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Conecte Edição 09 Fevereiro e Março de 2010 Estação Cultural | Aula de música a jovens talentos. Pg. 08 Ensino | Entrevista com a educadora Angela Soligo. Pg. 07 O papel do ensino médio técnico no mundo contemporâneo O curso técnico é um excelente caminho para o jovem que deseja entrar e se destacar no mercado de trabalho. Pgs. 04, 05 e 06

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Conecte Edição 09Fevereiro e Março de 2010

Estação Cultural | Aula de música a jovens talentos. Pg. 08

Ensino | Entrevista com a educadora Angela Soligo. Pg. 07

O papel do ensino médio técnico no

mundo contemporâneoO curso técnico é um excelente caminho para o jovem que deseja entrar e se destacar no mercado de trabalho. Pgs. 04, 05 e 06

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EXPEDIENTEConselho Editorial | Liu Fat Kam, Vainer Penatti, Antonio Carlos Angolini, Sueli Torres, Andréia Pinheiro e Elen Duarte Geraldo. Projeto gráfico e editorial | www.tantas.com.br Jornalista Responsável | Juliana Freitas (MTb. 31805). Textos | Juliana Freitas, Alberto Augusto e Lígia Paloni. Impressão | www.graficamundo.com.br. Tiragem | 5.000 exemplares.

Notas

Educação PatrimonialNeste semestre, a Fundação Romi irá implantar as Oficinas de Treinamento sobre Educação Patrimonial aos professores do ensino fundamental do município. O treinamento visa à introdução da metodologia da educação patrimonial a ser desenvolvido no CEDOC pelos professores juntamente com os seus alunos. Após o estudo de um determinado foco histórico, os alunos deverão apresentar um trabalho de conclusão, dentro das diversas formas de expressão artística. Os interessados em participar das oficinas ou obter mais informações, ligar para (19) 3499-1555.

CEDOC

Desde a inauguração em dezembro, o Centro de Documentação Histórica recebeu mais de 600 visitantes. Cidades da RMC e até visitantes da Itália e Espanha compareceram ao CEDOC para conhecer o espaço. Neste período, alguns cursos foram ministrados no local como o Curso de Capacitação para Museus (Secretaria de Estado da Cultura), ministrada pela museóloga Ana Sílvia Bloise, a palestra de Educação Patrimonial para os professores, ministrada pela museóloga Maria de Lourdes Horta, a apresentação do Projeto Empreendedorismo pelos alunos do NEI, a Reunião da Câmara Temática de Cultura da RMC, envolvendo secretários municipais da cultura e pessoas ligadas à área e a Reunião do Circuito Turístico de Ciência e Tecnologia da RMC (Região Metropolitana de Campinas).

Moção de aplausos A Câmara Municipal de Santa Bárbara d’Oeste entregou no dia 15 de dezembro, a Moção de Aplausos ao superintendente Liu Fat Kam, pela inauguração do CEDOC, considerando a importância do Projeto em criar um elo afetivo da comunidade para com a história da cidade.

A ntes, considerado como categoria de segunda mão, hoje, o ensino

médio técnico torna-se decisivo para jovens escolares. Há ainda muita desinformação, principalmente dos pais, sobre essa mudança da tradição dos cursos técnicos, uma vez que viveram em época em que os chamados cursos profissionalizantes eram para as classes sociais menos favorecidas que não tinham nenhuma perspectiva de acesso às universidades. No mundo contemporâneo, em particular no Brasil, onde a economia se encontra em franca ascensão, o país precisa de técnicos em todas as áreas. Além disso, o jovem, recém saído da adolescência, traz ainda a incerteza do que realmente deseja para a sua formação profissional. Muitas vezes tem apenas a simpatia por esta ou aquela profissão, mas não tem, no entanto, a exata dimensão ou a realidade da atividade profissional. O curso técnico de 2º grau, além de confirmar, ou não, as suas expectativas na área escolhida, permite uma previa experiência no ramo, facilitando ou otimizando a aprendizagem em caso de cursar o 3º grau ou a obtenção de uma renumeração que possibilite o seu sustento, independentemente do prosseguimento nos estudos.

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Incentivar a leitura ao proporcionar acesso à literatura foi o principal ob-

jetivo do Projeto “Contando histórias que estimulam a pensar”, desenvolvi-do pela Editora Adônis e realizada em parceria com a Secretaria Municipal da Educação, nas escolas participan-tes e na Estação Cultural. O projeto teve o patrocínio das Indústrias Romi, através da lei Rouanet.

Neste projeto, cerca de 2.800 alunos, do 4º e 5º ano das escolas municipais, receberam gratuitamente durante o ano de 2009 três livros com histórias sobre astronomia, meio ambiente e saúde, to-dos com jogos relacionados aos temas.

Além das obras que foram distribu-ídas, as crianças receberam um livro em branco como forma de estimular o potencial criativo e o desenvolvimen-to da escrita.

Segundo Sueli Torres, coordenadora pedagógica da Fundação Romi, as ati-

Desvendando os mistérios da leituraProjeto cultural que visa o incentivo e um olhar crítico à leitura já

beneficiou cerca 2.800 jovens da rede municipal de ensino

vidades colocaram os alunos para prati-car o hábito da busca por conhecimento e refletir sobre a importância de desen-volver a leitura desde cedo. Ela explica que projetos como este são importantes para despertar o gosto pela literatura e facilitar o aprendizado inicial.

“A leitura desperta, na criança, o in-teresse por conhecer o mundo encan-tado da ficção, permitindo-lhe um outro olhar, não mais o olhar da decodifica-ção maçante do código alfabético, mas o olhar que visualiza a chave da porta que a levará ao mundo mágico da ima-ginação”, complementa Sueli.

Ernestina Zanqueta Kinsui, chefe da Divisão de Estudos e Normas Peda-gógicas da Secretaria de Educação de Santa Bárbara d´Oeste, que também participou do projeto, citou o estímulo à leitura e os inúmeros benefícios que este proporcionou, “já que a maioria das crianças brasileiras tem dificuldade

de ter acesso a livros literários por uma conjunção de fatores sociais, econômi-cos e políticos”. Segundo ela, o projeto é uma oportunidade de acesso à literatura que tem a dupla função de proporcio-nar momentos de lazer e de desenvol-vimento do leitor crítico. “Esse projeto é altamente positivo para o desenvolvi-mento e construção de novos conheci-mentos por parte da criança, uma vez que inserida no universo literário desde a mais tenra idade propicia sua emanci-pação na vida literária”, pontua.

Para o encerramento das atividades do projeto, uma festa literária chama-da AnimaLivro foi organizada na Esta-ção Cultural no dia 28 de novembro. A ação contou com atividades lúdicas como ilhas de leitura, mesas de jogos, cantinhos de pintura facial, escultura em balões, além da participação de palhaços, contadores de histórias e dos escritores dos livros.

Esse projeto é altamente positivo para o

desenvolvimento e construção de novos

conhecimentos por parte da criança, uma vez que

inserida no universo literário desde a mais tenra idade propicia sua emancipação na

vida literária”

Ernestina Zanqueta Kinsui, chefe da Divisão de Estudos e Normas Pedagógicas da Secretaria de Educação de

Santa Bárbara d´Oeste

AnimaLivro aconteceu na Estação Cultural e marcou o encerramento do projeto

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A força do Ensino TécnicoImprescindível para o desenvolvimento do país, o

ensino técnico está cada vez mais valorizado pelo mercado de trabalho. Além dos cursos específicos de formação técnica, como os do SENAI, existe a for-mação técnica conjuntamente com o ensino médio, o chamado Ensino Médio Técnico, como o Cotuca, Cotil, Polivalente, que permite prestar o vestibular para as universidades.

Sabendo disso, a Fundação Romi incentiva seus alu-nos a se inscreverem nessas instituições e a participa-rem de seus processos seletivos. O resultado é positivo, neste ano 81 estudantes foram aprovados para os quatro cursos técnicos da região - sendo 54 na Escola Técnica Estadual Polivalente (40 em Americana e 14 em San-ta Bárbara d´Oeste), 20 no Colégio Técnico de Limeira (Cotil) e sete no Colégio Técnico de Campinas (Cotuca).

“O curso médio técnico é um excelente caminho para o jovem conhecer melhor a sua opção profissional, ad-quirir prática que o capacita, de imediato, a entrar no mercado de trabalho, permitindo ainda cursar a univer-sidade, pelo diploma de segundo grau”, explica o supe-rintendente da Fundação Romi, Liu Fat Kam.

É o que comprova a trajetória que segue a carreira da ex-aluna da Fundação Romi, Ana Claudia Trinca, de 20 anos de idade, que cursou Construção Civil no Cotil, hoje faz Engenharia Civil na Escola de Engenharia de Piracicaba (EET) e já estagia na área há um ano, como desenhista. “Escolhi fazer o ensino técnico porque ali enxerguei uma oportunidade, na época, apontada pela Fundação Romi. Foi quando dei inicio à minha carreira. Hoje faço faculdade, mas já tenho uma profissão e traba-lho na área”, conta Ana Claudia.

Mercado de trabalho valoriza jovens habilitados como técnico, o que gera alta empregrabilidade e bons salários

Decidi fazer para ter uma melhor base no

futuro tanto profissional quanto educacional...”

Lucas Felippe Petrini, ex-aluno da Fundação Romi sobre o Ensino Técnico

Alunos durante aula no Colégio Técnico de Limeira

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A força do Ensino TécnicoMercado de trabalho valoriza jovens habilitados como técnico, o que gera alta empregrabilidade e bons salários

Cotil – Colégio Técnico de LimeiraO Colégio Técnico de Limeira foi criado em 1967, ten-do como sua mantenedora a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). O Campus possui ampla estru-tura com laboratórios, biblioteca, refeitórios e quadras po-liesportivas. Para os cursos técnicos há sala de desenho para o curso de Construção Civil, oficina usada pelo curso de Mecânica, laboratório de Enfermagem usados pelos mesmos e laboratório de Informática. Existem ainda os departamentos de exatas e humanas. Além dos departa-mentos de Geomática e Construção Civil, de Mecânica, de Enfermagem, de Informatica e de Qualidade.

Cotuca – Colégio Técnico de CampinasO Colégio Técnico de Campinas é uma unidade de Ensi-no Técnico e Ensino Médio da UNICAMP. Conta com um corpo docente altamente especializado que atende seus mais de 1900 alunos, distribuídos em 14 cursos técnicos e 3 especializações de nível técnico. O COTUCA mantém convênio com mais de 1000 empresas, para encaminha-mento de estagiários e realização de parcerias diversas.

Escola SENAI “Alvares Romi” A Escola é equipada com a mais avançada tecnologia nas áreas da Metalmecânica, Eletroeletrônica e Tecnolo-gia da Informação. Atua também nas áreas de Gestão, Segurança, Plástico, Metalurgia, Logística e Vestuário. Planejada para atuar nas linhas de serviços: Cursos de Aprendizagem Industrial, Curso Técnico, Formação Inicial e Continuada para Pessoas da Comunidade e Formação Inicial e Continuada para funcionários das Empresas, foi dimensionada para atender a demanda de capacitação profissional de jovens e adultos do município e região, atendendo as áreas de metalmecânica, eletroeletrônica, metalurgia, tecnologia da informação, gestão, seguran-ça, plástico e vestuário. Conta com importantes parcerias através de convênios assinados com empresas e a Pre-feitura Municipal de Santa Bárbara d’Oeste.

Escola Técnica Estadual Polivalente Atuando há 33 anos no mercado, a Polivalente oferece 720 vagas semestralmente para 13 cursos com habilitação téc-nica, são eles: administração, contabilidade, comunicação visual, design de interiores, edificação, informática, logísti-ca, mecânica, mecânica-projetos, secretariado, segurança do trabalho, tecelagem e turismo receptivo.

Lucas Felippe Petrini, que também é ex-aluno da Funda-ção Romi, cursou informática na Escola Técnica Estadual Polivalente de Americana e hoje faz Ciência da Computação na Unip Swift Campinas, também fala com entusiasmo da decisão de ter feito o curso técnico: “Decidi fazer para ter uma melhor base no futuro tanto profissional quanto educa-cional, uma vez que o mercado de trabalho é muito compe-titivo e é muito difícil se destacar sem esforço e estudo, em meio a tanta gente qualificada”. Hoje, Lucas trabalha na IBM.

Para a Diretora Associada do Cotuca, Teresa Celina Meloni Rosa, as vantagens de se fazer um curso técni-co são inúmeras. “Acredito que a inclusão no mercado de trabalho seja facilitada pelo conhecimento e preparo técnico, amadurecimento profissional e pessoal”, afirma.

O diretor da Escola Senai “Álvares Romi”, Claudio Teti, expli-ca que mais de 80% dos técnicos recém formados do SENAI em todo o Estado de São Paulo têm empregabilidade imediata e acrescenta: “Os cursos técnicos estão alinhados às necessi-dades das empresas da região, o que gera rápida empregabili-dade dos alunos. O profissional habilitado como técnico é uma interface entre o operacional e a engenharia de uma empresa, o que lhe rende ótimos cargos e altos salários”.

Onde estão os cursos técnicos da região

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Mesmo com a alta procura por pro-fissionais técnicos, ainda se nota um pouco de receio por parte de alguns pais ao decidir por matricu-lar seus filhos no ensino técnico. Parte deste preconceito, segundo o diretor geral do Cotil, o professor Paulo Sérgio Saran, vem de uma ideia errada de que os colégios técnicos não preparam o aluno para o vestibular. “Prova contrária disso é que temos vários alunos que passaram direto no vestibular de grandes faculdades. O segun-do colocado do vestibular 2009 da Unicamp foi nosso aluno”, afirma o professor.

Raquel Aparecida da Silva é mãe da ex-aluna da Fundação Romi, Katrine Elen Biazin, que fez

curso de Qualidade no Cotil em 2008 e hoje faz Engenharia de Pro-dução na Faculdade Anhanguera. Ela aprovou a escolha da filha: “O Cotil abriu as portas da carreira da minha filha. No período em que es-tudou lá, ela se desenvolveu pro-fissionalmente. Hoje é estagiária em uma empresa na área do curso que faz na faculdade. Além disso, ficou mais responsável por ter que estudar em outra cidade”.

A mãe do Lucas Felippe, Maria José Felippe Petrini, concorda: “O Ensino Médio Técnico foi excelen-te para o meu filho. É um incen-tivo, já que é mais puxado. Para o Lucas foi ótimo, porque além de desenvolver a carreira dele, exigiu mais responsabilidade”.

Ensino SuperiorO preparo para o vestibular e a oportunidade de trabalhar para custear a faculdade não são as únicas vantagens do curso téc-nico. Ele também prepara para o amadurecimento profissional.

É o que explica o professor Sa-ran: “Quando o aluno que fez curso técnico entra na faculdade apre-senta desempenho melhor que os outros. O ensino técnico exige muito mais raciocínio do aluno”.

Para Ana Claudia, o conheci-mento que adquiriu no Cotil a aju-da até hoje. “Já carrego uma base técnica, trabalho na área e asso-cio meu trabalho com o que estou aprendendo na faculdade. Minha carreira só tem a crescer”, avalia.

Incentivo dos pais e preconceito

Já carrego uma base técnica, trabalho na área e associo meu trabalho com o que estou aprendendo na faculdade. Minha carreira só tem a crescer”Ana Claudia Trinca, ex-aluna da Fundação Romi e do Cotil é estudante de Engenharia Civil

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Fevereiro e Março de 2010 07

“Os cursos técnicos do país são de muito boa qualidade”

educadora da Unicamp Angela Soligo fala da importância do ensino técnico, da

qualidade dos cursos oferecidos e do mercado de trabalho. Ela é psicóloga por

formação profissional, professora da Faculdade de Educação da Unicamp, mestre

em psicologia escolar e doutora em psicologia pela PUC Campinas, professora do

departamento de psicologia educacional da Faculdade de Educação da Unicamp

e membro do Grupo de pesquisa DIS (Diferenças e Subjetividades em Educação).

Qual a importância do curso técnico na formação profissional de um jovem?O curso técnico pode oferecer pos-sibilidades de trabalho para os jo-vens que desejam ou necessitam ingressar mais rapidamente no mer-cado de trabalho. É também uma possibilidade para o jovem conhe-cer algumas áreas de atuação e ex-plorar seus potenciais.

O fato de ter uma formação técnica ajuda no desenvolvimento do aluno quando este cursa a universidade?Se o curso técnico tiver relação com o que o aluno cursar na uni-versidade, sim.

Quais são os prós do estudante universitário, que tem formação técnica, já trabalhar na área? O estudante universitário que já tra-balha em sua área tem uma visão mais realista dos problemas, dificul-dades e possibilidades de sua pro-fissão, além de um maior compro-misso com sua área. Em geral, leva para a sala de aula discussões mais concretas sobre as questões que afetam o cotidiano de sua profissão, o que enriquece a aula e amplia seus conhecimentos.

Como está a qualidade dos cursos técnicos hoje no Brasil?Em geral, os cursos técnicos do país são de muito boa qualida-de, em especial aqueles vincula-dos a universidades públicas e os cursos privados já consolidados, com longa tradição de formação.

Qual a qualidade dos profissionais formados por cursos técnicos?Há muito bons profissionais for-mados em cursos técnicos, que ocupam hoje funções importantes e estratégicas em seus locais de trabalho, mas não sei se é possível responder de forma genérica.

Como está o mercado para o profissional técnico?Há certamente um mercado para o profissional técnico, historicamen-te a modernização da indústria e da agricultura ampliou a necessidade de mão de obra qualificada, portanto aumentou a demanda por um profis-sional que tenha competências espe-cíficas para atender às necessidades do mundo do trabalho. Quanto mais complexas vão se tornando as indús-trias e as formas de produção, mais vão se ampliando a demanda e a di-versidade dos cursos técnicos.

Ainda há preconceito da sociedade em relação ao profissional ter somente formação técnica?A sociedade ainda valoriza demasia-damente a formação universitária, que garante maiores salários e me-lhores posições. Mas há uma valo-rização cada vez maior dos cursos técnicos, diante das necessidades do mercado. Outro aspecto interessante é que, atualmente, os cursos técnicos não são procurados apenas pelos jo-vens da classe baixa pois, como são cursos em geral de muito boa quali-dade, além da formação técnica ofe-recem um bom preparo para o ves-tibular. Assim, os jovens das classes média e alta também buscam forma-ção nesses cursos.

Quanto mais complexas vão

se tornando as indústrias e as formas de

produção, mais vão se ampliando

a demanda e a diversidade dos cursos técnicos”

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Ninho MusicalProjeto destinado a jovens talentos musicais prevê aulas de músicas

em três espaços da cidade. Um deles será a Estação Cultural

A Fundação Romi idealizou em 2009 o projeto “Ninho Musical”,

que será executado na Estação Cul-tural, Centro Cultural Edgard Tricâni-co D’Elboux e Centro Cultural Prof. Léo Sallum, a partir deste ano, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.

O projeto “Ninho Musical” faz parte do programa de Pontos de Cultura do Estado de São Paulo e permitirá aos barbarenses aperfeiçoarem conheci-mentos teóricos e práticos, a fim de se desenvolverem como músicos amado-res ou, futuramente, como profissionais.

Os beneficiários terão cursos e ofi-cinas de teoria musical, permitindo a inclusão futura em orquestras sinfôni-cas, com responsabilidade técnica e operacional do maestro Paulo César Bellan, que faz parte do corpo docen-te do Programa de Educação Integra-

da da Fundação Romi, como regente do Coral Infanto Juvenil e educador pedagógico musical, o que contribui-rá significativamente para o enfrenta-mento de questões pedagógicas que certamente surgirão ao longo do de-senvolvimento do projeto.

As inscrições estão previstas para março e poderão ser feitas na própria Estação Cultural, por qualquer pessoa, independentemente de idade, gênero ou condição socioeconômica.

A seleção dos candidatos levará em conta a vivência com instrumen-tos musicais e as dificuldades e res-trições de ordem econômica para o aperfeiçoamento da prática ins-trumental. No desenvolvimento do projeto, além dos cursos e oficinas, demonstrações em grupo serão rea-lizadas para a comunidade, em forma de apresentação orquestral.

Pontos de CulturaO ‘Pontos de Cultura’ é a ação prioritária do Programa Cultura Viva do Ministério da Cultura (MinC). Iniciativas desenvolvidas pela sociedade civil, por meio de seleção por editais públicos, tornam-se Pontos de Cultura e ficam responsáveis por articular e impulsionar as ações que já existem nas comunidades. Atualmente, existem mais de 650 Pontos de Cultura espalhados pelo país, entre eles, o Ninho Musical em Santa Bárbara d´Oeste.

Estação Cultural, um dos palcos do projeto que incentiva jovens talentos musicais nos Pontos de Cultura de São Paulo

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