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CONECT II Congresso de Contabilidade e Tributos de Instituições Financeiras 26 de novembro de 2010 José Claudio Costa / Simon Fishley PDD - Imparidade AUDIT

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CONECT

II Congresso de Contabilidade e Tributos de Instituições Financeiras

26 de novembro de 2010José Claudio Costa / Simon Fishley

PDD - Imparidade

AUDIT

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Introdução

Comentários Gerais

Práticas Contábeis

Histórico - Normas

Principais Dificuldades Enfrentadas pelas Instituições Financeiras

IFRS – Provisões de Crédito na Prática

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Comentários gerais

A Implementação das normas em IFRS vem sendo discutida de forma acentuada nos últimos anos, e principalmente no que se refere a Instituições Financeiras, leva em consideração o processo de assimetria que vem sendo conduzido pelo órgão regulador.

Em meio ao processo de implementação, cuja divulgação das demonstrações contábeis das instituições financeiras esta prevista para 31 de março de 2011, é importante lembrar que as normas referentes a Imparidade e principalmente aquelas relacionadas a operações de crédito encontram-se em processo de revisão pelo IASB, e um novo documento estava previsto para ser divulgado no segundo semestre de 2010.

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Práticas contábeis

“...A provisão para crédito de liquidação duvidosa é constituída com base em análise individual dos valores a receber e em um montante considerado pela Administração, necessário e suficiente para cobrir prováveis perdas na realização desses créditos, os quais podem ser modificados em função da recuperação de créditos junto a clientes devedores ou mudança na situação financeira de clientes...”

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Histórico - Normas

Resolução 1748/90 - BACENConsolidou critérios para inscrição de valores nas contas de crédito em liquidação e provisão para créditos em liquidação duvidosa.

Resolução 2682/99 - BACENClassificação das operações de crédito em ordem crescente de risco, nos níveis entre AA e H, assim como estabelece provisão mínima para cada categoria.

Provisão Adicional – Resolução 3674/08 BACENA constituição de provisão adicional aos percentuais mínimos requeridos pela Res. 2682 passaram a ser considerados para fins de apuração do Patrimônio Liquido de Referência (PR).

Revogada posteriormente, com efeitos a partir de 1 de abril de 2010.

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Isso muda tudo? De novo?

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Histórico - Normas

Diagnóstico do Banco Central [ 2006]O Banco Central divulgou em 2006 diagnóstico sobre a aplicação do IAS 39 para instituições financeiras. Observando-se o impacto no Sistema Financeiro Nacional e a Complexidade dos Pronunciamentos do IASB, o IAS 39 aparece como um dos mais complexos.

Exposure Draft - IASB [ED/2009/12]Os comentários sobre o Exposure Draft para Instrumentos Financeiros: Amortised costs and Impairment, recebeu comentários até 30 de junho de 2010.

A minuta propõe substituir o modelo vigente da IAS 39, por meio da qual é aplicado o modelo deImpairment baseado nas perdas incorridas, para um modelo baseado em perdas esperadas, o qual incorpora expectativas futuras de perdas de crédito ao longo da vida do ativo financeiro.

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Fonte: Apresentação disponível no site do Bacen.

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Principais dificuldades enfrentadas pelas Instituições Financeiras

Metodologia, Estrutura e Prática

1. Metodologia - Estabelecer uma nova metodologia, para alinhamento aos conceitos previstos no IAS 39 em vigor, o qual considera o conceito de perda incorrida, observando-se que o modelo regulamentar utilizado tende a apresentar maior sinergia com o modelo previsto no ED/2009/12.

2. Estrutura de TI - A estrutura de TI atual, vem sendo trabalhada nos últimos 10 anos de forma a aprimorar os conceitos e tratamento das operações de crédito em linha com a Resolução 2682. Dependendo do porte da Instituiçãoe quantidade de sistemas legados envolvidos, o nível de complexidade se torna ainda maior.

3. Prática Contábil - Observa-se que o que esta estabelecido na regulamentação passou a fazer parte da política e práticas contábeis das instituições, e que até então, algumas dessas práticas vinham sendo utilizadas para fins de USGAAP, como por exemplo: Reconhecimento de juros até 60 dias e baixa de operações vencidas após 365 dias, para prejuízo.

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Assuntos a serem observados:

- Como definir uma política diferente daquela que vem sendo utilizada na pratica?

- A necessidade de se realizar estudos de aderência e ou stress test.

- Alinhamento a outros conceitos que também se encontram em fase de implementação. Ex. Basiléia.

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Principais dificuldades enfrentadas pelas Instituições Financeiras

Metodologia, Estrutura e Prática

Baixa para prejuízo

Considerar a existência de evidência objetiva de impairment

A perda por imparidade deve ser reconhecida a cada balanço patrimonial quando houver evidência objetiva da ocorrência de um evento de perda que possa ser estimada com razoável confiança, e que afete o fluxo de caixa futuro estimado do ativo financeiro.

O IFRS não permite o reconhecimento de perda por imparidade com base em um evento futuro.

Exemplo de triggers:

Dificuldade financeira significativa do emissor Alta probabilidade de falência ou concordata Atraso no pagamento de principal ou juros Renegociação de dívidas

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Assuntos a serem observados:

- Como alinhar o conceito de imparidade utilizado, previsto na norma e ou utilizado pela Instituição, àquele previsto no IFRS?

- Foi definido uma política para abaixar operações nas carteiras massificadas e individuais. Essa decisão esta baseada em um estudo para justificar tal política.

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Principais dificuldades enfrentadas pelas Instituições Financeiras

Metodologia, Estrutura e Prática

Reconhecimento de Juros

Possível alinhamento aos conceitos de Basiléia

No IFRS não há determinação quanto ao tratamento e à política de reconhecimento de juros de operações de crédito vencidas.

No Brasil, as instituições financeiras suspendem o reconhecimento de juros quando o principal ou os juros estão vencidos há mais de 60 dias e o crédito não está totalmente coberto por garantia e se encontra em processo de cobrança ou quando, na opinião da administração, o recebimento do principal ou dos juros está prejudicado, com indicações da necessidade de renegociações futuras.

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Assuntos a serem observados:

Basiléia: As instituições avaliam a possibilidade de manter o período de 60 dias e ou alinhar a conceitos de Basiléia, o qual vem vendo utilizado por instituições no exterior.

A questão é que utilizar 90 pode ser tão subjetivo quanto 60 dias, se não for efetuada uma análise e ou estudo técnico para suportar tal decisão.

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Principais dificuldades enfrentadas pelas Instituições Financeiras

Reflexões sobre o risco de crédito

Risco de Crédito – A avaliação do risco de crédito, traz consigo uma grande dificuldade, que é a de poder prever antecipadamente, se o cliente, a quem esta sendo concedido o crédito, irá honrar o compromisso assumido.

Avaliação Qualitativa - Depende do julgamento subjetivo de profissionais treinados.

Avaliação Quantitativa - Incluem analise de dados financeiros de balanço, dados comportamentais (behavior scoring, credit scoring, etc), entre outros, que podem influenciar diretamente no risco de crédito.

Considerações (no momento inicial):

Levando em consideração que os crédito foram analisados individualmente, o valor registrado é o valor justo da operação de crédito, na data dacontratação.

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Questões a serem observadas:

- Como essas informações podem ser utilizadas no dia-a-dia permitindo uma correlação adequada entre a metodologia utilizada pelo regulador e aquela prevista no IFRS?

- A contabilidade tem como um dos seus principais desafios, o valor justo das operações registradas na Instituição, o fairvalue.

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Principais dificuldades enfrentadas pelas Instituições Financeiras

Metodologia, Estrutura e Prática

Análise Individualizada x Massificada

IndividualizadaAtivos financeiros que são individualmente relevantes são avaliados individualmente com base na existência de prova objetiva de imparidade.

Todos os outros ativos financeiros que não são individualmente relevantes devem ser avaliados para fins de imparidade. Eles podem ser avaliados tanto individualmente quanto coletivamente (massificado).

MassificadoTodos os ativos financeiros que tenham sido avaliados individualmente para fins de imparidade, mas para os quais não haja prova objetiva de imparidade, devem ser incluídos em um grupo de ativos financeiros com características de risco de crédito similares e ter sua perda por imparidade mensurada coletivamente. Para fins de referência futura – vide parágrafos do Basis for Conclusion da IAS 39 que tratam do assunto – BC111 ao BC117.

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Assuntos a serem observados:

A norma não oferece orientação para a definição de individualmente significativo e ou relevante. Dessa forma a instituição deve utilizar suas políticas e procedimentos internos para definir e ou determinar o que é considerado uma exposição “ relevante”.

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IFRS - Provisões de crédito na prática

Aplicação das exigências de IFRS no mercado

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Etapas no cálculo de provisões de crédito

Passos

1. Capturar todos os ativos dentro do escopo das normas de provisionamento, incluindo:• Operações de crédito;• Aplicações interfinanceiras; e• Outros recebíveis.

2. Definir a metodologia a ser utilizada para cada carteira

3. Elaborar os modelos e efetuar o cálculo do valor da provisão

4. Entender os demais impactos na contabilidade, por exemplo:• Reconhecimento dos custos de recuperação contra o valor da provisão;• Tratamento para operações renegociadas.

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Escopo

Metodologia

Cálculos

Outras considerações

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Escopo

Consistência no tratamento de ativosIAS39.AG85:O processo de estimar a perda por redução ao valor recuperável de ativos considera todas as exposições ao crédito e não apenas aquelas de baixa qualidade de crédito.

As normas de provisionamento se aplica tanto para operações de crédito como para outros ativos mensurados a custo amortizado.

Tipicamente um grupo financeiro terá outros ativos no escopo:• Aplicações interfinanceiras (não-overnight);• Recebíveis de advisory e outras atividades de investment

banking;• Recebíveis de corretagem;• Recebíveis das operações das entidades não-financeiras.

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Alcance das normas de provisões de créditoAtivos financeiros mensurados pelo custo amortizado com um risco de crédito

Políticas devem ser definidas para todos os ativos financeiros valorizados pelo custo amortizado.

Outros recebíveis

Aplicações interfinanceiras de vencimento

mais longo

Operações de crédito

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Metodologia

1) Provisões para créditos individualmente significativosOs fluxos de caixa esperados da operação devem ser projetados e descontados ao valor presente aplicando a taxa efetiva da operação de crédito.

2) Provisões para créditos pulverizadosAs operações são agrupadas de acordo com suas características de risco e a provisão calculada com base em perdas históricas.

3) Provisões para riscos não capturados pelos cálculos acimaUma provisão estatística para capturar todas as perdas na carteira (“perdas incorridas mas não relatadas”), por exemplo:• Mortes dos portadores de cartões de crédito;• Períodos entre revisões de crédito e pagamentos de

juros / principal.

Fatores para considerar• Geralmente seguir divisão de produtos;

• Considerar padronização de contratos (especialmente existência e qualidade de garantias);

• Considerar os processos atuais da área de crédito:− Avaliação completa recorrente ou só na originação?− Monitoramento subsequente se baseia

exclusivamente nos dias de atraso?− Quem é a contraparte (o Banco está exposto ao

risco de crédito de quem)?

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Cálculos - Provisão para créditos individualmente significativos

Futuros fluxos de caixa descontados

1. A área de crédito é responsável por identificar os indicadores de crédito. Não deve se limitar a inadimplência.

2. Uma vez identificado um problema, a área de crédito deve projetar os novos fluxos de caixa (tanto receitas quantoas despesas atreladas com a realização das receitas). Geralmente essas receitas serão:

• O valor obtido da venda da garantia (em caso da falha da empresa); ou• Novas parcelas a serem recebidas de acordo com uma renegociação.

3. Os novos valores devem ser descontados utilizando a taxa efetiva da operação original para determinar o valor contábil.

4. Subsequentemente, juros são reconhecidos por aplicar a taxa efetiva original ao novo valor contábil da operação.

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Indicador de crédito identificado

Despesa de advogado incorrida para obter

direito à garantia

Venda efetuada com custos de comissão para

o vendedor

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Cálculos - Provisão para créditos pulverizados

Exemplo de agrupamentoA carteira é dividida visando calcular uma provisão para cada grupo.

Carteira de varejo

Cartões

Resto do país

Renda <R$1.000

Renda >R$1.000

POA

Renda <R$1.000

Renda >R$1.000

Financiamento

RJ

Carro TV

Resto do país

Carro TV

1 2 3 4 5 6 7 8

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Esta metodologia usa os dias de atraso como o indicador de uma perda de crédito. Os fluxos são calculados de dados históricos.

26/11/2010 18Conect - II Congresso de Contabilidade e Tributos de Instituições Financeiras

Cálculos - Provisão para créditos pulverizados (cont.)

Método de rolagemCálculo da probabilidade de perda

Em dia

0 - 30

30 - 60

60 - 90

WRITE-OFF

50%

75%

80%

95%Faixa Cálculo Probabilidade

de perda

Em dia 50% * 75% * 80 * 95% 28.5%

0 - 30 75% * 80% * 95% 57%

30 - 60 80% * 95% 76%

Etc.

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Cálculos - Provisão para créditos pulverizados (cont.)

Método de rolagemCálculo da perda em caso de write-off.

Para cada grupo, calcula a perda em caso de ‘write-off’ (LGD):

= 100% -

E.g. Empréstimo com uma taxa de 12% e um valor de R$100 na data de write-off. Retoma a garantia e vende por R$50 líquido de custos depois de 2 anos de processo jurídico.

Valor de perda = R$100 – R$50* = R$60

Portanto, LGD = 60%

26/11/2010 19Conect - II Congresso de Contabilidade e Tributos de Instituições Financeiras

Perda de impairment em cada grupo

Taxa histórica de perdas

Perda esperada nas operações

Saldo de empréstimos no grupo

= X X

Valor recuperado descontado pela taxa original da operaçãoValor da operação na data de write-off

1 (1+0,12)2

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Cálculos - Provisão para créditos pulverizados (cont.)

Método safra

1. Selecionar uma database no passado (a safra) – por exemplo 31.12.2007;

2. Agrupar operações por tipo de indicador de perda (por exemplo: número de renegociações, número de parcelas não pagas, dias de atraso);

3. Determinar as perdas realizadas subsequentemente para cada grupo;

4. Repetir esse processo para várias safras (por exemplo: 31.01.2008, 28.02.2008 etc.) e calcular uma média de perda para cada grupo. Aplicar essa perda média ao saldo atual.

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0 parcelas em atraso 1 parcela em atraso 2 parcelas em atraso 3+ parcelas em atraso

R$1.000.000 R$200.000 R$50.000 R$20.000

R$10.000 R$30.000 R$25.000 R$18.000

1% 15% 50% 90%

Exemplo da abordagem para uma safra

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Cálculos - Provisões para perdas incorridas mas não relatadas

Operações pulverizadas

• Geralmente não há necessidade visto que os modelos já capturam todas perdas;• No final, o provisionamento para a caixa de ‘0 dias de inadimplência’ ou ‘0 vezes renegociados’ ou ‘0 parcelas em

atraso’ não é nada mais que um provisão desse tipo pois, nesses casos, não há indicador de perda de crédito.

Operações significativas

• Geralmente as avaliações de crédito periódicas levam em consideração todas as informações que poderiam indicar um problema de crédito, portanto, o único risco é que haja um evento de crédito que ocorre entre as avaliações de crédito que não será identificado até a próxima avaliação.

• A provisão deve capturar esse risco.• Metodologia possível – abordagem por safra com ajustes para o período de risco (ou seja, o número de meses entre

as avaliações).

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Renegociação requer a baixa do ativoEm vez de calcular uma provisão, o ativo deve ser baixado e um novo ativo reconhecido.

Juros reconhecidos até a baixa do ativo (além de 59 dias)Parte do cálculo para operações significativas.A dificuldade é para as operações avaliadas em grupos.

Tratamento subsequente de despesas de recuperaçãoSe forem modelados de acordo com as regras, as despesas de recuperação devem ser lançadas contra a provisão.

Fator de ajusteIFRS requer que os dados históricos sejam ajustados para refletir as condições atuais.

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Obrigado!

Contato

José CostaFinancial ServicesDiretor+55 (61) [email protected]

Simon FishleyFinancial ServicesGerente +55 (41) [email protected]

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Esta proposta foi elaborada pela KPMG Auditores Independentes, uma sociedade simples brasileira e firma-membro da rede KPMG de firmas independentes e afiliadas à KPMG International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça. A KPMG International não presta serviços a clientes. A presente proposta é estritamente confidencial e foi preparada exclusivamente para uso interno da CONECT II Congresso de Contabilidade e Tributos de Instituições Financeiras, a fim de fornecer informação suficiente para tomar a decisão de contratar ou não os serviços da KPMG Auditores Independentes. Este documento não poderá ser divulgado, comentado ou copiado, no todo ou em parte, sem o nosso prévio consentimento por escrito. Qualquer divulgação para além da permitida poderá prejudicar os interesses comerciais da KPMG Auditores Independentes. A KPMG detém a propriedade deste documento, incluindo a propriedade do copyright e todos os outros direitos de propriedade intelectual.

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