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CONCURSO PÚBLICO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE IGUATU 0403 – ESTATÍSTICO 1 de 12 PORTUGUÊS TEXTO PARA A RESOLUÇÃO DAS QUESTÕES DE 01 A 06: Quem está preparado para amar? Éramos obrigados a estar dentro de um relacionamento, engolíamos muitos sapos, aceitávamos o destino de viver para sempre com uma pessoa, mesmo que a convivência fosse infernal. Mas agora tudo mudou, pois ficamos mais conscientes de nós mesmos, queremos mais. Se antes o importante era o fato de estarmos comprometidos com alguém ou o tempo que durava o relacionamento, agora vale a qualidade do encontro. Questionamos as regras, a falta de liberdade, o jeito mecânico dos relacionamentos. Não queremos mais nos sentir prisioneiros de relacionamentos complicados. Descobrimos que o “felizes para sempre” era uma fraude. No passado havia muita angústia, repressão e frustração. Os homens levavam e as mulheres eram levadas numa dança que está ficando para trás. Hoje é mais fácil ver mulheres bem mais determinadas que os homens. Elas se cuidam bem, ganham o seu dinheiro, sabem o que querem; eles estão começando agora a sua revolução de comportamento, e, em decorrência, ocorrem desencontros, até que os dois lados acertem o passo novamente. A sensualidade e a aparência se tornaram referências de vida para muita gente. E os que buscam o amor, aqueles que ainda querem um relacionamento com profundidade, não encontram condições para isto. Parece que virou loteria achar alguém que queira se envolver de verdade. O amor está mais livre do que nunca e, para sobreviver, ele exige coragem, autenticidade e criatividade. Além disso, é preciso que ele seja cuidado, com extrema sensibilidade, pelos amantes. Mas quem está preparado para tanto? As pessoas tentam se encontrar, tentam se relacionar, mas estão bem desajeitadas. O seu repertório de comunicação e o jeito de proceder ainda estão bastante impregnados dos conceitos antigos, que não são compatíveis com o momento atual e anulam qualquer boa vontade para amar. À pergunta sobre quais as qualidades exigidas, para se escolher uma pessoa, apresenta-se uma grande lista: tem de ser sensível, inteligente, companheira, fiel, trabalhadora, honesta, sarada, bem humorada, alta, magra. Este modelo ideal é observado entre heterossexuais, homossexuais, adolescentes ou adultos. É a ilusão da cara metade, da alma gêmea que, diga-se de passagem, nunca vem. Por isso há tanta gente só ou que não tem paciência para aprofundar uma relação. Se não for do jeito que queremos, nada feito. E mesmo que o par perfeito exista e apareça, é preciso muita habilidade para manter esse amor vivo. Somente a experiência real, com muitos erros e acertos, faz-nos chegar a uma situação emocional de convivência harmônica e satisfatória. Neste sentido, o amor de nossa vida nunca vai cair do céu. O que está acontecendo, afinal? Estamos exigentes conosco mesmos. Temos defeitos, pontos fracos, imperfeições, mas fomos educados para não aceitarmos este fato. E tentamos, a todo custo, disfarçar nossas vergonhas, protegendo-nos com uma máscara, com atitudes de autoafirmação, fingindo que somos seguros e bem sucedidos. Não abrimos mão de nossas convicções sobre o certo e o errado e vamos, cada vez mais, distanciando-nos do ser humano de carne, osso e coração que somos. O que faz com que tenhamos intimidade com outra pessoa é exatamente a naturalidade, a espontaneidade, o sentimento de que somos reais e, como nós, a outra pessoa também é. Só assim permitimos, de fato, que o amor aconteça. Se conseguirmos olhar para nós mesmos com olhos mais condescendentes, se reconhecermos nossa vulnerabilidade, já é um passo. Assim ficamos mais humanos e permitimos que alguém também humano se aproxime de nós, mesmo que esta pessoa tenha lá suas imperfeições e fraquezas. Sergio Savian, in Sinal verde, outubro/novembro de 2005. Adaptado QUESTÃO 01 Após a leitura do texto, é possível concluir que A) Tudo que fizermos para cultivar um amor de verdade será em vão, já que não existem amores de contos de fadas; B) As pessoas vulneráveis são mais propensas a encontrarem um amor verdadeiro; C) Para que o amor seja duradouro, a intimidade entre os casais precisa ter um limite; D) O amor real precisa de seres humanos reais para acontecer; E) O grande amor só acontece para algumas pessoas. QUESTÃO 02 A relação que o autor do texto faz entre passado e presente: A) Assegura que no passado as pessoas eram mais felizes por não serem tão exigentes; B) Afirma que atualmente as mulheres são indiferentes aos relacionamentos, já que são cada vez mais independentes; C) Mostra que, com o passar do tempo, as pessoas foram adquirindo uma nova maneira de viver o relacionamento conjugal; D) Demonstra que a evolução de valores e das prioridades femininas contribui cada vez mais para o aumento dos divórcios; E) Afirma que no passado os relacionamentos duravam mais porque eram conduzidos principalmente pelos homens.

CONCURSO PÚBLICO DA PREFEITURA MUNICIPAL …...liberdade, o jeito mecânico dos relacionamentos. Não queremos mais nos sentir prisioneiros de relacionamentos complicados. escobrimos

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CONCURSO PÚBLICO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE IGUATU

0403 – ESTATÍSTICO

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PORTUGUÊS TEXTO PARA A RESOLUÇÃO DAS QUESTÕES DE 01 A 06:

Quem está preparado para amar?

Éramos obrigados a estar dentro de um relacionamento, engolíamos muitos sapos, aceitávamos o destino de viver para sempre com uma pessoa, mesmo que a convivência fosse infernal. Mas agora tudo mudou, pois ficamos mais conscientes de nós mesmos, queremos mais. Se antes o importante era o fato de estarmos comprometidos com alguém ou o tempo que durava o relacionamento, agora vale a qualidade do encontro. Questionamos as regras, a falta de liberdade, o jeito mecânico dos relacionamentos. Não queremos mais nos sentir prisioneiros de relacionamentos complicados. Descobrimos que o “felizes para sempre” era uma fraude.

No passado havia muita angústia, repressão e frustração. Os homens levavam e as mulheres eram levadas numa dança que está ficando para trás. Hoje é mais fácil ver mulheres bem mais determinadas que os homens. Elas se cuidam bem, ganham o seu dinheiro, sabem o que querem; eles estão começando agora a sua revolução de comportamento, e, em decorrência, ocorrem desencontros, até que os dois lados acertem o passo novamente.

A sensualidade e a aparência se tornaram referências de vida para muita gente. E os que buscam o amor, aqueles que ainda querem um relacionamento com profundidade, não encontram condições para isto. Parece que virou loteria achar alguém que queira se envolver de verdade. O amor está mais livre do que nunca e, para sobreviver, ele exige coragem, autenticidade e criatividade. Além disso, é preciso que ele seja cuidado, com extrema sensibilidade, pelos amantes.

Mas quem está preparado para tanto? As pessoas tentam se encontrar, tentam se relacionar, mas estão bem desajeitadas. O seu repertório de comunicação e o jeito de proceder ainda estão bastante impregnados dos conceitos antigos, que não são compatíveis com o momento atual e anulam qualquer boa vontade para amar.

À pergunta sobre quais as qualidades exigidas, para se escolher uma pessoa, apresenta-se uma grande lista: tem de ser sensível, inteligente, companheira, fiel, trabalhadora, honesta, sarada, bem humorada, alta, magra. Este modelo ideal é observado entre heterossexuais, homossexuais, adolescentes ou adultos. É a ilusão da cara metade, da alma gêmea que, diga-se de passagem, nunca vem. Por isso há tanta gente só ou que não tem paciência para aprofundar uma relação. Se não for do jeito que queremos, nada feito. E mesmo que o par perfeito exista e apareça, é preciso muita habilidade para manter esse amor vivo. Somente a experiência real, com muitos erros e acertos, faz-nos chegar a uma situação emocional de convivência harmônica e satisfatória. Neste sentido, o amor de nossa vida nunca vai cair do céu.

O que está acontecendo, afinal? Estamos exigentes conosco mesmos. Temos defeitos, pontos fracos, imperfeições, mas fomos educados para não

aceitarmos este fato. E tentamos, a todo custo, disfarçar nossas vergonhas, protegendo-nos com uma máscara, com atitudes de autoafirmação, fingindo que somos seguros e bem sucedidos. Não abrimos mão de nossas convicções sobre o certo e o errado e vamos, cada vez mais, distanciando-nos do ser humano de carne, osso e coração que somos. O que faz com que tenhamos intimidade com outra pessoa é exatamente a naturalidade, a espontaneidade, o sentimento de que somos reais e, como nós, a outra pessoa também é. Só assim permitimos, de fato, que o amor aconteça.

Se conseguirmos olhar para nós mesmos com olhos mais condescendentes, se reconhecermos nossa vulnerabilidade, já é um passo. Assim ficamos mais humanos e permitimos que alguém também humano se aproxime de nós, mesmo que esta pessoa tenha lá suas imperfeições e fraquezas.

Sergio Savian, in Sinal verde, outubro/novembro de 2005. Adaptado

QUESTÃO 01

Após a leitura do texto, é possível concluir que A) Tudo que fizermos para cultivar um amor de verdade

será em vão, já que não existem amores de contos de fadas;

B) As pessoas vulneráveis são mais propensas a encontrarem um amor verdadeiro;

C) Para que o amor seja duradouro, a intimidade entre os casais precisa ter um limite;

D) O amor real precisa de seres humanos reais para acontecer;

E) O grande amor só acontece para algumas pessoas.

QUESTÃO 02

A relação que o autor do texto faz entre passado e presente: A) Assegura que no passado as pessoas eram mais felizes

por não serem tão exigentes; B) Afirma que atualmente as mulheres são indiferentes

aos relacionamentos, já que são cada vez mais independentes;

C) Mostra que, com o passar do tempo, as pessoas foram adquirindo uma nova maneira de viver o relacionamento conjugal;

D) Demonstra que a evolução de valores e das prioridades femininas contribui cada vez mais para o aumento dos divórcios;

E) Afirma que no passado os relacionamentos duravam mais porque eram conduzidos principalmente pelos homens.

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QUESTÃO 03

Apenas uma das modificações descritas a seguir acarretaria em uma mudança na semântica do texto. Qual? A) “Mas agora tudo mudou, pois ficamos mais

conscientes de nós mesmos, queremos mais.” No lugar de pois, colocar enquanto;

B) “Hoje é mais fácil ver mulheres bem mais determinadas que os homens.” Trocar hoje por atualmente;

C) “Além disso, é preciso que ele seja cuidado, com extrema sensibilidade, pelos amantes.” No lugar de além disso, colocar ademais;

D) “Assim ficamos mais humanos e permitimos que alguém também humano se aproxime de nós, mesmo que esta pessoa tenha lá suas imperfeições e fraquezas.” Substituir assim por desse modo;

E) “... aceitávamos o destino de viver para sempre com uma pessoa, mesmo que a convivência fosse infernal” Substituir mesmo que por apesar de que.

QUESTÃO 04

O emprego do acento indicativo de crase no início do quinto parágrafo justifica-se porque: A) Obedece à transitividade do verbo perguntar; B) É exigida pelo verbo que está subentendido; C) Obedece à transitividade do verbo apresentar; D) É uma expressão adverbial feminina; E) A oração da qual faz parte está na ordem inversa.

QUESTÃO 05

Julgue as assertivas a seguir: I. O emprego das aspas em “felizes para sempre”

destaca uma expressão proveniente de uma língua estrangeira;

II. Em “Por isso há tanta gente só ou que não tem paciência para aprofundar uma relação.” A conjunção em destaque tem valor conclusivo;

III. O emprego do adjetivo vulnerabilidade em “se reconhecermos nossa vulnerabilidade, já é um passo.” Demonstra a fraqueza do ser humano;

IV. “Assim ficamos mais humanos ...” O advérbio destacado exprime circunstância de modo;

V. A separação silábica da palavra condescendentes faz-se da seguinte forma: con-des-cen-den-tes.

Está correto o que se afirma em: A) II, e III, apenas; B) III, IV e V, apenas; C) I, II e III, apenas; D) II, IV e V, apenas; E) I, II, III, IV e V.

QUESTÃO 06

“E tentamos, a todo custo, disfarçar nossas vergonhas, protegendo-nos com uma máscara, com atitudes de autoafirmação, fingindo que somos seguros e bem sucedidos.” Assim como a palavra em destaque no trecho, também está seguindo as regras do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa: A) Heroico; B) Ultra-sonografia; C) Vôo; D) Micro-ondas; E) Subsequente.

QUESTÃO 07

É uma exposição de atividades de um funcionário no desempenho de suas funções ou por ordem de uma autoridade superior. Dentre as correspondências oficiais, essa descrição refere-se a um(a): A) Memorando; B) Ofício; C) Comunicação; D) Carta de recomendação; E) Relatório. Anotações

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TEXTO PARA AS QUESTÕES DE 08 A 10:

ÁGUA PESADA Compartilhar X Acumular: o choque entre a onda do

consumo consciente e o tsunami da ostentação

Na Terra de contrastes de Roger Bastide, nosso velho conhecido, talvez caiba mais um novo capítulo. Agendas das mesmas casas de shows andam alternando reservas de palcos para grupos aparentemente antagônicos. De um lado ídolos da música nascida nas periferias expressam nas letras a dureza e a indignação dos que vivem das sobras no país. Do outro, shows de figuras que batem no peito e gritam com toda a força o fato de terem conseguido não só o conforto de um teto ou uma televisão de tela plana, mas que celebram a conquista daquilo que aprenderam desde cedo a entender como a melhor expressão da vitória, da aceitação e da boa vida. Lamborghinis, cordas de ouro puro, maços de dinheiro, roupas grifadas e mulheres exuberantes também cobertas de joias. Em comum entre as duas faces dessa medalha (de ouro), além dos bonés e de uma situação econômica melhor resolvida por conta do sucesso, a revolta contra governantes, políticos e a gestão cafajeste que eles impingem. Também a revolta contra os símbolos e as instituições deste Estado, muito especialmente a polícia. Nesse aspecto, variam os símbolos, mas o recado não. Mensagens, diga-se, que fazem eco com aqueles ouvidos nas ruas em junho, vindos da classe média que arrumou vaga nessa faixa da pirâmide há mais tempo.

Milhares de movimentos, iniciativas e ideias, mais e menos sérias, são lançadas todos os dias, alertando para a necessidade de se rever a lógica do consumo enlouquecido e do ter como solução para as angústias da geral. Compartilhar mais e acumular menos seria uma das chaves para um ponto de equilíbrio. Na contramão, milhões de pessoas celebram o fato de “estarem podendo” finalmente entender que graça tem ter (e ostentar) alguma coisa. Para aumentar a pressão, um Estado inábil, corrompido e incapaz.

Um encontro de águas invocado. Ondas tão violentas que têm produzido uma energia difícil de conter e que incluem, em seu rastro, inveja, ódio, conflitos e mortes. É nessa pororoca moral brasileira que a Trip mergulha e tenta decifrar mais uma vez.

http://revistatrip.uol.com.br 07.08.2013 | Texto: Paulo Lima

QUESTÃO 08

Após a leitura do texto, considere as assertivas a seguir: I. Trata-se de um texto dissertativo-argumentativo que

expressa o posicionamento de uma empresa sobre determinado assunto, sem a obrigação da presença da objetividade;

II. É um gênero do tipo dissertativo-argumentativo que possui uma linguagem mais pessoal e leve, em que se escreve aos leitores;

III. De acordo com as características e com o propósito comunicativo, pode-se afirmar que trata-se do gênero editorial;

IV. Predomina no texto uma dissertação expositiva, já que trata-se de uma reportagem, e, por isso, tem como objetivo informar e levar os fatos ao leitor de uma maneira clara e com uma linguagem direta.

Estão corretas: A) I, apenas; B) I e II, apenas; C) III, apenas; D) IV, apenas; E) I e III, apenas.

QUESTÃO 09

Todas as palavras ou expressões destacadas abaixo funcionam primordialmente como elementos de coesão no texto, exceto: A) Compartilhar mais e acumular menos seria uma das

chaves para um ponto de equilíbrio. B) De um lado ídolos da música nascida nas periferias

expressam nas letras a dureza e a indignação dos que vivem das sobras no país.

C) Além dos bonés e de uma situação econômica melhor resolvida por conta do sucesso...

D) Do outro, shows de figuras que batem no peito... E) Nesse aspecto, variam os símbolos, mas o recado não.

QUESTÃO 10

Na última frase (que está em destaque no texto), o autor encerra seu posicionamento fazendo uso de uma figura de linguagem chamada: A) Silepse; B) Metáfora; C) Personificação; D) Paradoxo; E) Metonímia.

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O texto a seguir servirá de base para as questões de 11 a 14:

DOM CASMURRO

Enfim, chegou a hora da encomendação e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choravam também, as mulheres todas. Só Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arrancá-la dali. A confusão era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas...

As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela; Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente que estava na sala. Redobrou de carícias para a amiga, e quis levá-la; mas o cadáver parece que a retinha também. Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora como se quisesse tragar também o nadador da manhã.

Machado de Assis, Capítulo CXXIII – Olhos de ressaca

QUESTÃO 11

A palavra consternou tem como sinônimo: A) Surpreendeu; B) Entristeceu; C) Revoltou; D) Desconfiou; E) Desmotivou.

QUESTÃO 12

Em uma das opções, há erro na indicação da classe gramatical da palavra destacada. Assinale-a: A) “Só Capitu, amparando a viúva” – advérbio; B) “saltassem algumas lágrimas poucas e caladas ...” –

adjetivo; C) “olhando a furto para a gente que estava na sala” –

preposição; D) “mas o cadáver parece que a retinha também” –

pronome relativo; E) “como a vaga do mar lá fora” – conjunção

subordinativa.

QUESTÃO 13

Em: “Muitos homens choravam também, as mulheres todas.” O termo destacado exerce função sintática de: A) Objeto direto; B) Objeto indireto; C) Sujeito; D) Complemento nominal; E) Aposto.

QUESTÃO 14

No período: “Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas...” A oração subordinada é: A) Adverbial consecutiva; B) Adverbial concessiva; C) Adverbial comparativa; D) Adverbial causal; E) Adjetiva restritiva.

QUESTÃO 15

Marque a opção em que há desvio do padrão culto da língua: A) As mudanças só serão percebidas em longo prazo; B) Ao invés de se importa com a vida dos outros, importe-

se com a sua; C) A seleção do concurso consiste em duas etapas; D) A prova será finalizada meio-dia e meia; E) A carta será entregue em mão.

RACIOCÍNIO LÓGICO

QUESTÃO 16

Dona Chiquinha foi à feira para comprar até três tipos de frutas: abacaxi, banana e coco. Sabendo que os preços unitários (em reais) do abacaxi, da banana e do coco são respectivamente 1,00; 2,00 e 3,00, de quantos modos ela pode fazer sua compra de modo que gaste os 10,00 reais que levou para a feira: A) 09; B) 10; C) 11; D) 12; E) 13. Anotações

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QUESTÃO 17

Considere as sentenças abaixo: 1. Existe um número real 𝑥 tal que 𝑥2 = −1; 2. Para todo número inteiro 𝑛, vale 𝑛2 > 𝑛; 3. Existe um número natural 𝑛, tal que para todo número

real 𝑥, têm-se 𝑛 > 𝑥; E as afirmações a seguir: I. Todas as sentenças são verdadeiras; II. A negação de 1 é “Para todo número real 𝑥, têm-se

𝑥2 ≠ −1”; III. Todas as sentenças são falsas; IV. A negação de 3 é “Para todo número natural 𝑛, existe

um número real 𝑥 tal que 𝑛 ≤ 𝑥”. O número de afirmações corretas é: A) 0; B) 1; C) 2; D) 3; E) 4.

QUESTÃO 18

Considere as tabelas-verdade a seguir: I

𝑝 ~𝑝 𝑝 V ~𝑝

V F V F V V

II

𝑝 ~𝑝 𝑝 ∧ ~𝑝 V F F F V F

Assinale a alternativa correta: A) I é exemplo de contradição e II de tautologia; B) I é exemplo de tautologia e II de contradição; C) Ambas são exemplos de tautologia; D) Ambas são exemplos de contradição; E) Ambas tanto podem ser uma contradição como uma

tautologia.

QUESTÃO 19

Sejam as proposições: 𝑝: Maria é jogadora de basquete; 𝑞: Maria é bonita. Considere as afirmações: I. A proposição 𝑝 ∧ 𝑞, escrita em linguagem natural,

corresponde a “Maria é jogadora de basquete e Maria é bonita”;

II. A proposição 𝑝 V ~𝑞, escrita em linguagem natural, corresponde a “Maria é jogadora de basquete ou Maria é bonita”;

III. Quando preenchemos a tabela-verdade abaixo, na coluna da proposição 𝑝 V ~𝑞, aparecem apenas valores lógicos verdadeiros.

𝑝 𝑞 ~𝑞 𝑝 V ~𝑞

V V F V F V F V F F F V

Estão corretas: A) Nenhuma; B) Todas; C) I e III, apenas; D) II e III, apenas; E) I e II, apenas.

QUESTÃO 20

A respeito da negação das operações lógicas assinale o que for incorreto: A) A negação da negação (dupla negação) de uma

proposição é logicamente equivalente à proposição; B) A negação de uma conjunção é logicamente

equivalente a uma disjunção; C) A negação de uma disjunção é logicamente

equivalente a uma conjunção; D) A negação do condicional é logicamente equivalente a

uma conjunção; E) A negação do condicional é logicamente equivalente a

uma disjunção.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

QUESTÃO 21

Dado um estudo estatístico, cujo banco de dados contém somente variáveis categóricas, a seguinte sentença é verdadeira: A) Somente podemos utilizar técnicas qualitativas, sem

quantificações; B) Poderemos calcular medidas de tendência central

para as variáveis ordinais; C) Será possível calcular a média para as variáveis; D) O cálculo da dispersão dos dados será realizado via

ANOVA; E) Não poderemos apresentar os dados por intermédio

de gráficos.

QUESTÃO 22

Em relação às principais medidas de localização, aplicadas a uma variável discreta, podemos afirmar que: A) A Média Aritmética é uma medida que separa os dados

em duas partes iguais; B) Em uma situação de assimetria, a Mediana representa

o centro de gravidade dos dados; C) A Moda pode ser igual ao valor mínimo dessa variável; D) A média aritmética será inferior a mediana, caso a

moda seja inferior à média; E) A Média Aritmética será menor do que a Moda e do que

a Mediana.

QUESTÃO 23

Dado o seguinte conjunto de dados fictícios {1, 2, 4, 7, 11}. Podemos afirmar que: A) A Mediana é igual a 4; B) A Média Aritmética é igual a 4; C) Os dados são simétricos; D) A Variância Amostral é igual a 11; E) A Amplitude Total dos dados é igual a 11.

QUESTÃO 24

Dado o seguinte conjunto de dados fictícios {1, 5, 8, 8, 10, 10, 10, 11, 11, 11, 11, 12, 12, 12, 14, 14, 17, 21}. Podemos afirmar que: A) Os dados são fortemente assimétricos; B) A Média Aritmética é maior que a Mediana; C) A Moda é menor que a Mediana; D) A Mediana é igual à Média Aritmética; E) A Amplitude Total dos dados é igual a 11.

QUESTÃO 25

Uma amostra de uma população P1, com n1 observações da variável contínua v apresentou uma média m1 e uma amostra de uma população P2, com n2 observações da variável contínua v apresentou uma média m2. Podemos afirmar que: A) Se m1 é maior do que m2, em média os valores da

variável v, oriundos de P1, são maiores do que os valores oriundos de P2;

B) A variância dos valores amostrais oriundos de P1 é maior do que a variância dos valores amostrais oriundos de P2;

C) A média amostral, considerando P1 e P2 como uma só população, é dado por (m1 + m2) / 2;

D) A estimativa pontual da média populacional, considerando P1 e P2 como uma só população, é dada por (n1 x m1+ n2 x m2) / (n1 + n2);

E) A soma do inverso das médias é uma boa estimativa para a média geométrica populacional.

QUESTÃO 26

Em relação a amostra e a população, em um estudo estatístico, podemos afirmar que: A) Para que a amostra seja representativa de uma

população, esta deve conter pelo menos 5% da população;

B) Para que a amostra seja representativa de uma população, esta deve conter pelo menos 10% da população;

C) Uma amostra com menos de 1% da população não pode ser representativa da população;

D) Uma amostra com menos de 100 indivíduos não representa uma população;

E) O tamanho amostral, para ser representativo de uma população, não necessita ter um específico valor mínimo proporcional da população.

QUESTÃO 27

Escrevendo-se os números de 0 a 100, quantas vezes escreveremos o algarismo 7? A) 10 vezes; B) 17 vezes; C) 19 vezes; D) 20 vezes; E) 23 vezes.

QUESTÃO 28

Quantos anagramas, distintos, podemos escrever com as letras da palavra URUBU? A) 6; B) 10; C) 20; D) 30; E) 120.

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QUESTÃO 29

Sejam os eventos A e B, em que: P[A]=0,6 e P[B]=0,5. Podemos afirmar que:

A) P[AB] > 0,1;

B) P[AB] = 1;

C) P[AcBc] < 0,1;

D) P[AcBc] = 1; E) Mais de uma das alternativas anteriores são

verdadeiras.

QUESTÃO 30

Sejam A, B e D eventos relacionados a um mesmo

experimento aleatório, em que: P[A] x P[B] x P[D] x P[Ac]

x P[Bc] x P[Dc]>0, P[B/A]>P[B] e P[D/B]>P[D]. Podemos afirmar que: A) Os eventos A, B e D podem ser independentes; B) Os eventos A e B podem ser independentes; C) P[D/A]>P[D];

D) P[Bc/Ac]>P[Bc]; E) P[A]>P[D].

QUESTÃO 31

Uma urna contém 3 bolas azuis e 2 cinzas. Duas bolas são retiradas, aleatoriamente, desta urna, em que a retirada da segunda bola é realizada sem a reposição da primeira bola, que foi retirada anteriormente. Podemos afirmar que: A) Na primeira retirada é mais provável aparecer uma

bola de cor cinza; B) Na segunda retirada, se desconhecemos a cor da bola

da primeira retirada, as duas cores têm probabilidades iguais;

C) A probabilidade de serem retiradas bolas da mesma cor é maior do que a probabilidade de serem retiradas bolas de cores diferentes;

D) A probabilidade da segunda bola ter cor cinza, se desconhecemos a cor da bola da primeira retirada, é igual a 2/5;

E) Ao final das duas retiradas é mais provável termos mais bolas da cor cinza do que da cor azul.

QUESTÃO 32

Uma urna contém 2 bolas azuis e 2 cinzas. Uma bola é retirada, aleatoriamente, desta urna, sua cor é observada e em seguida é devolvida a urna, sendo adicionado a urna uma bola da mesma cor da bola que foi retirada. Após a devolução e o acréscimo da bola extra, uma outra bola é retirada. Podemos afirmar que: A) Na primeira retirada é mais provável aparecer uma

bola de cor cinza; B) Na segunda retirada, se desconhecemos a cor da bola

da primeira retirada, as duas cores tem probabilidades iguais;

C) A probabilidade de serem retiradas bolas da mesma cor é menor do que a probabilidade de serem retiradas bolas de cores diferentes;

D) A probabilidade da segunda bola retirada ter cor cinza, se desconhecemos a cor da bola da primeira retirada, é igual a 2/5;

E) Ao final da segunda retirada é mais provável termos mais bolas da cor cinza do que da cor azul.

QUESTÃO 33

Um dado cúbico equilibrado, com faces numeradas de 1 a 6, é lançado por seis vezes, aleatoriamente, sob uma superfície plana e lisa, anotando-se as faces que ficaram voltadas para cima. Podemos afirmar que: A) Contando-se o número de vezes que aparece a face 1,

nos seis lançamentos, é correto afirmar que: a quantidade mais provável de vezes que aparece a face 1 é uma vez;

B) Sabendo-se que no primeiro lançamento apareceu a face 1, para o próximo lançamento a face mais provável é a 2;

C) Sabendo-se que a face 1 não apareceu nos cinco primeiros lançamentos, e todas as demais faces já apareceram, esta é a mais provável para surgir no sexto lançamento;

D) Em relação à contagem, do número de vezes que aparece cada face, nos seis lançamentos, é correto afirmar que: é mais provável aparecer uma vez cada face do que uma das faces aparecer mais de uma vez;

E) Mais de uma das afirmativas é verdadeira.

QUESTÃO 34

Uma moeda equilibrada, com uma das faces grafada “cara” e a outra “coroa”, é lançada aleatoriamente 10 vezes, sendo observadas as faces que ficaram voltadas pra cima. É errado afirmar que: A) O valor mais provável, para o número de caras

observadas, em 10 lançamentos é 5; B) A probabilidade de ser verificado somente uma cara é

maior do que a probabilidade de serem observadas 10 caras, nos dez lançamentos;

C) O número esperado de caras é dado por 5; D) A probabilidade de serem observadas 3 caras é igual a

probabilidade de serem observadas 7 caras; E) Será observado um número de caras muito próximo ao

valor esperado de caras.

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QUESTÃO 35

Um objeto cilíndrico irregular e achatado é lançado aleatoriamente. Após alguns giros irregulares ele entra em repouso sob uma, entre as duas faces. Uma destas faces possui a cor azul e a outra possui a cor cinza. Dado que o lançamento é repetido, sob circunstâncias aproximadamente iguais, por 20 vezes e, após cada repouso, a face de cima é anotada, sendo verificado 8 vezes a face azul e 12 vezes a face cinza. Podemos afirmar que: A) A face cinza é mais provável que a face azul; B) Para o vigésimo primeiro lançamento é mais provável

ser verificado a face cinza do que a face azul; C) Lançando-se novamente o objeto por mais 20 vezes

deveríamos encontrar mais vezes a face de cor cinza do que a face de cor azul;

D) Não podemos rejeitar a hipótese das faces terem probabilidades iguais a 0,5;

E) Rejeitamos a hipótese das faces terem as mesmas probabilidades.

QUESTÃO 36

Em uma amostra, representativa de uma população, contendo 100 indivíduos encontramos: 40 com uma característica A e 60 sem esta característica. Entre os indivíduos com a característica A, 10 possuem também uma característica B e os demais não possuem a característica B. Entre os indivíduos sem a característica A, 50 possuem também uma característica B e os demais não possuem a característica B. Com estas informações podemos inferir que: A) As características A e B são independentes; B) Existem mais indivíduos na população com a

característica A, do que com a característica B; C) Dos indivíduos, da população, que possuem a

característica A, a maioria possuem também a característica B;

D) As características A e B são relacionadas; E) Dado que um indivíduo possui uma das categorias é

mais provável que ele também tenha a outra característica.

QUESTÃO 37

Uma cidade com 10 bairros {B1, B2, ..., B10}, possui a seguinte composição populacional nos respectivos

bairros {p1, p2, ..., p10}, em que pi>0 e pi = 1. Deseja-se estimar a proporção de jovens desta cidade. Uma amostra de tamanho n, pré-estabelecida, será utilizada para este fim. Entre os métodos abaixo, qual será o mais eficiente? A) Três bairros serão, aleatoriamente, selecionados e

amostras de tamanhos iguais serão tomadas em cada bairro selecionado;

B) Em cada bairro serão, aleatoriamente, selecionadas amostras, proporcionalmente às respectivas composições populacionais {p1, p2, ..., pn}, perfazendo um total de n indivíduos selecionados;

C) Independente do bairro, serão aleatoriamente selecionados n indivíduos desta cidade;

D) Um bairro será, aleatoriamente, selecionado e n indivíduos serão, aleatoriamente, selecionados deste bairro;

E) Quatro bairros serão selecionados: o menor, dois intermediários e o de maior tamanho populacional. De cada bairro selecionado, amostras, de tamanhos proporcionais aos respectivos tamanhos dos bairros, serão selecionadas, perfazendo um total de n indivíduos selecionados.

QUESTÃO 38

Um cientista social deseja saber se, em uma certa cidade, a idade dos habitantes possui relação com a aceitação do programa “Mais Médicos”. Para tanto ele selecionou, aleatoriamente, indivíduos desta cidade e os dividiu em três grupos: jovens, adultos e velhos. Para que ele tenha consistência em suas conclusões, que propriedade da amostra será necessária para este estudo? A) A amostra selecionada deve conter a mesma

quantidade de jovens, adultos e velhos; B) A amostra deve conter a mesma quantidade,

proporcional, de jovens, adultos e velhos, comparando-se com as reais proporções populacionais;

C) A quantidade de jovens deve ser maior do que a de adultos e velhos, dado que eles possuem um menor conhecimento sobre o fenômeno em estudo e terão uma maior variabilidade na informação sobre o conhecimento do mesmo;

D) A quantidade amostral de jovens, adultos e velhos deve ser suficiente para proporcionar estimativas consistentes, independente das respectivas quantidades populacionais;

E) A amostra deve conter habitantes de todos os bairros da cidade em questão.

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QUESTÃO 39 O diretor de uma escola, preocupado com a aprendizagem dos alunos, fez um levantamento do tempo gasto pelas crianças no deslocamento até a escola e o desempenho destes nas avaliações. Que estatísticas e técnicas ele deverá utilizar para este estudo? A) As notas médias dos alunos com menor tempo gasto e as notas médias dos alunos com maior tempo gasto e a aplicação

do teste t-Student; B) O cálculo do coeficiente de correlação de Pearson e a aplicação do teste t-Student; C) O cálculo de médias e a aplicação da ANOVA; D) O cálculo de variâncias e a aplicação da ANOVA; E) O cálculo de média e variâncias e a aplicação da ANOVA. Tabela 1. Produção de Arroz (toneladas), em casca, dos municípios de Iguatu-CE, Jaguaribe-CE e do Estado do Ceará entre 1990 e 2012

Período Ceará Iguatu-CE Jaguaribe-CE 1990 a 1999 1.386.813 259.429 385.212 2000 a 2009 921.950 155.913 257.038 2010 a 2012 208.528 27.204 104.915 Total 2.517.291 442.546 747.165

Fonte: SIDRA-IBGE

QUESTÃO 40

Na Tabela 1 temos os dados da produção de Arroz, em casca, segundo o Censo Agropecuário Municipal – IBGE. Com base na tabela, marque a sentença verdadeira. A) A maior queda de produção de arroz do Município de Iguatu-CE, comparando-se com a produção no Estado, foi do

período de 1990 a 1999 para 2000 a 2009; B) Comparando-se os três períodos apresentados, Jaguaribe-CE produziu, anualmente, mais arroz no período de 2010 a

2012; C) Tanto Iguatu-CE como Jaguaribe-CE estão com a produção de arroz em queda, entre 1990 e 2012; D) Os municípios apresentam comportamentos diferentes na produção de arroz. Enquanto Iguatu-CE decresce a

produção, Jaguaribe-CE recupera parcialmente a produção no último período; E) Ambos os municípios estão aumentando a produção média anual de arroz.

QUESTÃO 41

Os dados da Tabela 1 apresentam informações sobre a produção de arroz, no Estado do Ceará. Com base na estrutura da tabela, podemos afirmar que: A) Trata-se de uma tabela de dupla entrada, cujos dados fazem parte de uma série que ao mesmo tempo é denotada por

geográfica e temporal; B) São dados de um estudo transversal, que servem para comparar a produtividade dentro de unidades geográficas; C) São dados inconclusivos que servem apenas como base de um estudo preliminar, não sendo possível tirar quaisquer

conclusões; D) Trata-se de um estudo caso-controle, em que um município funciona como parâmetro do outro; E) São dados de uma série temporal pura, não havendo qualquer outra forma de classificação ou variação. Tabela 2. População do Estado do Ceará e dos municípios de Fortaleza-CE e Iguatu-CE, entre os anos de 1970 a 2010, conforme os censos demográficos realizados pelo IBGE.

Município/Estado 1970 1980 1991 2000 2010 Ceará 4.361.603 5.288.429 6.366.647 7.430.661 8.452.381 Fortaleza-CE 857.980 1.307.608 1.768.637 2.141.402 2.452.185 Proporção no estado 19,67% 24,73% 27,78% 28,82% 29,01% Iguatu-CE 75.682 82.946 75.649 85.615 96.495 Proporção no estado 1,74% 1,57% 1,19% 1,15% 1,14%

Fonte: SIDRA-IBGE

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QUESTÃO 42

Conforme os dados apresentados na Tabela 2, podemos afirmar que: A) Fortaleza possui uma taxa de crescimento populacional maior que a do Estado do Ceará; B) Iguatu-CE possui um decrescimento populacional ao longo da série; C) Existe aumento populacional entre todos os anos, em todos os locais informados, ao longo da série; D) As proporções populacionais, de ambos os municípios, mostram um crescimento populacional municipal muito

semelhante ao crescimento populacional do Estado; E) O Estado do Ceará possui um crescimento populacional constante, ao longo da série.

QUESTÃO 43

Conforme os dados apresentados na Tabela 2, observando-se as populações dos municípios e do Estado, entre os anos de 1970 e 2010, podemos afirmar que: A) O Estado do Ceará possui uma taxa de crescimento populacional de aproximadamente 5% ao ano; B) Fortaleza-CE possui uma taxa de crescimento populacional superior a 5% ao ano; C) Iguatu-CE possui uma taxa de crescimento populacional superior a 1% ao ano; D) A taxa de crescimento anual de Iguatu-CE está entre 0,5% e 1% ao ano; E) Nenhum dos locais apresentados possui taxa de crescimento superior a 0,5% ao ano. Gráfico 1. Distribuição percentual das idades dos habitantes dos municípios de Fortaleza-CE, Iguatu-CE e do Estado do Ceará, segundo o Censo 2010.

Fonte: SIDRA-IBGE

QUESTÃO 44

Com base no Gráfico 1, que apresenta dados da distribuição das idades dos habitantes dos municípios de Fortaleza-CE, Iguatu-CE e do Estado do Ceará, segundo o Censo 2010, podemos afirmar que: A) As duas cidades, assim como o Estado, apresentam o fenômeno de envelhecimento populacional, com maior

concentração de habitantes acima de 70 anos maior do que entre 50 e 70; B) As duas cidades possuem o fenômeno do envelhecimento populacional mais forte do que o Estado; C) Em Iguatu-CE há mais crianças (0 a 4 anos) do que adolescentes (15 a 19 anos); D) Em Fortaleza-CE há mais velhos (acima de 70 anos) do que jovens adultos entre 20 e 24 anos; E) As maiores concentrações de idade, em relação aos municípios e ao Estado, são semelhantes.

0%

2%

4%

6%

8%

10%

0a4 5a9 10a14 15a19 20a24 25a29 30a34 35a39 40a44 45a49 50a54 55a59 60a64 65a69 70 mais

classes de idade

Ceará

Fortaleza - CE

Iguatu - CE

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QUESTÃO 45

Em relação à técnica de análise multivariada denotada por Análise Fatorial, podemos afirmar que: A) Esta análise aplica-se somente a dados quantitativos; B) Uma Análise Fatorial é utilizada para duas finalidades básicas: a caracterização das unidades amostrais e a descrição

da inter-relação entre as variáveis em estudo; C) Obrigatoriamente os dados devem possui distribuição Normal multidimensional; D) Na obtenção dos Componentes Principais as Comunalidades explicam a carga fatorial do item na composição do fator; E) O percentual de variabilidade explicado pelo Fator Principal gera parte da Comunalidade geral do Componente

Principal.

QUESTÃO 46

Em uma Análise de Regressão Linear Simples, envolvendo duas variáveis contínuas, somente podemos afirmar que: A) Na estimativa dos coeficientes da regressão, o coeficiente linear expressa, a relação de crescimento ou decrescimento

entre as variáveis; B) A técnica de Mínimos Quadrados apresenta, comumente, valores estimados diferentes da Técnica de Máxima

Verossimilhança; C) Os valores estimados para a variável dependente, pela reta de regressão, apresentam média igual a média dos dados

originais; D) O Coeficiente de Correlação Linear de Pearson serve para estimar o efeito do acaso, que não é explicado pela variável

independente para a variável dependente; E) Obrigatoriamente os dados envolvidos devem possuir uma Distribuição Normal Bidimensional.

QUESTÃO 47

Em relação à Análise de uma Série Temporal, podemos afirmar que: A) O objetivo principal da análise é de estimar valores futuros, com base na observação de dados do passado e presente; B) A sazonalidade é um fenômeno que leva em consideração a variação regular, periódica, de uma série de observações

no tempo; C) Uma série da dados no tempo que apresenta algum tipo de tendência, seja de crescimento ou decrescimento, não

poderá ser analisadas com as técnicas básicas de uma Série Temporal; D) As técnicas de Análise Temporal não são aplicáveis a uma série temporal que possui não-estacionariedade explosiva; E) Uma Série Temporal Auto-Regressiva é uma série de valores que possuem uma tendência linear, com uma média geral,

e um coeficiente de tendência angular relacionado à variável tempo.

QUESTÃO 48

Em relação a uma Cadeia de Markov ({Xi, com i ϵ {0, 1, 2, ...}), estacionária, aperiódica, irredutível, com Espaço de Estados

finito (), com mais de um estado possível, podemos afirmar que:

A) Obrigatoriamente haverá uma única distribuição limite para a variável X = limXi; B) O valor esperado, de cada variável da série, é constante ao longo das transições; C) A probabilidade de transição, entre os estados do processo, varia ao longo dos instantes da série; D) Há uma possibilidade, maior do que zero, da série convergir para um específico valor do espaço de estados; E) Todas as variáveis da série possuem distribuição idêntica a variável X0, caso esta seja uma variável degenerada, que

assume probabilidade um para algum valor do Espaço de Estados.

QUESTÃO 49

Entre os estatísticos existem muitas controvérsias entre os Testes Paramétricos e os testes Não-Paramétricos. Em relação a estas técnicas estatística, podemos afirmar que: A) Quando existe, nos dados, a presença de valores extremos, comumente a técnica não-paramétrica é preferível à técnica

paramétrica; B) Os testes de hipóteses paramétricos são mais poderosos que os não-paramétricos; C) Somente os testes de hipóteses não-paramétricos são aplicáveis aos dados com distribuições não gaussianas; D) Para a comparação de múltiplas amostras, somente existe a técnica de Análise de Variância, que exige a suposição de

normalidade para os dados; E) O Teste de Wilcoxon, para amostras emparelhadas, apresenta valores semelhantes ao Teste T-Student para amostras

independentes.

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QUESTÃO 50

A distribuição Qui-Quadrado está presente em muitos testes estatísticos, desde a adequabilidade de ajuste de modelos à ensaios de independência de variáveis categóricas. Em relação a sua utilização, é correto afirmar que: A) Nos testes de independência, em tabelas de contingência 2x2, em que todas as células possuem mais de 10

observações, a estatística de Pearson possui distribuição exata Qui-Quadrado, com um grau de liberdade; B) Na mensuração de adequabilidade de ajuste, em relação às distribuições paramétricas, o Teste Qui-Quadrado é o mais

poderoso; C) No Teste de Homogeneidade de Proporções, em que duas amostras dicotômicas são avaliadas, caso uma das amostras

possuir mais unidades que a outra, sua aplicabilidade fica comprometida; D) Em muitos casos existe similaridade entre o teste Qui-Quadrado e o da Razão de Verossimilhança; E) O teste de Independência não é aplicável para tabelas de contingência com mais de duas dimensões.