Conferência Infanto-juvenil do meio ambiente

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  • 7/28/2019 Conferncia Infanto-juvenil do meio ambiente

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    PASSO A PASSO PARA A CONFERNCIA

    DE MEIO AMBIENTE NA ESCOLA+educomunicaO

    BRASILDOVAMOSCUIDAR

    Com escolas sustentveis

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    2012. Secretaria de Educao Continuada, Alabetizao, Diversidade e Incluso (Secadi) Ministrio da Educao

    Coordenao Editorial: Jos Vicente de Freitas

    Texto: Grcia Lopes Lima, Teresa Melo, Neusa Helena Rocha Barbosa

    Edio de Texto: Eneida Lipai e Daisy Cordeiro

    Tiragem: 220 mil exemplares

    Ministrio da EducaoSecretaria de Educao Continuada, Alabetizao,Diversidade e Incluso (Secadi)Esplanada dos Ministrios, Bloco L

    CEP 70097-900 Braslia-DFTel.: (61) 2022-9192Portal: www.mec.gov.br

    Ministrio do Meio AmbienteSecretaria de Articulao Institucional e Cidadania Ambiental (Saic)Esplanada dos Ministrios, Bloco BCEP 70068-900 Braslia-DF

    Tel.: (61) 2028-1207Portal: www.mma.gov.br

    Passo a passo para a Conerncia de Meio Ambiente na Escola + Educomunicao: escolas sustentveis / Grcia Lopes, Teresa Melo e Neusa Barbosa. Braslia :Ministrio da Educao, Secadi : Ministrio do Meio Ambiente, Saic, 2012.56p.ISBN 978-85-7994-070-5

    1. Educao ambiental. 2. Responsabilidade ambiental. 3. Educomunicao. I.Lopes, Grcia. II. Melo, Teresa. III. Barbosa, Neusa. IV. Brasil. Secretaria de EducaoContinuada, Alabetizao, Diversidade e Incluso. V. Brasil. Secretaria de ArticulaoInstitucional e Cidadania Ambiental.

    CDU 37:504

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)

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    Ministrio da Educao

    Secretaria de Educao Continuada, Alabetizao, Diversidade e Incluso

    Diretoria de Polticas de Educao em Direitos Humanos e Cidadania

    Coordenao-Geral de Educao Ambiental

    BRASILDOVAMOSCUIDAR

    Com escolas sustentveis

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    O Ministrio da Educao, em parceria com o Ministrio do Meio Ambiente, convida a sua escola a participar da Conerncia Nacional Inantojuvenil pelo Meio Ambiente

    (CNIJMA) e agir em prol da sustentabilidade. Esse amplo processo de mobilizao visa a envolver todas as escolas brasileiras que possuem pelo menos uma turma dos anos/

    sries nais do ensino undamental.

    A IV CNIJMA insere-se no contexto ps-Conerncia da ONU sobre Desenvolvimento Sustentvel (Rio+20) e a escola est sendo convocada a enrentar um duplo desao:

    educar para a sustentabilidade ao mesmo tempo em que se transorma em um espao educador sustentvel. Esses desaos repercutem na sociedade, demonstrando que

    possvel construirmos espaos de reerncia que mantm uma relao equilibrada com o meio ambiente, diminuindo o impacto causado pela ao humana.

    Esta publicao chega s suas mos com o objetivo de subsidiar pedagogicamente a tarea de construir conhecimentos para cuidar do Brasil a partir da refexo sobre as

    aes e exemplos no cotidiano da escola.

    Mais uma vez, a escola tem a oportunidade de ser um espao permanente de aprendizagem e transormao com base no dilogo, na cooperao e no respeito diversidade

    e vida em todas as suas dimenses.

    A IV CNIJMA, assim como duas de suas edies anteriores, acontece durante a Dcada da Educao para o Desenvolvimento Sustentvel, que se encerra em 2014. Portanto,

    imprescindvel que aproveitemos mais esta oportunidade de aproundar o dilogo sobre documentos que apontam caminhos para a vivncia de uma tica que valoriza os direitose as responsabilidades humanas para com a Terra. Como exemplo, citamos: as Oito Metas do Milnio do Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), a Carta

    da Terra, a Agenda 21 e o Tratado de Educao Ambiental para Sociedades Sustentveis e Responsabilidade Global.

    Alm disso, a conerncia estimula o debate de propostas para tornar ainda mais eetiva a aplicao das leis que normatizam a educao, em particular o Plano Nacional de

    Educao, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB Lei n 9.394/1996) e a Lei n 9.795/1999, que estabelece a Poltica Nacional de Educao Ambiental.

    Esta publicao um novo convite para que a escola realize a conerncia, envolvendo estudantes, prossionais da educao e toda a comunidade escolar para dialogar,

    refetir e agir em prol da qualidade de vida. Acompanhe esta publicao e saiba como participar.

    Vamos cuidar do Brasil com escolas sustentveis?

    Ministrio do Meio Ambiente Ministrio da Educao

    Cara proessora, caro proessor,

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    Sro

    1 PARTE PASSO A PASSO 6

    1.1. A conerncia e seus momentos ............................... 6

    1.2. Como ser a IV Conerncia? ..................................... 7

    1.3. Uma pausa para refexo ......................................... 10

    1.4. Passo a passo para a conerncia na escola .........15

    2 PARTE EducOmunicAO 34

    3 PARTE RElAO dE EndEREOS 45

    4 PARTE fOlhA dE REgiSTRO (mOdElO) 50

    PESquiSA 53

    REfERnciAS 55

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    1.1. A ConfernCiA e seus momentos

    O que uma conerncia?Conerncia um processo democrtico de dilogo e participao no qual as pessoas se renem, discutem os temas propostos, expem diversos pontos de vista, deliberam

    coletivamente e, a partir dos debates, escolhem representantes que levam adiante as ideias acordadas entre todos.

    Conerncia para qu?

    Para que os participantes ouam, alem, divulguem as suas ideias e aes e interram nos rumos da poltica pblica. No caso desta conerncia, a vez e a voz esto

    com os adolescentes. Os estudantes tm o direito de participar no presente da construo de um uturo sustentvel para sua escola, comunidade, seu municpio,

    sua regio, para o Brasil e para o planeta.

    Para criar e ortalecer espaos de debate na escola sobre questes sociais e ambientais que envolvam a comunidade e perceber como eles se relacionam com o

    mundo.

    Para qualicar a ormao de uma nova gerao que se empenhe em contribuir para a soluo dos problemas sociais e ambientais.

    Para discutir caminhos que transormem a sua escola em umespao educador sustentvel.

    Espao Eaor Sstetve

    um espao onde as pessoas cuidam das relaes que estabelecem uns com os outros, com a natureza e com o ambiente. Esse espao tem uma intencionalidade deliberada de

    educar para a sustentabilidade, mantm coerncia entre as prticas e posturas e se responsabilizam pelos impactos que geram. Dessa orma buscam compens-los com tecnologias

    apropriadas. Eles nos ajudam a aprender, a pensar e a agir para construir o presente e o uturo com criatividade, incluso, liberdade e respeito s dierenas, aos direitos humanos e ao

    meio ambiente. Por suas caractersticas, esses espaos infuenciam a todos que por ele circulam e nele convivem e assim educam por si mesmos. Com isso, tornam-se reerncia de

    sustentabilidade para toda a comunidade.

    1 PARTE PASSO A PASSO

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    1.2. Como ser A iV ConfernCiA?

    A IV Conerncia Nacional Inantojuvenil pelo Meio Ambiente ser construda a partir das etapas: Conerncia na Escola, Conerncia Municipal/Regional, Conerncia Estadual,Encontro Preparatrio e Conerncia Nacional.

    Primeiro Momento: Conerncia na Escola (etapa obrigatria)

    A Conerncia na Escola o momento mais rico do processo, pois permite comunidade escolar (estudantes de todos os turnos, proessores, uncionrios e representantes

    da comunidade):

    a)Conhecer e debater o tema proposto e suas relaes com as questes ambientais locais e globais.

    b) Pensar sobre os desaos de transormar a escola em um espao educador sustentvel.

    c) Reconhecer as questes socioambientais no territrio da escola, valorizando os diversos saberes e olhares sobre a realidade onde a escola est inserida.

    d) Criar e ortalecer a Comisso de Meio Ambiente e Qualidade de Vida (Com-Vida) como espao de debate sobre questes sociais e ambientais na escola e na

    comunidade e perceber como eles se relacionam com a sade, a qualidade de vida, os direitos humanos e preveno de riscos e emergncias ambientais.

    e) Buscar solues locais para melhorar o espao, a gesto e o currculo da escola e sistematizar esses conhecimentos em um material de educomunicao (vdeo,

    cartilha, manual, jogo cooperativo, uma campanha, spot de rdio, entre outros).

    ) Planejar e inserir no Projeto Poltico-Pedaggico (PPP) aes que contribuam para melhorar a qualidade de vida na escola e na comunidade e propiciem mudanas

    rumo construo de escolas sustentveis.

    Eoao uma maneira de unir educao com comunicao que deende o direito que as pessoas tm de produzir e diundir inormao e comunicao no espao

    educativo. As pessoas no s leem cartilhas, manuais, jornal, ouvem o rdio e veem televiso mas tambm azem cartilhas, manuais, jornal, rdio e televiso. A segunda parte

    desta publicao possibilita um maior aproundamento sobre esse conceito e prope atividades de educomunicao a serem utilizadas na Conerncia na Escola.

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    Nesse momento, cada escola construir ou ortalecer aComisso de Meio Ambiente e Qualidade de Vida na Escola (Com-Vida), que dever organizar o processo, envolvendo

    a comunidade com o temaVamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentveis; elaborar um projeto de ao, de acordo com os conhecimentos adquiridos no cotidiano escolar e

    nos materiais encaminhados para o processo da IV CNIJMA, a ser colocado em prtica aps o evento; criar um material de educomunicao para divulgar o projeto; eleger umdelegado (e suplente); e compartilhar o resultado do trabalho coletivo com outras escolas e com a comunidade.

    Tambm o momento de planejar de que orma a Com-Vida continuar atuando aps a conerncia, colaborando com o dia a dia da escola. importante denir quem sero

    os coordenadores e lderes dessa comisso, de que orma a liderana ser compartilhada e, principalmente, como se dar a mudana na sua coordenao ao longo dos anos.

    Lembre-se de que a Com-Vida precisa ser uma comisso permanente.

    co-Va

    Com-Vida a Comisso de Meio Ambiente e Qualidade de Vida, uma orma de organizao na escola que se baseia na participao de estudantes, proessores, uncionrios,

    diretores e comunidade. O principal papel da Com-Vida contribuir para um dia a dia participativo, democrtico, animado e saudvel na escola. A Com-Vida uma sugesto dos

    delegados da I Conerncia Nacional Inantojuvenil pelo Meio Ambiente, que propuseram a criao de espaos de participao em deesa do meio ambiente. Se a sua escola aindano tem a Com-Vida, voc vai saber mais sobre como implant-la na publicao Formando Com-Vida, Construindo Agenda 21 na Esco la.

    Vaos car o Bras o Esoas Sstetves

    O material de estudo sobre o tema central da conerncia oi enviado s escolas junto ao kit de materiais que acompanham este passo a passo. Essa publicao o ponto de

    partida e o embasamento para as pesquisas e para o debate.

    O material Mudanas Ambientais Globais: Pensar + Agir na Escola e na Comunidade tambm oi enviado como subsdio e aborda a questo em quatro subtemas: Terra, gua,

    Fogo e Ar. Os projetos de ao estaro vinculados aos subtemas. Com essa temtica espera-se que o dilogo sobre a preservao da vida com qualidade contribua para que a escola

    inicie seu processo de transio para a sustentabilidade.

    O dia 30 de abril de 2013 a data limite para realizao da conerncia na escola. O cadastramento na internet deve ser realizado at dia 6 de maio de 2013.

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    Segundo Momento: Conerncia Municipal/Regional (etapa opcional)

    Os projetos de ao apresentados na Conerncia na Escola e transormados em produtos de educomunicao sero debatidos pelos delegados durante a Conerncia

    Municipal/Regional, nos estados do Brasil queoptarem por realiz-la. Se o seu estado no realizar a Conerncia Municipal/Regional, oColetivo Jovem de Meio Ambiente (CJ),junto com a Comisso Organizadora Estadual (COE), selecionar as produes que iro para a Conerncia Estadual.

    Terceiro Momento: Conerncia Estadual (etapa obrigatria)

    Os projetos de ao escolhidos nas etapas anteriores sero apresentados e debatidos na Conerncia Estadual. Os delegados presentes escolhero quatro projetos, um para

    cada subtema Terra, gua, Fogo e Ar , que considerarem mais relevantes, transormadores e que possam ser realizados. Os delegados representantes das escolas cujos

    projetos de ao oram eleitos devem acompanh-los na etapa nacional, onde sero apresentados.A Conerncia Estadual poder tambm elaborar uma proposta de ao que aponte polticas pblicas estaduais que avoream a criao de escolas sustentveis. Essa

    proposta deve ser enviada s autoridades locais.

    coetvos Joves e meo Abete (cJ) so grupos de jovens, entre 15 e 29 anos, engajados e atuantes nas questes socioambientais. A juventude teve um papel

    undamental de participao e de construo coletiva na organizao de todo o processo das trs primeiras verses da Conerncia Nacional Inantojuvenil pelo Meio Ambiente.

    Os CJs integram a Rede de Juventude pelo Meio Ambiente e Sustentabilidade (Rejuma), atuando na construo de polticas pblicas na rea socioambiental; e tm voz e voto nos

    processos de tomadas de deciso em instncias deliberativas ederais e estaduais. So os CJs, com o apoio das COEs, que colaboram na seleo dos delegados que participam da

    Conerncia Inantojuvenil pelo Meio Ambiente, seguindo princpios orientadores adotados desde o incio do movimento jovem educa jovem, jovem escolhe jovem e uma gerao

    aprende com a outra , coerentes com uma conerncia de jovens, com jovens e para jovens.

    cosso Orazaora Estaa (cOE) um grupo ormado por representantes de instituies pblicas, privadas e da sociedade civil (organizaes no governamentais,

    associaes, sindicatos, Coletivo Jovem, dentre outras), coordenado pela Secretaria de Educao do Estado, que tem como papel undamental mobilizar, articular e apoiar a

    realizao de conerncias no estado. Cabe COE tambm organizar a delegao que representar o estado naConerncia Nacional Inantojuvenil pelo Meio Ambiente.

    As Conerncias Municipais/Regionais (opcionais) e Estaduais (obrigatrias) devem ser realizadas at 17 de agosto de 2013.

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    Quarto Momento: Conerncia Nacional

    A IV Conerncia Nacional Inantojuvenil pelo Meio Ambiente ser realizada em Braslia de 10 a 14 de outubro de 2013. A Conerncia Nacional ser o encontro de

    aproximadamente 700 delegados, entre 11 e 14 anos, que j debateram o tema em suas escolas, nas Conerncias Municipais/Regionais e nas Conerncias Estaduais. NaConerncia Nacional, esses jovens vo aproundar a temtica, socializar os projetos, participar de ocinas e construir produtos de educomunicao.

    1.3. umA PAusA PArA refLeXo

    O que podemos azer para transormar nossa escola cada vez mais em um ambiente saudvel, inclusivo, seguro, sustentvel e educador?

    Ser que possvel ormar a Comisso de Meio Ambiente e Qualidade de Vida envolvendo os estudantes, proessores, gestores, uncionrios, pais e representantes da

    comunidade para pensar e agir em prol da melhoria na qualidade de vida na escola?

    O que precisamos saber para enrentar as mudanas socioambientais e contribuir para a preservao da vida com qualidade para as presentes e uturas geraes?

    Onde est situada a nossa escola? Quais os possveis riscos ambientais que ela corre e como torn-la um espao mais seguro e mais acessvel s pessoas com decincia?Quais os valores e as atitudes necessrios para a construo da sustentabilidade socioambiental?

    Todas essas questes podem ser trabalhadas junto comunidade escolar durante a Conerncia na Escola, levando-se em conta:

    O conceito de sustentabilidade, qualidade de vida, vulnerabilidade,adaptao, mitigao, ecotcnicas e educao ambiental.

    Parcerias estratgicas para a construo ou ortalecimento das Com-Vidas. Produo de diagnstico e projeto de ao local.

    Valores e prticas necessrios sustentabilidade.

    Consideram-se aessbae as condies para a utilizao, com segurana e autonomia, total ou assistida, dos espaos, mobilirios e equipamentos urbanos, das

    edicaes, dos servios de transporte e dos dispositivos, sistemas ou meios de comunicao e inormao, por pessoa com decincia ou com mobilidade reduzida.

    Portaria MEC n 976, de 5 de maio de 2006; e Decreto n 5.296, de 2 de dezembro de 2004

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    a) Aes e responsabilidades rumo transio para uma escola sustentvelVoc j parou para pensar na orma como vivemos? Como nos comunicamos, o que azemos no ambiente em que vivemos e estudamos? O que az a nossa vida ser boa,

    graticante e eliz? O que realmente prezamos na vida?

    Quando paramos para refetir sobre essas questes, percebemos que o que realmente nos essencial na vida nasce de coisas muito simples, como: um abrao, um

    aconchego, o bem-estar, a companhia de amigos e amiliares, a nossa segurana, o prazer de estar na natureza e aproveitar os momentos de lazer, alm de ter as nossas

    necessidades bsicas supridas. Isso tem tudo a ver com a sustentabilidade ambiental, porque ela garante o equilbrio de que precisamos para ter acesso ao que realmente az

    sentido em nossa vida. Porm, com o acirramento do consumo e dos processos produtivos, com a velocidade das inormaes incrementadas pela tecnologia, temos cada vez

    menos tempo para as coisas que so to importantes para a nossa elicidade. E todas essas coisas acontecem de orma interdependente e cada vez mais com maior intensidade.

    Podemos dizer que nunca estivemos to interligados: os meios de transporte so capazes de nos levar com muita rapidez de um lugar ao outro, na nossa cidade e em

    qualquer lugar do planeta; e os meios de comunicao trazem o mundo para dentro de nossas casas e escolas pelas telas da TV e da internet, nas ondas do rdio, nas olhasdos jornais e revistas.

    Mitigao No contexto das mudanas climticas, todo tipo de interveno humana voltada para a reduo de emisses dos gases do eeito estua, de orma a atingir o

    objetivo central da Conveno-Quadro sobre Mudana do Clima e do Protocolo de Quioto. A nalidade conseguir a estabilizao desses gases na atmosera em um nvel que evite

    impactos sobre o clima. Tambm, e de orma geral, a reduo do risco ambiental a valores aceitveis, de orma a evitar suas consequncias.

    Fonte: www.bioclimatico.com.br/glos.html

    Adaptao No contexto das mudanas do clima, denida como os ajustes em prticas, processos e estruturas, que podem reduzir ou eliminar o potencial de destruio ou

    o aproveitamento de vantagens e oportunidades criadas por mudanas no clima.Fonte: www.bioclimatico.com.br/glos.html

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    certo que a humanidade j construiu um grande conhecimento sobre a sociedade e a natureza. Esse conhecimento levou-nos a ampliar a nossa ao no meio ambiente e a

    usar a natureza como um recurso para o desenvolvimento. O problema que, nessa caminhada sobre a Terra, omos consumindo esses recursos de orma desordenada e isso est

    degradando o ambiente, gerando resduos e graves consequncias.O conhecimento tambm avanou no sentido de nos mostrar que somos parte e vivemos no mesmo espao planetrio e que os indivduos, sociedades e natureza tecem uma

    mesma teia da vida, que precisa ser mantida em equilbrio: cada elemento do planeta (vivo ou no) depende dos demais.

    Apesar do avano na comunicao e no conhecimento, temos ainda muitos desaos no relacionamento entre os seres humanos, entre naes e com o meio ambiente. Esses

    desaos tornaram-se mais constantes e mais intensos a partir do momento em que as aes humanas passaram a alterar de maneira acelerada a natureza, principalmente a partir

    da segunda metade do sculo passado.

    A pergunta que se impe : em que medida estamos vivendo de acordo com a capacidade da Terra de oerecer recursos, de se renovar e absorver os resduos gerados pelos seres

    humanos por muitos e muitos anos? Como podemos existir, dividindo o espao com outros seres vivos, e deixar um ambiente saudvel para as geraes presentes e uturas?

    Sabemos que as sociedades humanas se organizam de ormas dierenciadas; mas, ao longo do tempo, essas dierenas transormaram-se em desigualdades no padro de vida

    entre pessoas, entre sociedades e entre pases. Os pases industrializados usam uma grande concentrao de terras, poder e recursos e atuam em vrias partes do mundo por meioda organizao dos mercados internacionais, de instituies cientcas, tecnolgicas e econmicas. Isso gera muitos impactos e az que cada um de ns tenha de avaliar e assumir

    responsabilidades individuais e coletivas para que possamos agir, viver e evoluir de orma sustentvel.

    Qual a relao entre o nosso cotidiano, em casa e na escola, e o nosso meio ambiente?

    Muitas vezes sentimo-nos rgeis, sozinhos; e, mesmo querendo mudar, no sabemos como. Mas, se pensarmos e agirmos coletivamente,empoderamo-nos e podemos

    transormar nossa realidade. dentro de uma comunidade que as pessoas aumentam sua capacidade de ao e de transormao e essa comunidade pode ser a amlia, a escola,

    o bairro, a cidade, o pas ou o planeta.

    Empoderamento, palavra de origem inglesa (empowerment) que signica a ao coletiva desenvolvida pelos indivduos quando participam de espaos de decises e de

    conscincia social dos direitos. Essa conscincia ultrapassa as iniciativas individuais de busca de conhecimento e de superao das limitaes da sua realidade. O empoderamentosignica conerir/reconhecer poder e dignidade a quem deseja a cidadania e, principalmente, a liberdade de decidir sobre seu prprio destino com responsabilidade e respeito em

    relao ao outro e ao meio ambiente.

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    Vamos continuar pensando: se os seres humanos so parte de uma teia un iversal, cada um de ns tem responsabilidades pelo que acontece com o todo. A depender da orma

    como agimos, relacionamo-nos com ns mesmos, com os outros, com o meio ambiente; e intererimos nessa teia.

    Nossa orma de pensar, de ser, de viver e de conviver, de cuidar dos locais onde vivemos e atuamos pode azer a dierena quando se tra ta de mitigar as mudanas ambientaisque j temos observado.

    Nos ltimos cinquenta anos, observamos grandes mudanas globais e precisamos cuidar dos espaos onde vivemos e ter ormas de agir para lidar com os riscos presentes

    e uturos.

    Ns construmos os direitos humanos e muitas leis para regular a vida em sociedade; mas, se somos parte da natureza e a Terra nosso lar comum, o nico que temos, ser

    que no preciso pensar nos direitos da Terra? Quais as responsabilidades humanas para a preservao da vida na Terra e para a garantia dos direitos do planeta?

    A escola um lugar privilegiado para a construo e expanso do conhecimento. Nela o contato com os diversos saberes ajuda a entendermos de orma crtica a realidade

    socioambiental em que estamos inseridos. Nela somos instigados a buscar novas inormaes e erramentas para modicarmos o ambiente em que vivemos.

    O Plano Nacional sobre Mudana do Clima, lanado pelo Governo Federal em 2008, enatizou a importncia de transormar a escola em espaos educadores sustentveis. O

    plano recomenda a implantao de programas de readequao dos prdios escolares, mudanas no currcu lo e nos materiais didticos para educar sobre as mudanas no clima.Essas mudanas devem ocorrer no espao sico, na gesto e no currculo.

    Durante a Conerncia na Escola, vamos aprender e vivenciar algumas questes que preocupam a sociedade em relao sustentabilidade socioambiental este o espao

    do conhecimento e do reconhecimento. Vamos tambm exercitar o dilogo pblico e a capacidade de deender, negociar e eleger ideias comuns ao grupo todo: o momento de

    reconhecer quais aes e projetos com a comunidade local podem colaborar com a construo da escola sustentvel.

    O desao de cada comunidade escolar, no contexto da conerncia, ser elaborar um projeto de ao pela melhoria da qualidade de vida na escola, ou seja, deve pensar em

    como a escola pode diminuir a sua pegada ecolgica e apoiar processos de transormao de valores, atitudes, hbitos e comportamentos para a adaptao e preveno dos

    eeitos das mudanas climticas. Vamos soltar a imaginao, a criatividade e nosso poder transormador para pensar no que pode ser eito em busca da sustentabilidade.

    A insero da comunidade nas atividades escolares, a disseminao das inormaes sobre os riscos ambientais locais, campanhas preventivas, projetos de ao que

    busquem conhecer e compreender os enmenos naturais e a interveno humana no ambiente so aes que podem contribuir para a necessria transormao da escola emum espao educador sustentvel.

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    b) Aes locais

    No basta apenas debater democraticamente os problemas e reconhecer a situao da escola. preciso pensar em construir conjuntamente uma ao transormadora para

    azer ace aos desaos identicados. Por isso, qualquer que seja a realidade reconhecida pela comunidade escolar, ela precisa ser traduzida em uma ao que represente os

    novos valores que a comunidade escolar adotou durante a conerncia. Anal, prticas e valores complementam-se: s pensar sem agir no transorma nada. Por outro lado, agir

    sem pensar tambm no garante as transormaes que queremos para ns, para os outros e para o planeta. preciso combinar aes coletivas que realmente transormem asnossas relaes com o meio ambiente local para ampliar a nossa segurana e diminuir a nossavulnerabilidade aos riscos ambientais.

    c) Projetos de pesquisa preciso conhecer para cuidar e proteger. Uma boa maneira de estudar os subtemas desta conerncia e traar correlaes com o nosso local elaborar umdiagnstico

    do entorno e do bioma onde est situada a escola e elaborar um projeto de ao. Fazer pesquisa no um bicho de sete cabeas, uma questo de atitude, raciocnio e

    mtodo.

    Vulnerabilidade um estado determinado pelas condies sicas, sociais, econmicas e ambientais, as quais podem aumentar a ragilidade de uma comunidade ao impacto

    de eventos perigosos, como enchentes, queimadas, deslizamentos de terra, perigos de desabamentos, entre outros.

    Quando isso acontece, no apenas os seres humanos sorem, mas todas as ormas e espcies de vida que existem no local. As consequncias podem colocar em risco todos os

    que vivem no lugar e ocorrem por uma srie de atores naturais, mas tambm pela interveno muitas vezes desordenada do ser humano no meio ambiente. A depender do bioma

    em que vivemos e da intensidade da interveno, os riscos e as consequncias podem ser maiores ou menores.

    O conceito de pegada ecolgica surgiu em 1996, criado pelos cientistas canadenses William Rees e Mathis Wackernagel, da Universidade da Colmbia Britnica, como um

    indicador de sustentabilidade. Foi criado para ajudar a perceber quanto de recursos naturais utilizamos para sustentar o nosso estilo de vida, o que inclui a cidade, a escola e a casa

    onde moramos, os mveis que temos, as roupas que usamos, o transporte que utilizamos, aquilo que comemos, a energia que gastamos e assim por diante. Ela mostra-nos at que

    ponto a nossa orma de viver est de acordo com a capacidade do planeta de oerecer, renovar seus recursos naturais e absorver os resduos que geramos. Calcule sua pegada no

    site www.pegadaecologica.org.br.

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    Pesquisa no s aquilo que desenvolvido em laboratrios sosticados, nas universidades ou centros especializados. claro que temos muito a aprender com os

    cientistas, mas sabemos que a escola tambm um lugar de produo de conhecimento e importante sabermos do que est no nosso espao e pode intererir nas nossas

    vidas.

    Em uma pesquisa e no projeto de ao para a conerncia, ningum est sozinho. Cada um que az parte da comunidade escolar pode e deve estar presente, colaborando

    com suas inquietaes, ideias, conhecimentos e registros.

    Vamos, ento, pensar em um projeto de interveno na escola que aprounde os subtemas propostos nesta conerncia, de orma a ampliar nosso conhecimento sobre

    eles e estendermos esse conhecimento em direo a uma ao.

    1.4. PAsso A PAsso PArA A ConfernCiA nA esCoLA

    A Conerncia na Escola um processo e no apenas um evento. Isso quer dizer que preciso pensar como vai ser an tes do d ia da conernc ia, como vai ser o dia

    e tambm pensar como ser depois, pois a conerncia no acaba no dia de sua realizao na escola: ela mais um motivo para a transormao das nossas atitudesindividuais e para o compromisso com as aes coletivas assumidas em prol da sustentabilidade no ambiente escolar.

    Nesse caso, diagnstico pode ser denido como o conhecimento de todos os componentes socioambientais de determinada rea (pas, estado, bacia hidrogrca, municpio,

    escola) para a caracterizao da sua qualidade socioambiental. Portanto, elaborar um diagnstico ver, entender e registrar como est a situao socioambiental dessa rea, a partir

    das condies relacionadas aos elementos sicos, biolgicos e a atores socioculturais.

    Segundo Houaiss (2001), a palavraprojeto tem sua origem no latim e signica ideia, inteno de azer ou realizar (algo) no uturo. O projeto deve ter como objetivo a refexo

    sobre o desejo de transormar a realidade, tendo em mente a resoluo de uma situao-problema local.

    Confra os prazos no calendrio de atividade e programe a conerncia!

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    Atividade Prazos limites

    Realizao da Conerncia na Escola At 30 de abril de 2013

    Cadastramento e envio do material na internetO dia 6 de maio de 2013 a data limite para o cadastramento na internet da olha de registro + postagem de2 otos da conerncia realizada + postagem do projeto de interveno (duas a quatro laudas)

    Realizao das ConernciasMunicipais/Regionais (opcional) e Estaduais

    At 17 de agosto de 2013

    Realizao da Conerncia Nacional De 10 a 14 de outubro de 2013

    Antes da conerncia

    Preparao:conhecer, pesquisar e divulgar

    Preparar a Conerncia na Escola construir um conhecimento de todos a partir do que cada um sabe. Aqui valem o saber cientco e o saber popular. Importa pesquisar,

    conversar com as pessoas, visitar lugares, observar, comparar. Nesse momento vo surgir ideias e aes para se cuidar do meio ambiente escolar e do seu entorno. Por isso,

    alm de divulgar e realizar o evento nal, preciso garantir a participao e o envolvimento do maior nmero de pessoas possvel.

    Nesta quarta edio, durante todo o processo de realizao da conerncia, trataremos da sustentabilidade da escola no seu espao sico, no currculo e na gesto.

    Tambm refetiremos sobre as mudanas ambientais globais, por meio de quatro elementos, convertidos em subtemas (Terra, Fogo, gua e Ar). Eles esto presentes dentro e

    ora de ns e dizem respeito a tudo o que est nossa volta. Em cada regio, cada estado, cada municpio, cada escola, h uma realidade dierente, moldada pela interao

    dos quatro elementos e pela ao humana. Devemos, portanto, car bem atentos s relaes que esses subtemas estabelecem com as questes de nosso local, em especial

    da nossa escola.

    O momento da preparao muito importante.

    durante esse tempo que todos vo conhecer, aproundar, discutir, pesquisar e propor as ideias que sero apresentadas no dia escolhido para a Conerncia na Escola.

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    Conhecer

    Para conhecer o tema Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentveis, cada escola est recebendo um material que vai ajudar a nos preparar para enrentar

    esse desao. Alm dessa publicao, a escola receber o material sobre mudanas ambientais globais, sobre escolas sustentveis e para a ormao da Com-Vida,para subsidiar os estudos.

    a) Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentveis

    O contedo dessa publicao traz questes como: quais valores so necessrios para a construo de uma escola que contribua para preservar a vida

    com qualidade para as presentes e para as uturas geraes? O que uma escola sustentvel? Onde as temticas suscitadas pelos quatro elementos

    esto presentes na escola? Como nos preparamos para transormar o nosso espao escolar em um espao vivo, bonito, acolhedor e motivador de

    aes e atitudes ecolgicas, que estimule a inovao, a aprendizagem e o cuidado com a vida? Como a escola pode ser um espao de convivncia e de

    transormao para uma mudana na orma de ser e estar no mundo?

    b) Mudanas Ambientais Globais: pensar + agir na escola e na comunidade

    Para ajudar a pensar, essa publicao traz um texto para cada subtema voltado para as escolas do ensino undamental , que descreve de maneira

    didtica e provocativa os problemas que aetam os sistemas naturais e as populaes humanas:

    Terra, Biosera, Biodiversidade, Desforestamento.

    gua, Hidrosera, Recursos Hdricos, Deserticao.

    Fogo, Sociosera, Energia e Mobilidade, Matriz Energtica e Transportes.

    Ar, Atmosera, Ar e Clima, Mudanas Climticas.

    Todos os subtemas tratam do impacto do sistema de produo e consumo, da questo do consumismo e da gerao de resduos. Os subtemas sotrabalhados sob dois pontos de vista: por um lado, como esto inseridos nas bases de sustentao da vida das sociedades humanas no planeta; e, por

    outro, como a interveno das tecnologias, eita de orma desvinculada de uma tica voltada para a sustentabilidade, causa impactos prejudiciais ao meio

    ambiente e qualidade de vida.

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    Ao estudar cada subtema, importante garantir que algumas perguntas sejam respondidas: Esse subtema j est inserido de alguma orma

    no currculo de nossa escola? Onde? Ele pode ser mais bem trabalhado? De que orma? Quais os proessores que podem ajudar a compreend-lo

    mais?Como lidamos com esse subtema na nossa escola? Cuidamos desse recurso natural? O que possvel azer para que a escola colabore com a

    sustentao da vida a partir desse subtema? Que tecnologias podem ser adotadas? Que ideias podemos ter e implementar na escola?

    Podemos melhorar o nosso espao escolar? De que orma? Temos condies de criar uma Comisso de Meio Ambiente e Qualidade de Vida

    com representantes dos alunos, dos proessores, da diretoria, dos trabalhadores que esto na nossa escola e da comunidade? Como mant-la?

    Cada subtema est publicado separadamente. Isso acilitar que a escola se organize em grupos de aproundamento. Em cada um deles, a

    publicao apresenta a seguinte estrutura:

    b.1) Estudando o subtema

    Os conhecimentos de Biologia, Histria e Geograa podem nos ajudar a entender enmenos naturais? Como os espaos vo sendo modicados

    pelas atividades humanas? Quais as consequncias dessas modicaes? Desta orma, cada caderno temtico contm: Uma histria para esquentar os debates sobre o subtema.

    O enmeno em si, ou seja, a explicao do que cada subtema.

    O ciclo original como cada enmeno se dava antes da interveno acelerada das aes humanas.

    O ciclo impactado como o enmeno oi sendo alterado pelas aes humanas, principalmente a partir do sculo XX.

    Como a situao atual no Brasil em relao a cada subtema.

    b.2) O que azer?

    A segunda parte da publicao mostra alternativas de mitigao, eitas por governos e empresas, e de adaptao s novas condies da

    humanidade com o planeta e principalmente aquelas educadoras, tanto para prevenir como para termos condies de transormar, com algumas

    aes ao alcance de nossas mos.

    c) Sugestes de atividades para a sala de aula

    O contedo de estudo que est no material didtico pode e deve ser acompanhado por pesquisas em outras publicaes, na biblioteca da escola ou da

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    comunidade, em revistas, jornais e na internet. Equipes de proessores e estudantes podem azer entrevistas com as pessoas mais velhas e experientes

    da comunidade local, como tambm com especialistas sobre o assunto. A comunidade escolar pode convid-los para palestras ou realizar visitas a rgos

    pblicos, como as secretarias de agricultura, meio ambiente, universidades, ou organizaes da sociedade (ONGs, sindicatos, cooperativas, associaes,comits de bacias hidrogrcas) que tratem do tema.

    Pensar + Agir

    Conhecer Projetos de Pesquisa.

    Desenvolver Projetos de Interveno.

    Com a Com-Vida organizada para envolver os alunos com a temtica e animar o processo de conerncia, a escola deve se preparar para a ao. Existem muitas maneiras

    de se aprender. Uma delas com a realizao e execuo de um projeto. Depois de estudar e de azer outras pesquisas a respeito dos subtemas, preciso relacionar o

    que aprendemos com a realidade do nosso local e com isso sonhar com a sua transormao para que ele que melhor e tenha mais qualidade. S ns conhecemos onosso espao e o que acontece nele, por isso sabemos quais os impedimentos e os problemas encontrados para que os objetivos sejam atingidos. Pesquisar e produzir

    conhecimento sobre isso ajuda a superar as diculdades e a descobrir quais alternativas podem ser utilizadas nesse caminho.

    O primeiro passo a ser dado na busca desse conhecimento imaginar a escola dos nossos sonhos. Sonhar, visualizar o que queremos ajuda-nos a ter nimo para seguir

    em rente, pois sempre a partir do desejo que vem a motivao para iniciarmos um projeto de pesquisa e de ao.

    Com a leitura da publicao Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentveis, j partimos de certo ponto do conhecimento e podemos ento comear a colocar algumas

    perguntas provocadoras para pesquisas e debates sobre a energia, mobilidade, resduos slidos, reforestamento, tecnologias limpas, biomas, reas protegidas, alimentos

    saudveis, biodiversidade, acessibilidade, entre outros assuntos to importantes para a sustentabilidade de nosso espao escolar.

    O segundo passo para o desenvolvimento de um projeto azer perguntas a partir das curiosidades e a busca de respostas para elas. Cada grupo pode e deve ormular

    suas prprias perguntas. Para isso, preciso pensar:Qual tema queremos conhecer melhor?

    O que j sabemos sobre esse assunto?

    O que queremos saber?

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    Esse conhecimento vai melhorar a nossa escola e o seu entorno?

    Como est a nossa escola agora (Marco Zero)?

    O que existe nas suas redondezas? Em qual comunidade e em que bioma ela est inserida?Quais os problemas e as oportunidades que existem no lugar?

    Ser que existem histrias sobre a nossa escola vividas por pessoas de outras geraes? Ser que ela soreu transormaes? Quais?

    Vamos observar e registrar tudo e assim teremos um retra to da escola e de seu entorno . O conhecimento tradicional muito importante para se obter inormaes sobre a

    rea da escola (o solo, as guas, as forestas e seus habitantes). A sabedoria dos mais idosos deve ser aproveitada, valorizada e enriquecida com novos conhecimentos. Vale

    otograar, desenhar, escrever, etc. O importante olharmos para a nossa escola como um todo, identicando como ela se encontra em relao aos aspectos que estudamos

    anteriormente (energia, gua, biodiversidade, aspectos sicos, de aprendizagem, etc.). Vamos ver qual a pegada ecolgica da nossa escola e o que podemos azer para que

    ela se torne sustentvel. Vamos chamar esse momento deMarco Zero.

    Existem muitas coisas que podem ser eitas a partir dos reais problemas que a escola enrenta. Ento vamos agir. Mas, para que essa ao tenha sucesso, temos de

    planejar, azer um projeto e ajudar a nossa escola a buscar a sustentabilidade. Isso pode ser eito em subgrupos por tema e com base nas pesquisas e estudos. A turma

    eleger um tema prioritrio sobre o qual a escola vai se debruar e azer uma interveno capaz de transormar a realidade escolar atual e realizar o nosso sonho. Pode ser

    uma ao simples, mas de grande potencial transormador.

    Qual vai ser o tema do projeto?

    Para esta conerncia so sugeridos quatro subtemas (Terra, Fogo, gua e Ar), que precisam ser estudados. Organizem pelo menos um grupo para cada um deles.Quais as necessidades e os desejos dos estudantes do subgrupo? Quanto tempo e qual a energia disponvel para realizar o projeto? Quanto precisamos gastar

    para realizar esse projeto? Temos recursos disponveis na escola e na comunidade local? possvel conseguir apoios ou captar recursos? Qual o local (limitaes,

    estruturas, qualidades)? Todas as necessidades devem ser consideradas.

    Marco Zero o momento em que a escola se encontra antes de iniciar as aes planejadas para depois poder comparar se houve transormaes. Podemos perguntar: como a escola est

    nesse momento? De onde partimos? o momento exato onde toda a ao vai comear.

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    Vamos imaginar que um grupo que vive em uma pequena cidade agrcola tenha escolhido o subtema Terra.

    Qual o objetivo do projeto?

    O objetivo deixar bem claro onde queremos chegar, para que queremos azer o projeto e a resposta para isso deve ser denida por toda a comunidade escolar a

    partir de uma dvida ou curiosidade traduzida em perguntas. importante que o objetivo seja escrito com simplicidade e compreendido por todo o grupo.

    Depois de estudado o subtema e levantadas as perguntas relacionadas ao seu local, o grupo escolhe como objetivo Fazer adubo orgnico para colocar na horta

    da escola. Veja outros exemplos: Produzir adubo com os resduos orgnicos da escola e separar osresduos slidos, divulgar a tcnica e disseminar a ideia para

    a comunidade.

    Qual o nome do projeto?

    Vocs podem escolher um nome que seja uma explicao do projeto ou um nome mais potico.

    Exemplos: Sem agrotxico tem mais sabor ou Como alimentar o nosso alimento.

    Quais sero as atividades?

    Como vamos realizar o projeto? Quais as etapas e as ormas de azer o trabalho?

    Resduos slidos

    Segundo a Lei n 12.305/2010, resduos slidos so materiais, substncias, objetos ou bens descartados resultantes de atividades humanas em sociedade, a cuja destinao

    nal se procede, se prope proceder ou se est obrigado a proceder, nos estados slido ou semisslido, bem como gases contidos em recipientes e lquidos cujas particularidades

    tornem invivel o seu lanamento na rede pblica de esgotos ou em corpos dgua, ou exijam para isso solues tcnicas ou economicamente inviveis em ace da melhor tecnologiadisponvel.

    preciso cuidado, pois alguns tipos de resduos slidos so muito perigosos para as pessoas e para o meio ambiente. Podemos citar como exemplos as lmpadas fuorescentes,

    as pilhas, baterias de celulares e computadores e outros produtos que so ormados por compostos qumicos txicos com alta capacidade de poluio.

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    Um projeto eito de vrios tipos de atividades que ajudam a estudar, pesquisar e responder nossas curiosidades. O grupo precisa escolher quais tipos de

    atividades melhor atendem aos objetivos do projeto.

    O grupo pode azer a tividades como: entrevista na Secretaria da Agricultura, na Embrapa, na Cooperativa ou Sindicato de Agricultores Orgnicos, visitas a campo para

    observar as plantaes e pesquisas sobre o melhor mtodo agroecolgico para realizar a ao, visita ao rgo da preeitura responsvel pela coleta do lixo, etc.

    Quanto tempo vai durar?

    A data nal da elaborao do projeto deve ser, naturalmente, anterior data marcada para a Conerncia na Escola, pois ele ser apresentado durante a

    conerncia para toda a comunidade escolar. Mas ele no pode car s no papel ou no plano das ideias. Ele deve ser executado e para isso deve-se pensar quanto

    tempo necessrio para a sua realizao. Desta orma, preciso azer um cronograma das atividades, indicar os responsveis, os prazos para realizar cada ao

    e um indicativo de data de nalizao. bom tambm combinar as reunies com as pessoas envolvidas, para que sejam partilhados os avanos e as diculdades

    encontradas e, se preciso, avaliar e replanejar as atividades.O quadro abaixo ilustra como pode ser eito um cronograma de atividades. Cada escola vai escolher o projeto que mais se adqua sua realidade e s suas

    possibilidades de coloc-lo em prtica.

    O qe co e coo qao Observaes materas e stos

    Elaborao de roteiro sobre os materiais quepodem ser decompostos

    Todos, com a ajuda dosproessores

    Reunio 12/3

    Entrevistar um especialista em agroecologia Um grupo de alunos Encontro 15/3Marcar comantecedncia, levar um

    roteiro e registrar tudo

    Transporte para a sadados alunos e segurana

    Entrevista com o Sr. Joo, agricultor local Outro grupo Encontro 15/3

    Marcar comantecedncia levarroteiro da entrevista eregistrar

    Idem

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    O qe co e coo qao Observaes materas e stos

    Visitar um mercado e conversar com oscomerciantes sobre o lixo

    Todos. Porm

    necessrio subdividirem pequenos grupospara conversas comcomerciantes

    Visita de campoltima semana demaro

    Marcar com aadministrao domercado e garantir asegurana dos alunos

    Idem

    Visitar a preeitura para saber como o lixo daescola recolhido e para onde ele vai

    Idem IdemPrimeira semana deabril

    Idem Idem

    Realizar estudo para saber o que e comose az o composto

    Idem Em sala de aula Durante as aulas

    Providenciar materiaisdidticos e aobservao de umaconstruo

    Convidar uma pessoacom experincia

    Estudar o melhor local na escola e quaismateriais so necessrios para a construoda composteira

    Todos No ptio da escola Durante as aulasConversar com adireo e outraspessoas interessadasna rea

    Construir a composteira Todos No local escolhido Durante as aulasSob orientao doproessor

    Elaborao de umaplanilha de custos eaquisio do material

    Coletar o material que ser decomposto Todos Na escola e em casa At 25/3

    Anlise dos dados coletados nas entrevistas Todos Ouvindo as entrevistas At 18/3

    Estudar a ao de decomposio e quaiselementos qumicos esses materiais possuem Todos Em livros, na internet At 5/4

    Utilizar o composto ao plantar mudas esementes na horta, no canteiro ou jardim daescola

    Todos Em grupos At 30/5Registrar o crescimentodas plantas em umcaderno especco

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    O qe co e coo qao Observaes materas e stos

    Observar o que ocorre e registrar a situao

    do local nas diversas ases, listando os seresque surgirem ali

    Todos No local da instalao A cada semana Sob orientao dosproessores

    Avaliar o projeto e a participao de cadaaluno

    TodosAo nal do prazoestabelecido

    Apresentao dos resultados Todos Programa de rdio At 7/6

    Elaborao de uma pea publicitria,utilizando a educomunicao para divulgar oprojeto

    Todos

    Vdeo com todas asetapas e depoimentosdos alunos e pessoasenvolvidas

    At 15/6Elaborar planilha decustos

    Pensar em outras atividades que podemestar integradas (ex.: azer um viveiro, umminhocrio, uma horta mandala, etc.)

    Todos Aps a nalizaodo projeto dacomposteira

    Sem tempo denido

    Como avaliar o projeto? Observe as perguntas:

    Qual era a situao da escola antes do projeto?

    Como esteve a situao durante o projeto?

    Qual a situao depois do projeto?

    O que mais gostaram no projeto?

    O que menos gostaram?O que poderia melhorar?

    O que oi mais cil? E o que oi mais dicil?

    Quais conhecimentos oram teis?

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    Quais materiais oram utilizados com sucesso?

    Vocs se lembram do passo a passo?

    Foi cil trabalhar em grupo?

    Houve colaborao de pessoas da comunidade escolar, pais e outras pessoas?

    Quais os problemas que apareceram?

    O que chamou ateno?

    O que vocs mudariam?

    Como o grupo vai apresentar os resultados no dia da Conerncia na Escola?

    Lembrem-se de que cada grupo deve azer um projeto sobre o tema estudado para que, no dia da Conerncia na Escola, seja escolhida a ao que a escola vai

    adotar como um passo importante em direo sustentabilidade. Alm disso, essa ao prioritria poder representar a escola na Conerncia Municipal/Regional ou

    Estadual.Voc pode escolher partilhar com todos os participantes o projeto de outras maneiras que ajudem a exposio de ideias: cartilha, maquete, desenho, escultura,

    apresentaes no computador, programas de rdio, vdeo, otograas. Veja na segunda parte desta publicao como usar as linguagens e as tecnologias de comunicao

    para azer esses produtos de Educomunicao.

    Alm disso, preciso garantir a participao dos proessores de vrias disciplinas, porque as questes ambientais no dizem respeito apenas rea da Cincia,

    da Geograa ou Biologia, mas Histria, Portugus, Artes, Matemtica e todas as disciplinas do currculo, perpassando-as de orma transversal.

    Depois de tudo combinado, s arregaar as mangas com um olho nos objetivos e o outro nos prazos, sabendo que a maneira de se trabalhar em grupo est

    baseada no respeito, na colaborao, na solidariedade e na certeza de que cada um pode trazer a sua contribuio.

    Para ser transversal a questo deve integrar todas as reas convencionais do conhecimento, de orma a estar presente em todas elas, relacionando-as com as questes da

    atualidade e com orientaes tambm para os valores de convivncia, cooperao, colaborao e sustentabilidade da vida.

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    A leitura dos textos e a realizao da pesquisa ajudaro os grupos a criar e pensar na ao para realizar e apresentar no dia da conerncia. Alm disso, permitiro conhecer

    quem atua na comunidade que pode colaborar.

    Agora que j pensamos nos projetos, vamos nos preparar para o dia da Conerncia na Escola? Para ajudar, a vo algumas dicas:

    Antes da conerncia

    Denir dia, hora e local da conerncia.

    Convidar pessoas que atuem na comunidade para opinar, sugerir e comprometer-se com as aes denidas durante a conerncia, pois a resoluo de muitos

    problemas a serem debatidos no depende s da escola ou da comunidade. Tambm importante o compromisso da preeitura, dos rgos pblicos, das empresas

    e de outras organizaes da sociedade.

    Divulgar, chamando toda a comunidade escolar.

    O primeiro passo para a divulgao reunir o grupo da Com-Vida que ir cuidar dos preparativos da conerncia. preciso colocar a mo na massa e mobilizar as

    pessoas (proessores, uncionrios, pais, vizinhos, lideranas comunitrias) para que participem.

    importante tambm manter contatos com a Secretaria de Educao, a Preeitura, a Cmara de Vereadores, o Ministrio Pblico. Algumas das aes propostas

    pelos grupos podem depender de autorizaes desses rgos ou podem ser importantes no apenas para a escola, mas para o bairro e para a cidade como um todo.

    Reunir um grupo de pessoas animadas com esta iniciativa e disposto a auxiliar uma tarea necessria.

    Deolhonocalendrio

    O grupo que coordena a Com-Vida deve agendar a conerncia e iniciar logo a mobilizao. Cada escola tem at o dia30 de abril de 2013 para realizar a

    conerncia e preparar o material que deve ser publicado no site de cadastramento at o dia6 de maio de 2013. Veja a olha de registro que est no nal desta

    publicao. Se sua escola no tem uma Com-Vida, hora de orm-la!

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    As tareas da Com-Vida so:

    Divulgar amplamente o evento na escola e na comunidade:

    Existe uma expresso muito antiga que diz: a propaganda a alma do negcio. Lembrando disso, importante, o quanto antes, planejar como divulgar para mais

    proessores, estudantes, amiliares e vizinhos os debates que vo acontecer na escola antes, durante e depois da conerncia.

    Um dos modos de espalhar essa notcia azer a chamada propaganda boca a boca, isto , convidar pessoalmente, uma a uma, todas as pessoas que vocs

    acharem importantes para participar do evento. O resultado desse tipo de campanha, embora um pouco mais demorado, costuma ser muito bom: quem convida sabe

    o jeito de convencer o convidado, porque j seu conhecido. E o convidado, por sua vez, cona, tem carinho, admirao pela pessoa que est convidando. Contudo,

    existem outras ormas de azer a divulgao e incentivar as pessoas a se reunirem para tratar de questes que dizem respeito qualidade da vida que levam, por

    exemplo, a usar os meios eletrnicos como e-mail, Facebook, Orkut e as redes sociais de um modo geral.

    Nesse momento, usar os produtos de educomunicao ajuda bastante. Podem ser eitos murais, jornais, cartazes, panfetos, spots de rdio, produo de vdeos,

    dentre outras ormas de comunicar. Os detalhes de como azer podem ser encontrados na segunda parte desse caderno.

    Independentemente do tipo de mdia (rdio, vdeo, impresso), a Conerncia na Escola pode ser divulgada de d ierentes maneiras. Por exemplo: noticirio, entrevista,

    reportagem, enquete, radionovela, etc.

    Organizar a apresentao dos projetos, contribuindo com o aproundamento dos conhecimentos da comunidade escolar presente e com a escolha da ao.

    Escolher umacilitador para coordenar os trabalhos. A turma pode indicar mais acilitadores para orientar a pesquisa e o debate em cada subtema.

    Facilitar o qu?

    O acilitador a pessoa que avorece a troca de ideias entre os participantes. Essa pessoa pode ser o pai, o proessor, o aluno que tenha jeito para organizar os debates e considerar

    as dierentes opinies apresentadas durante o dilogo, estimulando a compreenso e a participao de todos. Isso torna-se possvel quando o clima de cooperao e amizade. Podem

    ser escolhidas duas ou trs pessoas para se revezarem e se auxiliarem na acilitao durante a realizao da Conerncia na Escola.

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    Durante a Conerncia

    OdiadaConferncianaEscola:apresentar,debatereescolher

    Depois de envolver a comunidade escolar e pesquisar os subtemas, chegou o dia marcado para a Conerncia na Escola. o momento de expressar suas ideias em conjunto.

    Por isso, importante que todos participem e conheam o modo de azer e as regras a seguir. Elas devem ser lidas no incio do encontro e podem tambm ser escritas em

    cartazes axados no local, para que todos leiam.

    Regras da IV Conerncia Nacional Inantojuvenil pelo Meio Ambiente

    a)Apresentao dos projetos de ao

    Cada grupo deve apresentar a pesquisa sobre como tornar a sua escola mais sustentvel, a partir dos subtemas (Terra, gua, Ar, Fogo), e as respostas para as questes:

    Qual o projeto proposto pelo grupo para tornar a sua escola sustentvel?

    Qual o objetivo desse projeto de ao?

    Quem so os responsveis e parceiros?

    Onde, quando e como ele acontecer?

    Que recursos so necessrios?

    b) Organizao das ideias

    Com tantas propostas dierentes bom eleger um relator para anotar as opinies e sugestes que surgirem. Durante os debates, todas as ideias so vlidas e

    precisam ser respeitadas e anotadas.

    Relatar o qu?

    Durante a Conerncia na Escola, bom que algum escreva tudo o que oi dito, de orma sucinta, mas abrangente. Registrar a memria do trabalho realizado colabora para a

    organizao do debate e das decises, alm de ser uma base para as aes aps a conerncia. Os projetos devem ser guardados para que a escola os reveja e os utilize quando

    achar necessrio. Vale tambm registrar com gravador de som ou cmera de vdeo, se or possvel.

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    c)Priorizao das ideias

    Vai indicar por onde a escola pretende comear a mudana para se tornar uma escola sustentvel. Importante deixar claro que todas as ideias expostas so vlidas

    e sero consideradas, mas ser necessrio eleger uma delas como a iniciativa pela qual se comear a transio da escola para a sustentabilidade; enatizar que no

    se trata de uma competio pelas melhores ideias, mas um trabalho colaborativo em que as propostas sero examinadas de acordo com determinados critrios, tais

    como: a importncia e a urgncia para a escola, maior acilidade de implementao e disponibilidade de recursos humanos, nanceiros e tecnolgicos.

    d)Escolha do projeto de ao

    Chegou a hora de deender e votar o projeto que cada grupo apresentou. Qual deles ser escrito naolha de registroe cadastrado no site da conerncia?

    A escola deve apontar o que chamou mais ateno durante a conerncia e escolher um projeto de ao para cuidar do Brasil com a sua escola como um espao

    educador sustentvel.

    Para isso, deve responder s seguintes perguntas:

    Como os participantes da conerncia podero se apropriar da proposta?

    Como os participantes da conerncia podero assumir responsabilidades em relao a essa ao?

    De que orma ela ser realizada?

    O que precisa ser eito para que ela possa ser divulgada e realizada tambm em outras escolas?

    e)Eleio do delegado e suplente

    O delegado escolhido na escola integrar o grupo de adolescentes participantes da Conerncia Estadual ou Municipal, caso haja essa etapa em sua unidade

    Afolhaderegistro o local onde vai ser registrado o projeto escolhido e os dados da escola e dos delegados, alm de outras inormaes da sua escola e da conerncia.

    Observe o espao da olha de registro ao nal dessa publicao para se ter uma ideia do tamanho da proposta de ao. Cuidado para no ultrapassar as linhas propostas. Ao nal

    do processo de conerncia na escola, os dados contidos nessa olha sero cadastrados no site da IV CNIJMA (conerenciainanto.mec.gov.br).

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    Grupo de delegados para a Conerncia Estadual: processo de seleo

    Realizadas as Conerncias nas Escolas, e caso no haja Conerncias Municipais/Regionais, o Coletivo Jovem de Meio Ambiente (CJ), com apoio da Comisso

    Organizadora Estadual (COE), ar a seleo do grupo de delegados que participar da Conerncia Estadual. Para a seleo dos delegados, sero analisados os

    projetos cadastrados, onde se vericar a consistncia e a clareza, bem como a viabilidade e a coerncia da ao com o conceito de escola sustentvel e as estratgias

    usadas para atingir os objetivos.

    Na seleo, os organizadores estaduais observaro o equilbrio de gnero (meninos e meninas) e buscaro a representatividade entre meio rural e urbano, capital

    e interior e de delegados de dierentes etnias e com decincia (quando houver).

    O nmero de delegados na Conerncia Estadual ser proporcional ao nmero de escolas participantes em relao ao nmero total de escolas com anos/sries

    nais do ensino undamental da unidade ederativa. Para saber mais, entre em contato com o Ministrio da Educao pelo [email protected] ou acesse o

    regulamento no site conerenciainanto.mec.gov.br.

    Nos estados que realizarem Conerncia Regional/Municipal Inantojuvenil, devem ser observadas as etapas de seleo descritas no regulamento estadual.

    ) Eleio do projeto

    Durante a Conerncia na Escola, dentre os projetos produzidos pelos grupos que estudaram cada subtema, ser escolhido aquele que melhor representa a ao assumida

    pela escola. Os participantes devero expressar de que orma o projeto de ao escolhido pelo grupo ser realizado e dizer o que precisa ser eito para que ele seja desenvolvido

    por outras escolas do pas. Ele deve estar claro e objetivo e, se possvel, ser digitado para que todos leiam, entendam a proposta e opinem sobre ela.

    g)Registro em otos

    Duas otograas devem ser postadas no site para mostrar como oi a conerncia: os debates e a eleio do delegado (essas otos devem ser de boa qualidade e

    bem visveis para mostrar os delegados).

    h) Folha de registro

    No nal desta publicao, h um exemplo dos dados que devem ser cadastrados no site juntamente com as duas otograas e o projeto de ao, que deve ter de

    duas a quatro laudas.

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    i)De olho no prazo

    A data limite para o cadastramento deste material 6 de maio de 2013. O material enviado aps esta data no ser considerado na seleo eita pela COE e pelo

    Coletivo Jovem para a Conerncia Estadual.

    O sistema de cadastramento ser echado para a insero de dados 0h do dia 7 de maio de 2013 e reabrir s 8h do dia6dejunhode2013 para aqueles que

    queiram cadastrar ainda suas escolas, mas sem possibilidade de participao nas etapas posteriores.

    j) Registrar a conerncia

    A realizao da conerncia um momento especial na escola e por isso precisa ser registrado e divulgado. Pode-se documentar esse grande acontecimento,

    mostrando a participao ativa da sua escola e comunidade. Para isso, utilize as orientaes de como produzir comunicao, na perspectiva da educomunicao.

    DEPOIS DA CONFERNCIA NA ESCOLA

    Aps cadastrar e enviar os resultados da conerncia, todos os que participaram precisam se unir para colocar em prtica a ao assumida coletivamente e realiz-la. bom

    lembrar que o conceito de escola sustentvel que o grupo debateu deve ser levado como compromisso no dia a dia. Alm disso, o m da conerncia um bom momento para

    ortalecer a Com-Vida e aproximar a comunidade escolar das questes debatidas e das resolues tomadas durante a Conerncia na Escola.

    Comunicando a Conerncia na Escola

    Depois de terminada a Conerncia na Escola, o conhecimento produzido coletivamente no precisa nem deve car dentro dela. Os participantes podem divulgar o que

    aprenderam e tambm as aes que se comprometeram a realizar. Esse momento undamental para a continuidade dos compromissos assumidos e para garantir que a

    transio para a sustentabilidade se torne um processo permanente na escola. As decises tomadas no podem ser esquecidas e devem ser viabilizadas.

    O cadastramento dos dados ser eito pela internet logo depois da realizao da Conerncia na Escola. Se sua escola no possui internet ou est com problemas para acessar,

    o cadastro pode ser realizado em instituies parceiras. Entre em contato com a Secretaria de Educao de seu estado ou Distrito Federal para mais inormaes. Cuidado para no

    perder o prazo!

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    O que possvel azer, ento?

    Continuar criando e diundindo, nos mais dierentes espaos, novos materiais de educomunicao, agora para divulgar as decises tomadas, as responsabilidades

    assumidas e as atividades das Com-Vidas.

    Realizar novas entrevistas com quem participou das Conerncias Estaduais ou Conerncia Nacional, bem como quem est envolvido nas Com-Vidas.

    Implementar novas aes e projetos criados e executados na escola.

    Procurar e divulgar notcias sobre a possvel replicao de seu projeto em outras escolas.

    Articular-se em rede com outras escolas que possuem Com-Vidas para troca de experincias.

    Buscar parceiros para apoiar a continuidade das aes e da Com-Vida na escola.

    Estudar como os desaos levantados na escola e as propostas para seu enrentamento e soluo podem ser convertidos em lei em seu municpio, estado ou no nosso

    pas.

    Quando a gente produz e expressa o que leu, viu, pesquisou, conversou, est exercendo o direito de comunicar-se e tambm ajudando na inormao de outras pessoas sobre

    o que estudamos nessa conerncia. sobre isso que vamos alar em seguida.

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    Numa sala de aula, possvel saber com quantas pessoas o proessor est alando, no ? Na igreja ou num show em espao echado, quando algum usa o microone para

    alar com a plateia, tambm. J no podemos dizer o mesmo quando se trata de um comcio. Menos ainda sobre o pblico que assiste TV ou sintoniza uma emissora de rdio.

    impossvel para quem est alando saber a quantas pessoas est dirigindo a palavra. Esse um dos motivos por que rdio e televiso so chamados demdia ou meios de

    comunicao social: porque a quantidade de receptores to grande que no d para contar.

    No Brasil, convivemos tanto com os meios de comunicao que eles j azem parte do nosso meio ambiente. No s levamos a srio o que azem e dizem alguns artistas e

    apresentadores (de jornal, inclusive), como temos certa amiliaridade por eles.

    Por um lado, no d para negar que a televiso, por exemplo, possibilita-nos conhecer lugares a que talvez nunca consigamos ir, como a Lua ou um pas distante. Nem se

    pode negar que o rdio nos mantenha inormados o tempo todo sobre os mais variados assuntos.

    Por outro lado, quantas vezes ns j no julgamos e condenamos injustamente pessoas e atos, infuenciados pelos noticirios veiculados por esses mesmos meios de

    comunicao?

    Mais grave ainda quando entendemos que o rdio e a televiso, os meios mais conhecidos e utilizados, esto quase que exclusivamente interessados em vender imagens,

    produtos, ideias. Os mesmos programas de televiso so vistos por gente pobre e rica, criana, adulto e idoso. Assim, todos cam desejando os mesmos bens materiais (roupa,

    comida, casa, carro, etc.), porque acreditam que com eles sero mais bonitos, charmosos, inteligentes e elizes.

    Nesse sentido, os meios de comunicao at parecem uma espcie de escola, que no para de ensinar, o tempo todo, o que e quando precisamos querer e comprar, as

    ideias que convm deendermos, o que devemos considerar bonito ou eio, o sotaque que devemos imitar, a quem devemos admirar ou rejeitar, etc.

    Mas precisamos ter as nossas prprias ideias sem nos deixar infuenciar pela mdia, pelo consumismo, que cria alsas necessidades. Precisamos ver o que est por trs

    das notcias e propagandas. Qual ser a inteno de quem est produzindo e veiculando as notcias e comerciais? Com isso vamos ormando um senso crtico e aprendendo a

    respeitar a ns mesmos, seres humanos. Desta orma, vamos modicando para melhor o jeito como tratamos os outros seres vivos, as rvores, os animais, a gua.

    Sorte que somos dotados de razo e sensibilidade e, por isso, temos capacidade para lidar com qualquer situao, por pior que ela seja, e buscar solues. Esses motivos

    azem-nos acreditar que a escola pode uncionar, de verdade, como um espao educador sustentvel, um local para discutir as ideias que so colocadas nas nossas cabeas.

    Mdia vem do ingls media e signica meio de comunicao. Na dcada de 1970, grupos de intelectuais da Alemanha introduzem o termo mass media, porque atribuam

    aos meios de comunicao a capacidade de manipular as conscincias das pessoas, transormando-as em massa.

    2 PARTE EducOmunicAO

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    Na escola possvel aprender a ser crtico e planejar novas maneiras de conviver, de ser e de viver e consequentemente colaborar para a sustentabilidade do nosso planeta.

    Por isso tambm propomos que a comunicao aa parte dos trabalhos a avor do meio ambiente e da melhoria de qualidade da nossa vida. Ela pode con tribuir eetivamente

    para consolidar nossos planos de transormar as escolas em espaos educadores sustentveis.

    Veja bem: o jeito de alar e os gestos de alguns artistas amosos mostram-nos que eles certamente tiveram oportunidades para exercitar a comunicao, pois ningum nasce

    pronto. A gente aprende. Alm disso, os artistas s se tornaram nossos velhos conhecidos graas tecnologia. Se no osse ela, eles no entrariam em nossas casas.

    Assim, se tivermos chance de criar nossos prprios veculos de comunicao rdio, vdeo, jornal ou outro material impresso, como anzine, por exemplo , com certeza,

    com o tempo, tambm vamos melhorar nossa capacidade de nos expressar em pblico. Quanto mais nos comunicarmos, maiores sero as chances de sermos entendidos pelas

    pessoas da escola, do bairro, da cidade. Logo, mais acilmente conseguiremos diundir nossas ideias criativas para transormarmos a nossa escola em um lugar sustentvel,

    seguro, alegre e agradvel e assim colaboraremos para o reencantamento do mundo.

    Quando isso acontecer, equipamentos como copiadora,escner, mesa de som, microone, gravador, computador, cmera otogrca, de vdeo e at mesmo o velho e ainda

    to usado mimegrao vo ganhar outros sentidos. Eles serviro para que as pessoas da escola sejam reconhecidas como autoras, gente que tem o que dizer e que pode aprender

    cada vez mais a expressar bem suas pesquisas, sentimentos, sonhos e inquietaes.

    Em resumo: o que alta para as pessoas comuns oportunidade. E a escola tem condio de ser esse lugar de produo de comunicao como um direito de todos.

    Ao produzirem programas de rdio, vdeo, materiais impressos ou digitais, todos vo exercitar outro tipo de comunicao e mostrar que:

    possvel existir uma comunicao para valorizar as pessoas comuns, de carne e osso, que no so produzidas pela TV.

    Fanzine um tipo de impresso que traz textos diversos, histrias, quadrinhos, poesias, divulgao de eventos culturais locais, contos, colagens, experimentaes grcas, enm,

    tudo que o grupo julgar interessante.

    Escner um aparelho de leitura tica que permite imprimir e manipular imagens, otos e textos em papel e no computador. Atualmente, muitas impressoras do tipo multiuncional

    j realizam essa uno.

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    A comunicao pode contribuir para transormar o mundo, se estiver nas mos de gente comprometida, que quer construir uma escola sustentvel, que aa parte

    de uma sociedade justa, solidria e responsvel pela vida.

    A comunidade poder contar com uma equipe de comunicadores locais ormados na escola para publicar o que or preciso para melhorar a qualidade de vida de

    todos.

    Ao propor produo coletiva de comunicao, na perspectiva da educomunicao, queremos atingir objetivos bem dierentes daqueles a que se prestam os cursos

    prossionalizantes de ormao de especialistas em comunicao.

    Os meios de comunicao so, de ato, meios, ou seja, sinnimo de erramenta de trabalho, tal qual a colher para o pedreiro, ou o computador para o designer grco.

    Queremos, por meio deles, realizar uma proposta de educao comprometida com ormao de gente a tenta, curiosa, interessada em conhecer pessoas e temas ligados

    vida que levam nos lugares onde se encontram.

    Desse modo, educomunicao pode ser entendida como:

    Resultado da unio entre educao e comunicao.

    Utilizao dos meios de comunicao para produzir comunicao como um direito humano de todos, independentemente de idade, gnero, origem ou condio

    social.

    Um modo de educar as pessoas para que aprendam a se comprometer com os lugares de onde so.

    Uma orma de interveno social, isto , um modo poderoso de agir diretamente nos tipos de relaes que as pessoas estabelecem consigo mesmas e com os

    outros, bem como de apoiar aes locais que busquem o bem comum.

    Tipos de produo de comunicao

    Vamos pensar sobre o que educomunicao a partir de algumas aes que podemos realizar na escola e no entorno dela.

    Produo de udio

    Houve um tempo em que o rdio era o meio de comunicao mais popular do Brasil. Nessa poca, a televiso no existia e era em volta do rdio que as pessoas cavam

    para ouvir muitos cantores, atores e apresentadores. No rdio, j houve novela e at programas de auditrio ao vivo todos com altos ndices de audincia.

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    Mesmo agora que a televiso est presente na maioria das casas brasileiras, ele continua agradando muita gente. Sabe por qu? Porque d para ouvir rdio enquanto

    azemos outras coisas. Tem quem dirija, cozinhe, opere mquinas ouvindo seus programas avoritos, sem ter de parar de trabalhar. Outra coisa: o rdio no pesa e pode ser

    carregado com acilidade para qualquer lugar. Alm do mais, o que passa no rdio cil de entender, porque os apresentadores alam como se estivessem conversando

    com cada um de ns. Por isso tudo ele considerado companheiro dos ouvintes.

    Em todas as cidades brasileiras existem emissoras de rdio umas grandes, que alcanam muitos lugares, e outras que s conseguem ser ouvidas nos bairros, nos

    quarteires, nas pequenas comunidades.

    Sabendo disso, possvel planejar algumas aes usando esse meio de comunicao social para comunicar sonhos e projetos das pessoas da comunidade de dentro

    e de ora da escola. Anal, talento para azer rdio a grande maioria de ns tem. Somos pessoas que, desde pequenas, gostamos e sabemos conversar com alegria, no

    mesmo?

    Aora a possibilidade de participar de emissoras que sintonizamos no aparelho de rdio ou que ouvimos exclusivamente nas ruas, hoje em dia surgiram ospodcasts, um

    novo modo de publicar gratuitamente programas de udio pela internet.

    Produo de inormativos

    Jornal, revista, anzine, olheto e cartaz inormam e comentam. Tambm podem entreter e divertir. At h bem pouco tempo, somente podiam ser impressos em papel, o

    que os tornava muito caros.

    Com o desenvolvimento da internet, atualmente eles podem ser digitais, ou seja, criados e diundidos graas aos recursos da rede mundial de computadores.

    Hoje, atravs de blogueseredes sociais possvel guardar a histria do nosso tempo, bem como divulgar o que acontece em nossas pequenas comunidades.

    A palavrapodcasting uma juno de iPod um aparelho que toca arquivos digitais em MP3 e broadcasting, transmisso de rdio ou tev. Assim, podcasts soarquivos de udio que podem ser acessados pela internet. Resumindo, um podcast uma espcie de programa de rdio que voc grava em MP3 player ou ouve no

    prprio computador. Saiba mais sobre esse assunto pesquisando na internet por podcasting gratuito.

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    Fotograas, desenhos, tabelas, grcos e quadrinhos podem azer parte desse tipo de produo digital. Tornam o texto escrito mais cil de ser entendido e servem tambm

    para ativar a nossa memria sobre determinados detalhes, azendo a gente pensar mais sobre o que aconteceu.

    Produes com palavras e ilustraes bem pensadas, apresentadas de orma criativa, chamam a ateno e podem convencer as pessoas sobre todo tipo de assunto.

    Produo de imagemVoc j deve ter ouvido muitas vezes as pessoas dizerem verdade, eu vi na televiso!.

    Isso signica que a imagem tem um poder muito grande. Pode azer a gente achar que s existe o que ela mostra. E mais: achar que o que ela mostra tem somente aquele

    lado que aparece.

    Os eeitos dessa constatao so muito srios: dependendo do jeito como a imagem eita, somos levados a achar bonito ou eio, gostar ou detestar, deender ou atacar

    alguns atos e determinadas pessoas.

    Ora, como azer televiso ou cinema para poucos, porque ca muito caro, vale passar a produzir imagem do nosso jeito, com cmera devdeo. A maioria dos celulares hoje

    possui uma cmara otogrca e de vdeo. Muitos vdeos que esto no YouTube oram eitos em celulares .

    Segundo Houaiss (2001), a palavra vdeoderivadoverbovidere,dolatim,esignicaver,olhar,compreender.Conjugadona1pessoa,temosvideo,omesmoquevejo,

    olho, compreendo.

    Existem blogues individuais (de autoria de uma nica pessoa) e coletivos, isto , criados e alimentados por um grupo de pessoas.

    Na escola, o blogue coletivo pode exercer a mesma uno de um jornal ou boletim impresso, com a vantagem de ser mais barato, porque no impresso. Nele possvel

    escrever notcias em orma de texto, incluir entrevista em vdeo ou em orma de programa de rdio.Essa erramenta tem outra grande vantagem: permite ao leitor interagir com os autores, atravs de comentrios postados a cada nova mensagem.

    Twitter e Facebook so exemplos de redes sociais usadas por brasileiros, especialmente jovens. Nesse tipo de microblogue, tornou-se possvel criar comunidades ou grupos

    para divulgar eventos, organizar movimentos e at buscar apoio a causas sociais.

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    Gneros so ormas dierentes de linguagem que usamos a servio dos nossos objetivos. Dependendo da situao e da necessidade, deste ou daquele gnero que lanamos mo.

    Se vrias pessoas puderem usar cmeras para comunicar o que est acontecendo de um ponto de vista particular, poderemos ampliar o entendimento sobre os atos que

    marcam a histria que se az a cada momento.

    Gneros

    Para os ns que nos interessam, basta distinguir apenas trs tipos de gneros comuns para rdio, vdeo e impresso e um que especco do vdeo. O que importa mesmo

    conseguir azer que o pblico preste ateno naquilo que queremos que ele escute, veja, sinta, pense e refita.

    Gnero Inormativo:tipo adequado para quando precisamos dar opinio, denunciar, discutir ou avisar sobre atos relacionados com o dia a dia da nossa escola, rua, nosso

    bairro, cidade ou pas.

    Uma vez entendido isso, podemos escolher a melhor orma como essa inormao ser transmitida. Podemos optar por azer uma nica entrevista (ou uma srie delas),

    realizar uma enquete (ou vrias), promover um debate, ou um ciclo de discusso sobre um tema, entre tantas outras possibilidades.

    No caso de impresso, encaixa-se aqui o artigo, um tipo de texto em que aparece o pensamento pessoal ou do grupo.

    Gnero Fico: gnero acertado para as situaes que no tm compromisso, de modo explcito, com a realidade. o que caracteriza a crnica, que az refexo sobre a vida

    a partir de curiosidades do dia a dia, por exemplo. Cabe nesse tipo tambm a novela (uma histria apresentada em captulos), ou conto (histria com comeo, meio e m contada

    de uma s vez).

    Convm destacar que, dependendo da qualidade da histria, da interpretao dos atores e tambm da sonoplastia (ambientao sonora que permite, no caso de produo de

    udio, visualizar os cenrios onde a histria se desenvolve), possvel atingir mais rapidamente nossos objetivos do que qualquer outro gnero.

    Esses exemplos todos podem ser produzidos em som, imagem ou palavra escrita.

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    Gnero Experimental: a caracterstica desse gnero, como o nome bem diz, o uso da criatividade, da inveno, da ousadia para produzir comunicao; trabalho artesanal,

    de pesquisa da linguagem, em busca de eeitos que reorcem ideias.

    No vdeo, comum vermos a experimentao em animao, ou vinhetas de abertura de programas, agradando a maioria das pessoas, servindo para dar vida, movimento a

    palavras e objetos inanimados.

    Como realizar educomunicao na escola

    Antes de tudo, preciso lembrar que o objetivo das produes de educomunicao ortalecer as pessoas, a escola e a comunidade; e, no caso da IV Conerncia, divulgar

    o projeto que a escola assumiu para tornar-se uma escola sustentvel. Portanto, elas devem ser coletivas, isto , criadas, planejadas e realizadas por um grupo de pessoas. Todos

    podem colaborar, cada um com seu talento, de acordo com sua capacidade. E o equipamento, seja qual or, deve ser e estar a servio de todo o grupo.

    Nos trabalhos que estamos sugerindo, os processos so muito mais importantes que os produtos nais. Quer dizer, por melhor que que o material impresso, o programa de

    rdio ou o vdeo que voc e seu grupo criaram, nada ser mais grandioso que o caminho percorrido para conseguir azer o trabalho. Isso no signica que qualidade no seja

    importante e que vocs no tenham direito de usar tecnologias sosticadas. Muito pelo contrrio.

    O importante que o trabalho seja eito em colaborao e para isso importante denir papis, quem az o qu, valorizando a capacidade de cada pessoa. Quando o trabalho

    coletivo, colaborativo, todos ganham; e com certeza vrias cabeas pensam melhor que uma s.

    Pr-edio

    Quanto ao modo de azer, propomos que os grupos trabalhem com o conceito que chamamos de pr-edio, de acordo com esta lgica que vem dando muito certo em muitos

    projetos de educomunicao espalhados por nosso pas:

    Discusso ao mximo de tudo o que vai ser comunicado com o impresso, o programa de rdio ou o vdeo.

    Planejamento detalhado de imagens, sons, palavras que sero necessrias para o tipo de comunicao que vai ser criada.

    O caso que estamos alando de uma comunicao que ensine outros valores, porque, se no mudarmos os valores, no transormaremos o que incomoda e az mal para todos

    ns. Por isso que propomos que o trabalho seja planejado inteiramente pelo grupo.

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    Pr-edio

    Modo proposto pela metodologia criada no Projeto Cala-Boca j Morreu porque ns tambm temos o que dizer!, vlida para produes coletivas de comunicao, na

    perspectiva da educomunicao.

    Diviso de tareas atendendo ao princpio da autoconvocao, quando cada participante assume algo de que gosta, sabe e quer azer para compor o tipo de

    comunicao desejado.

    Uso dos equipamentos (copiadoras, cmeras, gravadores, computadores, celulares, etc.) somente depois que tudo estiver decidido em detalhes.

    Finalizao do produto de modo a somente limpar, tirar da verso nal aquilo que ugiu do combinado inicialmente pelo grupo.

    Depois de pronto, o processo de produo continua com mais dois momentos:

    Apresentao ou publicao: essa hora muito importante para cada um mostrar para os conhecidos o grau de compromisso, de dedicao e a capacidade de criao

    e de realizao necessrios para produzir coletivamente.

    Consideraes sobre o processo e o produto. Esse momento serve para o grupo recordar e conversar sobre como oi produzir o trabalho e sobre o produto criado.

    Aprender a valorizar o processo, ressaltando o que se conseguiu e o que seria importante modicar numa prxima vez, constitui um aprendizado de respeito e

    ortalecimento das aes coletivas.

    no debate de ideias, no conronto das posturas e vises de mundo, que tanto o indivduo quanto o grupo crescem e ampliam seus modos de ver, estar e atuar no mundo.

    Incluir educomunicao nas aes de educao ambiental, portanto, contribuir para a ormao de pessoas sensveis e atentas ao espao em que habitam. , sobretudo,

    lev-las a intervir nos espaos pblicos, participando ativamente do processo de constituio de si mesmas como sujeitos capazes de se envolver e infuenciar nos rumos da

    histria da nossa escola, do nosso bairro, da nossa cidade e do nosso planeta.

    O que pode ser eito para transormar os projetos das escolas para a IV Conerncia em peas de educomunicao?Vocs j devem ter muitas ideias para divulgar o projeto que a escola ar para avanar no caminho de tornar-se uma escola sustentvel. Seguem alguns exemplos de

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    produtos que podem ser apresentados na Conerncia Municipal/Regional ou na Estadual, mas lembrem-se: vocs podem criar produtos dierentes, inventar novas ormas de

    comunicao. O que vale a criatividade e a cooperao.

    Spot de rdioFazer isso no nada complicado. S vai exigir muita criatividade para inventar um spot que uma gravao de 30 segundos em mdia, que que na cabea de quem ouve.

    Para comear o spot, inventem uma vinheta, uma msica ou um som de mais ou menos 10 segundos, que aa o ouvinte saber que vai comear a divu lgao da conerncia.

    Em seguida, criem o texto principal, que aa o ouvinte guardar na cabea:

    O que vai acontecer.

    Por que vai acontecer.

    Quando vai acontecer.

    Onde vai acontecer.

    Quem pode participar.

    Depois, nalizem a gravao com uma rase especial ou com a mesma vinheta do comeo.

    Essa gravao pode ser eita com o celular ou um simples gravador de mo. Quem tiver um computador com placa de som pode digitalizar a gravao e ainda gravar o spot

    num CD.

    Outra possibilidade de aprimorar a qualidade da gravao, sem necessariamente ter de pagar por isso, buscar parceria. Por exemplo: no dicil, hoje em dia, encontrar

    pequenos estdios espalhados por todo o pas. Sempre h um grupo tentando montar uma banda, uma dupla, ou algo parecido. O equipamento bsico para gravao eles sempre

    possuem.

    E o que pode levar os possveis parceiros a ter interesse em ceder o estdio deles para a gravao de um spot?

    Simples: com base no princpio uma mo lava a outra, possvel propor uma permuta. Eles permitem o uso do estdio ou do equipamento e, em troca, vocs colocam no

    spot esta gravao teve o apoio de ulano de tal, acrescentando o endereo ou teleone deles.

    Por m, se onde vocs moram existem emissoras de rdio, conversem com os responsveis para veicular o spot que produziram. Para isso:

    Descubram o endereo ou teleone de uma emissora.

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    Peam para alar com a pessoa responsvel pela programao.

    Apresentem-se a ela em nome de sua escola.

    Digam que vocs esto encarregados da divulgao da Conerncia na Escola.

    Expliquem que a Conerncia na Escola um evento preparatr