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Conferência Anual BCSD Portugal: notas sobre a criação da via de ensino vocacional Culturgest, 29 de outubro de 2014 Ramiro Marques

Conferência Anual BCSD Portugal.ppt: notas sobre a criação da via de ensino vocacional

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Conferência Anual BCSD Portugal: notas sobre

a criação da via de ensino vocacional

Culturgest, 29 de outubro de 2014Ramiro Marques

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A criação da via de ensino vocacional

• Portaria n.º 292 -A/2012, (DR de26/08/2012) – Cria o ensino básico vocacional

• Portaria n.º 276/2013 (DR 23/08/2013) – Cria o ensino secundário vocacional

• Decreto-Lei 43/2014 – Diploma que cria os cursos técnicos superiores profissionais (Tesp).

• Despacho n.º 12223/2013 (DR 25/09/2013) – Cria o Grupo de Trabalho• 1 — É constituído um grupo de trabalho, que funciona na dependência do

meu Gabinete, com a missão de coordenar a experiência-piloto no âmbito da oferta formativa de cursos vocacionais de nível secundário criada pela Portaria n.º 276/2013, de 23 de agosto.

• 2 — No quadro da sua missão, são atribuições do grupo de trabalho:• a) Acompanhar e fiscalizar a execução da experiência-piloto referida no n.º

1;• b) Promover a avaliação diagnóstica e final da experiência -piloto.

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Características do ensino básico vocacional

• #1. Começar cedo. • #2. De frequência recomendada para alunos com um perfil vocacional• que os afasta da via de ensino de tipo liceal.• #3. Permitir a intercomunicabilidade entre as vias de ensino.• #4. Dar acesso preferencial ao ensino secundário vocacional e ao• ensino superior politécnico, através dos Tesp.• #5. Não pode ser menos exigente do que a via regular (liceal).• #6. A dimensão técnica e prática (formação vocacional) deve ser• assegurada por formadores com conhecimentos técnicos e forte• ligação a empresas. Essa ligação deve passar por momentos de• prática simulada e estágio em empresas.• #7. A componente de formação geral - Matemática, Português e• Inglês - deve estar assegurada e cumprir os programas da via• "regular" de modo a permitir a comunicação entre vias de ensino e o• prosseguimento de estudos.

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A experiência-piloto do ensino básico vocacional

• Para se perceber o que está em causa convém ler primeiro a Portaria nº 292 A/2012 que cria o regime experimental do ensino básico vocacional. A experiência piloto iniciou-se em 12 escolas, em 2013.

• O ensino básico vocacional destina-se a alunos a partir dos 13 anos de idade que manifestem insatisfação com os estudos do ensino regular e procurem uma alternativa a este tipo de ensino. O encaminhamento deve ser feito após um processo de avaliação vocacional, a cargo do psicólogo escolar, do qual resulte ser esta a via mais adequada às necessidades de formação dos alunos.

• Estes cursos não têm uma duração fixa. A duração é adaptada ao perfil de conhecimentos do conjunto de alunos que se reúne em cada curso. A escola deve ter um grau elevado de autonomia para promover as especificidades dos públicos-alvo, desde que cumpridas as metas e perfis de saída.

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Matriz 2º ciclo• Geral:• Português135; Matemática135; Inglês 65; Educação Física 65• Subtotal 400• Complementar:• História/Geografia; Ciências Naturais: 130 • Vocacional:•  Atividade vocacional A360; Atividade vocacional B; Atividade

vocacional C• Prática simulada:• Atividade vocacional A 70; Atividade vocacional B 70Atividade

vocacional C 70 Subtotal 210; Total 1100 

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Matriz 3º ciclo• Geral:• Português110; Matemática110; Inglês 65; Educação

Física 65; Subtotal 350• Complementar:• História/Geografia; Ciências Naturais/Físico-Química; 2.ª

língua estrangeira (a criar conforme a natureza do curso) 180;

•  Vocacional:• Atividade vocacional A 360; Atividade vocacional B;

Atividade vocacional C;• Prática simulada:• Atividade vocacional A 70; Atividade vocacional B 70;

Atividade vocacional C 70; Subtotal 210; Total 1100

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Prática simulada em empresa no ensino básico vocacional

• Em que consiste a prática simulada em empresa? A prática simulada dos ofícios terá lugar no final da lecionação de cada ofício e destina-se à demonstração prática, não devendo exceder a duração de 210 horas com 70 horas para cada um dos três ofícios.

• Os alunos têm de assistir a pelo menos 90% dos tempos letivos de cada módulo e participar integralmente na prática simulada estabelecida.

• A avaliação dos alunos segue a escala de 0 a 20 valores.

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Parcerias com empresas• Serão estabelecidas parcerias entre as delegações

regionais de educação, os agrupamentos de escolas e as escolas privadas intervenientes na experiência piloto e empresas, entidades ou instituições sediadas na área geográfica respetiva, que permitam, por um lado, sensibilizar os jovens para a realidade empresarial envolvente e, por outro, possibilitar o estreitamento entre os universos empresarial e escolar. Os protocolos a realizar devem prever, designadamente, a oferta pelas empresas, entidades ou instituições aos alunos de momentos de prática simulada, bem como a sua contribuição para a lecionação de módulos da componente vocacional.

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Prosseguimento de estudos

• Os alunos dos cursos vocacionais que concluam o 6º ano podem prosseguir estudos nas diferentes vias de ensino: no ensino regular desde que tenham aproveitamento nas provas finais, a nível nacional, do 6º ano; no ensino básico vocacional (3º ciclo), desde que tenham concluído 70% dos módulos das componentes geral e complementar e 100% dos módulos da componente vocacional.

• Os alunos dos cursos vocacionais que concluam o 9º ano podem prosseguir estudos nas seguintes vias de ensino: no ensino regular, desde que tenham aproveitamento nas provas nacionais do 9º ano; no ensino secundário profissional desde que tenham tido aproveitamento a 100% dos módulos do curso; no ensino secundário vocacional desde que tenham concluído 70% dos módulos da formação geral e complementar e 100% dos módulos da formação vocacional.

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Matriz curricular ds cursos secundários vocacionais

• Matriz Curricular – Cursos Vocacionais• de nível secundário• Componentes de formação • Horas efetivas• Formação Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 600 horas• - Português• - Comunicar em Inglês• - Educação Física• Formação Complementar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 300 horas• - Matemática aplicada• - Oferta(s) de escola• Formação Vocacional. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 700 horas• - UFCD (formação tecnológica do CNQ)• Estágio Formativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1400 horas• - Estágio Formativo em contexto real de empresa• e ou UFCD (formação tecnológica do CNQ)

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Ensino secundário vocacional: parcerias com empresas

• 1 - Serão estabelecidas parcerias entre a DGEstE e as• escolas intervenientes na experiência-piloto, entidades• ou instituições sediadas na área geográfica da escola promotora,• incluindo autarquias e associações empresariais,• que permitam, por um lado, estreitar as relações com a• realidade empresarial envolvente e, por outro, dar respostas• formativas adequadas aos alunos.• 2 - Os protocolos a celebrar para os fins previstos no• número anterior com empresas, associações empresariais• e autarquias devem assegurar a realização de estágios de• formação em contexto de empresa e providenciar contributos• para a realização da lecionação da componente• vocacional.

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Estrutura curricular ensino secundário vocacional

• Estrutura curricular• 1 - A matriz curricular dos cursos vocacionais do ensino• secundário integra as seguintes componentes de• formação, com a seguinte carga horária mínima:• a) Geral, com 600 horas, da qual fazem parte as disciplinas• de Português, Comunicar em Inglês e Educação• Física;• b) Complementar, com 300 horas, a qual integra Matemática• Aplicada e a(s) Oferta(s) de Escola;• c) Vocacional, com 700 horas;• d) Estágio Formativo (EF), com 1400 horas.

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Estrutura da componente vocacional e Estágio de Formação

• A componente vocacional e a componente de Estágio Formativo são referenciadas à componente tecnológica de uma qualificação de nível 4 do Quadro Nacional de Qualificações (QNQ), constantes do Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ).

• A componente vocacional e a componente de EF devem desenvolver-se num quadro de flexibilidade, com vista a obedecer aos perfis profissionais e a dar cumprimento aos referenciais de formação constantes do CNQ, de modo a assegurar o cumprimento de, pelo menos, 1000 horas organizadas em unidades de formação de curta duração (UFCD) do referencial da qualificação em causa.

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Estrutura do Estágio Formativo

• 1 - O Estágio Formativo (EF) pode realizar-se através de um modelo de alternância, ao longo do processo formativo, entre formação real em contexto de empresa e formação prática em que se desenvolve a aprendizagem decorrente das unidades de formação de curta duração (UFCD) que constituem o respetivo referencial de formação.

• 2 - O EF realiza -se nas empresas ou noutras instituições, promotoras do curso vocacional, em articulação com as escolas.

• 3 - As condições e os termos de funcionamento do EF devem ser estabelecidos através de protocolo entre a empresa ou outra instituição e as escolas, sendo aprovados pelo MEC.

• 4 - O protocolo referido no número anterior identifica os objetivos, o conteúdo, a programação, o período, horário e local de realização das atividades, as formas de monitorização e acompanhamento, com a identificação dos responsáveis, bem como os direitos e deveres dos diversos intervenientes, da escola e das empresas.

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Criação dos Tesp• Decreto-Lei n.º 43/2014 – Cria os cursos técnicos

superiores profissionais.• São um ciclo de estudos superiores não conducente a

grau académico.• Confere o diploma de técnico superior profissional.• Permite o exercício de uma área de atividade

profissional e o prosseguimento de estudos para a licenciatura.

• Permite uma qualificação de nível 5 dotando o diplomado de conhecimentos teóricos e práticos e aptidões cognitivas e práticas sobre uma determinada área

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Condições de ingresso nos Tesp

• Podem ingressar nos Tesp:• Detentores de diploma do ensino secundário ou

equivalente;• Detentores de um Cet• Candidatos que tiveram aproveitamento nas

provas de acesso ao ensino superior para maiores de 23 anos

• Tiulares de cursos superiores• Candidatos com o 10º e o 11º ano completos e

que tenham aproveitamento nas provas de ingresso.

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Tesp: condições de acesso• Quem tem acesso aos cursos superiores técnicos profissionais? • O artigo 9º do Decreto-Lei 43/2014 esclarece: a) Os titulares de um curso

de ensino secundário ou de habilitação legalmente equivalente;• b) Os que tenham sido aprovados nas provas especialmente adequadas

destinadas a avaliar a capacidade para a frequência do ensino superior dos maiores de 23 anos, realizadas, para o curso em causa, nos termos do Decreto-Lei n.º 64/2006, de 21 de março.

• Podem ainda candidatar-se ao acesso aos cursos técnicos superiores profissionais os estudantes que, tendo obtido aprovação em todas as disciplinas dos 10.º e 11.º anos de um curso de ensino secundário, ou de habilitação legalmente equivalente, e não tendo concluído o curso de ensino secundário, sejam considerados aptos através de prova de avaliação de capacidade a realizar pela instituição de ensino superior.

• Podem igualmente candidatar-se ao acesso aos cursos técnicos superiores profissionais os titulares de um diploma de especialização tecnológica, de um diploma de técnico superior profissional ou de um grau de ensino superior, que pretendam a sua requalificação profissional.

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Estrutura curricular dos Tesp• Qual é a duração e estrutura do curso?• O artigo 12.º esclarece: • O curso técnico superior profissional tem 120 créditos e

a duração de quatro semestres letivos.• O artigo artigo 13º esclarece:• O curso técnico superior profissional é constituído por

um conjunto de unidades curriculares organizadas nas componentes de:

• a) Formação geral e científica;• b) Formação técnica;• c) Formação em contexto de trabalho.

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Organização curricular dos Tesp• Como se organiza o currículo?• O artigo 17º esclarece:• Na organização do currículo dos cursos técnicos superiores

profissionais devem ser satisfeitos os seguintes critérios:• a) No conjunto dos créditos das componentes de formação geral e

científica e de formação técnica, à primeira correspondem até 30 % e à segunda não menos de 70 %;

• b) Na componente de formação técnica, o conjunto das vertentes de aplicação prática, laboratorial, oficinal e ou de projeto deve corresponder a, pelo menos, 70 % das suas horas de contacto;

• c) A componente de formação em contexto de trabalho tem uma duração não inferior a um semestre curricular, correspondente a 30 créditos.

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Estrutura curricular dos Tesp

• Três componentes:• Formação geral e científica• Formação técnica• Formação em contexto de trabalho.• Os Tesp têm a duração de 4 semestres

letivos num total de 120 créditos.

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A formação complementar nos Tesp

• Em que consiste a formação complementar?• O artigo 25º esclarece:• 1 — Os estudantes admitidos nos termos do n.º

2 do artigo 9.º devem, no âmbito do curso técnico superior profissional, cursar, obrigatoriamente, um plano de formação complementar com entre 15 e 30 créditos.

• 2 — A definição do plano de formação complementar a frequentar por cada estudante é realizada pela instituição de ensino superior tendo em consideração o resultado da prova de avaliação de capacidade.

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As redes do ensino profissional• Quem integra as redes de ensino profissional?• O artigo 28º  esclarece:• 1 — As escolas públicas tuteladas exclusivamente pelo ministério

da tutela da educação que ministram formação profissional de nível de qualificação 4 e os Centros para a Qualificação e o Ensino Profissional a que se refere a Portaria n.º 135-A/2013, de 28 de março, articulam-se em redes regionais com as instituições públicas que ministram ensino politécnico.

• Os estudantes que concluam a formação de nível 4 nas entidades em rede com uma instituição que ministre ensino politécnico têm prioridade na ocupação de até 50 % das vagas que sejam fixadas nos ciclos de estudos de nível 5 por esta ministrados e para que reúnam as condições de ingresso.

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Articulação dos Tesp com o mercado de trabalho

• A aprovação dos cursos Tesp bem como dos seus planos de estudos é precedida de consulta junto do IEFP, ANQEP, entidades empregadoras e associações empresariais da zona de influência da instituição que ministra o curso.

• As instituições de ensino superior celebram parcerias e protocolos com as empresas e associações empresariais que se adequam à formação ministrada pelos Tesp tendo em vista a integração dos diplomados no mercado de trabalho.

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Referências Bibliográficas

• Portaria n.º 292 -A/2012, (DR de26/08/2012) – Cria o ensino básico vocacional• Portaria n.º 276/2013 (DR 23/08/2013) – Cria o ensino secundário vocacional• Decreto-Lei 43/2014 – Cria os cursos técnicos superiores profissionais (Tesp).• Decreto-lei n.º 139/2012 de 5 de junho – Estabelece os princípios orientadores dos

currículos do ensino básico e secundário• Conselho Nacional da Educação (2014). Estado da Educação 2013• Grupo de Acompanhamento (2013). ENSINO VOCACIONAL BÁSICO - Balanço da

experiência-piloto desenvolvida em 2012-2013 - Primeiro momento de análise do acompanhamento. Lisboa: Ministério da Educação e Ciência

• OECD (2013). Education at a Glance 2013: OECD Indicators, OECD Publishing.-•  EUROPEAN COMMISSION (2012). Education and Training Monitor • PARLAMENTO EUROPEU (2013). Relatório sobre o tema “Repensar a Educação