CONCURSO DE ADMISSÃO AO 6º ANO DO ENSINO …estudareconquistar.com.br/.../uploads/2013/10/cmrj-prova-port-611.pdf · amor, usou flechas com pontas de diamante para fazer com que

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  • MINISTRIO DA DEFESA EXRCITO BRASILEIRO

    DECEx - DEPA COLGIO MILITAR DO RIO DE JANEIRO

    (Casa de Thomaz Coelho / 1889) CONCURSO DE ADMISSO AO 6 ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 2011/2012

    PROVA DE PORTUGUS 06 DE NOVEMBRO DE 2011

    INSTRUES AOS CANDIDATOS INSTRUES PARA REALIZAO DA PROVA

    PROVA 01. Esta prova contm 20 (vinte) questes objetivas de Portugus distribudas em 16 (dezesseis)

    folhas, incluindo a capa e uma proposta de Redao.

    EXECUO DA PROVA 02. O tempo total de durao da prova de 03 (trs) horas. 03. Os 15 (quinze) minutos iniciais so destinados leitura da prova. 04. Em caso de alguma irregularidade, somente com relao impresso das questes, chame o

    Fiscal.

    CARTO-RESPOSTA COM REDAO 05. Ao receb-lo, CONFIRA seu nome, nmero de inscrio e ano de ensino; em seguida, assine-o. 06. Escolha a nica resposta correta com ateno. Para o preenchimento do Carto-resposta,

    observe o exemplo abaixo: 00. Qual a capital do Brasil?

    (A) Porto Alegre

    (B) Fortaleza

    (C) Cuiab

    (D) Braslia

    (E) Manaus

    07. As marcaes devero ser feitas, obrigatoriamente, com caneta esferogrfica de tinta da cor preta ou azul.

    08. Escreva a sua redao no verso do CARTO-RESPOSTA. 09. No sero consideradas marcaes rasuradas. Faa como no modelo acima, preenchendo todo

    o interior do crculo-opo sem ultrapassar os seus limites.

    10. O candidato s poder deixar o local de prova depois de transcorridos 45 (quarenta e cinco) minutos do tempo destinado realizao de prova. O Fiscal avisar sobre o transcurso desse

    tempo.

    11. Ao terminar sua prova, sinalize ao Fiscal e aguarde sentado, at que ele venha recolher o seu Carto-resposta, a Folha de redao e o Caderno de Questes.

    12. O candidato no poder levar o Caderno de Questes. 13. Aguarde a ordem para iniciar a prova.

    APROVO

    _____________________ DIRETOR DE ENSINO

    _______________________________________________________

    COMISSO DE ORGANIZAO

    ________________ PRESIDENTE

    _______________ ______________ _______________

    MEMBRO MEMBRO MEMBRO

    A opo correta D. Marca-se a resposta da seguinte maneira:

    00 A B C D E

  • Fl. 2

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    PROVA DE PORTUGUS

    Cmt

    JIA RARA

    Voc sabia que o diamante uma pedra muito valiosa? Ele simboliza

    a durabilidade e a invencibilidade, simplesmente porque, para quebr-lo

    ou arranh-lo, necessrio fazer muito esforo.

    A palavra diamante significa, segundo o senso comum, Amante de

    Deus, isto , aquele que ama a Deus. Na mitologia grega, Eros, o deus do

    amor, usou flechas com pontas de diamante para fazer com que as

    pessoas se apaixonassem umas pelas outras.

    Agora voc vai ler seis textos que, de alguma forma, apresentam

    essa pedra preciosa. Aproveite-os bem! Quem sabe voc tambm no

    um diamante?

    Boa prova!

    (Texto adaptado. Original disponvel em . Acesso em 24/08/11.)

  • Fl. 3

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    TEXTO I

    Este um poema sob a forma de um repente nordestino. O repente uma modalidade popular de poesia, cantado por violeiros. Ele obedece s regras de um tipo de estrofe chamado martelo alagoano, composto por dez versos, cuja ltima linha, obrigatoriamente, termina com a expresso martelo alagoano.

    Potira

    Valdeck de Garanhuns

    1 . . . 5 . . . .

    10 . . . .

    15 . . . .

    20 . . . .

    25 . . . .

    30

    Dois amantes viviam a sonhar bem felizes curtiam sua terra mas um dia chegou a triste guerra e o casal teve que se separar. O guerreiro partiu para lutar muito triste pois no era seu plano a esposa ficou em desengano corao apertado de sofrer esperando o amado aparecer pra cantar um martelo alagoano. Prometeu que jamais ia chorar esperando o regresso do amado e seu pranto1 no peito estagnado2 s com a morte iria derramar. Todo dia Potira ia olhar Se seu ndio surgia, mesmo insano3 mas o rio revelava seu engano e Potira voltava para a aldeia pra sonhar sob a luz da lua cheia e cantar seu martelo alagoano. Essa ndia sofreu e esperou o regresso do ndio to querido quando soube da morte do marido todo pranto que tinha derramou. L na beira do rio ela ficou a chorar seu destino to tirano mas Tup o bondoso soberano transformou suas lgrimas brilhantes em milhes e milhes de diamantes e o seu pranto em martelo alagoano.

    (Garanhuns, Valdeck de. Mitos e lendas brasileiros em prosa e verso recontados por Valdeck de Garanhuns. Srie Folia Popular, 1 ed., So Paulo: Moderna, 2007.)

    (Imagem retirada de . Acesso em 10/10/2011.)

    Vocabulrio: 1. pranto choro 2. estagnado parado 3. insano louco

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    Sobre o texto I, responda s questes de 1 a 6.

    Questo 1

    Marque a alternativa em que os fatos apresentados no poema que voc acabou de ler estejam dispostos em ordem cronolgica.

    I. Potira olhava ao longe diariamente. II. Tup valorizou o sofrimento de Potira. III. O ndio exerceu a sua funo de guerreiro. IV. O guerreiro e Potira se divertiam com frequncia. V. Potira tem o seu corao estraalhado.

    a) IV, III, V, I, II. b) III, IV, I, II, V. c) IV, I, III, V, II. d) I, IV, III, II, V. e) III, I, II, IV, V.

    Questo 2

    No verso 4, e o casal teve que se separar, a expresso sublinhada indica

    a) desejo. b) vontade. c) obrigao. d) continuidade. e) possibilidade.

    Questo 3

    Alguns termos so utilizados para retomar palavras j mencionadas no texto e, assim, evitar a repetio desnecessria. Nos versos de 15 a 17, Todo dia Potira ia olhar / Se seu ndio surgia, mesmo insano / mas o rio revelava o seu engano, a palavra sublinhada retoma o seguinte termo:

    a) Potira. b) ndio. c) insano. d) rio. e) engano.

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    PROVA DE PORTUGUS

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    Questo 4

    Dependendo do contexto, uma mesma palavra pode apresentar sentidos diferentes. Nos versos 19 e 20, pra sonhar sob a luz da lua cheia/ e cantar seu martelo alagoano, a palavra destacada indica a adio de duas aes. Quanto aos versos 3 e 4 mas um dia chegou a triste guerra / e o casal teve que se separar., a mesma palavra sublinhada estabelece, com o verso anterior, uma relao de sentido de

    a) tempo. b) condio. c) comparao. d) causa. e) consequncia.

    Questo 5

    Pelo que voc leu no poema, s no se pode afirmar que

    a) a guerra um FATO e a morte do ndio, uma CONSEQUNCIA desse fato. b) a morte do ndio um FATO e a guerra, a CAUSA desse fato. c) a separao do casal um FATO e as lgrimas de Potira, a CONSEQUNCIA desse fato. d) a guerra um FATO e o sofrimento de Potira, a CONSEQUNCIA desse fato. e) a morte do guerreiro um FATO e o amor de Potira, a CAUSA desse fato.

    Questo 6

    Marque a opo em que a substituio do termo sublinhado pelo que est indicado em seguida altera o sentido da frase.

    a) a esposa ficou em desengano / corao apertado de sofrer (versos 7 e 8) - desiluso. b) mas o rio revelava seu engano/ e Potira voltava para a aldeia (versos 17 e 18) - encobria. c) Essa ndia sofreu e esperou / o regresso do ndio to querido (versos 21 e 22) - volta. d) L na beira do rio ela ficou / a chorar o seu destino to tirano (versos 25 e 26) - cruel. e) mas Tup o bondoso soberano/transformou suas lgrimas brilhantes (versos 27 e 28) - deus.

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    TEXTO II

    Alm da imaginao

    Andr Melo

    1 . . . 5 . . . .

    10 . . . .

    Desde muito, muito tempo atrs, os homens criam histrias para tentar compreender as coisas ao seu redor. Por que a Lua possui quatro fases? Como surgiu o guaran? Se hoje temos o Google para tirar nossas dvidas, eles contavam apenas com a prpria imaginao. E assim nasceram lendas, transmitidas de pai para filho por geraes, at os tempos atuais.

    No Brasil, houve uma grande mistura de lendas dos ndios, que j viviam aqui, com outras africanas e europeias, trazidas pelos escravos e colonizadores. Alguns personagens ficaram mais conhecidos, como a Cuca e o Saci Perer, principalmente por sua divulgao na obra de Monteiro Lobato. Mas existem muitas outras, como o Carbnculo e o Uirapuru (...)

    15 . . . .

    20 . . . .

    25 . . .

    A. S. Franchini, autor do livro As 100 melhores lendas do folclore brasileiro, explica que as lendas brasileiras tm um papel parecido com o da mitologia1 na Grcia Antiga, pois so uma forma de interpretar o mundo. H milhares de anos, por exemplo, quando uma chuva alagava toda a cidade, os gregos acreditavam que era um castigo dos deuses, chateados com as atitudes dos homens na Terra.

    As lendas brasileiras so, de certo modo, a nossa mitologia, j que lidam com divindades2 indgenas e com mitos que falam da nossa nacionalidade. Todas lidam com os mesmos temas, comuns a todas as raas e povos, como amor, morte, sobrevivncia, ambio3, generosidade explica Franchini.

    Se voc j escutou mais de uma verso sobre uma lenda, no se assuste. Essa , inclusive, uma de suas caractersticas. Por serem transmitidas oralmente, elas assumem diferentes formas de acordo com a poca e o lugar.

    Isso no s natural e inevitvel, como vital4 para a sobrevivncia das lendas diz o autor.

    (Texto adaptado de MELLO, Andr. Globinho, O Globo, sbado 11 de junho de 2011, p.4 e 5).

    Vocabulrio: 1. mitologia o conjunto de mitos. 2. divindade qualidade ou condio de divino; pessoa ou coisa divinizada. 3. ambio desejo intenso de obter poder, riquezas etc. 4. vital que essencial, fundamental.

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    PROVA DE PORTUGUS

    Cmt

    Sobre o texto II, responda s questes de 7 a 9.

    Questo 7

    As perguntas Por que a Lua possui quatro fases? Como surgiu o guaran? presentes no primeiro pargrafo desse texto

    a) contrariam o comentrio do narrador sobre a busca de informaes feita pelo homem. b) opem-se ao comentrio do narrador sobre a busca de informaes feita pelo homem. c) exemplificam o comentrio do narrador sobre a busca de informaes feita pelo homem. d) corrigem o comentrio do narrador sobre a busca de informaes feita pelo homem. e) alteram o comentrio do narrador sobre a busca de informaes feita pelo homem.

    Questo 8

    O texto Alm da imaginao foi publicado no Globinho, uma revista destinada ao pblico infantil. Na passagem, Se voc j escutou mais de uma verso sobre uma lenda, no se assuste. (linhas 24 e 25), o narrador emprega o termo VOC com a finalidade de

    a) falar do leitor. b) mostrar o leitor. c) descrever o leitor. d) indicar a voz do leitor. e) dialogar com o leitor.

    Questo 9

    A frase do texto II que melhor representa a ideia do ditado popular Quem conta um conto, aumenta um ponto :

    a) Desde muito, muito tempo atrs, os homens criam histrias para tentar compreender as coisas ao seu redor. (linhas 1-3)

    b) [...] as lendas brasileiras tm um papel parecido com o da mitologia na Grcia Antiga, pois so uma forma de interpretar o mundo. (linhas 16 e 17)

    c) As lendas brasileiras so, de certo modo, a nossa mitologia, j que lidam com divindades indgenas e com mitos que falam da nossa nacionalidade. (linhas 20 e 21)

    d) Todas lidam com os mesmos temas, comuns a todas as raas e povos, como amor, morte, sobrevivncia, ambio, generosidade. (linhas 21-23)

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    e) Se voc j escutou mais de uma verso sobre uma lenda, no se assuste. Essa , inclusive, uma de suas caractersticas. (linhas 24 e 25)

    Sobre os textos I e II, responda questo 10.

    Questo 10

    De acordo com Alm da imaginao (texto II), Desde muito, muito tempo atrs, os homens criam histrias para tentar compreender as coisas ao seu redor. (linhas 1-3). Com base nessa afirmao, pode-se dizer que, em Potira (texto I), h a explicao para o surgimento

    a) da dor. b) do choro. c) da guerra. d) do diamante. e) do sacrifcio.

    TEXTO III

    Carbnculo

    Andr Melo

    1 . . .

    Ele um lagarto mgico que, reza a lenda, vive no Rio Grande do Sul e possui um diamante na cabea. O carbnculo tem o poder de dar riqueza infinita a quem o possui e, noite, transforma-se em uma bela mulher. At hoje ele vive com seu nico dono, um ex-sacristo, nos morros que ficam na divisa do Brasil com o Uruguai.

    (MELLO, Andr. Globinho, O Globo, sbado 11 de junho de 2011, p.4).

    Sobre o texto III, responda questo 11.

    Questo 11

    A partir da leitura desse texto, possvel afirmar que carbnculo

    a) um ser imaginrio. b) uma pedra preciosa.

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    c) um objeto de sorte. d) um escorpio mgico. e) um sacristo solitrio. TEXTO IV

    Chocolate Diamante Negro

    Lacta

    (Imagem retirada de Lacta . Acesso em 18/10/2011).

    Sobre o texto IV, responda questo 12.

    Questo 12

    Na frase presente em uma das embalagens do chocolate Diamante Negro, da Lacta, e transcrita no quadro acima, a palavra mistrio remete-se s seguintes ideias:

    a) gosto, suspense, prazer. b) surpresa, receio, disfarce. c) paladar, aflio, perigo. d) sabor, assombrao, desejo. e) apetite, medo, vontade.

    Muito mais mistrio em cada mordida.

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    TEXTO V

    Diamante Negro: angolana de 25 anos eleita Miss Universo

    Texto publicado no Blog EUR-S

    1 . . . 5 . . . .

    10 . . . .

    15

    A angolana Leila Lopes foi eleita Miss Universo. Conhecida em seu pas como Diamante Negro, Leila contou sobre um dos rumos que ir tomar em seu reinado. Minha beleza vai ajudar a todos. Vou lutar contra a AIDS, porque este o principal projeto em Angola, disse a Miss, estudante de Administrao. Em suas primeiras palavras, como soberana, a nova Miss Universo agradeceu a Deus pela vitria.

    Leila Lopes falou tambm que racismo no a atinge. A angolana contou o motivo de ter vencido o concurso. Meus amigos dizem que minha principal qualidade o meu sorriso que consegue contagiar as pessoas. Tentei ser a pessoa mais alegre, independente de ter problemas e de estar numa competio. Acho que consegui transparecer isso, disse. Mas pelo visto no foi s o sorriso o motivo principal que a fez ganhar. Eu falei para mim mesma que eu iria vencer. Eu acreditei, contou ela.

    Ao final da coletiva, Leila agradeceu aos seus conterrneos. Angola, muito obrigada por ter acreditado em mim. Eu vi as mensagem no Facebook. As pessoas me ligavam e diziam que tinham notcias minhas nos jornais, que o Diamante Negro de Angola estava se destacando no Miss Universo, disse emocionada.

    (Texto adaptado. Original disponvel em . Acesso em 09/10/11.)

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    Sobre o texto V, responda s questes 13 e 14.

    Questo 13

    No trecho, A angolana contou o motivo de ter vencido o concurso. (linhas 6 e 7), a expresso verbal destacada estabelece, com a forma verbal contou, uma relao de tempo que indica

    a) posterioridade. b) anterioridade. c) simultaneidade. d) continuidade. e) periodicidade.

    Questo 14

    O trecho que melhor identifica a determinao de Leila Lopes em relao ao concurso de Miss

    a) Vou lutar contra a AIDS [...] (linha 3) b) [...] a nova Miss Universo agradeceu a Deus pela vitria. (linha 5) c) [...] racismo no a atinge. (linha 6) d) Acho que consegui transparecer isso. (linhas 9 e 10) e) Eu falei para mim mesma que eu iria vencer. (linha 11) TEXTO VI

    Uma das Marias

    Luis Fernando Verissimo

    1 . . . 5 . . . .

    10 .

    Um dia, Maria chegou em casa da escola muito triste.

    O que foi? perguntou a me de Maria. Mas Maria nem quis conversa. Foi direto para o quarto, pegou o seu Snoopy e se atirou na cama, onde ficou deitada, emburrada.

    A me de Maria foi ver se Maria estava com febre. No estava. Perguntou o que era, ento.

    Nada, disse Maria. . A me resolveu no insistir. Deixou Maria deitada na cama, abraada com o seu

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    PROVA DE PORTUGUS

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    .

    . 15 . . . .

    20 . . . .

    25 . . . .

    30 . . . .

    35 . . . .

    40 . . . .

    45 . . . .

    50 . . . .

    55 .

    Snoopy, emburrada. Quando o pai de Maria chegou em casa do trabalho, a me de Maria avisou:

    Melhor nem falar com ela... Maria estava com uma cara de poucos amigos. Pior. Estava com cara de amigo

    nenhum. Na mesa do jantar, Maria de repente falou: Eu no valo nada. O pai de Maria disse: Em primeiro lugar, no se diz eu no valo nada. eu no valho nada. Em

    segundo lugar, no verdade. Voc valhe muito. Quer dizer, vale muito. No valho. Mas o que isso? disse a me de Maria. Voc a nossa filha querida. Todos

    gostam de voc. A mame, o papai, a vov, os tios, as tias. Para ns, voc uma preciosidade.

    Mas Maria no se convenceu. Disse que era igual a mil outras. A milhes de outras pessoas.

    S na minha aula tem sete Marias! Querida... comeou a dizer a me. Mas o pai interrompeu. Maria disse o pai voc sabe por que um diamante vale tanto dinheiro? Porque bonito. Porque raro. Um pedao de vidro tambm bonito. Mas o vidro se encontra em

    toda parte. Um diamante difcil de encontrar. Quanto mais rara uma coisa, mais ela vale.

    Voc sabe por que o ouro vale tanto? Por qu? Porque tem pouqussimo ouro no mundo. Se o ouro fosse como areia, a gente ia

    caminhar no ouro, ia rolar no ouro, depois ia chegar em casa e lavar o ouro do corpo para no ficar sujo.

    Agora, imagine se em todo o mundo s existisse uma pepita de ouro. Ia ser a coisa mais valiosa do mundo. Pois . E em todo o mundo s existe uma Maria. S na minha aula so sete. Mas so outras Marias. So iguais a mim. Dois olhos, um nariz... Mas esta pintinha aqui nenhuma delas tem. ... Voc j se deu conta de que em todo mundo s existe uma de voc? Mas pai... S uma. Voc uma raridade. Podem existir outras parecidas. Mas voc, voc

    mesma, s existe uma. Se algum dia aparecer outra voc na sua frente, voc pode dizer: falsa.

    Ento, eu sou a coisa mais valiosa do mundo? Olha, voc deve estar valendo a uns trs trilhes... Naquela noite a me de Maria passou perto do quarto e ouviu Maria falando com o

    Snoopy.

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    PROVA DE PORTUGUS

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    . Sabe um diamante?

    (VERISSIMO, Luis Fernando. Folha de So Paulo, Folhinha. Retirado de . Acesso em 04/10/11.) (Imagem retirada de http://migre.me/5TWOl. Acesso em 12/10/11.)

    Sobre o texto VI, responda s questes de 15 a 19.

    Questo 15

    O texto que voc acabou de ler uma crnica, uma narrativa que se baseia em fatos do dia a dia das pessoas. Nessa crnica, uma menina chamada Maria chega da escola muito triste porque

    a) a sua me no insiste em saber o problema da sua filha. b) ela tem poucos amigos na escola onde estuda. c) ela no identifica as colegas de turma como Maria. d) a sua me no queria que o pai falasse com Maria. e) ela no se sente uma menina especial.

    Questo 16

    Observe os seguintes trechos:

    I. Um dia, Maria chegou em casa da escola muito triste. O que foi? perguntou a me de Maria. Mas Maria nem quis conversa. Foi direto para o quarto, pegou o seu Snoopy e se atirou na cama, onde ficou deitada, emburrada. (linhas 1-7)

    II. Voc j se deu conta que em todo mundo s existe uma de voc? Mas pai... S uma. Voc uma raridade. Podem existir outras parecidas. Mas voc, voc mesma, s existe uma. (linhas 48-51)

    O uso do sinal de interrogao e das reticncias nas falas sublinhadas representa, respectivamente:

    a) dvida susto. b) suspense indignao. c) impacincia contrariedade. d) silenciamento preocupao. e) curiosidade discordncia.

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    Questo 17

    Ao responder filha, dizendo Mas so outras Marias (linha 44), o pai

    a) concorda com a filha, repetindo uma reclamao feita por Maria. b) arrepende-se do nome fornecido a sua filha, ao v-la muito triste. c) tenta convencer a filha de que ela to nica quanto diamante. d) contraria a filha ao dizer que ser igual s outras Marias bom. e) reclama com a filha, por ter escolhido este nome com carinho.

    Questo 18

    No trecho Olha, voc deve estar valendo a uns trs trilhes... (linha 54), o termo grifado transmite uma ideia de quantia

    a) exata. b) detalhada. c) aproximada. d) triplicada. e) especfica.

    Questo 19

    O desfecho desse texto revela que Maria

    a) continua muito irritada com seu prprio nome. b) entendeu a explicao que recebeu de seu pai. c) continua pesquisando a origem do seu nome. d) tenta e no consegue gostar de seu prprio pai. e) vai dormir sonhando com a troca de seu nome.

    Sobre os textos I, V e VI, responda questo 20.

    Questo 20

    Nos textos sobre a ndia Potira, a Miss Universo e a menina Maria, o diamante aparece como smbolo de

    a) pureza espiritual.

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    Cmt

    b) riqueza material. c) fora fsica. d) valor e preciosidade. e) frieza e raridade.

    REDAO

    (ZIRALDO. O Menino Maluquinho. Globinho, O Globo, sbado 11 de junho de 2011, p.6)

    Voc j tinha se dado conta de que cada pessoa nica e especial? Assim como o diamante,

    cada um de ns tem o seu brilho prprio. Quem ser que brilha bem pertinho de voc? Na tira acima, o Menino Maluquinho inventou uma bela histria. Agora ser a sua vez de criar

    uma narrativa. O seu texto dever: 1. ter como personagens principais: voc e uma pessoa muito especial. Pode ser o pai, a

    me, um irmo, primo, tio, amigo, professor ou qualquer outra pessoa com quem voc conviva.

    2. apresentar uma situao que confirme o motivo de essa pessoa ser nica na sua vida. IMPORTANTE:

    Seu texto dever

    1. apresentar um ttulo; 2. ter um mnimo de vinte (20) linhas e um mximo de vinte e cinco (25); 3. ter, no mnimo, trs (3) pargrafos; 4. respeitar a norma culta escrita da Lngua Portuguesa; 5. estar de acordo com as exigncias do tipo textual (narrativa); 6. ter letra legvel; 7. utilizar o espao prprio para a redao.

    ATENO:

    O candidato ter a sua prova anulada caso:

  • Fl. 16

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    1. se identifique; 2. no respeite o tema; 3. no atenda ao tipo textual.

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    PROVA DE PORTUGUS

    Cmt

    REDAO

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    1

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    15

    20

    25

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