3
Como parte do processo metodológico da equipe na análi- se e proposição para o Plano Diretor Estratégico, houve uma etapa de pesquisa de referências legais e projetuais. Para esse primeiro grupo de referências, foi estudado prin- cipalmente o form-based code, um modelo de legislação muito comum nos Estados Unidos. Já para a parte projetu- al, foram selecionadas quatro cidades-modelo que passa- ram por transformações significativas no seu cenário urbano e que consideramos relevante para o trabalho em questão. Dentre as modalidades sugeridas pelo concurso, a escolhida foi a 1 por possibilitar um estudo geral dos parâmetros de configu- ração urbana, algo essencial para garantir um melhor ordena- mento da cidade. Já a categoria selecionada, dentre as perten- centes a esta modalidade, foi a 3 por ter como finalidade permi- tir uma melhor relação entre o espaço público e o privado, além de ter o propósito de melhorar a relação do pedestre com o edi- fício. Consideramos esse tema de extrema importância pois acredita- mos que o espaço construído configura-se como um envoltório da vida urbana, sendo grande responsável pelo modo como as pessoas o percebem e usufruem a cidade. Para explicar, de maneira didática, as propostas elabo- radas, com ênfase no pavimento térreo da edificação lindeiro à calçada, produzimos respostas às seguintes perguntas: O que? (definição da proposta); Por que? (justificativa para a escolha desta porposta); e Como? (de que maneira esta proposta poderá ser viabilizada). E, para organizá-las, as dividimos em três grupos prin- cipais: 1.Elementos de Transição; 2.Relação Lote- Passeio e 3.Políticas Participativas. No que concerne à categoria escolhida para o trabalho, identifi- camos que o Plano Diretor Estratégico se atem a questão da relação entre o espaço público e privado através de algumas estratégias interessantes como a Fachada Ativa, a Fruição Pú- blica e o Incentivo ao Uso Misto. Entendeu-se, porém, que, ao identificar estas estratégias, não foram definidas as macrozo- nas em que devem ser implementadas. No site sobre gestão urbana, que explica de forma mais simplificada e objetiva estas estratégias, percebe-se a implementação destas nos Eixos de Estruturação da Transformação Urbana. Por compreendermos que a estratégia da Fachada Ativa é um grande colaborador para a melhoria das relações entre os es- paços públicos e privados, acreditamos que deveria ser adota- da em toda a cidade, independente de zona. Nesse sentido, uma consideração que achamos interessante fazer refere-se a questão das zonas exclusivamente residênciais definidas no Plano Diretor Estratégico, pois ao determinar usos apenas resi- dênciais, dificulta-se a utilização da Fachada Ativa. Sugerimos, portanto, a substituição destas zonas exclusivamente residên- ciais por zonas de uso misto. Os form-based codes são códigos que, apesar de seme- lhantes ao zoneamento tradicional, têm uma profunda influência sobre a forma urbana. Ao invés de focar na se- paração de usos, os form-based codes concentram-se na criação de uma forma urbana adequada, permitindo assim que a mistura de usos floresça. Abrangem design, tipologia arquitetônica e viária e disposição dos espaços públicos, tornando-se uma poderosa alternativa para esse tipo de zoneamento. São conhecidos por reforçar o desenvolvi- mento sustentável, através de ambiente caminháveis e de uso misto, acreditando que existem, sim, usos que podem e devem se estabelecer no mesmo local para que se atinja a urbanidade ideal. O documento do código em si apresenta uma grande van- tagem em comparação às leis de uso do solo convencio- nais. Por serem amplamente ilustrados e objetivos, são facilmente lidos e compreendidos. Além disso, a linguagem utilizada em um form-based code é feita para ser entendi- da sem a ajuda de um profissional. É nesse ponto em que acreditamos residir a maior contribuição dessa legislação para o PDE. omo partimos do pressuposto de que os ver- dadeiros fiscais da cidade e de seu funcionamento são os próprios habitantes, é de extrema importância que as leis sejam acessíveis e de fácil leitura. JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DO TEMA CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DE SP REFERÊNCIAS PROJETUAIS 1/3 CATEGORIA MODALIDADE 1 3 As mudanças de Bogotá são atribuídas a adoção de medidas referen- tes à transparência na gestão pública, planejamento de longo prazo e valorização do espaço público e dos cidadãos. Outro ponto forte é a presença do Estado que possui domínio sobre o território e promove a construção da cidade para todos. O governo municipal reconheceu que antes de qualquer transformação era preciso mudar o pensamen- to das pessoas, diagnosticar as necessidades e planejar a cidade atra- vés de um urbanismo integrado. A ação de fazer obras em locais de- gradados da cidade foi uma estratégia para resgatar o sentimento de pertencimento dos habitantes com relação ao lugar onde moram. O processo de melhoria da mobilidade, através da redução das calhas das ruas para implantação de ciclovias e da regularização das calça- das faz parte da premissa de que o espaço público deve ser qualifica- do para o usuário. Observa-se uma boa qualidade do espaço público também nas praças e parques. Em 1989 foi aprovada a Lei de Refor- ma Urbana, embora ela só tenha sido adequada com após a criação da Lei 388 em 1997 que trazia instrumentos de mais fácil aplicabilida- de e ajustou a interação entre os diferentes diplomas legais. Os instru- mentos estão agrupados nas categorias de planejamento, gestão e financiamento. Copenhagen traz diversas lições de como construir cidades melhores, sendo a idéia primordial o foco nas pessoas como assinala o arquiteto Jan Gehl. De forma adicional é preciso coletar informações acerca da utili- zação da cidade, testar idéias antes de aplicá-las em todo o território, colocar proje- tos de maior escala em prática e, por fim, sensibilizar a população para que se estabe- leça o senso de respeito no dia-a-dia do uso da cidade. O Novo Urbanismo se baseia em alguns princípios como alta densidade, caminhabilidade, trânsito de massa e uso misto do solo. Assim, a cidade deveria ser pensada em função da neces- sidade humana e dos seus movimentos. Novas regras de zone- amento podem ser pensadas para fazer com que as pessoas trabalhem e se divirtam perto de onde moram. Existem diversos princípios dentro da Carta do Novo Urbanismo que priorizam o pedestre e incentivam o uso do espaço público, dentre eles a identificação do usuário com o bairro, setor ou corredor urbano que ele habita leva a criação de responsabilidade para com aquele espaço e por consequência sua transformação. As ruas e praças, como espaço público, devem possuir uma configura- ção acolhedora, confortável e interessante para estimular a fre- quencia de pedestres. Nesse sentindo, são ressaltadas a impor- tância do uso misto do solo e a vantagem do deslocamento à pé. Para isso também são colocados como fatores estimulantes aa compactação das atividades e transporte público eficiente. Nos anos 80 e 90, Medellín era a capital mundial do narcotráfico e a cidade mais perigosa do mundo. No início dos anos 2000, foi empreendida uma reforma urbana e social impulsionada pelos movimentos civis que almejavam mudanças na política tradicio- nal. O novo poder político vigente, agrupou e fortaleceu as ini- ciativas da sociedade civil, antes isoladas, para isso se valeu do conceito de urbanismo social como ferrramenta de inclusão, que tem como principal objetivo recuperar a auto-estima da cidade a partir do investimento de maiores recursos em áreas degrada- das para a criação de novos referentes simbólicos. Ou seja, a força estética seria o motor da revolução social e cultural. Foram construídos centros culturais e locais de encontro rodeados de áreas verdes que oferecem diversos serviços gratuitos a popula- ção. O conceito de Projecto Urbano Integral (UPI) utiliza ferra- mentas do desenvolvimento social, físico e a coordenação inte- rinstitucional para transformar os setores da cidade com maio- res necessidades. Ele age em conjunto com o Plano de Ordena- mento Territorial e o Plano Diretor de Áreas Verdes. O UPI, jun- tamente com outros instrumentos, como o Plano de Ordena- mento Territorial (POT) e o Plano Diretor de áreas verdes, per- mitiu progressos na recuperação de bacias hidrográficas, áreas em risco ambiental, gestão do espaço público, habitação social e políticas mais eficientes de ocupação do solo. Bogotá Copenhague Medellín N.Y Form-based codes

CONCURSO NACIONAL ENSAIOS URBANOS: Desenhos para o zoneamento de São Paulo

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Proposta desenvolvida pelo Ladrilho - Urbanismo & Arquitetura para o Concurso Nacional Ensaios Urbanos promovido em janeiro de 2014. Para vê os ganhadores de todas a categorias acesse o link: http://iabsp.org.br/?concursos=concurso-nacional-ensaios-urbanos-desenhos-para-o-zoneamento-de-sao-paulo-2

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Page 1: CONCURSO NACIONAL ENSAIOS URBANOS: Desenhos para o zoneamento de São Paulo

Como parte do processo metodológico da equipe na análi-se e proposição para o Plano Diretor Estratégico, houve uma etapa de pesquisa de referências legais e projetuais. Para esse primeiro grupo de referências, foi estudado prin-cipalmente o form-based code, um modelo de legislação muito comum nos Estados Unidos. Já para a parte projetu-al, foram selecionadas quatro cidades-modelo que passa-ram por transformações significativas no seu cenário urbano e que consideramos relevante para o trabalho em questão.

Dentre as modalidades sugeridas pelo concurso, a escolhida foi a 1 por possibilitar um estudo geral dos parâmetros de configu-ração urbana, algo essencial para garantir um melhor ordena-mento da cidade. Já a categoria selecionada, dentre as perten-centes a esta modalidade, foi a 3 por ter como finalidade permi-tir uma melhor relação entre o espaço público e o privado, além de ter o propósito de melhorar a relação do pedestre com o edi-fício.

Consideramos esse tema de extrema importância pois acredita-mos que o espaço construído configura-se como um envoltório da vida urbana, sendo grande responsável pelo modo como as pessoas o percebem e usufruem a cidade.

Para explicar, de maneira didática, as propostas elabo-radas, com ênfase no pavimento térreo da edificação lindeiro à calçada, produzimos respostas às seguintes perguntas: O que? (definição da proposta); Por que? (justificativa para a escolha desta porposta); e Como? (de que maneira esta proposta poderá ser viabilizada). E, para organizá-las, as dividimos em três grupos prin-cipais: 1.Elementos de Transição; 2.Relação Lote-Passeio e 3.Políticas Participativas.

No que concerne à categoria escolhida para o trabalho, identifi-camos que o Plano Diretor Estratégico se atem a questão da relação entre o espaço público e privado através de algumas estratégias interessantes como a Fachada Ativa, a Fruição Pú-blica e o Incentivo ao Uso Misto. Entendeu-se, porém, que, ao identificar estas estratégias, não foram definidas as macrozo-nas em que devem ser implementadas. No site sobre gestão urbana, que explica de forma mais simplificada e objetiva estas estratégias, percebe-se a implementação destas nos Eixos de Estruturação da Transformação Urbana.

Por compreendermos que a estratégia da Fachada Ativa é um grande colaborador para a melhoria das relações entre os es-paços públicos e privados, acreditamos que deveria ser adota-da em toda a cidade, independente de zona. Nesse sentido, uma consideração que achamos interessante fazer refere-se a questão das zonas exclusivamente residênciais definidas no Plano Diretor Estratégico, pois ao determinar usos apenas resi-dênciais, dificulta-se a utilização da Fachada Ativa. Sugerimos, portanto, a substituição destas zonas exclusivamente residên-ciais por zonas de uso misto.

Os form-based codes são códigos que, apesar de seme-lhantes ao zoneamento tradicional, têm uma profunda influência sobre a forma urbana. Ao invés de focar na se-paração de usos, os form-based codes concentram-se na criação de uma forma urbana adequada, permitindo assim que a mistura de usos floresça. Abrangem design, tipologia arquitetônica e viária e disposição dos espaços públicos, tornando-se uma poderosa alternativa para esse tipo de zoneamento. São conhecidos por reforçar o desenvolvi-mento sustentável, através de ambiente caminháveis e de uso misto, acreditando que existem, sim, usos que podem e devem se estabelecer no mesmo local para que se atinja a urbanidade ideal.

O documento do código em si apresenta uma grande van-tagem em comparação às leis de uso do solo convencio-nais. Por serem amplamente ilustrados e objetivos, são facilmente lidos e compreendidos. Além disso, a linguagem utilizada em um form-based code é feita para ser entendi-da sem a ajuda de um profissional. É nesse ponto em que acreditamos residir a maior contribuição dessa legislação para o PDE. omo partimos do pressuposto de que os ver-dadeiros fiscais da cidade e de seu funcionamento são os próprios habitantes, é de extrema importância que as leis sejam acessíveis e de fácil leitura.

JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DO TEMA

CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DE SP

REFERÊNCIAS PROJETUAIS

1/3CATEGORIAMODALIDADE

1 3

As mudanças de Bogotá são atribuídas a adoção de medidas referen-tes à transparência na gestão pública, planejamento de longo prazo e valorização do espaço público e dos cidadãos. Outro ponto forte é a presença do Estado que possui domínio sobre o território e promove a construção da cidade para todos. O governo municipal reconheceu que antes de qualquer transformação era preciso mudar o pensamen-to das pessoas, diagnosticar as necessidades e planejar a cidade atra-vés de um urbanismo integrado. A ação de fazer obras em locais de-gradados da cidade foi uma estratégia para resgatar o sentimento de pertencimento dos habitantes com relação ao lugar onde moram. O processo de melhoria da mobilidade, através da redução das calhas das ruas para implantação de ciclovias e da regularização das calça-das faz parte da premissa de que o espaço público deve ser qualifica-do para o usuário. Observa-se uma boa qualidade do espaço público também nas praças e parques. Em 1989 foi aprovada a Lei de Refor-ma Urbana, embora ela só tenha sido adequada com após a criação da Lei 388 em 1997 que trazia instrumentos de mais fácil aplicabilida-de e ajustou a interação entre os diferentes diplomas legais. Os instru-mentos estão agrupados nas categorias de planejamento, gestão e financiamento.

Copenhagen traz diversas lições de como construir cidades melhores, sendo a idéia primordial o foco nas pessoas como assinala o arquiteto Jan Gehl. De forma adicional é preciso coletar informações acerca da utili-zação da cidade, testar idéias antes de aplicá-las em todo o território, colocar proje-tos de maior escala em prática e, por fim, sensibilizar a população para que se estabe-leça o senso de respeito no dia-a-dia do uso da cidade.

O Novo Urbanismo se baseia em alguns princípios como alta densidade, caminhabilidade, trânsito de massa e uso misto do solo. Assim, a cidade deveria ser pensada em função da neces-sidade humana e dos seus movimentos. Novas regras de zone-amento podem ser pensadas para fazer com que as pessoas trabalhem e se divirtam perto de onde moram. Existem diversos princípios dentro da Carta do Novo Urbanismo que priorizam o pedestre e incentivam o uso do espaço público, dentre eles a identificação do usuário com o bairro, setor ou corredor urbano que ele habita leva a criação de responsabilidade para com aquele espaço e por consequência sua transformação. As ruas e praças, como espaço público, devem possuir uma configura-ção acolhedora, confortável e interessante para estimular a fre-quencia de pedestres. Nesse sentindo, são ressaltadas a impor-tância do uso misto do solo e a vantagem do deslocamento à pé. Para isso também são colocados como fatores estimulantes aa compactação das atividades e transporte público eficiente.

Nos anos 80 e 90, Medellín era a capital mundial do narcotráfico e a cidade mais perigosa do mundo. No início dos anos 2000, foi empreendida uma reforma urbana e social impulsionada pelos movimentos civis que almejavam mudanças na política tradicio-nal. O novo poder político vigente, agrupou e fortaleceu as ini-ciativas da sociedade civil, antes isoladas, para isso se valeu do conceito de urbanismo social como ferrramenta de inclusão, que tem como principal objetivo recuperar a auto-estima da cidade a partir do investimento de maiores recursos em áreas degrada-das para a criação de novos referentes simbólicos. Ou seja, a força estética seria o motor da revolução social e cultural. Foram construídos centros culturais e locais de encontro rodeados de áreas verdes que oferecem diversos serviços gratuitos a popula-ção. O conceito de Projecto Urbano Integral (UPI) utiliza ferra-mentas do desenvolvimento social, físico e a coordenação inte-rinstitucional para transformar os setores da cidade com maio-res necessidades. Ele age em conjunto com o Plano de Ordena-mento Territorial e o Plano Diretor de Áreas Verdes. O UPI, jun-tamente com outros instrumentos, como o Plano de Ordena-mento Territorial (POT) e o Plano Diretor de áreas verdes, per-mitiu progressos na recuperação de bacias hidrográficas, áreas em risco ambiental, gestão do espaço público, habitação social e políticas mais eficientes de ocupação do solo.

Bogotá

CopenhagueMedellín

N.Y

Form-based codes

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Retirada dos estacionamentos frontais aos lotes.

Melhoria da continuidade das calçadas para melhor fruição do espaço público de circulação.

Através de legislação específica e companhas de conscientização com os motoristas e logistas.

Definição dos parâmetros para implantação de pequenos jardins, utilização de vegetações no frente dos lotes e nos afastamentos frontais.

Melhoria da qualidade do espaço público de circulação e maior inte-ração entre o público e o privado.

Fornecimento de mudas de plan-tas nativas e material impresso e digital acerca dos benefícios das pequenas áreas verdes para a cidade.

Propiciar uma maior integração entre os passeios e o equipamen-to através de pisos similares ou iguais adentrando na edificação.

Melhoria da relação entre os espa-ços públicos e privados, em especial nos de cormercio e serviços.

Fornecendo incentivos de crédito, como facilidade para conseguir empréstimo para a implantação do comércio.

Permissão e definição dos parâ-metros para ocupação de uma faixa livre do passeio por mobiliá-rios de permanência temporária.

Aumento da urbanidade no espaço público, especialmente nas esquinas.

Companhas por parte do poder público.

Instalação de equipamentos de mídia como, totens interativos, a fim de iinformar, comunicar e abrir um canal direto com o poder público e o cidadão.

Importância da parcitipação popular para consolidação das mudanças.

Receberá um incentivo de pequena redução no IPTU.

GRUPOS

PROPOSTAS CROQUIS ESQUEMÁTICOS

AÇÕES

1.1 Muros 1.2 Estacionamentos Frontais aos Lotes 1.3 Jardins frontais 2.1

Atividade comercial nos lotes de esquina 2.2

Ocupação de Parte do Passeio 2.3

Utilização de marquises ou toldos

Instalação de equipamentos de mídia como, totens interativos e aplicativos de dispositivo móvel, a fim de infor-mar, comunicar e abrir um canal direto com o poder público e o cidadão.

Mídias Digitais e Aplicati-vos Colaborativos

Importância da parcitipação popular para consolidação das mudanças.

Através de equipamentos implanta-dos ao longo dos passeios, com fun-cionamento em tempo integral, e dis-ponibilização de aplicativos de dispo-sitivos móveis.

3.1

O q

ue?

Por q

uê?

Com

o?

Dividimos nossas propostas em três grupos que se propõem a trabalhar a interação do pedestre com o edifício, desenvolven-do uma melhor relação entre o público e o privado com ênfase na área da frente do lote. Para apresentar essas propostas de uma forma mais didática, optamos por organizar cada item da seguinte maneira: a) O quê? Explicação da proposta; b) Por quê? Justificativa para a escolha do elemento em questão, des-tacando a sua importância para a proposta geral; c) Como? De que forma seria viabilizada a proposta.

atividade comercial e fachadas ativas

jardins frontais como amortecedores da transição entre público e privado

uso misto e marquises

ocupação de parte do passeio e toldos

estacionamento no interior dos lotes

Definição da permeabilidade visual dos elementos entre o espaço privado e público. Incenti-vo a arte urbana quando for ne-cessário o muro cego.

Melhoria da qualidade do espaço público de circulação e maior inte-ração entre o público e o privado.

Indicação de elemento de maior permeabilidade visual, como grades, muros baixos, cercas vivas, etc. Incentivo de pequena redução no IPTU como benefício.

01.Elementos de transição

Este grupo consiste nos ele-mentos de transição direta

entre o espaço público e priva-do, tratando-os de maneira a

criar uma relação harmoniosa, confortável e agradável para o

pedestre.

02.Relação

Lote-Passeio

Políticas Participativas

Este grupo concentra propostas voltadas para as esquinas dos lotes que, por se configurarem como pontos de encontro mais fortes, acreditamos que

mereçam um cuidado específico. Em seu livro “Ar-quitetura e Urbanidade” (2003), Frederico Holanda destaca que as esquinas são pontos ricos em urba-nidade e imprescindíveis para a criação de espaços

genuinamente urbanos. Jane Jacobs (1961), por sua vez, corrobora essa ideia quando aponta o

comprimento das quadras e as oportunidades fre-quentes de virar esquinas como característica es-

sencial para um espaço com grande vitalidade.

As propostas para a melhoria das relações entre o pedestre e o edifício nas esquinas baseiam-se na

idéia de uma ocupação prioritária por equipamentos comerciais e de serviços nesses espaços a fim de estimular a variedade de usos e assim aumentar a

vitalidade do espaço.

Este grupo se atém à questão da importância da participação popu-lar, seja na questão de sugestões e ideias, seja como papel fiscaliza-dor. A população pode, portanto,

garantir que a melhor relação entre os espaços públicos e privados

aconteça.

As proposta deste grupo baseia-se na interatividade entre a população e a gestão da cidade por meio de

ferramentas de mídia digitais.

03.

2/3CATEGORIAMODALIDADE

1 3

Page 3: CONCURSO NACIONAL ENSAIOS URBANOS: Desenhos para o zoneamento de São Paulo

1.1

1.2

3/3

CATEGORIAMODALIDADE

1 3

3.1

2.1

2.2

DEPOIS

DEPOIS

ANTES

ANTES

De maneira a exemplificar as nossas

propostas, escolhemos duas quadras

da Zona Leste de São Paulo, de uma

área pertencente a um dos Eixos de

Estruturação das Transformações Ur-

banas já definidas pelo Plano Diretor

Estratégico de São Paulo.

Por acreditar que nossas proposições

são genéricas à toda a cidade, cria-

mos um padrão, inspirados nessa área

supracitada, e apresentamos, de ma-

neira simples e esquemática, as

nossas propostas através de imagens

que mostram o mesmo ângulo com e

sem as intervenções.