MA, em vista das informações prestadas pelo setor competente, temos a esclarecer o seguinte:

Questionamento 01: As sondagens mistas foram realizadas em rocha somente até a profundidade máxima de 7 metros, mas o projeto das fundações prevê a execução de cravação de pinos na rocha até a profundidade de 20m. Além de não se conhecer qual o tipo de rocha abaixo dos 7 metros, a planilha não contempla a escavação em material de 3ª categoria (cujo volume soma aproximadamente 1.700 m³). Resposta: As sondagens realizadas no local foram do tipo Mista, ou seja, procedeu-se uma sondagem SPT até o limite impenetrável e logo após se deu continuidade com a sondagem Rotativa. Diversos furos de investigação foram realizados. Ao analisar o perfil geológico gerado pelos resultados das sondagens, foi possível observar que a camada resistente era uniforme, com uma recuperação acima de 80% e com resistência crescente. Além disso, não houve nenhum indício de bolsões de solo mole ou qualquer outro tipo de material dentro da camada resistente. Por tanto, a fim de se eliminar gastos desnecessários com sondagens, o projetista se sentiu seguro com os dados já obtidos. A norma não obriga que as sondagens atinjam as profundidades limites das estacas.

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Quanto ao preço para escavação de material de 3ª categoria, o serviço de execução dos estações foi cotado com empresas altamente especializadas, as quais foi fornecido o projeto para que elas fizessem suas propostas englobando todos os serviços necessárias para realização do estaqueamento de fundações. Questionamento 02: O Rio Pericumã, no local da Ponte, sofre a influência da maré, conforme informado em Projeto, com correntezas bastante fortes e grande oscilação do N.A., exigido para execução da obra um apoio náutico robusto. A Planilha de Orçamento, entretanto, também não contempla esse apoio. Resposta: Assim como esclarecido no questionamento anterior, o serviço de execução das estações foi cotado com empresas especializadas que, em suas propostas, levaram em consideração o apoio náutico necessário para a execução da obra.

DAS RAZÕES RESUMIDAS DOS PEDIDOS DE IMPUGNAÇÕES, SEGUIDAS DA ANÁLISE DO MÉRITO:

Em resposta às Impugnações formulada pela CONSTRUTORA SUCESSO LTDA., constante do Ofício n° 127/2016 – CEL/CCL/MA, pela CONSTRUTORA CIDADE LTDA., constante do Ofício n° 132/2016 – CEL/CCL/MA, pela CONSTRUTORA A. GASPAR S/A., constante do Ofício n° 143/2016 – CEL/CCL/MA, pela CONSTRUTORA A. GASPAR S/A., constante do Ofício n° 147/2016 – CEL/CCL/MA, temos a esclarecer o seguinte:

De acordo com o art. 30 da Lei de Licitações, de que trata a documentação relativa à qualificação técnica em seus parágrafos 8° e 9° resguarda o direito da Comissão de Licitações manter as exigências nos termos da publicação do Edital, senão vejamos: § 8º No caso de obras, serviços e compras de grande vulto, de alta complexidade técnica, poderá a Administração exigir dos licitantes a metodologia de execução, cuja avaliação, para efeito de sua aceitação ou não, antecederá sempre à análise dos preços e será efetuada exclusivamente por critérios objetivos. § 9º Entende-se por licitação de alta complexidade técnica aquela que envolva alta especialização, como fator de extrema relevância para garantir a execução do objeto a ser contratado, ou que possa comprometer a continuidade da prestação de serviços públicos essenciais. Ora, de acordo com a lei, as exigências dos acervos técnicos relativos aos itens de relevância não se prenderam somente à grande complexidade técnica executiva da obra, nem tão pouco esta análise poderia ser apenas em função da curva ABC, pois variação de lâmina d‟água significa dificuldades operacionais distintas, e caracteriza alta complexidade; como por exemplo: ajustes de tempo de subida e descida da maré. Estas mudanças implicariam em cotas distintas na hora da locação das estacas. Se as mesmas forem inclinadas, muda inclusive o eixo das mesmas, podendo gerar grandes excentricidades. Variação de marés elevadas muda ainda a forma operacional das embarcações (fundeamento). Para execução de estacas do porte dessa obra (estacas com diâmetro de até 1,60m) são necessários equipamentos de grande porte e por consequência, as manobras das balsas durante o içamento de estacas ou ferragens penduradas em lanças de guindaste, aliada a oscilação de maré, podem gerar riscos de instabilidade do conjunto, ou seja, a questão da variação da lâmina d‟água é de extrema importância. É de suma importância ainda mencionar que grandes variações da lâmina d‟água como é o caso da obra em foco, cuja variação de cota ocorre de -14m até -5,0m, provoca inclusive mudança nos contraventamentos, janelas de abertura de saída de expurgo (“janela na estaca”) durante a concretagem submersa e assim sucessivamente. Historicamente em se falando de execução de fundações profundas, horizontes distintos de solos com diferentes variações de resistência podem ocorrer, e no geral, ocorrem estas variações de resistências podendo gerar situações de extremas complexidades executivas, pois solos muito resistentes, podem ter comportamentos que necessitem de equipamentos comumente utilizados para perfuração em rocha, daí a necessidade de comprovação de experiência, portanto é também de extrema relevância este pré requisito da habilitação, e desconsiderar a necessidade desta

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comprovação de experiência executiva da empresa candidata a executar a obra pode significar um grande risco para execução das fundações. Ainda em se falando de variação de resistência de terreno correlacionando a questão da variação de lâmina d´agua cabe mencionar que em determinados momentos a camisa pode atingir o impenetrável com pequenos comprimentos de cravação e neste caso as analises de estabilidade devem contemplar o peso da perfuratriz e da composição de perfuração, bem como o vão livre, grandes amplitudes de marés geram um maior vão livre e por consequência um maior risco operacional, justificando novamente a necessidade de ter que comprovar a capacidade técnica operacional para se trabalhar sobre grandes variações de lâmina d´água. Em função da estabilidade da perfuratriz sobre comprimento livre, muitas vezes torna-se necessário utilizar composições de perfurações inicialmente mais frágeis que pesem menos, neste caso estas composições teriam a função de aliviar o atrito lateral exercido pelo terreno que geotecnicamente pode se “comportar” como solo, solo alterado ou ate mesmo rochas friáveis, permitindo a recravação da camisa de maneira que a mesma penetre no terreno comprimentos adicionais que gerem ficha suficiente para permitir que equipamentos de maior porte consigam finalizar a estaca. Os equipamentos de maior porte são os únicos com capacidade de se executar estacas de até 1,60 metros de diâmetro, para que este fato possa ocorrer, temos que trabalhar com composições mais robustas que suportaria melhor os esforços gerados por grandes comprimentos em solos ou rochas que ofereçam maior resistência, sendo assim estes equipamentos são mais pesados e, como são instalados no topo da camisa metálica geram esforços significativos (grandes momentos), quanto maior o vão livre maiores são estes esforços e por consequência maior experiência torna-se necessários para execução das fundações da obra, justificando novamente a necessidade de se ter a obrigatoriedade de se comprovar a necessidade de se ter experiência em regiões de grande oscilação de maré. Grandes variações de marés aliados a ventos podem ainda aumentar os esforços sobre a camisa metálica que se não tiver ficha suficiente pode gerar riscos de instabilidade e por consequências grandes acidentes, quase sempre com vitimas. Novamente grandes variações de marés maximizam estes efeitos, justificando novamente a necessidade de se ter a obrigatoriedade de se comprovar a necessidade de se ter experiência em regiões de grande oscilação de maré. Visando ainda fornecer maior subsidio aos membros da comissão julgadora a seguir descreveremos o processo executivo onde facilmente vai se observar que as dimensões das estacas da obra em foco necessitam de equipamentos robustos. A estabilidade destes equipamentos são função de comprimento de embutimento da estaca em terreno versos comprimento do vão livre, como o comprimento do vão livre absoluto (sem o apoio da água que atua radialmente ajudando a favor da estabilidade) trecho da estaca acima da lâmina d´agua altera as análises e estabilidade, quanto maior a diferença de maré mais importante este fator se torna, cabe salientar que vãos livres são considerados de maneira simplória como sendo a partir do nível do terreno.

Objetivando subsidiar a Comissão de Licitação para manutenção das exigências editalícias para habilitação das empresas em participar do certame, passamos abaixo a discorrer sobre o conceito e metodologia executiva deste tipo de obras:

EXECUÇÃO DE FUNDAÇÕES COM CAMISAS METÁLICAS DE GRANDE DIÂMETRO -

PERFURATRIZ DE CIRCULAÇÃO REVERSA:

1 - CONCEITO:

O sistema de perfuração circulação reversa (RCD - Reverse Circulation Drilling System), também

chamada de fluxo de ar de perfuração, é conhecido como um sistema robusto e sem complicações,

sistema que é altamente eficiente para grandes diâmetros e profundidades, em offshore.

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A escavação é totalmente revestida no trecho em solo com camisa metálica perdida ou recuperável e o material é escavado por rotação com o uso de roller bit (solo) ou botton bit(rocha), e eliminado pelo processo de circulação reversa. Esse processo consiste em injetar ar comprimido no tubo de perfuração, abaixo do nível d'água, ligeiramente a cima da cabeça cortante. O ar penetra e expande dentro do tubo de perfuração, reduzindo a densidade interna da coluna de fluído, criando uma diferença de pressão entre o fluído no tubo de perfuração e o fluído da perfuração. Devido à densidade mais alta do lado externo, os materiais sólidos provenientes da perfuração passam para o tubo de perfuração através de uma abertura na broca de perfuração, subindo até a superfície injetando o ar corretamente, o fluxo de fluído é estabelecido dentro do tubo de perfuração. O princípio do air lift é utilizado para transpor os sólidos até a superfície. Esse sistema é conhecido como sendo altamente eficiente para perfurações de grande diâmetro e grandes profundidades em obras “on-shore” e “off-shore” quando na presença de qualquer tipo de rocha.

2.0 - PRINCIPAIS COMPONENTES DA PERFURATRIZ:

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1 - Torre de perfuração (mastro); 2 - Plataforma de trabalho inclinável; 3 - Grua auxiliar; 4 - Rampa auxiliar para composição (haste); 5 - Dispositivo de aperto para camisa metálica; 6 - Cabine de controle; 7 - Cabeçote rotativo (Power- Swivel).

3.0 - COMPONENTES DA COLUNA DE PERFURAÇÃO E POWER PACK (UNIDADE

HIDRÁULICA):

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1 - Tubo de perfuração (haste) – confeccionado com três tubos, sendo dois nas laterais do de maior diâmetro, que são utilizados para passagem de ar usado no sistema air-lift, e o tubo principal é usado para saída do material escavado; 2 - Tubo redutor (haste de redução) – tem a mesma finalidade das hastes, mais serve para diminuir o diâmetro do espaçador com peso para acoplar as hastes; 3 - Espaçador com peso (contra peso) – tem como finalidade gerar peso para a broca na perfuração; 4 - Estabilizador do tubo de perfuração (estabilizador de linha) – serve para evitar a flambagem da coluna de perfuração e alinhamento do furo; 5 - Estabilizador de peso (estabilizador de contra peso) – idem item 4; 6 - Coroa com cortador (broca – bit body ) – conjunto composto de corpo e ferramentas(roller bits/botton bits/disco) utilizado para perfuração;

1 - Motor Diesel;

2 - Bomba Hidráulica;

3 - Tanque Hidráulico;

4 - Tanque de óleo diesel;

5 - Filtro de retorno hidráulico;

6 - Radiador de óleo hidráulico;

7 - Filtro de sucção hidráulico;

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8 - Painel de controle do motor.

4.0 - CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DE CORTADORES:

Existem vários dados que devem ser analisadas na escolha do melhor cortador, tais como:

Diâmetro da Coroa

Resistência do material a ser perfurado [Dureza, Resistência a Compressão, Elasticidade, etc.

Qualidade do terreno a ser perfurado se for rocha, Grau de Fraturas, Abrasividade, etc.

As informações do material a ser escavado são de fundamental importância.

4.1 - TAMANHO DO CORTADOR:

Critério de seleção quanto ao Diâmetro da COROA.

O tamanho 13 é usado para brocas com diâmetro superior a 54” (1370mm)

O tamanho 8 é usado em brocas com diâmetro de 30” a 54” (de 760 a 1370mm)

4.2 - MATERIAL A SER ESCAVADO:

Existe uma variedade grande de tipos de cortadores, alguns deles surgiram com o desenvolvimento

do TBMs [Tunnel Boring Machines] os mais utilizados na perfuração RCD [Reverse Circulation

Drilling] são os Dentado, os de Botão e os de Disco com Inserto de Carbide.

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4.2.1 - DENTADOS:

São Cortadores para SOLO Diferentes configurações para não permitir espaços vazios no corte Os laterais têm uma angulação diferente A escolha fica em função do desenho da Coroa ou Broca

4.2.2 - BOTÕES:

São cortadores para rocha (button bits)

4.2.3 - DISCO COM INSERTOS:

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São cortadores para rocha (disco TCI)

Critério de seleção: Material a ser Escavado

TIPO DE CUTTER TENSÃO DE COMPRESSÃO DO MATERIAL

“Compressive Strength”

Cutter dentado Z (Tooth) 0 a 80 MPa

Cutter com botões W (Button) 70 a 250 MPa

Cutters discos TCI (Tungsten Carbide

Inserts) (Button Disc)

70 a 350 MPa

Como referência veja abaixo tabela de alguns materiais e sua Resistência à Compressão:

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Note que o Basalto, por exemplo, tem uma resistência à compressão variando de 50 a 290 Mpa. Cabe salientar que muitas vezes o terreno onde será executado as fundações pode ter comportamento geotécnico de solo ou rocha em função por exemplo da anisotropia do mesmo. 5.0 - MONTAGEM DE COMPOSIÇÃO DE PERFURAÇÃO: A figura abaixo nos mostra como devemos montar uma composição de perfuração para uma Perfuratriz fazer perfuração de 35 m utilizando uma broca de Ø 1000 mm. Logicamente que este é apenas um exemplo ilustrativo, pois o diâmetro das estacas da obra em foco é superior a este (1,10 a 1,60 metros). Para maiores profundidades procede-se da mesma maneira, ou também se pode acrescentar mais uma haste totalizando três após cada estabilizador de linha.

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6 - ETAPAS PARA EXECUÇÃO DE FUNDAÇÕES OFF SHORE: 6.1 - PROCESSOS DE MONTAGEM DA PERFURATRIZ NA CAMISA PARA INICIAR PERFURAÇÃO:

1 2 3 4 5

1 - Içamento da perfuratriz com guindaste e encaixe na camisa; 2 - Inclinação do mastro para colocação das composições de perfuração 3 - Colocação da composição com broca para perfuração

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4 - Acoplamento da composição no cabeçote rotatório (Power Swivel) 5 - Iniciar a perfuração.

6.2 - ETAPAS DE FUNDAÇÃO UTILIZANDO FLUTUANTE:

1- Cravação camisa metálica até topo da rocha com uso de martelo vibro-cravador. Crava-se no

terreno a camisa metálica (tubo) no diâmetro da estaca com o uso de martelo (vibro-

cravador/hidráulico/queda livre) até que o mesmo atinja a região do topo da rocha (ou solo) conforme

solicitação de projeto.

2- Colocação da perfuratriz e escavação em rocha por circulação reversa – Estando a camisa

metálica (tubo) cravado até a cota da rocha, procede-se à escavação da rocha com perfuratriz

rotativa hidráulica (Wirth/Samjin) a partir da extremidade inferior da camisa escava-se o poço/pino de

engaste até a profundidade de projeto. A broca de grande diâmetro é formada por vários roletes.

O tubo deve estar cheio de água para que o processo de perfuração possa ocorrer, pois o sistema

de limpeza dos detritos da perfuração da rocha é feito por circulação de água. Assim, enquanto a

ferramenta de corte da rocha avança, a limpeza do furo é procedida sem que para isto seja preciso

remover a ferramenta do interior da escavação e os resíduos são direcionados para água.

No transcorrer da perfuração é possível coletar o material perfurado, avaliar e comparar as

características do maciço rochoso com o descrito na sondagem e, assim, melhor definir a

profundidade a ser atingida pela estaca em função dos parâmetros geotécnicos adotados em

projeto.

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3- Colocação da armação - Terminada a perfuração inicia-se a colocação da armadura, por meio de

guindaste auxiliar ou com o próprio guindaste da perfuratriz, devendo a armadura ser reforçada com

anéis de enrijecimento e dotada de "roletes" distanciadores para garantir o necessário recobrimento

(normalmente = 5cm).

4- Concretagem submersa da estaca - O sistema de concretagem utilizado na execução das estacas escavadas é o submerso, ou seja, aquele executado de baixo para cima de modo contínuo e uniforme. Tal processo consiste na aplicação de concreto por gravidade através de um tubo (tremie), central ao furo (estaca), munido de uma tremonha de alimentação (funil) cuja extremidade, durante a concretagem deve estar conveniente imersa no concreto. A fim de evitar que a lama se misture com o concreto lançado, coloca-se um obturador no interior do tubo, que funciona como êmbolo, expulsa a lama pelo próprio peso da coluna de concreto. Após esta operação prossegue-se com o lançamento de concreto, devendo-se manter um fluxo constante e regular a fim de se obter uma concretagem adequada, com o concreto preenchendo o

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furo de baixo para cima, sem solução de continuidade, e garantindo a perfeita aderência do fuste da estaca ao terreno. Com relação às características do concreto a ser utilizado na estaca deve-se atentar que o mesmo é função de uma serie de conceitos como por exemplo forma de aplicabilidade, logística da obra (dimensões da estaca, condições de lâmina d´água etc), volume a ser injetado por estaca, tempo de pega, características da bomba de injeção, tempo de transporte entre a usinagem e o lançamento etc, fora estas características mais vinculadas a execução, deve-se ainda ser verificado as características definidas pelo projetista, pois a norma menciona algumas características mínimas a que o concreto deva ter, porem o calculista pode e na maioria das vezes exige propriedades adicionais como por exemplo a utilização de um maior fck.

5- Estaca concluída

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Atestado nº3: CONCRETO ESTRUTURAL FCK > 30 Mpa EM PONTE.

É claro e notório na Engenharia que a dificuldade de uma concretagem em uma

ponte é diferente do mesmo serviço realizado em um edifício, por exemplo. Há algumas

particularidades, como por exemplo, a forma de lançamento do concreto. Logo, a SINFRA mantém a

posição em exigir a comprovação da realização deste serviço em pontes.

Não podemos afirmar que quem executa um concreto de 25 Mpa é a mesma

coisa que executar um concreto de 30 Mpa, pois no caso específico do concreto de 30 Mpa possui

propriedades, cuidados e particularidades diferentes em função de sua aplicabilidade. Sendo assim,

um concreto para superestrutura de ponte de 30 Mpa ponte é diferente de um concreto para

concretagem de uma estaca de 160 cm de diâmetro, o comprimento da estaca e seu diâmetro

também aumentam as necessidades do traço; a simples variação do diâmetro de 40 para 110 ou

160 já mudaria o traço para um mesmo fck, pois o fator água cimento mudaria, tempo de pega,

resistência, durabilidade.

A redução ou aumento no fck do concreto significa analisar as condições

operacionais de trabalho. Por exemplo, aumentar o fck do concreto significa alteração do calor de

hidratação, mudanças no teor de argamassa, tipologia de aditivos, tempo de cura etc. Enfim,

aumentar o fck do concreto envolve conceitos técnicos adicionais.

Ainda se falando de concreto, o mesmo apresenta para o mesmo fck

necessidades de traços distintos em função de sua aplicabilidade, pois um concreto para ser

utilizado numa concretagem de uma estaca de grande diâmetro é diferente do concreto para uma

estaca de pequeno diâmetro; o próprio comprimento das estacas, os volumes a serem utilizados o

tempo de cura etc. Cabe ainda registrar que um concreto utilizado para concretagem submersa

(concreto de estacas) é diferente de um concreto com o mesmo fck para ser utilizado na

superestrutura da ponte, pois ambos podem ser autoadensáveis, podendo ser ou não bombeável,

devem ter tempos de pega / cura distintos e serão aplicados em condições diferentes e por

consequência, devem ter estudos de traços diferentes e assim sucessivamente.

A CONSTRUTORA A. GASPAR S/A. impugna ainda, os seguintes itens:

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1. O regime de empreitada por preço global: Resposta: A impugnação a este item não procede, pois a administração pública decidiu pelo Regime de Empreitada por preço global com base na oportunidade definida na Lei de Licitações, como ato discricionário, uma vez que se requer a execução do serviço por preço certo e total. De acordo como item 15.1.6 do Edital, a Comissão adota apenas o valor unitário como critério de limitação para julgamento das propostas por preço global conjugado com o critério de aceitabilidade de preços unitários, visto que há um orçamento base detalhando esses preços unitários aplicados em mercado.

2. Ausência de licenciamento ambiental válido, Impossibilidade de Licitar. Imprevisibilidade de Custo para atendimento das medidas mitigadoras. Resposta: Não procede a impugnação a este item, vez que consta nos autos do processo a licença ambiental prévia.

3. Inclusão/Revisão de itens no orçamento da licitação. Resposta: Não procede tal argumento, uma vez que a impugnante é abstrata em seu argumento, não definindo qual item deve ser incluso ou revisto na planilha orçamentária.

4. Revisão dos requisitos da comprovação de atestados técnico operacional. Resposta: Este item foi atendido, em conformidade com a resposta acima colacionada.

A CONSTRUTORA SUCESSO impugna que em momento algum o Edital fez menção que o

orçamento constante esteja devidamente registrado no CREA/MA, mediante ART:

Resposta: a alegação levantada pela empresa não procede, uma vez que o documento encontra-se

afixado nos autos do processo administrativo, servindo de consulta pública.

Em 30 de março de 2016, a CSL/SINFRA, encaminhou a esta Comissão a complementação

das respostas aos esclarecimentos e impugnações, que ainda não tinham sido contempladas nas respostas

anteriores, aduzindo em resposta o seguinte:

“A Presidente da Comissão Setorial de Licitação da Secretaria de Estado de Infraestrutura da SINFRA, em atenção à solicitação de esclarecimentos protocolada por empresa interessada CMT ENGENHARIA LTDA., CNPJ nº. 17.194.077/0001-42, e em atenção ao Pedido de Impugnação protocolada por empresa interessada ESTACON INFRAESTRUTURA, CNPJ nº. 15.180.296/0001-47, sobre o Edital da licitação CONCORRÊNCIA DE Nº 001/2016 – CEL/CCL/MA, em vista das informações prestadas pelo setor competente, esclarece que”:

1. DA CMT ENGENHARIA LTDA, DE 29/01/2016:

Questionamento: Que a apresentação de um atestado comprovando a execução da construção de

ponte em concreto protendido, com a quantidade maior ou igual exigida, atende à exigência do

Edital. Fineza confirmar nosso entendimento.

Resposta: ITEM 1- QUANTO A APRESENTAÇÃO DE ATESTADO POR EXECUÇÃO DE PONTE

EM CONCRETO PROTENDIDO:

Resposta: A Licitação trata da contratação de Obras de Construção de Ponte sobre o Rio Pericumã,

em cujos projetos e Planilha de Serviços não é previsto execução de Concreto Protendido,

entretanto, poderá o Acervo requerido conter Concreto Armado/ ou mista, conforme Errata prevista

no Edital.

2. DA CMT ENGENHARIA LTDA, DE 03/02/2016:

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Questionamento 01: Estamos entendendo que os licitantes estão impedidos de apresentar Propostas Alternativas na presente concorrência, em particular, com a opção de substituição das vigas metálicas por vigas de concreto protendido, mesmo sabendo que são mais econômicas e mais resistentes ao ambiente agressivo da região; decisão que se estende também para a execução da obra. Resposta: ITEM 01 – QUANTO À PROPOSTAS ALTERNATIVAS: Resposta: Não há porque os licitantes apresentarem propostas alternativas, permanecendo nos termos da concepção da projetista, caso contrário estaria previsto em Edital; Questionamento 02: Os quantitativos de fundações apresentadas por linha de apoio apresentam algumas divergências em relação aos projetos. Por exemplo: nas linhas 1 e 15, que são os encontros, não há estacas escavadas nas quantidades, somente perfis metálicos, mas nos detalhamentos do projeto existem estacas escavadas detalhadas e armadas. Fineza informar o que deve ser considerado nas propostas. Resposta: ITEM 02 – O QUE CONSIDERAR NA PROPOSTA QUANTO ÀS ESTACAS DOS ENCONTROS: Resposta: Os licitantes limitar-se-ão a apresentarem suas propostas de acordo com o „‟Volume 4.0 – Orçamento de Obras‟‟ anexo do Edital; Questionamento 03: Caso nos encontros sejam mantidas as estacas escavadas de grande diâmetro, inclinadas, detalhadas nos Projetos, solicitamos à SINFRA uma revisão de Projeto que as substitua por estacas retas, em virtude da dificuldade de execução. Resposta: ITEM 03- SUBSTITUIÇÃO DE ESTACAS INCLINADAS POR RETAS: Resposta: Não há por que substituir as estacas inclinadas por retas simplesmente por dificuldades executivas uma vez que estas foram concebidas pelo calculista e as dificuldades executivas deverão ser tratadas na composição de custo dos licitantes, conforme concebidas em projetos; Questionamento 04: As ações especificadas para as vigas, pela literatura técnica, dispensam a pintura especificada, pois adquirem pátina protetora. Caso a pintura venha a ser usada aumentará a necessidade de manutenção ao longo do tempo. Diante desse fato, estamos entendendo que este item poderá ser zerado na planilha. Fineza confirmar o entendimento. Resposta: ITEM 04 – ZERAR ITEM DO ORÇAMENTO DA PINTURA ESPECIFICADA: Resposta: Se no preço base do orçamento da obra foi considerado um preço unitário de determinado serviço, este deve ser proposto pelo licitante, independentemente deste tipo de serviço vir a ser executado ou não por ocasião da gestão executiva da obra, pois a não apresentação de quaisquer dos preços, por alterar os termos do anexo, é passível de desclassificação. Questionamento 05: Foram especificados tubos de PVC de 300mm preenchidos de argamassa de cimento e areia para servirem de revestimento ou formas de proteção das extremidades das estacas de perfis metálicos, com profundidade da ordem de 1,7m. Como não é possível cravá-los, solicitamos a substituição do PVC por tubos metálicos cravados a percussão, com o mesmo diâmetro e espessura de pelo menos #5mm. Resposta: ITEM 05 – SUBSTITUIÇÃO DE CAMISAS EM PVC POR CAMISAS METÁLICAS: Resposta: Não há motivos de substituição das camisas em PVC por metálicas, pois além de aumentarem os custos executivos, as suas execuções serão feitas através de escavações com esta profundidade de 1,70m, conforme previsto no item 5.1.1 da planilha de orçamento da obra; Questionamento 06: Verificamos pelas sondagens e pelos detalhamentos de projeto, que os revestimentos em camisa metálica para as estacas escavadas não foram considerados em todas as extensões das estacas, prevendo-se que as escavações dos fustes serão executadas sem revestimento a partir de uma determinada cota de profundidade, usando somente o auxílio de fluido estabilizante. Considerando as características do solo apresentado nas sondagens, esse método de execução não pode ser considerado garantido. Sendo a obra de Preço Global, solicitamos a devida alteração passando-se a adotar camisa metálica em toda a profundidade do fuste. Resposta: ITEM 06 – AUMENTO DAS CAMISAS PARA TODA A EXTENSÃO DAS ESCAVAÇÕES: Resposta: A Projetista e/ ou Calculista conceberam suas execuções nos termos dos projetos e especificações, portanto não há por que alterar os quantitativos das camisas metálicas pela simples hipótese „‟ da execução em função do tipo do solo poder ou não ser considerado garantido‟‟. 1. DA ESTACON INFRAESTRUTURA, DE 18/02/2016

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Tendo sido a impugnação ofertada pela empresa ESTACON infraestrutura intempestiva, quanto ao seu requisito de admissibilidade, em face do direito de petição, informamos o que segue: 1. Não vemos nenhuma exigência exorbitante com as comprovações de Aptidão de Desempenho Técnico Operacional da Licitante e sim o estabelecimento mínimo das exigências que garantam a qualificação técnica das empresas interessadas em licitar; 2. Efetivamente o objeto da licitação requer a comprovação da Aptidão para os serviços desta natureza, visando tão somente à administração pública selecionar a proposta mais vantajosa, entendido como mais vantajosa, a proposta não só financeira como aquela com capacidade técnica comprovada em executar o objeto licitado; 3. Na execução das Estacas de função os licitantes deverão utilizar martelos hidráulicos vibratórios do tipo ICE 44B e ice 52b, ou similares, incluindo a escavação em solo e/ou rocha com perfuratriz pelo processo de Circulação Reversa, portanto através dos perfis de sondagens as formações rochosas encontradas através das rotativas e/ou mistas são perfeitamente pela perfuratriz. 4. Diante do exposto acima no item 3, não vemos necessidade de acrescentar a escavação em material de 3ª categoria, pois os licitantes devem observar no perfil geral, em quais situações deverão ser considerados em seus preços unitários de escavações, aquelas que deverão ser utilizadas as ferramentas adequadas para nas camadas de formação rochosa.

CONCLUSÃO

Assim, diante do exposto, todos os pedidos de esclarecimentos restam devidamente

respondidos. Ato contínuo, a comissão conhece das presentes impugnações interpostas pelas licitantes

CONSTRUTORA SUCESSO S.A, CONSTRUTORA CIDADE LTDA, CONSTRUTORA A. GASPAR S.A e

ESTACON INFRAESTRUTURA, e no mérito, dá PROVIMENTO PARCIAL para fixar que em relação à

duplicidade do BDI para aquisição e transporte de material betuminoso, deverá ser aplicado somente o BDI

diferenciado, 17,69%, e, para as parcelas de maior relevância, serão adotados os seguintes itens

comprobatórios da capacidade técnica operacional: construção de tabuleiro de ponte de concreto armado ou

mista; execução de fundação sob lamina d´água sob variação de maré, com fornecimento de camisa metálica

perdida com diâmetro maior ou igual 1,10 (m); execução de perfuração em solo e em rocha com perfuratriz

para execução de estacões de 1.10(m) de diâmetro; fornecimento, fabricação e montagem de estrutura

metálica em ponte com vão mínimo de 20 (m) e concreto estrutural fck≥25 mpa em pontes e armação em aço

ca-50/ca-60 em pontes.

Dê-se conhecimento aos Requentes, e publique-se no sitio eletrônico da CCL.

São Luís, 06 abril de 2016.

ODAIR JOSÉ NEVES SANTOS Presidente da Comissão Especial de Licitação- CEL/CCL/MA