Concurso-Português-Carreira fiscal

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Concurso-Português-Carreira fiscal

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  • LNGUA PORTUGUESA TRE/ES Prof. Odiombar Rodrigues

    Mdulo 03

    Sumrio

    Apresentao ......................................................................................................... 1 Provas comentadas: .............................................................................................. 2

    2010_TRE_BA (superior) . . ............................................................................ 2Gabarito . . .................................................................................................... 6 Comentrio das questes: ............................................................................. 6

    2010_ABIN - Agente Tcnico de Inteligncia (mdio) . . ............................. 16Gabarito . . .................................................................................................. 19 Comentrio das questes: ........................................................................... 19

    Perguntas e respostas . . .................................................................................. 31 Concluso . . ....................................................................................................... 32 ndice Remissivo . .............................................................................................. 32

    Anexo I - Reviso . . ....................................................................................... 33Gabarito . . .................................................................................................. 34

    Apresentao

    Estamos iniciando o nosso mdulo 03. Sinto-me muito feliz com a interatividade do pessoal, principalmente atravs do frum. muito importante a participao de todos, pois, atravs das dificuldades apresentadas, posso planejar contedos mais adequados.

    Fiquei muito satisfeito com uma aluna que me perguntou se eu selecionava as questes mais fceis para colocar no curso, pois ela estava acertando muito! Fiquei muito feliz, pois no so as questes que esto fceis o conhecimento dela que est aumentando. Isto timo! Eu procuro usar o mximo de cada prova, o que fao comentar mais profundamente as questes mais complexas e passar mais rpido sobre as mais fceis.

    Neste mdulo trabalhamos com duas provas: 2010_TRE_BA (superior) e 2010_ABIN - Agente Tcnico de Inteligncia (mdio). O importante observarmos o

  • PONTO DOS CONCURSOS

    TER/ES Prof. Odiombar Rodrigues Pgina 2

    tratamento dispensado pela banca ao nvel de abordagem da linguagem. Na concluso comentaremos este assunto.

    Neste mdulo daremos preferncia s questes de sintaxe, dispensando comentrio maior e desenvolvendo alguns aspectos tericos. As questes de abordagem de texto receberam um tratamento mais rpido, pois acredito que todos j estejam familiarizados com o assunto. Qualquer dvida, s solicitar pelo frum.

    Desde o mdulo 00, inclu uma tabela para que cada um acompanhe o seu desenvolvimento e possa conferir o progresso. No tenho recebido avaliaes dos alunos sobre a utilidade da tabela e sobre o prprio desempenho. A turma estaria considerando intil este tipo de conferncia ou no esto sentindo necessidade de comentar? Deixo com vocs a palavra.

    Gostaria de comentar dois assuntos. No mdulo 01 deixei uma bibliografia bsica. Ningum comentou sobre a utilidade dela e nem solicitou complementao com novas obras. Como eu disse l, a inteno fornecer instrumentos para que vocs possam dar continuidade aos estudos, mesmo depois de concludo o curso. Um segundo assunto referente ao vocabulrio que estou preparando para o final do curso. Aguardo sugestes de termos que no tenham ficado muito claros durante o curso e que possam ser retomados no final. Colaborem, sugiram termos para o nosso vocabulrio e solicitem indicaes bibliogrficas.

    Mais uma vez, reforo a disponibilidade de responder a cada um e atender s perguntas e sugestes formuladas. O importante vocs aproveitarem o mximo possvel deste curso e retirarem dos professores tudo que puderem em termos de conhecimento. No deixem de perguntar, participar, sugerir. Nosso prazer ajudar a cada um de vocs a alcanar o grande objetivo: passar no concurso.

    Vamos aos contedos desta semana.

    Provas comentadas:

    2010_TRE_BA (superior)

    A pluralidade tnica A pluralidade tnica dos brasileiros impressionava vivamente os estrangeiros 1

    2 que, desde 1808, se avolumavam como viajantes, naturalistas ou comerciantes no pas. 3 Apesar disso, para alm do espanto dos viajantes, so raros os registros dessa 4 convivncia intertnica do sculo passado fora da clssica relao senhor-escravo.

    Em um processo-crime de 1850, ocorrido no municpio fluminense de Rio Claro, 5 6 encontramos um raro flagrante de tal convivncia e das tenses do dia a dia dos

    brasileiros oitocentistas. 7

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    TER/ES Prof. Odiombar Rodrigues Pgina 3

    Antnio Ramos foi processado pelo assassinato do negociante Feliciano Lisboa 8 9 e de sua caseira (amsia), Isabel Leme. Todas as testemunhas que depuseram contra

    10 ele no processo acreditavam que o motivo do crime fora uma vingana pelo fato de 11 Isabel t-lo chamado de negro aps um jantar na casa das vtimas.

    O que verdadeiramente interessa no caso que, no processo, a indignao de 12 13 Ramos, apesar de ele ter sido considerado um homem violento, pareceu compreensvel 14 aos depoentes. Ainda que ele no tivesse justificado seu ato extremo, nenhuma das 15 testemunhas negou-lhe razo por ter raiva de Isabel, que, afinal, o recebera em casa. 16 rara, na documentao, referncia to explcita convivncia intertnica no nvel 17 privado bem como s normas de comportamento e tenses que implicava, 18 consubstanciadas no sentido pejorativo que a qualificao negro, dada por Isabel ao seu 19 convidado, tinha para os que conviviam com eles, ou seja, no foi o convite de Lisboa e 20 Isabel para que Ramos jantasse em sua casa um homem livre, ao que tudo indica, 21 descendente de africanos que causou estranheza s testemunhas, mas o fato de que, 22 nessa situao, a anfitri o tivesse chamado de negro, desqualificando-o, desse modo, 23 como hspede mesa do casal.

    Como regra geral, o que se depreende da leitura desse processo bem como da de 24 25 outros documentos similares que a palavra negro foi utilizada na linguagem coloquial, 26 por quase todo o sculo XIX, como uma espcie de sinnimo de escravo ou ex-escravo, 27 com variantes que definiam os diversos tipos de cativos, como o africano 28 comumente chamado de preto at meados do sculo ou o cativo nascido no Brasil 29 conhecido como crioulo , entre outras variaes locais ou regionais. Apesar disso, 30 41% da populao livre do Imprio, recenseada em 1872, era formada por descendentes 31 de africanos.

    Hebe M. Mattos de Castro. Laos de famlia e direitos no final da escravido. In: Histria da vida privada no Brasil: Imprio. Coordenador-geral Fernando A. Novais; organizador do volume Luiz Felipe de Alencastro. vol. 2.

    So Paulo: Companhia das Letras, 1997, p. 341-3 (com adaptaes).

    Com referncia s ideias do texto, julgue os itens abaixo.

    Questo n 95. Do texto pode-se depreender que, apesar de quase metade da populao

    recenseada, por volta da dcada de 70 do sculo XIX, ser descendente de africanos, a convivncia intertnica no restou registrada alm das relaes de poder.

    Questo n 96. Para exemplificar o pouco numeroso registro de convivncia intertnica fora da

    clssica relao entre senhor e escravo em meados do sculo XIX, a autora do texto lana mo de um processo-crime ocorrido na poca, relatando-o, resumidamente, em trs pargrafos.

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    Questo n 97. No processo-crime de que trata o texto, as testemunhas, pelo fato de Antnio ter

    sido desqualificado durante o jantar para o qual foi convidado, deram-lhe razo no que diz respeito raiva que ele sentia por Feliciano Lisboa e sua amsia Isabel, ambos assassinados por ele.

    Questo n 98. Do texto, pode-se inferir que as testemunhas no estranharam o fato de que a

    anfitri tivesse chamado Antnio Ramos de negro.

    Questo n 99. Na convivncia diria no decorrer do sculo XIX, a linguagem coloquial admitia

    variantes da palavra negro para designar os diversos tipos de cativos que viviam no Brasil, conforme atestam documentos como o processo-crime citado no texto.

    Julgue os itens que se seguem, relativos a aspectos gramaticais do texto.

    Questo n 100. A expresso Apesar disso (linha 3) introduz uma ideia que se ope

    expectativa sugerida no perodo anterior.

    Questo n 101. O segmento apesar de ele ter sido considerado um homem violento (linha 13)

    pode ser corretamente substitudo pelo seguinte: apesar dele haver sido considerado um homem violento.

    Questo n 102. Nas palavras referncia e espcie, o emprego do acento atende mesma

    regra de acentuao grfica.

    Questo n 103. No trecho bem como s normas de comportamento e tenses (linha 17), o

    emprego do acento indicativo de crase justifica-se pela regncia da forma verbal implicava (linha 17) e pela presena do artigo definido.

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    Questo n 104. Em consubstanciadas no sentido pejorativo (linha 18), a palavra pejorativo

    pode ser substituda por favorvel, sem prejuzo para o sentido do trecho em questo.

    Questo n 105. Por ser explicativa, a expresso ou seja (linha 19) est entre vrgulas.

    Questo n 106. No trecho a anfitri o tivesse chamado de negro, desqualificando-o (linha 22),

    a forma pronominal o tem o mesmo referente nas duas ocorrncias.

    Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 1904. 1

    Meu caro Paz, 2

    Obrigado pelas tuas palavras e pelo teu abrao. Ainda que de longe, senti-lhes o 3 4 afeto antigo, to necessrio nesta minha desgraa. No sei se resistirei muito. Fomos 5 casados durante 35 anos, uma existncia inteira; por isso, se a solido me abate, no a 6 solido em si mesma, a falta da minha velha e querida mulher. Obrigado. At breve, 7 segundo me anuncias, e oxal concluas a viagem sem as contrariedades a que aludes. 8 Abraa-te o velho amigo

    Machado de Assis. Machado de Assis. Obra completa. vol. 3. Rio de Janeiro: Nova

    Aguilar, 1994, p. 1.072 (com adaptaes).

    Considerando o texto acima, que apresenta uma comunicao particular, julgue os itens abaixo.

    Questo n 107. A palavra Obrigado (linhas 3 e 6)) est flexionada no masculino e no singular

    para concordar, em gnero e nmero, com o signatrio da correspondncia.

    Questo n 108. As expresses Meu caro Paz (linha 2) e o velho amigo (linha 8)

    correspondem, respectivamente, ao vocativo e epgrafe da comunicao particular em questo.

    Questo n 109.

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    Em senti-lhes o afeto antigo (linhas 3 e 4), a forma pronominal lhes refere-se s expresses tuas palavras e a teu abrao ambas na linha 3.

    Questo n 110. Na orao se a solido me abate (linha 5), a substituio do conector se por

    acaso no prejudicaria o sentido expresso nessa orao e a correo gramatical.

    Questo n 111. As formas verbais anuncias (linha 7), concluas (linha 7) e aludes (linha 7)

    esto conjugadas na segunda pessoa do singular do mesmo tempo e do mesmo modo verbal.

    Questo n 112. Em oxal concluas a viagem (linha 7), o vocbulo oxal pode ser substitudo

    por tomara que, mantendo-se, assim, o sentido do trecho em que se insere.

    Acerca da redao de correspondncias oficiais, julgue o item abaixo.

    Questo n 113. Como vocativo das comunicaes oficiais destinadas a senadores, juzes,

    ministros e governadores, recomenda-se evitar o ttulo acadmico de Doutor e usar o pronome de tratamento Senhor.

    Gabarito

    95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107E C E E C C E C E E C C C

    108 109 110 111 112 113 E C E E C C

    Comentrio das questes:

    Comentrio da questo n 95 Interpretao de texto

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    Observemos que o enunciado da questo fala em depreender do texto, portanto no se refere textualidade, mas ao que podemos interpretar do que est escrito. Fazer esta distino nos auxilia a responder com mais segurana, pois s podemos encontrar resposta no nosso entendimento.

    O enunciado faz diversas afirmativas. Vamos avaliar uma a uma. a) quase metade da populao recenseada o texto fala em 41%, portanto correta esta afirmativa; b) na dcada de 70 do sculo XIX este censo foi realizado em 1872, a poca est correta; c) a convivncia intertnica no restou registrada... observe a contradio da afirmativa, pois o texto est baseado num processo (um registro) de relaes entre pessoas livres e de raas distintas (Feliciano e Isabel, brancos e Antnio Ramos, negro). Isto evidencia a incorreo da questo.

    Comentrio da questo n 96 Compreenso de texto

    Sempre recomendamos que o candidato efetue uma leitura completa da prova antes de comear a responder, pois as bancas, s vezes, deixam pistas importantes. O enunciado da questo anterior afirmava no haver registro de relaes intertnicas, enquanto esta questo afirma a existncia. Com certeza uma das questes errada!!!

    A anterior errada, com segurana esta correta. Vamos examinar todas as afirmativas do enunciado: a) ...pouco numeroso registro.... a linha 3 confirma que so raros os registros, correta; b) ...lana mo de um processo-crime... - na linha 5, podemos ler Em um processo-crime de 1850... correta; c) o relato ocorre em trs pargrafos o episdio narrado nos trs primeiros pargrafos tambm correta esta afirmativa, portanto a questo correta.

    Comentrio da questo n 97 Interpretao de texto

    As testemunhas condenaram o ato (depuseram contra ele), mas o que causou admirao no foi a raiva de Antnio Ramos, mas o fato de Isabel t-lo ofendido numa situao de convivncia intertnica. A ofensa, por parte da anfitri, ao convidado o fato mais intrigante na histria. Isto podemos perceber no final do quarto pargrafo (linhas 15 a 23). errada a questo, pois os depoentes testemunharam contra o ru. Quem depe contra no atribui razo.

    Comentrio da questo n 98 Interpretao de texto

    Na questo anterior j fundamentamos a resposta desta. As testemunhas estranharam sim a atitude de Isabel.

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    O termo inferir no enunciado da questo deixa-a clara quanto fundamentao terica: Inferncia que j examinamos no mdulo 00. Quem tiver dvidas, revise o assunto.

    Comentrio da questo n 99 Significao

    O ltimo pargrafo claro ao afirmar que a palavra negro assumia uma gama de significaes como: escravo, ex-escravo, cativo africano ou crioulo. Lembram do texto terico sobre significao (mdulo 00)? Este pode ser um exemplo de hipernimo, pois o termo negro abrange uma srie de outros termos na linguagem do sculo XIX. correta a afirmativa desta questo.

    Comentrio da questo n 100 Conjunes

    A expresso apesar disso estabelece uma relao de oposio entre oraes ou entre perodos, como ocorre neste caso. A pluralidade tnica impressionava os estrangeiros como est expresso no primeiro perodo (linhas 1 e 2). Contrastando com este fato (apesar disso) h pouco registro dessa relao (linhas 3 e 4). correta a afirmativa.

    Vamos aproveitar esta questo para discorrermos um pouco sobre as conjunes, pois as bancas gostam muito do assunto.

    As conjunes

    A conjuno pertence classe das palavras invariveis e tem como funo ligar oraes ou termos com a mesma funo sinttica. Para concursos, o importante reconhecer o uso e o significado de algumas conjunes, pois o que pedem , em geral, substituies de uma conjuno por outra. Somente o uso, na frase, que pode definir se a substituio possvel ou no. As conjunes podem ser coordenativas ou subordinativas. s vezes, as pessoas tm dificuldade para identificar se a conjuno coordenativa ou subordinativa. Para resolver esta parada, devemos voltar ao esquema: S(sujeito) P(predicado) C(complemento).

    A conjuno ser coordenativa quando ligar duas oraes completas, ou seja, cada um tem SPC. Vejamos alguns exemplos:

    a) Jussara trabalha e estuda. (Jussara trabalha e Jussara estuda - SP e SP)

    b) Comprei dois ingressos de cinema(PC). No pude ir hoje(PC).

    C) Comprei dois ingressos de cinema, mas no pude ir hoje - PC mas PC)

    A conjuno ser subordinativa quando uma orao parte da outra, portanto podemos reduzir as duas a apenas um ncleo SPC.

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    Eu espero que o jogo comece logo (SP / C(SP) O complemento do verbo espero no est na mesma orao, aparece como uma nova orao (que o jogo comece logo). Eu espero o comeo do jogo logo (SPC)

    As conjunes tm recebido pouca ateno nos estudos da gramtica tradicional, porm a lingustica de texto abre espao para uma reavaliao das preposies ao estud-las em funo das relaes que elas estabelecem e no mais em relao classificao gramatical.

    Dessa forma, o estudo das conjunes tornou-se atraente e muito produtivo em termos de conhecimento lingustico. Considerando que toda linguagem a expresso de um falante com o objetivo de influir sobre seu ouvinte, podemos dizer que toda linguagem uma argumentao. Neste ponto a gramtica tradicional cede lugar ao ponto de vista da lingustica de texto, pois esta considera a conjuno como um operador da argumentao.

    Vamos explicar melhor. Na gramtica tradicional dizamos que as conjunes ligam oraes ou perodos. Este conceito ampliado no momento em que consideramos a conjuno como um elemento que relaciona (opera) os argumentos do discurso. Dessa constatao advm a denominao de operadores argumentativos para as tradicionais conjunes. Alm de ligar as partes da orao, as conjunes estabelecem conexes entre oraes ou perodos, indicando relaes semnticas (sentidos) entre as ideias do texto, por isso passam a receber a denominao mais apropriada de operadores argumentativos.

    Operadores argumentativos:

    Os operadores argumentativos so elementos que indicam, no enunciado, a forma como a argumentao est organizada (construda). Os sentidos adicionais so agregados atravs dos operadores argumentativos, pois eles estabelecem conexes com os pressupostos.

    Os operadores so reconhecidos pelo efeito que produzem na frase e no pela classificao estabelecida a priori pela gramtica. Abaixo, relacionamos os principais sentidos que um texto pode assumir e os elementos que estabelecem esta ligao entre as partes do texto a fim de produzir o efeito desejado.

    a) Operadores que marcam o argumento mais importante numa escala: at, mesmo, at mesmo, inclusive.

    b) Operadores que somam os argumentos: e, tambm, ainda, nem(=e no), no s...mas tambm, tanto...como, alm de, a par de ... alis

    c) Operadores que argumentam em favor da concluso sobre um assunto anterior : portanto, logo, por conseguinte, pois, em decorrncia, conseqentemente...

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    d) Operadores que oferecem alternncia entre argumentos, tanto diferentes como opostos: ou, ou ento, quer...quer, seja...seja etc.

    e) Operadores que realizam uma comparao entre argumentos a fim de estabelecer concluso: mais que, menos que, to ...como etc.

    f) Operadores que estabelecem justificativa ou concluso em relao ao antecedente.: porque, que, j que, pois etc.

    g) Operadores que, ao mesmo tempo em que contrapem os argumentos, apontam para uma concluso contrria ao previsto no antecedente: mas (porm, contudo, todavia, no entanto, ...), embora (ainda que, posto que, apesar de (que), ...).

    h) Operadores que introduzem contedos que so pressupostos, ou seja que esto margem da discusso: j , ainda, agora etc.

    muito importante observar que os operadores so versteis, assumem sentidos variados conforme o emprego na frase. Vamos observar o comportamento de um operador argumentativo muito conhecido: o se

    O SE pode exercer muitas funes dentro do texto, vamos examinar os casos em que ele exerce funo de conjuno.

    O se modelo de conjuno subordinativa condicional e pode ser substitudo por: caso; uma vez que; desde que, todos com sentido de condio. Expressa uma relao de soma na qual uma orao condio para outra: Passarei no concurso se estudar muito lngua portuguesa. (pequena maldade. ...).

    Em outras construes o se pode assumir outra funo: conjuno subordinativa integrante. Isto ocorre quando ele integra uma orao subordinada substantiva subjetiva ou objetiva direta.

    O se pode ocorrer como pronome e, neste caso, adquire outras funes que no vamos discutir agora, pois faramos uma salada. Agora, para exemplificar, basta distinguir as duas funes do se como conjuno subordinativa.

    Este mesmo estudo que fizemos com o se podemos desenvolver com todos os demais operadores, pois, mais uma vez repetimos, o que vale o sentido adquirido na frase e no a classificao tradicional da gramtica.

    Comentrio da questo n 101 Sujeito com preposio

    Est na hora de a ona beber gua!!!!! A banca buscou uma particularidade bastante cara aos puristas do estudo da linguagem. O uso formal da linguagem no admite a contrao da preposio com o artigo diante de nome com funo de sujeito. A linguagem coloquial no faz esta restrio, permitindo o uso da contrao diante de sujeito.

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    Para exemplificar melhor, vamos fazer um esqueminha com estes usos. Na primeira coluna temos o uso coloquial e na segunda o uso gramatical, o sujeito est sublinhado para destacar melhor a construo:

    Uso coloquial da linguagem Uso gramatical Est na hora da ona beber gua. Est na hora de a ona beber gua. Apesar do aluno estudar, no foi aprovado. Apesar de o aluno estudar, no foi aprovado. Depois da inflao estar controlado... Depois de a inflao estar controlada... Antes do dia acabar, choveu Antes de o dia acabar, choveu.

    Antes de encerrar, chamo a ateno para o fato desta construo ocorrer sempre com o verbo no infinitivo.

    Comentrio da questo n 102 Acentuao grfica

    Aqui a banca deixa um presente para os candidatos. A regra a mesma, pois ambas so paroxtonas terminadas em ditongo crescente. correta a afirmativa. Observem que esta regra no sofreu alterao com o novo acordo ortogrfico.

    Comentrio da questo n 103 Crase

    No podemos ser apressados na hora de resolver questes como esta. O uso da crase depende das relaes das palavras na frase. A banca retirou um fragmento que no justifica a exigncia da crase. Nestes casos necessrio retomarmos o texto: rara (...) referncia (...) convivncia intertnica (...) bem como (referncia) s normas de comportamento ..... Agora fica claro que a crase decorrncia da regncia do termo referncia e no do verbo implicar. Est incorreta a afirmativa, pois um caso de regncia nominal e no verbal.

    Assim como a palavra referncia exige a preposio a, outras palavras tambm exigem complemento preposicionado. Vejamos alguns casos mais comuns:

    Regncia Nominal:

    Alguns nomes (substantivos, adjetivos e advrbios) so comparveis aos verbos transitivos indiretos: precisam de um complemento.

    O complemento nominal para o nome o que o objeto indireto para o verbo, exige o uso de alguma preposio. (Assim como os verbos, alguns nomes apresentam mais de uma regncia).

    Vejamos alguns exemplos mais comuns em provas.

    acessvel a, para, por adequado a, com, para afvel com, para com alheio a

    dvida acerca de, em, sobre empenho de, em, por entendido em

    necessrio a, em, para negligente em nobre de, em, por nocivo a

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    amoroso com, para, para com anlogo a ansioso de, por anterior a aparentado com apto para, a atentado a, contra atento a, em, para avaro de averso a, para, por avesso a, de, em vido de bacharel em benefcio a bom para capaz de, para cego a certo de cheiro a, de cobioso de comum a, de conforme a, com constante em contente com, de, em, por contempornea de, a contguo a contrrio a cruel com, para com cuidadoso com cmplice em, de curioso de, por desatento a descontente com desejoso de desfavorvel a desleal a devoto a, de devoo a, para com, por diferente de difcil de digno de diligente em, para ditoso com

    erudito em escasso de essencial para estranho a exato em fcil a, de, para favorvel a falho de, em feliz com, de, em, por frtil de, em fiel a firme em forte de, em fraco para, com, de, em furioso com, de grato a hbil em habituado em horror a hostil a, para com ida a idntico a imediato a impacincia com imune a, de importante contra, para imprprio para inbil para inacessvel para, a incapaz de, para incompatvel com incompreensvel para inconstante em incrvel a, para indito a indeciso em indiferente a indigno de indulgente para, para com inerente a insensvel a intolerante com, para com leal a lento em liberal com maior de

    obediente a obsequioso com orgulhoso com, para com parco em, de parecido a, com, em passvel de peculiar a, de perito em pernicioso a pertinaz em piedade com, de, para, para com, por pobre de poderoso para, com possvel de posterior a proeminncia sobre prestes a, para prodgio de, em pronto para, em propcio a, para propnquo de prprio para, de proveitoso a prximo a, de querido de, por respeito a, com, de, em, entre, para com, por rico de, em sbio em, para sensvel a, para sito em, entre situado a, em, entre soberbo com solcito com, de, em, para, para com, por sujo de temvel a, para transido de suspeito a, de temeroso a triste de, com ltimo em, de, a unio a, com, entre nico em, a, entre, sobre til a, para

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    TER/ES Prof. Odiombar Rodrigues Pgina 13

    diverso de doce a dcil a dotado de doutor em duro de

    mau com, para com menor de morada em natural a, de, em

    vazio de visvel a vulgar a, em, entre

    Complemento nominal

    Em geral os nomes que exigem complementos nominais possuem formas correspondentes a verbos transitivos, pois ambos completam o sentido de outro termo.

    So exemplos dessa correlao:

    a) obedecer aos pais .> obedincia aos pais b) chegar casa > chegada casa c) protestar contra a opresso > protesto contra a opresso

    Comentrio da questo n 104

    Mais uma questo de significao, no caso, sinnimos. A palavra pejorativo tem o sentido de depreciado, pouco valor, desfavorvel, portanto no pode ser substitudo por favorvel que tem sentido oposto (antnimo). errada a afirmativa desta questo.

    Comentrio da questo n 105

    Na construo da frase h expresses que no acrescentam sentido, mas atribuem reforo argumentao. A expresso ou seja um reforo explicativo para a frase. Todas estas expresses devem ficar isoladas, ou seja, entre vrgulas. A afirmativa correta.

    Vamos examinar o posicionamento da gramtica tradicional em relao a estas expresses.

    Locues denotativas

    A gramtica tradicional distribui as palavras em 10 classes: artigo, substantivo, adjetivo, pronome, numeral, verbo, advrbio, conjuno, preposio e interjeio. Esta classificao, embora exaustiva, no consegue dar conta de todas as possibilidades lingusticas da frase, por isso, a Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) registra um grupo de palavras que ficam classificadas parte: so locues denotativas.

    No passado elas faziam parte dos advrbios, mas a natureza e a funo delas no permite o enquadramento dentre eles, por isso passam a ser classificadas em separado, so palavras que indicam:

    a) incluso (at, mesmo, tambm, inclusive);

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    TER/ES Prof. Odiombar Rodrigues Pgina 14

    b) excluso (menos, salvo, tirante, fora, seno, apenas); c) situao (ento, afinal, ); d) retificao (alis, ou melhor, isto ,); e) designao (eis, ); realce (c, l, pois , s); f) explicao (isto , a saber, por exemplo, como); g) limitao (s, apenas, somente, unicamente).

    Estas expresses so, muitas vezes, participantes das classes tradicionais. O que as distingue a funo que exercem na frase. Numa frase elas podem aparecer com sua funo normal e em outra, no terem funo especfica e passarem classificao de locues denotativas. Elas so frequentes na fala, mas raras no texto escrito. Quando nos deparamos com uma palavrinha desta natureza, o importante avaliar a sua funo na frase e, no caso de uma anlise, deveremos consider-la como palavra denotativa, sem funo sinttica.

    Apenas para ilustrar, vejamos alguns exemplos

    a) Os alunos fizeram a lio e, tambm, leram o romance. b) Afinal, como podemos nos livrar dos polticos corruptos?

    Duas observaes finais sobre este assunto:

    a) so expresses que podem ser suprimidas do texto sem alterao de sentido; b) observem que esto sempre isoladas por vrgula na frase.

    Como sabemos, um dos casos de obrigatoriedade da vrgula e, por isso, as bancas gostam de incluir este assunto em questes sobre pontuao.

    Comentrio da questo n 106 Referenciao

    O pronome oblquo, nesta frase, tem o mesmo referente, vejamos a frase completa: .....Ramos jantasse em sua casa (...) o fato de que, nessa situao, a anfitri o tivesse chamado de negro, desqualificando-o... Assim podemos perceber que as duas ocorrncias do pronome oblquo tm como referente o termo Ramos. correta a afirmativa.

    Comentrio da questo n 107 Concordncia nominal

    O texto que temos uma carta e o signatrio Machado de Assis. A palavra obrigado, usada duas vezes, expresso da voz do autor, portanto natural que esteja no singular e no masculino.

    Comentrio da questo n 108 Partes do texto

    O texto que estamos analisando uma carta. A invocao (vocativo) o modo do emissor estabelecer comunicao com o destinatrio. A expresso Meu caro Paz tem esta funo comunicativa e sintaticamente corresponde ao vocativo. Esta parte correta.

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    A segunda parte da afirmativa incorreta, pois a expresso Abraa-te o velho amigo tem funo de fechamento da correspondncia e no de epgrafe. Epgrafe a frase colocada no incio de uma obra ou captulo que serve como tema. Tem importante funo na leitura, pois estabelece relao entre a citao e o contedo do texto. A expresso solicitada na questo no uma epgrafe, portanto errada esta afirmativa e, por consequncia, a questo.

    Comentrio da questo n 109 Referenciao

    Nova questo sobre referenciao. Agora necessitamos identificar o referente do pronome oblquo lhes. Para tal, o melhor caminho retomarmos o texto: Obrigado pelas tuas palavras e pelo teu abrao. (...) senti-lhes o afeto antigo (....). O sentido de que Machado sentiu o afeto das palavras e do abrao. correta a questo.

    Talvez seja interessante retomarem o contedo gramatical da referenciao, visto no mdulo 02 (p. 79). Como podem observar, so frequentes as questes que abordam este assunto. A banca deixou de lado muitos assuntos interessantes, como: a funo sinttica do lhe, a regncia do verbo sentir para solicitar o referente do pronome lhe. bom ficar atento a estas preferncias da banca!!!!

    Comentrio da questo n 110 Conjuno

    Aqueles que leem as ordens da questo sem refletir sobre o texto, tm grande chance de errar esta questo. O se pode ser substitudo pelo caso, mas isto exige reescrever a frase. Faamos uma experincia: apenas substitua o se pelo caso na frase: se a solido me abate/caso a solido me abate. A frase ficou incorreta, pois exige alterao na forma verbal: caso a solido me abata....

    As duas conjunes so diferentes entre si e exigem construes sintticas distintas. S podemos descobrir no momento em que efetuamos a substituio e notamos que a frase perdeu a coerncia. errada a afirmativa da questo.

    Comentrio da questo n 111 Verbos

    O enunciado da questo afirma que as formas verbais ...esto conjugadas na segunda pessoa do singular do mesmo tempo e do mesmo modo verbal Vamos examinar os trs verbos dentro da frase: ...segundo me anuncias, e oxal concluas a viagem sem as contrariedades a que aludes.

    Realmente as trs formas verbais tm a segunda pessoa do singular (tu) como sujeito. Quanto aos tempos e modos verbais: anuncias presente do indicativo; concluas presente do subjuntivo e aludes presente do indicativo. Todas as formas so do presente, mas a segunda do modo subjuntivo enquanto as outras duas so do modo indicativo. errada a afirmativa da questo.

    Vou deixar com vocs um problema: Por que a segunda forma verbal (conclusas) est no modo subjuntivo? Entrem no frum para conferirmos.

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    Comentrio da questo n 112 Significao sinnimos

    No h nenhum impedimento na substituio da palavra oxal por tomara que ...oxal concluas a viagem... / Tomara que concluas a viagem... O sentido o mesmo, a diferena apenas de construo sinttica. A banca agora alerta o candidato: ....mantendo-se, assim, o sentido do trecho em que se insere, no exigindo as mudanas sintticas. So detalhes nos enunciados que vocs no podem desprezar! correta a questo.

    Comentrio da questo n 113 Correspondncia oficial

    O ttulo doutor pessoal e no inerente ao cargo, portanto, nas correspondncias oficiais, no deve ser usado. Vejamos o que diz o Manual de Redao da Presidncia da Repblica: Acrescente-se que doutor no forma de tratamento, e sim ttulo acadmico. Evite us-lo indiscriminadamente. Como regra geral, empregue-o apenas em comunicaes dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem concludo curso universitrio de doutorado. costume designar por doutor os bacharis, especialmente os bacharis em Direito e em Medicina. Nos demais casos, o tratamento Senhor confere a desejada formalidade s comunicaes (p. 25) correta a questo..

    2010_ABIN - Agente Tcnico de Inteligncia (mdio)

    Calvino Para Calvino, a rapidez a ser valorizada em nosso tempo no poderia ser 1

    2 exclusivamente aquele tipo de velocidade inspirada por Mercrio, o deus de ps alados, 3 leve e desenvolto. Por meio de Mercrio se estabelecem as relaes entre os deuses e os 4 homens, entre leis universais e casos particulares, entre a natureza e as formas de 5 cultura. Hoje, escreve Calvino, a velocidade de Mercrio precisaria ser complementada 6 pela persistncia flexvel de Vulcano, um deus que no vagueia no espao, mas que se 7 entoca no fundo das crateras, fechado em sua forja, onde fabrica interminavelmente 8 objetos de perfeito lavor em todos os detalhes joias e ornamentos para os deuses e 9 deusas, armas, escudos, redes e armadilhas.

    Da combinao entre velocidade, persistncia, relevncia, preciso e 10 11 flexibilidade surge a noo contempornea de agilidade, transformada em principal 12 caracterstica de nosso tempo. Uma agilidade que vem se tornando lugar comum, se no 13 na vida prtica das organizaes, pelo menos nos discursos. Empresas, governos, 14 universidades, exrcitos e indivduos querem ser geis. Tambm os servios de 15 inteligncia querem ser geis, uma exigncia cada vez mais decisiva para justificar sua 16 prpria existncia no mundo de hoje.

    Marco A. C. Cepik. Servios de inteligncia: agilidade e transparncia como dilemas de institucionalizao. Rio de Janeiro: IUPERJ, 2001. Tese de

    doutorado. Internet: (com adaptaes).

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    A partir das ideias apresentadas no texto, julgue os itens a seguir.

    Questo n 114. No texto, afirma-se que velocidade, persistncia, relevncia, preciso e

    flexibilidade so caractersticas dos deuses Mercrio e Vulcano almejadas pelas organizaes atuais.

    Questo n 115. De acordo com o autor do texto, a agilidade constitui caracterstica recente dos

    servios de inteligncia.

    Questo n 116. Conforme o texto, a rapidez do deus Mercrio to valorizada hoje quanto em

    tempos remotos.

    Questo n 117. O autor do texto sustenta que Mercrio no pode ser o modelo da rapidez que se

    almeja nos dias de hoje porquanto ele o deus mensageiro, que estabelece as relaes entre os seres e os fenmenos do mundo atual.

    Julgue os prximos itens, referentes s estruturas do texto e ao vocabulrio nele empregado.

    Questo n 118. A colocao de vrgula antes e depois do vocbulo interminavelmente (linha

    7) no prejudicaria a correo gramatical do texto.

    Questo n 119. A forma verbal surge (linha 11) poderia, sem prejuzo gramatical para o texto,

    ser flexionada no plural, para concordar com velocidade, persistncia, relevncia, preciso e flexibilidade (linha 10 e 11).

    Questo n 120. O sentido e a correo do texto seriam mantidos caso o vocbulo seno fosse

    empregado em lugar de se no (linha 12).

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    Questo n 121. Se os adjetivos leve (linha 3) e desenvolto (linha 3) fossem empregados no

    plural, seriam mantidas a correo gramatical e a coerncia do texto, mas seu sentido original seria alterado.

    Questo n 122. A substituio de entoca (linha 7) por encafua ou por esconde no acarretaria

    prejuzo ao texto, quer de ordem sinttica, quer semntica.

    Sistemas de inteligncia Os sistemas de inteligncia so uma realidade concreta na mquina 1

    2 governamental contempornea, necessrios para a manuteno do poder e da 3 capacidade estatal. Entretanto, representam tambm uma fonte permanente de risco. Se, 4 por um lado, so teis para que o Estado compreenda seu ambiente e seja capaz de 5 avaliar atuais ou potenciais adversrios, podem, por outro, tornar-se ameaadores e 6 perigosos para os prprios cidados se forem pouco regulados e controlados.

    Assim, os dilemas inerentes convivncia entre democracias e servios de 7 8 inteligncia exigem a criao de mecanismos eficientes de vigilncia e de avaliao 9 desse tipo de atividade pelos cidados e(ou) seus representantes. Tais dilemas decorrem,

    10 por exemplo, da tenso entre a necessidade de segredo governamental e o princpio do 11 acesso pblico informao ou, ainda, do fato de no se poder reduzir a segurana 12 estatal segurana individual, e vice-versa. Vale lembrar que esses dilemas se 13 manifestam, com intensidades variadas, tambm nos pases mais ricos e democrticos 14 do mundo.

    Marco Cepik e Christiano Ambros. Os servios de inteligncia no Brasil. In: Cincia Hoje, vol. 45, n. 265, nov./2009. Internet:

    (com adaptaes).

    Julgue os itens que se seguem, relativos s ideias apresentadas no texto.

    Questo n 123. Os dilemas a que o autor do texto se refere no segundo pargrafo existem em

    razo da necessidade de que os servios de inteligncia respeitem os direitos individuais e coletivos da populao.

    Questo n 124.

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    De acordo com o texto, os sistemas de inteligncia, quando suficientemente regulados e controlados, so instrumentos governamentais que asseguram poder e segurana ao Estado.

    Com relao estrutura coesiva, gramatical e vocabular do texto, julgue os itens seguintes.

    Questo n 125. A retirada da preposio de em do fato (linha 11) que passaria a o fato

    implicaria prejuzo estrutura sinttica do texto.

    Questo n 126. Os adjetivos teis (linha 4), atuais (linha 5) e perigosos (linha 6)

    caracterizam os sistemas de inteligncia (linha1).

    Questo n 127. O uso do sinal indicativo de crase no trecho os dilemas inerentes

    convivncia (linha 7) no obrigatrio.

    Questo n 128. A substituio da forma verbal decorrem (linha 9) por advm manteria a

    correo gramatical e o sentido do texto.

    Gabarito

    114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128C E E E C E E C C C C C E E C

    Comentrio das questes:

    Comentrio da questo n 114 Compreenso de texto

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    A partir desta prova vamos abreviar os comentrios sobre abordagem de texto, pois um assunto que a maioria j est dominando bem. Vamos aplicar o nosso tempo nas questes que envolvem contedos gramaticais mais complexos.

    Esta correta, conforme podemos observar nas linhas 10 a 12 do texto. correta a afirmativa.

    Comentrio da questo n 115 Compreenso de texto

    A agilidade j era uma caracterstica desejada pelas organizaes, no um objetivo recente do sistema de informao. errada a afirmativa

    Comentrio da questo n 116 Compreenso de texto

    A rapidez de Mercrio desejada quando aliada persistncia de Vulcano, no h busca pela rapidez apenas, mas para que haja agilidade h que se incluir a persistncia. No correta a afirmativa, pois, na atualidade, diferente da antiguidade.

    Comentrio da questo n 117 Compresso de texto

    Esta questo confunde o candidato ao relacionar a mitologia grega com os tempos atuais. Mercrio era o elo de ligao entre os seres e os fenmenos do mundo para os povos da antiguidade, mas no para o nosso mundo atual. errada a questo.

    Comentrio da questo n 118 Pontuao vrgula

    Usar a vrgula dupla para isolar a palavra no s permitido, como desejvel, uma vez que um advrbio deslocado: ....fechado em sua forja, onde fabrica, interminavelmente, objetos de perfeito lavor .... correta a afirmativa. Os que tiverem dvidas retomem o estudo sobre pontuao.

    Comentrio da questo n 119 Concordncia verbal

    Esta questo aborda a concordncia verbal, porm de forma muito simples. A banca aposta na falta de ateno do candidato, muito mais do que na falta de conhecimento. A proposta substituir a forma verbal surge pelo plural surgem. A exigncia que mantenha a correo gramatical. No h outro modo de resolver esta questo sem retomar ao texto: Da combinao (entre velocidade, persistncia, relevncia, preciso e flexibilidade) surge a noo contempornea de agilidade... o sujeito singular (simples) da combinao, portanto no possvel passar o verbo para o plural. Os elementos indicados para efetuar a concordncia so complementos nominais do sujeito e no podem determinar a forma verbal.

    Observe que a banca no buscou casos mais complexos para avaliar a concordncia verbal, ela utilizou a regra geral. Vamos revisar um pouco o assunto da concordncia verbal, examinando com mais profundidade, pois no podemos confiar na possibilidade da banca manter-se boazinha.

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    Concordncia verbal

    A concordncia verbal refere-se relao que se estabelece entre o sujeito e o predicado.

    Como regra geral, o verbo concorda com o ncleo do sujeito em nmero e pessoa. a) O candidato estuda para o TER/ES. b) Os candidatos estudam para o TER/ES.

    Alm da regra geral, h diversos casos particulares que vamos detalhar a seguir.

    1. O verbo vai para a 3 pessoa do plural caso o sujeito seja composto e anteposto ao verbo, ou seja, com dois ou mais sujeitos o verbo passa para o plural. a) Os dias e as noites so poucos para o estudo. b) Interpretao de texto e gramtica so importantes.

    2. Se o sujeito composto posposto ao verbo, este ir para o plural ou concordar com o substantivo mais prximo. Mesmo na concordncia atrativa, o verbo refere-se, ideologicamente, a todos os elementos mencionados. a) Chegaram o aluno e a professora sala de aula. b) Chegou o aluno e a professora sala de aula.

    3. O verbo haver, no sentido existir ou referindo-se a tempo, impessoal, no admite sujeito. O mesmo ocorre com o verbo fazer referindo-se a tempo. Estes verbos ficam na 3 pessoa do singular. As locues, com esses verbos, ficaro no singular tambm. a) H meses no saio com meus amigos, s estudo para o concurso. b) Havia pessoas interessantes no curso preparatrio. c) Faz vinte minutos que ele saiu da sala. d) Deve fazer quatro anos que me dedico intensamente aos concursos pblicos.

    Obs.: O verbo haver, quando no possui o sentido de existir, ele o primeiro verbo da locuo e, neste caso, estabelece concordncia normal. a) Haviam ocorrido fraudes no ltimo concurso. b) Haviam feito boas provas de portugus no ltimo concurso.

    4. Com sujeito coletivo o verbo permanece no singular. Porm, quando o sujeito coletivo for especificado com substantivo no plural (determinante) a concordncia poder ser feita no singular ou plural. a) Um bando chegou ao estdio do Inter. (Gremista no forma bando!!!) b) Um bando de torcedores chegou (ou chegaram ) ao estdio. (de torcedores o determinante de bando).

    5. Com a palavra ou pode ocorrer duas situaes: a) havendo excluso, o verbo fica no singular; b) se o verbo se referir aos dois elementos do sujeito, ele ir para o plural. a) Grmio ou Inter ganhar o campeonato. (s o um pode ganhar claro que o Grmio) b) O nibus ou a lotao passam em Canoas. (h possibilidade dos dois passarem).

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    6. Quando o sujeito composto por pessoas diferentes, o verbo vai para o plural, de acordo com a predominncia das pessoas: primeira sobre a segunda e a segunda sobre a terceira. a) Eu, tu e ele passaremos no concurso. (ns) b) Tu e ele viajareis. (vs)

    7. Se o substantivo um nome prprio usado com artigo plural, o verbo concordar com o artigo. a) Os Estudos Unidos atacaram o Iraque. b) O Amazonas fica no norte do pas. c) Os Lusadas contam a viagem de Vasco da Gama.

    Cuidado com nomes de obra. Neste caso, se o verbo ser for seguido por palavra singular ou da palavra livro o verbo permanece no singular. a) Os Miserveis um clssico de Victor Hugo. b) Os Sertes o livro de Euclides da Cunha.

    8. Quando aparece nas expresses muito , pouco, suficiente, bastante, que denotam quantidade, distncia, peso etc., o verbo ser permanece no singular. a) Cem pginas pouco para ler. b) Dois reais suficiente para pagar o xerox. C) Dez livros bastante leitura.

    9. Quando o sujeito for o pronome tudo , o verbo ser concorda com o predicativo. O mesmo ocorre com os sujeitos isto, isso, aquilo. a) Na vida, nem tudo so flores. (Embora seja admissvel a forma: Na vida tudo flores) b) Isto so dias agitados para estudar.

    10. Quando o sujeito o pronome relativo que , o verbo concorda com o termo antecedente do pronome relativo. a) Fui eu que escrevi a proposta. b) Foste tu que escreveste a proposta.

    11. Quando o sujeito o pronome relativo quem , o verbo deve ficar na 3 pessoa do singular, concordando com ele. Porm, no constitui erro o verbo concordar com o termo antecedente do pronome relativo quem. a) Fui eu quem escreveu a proposta. (3 pessoa do singular) b) Fomos ns quem escreveu a proposta. (aceitvel, mas no recomendado) c) Fui eu quem escrevi a proposta. (aceitvel, mas no recomendado)

    12. Quando o sujeito, que indica quantidade aproximada, formado de um nmero plural precedido das expresses cerca de, mais de, menos de, o verbo vai para o plural. a) Cerca de cem pessoas compareceram ao curso preparatrio para o TER/ES. b) Restaram mais de cinco alunos aps o final da aula.

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    13. A expresso mais de um deixa o verbo no singular, porm se houver ideia de reciprocidade, o verbo vai para o plural. a) Mais de um candidato chegou atrasado para a prova. (Que no seja voc!!!!) b) Mais de um poltico se criticaram. (ideia de reciprocidade) c) Mais de um amigo se cumprimentaram. (ideia de reciprocidade)

    14. Quando o sujeito representado por expresso indicativa de porcentagem, o verbo pode concordar com o numeral ou com o substantivo a que se refere a porcentagem. a) 20% dos candidatos acreditam em sorte para fazer a prova. b) 80% dos candidatos acredita em seu esforo.

    14.1 - Se o numeral vier com determinantes (artigos, pronomes), o verbo concordar, obrigatoriamente, com o artigo ou pronome). a) Os 75% da turma querem aula aos sbados. b) Os comentados 5% da dvida foram pagos ontem.

    c) Este 1% dos estudantes estudou pouco crase.

    14.2 - Por outro lado, o verbo concordar com o numeral, quando vier anteposto expresso de porcentagem. a) Foram importados 60% da produo de biqunis brasileiros.

    b) Fizeram a prova, no domingo, 85% dos candidatos.

    14.3 - Vale lembrar que com as expresses cerca de, perto de, mais de, menos de, antes da porcentagem, o verbo concordar apenas com a porcentagem. a) Cerca de 30% dos alunos estudaram bastante a gramtica. b) Mais de 1% dos convidados levou presentes ao aniversariante. c) Menos de 10% dos concurseiros faltaram prova.

    15. Quando o sujeito ligado pela preposio com , o verbo vai para o plural, se houver desejo de indicar a ao de todos os elementos do sujeito. Em contrapartida, o verbo ficar no singular, quando se deseja enfatizar a ao apenas do primeiro elemento do sujeito. Nesse caso, recomenda-se isolar por meio de vrgulas o adjunto adverbial de companhia. a) A professora com os alunos resolveram as questes da prova anterior. b) A professora, com os alunos, resolveu as questes da prova anterior. (nfase na ao

    da professora) c) O presidente com os assessores viajaram para a China. d) O presidente, com os assessores, viajou para a China. (nfase no presidente)

    16. Quando o se pronome apassivador (tambm chamado de partcula apassivadora), o verbo concorda com o sujeito paciente. Isso ocorre com os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos. Portanto, a frase est na voz passiva sinttica. a) Aluga-se casa no Partenon. ( Casa alugada no Partenon - sujeito = casa) b) Vendem-se casas no Menino Deus. (sujeito= casas Partenon e Menino Deus so

    bairros de Porto alegre). c) Consertam-se sapatos. d) Ofereceram-se bolsas de estudo aos melhores alunos do curso.

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    17. Quando o se ndice de indeterminao do sujeito, o verbo fica no singular. Isso ocorre com os verbos transitivos indiretos, intransitivos ou de ligao. a) Precisa -se de professores de gramtica. (v. t. i.) b) Trabalha-se muito aqui no Ponto dos Concursos. (v. i.) c) Est-se feliz estudando para concurso do TER/ES. (v.i.) d) Confia-se em professores especializados. (v.t. i.)

    18. Na indicao de datas, horas e distncias, o verbo ser concorda com a palavra a que se refere, mesmo sendo impessoal. a) meio-dia e meia. b) 1h59min. c) So dez horas da noite. d) So 21 de julho de 2010.

    19. A expresso Haja vista invarivel e tem o sentido de tendo em vista, levando em considerao. Este o uso contemporneo, porm, entre os autores clssicos, podemos encontrar esta forma flexionada. a) Haja vista a prova feita. b) Haja vista aos exerccios propostos.

    Obs.: haja visto tempo composto do verbo ver. a) Espero que os alunos j hajam visto todas as excees sobre o assunto. (tenham

    visto), nada tem a ver com a expresso anterior.

    20. Quando o sujeito vem seguido de aposto resumidor (tudo, nada, ningum, cada um), o verbo permanece no singular. a) Dedicao, estudo e confiana, tudo contribui para o sucesso do candidato. b) Festas, passeios, jogos, nada o afastava do estudo. c) Diretores, coordenadores, professores, ningum ficou sem dar sua opinio.

    Assim como no caso da concordncia nominal, o importante no decorar as regras, mas pratic-las e, assim, incorporar a linguagem correta ao uso.

    Comentrio da questo n 120 Usos: se no / seno

    Certas palavra ou expresses oferecem alguma dificuldade, pois apresentam semelhanas na grafia ou na pronncia, mas tm sentido diverso. Vejamos o emprego de cada um destes termos:

    a) Se no uma conjuno condicional e tem o sentido de caso no, quando no. formada pela conjuno mais o advrbio de negao.

    b) Seno traz o sentido de do contrrio, de outro modo, porm.

    c) Seno pode pertencer, tambm classe do substantivo, com o sentido de falha, defeito, impedimentos.

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    Na frase do texto o sentido de condio (se no) e no pode ser substituda por (seno). errada a questo.

    Comentrio da questo n 121 Concordncia nominal

    Os adjetivos leve e desenvolto tm como referente Mercrio, por esta razo esto no singular. Caso passssemos para o plural, a concordncia ficaria alterada, pois atribuiramos a ps estas qualidades, o que no faz sentido. Desta forma, podemos dizer que a correo gramatical seria mantida, a coerncia tambm, mas o sentido seria alterado, conforme anuncia a questo. correta a afirmativa.

    Comentrio da questo n 122 Significao sinnimos

    Os trs termos (entoca, encafua ou esconde) tm o mesmo significado neste contexto, portanto pode ser feita a substituio, sem prejuzo da correo gramatical (todos so verbos no mesmo modo e tempo) ou do sentido (so sinnimos).

    Comentrio da questo n 123 Interpretao de texto

    So duas situaes opostas (dilema): a segurana do estado (coletivo) e os direitos (individuais) do cidado. Conciliar estes dois princpios um dos dilemas do sistema de inteligncia. correta a afirmativa.

    Comentrio da questo n 124 Interpretao de texto

    O primeiro pargrafo estabelece as vantagens e os perigos do sistema de inteligncia, mas deixa claro que um instrumento indispensvel para a segurana coletiva. correta a afirmativa da questo.

    Comentrio da questo n 125 Regncia verbal

    Esta questo simples, mas exige ateno ao texto. No h como no voltar a ele: Tais dilemas decorrem (...) da tenso (....) ou, (...) do fato de no se poder.... A preposio de exigncia da regncia do verbo decorrer. H dois complementos para o verbo, portanto os dois devem estar preposicionados. Retirar a preposio implicaria prejuzo estrutura sinttica do texto, sim. correta a afirmativa.

    A regncia verbal um assunto muito solicitado nas provas de concurso. No h como estudar a regncia de todos os verbos, mas a experincia com provas permite apontar os verbos preferidos pelas bancas. Vejamos uma relao deles:

    Regncia Verbal

    A regncia verbal a parte da gramtica que estuda as relaes do verbo com seus complementos. Tem sido um assunto preferido das bancas de concurso, mas, em geral, no oferece grandes dificuldades, pois basta perceber que o sentido dos verbos

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    pode ser alterado em funo da preposio que o segue. Assim, importante estar atento para os casos em que os verbos apresentam regncias mltiplas.

    Como exemplo, consideremos os verbos amar e precisar: Eles amam a liberdade; Eles precisam de liberdade. Observe que amar exige um complemento (quem ama ama alguma coisa) sem preposio (de, com, a, em, para, etc.). O precisar tambm exige um, mas com preposio (quem precisa precisa DE alguma coisa). H, ainda, verbos com dois complementos (um sem e outro com preposio), como o caso de entregar: O carteiro entregou [a carta] [A Jos]. Quem entrega entrega algo A algum (h dois complementos: algo e A algum. Um tem preposio (A), e outro no).

    Logo abaixo inclumos uma srie de verbos com suas regncias, seguidos por alguns exemplos ilustrativos.

    Verbo Regncia

    Abdicar

    Este verbo tem dupla regncia. Pode ser transitivo direto (TD) ou indireto (TI), seguido da preposio de. Ex: O rei abdicou o trono. Ex: O rei abdicou do trono.

    Acreditar

    Este verbo tem uma particularidade muito importante. a) Quando o complemento for locuo, ele usado com a preposio em, (TI). Ex: Acredito em estudo srio para ser aprovado. b) Quando o complemento for uma orao subordinada, normal dispensar a preposio. (TD Ex: Acreditamos que o estudo seja o melhor caminho para o sucesso.

    Agradar

    Duas regncias possveis: a)No sentido de satisfazer, o verbo agradar exige a preposio a. Ex: Os programas do concurso agradaram aos candidatos. Ex: Os programas do concurso agradaram s candidatas (no esquea da crase). b) Se agradar significar fazer carinho, no exigir preposio alguma em seu complemento. Ex: A me no se cansava de agradar o filho (ou a filha).

    Almejar

    Os verbos almejar e ansiar podem ser usados com ou sem preposio por. Ex: Almejo um ano de 2010 excelente para todos Ex: Almejo por um ano de 2010 excelente para todos. Ex: Anseio aprovao no concurso. Ex: Anseio por aprovao no concurso.

    Ansiar Ver verbo almejar.

    Antipatizar

    Tanto o verbo antipatizar como simpatizar exigem a preposio com. Ex.: Simpatizo com Lcio./ Antipatizo com meu professor de Histria. Obs: Estes verbos no so pronominais, portanto, so consideradas construes erradas quando os mesmos aparecem acompanhados de pronome oblquo: Ex: Simpatizo(-me) com Lcio./ Antipatizo(-me) com meu professor de Histria

    Aspirar

    Este verbo admite duas regncias: a) (TD)- no sentido de cheirar, sorver: usa-se sem preposio. Ex.: Aspirou o ar puro da manh. b- (TI) no sentido de almejar, pretender: exige a preposio a. Ex.: Este era o cargo a que aspirava.

    Assistir

    O verbo assistir admite uma srie de regncias: a) no sentido de prestar assistncia, ajudar, socorrer: usa-se sem preposio. Ex.: O tcnico assistia os jogadores novatos. b) no sentido de ver, presenciar: exige a preposio a.

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    Ex.: No assistimos ao show. c) no sentido de caber, pertencer: exige a preposio a. Ex.: Assiste ao homem tal direito. d) no sentido de morar, residir: intransitivo e exige a preposio em. Ex.: Assistiu em Macei por muito tempo.

    Atender

    importante dar ateno a um detalhe neste verbo. Ele apresenta regncia dupla: a) No sentido de dar ateno, pode ser transitivo direto ou indireto, acompanhado da preposio a. Ex: Atenda o telefonema. Ex: Atenda ao telefone. b) Agora, se o sentido for o de conceder, deferir, melhor optar pela preposio a no complemento deste verbo. Ex: O professor atendeu ao pedido dos alunos.

    Casar

    Este verbo admite duas construes: como verbo transitivo indireto e como pronominal> Ex: Joo casou com Maria. Ex. Joo casou-se com Maria.

    Chamar

    O verbo chamar transitivo direto na maioria dos casos. Ex: Chamamos o mdico para atender a vtima. Quando este verbo aplicado no sentido de nomear-se, atribuir-se um nome, ele pronominal. Eu me chamo Odiombar e tu?

    Chega

    Os verbos chegar e ir devem ser acompanhados pela preposio a e no pela preposio em. Vou ao curso preparatrio. Cheguei a Belo Horizonte.

    Classificar-se

    Esse verbo deve vir acompanhado de pronome no sentido de ser aprovado, classificado. Ex: Rubinho classificou-se na corrida de Interlagos. Porm, no sentido de ordenar, torna-se transitivo direto. Ex: Classificamos as mdias em ordem crescente.

    Compartilhar Ver verbo desfrutar

    Comunicar

    O verbo comunicar pode comportar-se como o verbo entregar, admite dois complementos em qualquer ordem: Ex: Comuniquei o resultado ao candidato. Ex: Comuniquei ao candidato o resultado. Pode tambm ser seguido da preposio de. Ex: Comuniquei o candidato do resultado. Outros verbos tm a mesma regncia como: avisar, certificar, noticiar, notificar, alertar, etc.

    Consentir O verbo consentir admite duas construes: Consentir algo ou consentir em. Ex: O fiscal da prova consentiu consulta ao relgio. Ex: O fiscal da prova consentiu em abrir as janelas.

    Constar O verbo constar apresenta regncia dupla: constar de ou constar em. Ex: As provas constam do processo. Ex: As provas constam no processo.

    Crer O verbo crer seguido da preposio em. Ex: Ningum cr em poltico corrupto.

    Custar

    Apresenta trs possibilidades: a) no sentido de ser custoso, ser difcil: regido pela preposio a. Ex.: Custou ao aluno entender o problema. b) no sentido de acarretar, exigir, obter por meio de: usa-se sem preposio. Ex.: O carro custou-me todas as economias. c) no sentido de ter valor de, ter o preo: usa-se sem preposio. Ex.: Imveis custam caro

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    Decorrer Este verbo indica origem, procedncia e, neste caso, seguido da preposio de. A violncia urbana decorre da falta de policiamento.

    Deparar

    Os verbos deparar e sobressair constituem dois casos comuns do emprego indevido do pronome tono. Estes verbos no so reflexivos. compreensvel o desvio, pois eles so sinnimos de verbos pronominais: encontrar-se (que exige o pronome), e destacar-se (que tambm exige o pronome). Ex: No concurso deparei com uma prova fcil. Ex: No concurso deparei(-me) com uma prova fcil. (forma condenada) Ex: Joo sobressaiu bem na prova. Ex: Joo sobressaiu(-se) bem na prova. (forma condenada) Segundo a norma culta, tais verbos nunca so pronominais.

    Desfrutar

    Desfrutar, usufruir, compartilhar - A norma culta da Lngua Portuguesa prega que o verbo desfrutar no exige a preposio de no seu complemento. Dessa maneira, o correto seria escrever: Ex: Joo desfruta a glria da aprovao no concurso.

    Desinteressar-se Este verbo utiliza a preposio de (desinteressar-se de alguma coisa). No deve ser usado com a preposio por (pelo, pela).

    Desobedecer Ver verbo obedecer Entregar Ver verbo pagar

    Esquecer

    Os verbos esquecer e lembrar tm a mesma regncia: a- Quando no forem pronominais: so usados sem preposio. Ex.: Esqueci o nome dela. b- Quando forem pronominais: so regidos pela preposio de. Ex.: Lembrei-me do nome de todos.

    Gozar

    O verbo gozar tem dupla regncia: transitivo direto ou indireto, seguido da preposio de. Ex: O aluno goza bom conceito entre os colegas. Ex: O aluno goza de bom conceito entre os colegas.

    Implicar

    O verbo implicar pode ter trs regncias distintas: a) no sentido de causar, acarretar: usa-se sem preposio. Ex.: Esta deciso implicar srias consequncias. b) no sentido de envolver, comprometer: usa-se com dois complementos, um direto e um indireto com a preposio em. Ex.: Implicou o negociante no crime. c) no sentido de antipatizar: regido pela preposio com. Ex.: Implica com ela todo o tempo.

    Informar

    Este verbo no sentido de comunicar, avisar, dar informao: admite duas construes: 1) objeto direto de pessoa e indireto de coisa (regido pelas preposies de ou sobre). Ex.: Informou todos do ocorrido. 2) objeto indireto de pessoa ( regido pela preposio a) e direto de coisa. Ex.: Informou a todos o ocorrido

    Ir Ver verbo chegar Lembrar Ver verbo esquecer

    Morar Os verbos morar e residir, normalmente, vm acompanhados pela preposio em. Ex.: Ele mora em Porto alegre. Ex: Maria reside em Canoas.

    Namorar

    Este verbo no usado com preposio. Ex.: Joana namora Antnio. Construes com preposio so condenadas pela norma culta. Ex: Joana namora (com) Antnio. Quando indicar companhia, este verbo admite a preposio com. Ex: Joo saiu para namorar com Carlos. Neste caso, Joo e Carlos foram namorar as meninas juntos. - Construo um tanto ambgua.

    Obedecer O verbo obedecer, assim como desobedecer, exige a preposio a.

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    Ex.: As crianas obedecem aos pais./ O aluno desobedeceu ao professor

    Pagar

    O verbo pagar quando for seguido de complemento (a coisa paga), funciona como transitivo direto. Porm se for seguido de pessoa, deve ser acompanhado da preposio a. Ex.: Ela pagou a conta do restaurante. Ex: Ela pagou ao balconista a conta do restaurante. Os verbos entregar e perdoar se coportam da mesma maneira. Ex: O carteiro entregou a encomenda ao porteiro do prdio. Ex: O professor perdoou a falta ao aluno.

    Pedir

    Bastante cuidado com os verbos pedir, permitir e solicitar. Eles seguem o seguinte modelo: pedir algo (objeto direto) a algum (objeto indireto). Ex: O fiscal pediu silncio aos candidatos. Ex: O aluno solicitou ajuda ao professor.

    Perdoar

    Quando este verbo for seguido pela coisa perdoada, torna-se transitivo direto, porm quando referir-se a uma pessoa, deve ser acompanhado da preposio a. Ex: A moa perdoou a grosseria do rapaz. Ex: A moa perdoou ao rapaz pela grosseira feita.

    Permitir Ver verbo pedir

    Pisar Este verbo deve ser usado sem preposio. Ex: O menino pisou a grama da praa.

    Preferir

    Este verbo exige dois complementos sendo que um usa-se sem preposio e o outro com a preposio a. Ex.: Prefiro danar a fazer ginstica. Segundo a linguagem formal, errado usar este verbo reforado pelas expresses ou palavras: antes, mais, muito mais, mil vezes mais, etc. Ex.: Prefiro (mil vezes) danar a fazer ginstica. (forma no recomendada). O verbo preferir , na verdade, mais um que exige a preposio a. Ex: Prefiro ma a banana.

    Presidir Mais um verbo que admite dupla regncia. Ex: Ele presidiu o encontro. Ex: Ele presidiu ao encontro.

    Proceder

    O verbo proceder tem trs sentidos bsicos: a) ter fundamento; b) ter origem em; c) dar incio a algo. Trs construes so possveis para este verbo: a) no sentido de ter fundamento: usa-se sem preposio. Ex.: Suas queixas no procedem. b) no sentido de originar-se, vir de algum lugar: exige a preposio de. Ex.: Muitos males da humanidade procedem da falta de respeito ao prximo. c) no sentido de dar incio, executar: usa-se a preposio a. Ex.: Os detetives procederam a uma investigao criteriosa.

    Querer

    Duas regncias so possveis para este verbo: a) no sentido de desejar: usa-se sem preposio. Ex.: Quero viajar hoje. b) no sentido de estimar, ter afeto: usa-se com a preposio a. Ex.: Quero muito aos meus amigos.

    Renunciar Duas regncias so possveis: renunciar algo (TD) e renunciar a alto (TI). Ex: Collor renunciou o cargo. Ex: Collor renunciou ao cargo.

    Residir Ver verbo morar Simpatizar Ver verbo antipatizar Sobressair Ver verbo deparar Solicitar Ver verbo pedir

    Torcer

    O verbo torcer exige preposio por quando o complemento no for orao. Ex: eu toro pelo grmio. Quando o complemento for uma orao usa-se com a preposio para. Ex: Toro para que o Grmio seja sempre campeo.

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    TER/ES Prof. Odiombar Rodrigues Pgina 30

    Usufruir Ver verbo desfrutar

    Visar

    Este verbo apresenta as seguintes regncias: a) no sentido de mirar: usa-se sem preposio. Ex.: Disparou o tiro visando o alvo. b) no sentido de dar visto: usa-se sem preposio. Ex.: Visaram os documentos. c) no sentido de ter em vista, objetivar: regido pela preposio a. Ex.: Viso a uma situao melhor.

    Mais uma vez alerto que esta relao no tem o objetivo de decorar, mas de procurar compreender as diversas regncias que um verbo pode ter e com isto distinguir a significao decorrente do seu emprego.

    Comentrio da questo n 126 Referenciao

    A questo solicita que se avalie a quem se referem os adjetivos teis, atuais e perigosos. A questo afirma que todos qualificam o substantivo sistema de inteligncia.

    Vamos retomar o texto para conferirmos a afirmativa da questo: Os sistemas de inteligncia so uma realidade concreta na mquina governamental contempornea (....). (....). Se, por um lado, so teis (os sistemas so teis) para que o Estado compreenda seu ambiente (....) e seja capaz de avaliar atuais ou potenciais adversrios (adversrios atuais), podem, por outro, tornar-se ameaadores e perigosos (os sistemas podem tornar-se perigosos) para os prprios cidados(...).

    Agora pudemos observar que teis e perigosos qualificam sistemas de inteligncia enquanto atuais refere-se a adversrios. incorreta a afirmativa da questo.

    Comentrio da questo n 127 Crase

    A crase existe, nesta frase, devido regncia da palavra inerentes que exige a preposio a (inerente a). Podemos verificar o acerto da regncia, trocando a palavra convenincia por uma palavra masculina como interesse. Logo percebemos que surge a combinao da preposio a mais o artigo masculino o: .... os dilemas inerentes ao interesse... obrigatrio o uso da crase na frase da questo. errada.

    Comentrio da questo n 128 Significao sinnimos

    O verbo decorrer (correr de origem) tem o mesmo sentido do verbo advir (vir de origem). Podemos conferir que as duas formas esto no mesmo tempo e no mesmo modo: presente do indicativo. A substituio no causa incorreo gramatical, nem alterao de sentido, portanto pode ser executada. A afirmativa correta.

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    Perguntas e respostas

    Ol, vamos ao consultrio. Parece que o pessoal no est muito afoito para fazer perguntas. Recebi uma por e-mail e vou responder por aqui para que todos tenham acesso resposta.

    Pergunta 1 - Qual a diferena entre paradoxo e anttese?

    Ambas so figuras de linguagem, mas tm sentidos distintos.

    A anttese o emprego de palavras contrrias (antnimas) dentro de uma mesma frase, mas sem constituir uma contradio. Vejamos a frase: Preto e branco so cores que do um sentido clssico decorao. No rio da desgraa alheia, choro.

    O paradoxo, ao contrrio, expe uma contradio, contrrio lgica. Observe agora: A dor um prazer para quem acredita em recompensa celeste. Ningum pode ter prazer na dor. Uma construo como esta incoerente, e s pode adquirir algum significado quando tomada num sentido simblico.

    A anttese a presena de palavras, expresses ou frases contrrias entre si, mas coerentes em termo de significado. O paradoxo a oposio de sentidos que no permite uma interpretao lgica.

    Pergunta 2 Como distinguir quando uma palavra est na funo de adjetivo ou de advrbio?

    s vezes, uma mesma palavra pode estar na posio (funo) de adjetivo ou de advrbio. O tratamento gramatical distinto para cada caso. Se no fizermos bem a distino entre eles, erraremos questes de concordncia com facilidade.

    As gramticas costumam elaborar listas de palavras que no variam em determinadas situaes. Para nosso propsito, vamos recordar um princpio bsico. O advrbio invarivel e acompanha verbo, o adjetivo ou outro advrbio. Portanto, no vamos criar regras novas, vamos apenas examinar se a palavra advrbio ou adjetivo. No primeiro caso invarivel e no segundo faz concordncia. Estas mesmas palavras, na funo de predicativo do sujeito, flexionam normalmente como qualquer adjetivo. Vejamos:

    Palavra Exemplos spero O chefe respondeu spero ao empregado (advrbio)

    O abacaxi tem casca spera (adjetivo) As cascas dos abacaxis so speras (adjetivo)

    Caro As roupas de grife custam caro (advrbio) As caras roupas de grife so importadas (adjetivo)

    Errado Escrevi errado a frase (advrbio) Escrevi as frases erradas (adjetivo) As frases esto erradas no original (adjetivo)

    Srio A diretora falou srio com os alunos (advrbio) A fala sria do diretor foi bem recebida (adjetivo)

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    Suave O carro subiu suave a estrada (advrbio) O carro subiu a suave estrada (adjetivo)

    Se voc prestou bem ateno a cada uso, com certeza, aprendeu o mecanismo de concordncia destas palavras e, portanto, pode dispensar regras.

    Aguardo novas perguntas para que possamos ampliar a utilidade de nosso consultrio.

    Concluso

    Chegamos ao final de nosso mdulo 03, estamos nos aproximando do encerramento de nosso curso, mas h tempo suficiente para que possamos contribuir bem mais com o sucesso de cada um de vocs. No deixem de enviar suas perguntas, sugestes e crticas, pois na da participao de todos que podemos encontrar diretrizes que contribuam para que o trabalho possa resultar no sucesso de vocs.

    Como falamos na introduo, vamos fazer alguns comentrios sobre as duas provas, evidenciando alguns contrastes entre nvel mdio e superior. Quem examina com um olhar mais terico percebe que as questes da primeira prova so mais centradas na reflexo sobre a gramtica, enquanto a segunda prova mais baseada na literariedade do texto. Vamos explicar.

    As provas de nvel superior exigem mediao entre a gramtica e o texto, ou seja, o candidato deve analisar o texto ou o contexto para resolver a questo. As provas de nvel mdio so mais diretas nas palavras do texto. Quem olha de fora o contedo o mesmo, mas o modo de abord-lo que muda. O CESPE uma banca muito tcnica e bem fundamentada, por isso consegue manter um padro de profundidade diferenciado, mesmo quando o assunto o mesmo.

    Nesta semana, ficamos por aqui, na prxima temos novo encontro. At l.

    Odiombar Rodrigues

    ndice Remissivo

    Comentrios Acentuao grfica ......................... 11 Compreenso .............................. 7, 20 Concordncia nominal .............. 14, 25 Concordncia verbal . ..................... 20 Conjuno . ..................................... 15

    Conjunes ...................................... 8 Correspondncia oficial ................. 16 Crase . ...................................... 11, 31 Expresses explicativas ................. 13 Interpretao . ........................ 6, 7, 25 Partes do texto................................ 15

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    Pontuao - vrgula ......................... 20 Referenciao . ................... 14, 15, 30 Regncia verbal . ............................ 26 Significao ...................................... 8 Significao - sinnimos . ........ 25, 31 Sinnimos ................................. 13, 16 Sujeito com preposio ................... 10 Uso de "se no" ou "seno" . .......... 25 Verbos - conjugao ....................... 15

    Gramtica Concordncia verbal . . ................... 21

    Conjunes ...................................... 8 Locues denotativas . . ................. 13 Regncia nominal .......................... 11 Regncia verbal ............................. 26

    Perguntas Adjetivo ou advrbio? .................... 32 Anttese e paradoxo ....................... 31

    Textos A pluralidade tnica ......................... 2 Calvino ........................................... 16 Sistemas de inteligncia ................. 18

    Anexo I - Reviso

    Abaixo elaboramos dez questes, utilizando o mesmo texto da prova e com os enunciados retirados de outras provas. um modo de mantermos o nvel de abordagem da banca e podermos revisar alguns contedos que so mais recorrentes.

    Respondam as questes, confiram o gabarito. No mdulo 04, vamos comentar uma a uma. Atravs do frum, gostaria de receber uma avaliao sincera sobre a pertinncia desta reviso. Caso tenham gostado, poderei elaborar nova reviso para o mdulo 04.

    Bom trabalho.

    Retome o texto A pluralidade tnica (pgina 2) para responder as questes 1 a 10.

    Reviso 1 - Na linha 6, o termo flagrante pode ser grafado fragrante, sem prejuzo da significao.

    Reviso 2 - A expresso dia a dia (linha 6) deve ser grafada com crase.

    Reviso 3 - A razo da acentuao da forma verbal t-lo (linha 11) a mesma da palavra v.

    Reviso 4 - A forma verbal pareceu (linha 13) est no singular para concordar com Ramos.

    Reviso 5 - Aos depoentes (linha 14) tem a mesma funo sinttica do o (o recebera) na linha 15.

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    Reviso 6 - A razo da crase diante da palavra convivncia (linha 16) em

    decorrncia da palavra explcita. Reviso 7 - Os travesses nas linhas 20 e 21 tm a funo de isolar um vocativo

    referente a Ramos. Reviso 8 - A forma verbal foi utilizada (linha 25) voz passiva, cujo sujeito

    linguagem. Reviso 9 - As palavras sculo, espcie e sinnimo (linha 26) so acentuadas

    pela mesma razo. Reviso 10 - Nas linhas 28 e 29 temos dois apostos (ou o cativo nascido no Brasil /

    conhecido como crioulo), ambos tm como referente o termo preto (linha 28).

    Gabarito

    02 01 03 04 05 06 07 08 09 10E E C E E E E E E E

    Quantas acertaram? Qual foi a dvida que ficou nas que erraram?