162
ANAIS IV CBAA - Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura

Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura - rc.unesp.br · O IV CBAA - Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura – realizar-se-á entre os dias 01 e 04 de Julho de 2009

  • Upload
    ngodiep

  • View
    218

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

ANAIS IV CBAA - Congresso Brasileiro de Atividades de

Aventura

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

ANAIS

IV CBAA - Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura

01/07/09 à 04/07/09

DEPARTAMENTOS ORGANIZADORES:

- LEL - Laboratório de Estudos do Lazer. Deptº. Educação

Física/IB/UNESP - Campus Rio Claro – SP. Profª. Dra. Gisele Maria

Schwartz (UNESP/Rio Claro)

- Rede de Ensino FTC – Prof. Ms.C. Sérgio Souza Magalhães.

- Prefeitura Municipal de Mucugê

- Colegiados de Cursos das Unidades da FTC - Vitória da

Conquista/Itabuna-BA e o Programa FTC Verde – Leriane Cardozo.

APRESENTAÇÃO

O Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura (CBAA)

surgiu por intermédio da iniciativa do LEL - Laboratório de Estudos

do Lazer, do Departamento de Educação Física, Instituto de

Biociências da Universidade Estadual Paulista - Campus de Rio

Claro, motivado pelo crescimento emergente do interesse de

pesquisadores e profissionais em investigar respostas à

problemática envolvendo as Atividades de Aventura na Natureza.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

Sua primeira versão (I CBAA) foi realizada em Balneário

Camburiú/SC com a participação de cerca de 70 congressistas.

O II CBAA foi realizado na Universidade de Governador

Valadares/UNIVALE – MG, norteando a temática “Atividades de

Aventura e Desenvolvimento Regional”, sendo organizado em

parceria do LEL com o Curso de Educação Física da UNIVALE.

A terceira edição do evento, III CBAA, aconteceu na cidade de

Santa Teresa/ES, com organização do LEL juntamente com o

Curso de Educação Física e do Núcleo Universitário de Ar

Livre/NUAr. A temática do congresso foi “Conquistando Novas

Vias”, tendo a participação de 230 congressistas, das diversas

áreas que norteiam os estudos sobre as Atividades de Aventura.

IV CBAA (CONGRESSO BRASILEIRO DE ATIVIDADES DE

AVENTURA) vai ao encontro de um dos campos mais difundidos

pela educação física, ecologia e turismo no Brasil: as atividades de

aventura na natureza, temática essa abordada também pela Rede

de Ensino FTC em seus programas de extensão, a exemplo do FTC

Verde e FTC Ativa.

O local escolhido pelos participantes do III CBAA na cidade de

Santa Tereza/ES não poderia ter sido outro, senão a linda e pacata

cidade de Mucugê, na Chapada Diamantina, palco de estudos em

assuntos científicos referentes ao meio ambiente e qualidade de

vida.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

O IV CBAA - Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura

– realizar-se-á entre os dias 01 e 04 de Julho de 2009. O evento

promoverá o encontro de pesquisadores, professores, estudantes e

profissionais ligados às Atividades de Aventura em todo o Brasil,

tendo como tema central das discussões: Nas Trilhas do

Conhecimento Sobre Aventura.

O evento propiciará momentos de debate acadêmico, por

meio das conferências, mesas-redondas e apresentação de

trabalhos, com presença de pesquisadores de referência nacional e

internacional, profissionais e estudantes. As oficinas permitirão

momentos de vivência de Atividades de Aventura e reflexão sobre a

prática profissional destas atividades, articuladas a questões

pedagógicas, ambientais e mercadológicas. Ainda serão oferecidos

momentos culturais e de confraternização entre os congressistas,

permitindo a ampliação de contatos, a troca de informações e

experiências.

A realização do IV CBAA é uma soma de esforços entre a

Rede de Ensino FTC, Prefeitura Municipal de Mucugê e o

Laboratório de Estudo do Lazer da UNESP - Campus de Rio

Claro/SP, contando com a participação efetiva dos Colegiados de

Cursos das Unidades da FTC - Vitória da Conquista/Itabuna-BA e

do Programa FTC Verde.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

PROMOÇÃO

ORGANIZAÇÃO

APOIOS:

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

COMISSÕES

Comissão Científica

Alcyane Marinho

Cristiane Naomi Kawaguti

Danilo Roberto Pereira Santiago

Gisele Maria Schwartz

Giselle Helena Tavares

Norma Ornelas Montebugnoli Catib

Priscila Raquel Tedesco da Costa Trevisan

Sandro Carnicelli Filho

Tiago Nicola Lavoura

Comissão Organizadora

Prof. M.Sc. Sérgio Souza Magalhães - FTC/BA

Profa. Dra. Alcyane Marinho - UDESC/SC

Profa. Dra. Gisele Maria Schwartz - UNESP/SP

Profa. M.Sc. Leriane Silva Cardozo - FTC/BA

Prof. M.Sc.Clóvis Piau Santos - FTC/BA

Prof. M.Sc. Cristiano Lôbo da Silva - FTC/BASecretaria Municipal de Turismo de Mucugê - BA

Welliton Silva Camandaroba - Natureza Insight

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

Mini-currículo dos Palestrantes e convidados

Heloisa Turini Bruhns Possui graduação em Economia pela Universidade Estadual de Campinas

(1974), graduação em Educação Física pela Pontifícia Universidade Católica

de Campinas (1980), Mestrado em Educação pela Universidade Estadual de

Campinas (1989) e Doutorado em Educação pela Universidade Estadual de

Campinas (1992). Atualmente é Professor Titular da Universidade Estadual de

Campinas. Realizou estágio de pós-doutorado no Theory, Culture and Society

centre na Nottingham Trent University- Nottingham, UK durante o ano de

2007.Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em Lazer e

Meio Ambiente, atuando principalmente nos seguintes temas: lazer, esporte,

ambientalismo, cultura e lazer corpo.

Leonardo Madeira Pereira Graduado em Educação Física pelo Centro Universitário do Leste de Minas

Gerais (2001), com especialização em Fisiologia e Biomecânica do Movimento

pela Universidade Veiga de Almeida (2003) e mestrado em Educação Física

pela Universidade Metodista de Piracicaba (2005). Tem experiência na área de

educação ao ar livre, esportes de aventura (corrida de aventura, escalada e

skate) e fisiologia experimental. Atualmente é professor assistente no curso de

Educação Física do UNILESTEMG e consultor em ergonomia e treinamentos

experienciais ao ar livre.

Luiz Guilherme Antonacci Guglielmo Graduado em Educação Física pela UNESP de Rio Claro (SP). Mestre e

Doutor em Ciências da Motricidade, na Área de Biodinâmica da Motricidade

Humana, Linha de Pesquisa: Metabolismo e Exercício, pela UNESP de Rio

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

Claro (SP). Professor Adjunto da Universidade Federal de Santa Catarina

(UFSC), Centro de Desportos (CDS), Departamento de Educação Física (DEF).

Responsável pela disciplina Treinamento Esportivo. Coordenador do Programa

de Pós-graduação em Educação Física do CDS, UFSC. Líder do Grupo de

Pesquisa Laboratório de Esforço Físico (LAEF, CDS, UFSC), cadastrado na

Base de dados do Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq. Pesquisador

vinculado à Linha de Pesquisa Fisiologia do Exercício, com foco nas variáveis:

VO2máx; lactato; consumo máximo de oxigênio; cinética do VO2 e do lactato

sanguíneo em diversas modalidades esportivas.

Hanna Karen Moreira Antunes Possui graduação em Educação Física Licenciatura Plena pela Universidade

Federal de Uberlândia (1999), mestrado em Psicobiologia pela Universidade

Federal de São Paulo (2003) e doutorado em Ciências pela Universidade

Federal de São Paulo (2006). Atualmente é professora adjunto I da

Universidade Federal de São Paulo- Escola Paulista de Medicina. Tem

experiência na área de Educação Física, atuando principalmente nos seguintes

temas: Medicina e Biologia do Sono; Envelhecimento; Funções Cognitivas;

Humor; Dependência de exercício; Exercício Físico, Atividade Física e

Aspectos Psicobiológicos; Atletas.

Igor Armbrust Graduado em Educação Física, com especialização em ciências aplicadas aos

esportes de prancha. Atua como professor universitário nas disciplinas de

esportes de aventura, tópicos avançados em educação física. Professor de

esportes de aventura na escola da vila e coordenador de eventos relacionados

a esportes de aventura nos âmbitos do lazer, da educação e treinamento

empresarial.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

Dimitri Wuo Pereira Graduado em Educação Física pela Universidade de São Paulo (1993) e com

especialização em Administração Esportiva pela FMU (1997). Atualmente é

mestrando pela Universidade São Judas Tadeu. Profissionalmente é professor

de ensino superior na UNINOVE e UNIITALO com ênfase no ensino e pesquisa

voltada aos esportes de aventura.

Andréia Silva Possui graduação em Educação Física pela Universidade Federal de Viçosa

(2000), mestrado em Educação Física pela Universidade Estadual de

Campinas (2003) e especialização em Atividades de lazer e aventura ao ar livre

- ESFA (2008). Atualmente é professora titular e coordenadora do curso de

Educação Física da Escola Superior São Francisco de Assis.

Alan Annibal Schmidt Possui graduação em Educação Física pela Universidade Metodista de

Piracicaba (2001) e mestrado em Educação Física pela Universidade Metodista

de Piracicaba (2009). Atualmente é professor da Associação de Pais e Amigos

dos Excepcionais, professor da FACULDADE DE VINHEDO e coordenador da

Associação de Canoagem de Piracicaba. Tem experiência na área de

Educação Física, com ênfase em Pedagogia do Movimento na Educação,

atuando principalmente nos seguintes temas: atividade física adaptada,

canoagem, deficiência intelectual, atualização profissional e qualidade de vida.

Alcyane Marinho Graduada em Educação Física pela UNESP de Rio Claro (SP). Mestre e

Doutora em Educação Física, Área de Estudos do Lazer, pela UNICAMP

(Campinas, SP). Pesquisadora e vice-líder do Laboratório de Estudos do Lazer

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

(LEL), UNESP de Rio Claro (SP). Organizadora dos livros "Turismo, lazer e

natureza" (2003) e "Viagens, lazer e esporte: o espaço da natureza" (2006),

publicados pela Editora Manole (Barueri, SP). Autora de capítulos de livros e

artigos versando a temática "lazer, natureza e aventura". Atua nas áreas de

Educação Física e Turismo. Atualmente, é profa. das Disciplinas "Eventos

Comunitários"; "Educação, Saúde e Ecologia" e "Recreação", no Curso de

Educação Física da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC),

Florianópolis (SC).

Mey de Abreu Van Munster Possui bacharelado e licenciatura em Educação Física pela Universidade

Estadual de Campinas (1991), especialização em Educação Física Adaptada

(1992), mestrado (1998) e doutorado (2004) em Educação Física, na área de

Atividade Física e Adaptação, pela Universidade Estadual de Campinas.

Atualmente é professora adjunta no Departamento de Educação Física e

Motricidade Humana da Universidade Federal de São Carlos, onde coordena o

Núcleo de Estudos em Atividade Física Adaptada - NEAFA e Projetos de

Extensão relacionados à temática. Credenciada ao Programa de Pós-

graduação em Educação Especial da UFSCar. Membro da Sociedade

Brasileira de Atividade Motora Adaptada desde 1995. Possui experiência

acadêmica e administrativa na área de Educação Física, atuando

principalmente nos seguintes temas: Educação Especial; Educação Física

Adaptada; Esportes na Natureza.

Eliete Maria Silva Cardozo Possui graduação em Educação Física pela Universidade Gama Filho (1987),

graduação em Direito pela Universidade Gama Filho (1982), mestrado em

Educação Física pela Universidade Gama Filho (1997) e doutorado em

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

Educação Física pela Universidade Gama Filho (2006). Tem experiência na

área de Educação Física, com ênfase em Educação Física e Cultura, atuando

na Educação Básica, na Graduação e na Pós-Graduação, com os seguintes

temas: Lazer, Aventura, Ludicidade, Imaginário Social, Contexto Escolar.

Atualmente é Coordenadora/ Professora do Curso de Pós-Graduação em

Educação Física Escolar: Ênfase em Aventura e Ludicidade, nas modalidades

presencial e à distância - UNESA -RJ.

Danilo Roberto Pereira Santiago Licenciado Pleno em Educação Física pela Universidade Estadual Paulista –

UNESP (2005). Mestre e Doutorando em Ciências da Motricidade, na Área de

Pedagogia da Motricidade Humana, Linha de Pesquisa Estados Emocionais e

Movimento, pela UNESP de Rio Claro (SP). Membro Efetivo do LEL -

Laboratório de Estudos do Lazer (UNESP - RIO CLARO - SP). Tem

experiência na área de Educação Física, com ênfase em Pedagogia do

Movimento, atuando principalmente nos seguintes temas: lazer, ambiente

virtual e educação física.

Cristiane Naomi Kawaguti Possui graduação em Educação Física pela Universidade Estadual Paulista

Júlio de Mesquita Filho (2005). Atualmente é mestranda em Ciências da

Motricidade - linha de pesquisa "Estados Emocionais e Movimento" na

UNESP/IB/RC e pesquisadora do LABORATÓRIO DE ESTUDOS DO LAZER.

Titular de cargo na Escola Estadual Professora Laurentina Lorena Correa da

Silva. Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em Educação

Física, atuando principalmente nos seguintes temas: lazer, saúde e qualidade

de vida.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

Renato Marques Possui graduação em Educação Física pela Universidade Católica do Salvador

(1992) e graduação em Nutrição pela Universidade Federal da Bahia (1996).

Especialista em Fisiologia do Exercício pela UNIFMU-SP e em Nutrição Clinica

Funcional pela UNICSUL-SP. Membro do CFN (Conselho Federal de

Nutricionistas), docente dos cursos de Nutrição, Enfermagem e Educação

Física da FTC (Vit.da Conquista-BA). Tem experiência na área de Nutrição,

com ênfase em Nutrição Clínica, atuando principalmente nos seguintes temas:

nutrição,nutrição clínica funcional, alimentação escolar, nutrição

esportiva.Colaborador da Revista VO2 Max, São Paulo-SP.

Igor Oliveira Macêdo Especialista na área de Fisiologia do Exercício

Professor da Faculdade de Tecnologia e Ciências - FTC

Professor da Faculdade Independente do Nordeste - FAINOR

Coordenação do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atividade Física e Saúde -

FTC

Albert D'orleans Alaves Marinho Instrutor de Rappel desde 1988; Rappel Tático; Instrutor de escalada ; Instrutor

de Orientação em Ambiente de Mata; Operações na Caatinga; Operações

Noturnas em Mata; Pára-quedista; Instrutor de Vôo Livre; Mergulhador, CAVE,

TRIMIX, NITROX, Resgate de Corpos, e Serviços Técnicos Subaquáticos;

Instrutor de Tiro instintivo; Ex-integrante das Forças Armadas; Graduando em

Engenharia Agrônomica (10º semestre).

Tendo realizado cursos para Polícia Rodoviária Federal, Choque PM BA,

Exército Brasileiro, Polícia Civil, vários programas para o SporTv, Globo

Esporte, ter realizado o rappel nos mais altos picos da Chapada Diamantina,

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

Cachoeira da Fumaça, Morro dos Brejões, Morro do Camelo dentre outros,

participou do 1º Bungee Jump de caverna do mundo, Realizado Vôo de

Parapente na cordilheira do Pico das Almas.

Ementas dos Cursos do dia 02/07/2009 - QUINTA-FEIRA

1 – Escalada na escola e no lazer Igor Armbrust e Dimitri Wuo Pereira

Ementa: Concepção da parede de escalada na escola; Análise dimensional do

ambiente; Técnicas de movimentação; Atividades com cordas; Compreensão

de nós.

2 – Aspectos fisiológicos das atividades de aventura. Luiz Guilherme Antonacci Guglielmo e Hanna Karen Moreira Antunes

Ementa:

- Aspectos bioenergéticos associados às atividades de aventura.

- Respostas fisiológicas durante as atividades de aventura (VO2; lactato

sanguíneo e freqüência cardíaca).

- Utilização dos índices fisiológicos para quantificar as exigências metabólicas

das atividades de aventura.

- Privação do sono nos padrões fisiológicos de atletas de corrida de aventura:

aspectos físicos, bioquímicos, nutricionais e cognitivos.

3 – Gestão da informação sobre Atividades de Aventura Danilo Roberto Pereira Santiago

Ementa: O curso aborda as principais fontes de informação sobre as atividades

de aventura, sendo elas: mídia televisiva, imprensa e virtual. Focaliza as

principais empresas que operam no setor e o modo de aplicação dos

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

conhecimentos adquiridos no ambiente acadêmico para o mundo dos negócios

dessas atividades. Oferece sugestões para melhor visibilidade das informações

em sites e outros meios de divulgação e de como atrair novos clientes com

segurança, para atuar com estabilidade no mercado.

4 – Educação Física Escolar: Reinventando os Esportes de Aventura Eliete Maria Silva Cardozo

Julio Vicente da Costa Neto

Sidney Santos

Edney Felipe M. Martins

Ementa: Os esportes de aventura e a educação física escolar. A reinvenção

dos esportes de aventura para a educação infantil, o ensino fundamental e o

ensino médio, utilizando o arvorismo, a corrida de orientação e a escalada.

5 –Rappel Básico - Aventura ao alcance de todos! Dalmo Assis e Albert D'orleans Alaves Marinho

Ementa: Histórico do Rappel; Nós e amarrações; Equipamentos básicos;

Ambientes e recursos; Meios alternativos

Ementas dos Cursos do dia 03/07/2009 - SEXTA-FEIRA

6 – Atividades de aventura adaptadas Alan Annibal Schmidt e Mey de Abreu Van Munster

Ementa: O curso abrange um panorama das investigações e intervenções no

campo dos esportes de aventura voltados a pessoas com deficiências

(intelectual e visual), bem como as adaptações metodológicas e vivências de

modalidades aquáticas às necessidades do público em questão.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

- Esportes de aventura e pessoas com deficiências: atualidades e perspectivas;

- Causas, diagnósticos e características de pessoas com deficiência intelectual

e visual;

- Critérios de avaliação e sugestões de adaptações das atividades aquáticas

para pessoas com deficiência intelectual e visual;

- Canoagem: procedimentos pedagógicos para públicos com necessidades

especiais;

- Vivências em canoagem.

7 – Arborismo simulado Leonardo Madeira Pereira e Andréia Silva

Ementa: Estudo do arborismo. Características e conceituações. Pressupostos

teórico/práticos básicos para implementação nos vários campos de intervenção

educativa. Inventário de atividades. Equipamentos específicos e esquemas de

segurança.

8 – Jogos de sensibilização ambiental Cristiane Naomi Kawaguti

Ementa: O curso discute os aspectos da relação humana com a natureza,

salientando estratégias de atuação profissional e pedagógica. Promove

práticas com atividades lúdicas envolvendo adaptações de jogos e brincadeiras

de diferentes ambientes para os espaços naturais, entre eles, os WEBGAMES

adaptados.

9 – Fisiologia em Situações Ambientais Extremas Igor Oliveira Macedo

Ementa: Equilíbrio Térmico Durante o Exercício (Exercício no Calor, Umidade e

Frio; Aclimatação; Termostato do Corpo; Alterações Hemodinâmicas) - Altitude

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

e Exercício Físico (Pressão Atmosférica, Alterações Cardiorrespiratórias,

Ventilação e Equilíbrio Ácido-Básico, Adaptações à Altitude) - Desequilíbrio

Hídrico Durante o Exercício (Desidratação/Hiperidratação,

Hipernatrêmia/Hiponatrêmia, Desvio Cardiovasculares) - Mergulho (Relações

Pressão-Volume, Embolia Gasosa, Pneumotórax, Aerotite, Intoxicação

Gasosa).

10 – Aspectos Nutricionais em Atividades de Aventura Renato Santos Marques

Ementa: Como melhorar a saúde conhecendo a importância de conjugar

alimentação e atividade física para aumento da qualidade de vida; estratégias

nutricionais para o desempenho nos esportes de aventura; hidratação e

suplementação nos esportes de aventura; nutrição para promover a

recuperação pós-exercício; fatores metabólicos na fadiga; alimentos funcionais

e novos hábitos alimentares para qualidade de vida e manutenção da saúde

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

PROGRAMAÇÃO

PROGRAMAÇÃO 01/07/2009 - QUARTA-FEIRA

HORÁRIO ATIVIDADE LOCAL

8h às 18h Credenciamento dos Congressistas e Professores CANDIDATURA DA CIDADE SEDE V CBAA - Entrega Oficial da Documentação

Secretaria Municipal de Turismo

8h às 18h Roteiros Turísticos (Natureza Insight) - ver opções no site Diversos

11h às 17h PROGRAMAÇÃO OPCIONAL 1: Atividades Práticas de Aventura no Projeto Sempre Viva

Parque Municipal de Mucugê

17h00 às 18h30 Momento FTC Verde FTC EAD

19h às 20h Cerimônia de abertura 1 – Abertura Oficial do Evento (Solenidade de Abertura) 2 – Apresentação da Filarmônica 23 de Dezembro

Câmara de Vereadores

20h às 21h Conferência de Abertura: Atividades de Aventura: ritos e mitos Heloisa Turini Bruhns – UNICAMP

Câmara de Vereadores

21h30min Show Voz e Violão com Johren Roll Praça Cel. Douca Medrado

02/07/2009 - QUINTA-FEIRA

HORÁRIO ATIVIDADE LOCAL

6h45min Baba do CBAA & Vôlei do CBAA

Campo de Futebol e Quadra de Esportes

8h às 11h30min

e

14h30min às

Mini-cursos 1 – Escalada na escola e no lazer Igor Armbrust e Dimitri Wuo Pereira 2 – Aspectos fisiológicos das atividades de aventura Luiz Guilherme Antonacci Guglielmo e

Escola Rodrigues Lima

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

17h30min Hanna Karen Moreira Antunes 3 – Gestão da informação sobre Atividades de Aventura Danilo Roberto Pereira Santiago 4 – Educação Física Escolar: Reinventando os Esportes de Aventura Eliete Maria Silva Cardozo, Julio Vicente da Costa Neto Sidney Santos e Edney Felipe M. Martins 5 –Rappel Básico - Aventura ao alcance de todos! Dalmo Assis e Albert D´Orleans

11h30min Swing da Chapada: Aulão de Ritmos com Diego Pereira Praça dos Garimpeiros

12h às 14h Almoço

17h30min às 19h30min Apresentação de trabalhos - Oral

Colégio Horácio de Matos

20h às 21h30

Mesa Redonda 1: Atividades de Aventura, Saúde e Desenvolvimento Leonardo Madeira Pereira - UNILESTE Luiz Guilherme A. Guglielmo – UFSC Hanna Karen M. Antunes - UNIFESP (SANTOS)

Câmara de Vereadores

21h30min Apresentação das candidatas à cidade sede do V CBAA Festival de Danças Tradicionais dos Povos - Atividade social (Inscrição: doação 3 peças de roupa ou 3Kg de alimento não perecível)

Praça dos Garimpeiros

03/07/2009 - SEXTA-FEIRA

HORÁRIO ATIVIDADE LOCAL

8h às 11h30min

e

14h30 às 17h30min

Mini-cursos

6 – Atividades de aventura adaptadas Alan Annibal Schmidt e Mey de Abreu Van Munster 7 – Arborismo simulado Leonardo Madeira Pereira e Andréia Silva 8 – Jogos de sensibilização ambiental Cristiane Naomi Kawaguti 9 – Fisiologia em Situações Ambientais Extremas Igor Oliveira Macedo

Escola Rodrigues Lima

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

10 – Aspectos Nutricionais em Atividades de Aventura Renato Santos Marques

11h30min Momento Zen: Aula de Body Balance Praça dos Garimpeiros

12h às 14h Almoço

17h30min às 19h30min Apresentação de trabalhos - Pôster Clube Recreativo

18h30min Lançamento de Livros com Música Alpina Resort

19h Palestra: VIABILIDADE COMERCIAL PARA IMPLANTAÇÃO DE ATIVIDADES DE AVENTURA FTC EAD

20h30min às 22h00min

Mesa Redonda 2: Atividades de Aventura no contexto educacional Igor Armbrust - UNICASTELO/FEFISA Dimitri Wuo Pereira - USJT Andréia Silva (ESFA - ES)

Câmara de Vereadores

22h Show com Banda Quarteto de Blues Praça dos Garimpeiros

04/07/2009 - SÁBADO

HORÁRIO ATIVIDADE LOCAL

8h30min às 10h

Mesa Redonda 3 Atividades de Aventura: Profissão, Mercado e inclusão Alan Annibal Schmidt - FV Alcyane Marinho - UDESC Mey de Abreu Van Munster - UFSCAR

Câmara de Vereadores

10h às 11h Cases de sucesso Câmara de Vereadores

11h às 12h Palestra Encerramento: As Aventuras Lúdicas Eliete Maria Silva Cardozo - UNESA

Câmara de Vereadores

12h às 12h 30min

Concurso de Fotografia Digital (Resultado) Câmara de Veradores

12h às 13h Almoço

13h30 às18h30

PROGRAMAÇÃO OPCIONAL 2: Enduro: CBAA Mountain Bike Canoagem no Rio Preto

Diversos

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

Trekking Cachoeiras do Garimpo Escalada Livre Rappel Mergulho no Olho d´Água

21h Arraia do CBAA: Festa de Encerramento: Forró Pé de Serra e Comida Típica

Clube Recreativo

01 a 05/07/2009 – QUARTA a DOMINGO

HORÁRIO ATIVIDADE LOCAL

8h às 20h Feira de Produtos: Artesanato, Equipamentos de Aventura, Suplementos Alimentares, etc.

Secretaria Municipal de Turismo

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

ANAIS

IV CBAA - Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura

01/07/09 à 04/07/09

SUMÁRIO

RESUMOS DOS TRABALHOS QUE CONCORRERAM AO TEMA LIVRE PREMIADO

A GEODIVERSIDADE DA REGIÃO DA CHAPADA DE DIAMANTINA E AS ATIVIDADES DE AVENTURA Margareth Pinto de Menezes.............................................................................27

O SKATE E SUAS POSSIBILIDADES EDUCACIONAIS Igor Armbrust.....................................................................................................30

MEMÓRIA, CONHECIMENTO E AVENTURA NA FORMAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA Enio Araujo Pereira............................................................................................31

CORRIDA DE ORIENTAÇÃO, INOVADORA FERRAMENTA PEDAGÓGICA Maria Luísa Alves..............................................................................................34

CONHECIMENTOS, HABILIDADES E CAPACIDADES ENVOLVIDAS NA CORRIDA DE ORIENTAÇÃO Priscila Roberta Alves Lemos............................................................................37

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

RESUMOS DAS COMUNICAÇÕES ORAIS E PÔSTERES O MONTANHISMO NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO: CONHECENDO AS MODALIDADES DE ESCALADA Edney Felipe M. Martins....................................................................................39

SURFE NA ESCOLA? Adealde Ribeiro da Silva....................................................................................41

OS ESPORTES DE AVENTURA NO CONTEXTO ESCOLAR Julio Vicente da Costa Neto...............................................................................43

CICLOTURISMO NA ESTRADA REAL DE DIAMANTINA/MG A PARATY/ RJ Gilberto Gomes Oliveira.....................................................................................45

PROJETO EDUCATIVO ASSOCIADO AO ESPORTE NA NATUREZA NO PARQUE VIEGAS Igor Santiago de Almeida.................................................................................. 47

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DE UM TREINAMENTO EXPERIENCIAL AO AR LIVRE Leonardo Madeira Pereira.................................................................................49

ATIVIDADES DE AVENTURA E ECOTURISMO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO Leonardo Madeira Pereira.................................................................................52

A CORRIDA DE ORIENTAÇÃO E O CONTEXTO ESCOLAR Luiz Felipe Falconeri de Brito............................................................................55

A CONTRIBUIÇÃO DO CAVING NA PROMOÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA Marilda Teixeira Mendes....................................................................................57

ATIVIDADES FÍSICAS DE AVENTURA NA NATUREZA E SUAS POTENCIALIDADES Michel Binda Beccalli.........................................................................................59

OS ESPORTES DE AVENTURA NO CONTEXTO ESCOLAR

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

Ronan Simões...................................................................................................61

TEMA TRANSVERSAL MEIO AMBIENTE NA ESCOLA PARA A PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

Victor Aires Estrella............................................................................................63

EDUCAÇÃO AMBIENTAL UMA CONTRIBUIÇÃO PARA UM “ECOTURISMO SUSTENTÁVEL” Walter Araújo Magalhães Júnior........................................................................66

FATORES MOTIVACIONAIS DA ADERÊNCIA AO ESPORTE DE AVENTURA EM DETRIMENTO AOS EXERCÍCIOS FÍSICOS TRADICIONAIS Walter Michel Carreri.........................................................................................69

TURISMO DE AVENTURA: NORMALIZAÇÃO COMO QUESITO DE SEGURANÇA Augusto César de Almeida................................................................................71

PESSOAS COM DEFÍÊNCIA INTELECTUAL: NAVEGAR É (IM)PRECISO Álan Annibal Schmidt.........................................................................................73

ESTIMATIVA DO GASTO ENERGÉTICO DA CAMINHADA EM TRILHA Alberto Barretto Kruschewsky............................................................................75

(IM) POSSIBILIDADES DE ACESSO AO DIREITO SOCIAL PELA PRÁTICA ESPORTIVA E LÚDICA DO SURFE NO MUNICÍPIO DA SERRA (ES) Beatriz dos Santos Garcez................................................................................78

A SUBUTILIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DE AVENTURA EM SANTA TERESA – ES Carla Rosa Felipe..............................................................................................81

A REALIDADE E SIGNIFICADO DO ESPORTE DE AVENTURA EM GURUPI – TO César Augusto Babosa Lima.............................................................................84

ACESSIBILIDADE NO TURISMO DE AVENTURA DO PARQUE NACIONAL DO IGUAÇU

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

Cláudio Alexandre de Souza.............................................................................86

PROGRAMA ESFA PORTAS ABERTAS: CONTRIBUIÇÕES PEDAGÓGICAS Graciele Cecília Kippert.....................................................................................88

PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA E EDUCAÇÃO FÍSICA: CONTEÚDO OU MODISMO? Geisy Karla Hylário............................................................................................91

ESTRUTURA DAS ATIVIDADES DE AVENTURA SOB A ÓTICA DE UNIVERSITÁRIOS Cristiane Naomi Kawaguti..................................................................................94

ESPORTES NA NATUREZA COMO DISCIPLINA DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA Danilo Roberto Pereira Santiago.......................................................................97

O (DES)COMPROMISSO NAS PRÁTICAS CORPORAIS DE RISCO: LAZER OU COMPETIÇÃO? Denis Terezani...................................................................................................99

A COMPLEXIDADE DA AVALIAÇÃO DOS RISCOS NA ESCALADA EM ROCHA Dimitri Wuo Pereira..........................................................................................102

ESPORTES DE AVENTURA: UMA PROPOSTA PARA INVESTIGAÇÃO DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA Fabiano Augusto Teixeira................................................................................105

ATIVIDADES DE AVENTURA NA ESCOLA: PROPOSTA DE UM PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA UDESC Alcyane Marinho..............................................................................................108

PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA NA NATUREZA, EDUCAÇÃO FÍSICA E RESPONSÁVEIS Felipe Machado...............................................................................................111

ATIVIDADES DE AVENTURA E PRÓ-ATIVIDADE NO LAZER

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

Gisele Maria Schwartz.....................................................................................114

SENSAÇÕES E EMOÇÕES VIVENCIADAS NA PRÁTICA DE ATIVIDADES DE AVENTURA NO CONTEXTO ACADÊMICO Giselle H. Tavares...........................................................................................116

ATIVIDADES DE AVENTURA E A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO EM PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO Viviane Kawano Dias.......................................................................................119

ATIVIDADES DE AVENTURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E AS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS Kaciane Fernandez Espinoza..........................................................................121

ATIVIDADES DE AVENTURA E SUSTENTABILIDADE NAS AÇÕES EXTENSIONISTAS DA UESB/BA Marcial Cotes...................................................................................................124

CONFRONTANDO FREQUÊNCIA CARDÍACA COM DISCURSO DOS VISITANTES EM PASSARELAS SUSPENSAS Marcial Cotes...................................................................................................127

ESPORTE DE ORIENTAÇÃO E O MEIO AMBIENTE Maria Luísa Alves............................................................................................130

OS “NOVOS” ESPORTES NA DISCUSSÃO ACADÊMICA Marília Martins Bandeira..................................................................................132

VISITAS À NATUREZA EM FAMÍLIA: REDIMENSIONANDO A AVENTURA Mey De Abreu Van Munster.............................................................................135

ATIVIDADES FÍSICAS DE AVENTURA NA NATUREZA E SAÚDE: NOVAS PERSPECTIVAS Michel Binda Beccalli.......................................................................................137

PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE ATIVIDADES DE AVENTURA EM ANAIS DE EVENTOS Viviane Kawano Dias.......................................................................................140

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

PRÁTICAS CORPORAIS NA NATUREZA: UMA PROPOSTA PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL Priscilla Pinto Costa da Silva...........................................................................142

COMPORTAMENTO AMBIENTAL DE TURISTAS MOTIVADOS POR AMBIENTES NATURAIS Clóvis Piau Santos...........................................................................................145

PERFIL DO ESTILO DE VIDA DE CONDUTORES DE VISITANTES DA CHAPADA DIAMANTINA – BAHIA Sérgio Souza Magalhães.................................................................................148

SURFE E EDUCAÇÃO FÍSICA: EM BUSCA DO EQUÍLIBRIO FÍSICO E EMOCIONAL Tania Brotto Haddad........................................................................................150

A CONSTRUÇÃO DA AVENTURA NA IMIGRAÇÃO ITALIANA Andréia Silva....................................................................................................152

OS ESPORTES RADICAIS PARA UM PORTADOR DE SÍNDROME DE DOWN Dimitri Wuo Pereira..........................................................................................155

A INSERÇÃO DO IDOSO NAS TRILHAS DO CONHECIMENTO SOBRE AVENTURA Jossett Campagna...........................................................................................158

(RETRO)PERSPECTIVANDO AS TRILHAS DO CONHECIMENTO SOBRE AVENTURA Jossett Campagna...........................................................................................160

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

A GEODIVERSIDADE DA REGIÃO DA CHAPADA DE DIAMANTINA E AS ATIVIDADES DE AVENTURA

Margareth Pinto de Menezes

Mestranda em Geociências, curso de Análise Geoambiental pela Universidade

Guarulhos (UNG) – Guarulhos.

Cinthia Rolim de Albuquerque Meneguel

Mestranda em Geociências, curso Análise Geoambiental pela Universidade de

Guarulhos (UNG) – Guarulhos.

Antonio Manoel dos Santos Oliveira

Doutor em Geografia Física pela Universidade de São Paulo (USP).

A proposta do painel se resume em apresentar a geodiversidade da Chapada

de Diamantina, ressaltando através de tabelas a interação da geologia para as

práticas de atividades de aventura. Assim como abordar a importância da

geoconservação, aliada ao desenvolvimento do geoturismo. Trata-se de uma

região montanhosa e de difícil acesso, permanece deserta sem apresentar

motivos para penetração e povoamento. A sesmaria de Jaconina, então

dividida, forma com Rio de Contas, os dois pólos do ouro na Bahia. Entre eles

é construída a Estrada Real, que atravessa a Chapada de leste para oeste e

segue para Salvador, através de cachoeira. Somente em 1729, aprendeu-se no

Brasil a reconhecer diamantes. Hoje oficialmente a região é visitada por

milhares de turistas de todo o mundo que buscam por diversidade na prática do

turismo. A região dispõe de uma rede hoteleira, com infra estrutura, que atende

o turista com conforto e qualidade. Entretanto o objeto de estudo desse

trabalho é o potencial da geodiversidade, demonstrando que a Chapada de

Diamantina dispõe de um potencial natural que vem sendo desenvolvido ao

longo do tempo.A formação geológica da Chapada sugere as mais diversas

práticas de esportes, seja de aventura, contemplação, histórico, tendo ao seu

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

favor os valores agregado ao ambiente como o próprio ambiente físico. Para o

desenvolvimento das práticas do turismo de aventura o cenário tem um

harmonioso mosaico ambiental, sua declividade acentuada, as formações de

paredão rochoso, as trilhas, a utilização dos rios, corredeiras e os registros do

garimpo do diamante de as cicatrizes revelam a beleza de uma época. São

todos atrativos que se aliam a história-ambiental, e ao geoturismo. Todo esse

potencial está no coração geográfico da Bahia, terras por onde adentraram os

portugueses com o objetivo de colonizar o território brasileiro em busca de

minerais, entre outros. Numa abordagem que se propõe a não só utilizar da

geologia, geomorfologia, no uso dos equipamentos que o turismo propõe, mas

acima de tudo conscientizar esse usuário da relação existente entre o

entretenimento e a formação rochosa que permite esta relação de utilização e

ocupação do solo. Uma importante característica em percorrer os espaços que

a Chapada nos reserva, é a informação referente ao local, este é um valor a

serem agregadas, as trilhas, os traçados desse espaço geográfico que se

formou naturalmente. A geodiversidade trata-se da variedade de ambientes

geológicos, sistemas e processos geradores de paisagens, rochas, minerais,

fósseis, solos e outros depósitos superficiais. Agem juntamente com a

biodiversidade, sendo responsável pela evolução do planeta. O geoturismo faz

a interface entre a geologia e turismo cultural, trata-se da compreensão do

meio ambiente. O patrimônio geológico trata-se de todos os elementos que

compõem a geodiversidade, e o mesmo é representado pelo conjunto de sítios

geológicos (ou geossítios). A atividade turística se desenvolveu nas últimas

décadas e alcançou um grande crescimento, que acarretou em inúmeras

alterações nos espaços onde a atividade se desenvolve. No que se refere ao

turismo de aventura, trata-se de um segmento dinâmico, diversificado que se

mantém como sendo um dos principais segmentos do turismo. As atividades de

aventura devem ser entendidas como atividades que respeitam os termos

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

naturais, culturais e sociais, além da capacidade de carga dos meios e a

conservação dos recursos locais. A Chapada Diamantina é um dos roteiros

mais procurados pelos amantes do ecoturismo e esportes de aventura.

Diversas atividades podem ser desenvolvidas, tais como bóia-cross nas

corredeiras, trilhas até as cachoeiras, montanhismo, rapel, arvorismo, dentre

muitas outras diversas. A realização de práticas sustentáveis para o

geoturismo, tem como objetivo o esclarecimento para o visitante da relação

entre daquela localidade e as práticas do turismo (geoturismo) priorizando a

conservação do patrimônio geológico. Os problemas seriam efetivamente

diminuídos, ou eliminados, se nas atividades envolvidas se tivesse o mínimo de

conhecimento técnico científico na área da geociência. Conhecer a

Geodiversidade, entender as relações existente entre o desenvolvimento

turístico, tendo como objeto principal a conservação, partindo do pressuposto

que somente a conscientização do usuário/turista, que faz uso dos

equipamentos da região, esta é sem dúvida, uma maneira de praticar o turismo

sustentável. Portanto caminhar para o exercício de práticas corretas para com

a natureza torna-se prioridade, quando se visita um santuário como a Chapada,

trabalhar os aspectos da geodiversidade permite agregar valores nas práticas

do turismo de aventura. Considerando que a Chapada Diamantina dispõe de

um mosaico natural, que inclusive é parte integrante de um Projeto de

Geoparque. (UNESCO), reforça a importância dessa localidade enquanto uma

área que abriga a formação do solo brasileiro entre outras informações que a

geologia explica. Entretanto, a região vive economicamente desse solo, que se

consagrou como uma oferta para quem busca um produto que utiliza

unicamente dos recursos existentes para ofertar lazer, aventura, história,

geodivesidade e etc.

Palavras-chaves: aventura, geodiversidade, geoconservação, geoturismo,

sustentabilidade.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

O SKATE E SUAS POSSIBILIDADES EDUCACIONAIS

Igor Armbrust

FEFISA (Faculdades Integradas de Santo André – São Paulo/SP)

UNICASTELO (Universidade Camilo Castelo Branco – São Paulo/SP)

GPAFS (Grupo de Pesquisa em Atividade Física e Saúde – São Paulo/SP)

Flávio Antônio Ascânio Lauro

FMU (Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas – São

Paulo/SP)

UNIMONTE (Centro Universitário Monte Serrat – Santos/SP)

Os esportes radicais têm sido objetos de discussões devido ao interesse de

aplicabilidade de seus conteúdos relacionados ao lazer, ao esporte e a

educação. Todavia, ainda há uma cena de despreparo profissional para

empreender essas atividades, o que dificulta implantar tais práticas nos

âmbitos educacionais. Este estudo apresentou uma proposta metodológica de

um curso de capacitação para graduandos e professores de educação física

com a finalidade de promover reflexões sobre os processos de iniciação na

prática do skate atrelados ao esporte educacional. Foi utilizada a pesquisa

exploratória apoiada em levantamentos bibliográficos para relacionar a prática

do skate e sua ação educativa. Sem a pretensão de esgotar a discussão sobre

este assunto, mas ajudar e complementar com mais elementos da cultura

corporal a efetivar o processo de desenvolvimento do ser humano nos

aspectos biológico, psicológico, social e cultural.

Palavras-chaves: Skate, educação física, esporte educacional.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

MEMÓRIA, CONHECIMENTO E AVENTURA NA FORMAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

Prof. Ms. Enio Araújo Pereira

Prof. Dr. Luis Carlos Rigo

Profa. Dra. Luciana Marins Nogueira Peil

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

A formação de profissionais de diferentes áreas que poderão atuar nas

atividades físicas e nos esportes de aventura na natureza tem sido uma das

preocupações e um dos temas bastante debatidos tanto nos espaços

acadêmicos como em locais vinculados às atividades na natureza. Neste

sentido, tendo como referência as relações possíveis de se estabelecer entre o

campo profissional da Educação Física e os Esportes de Aventura na

Natureza, decidimos realizar este estudo que teve como objetivo realizar uma

análise da disciplina de Excursionismo do Curso de Licenciatura em Educação

Física da Universidade Federal de Pelotas, no período compreendido entre os

anos de 1991 a 2006. Apesar de a referida disciplina ter sido ofertada pela

primeira vez no ano de 1991, em função dos objetivos e do tempo que tivemos

para a realização deste estudo, optamos por fazer uma análise sistemática dos

registros que foram feitos pelos alunos no período compreendido entre os anos

de 2001 a 2006. Tomamos essa decisão principalmente porque foi a partir do

ano de 2001 que adotamos um instrumento padronizado, ao qual

denominamos "questionário de avaliação da disciplina”. Assim, a análise dos

registros escritos, que utilizamos como suporte para realizar o estudo, contou

com questionários que foram respondidos pelos alunos que concluíram a

disciplina de Excursionismo no referido período. Algo que também nos motivou

a realizar este estudo e a propor esta metodologia foi, sem dúvida, o propósito

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

de valorizar os documentos escritos pelos alunos, onde estes tiveram

oportunidade de registrar suas memórias, seus pensamentos, suas reflexões,

fazer suas críticas e expor sugestões sobre momentos de sua formação

acadêmica. A Cartografia foi a metodologia escolhida para analisar os registros

escritos e imagéticos (fotografias) referentes à disciplina realizados pelos

alunos através dos quais identificamos quatro eixos temáticos que

consideramos representativos: “Sujeito, Meio Ambiente e Natureza”

apareceram através da preservação, da relação do homem com a natureza e

dos lugares para prática de atividades de aventura, formando o grupo temático

em que ocorreu o maior número de manifestações por parte dos alunos, onde a

preocupação com a preservação do meio ambiente apareceu como um objetivo

transversal que acompanhou as inúmeras vivências que ocorreram na

disciplina; “Aprendizagem, Conhecimento e Experiência” surgiram como o

grupo onde as práticas, as experiências, as vivências, o conhecimento e a

aprendizagem apareceram nas palavras dos alunos como sendo a segunda

temática mais abordada pelos mesmos. Observou-se também que houve uma

referência aos conteúdos teóricos, mas, enfatizando, que o aprendizado

ocorreu realmente nas práticas desenvolvidas durante as aulas; “Atitudes,

Afetos e Sociabilidade” são temas que surgiram nos depoimentos,

normalmente permeando as palavras que falam das aprendizagens e dos

conhecimentos adquiridos durante as aulas práticas carregando olhares de

sensibilidade nas relações com os colegas, consigo mesmo e com a natureza.

Sendo assim, os sentimentos, as relações e as atitudes estão presentes em

grande parte das falas dos alunos, tanto nas avaliações quanto nos

comentários feitos em várias situações mais informais durante as aulas

práticas; “Currículo, Formação e Campo de Trabalho” apontaram a opinião dos

acadêmicos que se mostram sensíveis para uma formação e atuação

multidisciplinar nessa área e nos registros observamos que a formação e

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

atuação profissional e suas polêmicas atuais aparecem associados ao

crescimento do mercado de trabalho. Concluímos que esses aventureiros

acadêmicos, através de seus trabalhos, estudos, avaliações e participação no

desenvolvimento das aulas, contribuíram para a construção e reconstrução do

conhecimento, assinalando para a importância de as Atividades Físicas e os

Esportes de Aventura na Natureza, conquistarem um lugar de maior relevância

nos currículos dos cursos de Educação Física, intensificando suas ações no

âmbito do ensino, da pesquisa e da extensão.

Palavras-chave: Esporte, Natureza, Currículo, Educação Física.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

CORRIDA DE ORIENTAÇÃO, INOVADORA FERRAMENTA PEDAGÓGICA

Maria Luísa Alves

Secretaria Municipal de Políticas e Ações Sociais e Cidadania (SAS) / Campo

Grande/ MS

Priscila Roberta Alves Lemos

Programa de Educação Tutorial/ Departamento Educação Física/ UFMS

Corrida de Orientação é um esporte praticado individualmente ou em equipes,

cujo objetivo é percorrer uma distância, passando por pontos de controle em

um terreno, no menor tempo possível. Este esporte exige habilidades múltiplas,

como: raciocínio rápido e lógico, concentração, leitura precisa do mapa,

controle da distância percorrida, agilidade, etc. Baseado na Norma Operacional

Básica - Sistema Único de Assistência Social (NOB/SUAS, 2005) e no Estatuto

da Criança e do Adolescente (ECA, Lei nº. 8.069/1990), foram criados projetos

sociais que visam à proteção, através da alimentação, atividades esportivas,

culturais, artísticas e de lazer. Entre estes se destaca o “Projeto Ciranda”,

oferecido em unidades da Secretaria Municipal de Políticas e Ações Sociais e

Cidadania (SAS), que favorecem a diversidade em espaços que realizam o

direito de ser criança/adolescente e permite a construção da cidadania através

de vivência, aprendizados, conflitos e alegrias em diferentes momentos. Tais

atividades ocorrem em período contrário ao escolar e tem como princípios a

intercompletariedade de propósitos entre família, escola e comunidade. Em

Julho de 2007, foi realizada atividade sobre o esporte Orientação com 100

crianças/adolescentes da Unidade Descentralizada de Assistência Social

(UNIDAS) “Leila Jallad Dias”, em Campo Grande (MS), apresentado por

acadêmicas do Programa de Educação Tutorial (PET) do curso de Educação

Física da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Devido os

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

resultados apresentados pelos educandos, esta parceria continuou por meio de

projeto de extensão durante dois meses. Em 2008 e 2009, esta UNIDAS inseriu

em seu planejamento a Orientação com os próprios educadores após

capacitação realizada em parceria da SAS com o Centro de Orientação e

Desportos de Aventura de Campo Grande (CODAC). Durante o ano os

educandos participaram de eventos locais deste esporte como Campeonatos

Municipal, Estadual, Estudantil e Projeto “Orientando-se no Parque”

acompanhados dos responsáveis e educadores. A atividade teórico-prático é

realizada semanalmente no período matutino com educandos entre 06 e 15

anos, num total de seis horas semanais. Na parte teórica é ensinada a

simbologia básica da Orientação, regras do esporte, materiais e equipamentos;

além de apresentações e discussões sobre o tema transversal Meio Ambiente

e Sustentabilidade, no qual são subdivididos os temas: combate à dengue,

poluição, pluralidade cultural, questões de gênero, ética e saúde. Na prática

são desenvolvidos percursos dos temas discutidos, tanto específicos do

esporte quanto os temas transversais. A aprendizagem é influenciada pela

inteligência, incentivo e motivação. Um indivíduo quando motivado, possui uma

atitude ativa no processo de aprendizagem, por isso, aprende melhor. Em

termos educacionais a Orientação corresponde ao conjunto de ações que

visam colocar o desporto a serviço do educando, direcionando-o ao

aprendizado significativo. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s)

tratam da transversalidade e define a prática educativa como possibilidade de

estabelecer um aprendizado sobre as questões da vida real. Foram relatadas

mudanças em relação à auto-estima e autoconhecimento, melhor convívio,

disciplina e limites, fortalecimento dos laços afetivos familiares, resgate de

valores. O mesmo acontece em outros ambientes de convívio, como na escola

onde alunos e responsáveis relatam melhor rendimento escolar devido à maior

concentração, raciocino lógico e rápido. A educação através do esporte tem

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

contribuído significativamente na promoção de valores e no desenvolvimento

de competências fundamentais para que crianças e adolescentes participem

ativamente da vida em sociedade. O esporte pode e deve ser meio de

transformação do educando em um cidadão crítico e atuante. Para tanto é

preciso repensar o modelo de aula empregado, para que esta seja mediadora

da aprendizagem destes objetivos que vão além do simples jogar, correr,

dançar... A Orientação contempla o disposto nos PCN’s quanto à

transversalidade apresentando-se como inovadora ferramenta pedagógica. Ao

se proporcionar aos educandos atividades motivadoras e dinâmicas, eles

participam e contribuem no desenvolvimento das mesmas, trazendo os seus

conhecimentos anteriores, além de terem um maior interesse em expressarem

suas opiniões e emitirem as criticas de forma respeitosa aos demais. A

experiência de desenvolver atividade em um ambiente fora do espaço escolar

demonstra que a ação educativa cabe em qualquer lugar. Que educar,

transmitir conhecimentos, não deve se restringir única e exclusivamente ao

interior da escola. Diante disto, nota-se que a Orientação é um meio eficaz e

eficiente para atuar com crianças e jovens em situação de risco social, de

modo a fortalecer cidadania, auto-estima e os laços afetivos familiares.

Palavras-chave: Corrida de Orientação, Ferramenta Pedagógica, Cidadania.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

CONHECIMENTOS, HABILIDADES E CAPACIDADES ENVOLVIDAS NA CORRIDA DE ORIENTAÇÃO

Priscila Roberta Alves Lemos

Bolsista Programa de Educação Tutorial (PET). Departamento Educação Física

(DEF)/ UFMS.

Claudia Aparecida Stefane

Profª. Drª/ Tutora PET/ Orientadora/ DEF/ UFMS.

Leonardo Liziero

Ex-bolsista PET/ DEF/ Graduado em Educação Física pela UFMS.

A Corrida de Orientação é um esporte que tem por objetivo percorrer pontos de

controle em um terreno, no menor tempo. Entretanto, pouco se conhece sobre

conhecimentos, habilidades e capacidades exigidos por esta prática, pois

estudos ainda são recentes. Diante disso, esta pesquisa teve por objetivo

identificar os conhecimentos, habilidades e capacidades proporcionados pela

prática da Orientação e determinar a ordem de importância destes itens, na

visão de atletas da modalidade pedestre. O estudo qualitativo teve como

instrumento da pesquisa exploratória um questionário fechado, respondido por

nove atletas do Centro de Orientação e Desportos de Aventura de campo

Grande (CODAC). Os dados foram analisados de forma quantitativa com

auxilio do software SPSS 10.0 e, com base nos resultados evidencia-se que,

quanto à ordem de importância para os praticantes, os conhecimentos mais

relevantes foram leitura do mapa e utilização da bússola, além de aspectos

geográficos; quanto às habilidades, raciocínio (lógico e rápido) e tomada de

decisão; em relação às capacidades, concentração como habilidade cognitiva e

agilidade como física. Estes resultados permitem a elaboração de processos

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

pedagógicos para o ensino deste esporte, em especial no meio educacional,

assim como, possibilidade de rever métodos de treinamento.

Palavras-chave: Esportes. Inteligência. Corrida.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

O MONTANHISMO NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO: CONHECENDO AS MODALIDADES DE ESCALADA

Edney Felipe M. Martins

Graduando em Educação Física – UNESA

Eliete Maria Silva Cardozo

Doutora em Educação Física / Pós-Graduação – UNESA / UFRJ

Julio Vicente da Costa Neto

Mestre em Educação Física / Pós-Graduação – UNESA

A cidade do Rio de Janeiro, uma das mais belas do mundo, consegue

aproximar alguns dos ambientes necessários para a prática dos esportes de

aventura, aqueles praticados ao ar livre. Estes esportes estão classificados

quanto ao seu ambiente de prática: a terra, a areia, a montanha, a água, o ar, o

gelo, a neve e os esportes combinados. Em cada classificação existem muitos

esportes, como o trekking, o montanhismo, o arvorismo, o parapente, o pára-

quedas, o mergulho, o ski, o snowboard, o alpinismo, entre outros. Daremos

atenção especial ao montanhismo, que acolhe a escalada tradicional, a

escalada indoor (esportiva artificial), a escalada esportiva, o bouldering, o big

wall, a escalada em alta montanha e a escalada em cascatas de gelo. O

montanhismo é considerado uma atividade esportiva com técnicas e

conhecimentos específicos, que consiste em alcançar o cume de montanhas

através de escaladas e caminhadas, por meio de paredes de pedra e trilhas. O

montanhismo começou a ser organizado no Brasil no início da década de 40,

com a formação da União Brasileira de Excursionismo, que teve a duração de

poucos anos. No final da década de 60 os clubes fundaram a primeira

federação de montanhismo do Brasil, que hoje é atual Federação de Esportes

de Montanha do Estado do Rio de Janeiro, exercendo trabalho importante de

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

recuperação de trilhas e vias de escaladas, caminhos que o escalador segue

na pedra, que necessitavam urgentemente de manutenção. Sem dúvida este é

um indício de que o esporte de montanha pode ser um dos esportes de

aventura mais praticados na cidade do Rio de Janeiro. Sendo assim, o objetivo

do estudo foi conhecer as principais modalidades dos esportes de montanha

praticados na cidade do Rio de Janeiro e os locais aonde ocorrem essas

práticas. O estudo possui características exploratórias e descritivas, as

informações foram colhidas de forma sistemática nos locais de prática de

montanhismo indicados pela Federação de Escalada do Rio de Janeiro,

anotados em caderno de registro e analisadas de acordo com a técnica de

análise do conteúdo. Os resultados indicaram que as práticas destes esportes

ocorrem principalmente em três regiões da cidade, zona sul, zona norte e zona

oeste. Na zona sul, encontramos o complexo da Urca, parte do maciço da

Tijuca e o complexo de montanhas de zona sul compreendido pelas montanhas

que estão fora dos complexos anteriores, nestes encontramos as modalidades,

escalada tradicional, escalada esportiva, bouldering e big wall. Na zona norte

encontramos outra parte do maciço da Tijuca, com as modalidades, escalada

tradicional, escalada esportiva e bouldering. Na zona oeste está a parte final do

maciço da Tijuca, Serra do Mendanha, complexo de montanhas de

Jacarepaguá e o complexo de Guaratiba, com as modalidades, escalada

tradicional, escalada esportiva, bouldering, e big wall. Vale ressaltar que a

atividade de caminhada que é uma vertente do montanhismo, está presente em

todas as zonas. Concluímos que a escalada é a atividade do montanhismo

mais praticada na cidade do Rio de Janeiro, fazendo parte da cultura do

carioca e, como tal, sugerimos que a população seja esclarecida sobre esta

atividade, inclusive nas escolas das regiões aonde ocorrem à prática da

escalada.

Palavras- chave: Esportes de Aventura, Montanhismo e Escalada.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

SURFE NA ESCOLA?

Adealde Ribeiro da Silva

Pós-Graduando – UNESA

Dra. Eliete Maria Silva Cardozo

Pós-Graduação – UNESA / Graduação – UFRJ

Ms. Julio Vicente da Costa Neto

Pós-Graduação / Graduação – UNESA

A Barra da Tijuca é um bairro praiano que está localizado na cidade do Rio de

Janeiro, tem o mar como cenário e é rico em atividades lazer. Nesta localidade

a prática do surfe é freqüente, fazendo parte da cultura da região. O esporte e

sociedade sempre andaram juntos, um reflete o sentido do outro, não podem

ousar reflexões separadas. O fenômeno esporte é temporal e topográfico,

acontecendo em função do tempo e da região em que está inserido, e a Barra

da Tijuca acolhe as características para a prática do surfe. Acredita-se que o

surfe existe a mais de 1000 anos e teve seu início na África Ocidental e no

Peru. Surgiu com o objetivo de diversão, ficar em pé em um tronco sobre as

ondas, ainda não tinha o nome surfe e mais tarde chegou ao Havaí. O surfe

sempre foi praticado pelos nativos como uma forma de cerimônia religiosa,

cultural e até mesmo social. No final do século XX ganha visibilidade através do

crescimento da indústria de vestuário, do patrocínio de atletas, de eventos

esportivos, da publicidade, de filmes, de vídeos, da televisão e da mídia de

uma forma geral. Entende-se o esporte de aventura relacionado a um conjunto

de práticas esportivas que acontecem a partir da interação do sujeito com a

natureza, explorando as diversas possibilidades da condição humana, em

resposta aos desafios desses ambientes. Desta forma, podemos entender o

surfe como um esporte de aventura que faz parte da cultura do carioca. Este

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

estudo teve como objetivo identificar as possibilidades do surfe ser

desenvolvido no contexto das aulas de Educação Física escolar. A pesquisa

possui características descritivas, a população constituiu-se de professores de

Educação Física da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e a amostra foi

formada por onze professores de Educação Física de nove escolas da Barra da

Tijuca. O instrumento de coleta de dados utilizado foi o questionário, contendo

questões fechadas e semi-abertas, analisadas de acordo com a técnica de

análise do conteúdo. Os resultados obtidos mostram que, entre os onze

professores, dez não utilizam o surfe em suas aulas e somente um recorre ao

esporte como uma das atividades para desenvolver os conteúdos da disciplina.

As justificativas para a não utilização ficou relacionada a falta de conhecimento

sobre o esporte e de material, as questões de segurança na praia, o excesso

de alunos nas turmas, a faixa etária, o valor da prancha e a falta de vestiários.

Apesar de não trabalharem o surfe em suas aulas, dois professores se

manifestaram de forma favorável. Um justificou a importância apresentando a

proximidade das escolas em relação ao mar. O segundo começou a refletir

sobre a temática e identificou que poderia iniciar esse trabalho usando o banco

sueco para execução da movimentação corporal básica do surfe. O único

professor que utiliza o esporte em suas aulas relatou usar o tema para a volta à

calma, através de uma história, seguida de movimentos básicos do surfe.

Conclui-se que, apesar de somente dois professores terem se manifestado de

forma positiva e um utilizar o surfe em suas aulas, é possível recorrer a

movimentação corporal básica do surfe para o desenvolvimento dos conteúdos

das aulas de Educação Física escolar, fazendo a aproximação dos alunos com

a cultura que circula na região. Deixamos como sugestão que outras pesquisas

sejam desenvolvidas, buscando as múltiplas possibilidades do surfe fazer parte

da cultura escolar.

Palavras chaves: Surfe, Educação Física Escolar, Esporte de Aventura.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

OS ESPORTES DE AVENTURA NO CONTEXTO ESCOLAR

Julio Vicente da Costa Neto

Mestre em Educação Física / Pós-Graduação – UNESA

Aurione de Souza Filho

Pós-Graduado em Educação Física Escolar: Ênfase em Aventura e Ludicidade

/ Pós-Graduação - UNESA

Os Esportes de Aventura são modalidades esportivas praticadas na natureza,

classificados como aéreos, terrestres e aquáticos. Quando reinventados

podem diversificar as atividades praticadas nas aulas de Educação Física,

contribuindo para o desenvolvimento do tema transversal meio ambiente e

pode funcionar como elemento facilitador para a concretização da

interdisciplinaridade. O arvorismo, a corrida de orientação, o skate, o trekking e

a escalada são os esportes de aventura reinventados com mais freqüência. A

Educação Física é uma disciplina que trata pedagogicamente, na escola, do

conhecimento da cultura corporal, tendo como objeto de estudo a expressão

corporal como linguagem e os temas ou formas da cultura corporal que

constituem o seu conteúdo. Assim, o objetivo da pesquisa foi identificar a

prática dos esportes de aventura nas escolas dos bairros Catumbi e Santa

Teresa. O estudo se justifica na medida em que os esportes de aventura são

considerados como um movimento que atrai um grande número de adeptos.

Surgem pistas de que o sentido de ocupar o tempo livre se desloca

parcialmente para o esporte de aventura, repleto de sentidos lúdicos, que

passa a ser uma tendência de vários grupos de diferentes lugares do planeta.

Esses aventureiros transgridem os limites possíveis, confiando na sua

capacidade de fazer e, por fim, resplandecer de excitação e prazer na sua

realização. A escola, por sua vez, deve caminhar de forma paralela com a

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

cultura e como os esportes de aventura passam a fazer parte da nossa cultura,

apresentam-se adequados para serem desenvolvidos no contexto escolar. A

pesquisa é do tipo qualitativo e possui características de pesquisa exploratória

e descritiva. O instrumento utilizado foi o questionário, contendo questões

fechadas e abertas. A amostra foi formada por 33 profissionais, entre eles,

professores de Educação Física, coordenadores pedagógicos e diretores,

lotados em 11 escolas do ensino fundamental, dos bairros de Santa Teresa e

Catumbi. Os resultados indicaram que a maioria dos entrevistados tem em

média dezessete anos de magistério, conhecem alguns dos esportes de

aventura, sendo a escalada e o trekking os mais citados e praticados pelos

entrevistados. A corrida de orientação, a escalada, o skate e o trekking (trilha),

foram considerados adequados para a prática escolar. O Morro da Urca e a

Pedra da Gávea foram os locais mencionados para prática destes esportes,

uma vez que nestas escolas não há espaço, e também não os utilizam, apesar

de acreditarem que podem trazer benefícios para o desenvolvimento do aluno.

Concluímos que os esportes de aventura não são praticados nas escolas dos

bairros pesquisados, apesar dos professores os conhecerem e acreditarem que

podem fazer parte do contexto escolar, auxiliando-os a atingirem os objetivos

propostos para o ensino fundamental. Nesse sentido, os esportes de aventura

podem ser indicados como atividades para serem reinventadas para as escolas

do ensino fundamental, contribuindo para o desenvolvimento dos conteúdos

deste segmento da educação básica.

Palavras- chave: Esportes de Aventura, Contexto Escolar, Ensino

fundamental.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

CICLOTURISMO NA ESTRADA REAL DE DIAMANTINA/MG A PARATY/ RJ Gilberto Gomes Oliveira

Engenheiro/PUC/MG

Ailton Catão Silva

Fotógrafo

Leonardo Madeira Pereira

Mestre em Educação Física/Unileste – MG

Cicloturismo é uma modalidade não competitiva do ciclismo que consiste na

prática do turismo de aventura através do uso de uma bicicleta específica,

podendo até ser tipo mountain bike. Não possui regras predeterminadas, pode

ser considerado desde uma tarde de passeio até uma viagem de dias, meses

ou anos. É praticado por pessoas de ambos os sexos, qualquer faixa etária, em

zonas urbanas ou rurais, em qualquer estação do ano, de dia ou de noite,

sozinho ou em grupo. Estrada Real era o nome dado a qualquer via terrestre

do Brasil - Colônia percorrida no processo de povoamento e exploração

econômica de seus recursos com o mercado internacional. Nessa perspectiva,

reflete o fato de que era o único caminho oficial autorizado para o trânsito de

pessoas e mercadorias. A Estrada Real Diamantina/MG a Paraty/RJ era

responsável pelo escoamento do ouro de Minas Gerais para o Rio de Janeiro,

e hoje é um roteiro de turismo de aventura muito procurado por ciclistas. A

proposta deste estudo é observar a alimentação diária, a percepção subjetiva

de esforço e o desempenho dos ciclistas na viagem de cicloturismo pela

Estrada Real Diamantina/MG a Paraty/RJ. O método utilizado foi o relatório

diário, preenchido em um caderno específico ao final de cada dia de viagem. A

amostra foi composta por dois ciclistas, com faixa etária de 40 anos, peso

médio de 60 Kg, praticantes de mountain bike há 15 anos. A distância total

percorrida foi de 962 Km em 18 dias pedalados, com 3 dias de descanso,

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

ocorridos com intervalo de 4 e 5 dias pedalados, durante a primavera, outubro

e novembro. A alimentação foi ad libitum, e consistiu de mistura de aveia com

gérmen de trigo, levedo, açúcar mascavo e extrato de soja; frutas,

preferencialmente banana; sanduíches, basicamente pão e queijo; isotônicos e

água. À noite sempre fazia-se ingestão de massas e proteínas. Apenas nos

dias de descanso almoçava e jantava-se. A média da percepção subjetiva do

esforço nessa atividade foi 14, difícil, variando de 8 a 18, conforme as

condições de estradas, de terra ou asfalto, à topografia e altitudes, e às

condições climáticas, sol, calor, chuva, frio, vento e umidade do ar. O

deslocamento diário variou de 6,5 a 95,33 km, sendo a média de 45,82 km/dia.

Iniciou-se um condicionamento e adaptação à bicicleta no sexto dia pedalado,

quando foram retirados de equipamentos 5,5 Kg de uma e 19,3 Kg de outra

bicicleta. O desempenho melhorou. Um dos ciclistas teve uma queda que

afetou levemente o joelho direito, o outro teve dores na nádega direita. No 18º

dia pedalado, naturalmente, culminou no que chamou-se de uma consolidação

da rotina de atividades, quando sentiram uma completa adaptação às

bicicletas, aos tempos de repouso e viagem, e principalmente à alimentação.

Então, mesmo com os imprevistos do caminho desconhecido, atingiam a

condição de melhor desempenho. A rotina estava equilibrada e dimensionada.

No 19º dia ocorreu o maior deslocamento, de 95,33 Km, favorecido também

pela boa condição climática, num dia chuvoso e úmido, com temperatura

amena em estradas asfaltadas de inclinações suaves apesar de grandes

desníveis. O cicloturismo de grande distância leva o corpo e a mente a uma

adaptação em fases, sendo grande no metabolismo com alto consumo de

alimentos, a adaptação de grupos musculares específicos em movimentos com

de longa duração e grandes esforços, exigindo atenção concentrada, reflexo e

equilíbrio constante, condição em que se atinge o melhor desempenho.

Palavras-chave: Cicloturismo, alimentação e desempenho.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

PROJETO EDUCATIVO ASSOCIADO AO ESPORTE NA NATUREZA NO

PARQUE VIEGAS

Igor Santiago de Almeida

Pós-graduando – UNESA

Drd. Valdo Vieira

Mestrado / Graduação – UERJ

Universidade Estácio de Sá

A escola é uma importante difusora da cultura corporal de movimento. É

fundamental que as aulas de educação física diversifiquem o seu conteúdo,

contemplando as novas práticas corporais que surgem cotidianamente,

explorando a transversalidade e interdisciplinaridade, vitais em um ensino de

qualidade. Dentro das possibilidades oferecidas na contemporaneidade há as

relacionadas à Natureza, que se caracterizam por um conjunto de atividades

realizadas em ambientes naturais. Este trabalho, caracterizado como um

Estudo de Caso com cunho descritivo e exploratório, verificou as possibilidades

de se estabelecer um projeto educativo de atividades de aventura na natureza

nas escolas localizadas no entorno do Parque Natural Municipal Fazenda do

Viegas, em Senador Camará, no Rio de Janeiro. O local possui 8,49 hectares,

sendo cercado pelas favelas do Morro do Sossego, Tancredo Neves e Verde é

Vida. Importante centro de produção de cana-de-açúcar no século XVIII,

através da mão-de-obra escrava e posteriormente, no século XIX, da cultura

cafeeira. O declínio e decadência das atividades agrícolas e a crescente

urbanização decorrente da implantação de conjuntos habitacionais culminou

com a redução do terreno da Fazenda e conseqüentemente de sua área

natural. Em 1938 foi tombada pela União, possuindo na atualidade trilhas

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

ecológicas, áreas de lazer com brinquedos e equipamentos de ginástica e

edificações da antiga Fazenda do Viegas. Com o intuito de se ter uma visão

abrangente da questão em estudo diversificou-se a amostra, sendo constituída

de 6 professores de educação física pertencentes às escolas da região - em

que se utilizou um questionário como instrumento de coleta de dados - os

Diretores dessas unidades de ensino e ainda o Administrador do Parque - em

que foram aplicadas entrevistas estruturadas. Entre as respostas dos

participantes da pesquisa pode-se destacar que os Diretores se mostram

favoráveis às aulas extra-muros; os professores conhecem e são favoráveis às

práticas esportivas em ambientes naturais, pelas suas potencialidades sócio-

educativas; e o Administrador do Parque acredita que a sua utilização pelas

escolas pode servir para ajudar na revitalização do local, hoje sujeito a

depredações e a mercê do tráfico e consumo de drogas. Considera-se que as

atividades esportivas na natureza são propostas pedagógicas fundamentais

para o desenvolvimento holístico dos alunos, pelas possibilidades de

discussões com temáticas como meio ambiente e sua interação com outras

disciplinas como biologia, história e geografia. Neste contexto, um projeto

voltado para a educação física escolar dentro do Parque Natural Municipal

Fazenda do Viegas é bem vindo, sendo entretanto mister, para se tornarem

viáveis, que os profissionais envolvidos se apropriem e a transformem, tendo

em vista a realidade onde se encontram.

Palavras-chave: escola, natureza, educação física.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DE UM TREINAMENTO EXPERIENCIAL AO AR LIVRE

Leonardo Madeira Pereira

Mestre em Educação Física/Unileste – MG

Marcelo Faria Passos

Graduado em Turismo/FEAD

O treinamento experiencial ao ar livre é um método holístico capaz de

dinamizar o aprendizado e unir todos os sentidos humanos na aventura do

aprender. Esse sistema de treinamento parte do pressuposto de que é preciso

criar situações vivenciais análogas às enfrentadas para alcançar os objetivos

de uma determinada empresa, para que, com base nessas vivências os

participantes encontrem as respostas comportamentais necessárias. Utiliza-se

como ferramenta dinâmicas lúdicas, jogos cooperativos e atividades de

aventura com o propósito de realizar um trabalho comportamental e

motivacional. O presente estudo consistiu na descrição das atividades de um

treinamento realizado em Belo Horizonte/MG. A amostra foi composta de 140

colaboradores de uma empresa do setor médico hospitalar, homens 65 e

mulheres 75. O objetivo do treinamento foi quebrar paradigmas, trabalhar em

equipe, superar os limites, comunicar-se adequadamente e atingir metas no

período estabelecido. Realizou-se circuito com 5 atividades, dentre elas,

atividade 1 - Estrela, atividade 2 - Esqui gigante, atividade 3 - Arquipélago,

atividade 4 – Aviãozinho, e atividade 5 - Falsa baiana. Para cada atividade

haviam 2 (duas) estações idênticas, A e B, com um facilitador. Os participantes

foram divididos em 10 grupos de 14 indivíduos cada, 5A e 5B. Em cada

estação o tempo de permanência do grupo era de 30 minutos, 20 minutos para

realização da atividade e 10 minutos para reflexão. Ao final de cada atividade o

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

grupo classificava a atividade num score de 1 a 10, onde 1 representava o não

cumprimento do objetivo proposto e 10 o cumprimento do objetivo proposto. Na

atividade 1, com objetivo de planejamento, qualidade, coordenação das ações

e liderança, o grupo deveria construir com a corda disponível uma estrela de 5

pontas iguais, rigorosamente igual ao modelo fornecido, o score final dos

participantes nesta atividade foi 6. Na atividade 2, o objetivo era sinergia de

movimentos, garra e motivação, planejamento e liderança, o grupo deveria

transportar, em apenas uma viagem, todos os participantes e o material

disponível, através da área restrita até o portão de chegada, passando pelo

desvio central, o score final dos participantes nesta atividade foi 10. Na

atividade 3, cada grupo foi dividido em 3 sub grupos, clientes (4), gerentes (5) e

produção (5). Os clientes representam os principais interessados em ver os

produtos da empresa pronto, possuem demandas a serem atendidas, mas tem

dificuldades de comunicar com clareza os seus desejos. Os gerentes traduzem

as demandas do cliente e orientam a produção. O objetivo foi o planejamento,

a otimização de recursos e o uso de múltiplas habilidades, a nota geral do

grupo nesta atividade foi 10. Na atividade 4 o desafio era comunicar-se,

hierarquicamente e em silêncio, utilizando apenas comunicação escrita. O

objetivo foi a comunicação clara e compartilhada, a nota geral do grupo nesta

atividade foi 10. Na atividade 5 todos deveriam percorrer uma distancia de 10m

em uma corda tensionada a 100cm do solo sem utilizar a corda superior como

apoio, era permitido se equilibrar apenas na fita de auto segurança. O grupo se

posicionou em cima de um espaço delimitado por uma lona 2x3m para receber

as orientações do técnico quanto colocação dos equipamentos. A equipe

deveria colocar o próprio material e só poderiam se fixar na corda para a

travessia com autorização do técnico. Não foi disponibilizado material para

todos, sempre havia uma pessoa equipada na corda, uma pronta esperando e

outro colocando o equipamento. O objetivo foi o trabalho com recursos

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

escassos e todos deveriam transpor a corda, essa foi a meta no intervalo de

tempo determinado, o score final da atividade foi 10. Podemos considerar que

apenas a atividade da estrela não foi 10 e que todas as outras atividades

atingiram o objetivo proposto. Sugerimos que outros trabalhos apresentem a

organização do grupo para o treinamento e descrição das atividades realizadas

de acordo com o objetivo da empresa.

Palavras chave: Treinamento experiencial, dinâmicas lúdicas.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

ATIVIDADES DE AVENTURA E ECOTURISMO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO

Leonardo Madeira Pereira

Mestre em Educação Física/Unileste – MG Elisângela Andrade Assis-Madeira

Mestranda em Distúrbios do Desenvolvimento/UPM

Órgão Financiador: CAPES

Na atualidade tem sido discutida a temática da inclusão social da pessoa com

deficiência nos mais distintos espaços. Diferentes áreas do conhecimento

discutem propostas, legislação e aspectos de cidadania para a inclusão de

pessoas com deficiência nos diversos segmentos sociais. As atividades físicas,

esportivas ou de lazer têm valores tanto físicos quanto psíquicos,

desenvolvendo as potencialidades residuais desses indivíduos, proporcionando

também o bem-estar e a socialização. A despeito de todas as dificuldades que

envolvem a realização do lazer da pessoa com deficiência, com a

conscientização de todos e o advento das leis dos direitos civis relacionados à

deficiência, diversos esforços têm sido feitos para corrigir erros e proporcionar

novas soluções. O objetivo da presente pesquisa foi verificar quais as

empresas cadastradas na Associação Brasileira de Empresas de Ecoturismo e

Turismo de Aventura que oferecem serviços para pessoas com deficiência.

Foram levantadas empresas no site da associação, todas que operavam na

região sudeste do Brasil. Ao todo foram 97 empresas associadas da região

sudeste, 13 (13,4%) foram excluídas, dentre essas 7 (7,2%) não tinham site e 6

(6,2%) os sites não foram localizados, as páginas estavam em construção ou

ainda páginas com problemas que impediu a coleta de dados. Ficando um total

de 84 (100%) sites para serem analisados. Verificou-se em cada site se o

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

mesmo ofertava ou mencionava serviços para pessoas com deficiência. De

todos os 84 sites pesquisados, somente 7,1% (6 empresas, identificadas no

presente trabalho do número 1 ao 6) ofertavam atividades de aventura e

ecoturismo para pessoas com deficiência e/ou necessidades especiais e/ou

mobilidade reduzida. No site da empresa 1, foi mencionado que os possíveis

clientes com alguma deficiência devem notificar a empresa prestadora dos

serviços com antecedência para a equipe se preparar para recebê-los, pois

essas pessoas podem necessitar de adaptações específicas para as atividades

oferecidas, com isso a empresa propicia maior conforto e segurança ao

usuário. A empresa também elabora viagens voltadas para essa clientela sob

orientação de especialistas. No site da empresa 2, em cada atividade de

aventura oferecida há um quadro explicativo, que além de outros itens, contém

o item “facilidade para crianças, idosos e pessoas com deficiência”. Nesse item

é indicado o tipo de deficiência que a pessoa pode ter para praticar certa

atividade. Na empresa 3 é relatado que em nenhuma atividade há restrição

física ou de idade, mas há a distinção da programação para pessoas com

deficiência, o site descreve ainda que os seus serviços são voltados para a

inclusão social e esporte para todos. A empresa 4 referiu em seu site que

participou do projeto “Aventureiros Especiais” do Ministério do Turismo e que o

hotel que recebe seus clientes para turismo de aventura é adaptado para

receber pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida. No site da empresa

5 há um link para Rafting para pessoas com deficiência visual. O site 6 é uma

Organização não governamental que visa a inclusão de pessoas com

deficiência no turismo de aventura e ecoturismo, proporcionando cursos de

capacitação para as empresas se adaptarem para oferecer produtos a essa

vasta clientela. Como essa pesquisa não entrou em contato com as empresas,

coletou somente o que elas expuseram no site, não podemos, considerar de

fato, que somente essas 6 empresas oferecem serviços à pessoa com alguma

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

deficiência, lembrando que o objeto de estudo foram os sites das empresas na

Internet. Contudo, as empresas que não fazem uso dessa ferramenta para

expor seu produto por completo, podem perder clientes em potencial,

considerando que hoje a Internet é um dos principais meios de informação e

comunicação, consistindo em um grande mercado para corporações que fazem

uso da natureza eficiente da publicidade com baixo custo e do comércio

eletrônico, sendo uma forma rápida de difundir informação simultaneamente

para uma grande quantidade de pessoas. Por mais que a inserção de pessoas

com deficiência seja discutida e mesmo existindo leis que visam inserir esses

indivíduos na sociedade, muitas especificações ainda não são cumpridas. É um

imenso potencial a ser explorado, mas é necessário, além das adaptações e

acessibilidade, de pessoal capacitado para lidar com essa clientela ávida por

lazer, esporte e aventura.

Palavras-chave: pessoas com deficiência, atividades de aventura, ecoturismo.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

A CORRIDA DE ORIENTAÇÃO E O CONTEXTO ESCOLAR

Luiz Felipe Falconeri de Brito

Pós-Graduando / Educação Física Escolar: Ênfase em Aventura e Ludicidade -

UNESA

Dra. Eliete Maria Silva Cardozo

Pós-Graduação – UNESA / Graduação - UFRJ

Ms. Julio Vicente da Costa Neto

Pós-Graduação / Graduação – UNESA

Os ambientes naturais estão sendo cada vez mais procurados para a prática

de atividades esportivas, sejam elas em prol do lazer ou da melhoria da

qualidade de vida, uma das questões da atualidade. Percebe-se uma nítida

aproximação do cidadão com os ambientes naturais, utilizando os esportes de

aventura e essa é uma tendência da sociedade contemporânea. O esporte de

aventura está relacionado a um conjunto de práticas esportivas que acontecem

a partir da interação do sujeito com a natureza. A corrida de orientação, por sua

vez, considerada como um dos esportes de aventura praticados na cidade do

Rio de Janeiro reforça a idéia de aproximação dos cariocas com os ambientes

naturais. No Brasil a corrida de orientação teve início na década de 70, no

ambiente militar, e nos anos de 1983, 1992 e 2006 foi sede de campeonatos

mundiais. Como toda modalidade nova a corrida de orientação desenvolveu-se

a partir da dedicação dos praticantes e da iniciativa pioneira de alguns

indivíduos. Hoje existem aproximadamente 300.000 praticantes em 27 países

sob a orientação da Federação Internacional de Orientação e é crescente o

número de participantes, passando a ser uma realidade escolar em alguns

países da Europa. Algumas diretrizes apontam para a necessidade de se

ampliar e enriquecer as atividades das aulas de Educação Física escolar,

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

possibilitando aos alunos conhecerem diversas manifestações da cultura

corporal. Os esportes de aventura podem ser considerados como uma dessas

manifestações que possuem inúmeras possibilidades de exploração na área

educacional, entre elas a corrida de orientação. Sendo assim, o objetivo da

pesquisa foi identificar a utilização da corrida de orientação durante as aulas de

Educação Física escolar. O estudo possui características descritivas, a

população constituiu-se de professores de Educação Física da Prefeitura da

Cidade do Rio de Janeiro e a amostra foi formada por dez professores de

Educação Física que ministram aulas do sexto ao nono ano, das escolas da

Barra da Tijuca. O instrumento de coleta de dados utilizado foi o questionário,

contendo questões fechadas e semi-abertas, analisadas de acordo com a

técnica de análise do conteúdo. Os resultados obtidos indicaram que a maioria

dos profissionais de Educação Física não utiliza a corrida de orientação em

suas aulas em função de não possuírem material e espaço físico adequados,

mas a partir daquele momento passaram a achar a idéia interessante e

pretendem utilizar. Um desses informantes, que já havia vivenciado a prática

da corrida de orientação no meio militar, mas ainda não havia colocado em

prática no seu espaço pedagógico, expôs que essa modalidade esportiva pode

ser oferecida sem a utilização de material. Conclui-se que é possível utilizar a

corrida de orientação no contexto escolar, é uma atividade que desperta o

interesse dos professores e necessita ser mais divulgada entre os docentes.

Palavras-chave: Educação Física escolar, Esporte de Aventura, Corrida de

Orientação.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

A CONTRIBUIÇÃO DO CAVING NA PROMOÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA

Marilda Teixeira Mendes

Instituto de Ciências Agrárias/UFMG (ICA/UFMG)

Francisco José Andriotti Prada

Universidade Católica de Brasília (UCB)

Tânia Mara Vieira

Sampaio

Universidade Católica de Brasília (UCB)

O caving, enquanto atividade prática realizada em caverna, proporciona ao

corpo um bem-estar corporal.O presente estudo teve como objetivo analisar a

contribuição do caving na melhoria da qualidade de vida dos integrantes do

Espeleogrupo Peter Lund - EPL, por meio da relação ser humano/caverna. A

justificativa para a realização desse estudo ocorre em função da existência de

poucos estudos no Brasil sobre a relação caving e qualidade de vida. A

metodologia utilizada foi uma combinação de pesquisa bibliográfica e de

campo. Como instrumento de coleta de dados, foram realizadas a observação

participante e a entrevista semi-estruturada. Para a análise dos dados, utilizou-

se a técnica de análise de conteúdo, que possibilitou obter indicadores, os

quais contribuíram para a sistematização das seguintes variáveis: significado

da caverna; significado do caving; motivos para a prática do caving; relação ser

humano/caverna e sentidos corporais presentes no caving. Esses indicadores

se vinculam à melhoria da qualidade de vida. Os sujeitos deste estudo foram

dez integrantes pertencentes ao EPL, praticantes do caving, de ambos os

gêneros, ocupantes de diferentes categorias profissionais, levando-se em conta

a representatividade e a acessibilidade. Evidenciou-se que a prática do caving

implicou na melhoria da qualidade de vida dos integrantes do EPL, por meio de

vários benefícios: sentidos corporais; à existência de um cansaço bom; à paz; à

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

tranqüilidade; à harmonia; ao lazer, à sociabilidade; à religião e à emoção, O

caving é uma atividade prática de caráter primordialmente sensorial, que

promove a interação do praticante com a caverna.

Palavras-chave: Caverna; Caving; Qualidade de Vida; Corpo; Natureza.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

ATIVIDADES FÍSICAS DE AVENTURA NA NATUREZA E SUAS POTENCIALIDADES

Michel Binda Beccalli

Graduando em Educação Física/ESFA

Vivenciamos um momento histórico em que o termo “sustentabilidade” se torna

cada vez mais presente nas mais diversas esferas de discussão. Entretanto,

pouco se discute acerca de ações concretas no sentido de garantir essa

sustentabilidade no que tange as questões ambientais. O contraste acentuado

das recentes modificações climáticas aponta para uma necessidade cada vez

maior de preservar o ambiente em que vivemos, utilizando-o de maneira

efetivamente sustentável. As conseqüências vivenciadas são fruto de um

processo de exploração exacerbada, aliados a uma deficiente conscientização.

Portanto, é primordial uma modificação nas estratégias empregadas nesse

processo. Tais fatos vão de encontro às constatações de que as relações

estabelecidas entre a sociedade e a natureza afetam a qualidade de vida

humana e a deterioração dos ecossistemas e do ambiente construído pode

ameaçar a continuidade de vida global do planeta. Nessa perspectiva, foi

realizada uma pesquisa bibliográfica exploratória e de revisão bibliográfica com

o objetivo de apontar as potencialidades das atividades físicas de aventura na

natureza (AFAN) enquanto meio educacional voltado para a educação

ambiental. Nesse momento, voltamos nossos olhares para as atividades físicas

de aventura na natureza (AFAN), destacando suas potencialidades enquanto

instrumento de educação ambiental, contribuindo no processo de construção

de um conhecimento mais amplo e mais facilmente assimilável, dado seu

pragmatismo, criando laços mais estreitos entre ser humano e natureza. Tais

laços são de extrema importância para que o ser humano sinta-se parte

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

integrante do meio com o qual interage direta e/ou indiretamente,

potencializando o surgimento de ações no sentido de preservar esse meio. As

AFAN ainda se destacam enquanto uma possibilidade de vivenciar um

ambiente educacional diferenciado, podendo contribuir na formação tanto de

conteúdos atitudinais quanto procedimentais. A falta de identificação do ser

humano com o meio ambiente é vista como uma conseqüência de uma das

sete grandes falhas da educação atual, gerando a falta da compreensão

necessária dentro do atual contexto, atentando para a necessidade da

construção de uma identificação coletiva e a consciência da existência de um

destino comum a todos os seres humanos, levando-se em consideração que a

grande inimiga da compreensão é a falta de preocupação em ensiná-la.

Portanto, é nesse quadro atual que as atividades de aventura na natureza vêm

surgindo como interface frente aos desafios que são colocados na conciliação

entre o meio social, a organização da cidade e a proteção da natureza, uma

vez que se entende a relação do ser humano com o meio em que vive

enquanto algo construído socialmente e perpetuado através de uma cultura.

Feitas as devidas considerações, deve-se atentar para o fato de que, no

momento em que vivemos, talvez não seja suficiente ver a Educação Ambiental

apenas como “mais um tema transversal”. Assim sendo, deve-se parar de

buscar justificativas para a não-inclusão efetiva desse tema em qualquer

disciplina escolar, em especial, a Educação Física, para que possamos

resgatar, quem sabe, a harmonia ser humano-natureza necessária para a

perpetuação da espécie humana.

Palavras-chave: Atividades físicas de aventura na natureza, Educação Física

escolar, Educação Ambiental.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

OS ESPORTES DE AVENTURA NO CONTEXTO ESCOLAR

Ronan Simões

Graduado em Educação Física – UFRJ

Dra. Eliete Maria Silva Cardozo

Pós-Graduação – UNESA/Graduação – UFRJ

Os esportes de aventura fazem parte de um conjunto de esportes considerados

como atividades que podem ser reinventadas para o contexto da Educação

Física escolar. Os esportes são classificados de diferentes formas, variando de

acordo com a opção do autor, e podemos citar como exemplo os esportes de

quadra, aquáticos, com raquetes, de inverno, entre outros. De acordo com

Tubino (2007) existem 516 esportes catalogados e a partir desta afirmativa

podemos levantar a seguinte questão: Qual será o motivo de observarmos a

maioria dos professores utilizando somente o voleibol, o futsal, o handebol e o

basquetebol? Por outro lado, sabemos que a prática dos esportes de aventura

é considerada como rotina em alguns países e podemos citar a Nova Zelândia,

Portugal e Inglaterra. Sendo assim, este estudo teve como objetivo identificar

se as atividades de aventura são praticadas nas aulas de Educação Física

escolar e conhecer o grau de importância das atividades de aventura para o

desenvolvimento dos conteúdos da Educação Física escolar. O estudo se

justifica na medida em que vai elucidar aos professores de Educação Física

escolar a possibilidade de refletir sobre a utilização das atividades de aventura

nas suas aulas, mostrando a importância de relacionar o conteúdo a ser

desenvolvido com a cultura dos nossos alunos. A pesquisa tem características

descritivas, que permitiram identificar conhecimentos e percepções dos

professores referentes aos conteúdos das aulas de Educação Física escolar e

à inserção das atividades de aventura neste contexto. A amostra foi formada

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

por doze professores de Educação Física da Rede Municipal e Privada do

Município do Rio de Janeiro e as informações foram obtidas por meio de

entrevista semi-estruturada. Os resultados indicaram que a maioria dos

professores entrevistados começa a se aproximar das práticas das atividades

de aventura e conhecem outras escolas e/ou professores que vem

desenvolvendo esses conteúdos com seus alunos. Parece haver um consenso

entre a literatura e os professores entrevistados em relação à possibilidade do

desenvolvimento de atividades de aventura no contexto escolar. Alguns

profissionais da área utilizam estas atividades em suas aulas, publicam suas

experiências em seminários voltados para a temática e relatam que os alunos

demonstram interesse para a prática das atividades de aventura. Os

entrevistados deixaram pistas sobre a necessidade de valorizar, no momento

da seleção dos conteúdos, a faixa etária e o nível de desenvolvimento motor

dos alunos, mas que essa seleção de conteúdos não fique apenas relacionada

às habilidades motoras, que englobe a dimensão conceitual, a atitudinal e a

procedimental. Ficou evidente, também, a necessidade das escolas adequarem

seus espaços e suas condições materiais, já que o aspecto que mais preocupa

aos professores é a questão da estrutura das escolas para a prática das

atividades de aventura, da segurança e da disponibilidade de equipamento

adequados.

Palavras- Chave: Esporte de Aventura, Educação Física Escolar e Conteúdo.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) propõem a aplicação dos temas

transversais nas aulas do ensino fundamental como meio de abordar temas

emergentes na sociedade contemporânea. Esses assuntos são utilizados por

todas as disciplinas. A utilização nas aulas de Educação Física Escolar está

vinculada à prática dos professores durante suas experiências com os alunos.

Este estudo tem como objetivo identificar a intervenção do professor de

Educação Física Escolar valorizando o tema transversal meio ambiente, no

sentido de estimular a preservação da natureza. Esta pesquisa é exploratória e

descritiva. A população constituiu-se de professores de Educação Física

Escolar do ensino fundamental, com uma amostra de quinze sujeitos de ambos

os gêneros. O instrumento de coleta de dados utilizado foi um questionário com

treze perguntas abertas e fechadas, validado e aplicado mediante a assinatura

do termo de consentimento livre e esclarecido, caracterizando a participação

voluntária dos entrevistados. O preenchimento do questionário pelos

participantes ocorreu entre o período de janeiro e fevereiro do ano de 2009. A

interpretação dos dados foi feita à luz da estatística descritiva. O perfil do grupo

entrevistado apresentou média aritmética das idades de 32,3 anos, do tempo

de formado de 7,6 anos e de permanência no local de trabalho de 4,7 anos.

Houve um predomínio do gênero feminino com um percentual de 6% a mais

sobre o masculino. A formação acadêmica envolvendo o nível de graduação foi

TEMA TRANSVERSAL MEIO AMBIENTE NA ESCOLA PARA A PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

Victor Aires Estrella

UNESA

Dra. Yara Lacerda

UNESA/UGF/UCL

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

de 53%, e o nível de pós-graduação registrou um percentual de 47% dos

professores pós-graduados. Todos os entrevistados declararam possuir

conhecimento sobre o tema transversal meio ambiente e abordar o assunto em

suas aulas. Foram introduzidos a esta temática por meio das informações

veiculadas nas faculdades. Ao serem indagados sobre as razões que levam a

abordar o tema transversal meio ambiente nas aulas os professores relataram

que proporciona aos alunos a reflexão sobre atos que degredam a Terra,

estimulando conscientização, conhecimento, esclarecimento de dúvidas e

aprendizagem sobre a necessidade da preservação. Pode ser observado, de

acordo com as falas dos docentes, que a abordagem do tema transversal meio

ambiente na escola contribui para a valorização do meio ambiente, adquirir

noções de cuidados, além da aquisição de conhecimentos que minimizam as

ações contra a degradação e colaboram com tomada de atitudes favoráveis à

preservação. Para eles essas ações aumentam as possibilidades dos alunos

se tornarem esclarecidos, responsáveis e conscientes com a questão

ambiental. Oferecem a chance de despertar o jovem para as responsabilidades

de seus atos contra o ambiente levando-os a respeitar tudo que envolva o meio

natural e as estratégias favoráveis à preservação. Conclui-se que o tema

transversal meio ambiente na visão do grupo de professores entrevistados é

uma poderosa ferramenta na conscientização dos alunos para a preservação

ambiental, sendo um meio para se atingir um processo dinâmico de construção

de novos valores, atitudes e posturas éticas. Para o grupo a prática dos

exercícios físicos pode contribuir para esclarecer questões voltadas ao meio

natural, principalmente se associada aos esportes e atividades envolvendo a

natureza. Pode estimular os alunos a adquirir hábitos no cotidiano voltados

para a preservação dessa natureza vivenciada como forma de lazer. Além

disso, os resultados identificados na pesquisa demonstraram que existem

interesse e preocupação do docente em relação ao tema. Foi observado que

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

os mesmos intervem nas aulas estimulando o aprendizado através da

aplicação de textos, pesquisas, debates, excursões, trabalhos e vídeos.

Palavras–chave: Educação Física Escolar, Ensino Fundamental, Tema

transversal meio ambiente, Preservação ambiental.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

EDUCAÇÃO AMBIENTAL UMA CONTRIBUIÇÃO PARA UM “ECOTURISMO SUSTENTÁVEL”

Walter Araújo Magalhães Júnior

Discente do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas

Solange Gomes Farias

Bacharel em Ciências Biológicas com ênfase em Ecologia

Universidade Estadual de Santa Cruz. Departamento de Ciências Biológicas

O ecoturismo é a “atividade que utiliza, de forma “sustentável”, o patrimônio

natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma

consciência conservacionista através da interpretação do ambiente,

promovendo o bem estar das populações envolvidas”. A sustentabilidade da

atividade ecoturística depende de três fatores essenciais: a conservação do

ambiente visitado seja ele natural ou cultural; a conscientização ambiental do

turista, da comunidade receptora e das agências promotoras; e o

desenvolvimento local e regional integrado. O ecoturismo praticado no Brasil é

uma atividade ainda desordenada, impulsionada, quase que exclusivamente,

pela oportunidade mercadológica, deixando a rigor, de gerar os benefícios

socioeconômicos e ambientais esperados. Nesta atividade devem ser levados

em consideração os impactos ambientais e socioeconômicos, através do

processo de planejamento, de modo a minimizar os efeitos negativos,

reforçando os positivos. Além disso, os projetos a serem implementados devem

antes ser submetidos a um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) com elaboração

do Relatório de Impactos do Meio Ambiente (RIMA), de modo a assegurar que

não serão gerados problemas graves no futuro, alterando os aspectos

ambientais do local. Mesmo estando integrados no planejamento e no

desenvolvimento do projeto, os impactos têm de ser continuamente

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

supervisionados e geridos de modo que sejam detectados e corrigidos com

facilidade antes de assumirem proporções graves. Pois quando planejado

cuidadosamente, o ecoturismo pode ajudar a conservar a herança cultural e

ambiental do local. A Educação ambiental encontra no Ecoturismo um meio de

promover a consciência ambiental através das viagens. Cria oportunidades

para novas formas criativas de pensar e agir, que garantem uma experiência

transformadora, pois oportuniza vivências que vão além do alcance das

explicações já que aproxima o ser humano do meio ambiente. A sensibilização

do ecoturista incorpora pressupostos para o questionamento de valores e a

reformulação de aspectos indesejáveis da vida cotidiana. Com objetivo de

investigação de cunho teórico que visa analisar os conceitos e concepções

vigentes que norteiam a relação homem/ambiente propondo uma nova idéia de

Educação (Ambiental). Esse trabalho teve por base a pesquisa bibliográfica em

livros e artigos científicos relacionados à temática. A investigação em pauta

levou a consciência da necessidade premente de uma nova concepção da

natureza não a entendendo mais como simplesmente matéria prima. O

Ecoturismo surge como um projeto alternativo de educação ambiental quando

se fundamenta em princípios de sustentabilidade ambiental, econômica e social

e contribui para a construção de uma cidadania baseada em princípios éticos.

“O desafio da sociedade sustentável é criar novas formas de ser e de estar

neste mundo”. A construção de uma cidadania ambiental busca transformar

mentalidades baseadas num sentido amplo e renovado e requer a inclusão do

ser humano como corresponsável pelas mudanças no planeta. Desta maneira,

o Turismo, aliado à Educação Ambiental, pode desencadear este

pertencimento quando sensibiliza o cidadão para a busca de mudanças a partir

de um “colocar-se” no mundo ativamente e não na espera por mudanças

prontas e finalizadas. Na busca de um novo sentido para a Educação

Ambiental, o Ecoturismo pode dar um novo significado às viagens. A procura

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

por locais preservados, pelo contato com a natureza não se dá somente em

virtude do estilo de vida moderno, mas também pode ocorrer como uma prática

pedagógica. Da mesma forma, conhecer locais depredados pode ser um fator

de sensibilização e instrumento de educação ambiental. Neste cenário insere-

se um novo ecoturismo que embora defenda a sustentabilidade do ambiente e

o desenvolvimento econômico das regiões, entre outros enfoques, deve estar

alicerçado nesta Educação (ambiental) proposta. Será essa Educação

(Ambiental) o cenário da multiplicação dos conceitos advindos da ética

ambiental os quais estreitarão em nossa concepção, a relação ser

humano/ambiente a partir da relação ética/ecologia. O ecoturismo estará,

então, cumprindo mais do que seus objetivos, seu papel integral tornando-se

um forte aliado à mudança sócio-ambiental vigente.

Palavras chave: Educação Ambiental, Ecoturismo, Desenvolvimento

sustentável.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

FATORES MOTIVACIONAIS DA ADERÊNCIA AO ESPORTE DE AVENTURA EM DETRIMENTO AOS EXERCÍCIOS FÍSICOS TRADICIONAIS

Walter Michel Carreri

Universidade Estadual de Londrina (UEL)

A prática de atividade física sistematizada, cada vez mais difundida e

assimilada, vem proporcionando melhorias nos níveis de saúde e,

consequentemente, na qualidade de vida de seus praticantes. Atividades

tradicionais como o futebol praticado por amadores, muitas vezes até em

terrenos longe do ideal, é um exemplo da disseminação da prática de

exercícios físicos, além disso, observa-se a prática de caminhada em qualquer

espaço destinado a esse fim ou mesmo em vias urbanas. Tais atividades

físicas vêm perdendo seu espaço para um novo rol de exercícios físicos, ditos

esportes de aventura, que proporciona atividade corporal em ambientes não

convencionais, levando em conta os esportes tradicionais. Nesse sentido, as

atividades de aventura ocupam parte primordial nesta responsabilidade de

elevar o nível de atividade física diária de seus adeptos, além de favorecer a

integração destes com a natureza. Essas atividades podem ser realizadas

através de modalidades como a descida de rapel de obstáculos naturais, como

desfiladeiros e cavernas; ou artificiais, como pontes ou prédios. Também em

escaladas, corridas rústicas e de aventura em diversos terrenos, como em ruas

e avenidas; ou envolvendo áreas naturais em diferentes terrenos, como nas

cidades ou em matas. Além dessas, o "rafting", o arborismo e a tirolesa, que

vêm sendo proporcionados em grandes cidades por clubes campestres,

também ocasionam aos praticantes a opção desse atrativo em meio urbano;

entre outras atividades, como pára-quedismo e mergulho. O presente estudo

tem por objetivo verificar, junto à literatura pertinente, os reais motivos que

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

levam esses praticantes a optarem por tais modalidades esportivas em

detrimento aos modelos ditos tradicionais de práticas corporais como futebol,

vôlei ou uma simples corrida. Para tanto, foram utilizados artigos científicos na

versão impressa e virtual, monografias de conclusões de curso, especialização

e mestrado, além de estudos publicados em revistas especializadas na área de

turismo, lazer e educação física. Os resultados apontam que, além da procura

dos benefícios da prática sistemática de atividade física como a manutenção da

saúde, preservação do peso corporal e aumento dos níveis de aptidão física,

há uma tendência que revela uma aproximação e valorização do praticante em

relação à natureza, motivos pelos quais se observam diminuição do estresse

diário, relaxamento, bem-estar e lazer. Assim, percebe-se acentuado aumento

na procura por atividades com as características apresentadas, por atenderem,

especificamente, às necessidades de seus adeptos no que se diz respeito ao

aprimoramento da relação homem-natureza; além de serem consideradas mais

eficazes para que os objetivos de melhorar a qualidade de vida sejam

alcançados e se tenha a possibilidade de experimentar novos anseios e

emoções. Torna-se, dessa forma, bastante interessante aprofundar as

reflexões sobre essa temática, a fim de ampliar as discussões e conhecer

melhor o potencial do universo focalizado, localizando as características de

seus praticantes, sejam elas socioeconômicas, de gênero, ou de nível de

aptidão física.

Palavras-chave: Esporte de aventura, exercício físico, motivação, natureza.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

TURISMO DE AVENTURA: NORMALIZAÇÃO COMO QUESITO DE SEGURANÇA

Augusto César de Almeida

Centro Universitário SENAC – Campus Francisco Matarazzo

Sabemos que o lazer é uma necessidade básica do ser humano, com isso

muitas opções são oferecidas pelos diversos meios de comunicação. Para

tanto uma dessas opções é o trade turístico que vem se tornando uma busca

na tentativa de suprir essa necessidade. Nos países desenvolvidos, as viagens

turísticas já consolidaram seu valor socioeconômico que com o passar dos

anos, já ficou caracterizado como um “direito ao lazer”. Atualmente a qualidade

de uma destinação turística vem sendo avaliada com base na originalidade de

suas atrações e no bem estar que elas proporcionam. As atividades que o

turismo de aventura proporciona encontra-se em reestruturação no quesito

segurança, visto que algumas iniciativas de instituições privadas em parceria

com a ABNT (Associação Brasileira de Normas e Técnicas) e MTur (Ministério

do Turismo), encabeçaram uma normalização com as diretrizes que regem

uma prática “mais segura e confiável” para a operacionalização dessas

atividades. Contudo algumas nomenclaturas foram transcritas para definir as

diferentes atividades como: terminologias, competência de pessoal e sistema

de gestão da segurança que foram elaboradas na tentativa de padronizar essa

forma operacional. De acordo com os estudos feitos pelo Plano Nacional de

Turismo, o mercado de turismo de aventura vem crescendo a cada ano, com

isso veículos de comunicação desenvolvem trabalhos de divulgação e

promoção dessas atividades, visando uma adesão desses praticantes e

ampliando a prática desse segmento. Para tais atividades uma operação

comercial visa à gestão de qualidade, segurança e vivência para seus turistas,

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

sendo que seus procedimentos devem ser claros respeitando o fluxo das ações

envolvidas. Como recomendação alguns aspectos são elencados para essas

práticas como a definição de horário e dias de visita, levando em conta os

aspectos como a sazonalidade, definição numérica dos grupos bem como a

indicação mínima e máxima da capacidade do atendimento, estabelecendo

canais de comunicação, articulação, organização da rede de serviços, sua

oferta e a elaboração do material informativo. O objetivo dessa pesquisa foi

investigar o que esta sendo feito ou pensado para as praticas segura X turismo

de aventura. Sendo que a metodologia utilizada foi através de uma revisão

bibliográfica, buscando seus conceitos e atualidades. Encontramos um

crescimento significativo do turismo no Brasil, empresários do segmento de

“aventura” reuniram-se ao longo desse processo criando uma associação

chamada ABETA (Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e

Turismo de Aventura), como conseqüência desencadeou uma normalização

em parceria com a ABNT e MTur, tendo como objetivo proporcionar uma

qualidade de segurança padronizada e aplicável as praticas de atividades ao ar

livre. Pensando que toda essa preocupação com a normalização vem trazendo

uma forma de trabalho “mais seguro e confiável”. Concluímos que em médio

prazo essa norma possa virar uma legislação para este segmento, podendo

ocasionar uma obrigatoriedade das empresas, instituições, órgãos públicos e

etc para sua operacionalização comercial. Isso para nós seria um grande

avanço nacional e uma visibilidade positiva internacional, mesmo assim é

necessário que mais pesquisas sejam realizadas in loco para certificar se sua

aplicação está sendo seguida e aceita dentro das “operadoras” que

desenvolvem esses tipos de atividades de aventura junto à natureza que por

ventura não se cadastraram junto a ABETA.

Palavras chave: Turismo de aventura, Ecoturismo, Segurança e Mercado do

Turismo de Aventura.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

PESSOAS COM DEFÍCIÊNCIA INTELECTUAL: NAVEGAR É (IM)PRECISO

Álan Annibal Schmidt

LEL- Laboratório de Estudos do Lazer

UNIMEP- Universidade Metodista de Piracicaba NUCORPO- Núcleo de Pesquisa em Corporeidade e Pedagogia do Movimento

Muito se tem falado em atividade física adaptada, suas interfaces com a

pedagogia do movimento, com o alto rendimento e em atividades do contexto

do lazer, entretanto, poucos estudos direcionam suas observações as relações

estabelecidas entre o ambiente, a atividade em si e a pessoa com deficiência

intelectual. Assim, essa pesquisa teve como objetivo observar, analisar e

compreender as ações corporais das pessoas com deficiência intelectual e

suas relações com o ambiente. A pesquisa contabilizou 18 encontros, sendo

que, participaram da pesquisa 11 alunos com deficiência intelectual de uma

escola de canoagem. Para isso, a metodologia utilizada foi a pesquisa

qualitativa, a partir da observação sistemática participante, com o uso do diário

de campo. As relações observadas durante a pesquisa foram sustentadas por

duas unidades de registros: 1- curiosidade e exploração; 2- assimilações em

relação ao ambiente. Em relação a primeira unidade de registro, observamos

que os alunos questionavam, constantemente, qual a profundidade da lagoa,

se havia peixes no local e, se eram da família das piranhas, por que a água era

escura, quais os nomes dos pássaros que sobrevoavam o local, qual era o

cheiro que sentiam quando estavam próximos do parque onde ocorriam as

aulas e, se as árvores que estavam no parque davam frutos. Por meio dessas

observações, acreditamos que essas curiosidades e a busca por novos

horizontes provêm, por parte do ser humano que as vivencia, de associações

socioculturais da subjetividade de suas vontades e de suas experiências reais

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

e imaginárias. Também pudemos constatar as preocupações dos alunos em

relação aos perigos que o ambiente apresentava, como por exemplo, a

possibilidade de ser mordido por peixes, no caso de piranhas e, também, o

risco de se afogarem em virtude da profundidade da lagoa. A segunda unidade

de registro, caracterizada como: assimilações em relação ao ambiente

revelaram como o entendimento dos fenômenos ocorridos no ambiente pode

contribuir para que se possa ir além, superar o cotidiano. Pudemos observar

que, a partir do momento que associavam a navegação a seus movimentos,

juntamente com a necessidade de se manter em segurança, os alunos

puderam compreender como o ambiente se revela a eles próprios e, sobre a

importância de se ter condutas pró-ambientais. Sendo assim, concluímos que

as observações e dúvidas que surgiram durante esses encontros, mostraram

maneiras coerentes de se interpretar e criar conceitos sobre a realidade que os

cerca, procurando entender como funcionam e se relacionam tais fenômenos.

Também podemos afirmar que a vivência da canoagem em um ambiente

natural revelou-nos o que os alunos conseguiram assimilar sobre os conteúdos

discutidos em relação a educação ambiental. Os mesmos também

conseguiram representar quais poderiam ser as consequências de condutas de

destruição do ambiente, ou seja, como aquilo poderia vir a atingi-los

posteriormente. Enfim, constatamos que a pessoa com deficiência intelectual,

pode participar de atividades de aventura, como no nosso caso, a canoagem,

respeitando seus limites e necessidades e, além da mera participação, pode-se

criar e desenvolver conceitos relacionados ao ambiente para que esses

possam, durante suas vidas, disseminarem a cultura pró-ambiental entre seus

pares.

Palavras- chave: Deficiência Intelectual, Canoagem, Ambiente.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

ESTIMATIVA DO GASTO ENERGÉTICO DA CAMINHADA EM TRILHA

Alberto Barretto Kruschewsky

Universidade Estadual de Santa Cruz(UESC)/PRODEMA/CAPES

Joel Mello Berbert de Carvalho

PRODEMA/UESC

Marisa Viggiano Kruschewsky Bastos

Policlínica de Ilhéus

Zaira Jacqueline Pinto Loureiro

Policlínica de Ilhéus

Cristina Setenta Andrade

PRODEMA/UESC

Luiz Fernando Paulino Ribeiro

DCS/UESC

Como a caminhada em trilhas acontece no meio natural, sem controle de uma

série de fenômenos ambientais, a necessidade da introdução rápida no

mercado de novos percursos, visando atender à crescente procura,

compromete a segurança dos usuários. Alguns autores alertam que, embora

existam amplas informações para turistas sobre acomodações em hotéis, por

exemplo, descrevendo exatamente o que espera essas pessoas, o mesmo não

acontece com dados referentes á atividade na trilha propriamente dita. Estes

apontam para a necessidade de classificação destas de acordo com o grau de

esforço que exigem dos usuários. Tendo em vista a escassez de informações

regionais acerca das dificuldades ou esforço necessário à caminhada em

trilhas na natureza, o presente trabalho buscou estimar o gasto energético da

atividade em trilha interpretativa na Reserva Particular do Patrimônio Natural

(RPPN) de Serra do Teimoso, localizada no município de Jussari, região sul da

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

Bahia. Para tanto, participaram deste estudo vinte e cinco indivíduos saudáveis

de ambos os sexos, sendo 13 do sexo feminino e 12 do sexo masculino (36,88

± 10,17 anos, 65,13 ± 9,90 Kg, 167,80 ± 6,12 cm de estatura, 21,05 ± 5,72 %

de gordura relativa) participaram voluntariamente desse estudo, após

assinarem termo de consentimento livre e esclarecido, responderem a

anamnese e questionário (Q-PAF), além de serem submetidos a

eletrocardiograma em repouso (ECG Digital - Wincardio da Micromed)

acompanhado por cardiologista, de forma a excluir quaisquer problemas

cardíacos que pudessem interferir na coleta dos dados. Tendo o

comportamento da freqüência cardíaca (FC) continuamente monitorado e

gravado para posterior análise (Frequencímetro Polar Electro S-810 e software

Polar S-Series Toolkit), o grupo realizou caminhada na referida trilha, com

percurso em remanescente de Mata Atlântica preservado, alternando subidas e

descidas, além de controle de velocidade entre 3 e 4 km/h realizado através de

GPS Garmin 60 CSX operado pelo pesquisador, que determinava o ritmo da

atividade. O gasto energético (GE) foi estimado pela equação [GE= gênero x (-

55,0969 + 0,6309 x freqüência cardíaca + 0,1988 x peso corporal + 0,2017 x

idade) + (1- gênero) x (-20,4022 + 0,4422 x freqüência cardíaca – 0,1263 x

peso corporal + 0,074 x idade]. Todos os resultados foram expressos em média

± desvio padrão. Como resultado, obteve-se o tempo de percurso de 44,89 ±

0,73 minutos para todo o grupo, com FC média de 109,24 ± 21,35 bpm ou

62,86 ± 13,26 e gasto energético de 447,80 ± 156,28 Kcal. Pelos valores de GE

obtidos, a trilha analisada é classificada como muito fácil ou fácil, se

considerados procedimentos indicados por autores que levam em conta

apenas suas características geográficas. Apesar disso, considerável

variabilidade individual foi observada quanto ao GE estimado na amostra

investigada. Considerando que os voluntários caminharam com velocidade

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

controlada, tal variabilidade pode ser explicada por diferenças individuais como

sexo, idade e, principalmente, comportamento da freqüência cardíaca.

Palavras-chave: Caminhada, trilhas, gasto energético.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

(IM) POSSIBILIDADES DE ACESSO AO DIREITO SOCIAL PELA PRÁTICA ESPORTIVA E LÚDICA DO SURFE NO MUNICÍPIO DA SERRA (ES)

Beatriz dos Santos Garcez

SESI/ESFA

Carlos Nazareno Ferreira Borges

UFES

Alcyane Marinho

UDESC

A presente pesquisa buscou identificar e analisar as potencialidades da

implantação de Políticas Públicas (PP’s) que contemplem a prática do surfe

pela população do município da Serra localizado no Estado do Espírito Santo.

A partir de informações adquiridas por meio do documento Serra Agenda 21 a

respeito das características ambientais, sociais, econômicas, políticas e

culturais desse município pudemos vislumbrar alguns pressupostos sobre a

“vocação territorial”, ou a territorialidade, existente para a prática do surfe

nessa região, os quais nortearam esta pesquisa. Além de uma apresentação

do município e de sua perceptível familiaridade empírica com o surfe, nos

atentamos a verificar e discutir como a população poderá beneficiar-se com

possíveis ações da Prefeitura Municipal da Serra (PMS) que referenciem a

disponibilização sistemática do surfe considerada como uma subcultura

esportiva. Notamos que na Serra/ES é encontrado um território favorável à

prática do surfe. Acreditávamos que tal condição atraía uma demanda

significativa de praticantes para as praias da região, assim como a realização

de eventos importantes da espetacularização dessa prática corporal. Para além

da participação como espectadores dos eventos de surfe sediados em seu

município, buscamos identificar quais são as possibilidades/potencialidades

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

para que a população seja contemplada com PP´s que viabilizem a prática do

surfe como atividade esportiva e de Lazer inserida em seu cotidiano.

Discutimos a inserção dessas políticas para o Lazer que contemplem o surfe

como opção de atividade pelos munícipes da Serra compreendendo-o como

um dos direitos sociais garantidos pela constituição de 1988. Entende-se, pois

que para que haja uma efetiva consolidação de uma Política Pública é

necessário ater-se à concepção de cidadania para que assim se torne vigente

a elaboração e implementação de ações que beneficiem a população. Assim,

se torna primordial, a participação e organização da população para que se

informem as reais necessidades para a consolidação de ações ligadas ao

Lazer e ao Esporte. Buscamos viabilizar através de entrevistas com os atores

envolvidos na prática sistematizada do surfe – escolas de surfe localizadas na

faixa litorânea do município e com o diretor de esporte e Lazer da PMS – as

impressões acerca da viabilidade concreta do estabelecimento dessas PP’s de

Lazer. Foram encontramos os seguintes resultados que em análise refletem: 1)

há uma ratificação do potencial territorial da Serra para a prática do surfe, 2) há

concordância entre os atores acerca da legitimação do potencial territorial em

termos de demanda, isto é, os sujeitos próprios da prática (surfistas

especialistas e simpatizantes) buscam as praias da região; 3) os dados

apontam que há iniciativas tímidas do poder público para apoio às atividades

relativas ao surfe, sendo que na maioria das vezes, relacionadas aos eventos

esportivos (espetáculos), no que diz respeito a atividades com regularidade não

há apoio; 4) os dados apontam que todos os atores envolvidos no estudo

(diretor de esporte e Lazer e professores), apesar de perceberem o potencial

territorial e de demanda, relataram dificuldades de ações relativas ao

desenvolvimento do surfe em função da desarticulação entre poder público e

os setores da sociedade civil (escolas, associações, etc); 5) muitas das

dificuldades alegadas têm empecilhos legais, isto é, não parece haver projetos

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

técnicos concretos apresentados para o desenvolvimento de atividades

regulares ou não, assim como, as instituições solicitantes não parecem ter

constituição jurídica legal para receber benefício do poder público. Contudo,

podemos concluir que, apesar da identificação das potencialidades do

município da Serra em possibilitar à população a prática do surfe, como opção

de Lazer, por meio de políticas concretas – visto que sua vocação territorial é

percebida pelos atores sociais e há demanda para tal – ainda são necessárias

iniciativas de articulação entre os mesmos que garantam a efetividade dessa

atividade no cotidiano social.

Palavras chave: surfe, políticas públicas, lazer.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

A SUBUTILIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DE AVENTURA EM SANTA TERESA – ES

Carla Rosa Felipe

Cátia Rosa Felipe

William Carrijo

ESFA – Escola Superior São Francisco de Assis

Atualmente as atividades de aventura configuram-se como um dos principais

elementos que fortalecem a economia do Estado do Espírito Santo.

Observamos o Estado em franco crescimento no que tange ao turismo, em

especial ao de aventura, o que pode ser explicado por sua localização

geográfica e especificidades de relevo, os quais possibilitam facilidade de

deslocamento e acesso, além de uma rica cultura regional, oriunda de várias

descendências européias. Mesmo com todo o potencial natural e cultural desse

Estado, notamos uma estagnação no que tange as ações para o

desenvolvimento dessas atividades em sua região centro-Serrana. Dentre as

cidades que compõem tal região, destacamos a cidade de Santa Teresa, a qual

possui descendência Italiana e 40 % de sua cobertura vegetal preservada. Por

suas características de relevo, a cidade possui um grande potencial para o

desenvolvimento de atividades de aventura, o que pode ser incrementado com

sua cultura, gastronomia e arquitetura. No entanto, observamos uma

subutilização desse potencial, o qual vem se construindo timidamente ao longo

da última década, sendo concretizado apenas por ações isoladas fruto de

iniciativas privadas sem comprometimento com a cultura local. Diante disso, a

presente pesquisa visa apontar e analisar os elementos influenciadores da

subutilização do potencial de aventura da cidade de Santa Teresa/ES. Para

tanto, estabelecemos como objetivos específicos: a) Tecer considerações

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

sócio-históricas sobre a constituição dessas atividades de aventura na cidade

de Santa Teresa; b) Analisar o entendimento da comunidade e autoridades da

cidade sobre o desenvolvimento das atividades de aventura; c) Verificar

impasses, conflitos e contradições presentes no desenvolvimento de tais

atividades; d) Verificar a relação das atividades de aventura com as formas de

Lazer da comunidade e de seus visitantes; e) Apontar elementos para

constituição de novas políticas de turismo, lazer e aventura na cidade, que

potencializem o desenvolvimento dessas atividades, levando em consideração

a cultura e comunidade local. A presente pesquisa possui natureza qualitativa,

sendo seu tipo exploratória com o procedimento de pesquisa de campo. Para

os instrumentos de coleta de dados utilizaremos a entrevista semi-estruturada

e a observação participante. A amostra será constituída pela comunidade local,

autoridades e visitantes. A discussão dos dados será realizada mediante a

análise de conteúdos. A pesquisa atualmente encontra-se em fase de

construção da discussão teórica e na sistematização dos instrumentos que

comporão as entrevistas e as observações. Através da discussão teórica até o

momento realizada observamos que a questão ambiental tem despertado

novas manifestações formais ou informais de lazer, principalmente no Brasil.

Dentre essas manifestações no meio ecoturístico merecem destaque as já

citadas atividades de aventura que, relacionadas ao novo turismo ecológico, se

caracterizam pela busca de aventura e afastamento dos padrões urbanos

rotineiros e estressantes. As atividades de aventura possibilitam um enorme

aspecto sociomotriz aos seus praticantes, o qual está muito presente nas

atividades motoras, esportivas e de lazer em interação com a natureza,

favorecendo, assim o entrosamento e as relações sociais. A partir do

ecoturismo, Santa Teresa poderia obter uma nova forma geradora de renda e,

ao mesmo tempo, propiciar à população um maior contato com as belezas

naturais, as quais até então não são vistas com o valor e a potencialidade que

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

tem, e sim como mata sem valor que não gera lucro para a propriedade. As

atividades de aventura podem ser apropriadas à estrutura da cidade e o

profissional de Educação Física atuar como colaborador ao abrir novos

horizontes e ampliar o mercado de trabalho, como também para as questões

ambientais.

Palavras-Chave: Ecoturismo, Lazer, Economia.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

A REALIDADE E SIGNIFICADO DO ESPORTE DE AVENTURA EM GURUPI – TO

César Augusto Babosa Lima

Valmir Fernandes de Lira

João Bartholomeu Neto

Centro Universitário UNIRG – Gurupi – TO

O esporte de aventura tem se popularizado nas ultimas duas décadas, com um

crescente número de praticantes, assim como a diversificação e divulgação de

novas modalidades “radicais”. O esporte de aventura possui uma relação

próxima à natureza, com utilização de materiais de segurança obrigatórios,

assim como princípios de respeito e preservação da natureza. Dessa forma, o

objetivo do presente estudo buscou compreender a realidade e significado do

esporte de aventura no município de Gurupi-TO, sendo que o mesmo possui

potencial para esportes de aventura e esportes de natureza. O estudo

desenvolveu-se metodologicamente por meio de uma pesquisa exploratória,

utilizando como instrumento para a coleta de dados um questionário semi-

estruturado e aplicado a uma amostra de 20 praticantes de esportes de

aventura na natureza. Dentre as características dos praticantes, ressaltamos

que todos são do sexo masculino, com tempo de prática em contato com a

natureza de 8 meses a 22 anos e faixa etária entre 18 e 40 anos. As

modalidades estudadas foram o Enduro de Moto, Enduro de Jeep, Montain

Bike e Down Hill. Os dados coletados foram analisados descritivamente,

utilizando-se a técnica de Análise de Conteúdo Temático e indicam um grande

número de participantes divididos em 4 esportes. Os entrevistados relataram

por meio do questionário que buscaram o esporte de aventura devido: (58%)

falta de incentivo a esportes convencionais, (14%) procuram maior contato com

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

a natureza, (12%) amor ao esporte que pratica, (11%) aliviar o estresse do dia-

a-dia, (5%) pela “adrenalina” durante a prática. Os entrevistados (85%) ainda

relataram que Gurupi pode ser mais bem explorada para esportes de aventura,

por meio de ações simples como divulgação, incentivo e maior informação.

Quando questionados sobre se o esporte praticado é de baixo ou alto custo,

observamos que não houve nenhuma resposta baixo custo, sendo que os

mesmos responderam custo médio, médio-alto e altíssimo. A mountain bike e

down Hill são mais acessíveis em comparação a enduro de motos e o enduro

de Jeep é o mais dispendioso. Pode-se observar ainda uma diferença

significativa nos equipamentos dos praticantes devido ao alto valor dos

mesmos. Assim alguns esportistas utilizam materiais acessórios alternativos

adaptados para reduzir gastos e ainda continuar a prática e manter o contato

com o grupo. Apesar da pesquisa não investigar o desenvolvimento do esporte

de aventura em Gurupi-TO, podemos observar que há uma tendência ao

crescimento, pois o mesmo ainda é pouco explorado na região e a cidade

possui muitas características positivas e potencial natural para explorar

diversos esportes de aventura. Devido à baixa divulgação e participação em

esportes de aventura no município, sugerimos um contato mais próximo dos

organizadores e praticantes com instituições públicas e privadas e uma

parceria com as instituições de ensino médio e superior. Dentre as instituições

de ensino, destacamos o curso de Educação Física que pode ser um ambiente

de discussão, divulgação, participação e organização de eventos de esporte de

aventura. Atentamos ainda que os iniciantes ao esporte de aventura deve ser

ensinado princípios e valores de respeito e preservação da natureza, assim

como consciência de segurança e conhecimento dos benefícios da prática da

modalidade escolhida.

Palavras – Chave: Esportes de Aventura, Lazer, Natureza.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

ACESSIBILIDADE NO TURISMO DE AVENTURA DO PARQUE NACIONAL DO IGUAÇU

Cláudio Alexandre de Souza

Deise Cristina da Silva

Nadia Michele Neitzel

Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE

O presente trabalho tem como tema principal a acessibilidade de pessoas com

necessidades especiais (cadeirantes) ao turismo de aventura, especificamente

nas estruturas de receptivo dos atrativos turísticos de turismo de aventura do

Parque Nacional do Iguaçu. Decidiu-se abordar este tema, pois, sabe-se que

cerca de 25 milhões de pessoas no Brasil possui algum tipo de necessidade

especial, e destes, somente 4% tem acesso a serviços especiais. Os

cadeirantes são um publico em crescimento no ramo turístico e grande parte

destes viaja mais de uma vez ao ano e a maior dificuldade encontrada é a falta

de infra-estrutura adaptada para atender a necessidade dos mesmos. Sendo

assim, o objetivo deste estudo analisar as condições de acessibilidade das

estruturas de receptivo dos atrativos turísticos de turismo de aventura do

Parque Nacional do Iguaçu para as pessoas portadoras de necessidades

especiais (cadeirantes). Sabe-se que com esta iniciativa, os atrativos turísticos

de turismo de aventura do Parque Nacional do Iguaçu só terão a ganhar com

os possíveis resultados desta pesquisa, pois poderão servir, no aspecto

comercial, como uma possível ferramenta de marketing visando atrair mais

turistas e sendo o turismo de aventura uma atividade que propicia a sensação

de liberdade e permite que seus praticantes, inclusive as pessoas com

necessidades especiais superem seus limites, esta iniciativa visa a inclusão

social nos mais diferentes segmentos e/ou tipologias de turismo, inclusive o de

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

aventura. A Metodologia utilizada possui caráter exploratório, qualitativa e

quantitativa utilizando pesquisa bibliográfica e observação direta. Os

instrumentos de pesquisa foram baseados no Manual de recepção e

acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência a empreendimentos e

equipamentos turísticos. Os mesmos foram aplicados in loco, sendo o universo

da pesquisa as estruturas de receptivo dos atrativos turísticos de turismo de

aventura do Parque, mais especificamente a Trilha do Poço Preto e a Trilha

das Bananeiras, ambas administradas pela concessionária Macuco

Ecoaventura. Os objetivos dos autores referentes a este trabalho forma

atingidos em parte, visto que algumas limitações impediram a realização da

pesquisa em algumas das estruturas de receptivo dos atrativos de turismo de

aventura do Parque Nacional do Iguaçu, porém os resultados alcançados

demonstram que ambas as trilhas não estão conforme as normas da ABNT e o

Manual de recepção e acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência a

empreendimentos e equipamentos turísticos. As estruturas de receptivo desta

trilhas podem receber as adaptações necessárias, as quais o Manual acima

citado descreve, porém alguns fatores naturais tornam-se obstáculos nesta

busca de adaptação destes atrativos. Sabendo-se que as pessoas com

necessidades especiais – cadeirantes sofrem com a falta de acessibilidade na

infra-estrutura em geral, inclusive nos empreendimentos turísticos, percebeu-se

que a adaptação destas estruturas de receptivo dos atrativos favoreceria estes

turistas, bem como a própria empresa, visando o bem-estar e a inclusão social

desta parcela da população, e ainda a divulgação do atrativo. Por fim, acredita-

se que este estudo serve de referencia para trabalhos futuros, além de

significar, dentro de suas limitações, uma contribuição aos estudos da

academia sobre este tema.

Palavras-chaves: Acessibilidade, Turismo de Aventura, Cadeirantes.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

PROGRAMA ESFA PORTAS ABERTAS: CONTRIBUIÇÕES PEDAGÓGICAS

Graduanda Graciele Cecília Kippert

ESFA/PIC

Especialista Pollyana Hoffmann Gums

ESFA

Mestre Andreia Silva

ESFA

A inserção das Práticas Corporais de Aventura na Natureza (PCAN’s) no

espaço escolar é atualmente foco de vários estudos, os quais em sua maioria

visam ressaltar suas várias possibilidades pedagógicas, sendo tais práticas

promissoras no espaço educacional. Tal apropriação enquanto forma

pedagógica pode assumir um caráter inter e transdisciplinar, que contribui na

construção do conhecimento mais amplo e assimilável, criando laços mais

estreitos entre o ser humano e natureza. Essas práticas possuem um

importante papel na Educação Física Escolar, pois desenvolve dentro da

disciplina, a participação ativa dos alunos nas atividades, atua colaborando

com o fim das limitações e o desenvolvimento dos alunos; como: superação de

barreiras, medos, adrenalina, desenvolvimento da motricidade, interação entre

os alunos, conscientização a preservação do meio ambiente, entre outros.

Embora possua todas essas possibilidades e várias formas de abordagem,

observamos que as PCAN’s, são pouco desenvolvidas nas aulas escolares de

Educação Física. Podendo ser vários os fatores que dificultam essa

apropriação, como por exemplo, falta de conhecimento do professor sobre esse

conteúdo, falta de equipamentos específicos para a prática, a questão do risco

implícita a elas, dentre outros. No entanto, observamos algumas iniciativas

louváveis em relação à inserção das PCAN’s no espaço escolar, dentre elas

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

destacamos o Programa ESFA Portas Abertas desenvolvido pelo Núcleo

Universitário de Ar Livre (NUAr) da Escola Superior São Francisco de Assis

(ESFA). Esse programa tem por ano cerca de 2.500 participantes atendidos,

sendo seu objetivo principal proporcionar aos/as alunos/as da rede pública e

privada da região centro-serrana do Espírito Santo, vivências em atividades

físicas de lazer ao ar livre e visitações/aulas nos laboratórios de química,

anatomia humana, microbiologia, ecologia e fisiologia da Instituição, com o

intuito de possibilitar atividades que venham a melhorar o processo educativo

dessas escolas e o auto-conhecimento desses/as alunos/as. Se a inserção das

PCAN’s faz-se de maneira promissora nesse programa, somos levados a

questionar quais os caminhos podem ser seguidos para consolidação de tais

práticas como conteúdo no espaço escolar. Diante disso a problemática

norteadora da pesquisa constitui-se no seguinte questionamento: Como

podemos inserir as PCAN’s nas aulas de Educação Física Escolar em uma

perspectiva pedagógica, através das contribuições do Programa ESFA Portas

Abertas? Para tanto o objetivo geral visa refletir sobre a inserção das PCAN’s

no âmbito escolar em uma perspectiva pedagógica, utilizando como parâmetro

o Programa ESFA Portas Abertas. E, como objetivos específicos tecer

considerações sócio-históricas das PCAN’s e sua relação pedagógica com a

Educação Física Escolar; verificar o entendimento dos grupos participantes

sobre as PCAN’s; refletir e analisar sobre a inserção das PCAN’s na escola por

meio do Projeto ESFA Portas Abertas; analisar os avanços, limitações e

contradições presentes nessa inserção. Para tanto, nossa pesquisa possui

característica qualitativa, sendo do tipo exploratória, uma vez que visa

proporcionar maior familiaridade com o problema. Possui também um caráter

explicativo, pois busca o aprofundamento do problema e o conhecimento da

realidade, nos possibilitando identificar os fatores relevantes que estejam

explicando as possibilidades e limitações sobre a inserção das PCAN’s no

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

âmbito escolar. Quanto aos procedimentos caracteriza-se como pesquisa de

campo, pois nossa coleta de dados será realizada com envolvimento dos

pesquisadores no desenvolvimento das atividades do grupo estudado,

participantes do Projeto. Os instrumentos utilizados na pesquisa serão a

observação participante e a entrevista. A observação participante possibilita um

contato direto com as escolas que participaram da pesquisa, onde será

permitido acompanhar de perto algumas experiências vivenciadas pelos

sujeitos da pesquisa e, para não interpretar o método de observação com uma

observação pessoal ou distorcida, também será utilizado anotações detalhadas

e organizadas para fazer validar as nossas observações. A entrevista semi-

estruturada será utilizada, por permitir maior liberdade de respostas para os

nossos entrevistados, realizada com total autorização dos mesmos, por meio

de gravação direta utilizando um MP4 e um computador para as transcrições.

Os sujeitos entrevistados de nossa pesquisa serão as Escolas participantes do

Programa, enfatizando, a princípio, os meses de Agosto a Outubro de 2009. A

análise de dados utilizada será a Análise de Conteúdo – Modalidade Temática.

Posteriormente, faremos uma articulação dos dados obtidos com o referencial

bibliográfico do trabalho. Atualmente a pesquisa encontra-se em fase de

delimitação da base teórica e conceitual e na estruturação do roteiro de

observação.

Palavras chave: PCAN’s, Escola, Educação Física, Educação.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA E EDUCAÇÃO FÍSICA: CONTEÚDO OU MODISMO?

Graduanda Geisy Karla Hylário

ESFA/PIC

Especialista Pollyana Hoffmann Gums

ESFA

Mestre Andreia Silva

ESFA

A proposta do presente estudo teve início, ainda a partir vivência e reflexão das

práticas Corporais de Aventura na Natureza – PCAN’s, no 1º período de

Educação Física, na disciplina de Práxis dos Esportes de Aventura na Escola

Superior São Francisco de Assis (ESFA). Posteriormente, com a criação do

Núcleo Universitário ao Ar Livre (NUAr), em março de 2004, nos tornamos

monitores do mesmo, participando de vários programas e eventos em tais

atividades, o que nos propiciou além de conhecimentos específicos,

questionamentos sobre a construção histórica e entendimento dessas

atividades como conteúdo da Cultura Corporal do Movimento dentro de nossa

área de atuação: a Educação Física Escolar. Tais práticas estão se

manifestando no contexto atual como prática de lazer e/ou esportiva tais como

surf, tirolesa, rapel, escalada, trekking, dentre outros. Essas práticas possuem

uma construção histórica, com significados e sentidos próprios, as quais vem

se manifestando na sociedade contemporânea, revelando relações e

influências sócio-culturais. Além disso, não podemos deixar de destacar sua

forte possibilidade pedagógica, o que pode contribuir na formação do indivíduo

e na sua prática social. Pretendemos, a partir daí, realizar uma discussão e

reflexão acerca da problemática envolvendo as PCAN’s, em especial as de

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

ambiente terrestre, como conteúdo pedagógico nas aulas de Educação Física

Escolar. Esta questão foi delimitada a partir da seguinte pergunta: As PCAN’s

podem ser consideradas como um conteúdo pedagógico a ser desenvolvido no

contexto da Educação física? Temos estudado que a instituição escolar existe

desde os primórdios e é compreendida ao longo do tempo como espaço para o

ato educativo com intuito de contribuir com a formação do indivíduo. Assim,

pretendemos refletir sobre as PCAN’s que podem ser trabalhados na disciplina

de Educação Física, uma vez que faz parte deste componente curricular, tratar

das práticas corporais culturalmente construídas pelo ser humano ao longo de

sua existência. Dentre essas novas possibilidades de conteúdo destacamos o

trekking que, possui potenciais características educacionais. Para tanto,

estabelecemos como objetivo geral analisar as possibilidades de inserção das

práticas corporais de aventura na natureza, caracterizando-o como um

conteúdo a ser explorado pelos professores de Educação Física Escolar. E,

como objetivos específicos, tecer considerações sócio-histórica da construção

dessas práticas em relação com os conteúdos da Educação Física Escolar;

verificar e analisar as possibilidades educacionais da PCAN’s; caracterizando-

as como conteúdo da Educação Física escolar; repensar a prática pedagógica

a partir do contexto das aulas de Educação Física através das PCAN’s. A

pesquisa caracteriza-se como qualitativa e visando respostas aos nossos

questionamentos, num primeiro momento optamos em realizar uma pesquisa

do tipo exploratória e descritiva, com a finalidade de estar com um maior

contato com o tema em questão e descrever ainda, a população estudada,

focando as PCAN’s como conteúdo nas aulas de Educação Física Escolar.

Objetivamos com a escolha desse tipo de pesquisa aumentar o grau de

familiaridade com fenômeno, buscando entender as razões e motivações

subentendidas para determinadas atitudes e comportamentos, promovendo

uma compreensão mais ampla do tema. O procedimento adotado será o

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

estudo de caso, pois através deste, tentaremos obter respostas dos

acontecimentos hodiernos nos quais temos pouca informação. Importante

ressaltar que, no âmbito educativo, o estudo de caso pode ser definido como

um processo que tenta descrever e analisar algo em termos complexos e

compreensivos, que se desenvolve durante um período de tempo”. Desta forma

uma proposta pedagógica das PCAN’s na escola, torna-se um objeto de estudo

importante no qual se cria a possibilidade de inserção de novas atividades nas

aulas de Educação Física. Os instrumentos utilizados serão a entrevista semi-

estruturada, a observação não-participante e o diário de campo. A amostra

será composta pelos docentes, diretores e discentes das escolas de Ensino

Fundamental e Médio, municipais e particulares, da cidade de Santa

Teresa/ES. Para análise de nossos dados utilizaremos a Análise de Conteúdo

a qual consiste na análise e tratamento de dados qualitativos que buscam a

compreensão de sentido que se dá na comunicação e, para tanto, leva em

extrema consideração o contexto histórico social no qual o indivíduo e os

fenômenos estudados se inserem, buscando uma junção interpretativa entre as

ciências sociais e a filosofia como forma de aprofundamento e entendimento

das forças que movem o homem em suas relações com o meio. Faremos uma

intersecção dos dados obtidos, comparando com o referencial bibliográfico do

trabalho. Atualmente a pesquisa encontra-se em fase de delimitação da base

teórica e conceitual e na estruturação do roteiro de observação.

Palavras-chave: PCAN’s, Educação Física, Conteúdos.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

ESTRUTURA DAS ATIVIDADES DE AVENTURA SOB A ÓTICA DE UNIVERSITÁRIOS

Cristiane Naomi Kawaguti

Danilo Roberto Pereira Santiago

Giselle H. Tavares

Norma Ornelas Montebugnoli Catib

LEL – LABORATÓRIO DE ESTUDOS DO LAZER/UNESP – Rio Claro

As atividades de aventura na natureza são realizadas pelo ser humano desde

os primórdios de sua existência. Inicialmente, essas práticas ocorriam

principalmente para a sua subsistência (caça, fuga de inimigos, etc.).

Atualmente, com o avanço das tecnologias e o estilo de vida urbano, é cada

vez mais crescente a procura por tais vivências no contexto do lazer, na

tentativa de passar momentos prazerosos e emocionantes junto à natureza.

Por isso, torna-se necessário a sistematização dessas atividades por meio das

empresas que oferecem os mais variados serviços. Essas atividades podem

ser consideras de risco, já que são feitas ao ar livre em contato com estruturas

naturais das quais não se pode ter controle (rios, cachoeiras, ventos,

penhascos, etc.), nesse sentido julga-se necessário certos cuidados para

minimizar os riscos, com base em estruturas que ofereçam o máximo de

segurança ao praticante (equipamentos adequados e instrutores qualificados).

Desta forma, o objetivo do presente estudo foi verificar a opinião de

universitários que vivenciaram essas atividades, sobre a estrutura geral de um

local onde algumas dessas atividades de aventura na natureza são realizadas.

Para tanto, essa pesquisa de natureza qualitativa, foi realizada por meio de

uma entrevista a uma amostra composta por 46 estudantes do segundo ano do

curso de Educação Física da Universidade Estadual Paulista – Campus de Rio

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

Claro, de ambos os sexos, com idades entre 18 e 22 anos, os quais

vivenciaram tais atividades durante uma excursão didática de uma disciplina do

curso em questão. A excursão teve como destino a cidade de Brotas, município

do interior do estado de São Paulo, famosa por seus rios e cachoeiras. O

roteiro seguido pela turma foi: passeio por um sítio local, que possui quatro

cachoeiras, duas das quais têm difícil acesso, visita ao centro da cidade (para

alimentação) e finalização com o bóia-cross (07 km de descida em bóias

individuais, no Rio Jacaré-Pepira, com duração de aproximadamente 2 horas,

passando por corredeiras de classe I e II - nível de dificuldade). Os relatos dos

alunos apontaram que o sítio visitado não tem uma estrutura física muito

adequada, como era esperado, tendo em vista que o local é considerado um

pólo internacional de atividades de aventura no Brasil. Os alunos também

citaram a má conservação de alguns itens importantes nas trilhas, como por

exemplo, escadas e corrimãos para as cachoeiras de difícil acesso e altura

inadequada dos degraus (alguns alunos relataram até que deixaram de ir em

alguns locais por medo de cair, principalmente os do sexo feminino). Na visita

ao centro da cidade, apontaram não encontrar muitas opções para

alimentação, alguns estabelecimentos até fechados. Já na atividade de bóia-

cross, os participantes apontaram a inadequação das bóias utilizadas (todas do

mesmo tamanho, sem fazer distinção em relação ao porte de cada pessoa a

utilizar o equipamento). Por outro lado, elogiaram a hospitalidade local e o

trabalho da equipe de profissionais envolvidos nas atividades, por intermédio

da boa comunicação para as instruções e, principalmente, no auxílio à descida

do rio durante a atividade bóia-cross, aspecto que ofereceu um sentimento de

segurança para os participantes. Portanto, com base nos resultados do estudo,

o local parece não oferecer uma estrutura física muito adequada,

principalmente quando se pensa no atendimento às mais variadas populações

(crianças e idosos). No entanto, uma boa equipe de profissionais parece

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

superar tais deficiências, já que, mesmo com os problemas apontados, a

cidade recebe um grande número de visitantes para a vivência das atividades

de aventura. Sugere-se, neste sentido, que outros estudos sejam realizados

em outras empresas e locais que ofereçam esse tipo de atividade e

devidamente disseminados para todos os envolvidos, tendo em vista que este

é um mercado em crescente expansão nos últimos anos e, dessa forma, torna-

se premente a devida atenção, principalmente no que diz respeito à segurança

dos participantes.

Palavras-chave: Atividades de aventura, estrutura, segurança.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

ESPORTES NA NATUREZA COMO DISCIPLINA DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Danilo Roberto Pereira Santiago1

Alexander Klein Tahara1,2

Cristiane Naomi Kawaguti1

Giselle H. Tavares1

1LEL – LABORATÓRIO DE ESTUDOS DO LAZER/UNESP – Rio Claro/SP

2

A temática referente à prática de atividades de aventura em contato com a

natureza vem consolidando-se junto à comunidade científica, especialmente no

campo de estudo da Educação Física, sendo que algumas instituições de

ensino superior já possuem disciplinas com tal temática dentro de suas grades

curriculares, mas esta, não é uma disciplina comum em todos os cursos no

país, talvez, pelo fato de não se ter ainda com clareza o conhecimento sobre a

importância desta na formação docente nesta área, o que motivou o interesse

deste estudo, no sentido de perscrutar sobre o modo como ela está sendo

avaliada, na perspectiva de graduandos. O objetivo desta pesquisa, de

natureza qualitativa, foi perceber a visão de discentes do Curso de Licenciatura

em Educação Física da UESC - Universidade Estadual de Santa Cruz, em

Ilhéus/BA, acerca da importância da disciplina Metodologia de Ensino dos

Esportes na Natureza para sua formação e futura ação profissional. O

instrumento utilizado para coleta de dados foi um questionário aberto aplicado

a 47 sujeitos, de ambos os sexos, faixa-etária de 19 a 41 anos, sendo todos

discentes da UESC que já cursaram tal disciplina. Os dados foram analisados

descritivamente, por meio da técnica de Análise de Conteúdo Temático e

Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC – Ilhéus/BA

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

indicam que 25 alunos acreditam que seja muito importante discutir dentro do

curso e aprender sobre estas modalidades, que só há pouco tempo passaram

a ser focalizadas mais frequentemente, além destes, 14 graduandos realçam a

importância pelo fato de que tais modalidades, por serem praticadas em

contato direto com a natureza, possibilitam um (re)pensar mais constante sobre

assuntos ligados à educação ambiental. No que tange à futura ação

profissional, 21 discentes vêem chances de inserir em seus âmbitos de

trabalho na área da Educação Física esta temática dos Esportes na Natureza,

levando seus clientes à diversificação de experiências com estas possibilidades

de práticas. Pelo fato da região cacaueira possuir boas condições naturais para

as vivências, 15 alunos percebem maneiras bem viáveis para implantar as

atividades de aventura e o contato com o meio natural facilmente em suas

futuras propostas e planos de aula, valorizando e cuidando da região onde

moram. Pelo exposto, percebe-se que uma disciplina que trata da relação ser

humano-natureza pode ser enriquecedora para alunos do curso de Educação

Física, já que favorece o despertar para assuntos importantes, como a

educação ambiental e a vivência de novas experiências baseadas nas

atividades de aventura, bem como pode enriquecer e ajudá-los em seus

trabalhos futuros na referida área.

Palavras-chave: Disciplina Curricular, Esportes na Natureza, Discentes,

Educação Física.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

O (DES)COMPROMISSO NAS PRÁTICAS CORPORAIS DE RISCO: LAZER OU COMPETIÇÃO?

Denis Terezani

GPL – Grupo de Pesquisa em Lazer

UNIMEP – Universidade Metodista de Piracicaba

Álan Annibal Schmidt

LEL- Laboratório de Estudos do Lazer

UNIMEP- Universidade Metodista de Piracicaba NUCORPO- Núcleo de Pesquisa em Corporeidade e Pedagogia do Movimento

A busca pela aventura expressa-se no final do século XX e início do século XXI

de uma maneira simbólica, representada por atividades que se vinculam ao

radicalismo, em que as mais variadas modalidades nos três planos físicos –

terra, água, e ar - exprimem sensações de desafios na superação dos próprios

limites humanos, interagindo seja com a natureza ou com o espaço urbano,

exigindo total interação entre praticante e espaço a ser praticado. Dessa forma,

os objetivos buscam analisar as práticas corporais de risco enquanto práticas

de lazer, como também sua crescente esportivização. O estudo apresenta uma

abordagem qualitativa, respaldado na revisão de literatura. Para tanto, alguns

autores se debruçaram nas últimas décadas do século XX e início do século

XXI para compreender essa busca pela aventura, a vertigem, ou o

envolvimento do ser humano com as atividades vinculadas ao meio ambiente

natural. Contudo, o cenário esportivo, foi impulsionado por uma primeira

tendência de trazer o esporte para o interior, para o espaço fechado e coberto,

evidenciado por exemplo pelo desenvolvimento dos esportes de quadra e em

piscinas ao longo do século XX, em contraposição, é hoje marcado por uma

segunda tendência, de levá-lo para o exterior, seja no ambiente urbano, como

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

é o caso do skate, ou para a natureza, como o rafting, o trekking, o

paraquedismo, entre outros. Fato este, evidenciado pelas crescentes práticas

corporais de risco que devolvem, restauram e recriam as sensações de

desafios, envolvendo aprendizado em meio ao ambiente natural ou urbano,

tendo como principais focos durante seu surgimento o divertimento, a

recreação e o entretenimento, propiciados pelo lazer. Por outro lado, muitas

dessas atividades começam a transpor as simples vivências repentinas de final

de semana, ao incorporarem elementos já difundidos em modalidades

consideradas tradicionais, como a sistematização do treinamento (técnico,

tático, físico e psicológico), a competitividade ou até mesmo a

hipercompetitividade entre os praticantes, a constituição de órgãos

administrativos regendo a institucionalização de regulamentos oficiais, a

propagação de empresas especializadas na projeção de equipamentos que

contribuem diretamente para a performance dos praticantes. Em contrapartida,

olhares críticos são lançados à clara esportivização que vem acontecendo no

decorrer da última década, relacionados a essas práticas corporais de risco,

caracterizadas pela hipervalorização do elemento competitivo, desmistificando

a vertente principal dessa prática de caráter lúdico e recreativo, tornando-a

mais uma prática esportiva de competição tradicional. Caminhando ao encontro

das críticas supracitadas, uma pesquisa realizada pela Webventure no ano de

2001 verificou que de uma amostra de 689 pessoas vinculadas às práticas

corporais de risco, 16% se caracterizavam como competidores(as)

profissionais. Entretanto, acredito que as práticas corporais de risco são

incorporadas repentinamente por seus praticantes, num primeiro momento pela

busca da auto-superação e posteriormente em relação à superação dos

demais adversários, manifestando-se no confronto de performances. Por fim,

atribuo algumas considerações na qual as práticas corporais de risco surgiram

com reais intenções descompromissadas, ou seja, alicerçadas pela livre

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

adesão em prol do divertimento, mas, atualmente, as mesmas atividades

começam a incorporar componentes ligados à competitividade, valorizando a

performance individual ou da equipe, fato ocorrido pela especialização de

atletas que praticam tais atividades regularmente, promovendo transformações

culturais cuja profundidade ainda não se compreende inteiramente.

Palavras-chave: Práticas Corporais de Risco, Competição Esportiva e Lazer.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

A COMPLEXIDADE DA AVALIAÇÃO DOS RISCOS NA ESCALADA EM ROCHA

Dimitri Wuo Pereira

Universidade Nove de Julho

A escalada é uma modalidade complexa, envolvendo vários aspectos dentro de

uma mesma prática esportiva. Ela ocorre em ambientes construídos e na

natureza, nessa segunda opção há a escalada em rocha com alturas que

variam de 2 a 1000 metros e a escalada em gelo que pode ocorrer em

cascatas ou montanhas com ar rarefeito a mais de 4000 metros de altitude.

Destacam-se também os movimentos realizados que envolvem todos os

segmentos corporais e requerem a resolução de problemas. A preservação da

natureza está no âmago da escalada, pois sua ética é de não destruir seu

próprio local de lazer. Finalmente o risco inerente de quedas pode gerar lesão

ou até a morte, o que levou ao desenvolvimento de técnicas e equipamentos

sofisticados para domesticar o mundo selvagem. Essas técnicas verticais

envolvem descer e subir por cordas, segurar o companheiro, ancorar-se a

proteções na rocha, confeccionar nós etc. Essas características somadas à

construção de uma cultura do montanhismo forjam o espírito do escalador pela

convivência com a incerteza e o desafio que a ascensão proporciona. Isso nos

leva ao objetivo de investigar os critérios de análise de risco objetivos e

subjetivos que o escalador deve ter para uma prática segura. Baseamo-nos na

epistemologia qualitativa utilizando como instrumento um questionário com

perguntas semi estruturadas e uma conversação com quatro sujeitos que

escalaram duas vias com 150 metros de altura no complexo do Baú, interior de

São Paulo. Os sujeitos 1 e 2 escalaram a via Peter Pan (4º IV sup) e os

sujeitos 3 e 4 subiram a Lixeiros (3º V). Essas rotas gastam 3 horas para

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

completá-las com exposição ao risco de quedas potenciais de mais de 15

metros pela distância entre as proteções. Nas respostas sobre os perigos

obtivemos: a exposição à altura (1); a queda, o tempo de escalada; a

possibilidade de chuva, a dificuldade do rapel em determinados pontos (2); a

distância e a dificuldade de achar as proteções (3); desprendimento de lacas

(4). Nas situações consideradas arriscadas durante a prática temos:

desconforto de ficar na parada (1); queda durante a guiada e dificuldade de

comunicação (2); distância e o fator 2 de queda (3); chance de queda no crux

(4). Quanto ao que cada um considera necessário para controlar os riscos da

atividade obtivemos: treinar, ganhar experiência e conhecer-se (1); saber as

técnicas de segurança e sua capacidade física (2); saber informações da via

(3); saber usar os equipamentos, conhecer a via, analisar a meteorologia (4).

Essas informações discutidas produziram um significado não unânime sobre o

conceito de risco/perigo, pois passa pela interpretação do escalador de que

quanto mais controla o risco da atividade mais se afasta do perigo ou então o

risco é a probabilidade de acontecer algo perigoso ou danoso, isto é, tentamos

controlar as situações mas estamos sujeitos ao imponderável. Outro fator

subjetivo são as decisões que devem ser tomada pelo escalador: continuar ou

desistir de uma empreitada e aceitar a dificuldade do ambiente e enfrentá-lo.

Nesse jogo a confiança da pessoa em sua habilidade e competência são

fatores decisivos na tomada de decisão e obtidos a custa de treinamento e

aprendizado, por isso a importância da escolha de parceiros que contribuam

com as vivências de cada um. Os escaladores 1 e 3, menos experientes,

fizeram a função de segundo, isto é, deram a segurança para os escaladores 2

e 4 guiarem a corda ao topo. Para o sujeito (4) o mais experiente deve trocar

informações e auxiliar o outro a se organizar assim contribuirá para que o

menos experiente adquira condições de no futuro guiar uma via de forma

autônoma e consciente dos riscos. Encontramos no sujeito mais novo do grupo

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

respostas voltadas a objetividade da via. Ele consegue perceber com clareza

as dificuldades aparentes, mas ainda não expressa julgamentos pessoais

sobre seus sentimentos e ações em situações de risco, apesar de definir com

clareza onde ele se encontra. Com apenas 13 anos de idade isso é normal e a

experiência citada pelo 2 que também tem menos experiência porém mais 30

anos de idade nos mostra que o caminho de aprender com pessoas mais

experientes e compromissadas com o outro está em conformidade com o

ganho de maturidade na escalada. A construção de significado dessa pesquisa

nos possibilitou entender que entre os fatores objetivos temos aqueles

registrados e mensuráveis sobre a via, por exemplo: o croqui com as

informações; as técnicas de segurança, o ambiente, o tipo de proteção, o

tamanho, a altura da queda e a dificuldade. Nos subjetivos temos a forma como

usamos essas informações, ou seja, como nosso pensamento e sentimento

lidam com as situações reais de exposição ao risco partindo de informações

objetivas e decidindo o grau de comprometimento que estamos dispostos e

colocar em nossa escalada. Conhecer os riscos objetivos é obrigação do

escalador antes de iniciar uma escalada em rocha, controlar os subjetivos faz

parte de um aprendizado gradual e orientado.

Palavras chave: escalada, risco, aventura, esporte.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

ESPORTES DE AVENTURA: UMA PROPOSTA PARA INVESTIGAÇÃO DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA

Fabiano Augusto Teixeira 1

Alcyane Marinho 1, 2

1 Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) – SC

2

Mesmo vivendo, diariamente, cercados por novas tecnologias, novas

informações e, ainda, cada vez mais academias de ginásticas, de lutas, de

musculação e de dança sendo abertas, podemos observar uma crescente

busca pelo contato com ambientes diretamente ligados ao verde, ao ar “limpo”.

Aqui, especialmente, referimo-nos às atividades físicas realizadas em contato

com a natureza - os esportes de aventura. As justificativas, os argumentos e/ou

os relatos por esta busca encontrados são os mais diversos possíveis, tais

como: a busca por prazer, novas experiências, tranqüilidade, fuga da rotina

estressante e do caos urbano, entre outras. Os esportes de aventura

compreendem o conjunto de práticas esportivas formais e não formais,

vivenciadas em interação com a natureza, a partir de sensações e de emoções,

sob condições de incerteza em relação ao meio e de risco calculado.

Realizadas em ambientes naturais (ar, água, neve, gelo e terra), como

exploração das possibilidades da condição humana, em resposta aos desafios

desses ambientes, quer seja em manifestações educacionais, de lazer e de

rendimento, sob controle das condições de uso dos equipamentos, da

formação de recursos humanos e comprometidas com a sustentabilidade

socioambiental. Portanto, entendemos que a crescente busca por estas

atividades é um fenômeno importante para compreendermos a vida

Laboratório de Estudo do Lazer/UNESP/Rio Claro – SP

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

contemporânea, uma vez que perpassa por sentimentos e emoções,

trabalhando com medos e inseguranças; competências e habilidades dos

praticantes, podendo contribuir para mudanças de atitudes e comportamentos,

podendo, ainda, oportunizar o estabelecimento de uma diferente relação com a

natureza. Nesta perspectiva, juntamente com o interesse pela prática por este

segmento, despontam importantes grupos de pesquisa e estudos que vêem

ampliando sistematicamente a produção científica do fenômeno, auxiliando em

sua compreensão. Com isso, partindo destas idéias sobre a temática esportes

de aventura, este trabalho tem como objetivos: investigar os grupos de

pesquisa cadastrados no Diretório de Grupos de Pesquisa, desenvolvido pelo

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), tendo

como delimitação a pesquisa das palavras-chave “esporte de aventura”,

“esporte e natureza”, “esporte de risco”, “esporte radical”, “esporte e natureza”,

“atividades na natureza”, “atividades de aventura” e “aventura”; e analisar a

produção científica dos líderes e vice-líderes desses respectivos grupos. Este

estudo constitui-se em uma pesquisa descritiva e será desenvolvida em duas

etapas. Inicialmente, serão inseridas as referidas palavras-chave no link de

busca textual do site oficial do Diretório, sem a utilização de filtros para busca.

Posteriormente, será realizado um levantamento sobre a produção científica

dos coordenadores dos grupos encontrados na primeira etapa. A delimitação

para tal levantamento será a produção científica apresentada em periódicos

científicos, livros e capítulos de livros do triênio 2006, 2007 e 2008. O local de

busca deste segundo levantamento será a Plataforma Lattes, por meio do

Currículo Lattes dos líderes e vice-líderes dos grupos investigados. A análise

dos livros e capítulos de livros será quantitativa, enquanto a análise das

publicações em periódicos será quantitativa e qualitativa, baseando-se no

Qualis atual (2007-2009). Os dados serão analisados e, a luz da literatura

sobre o tema, serão descritos e discutidos. Uma vez que o fenômeno

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

“aventura”, na atualidade, agrega diversos atores sociais, objetivos e

interesses, retratando uma importante fase na história humana, acredita-se que

os resultados a serem encontrados, por intermédio deste estudo, poderão

servir de referencial para futuras investigações sobre o tema, contribuindo para

o desenvolvimento científico do segmento e constituindo-se em importante

ferramenta para a identificação dos grupos que estudam a “aventura” no Brasil

e da produção científica sobre o tema.

Palavras-chave: Esporte, Aventura, Produção Científica, CNPq, Qualis.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

ATIVIDADES DE AVENTURA NA ESCOLA: PROPOSTA DE UM PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA UDESC

Alcyane Marinho 1, 2

Ana Aparecida Tessari 1

1 Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) – SC

2

O lazer é parte integrante da vida cotidiana das pessoas e, sem dúvida, a

parcela mais agradável e descontraída das rotinas semanais. Porém, além

disso, o lazer é um direito humano, reconhecido na Constituição Federativa

Brasileira, desde 1988, e deve ser entendido como um espaço muito fértil para

a manifestação do componente lúdico, da liberdade e do prazer; como uma

oportunidade para produção cultural e, inclusive, como um instrumento para

profundas mudanças pessoais e sociais, seja qual for a concepção ou o

conceito adotado. Não se pode negar a gama de opções de lazer e

entretenimento que são criadas e “re-criadas” a todo o momento, em nossa

atualidade; modelando novos estilos de vida, ratificando a dinamicidade do

cotidiano e contribuindo para a construção de novas formas de lazer e,

também, de trabalho. Neste contexto, as “atividades de aventura” fazem parte

de uma discussão nova no repertório do lazer. Tais práticas se caracterizam

por denotar novos comportamentos, próprios de uma opção por um estilo de

vida. Para além das diferentes possibilidades de manifestações expressivas

humanas, repletas de sentidos, essas práticas, instigantes e carentes de

discussões, têm sido foco de investigações por pesquisadores de diferentes

campos do conhecimento. Partindo dessas idéias, foi idealizado o projeto de

extensão “Atividades de Aventura”, no contexto de um Programa de Extensão

Laboratório de Estudo do Lazer/UNESP/Rio Claro – SP

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

mais amplo, denominado “Vivências em Lazer”, desenvolvido no Centro de

Ciências da Saúde (CEFID) da Universidade do Estado de Santa Catarina

c(UDESC) com carga horária de 200 horas de atividades entre março a

dezembro de 2009. Pretende-se com esta iniciativa valorizar uma temática em

emergência e de extrema importância para todos os envolvidos com a

Educação Física, demarcando novas possibilidades no mercado de trabalho e,

mais ainda, evidenciando tais práticas como valiosas oportunidades para

mudanças de comportamentos, atitudes e valores nos envolvidos. Desta forma,

o referido projeto tem como objetivo geral: oportunizar o desenvolvimento de

atividades de aventura, especialmente, em ambientes naturais e, como

objetivos específicos: 1) oferecer vivências de atividades de aventura (trilha,

surfe, remo, escalada e arvorismo) para a comunidade, em particular, crianças

e adolescentes de uma escola pública da comunidade; 2) educar para a

necessidade da existência do cuidado ambiental ao longo do desenvolvimento

das atividades de aventura, por meio de técnicas específicas da Educação

Ambiental e da Educação ao ar livre; e 3) disseminar as atividades de aventura

como ricas oportunidades de aprendizado sobre as atividades de aventura em

questão e sobre as questões ambientais. O projeto prevê o desenvolvimento de

atividades em contato com a natureza em diferentes ambientes, praias,

parques e na universidade, atendendo aos diferentes objetivos propostos, tais

como: aulas teóricas, expositivas e participativas, vivências lúdicas específicas

das atividades de aventura. Todas as ações propostas serão constantemente

avaliadas pelos professores e acadêmicos responsáveis, por meio de

questionários, diários de campo e conversas informais. É importante destacar

que são raras as disciplinas da graduação, da grade curricular do CEFID,

contemplam o tema desta iniciativa. Assim, a proposta deste projeto de

extensão visa, além de ampliar os conteúdos disseminados na graduação,

oportunizar espaços de atuação dos alunos, por meio de estágios nas

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

atividades de aventura programadas. Além disso, vários trabalhos acadêmico-

científicos poderão ser desenvolvidos por meio do projeto, uma vez que o

mesmo desenvolverá atividades inovadoras, aguçando a curiosidade e o

interesse dos alunos por pesquisas na área. Pesquisas estas que poderão ser

publicadas e disseminadas em artigos científicos, anais de congressos, entre

outras oportunidades acadêmico-científicas. Portanto, o projeto prevê, também,

o desenvolvimento de atividades que vislumbrem a tríade ensino-pesquisa-

extensão.

Palavras-chave: Extensão, Lazer, Aventura.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA NA NATUREZA, EDUCAÇÃO FÍSICA E RESPONSÁVEIS

Felipe Machado

Odete Leonel Rodrigues

Irany Marques dos Santos

Escola Superior São Francisco de Assis (ESFA)

A presente pesquisa surgiu pelo interesse pessoal nas Práticas Corporais de

Aventura na Natureza, que no decorrer de nossa vida acadêmica tivemos

inúmeras experiências, através de vivências nas modalidades de arvorismo,

rapel, trekking, corridas de orientação, entre outras, proporcionadas pelo curso

de Educação Física da Escola Superior São Francisco de Assis (ESFA). Com

base na experiência de estágios e programas proporcionados pela ESFA, e,

ainda em eventos e na disciplina Estágio Supervisionado III e IV, focamos

nossos olhares a inclusão das PCAN’s na escola, em específico na cidade de

Santa Teresa/ES, contextualizando, na história dos colonizadores vemos que

essas práticas sempre estiveram presentes em suas vidas, fazendo com que

utilizassem dessas práticas para ultrapassar obstáculos e no escoamento

agrícola. Ao longo do tempo essas atividades sempre estiveram presentes no

cotidiano dos habitantes de Santa Teresa, tendo significados diferentes em

cada época. Atualmente, percebemos grupos emergentes praticantes das

PCAN’s, como o ST Bike, Os Trilheiros de Santa Teresa e também o grupo de

Parapente, que junto com os locais propícios a essas práticas contribuindo

para seu crescimento. Paralelo a esse processo temos a ESFA que investe

nesse processo que contemplam essas práticas como um diferencial para uma

melhor formação dos profissionais envolvidos na área de Educação Física,

capacitando profissionais pedagogicamente para exercerem tais práticas nos

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

vários campos de intervenção educativa, Além da disciplina, a faculdade

também investe nas PCAN’s por meio de campos de estágios para os

acadêmicos, o que é feito através do Núcleo Universitário de Ar Livre (NUAr),

que desenvolve projetos relacionados as PCAN’s, como o ESFA na Minha

Escola, e o Portas Abertas, tendo tais projetos o objetivo principal de,

proporcionar aos alunos da rede pública e privada de diversas regiões do

Espírito Santo ou até mesmo além do estado, vivências em atividades físicas

de lazer ao ar livre, com o intuito de possibilitar atividades que venham a

melhorar o processo educativo dessas escolas e o auto-conhecimento desses

alunos. Ressaltando a importância de tais práticas de um modo geral, e no

cotidiano dos habitantes de Santa Teresa, nos questionamos sobre o porquê

não incluir essas práticas nas aulas de Educação Física escolar, de modo a

diversificar as aulas, tornando-as mais atrativas e dinâmicas aos alunos, uma

vez que essas práticas são dotadas de um forte valor educativo. As PCAN’s

possuem um caráter diferenciado comparado a outros conteúdos oferecendo

uma gama diversificada de emoções e sentimentos, pois resgatam valores

como beleza, auto-realização, liberdade, cooperação e solidariedade, valores

que são omitidos pelas práticas mecanizadas do esporte-espetáculo. Embora

as PCAN’s possuam grandes possibilidades pedagógicas e aceitação por parte

dos alunos, observamos sua tímida apropriação no espaço das aulas de

Educação Física Escolar. Sendo a escola uma instituição dinâmica que

influência, e, é influenciada, trazemos a tona uma dos principais sujeitos

influenciadores quanto à inserção desse conteúdo nas aulas, “os

responsáveis”, tidos como sujeitos diretos da aceitação desse conteúdo dentro

da disciplina de Educação Física. Buscando identificar sua visão quanto aos

seus filhos vivenciarem modalidades diferenciadas, que fogem da dita

“normalidade” do que acontece nas aulas. Diante disso, a problemática da

pesquisa seria identificar e analisar: Qual a visão dos responsáveis quanto à

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

inclusão das PCAN’s nas aulas de Educação Física da ESFA em Santa

Teresa? Para responder nossa problemática, estabelecemos como objetivo

geral, analisar a visão dos responsáveis dos alunos quanto à inclusão dos

esportes de aventura na educação física escolar, com fins educativos. Para

tanto, temos como objetivos específicos: tecer considerações sócio-históricas

dos PCAN’s na cidade de Santa Teresa e em suas escolas; identificar e

analisar o conhecimento que os pais possuem quanto as PCAN’s; refletir sobre

a influência da visão dos pais na adoção do conteúdo PCAN’s em âmbito

escolar; repensar o papel do professor de Educação Física, diante da não

inclusão de tal conteúdo. A partir desse interesse trazemos breves resultados

da pesquisa que é diferenciada pela vivência e nível de conhecimento desses

responsáveis quanto as PCAN’s, sendo que eles possuem uma visão positiva

em partes de tais práticas, quando muitos deles á conhecem de forma leiga,

basicamente por meios de informação, salvo alguns que tiveram uma pequena

vivência, mas mesmo as aceitando como conteúdo da Educação Física Escolar

mostram um receio tímido de precaução e medo quanto a elas.

Palavras-chave: PCAN’s, Educação Física Escolar, Responsáveis.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

ATIVIDADES DE AVENTURA E PRÓ-ATIVIDADE NO LAZER

Gisele Maria Schwartz

LEL – LABORATÓRIO DE ESTUDOS DO LAZER

Órgão financiador CNPq

A gama de variáveis que permeia o processo pelo qual as pessoas são

estimuladas a terem condutas passivas ou ativas e a optarem por aderir ou não

a determinadas atividades do contexto do lazer tem como foco os motivos de

ordem psicológica, ambiental, social e genética. Entretanto, o filtro principal

recai sobre a motivação, a consciência das oportunidades, o tempo disponível

e o custo, fatores decisivos no delineamento dos atuais padrões de estilos

vigentes. Uma das formas em evidência entre as vivência do lazer

contemporâneo é a busca ou a necessidade implícita do reencontro do ser

humano consigo mesmo, com o outro e com a natureza, propiciado pelas

atividades de aventura. Esse estudo, de natureza qualitativa, objetivou refletir

sobre a potencialidade dos aspectos persuasivos da participação em atividades

de aventura, na sistematização do comportamento pró-ativo no lazer e foi

desenvolvido com base em revisão bibliográfica realizada nos últimos cinco

anos em periódicos e livros nacionais sobre as temáticas em questão. Pode-se

perceber que os textos pesquisados apontam diferentes perspectivas que

estimulam o interesse na busca por vivências na natureza e reiteram um apelo

para além da atividade em si, da contemplação, da fruição, ressaltando

legendas subliminares, que envolvem, desde o colocar-se em risco controlado

para testar a auto-superação, até a perpetuação de modismos, entre outros

subtextos interditos. A aderência a estas atividades foi evidenciada sendo

pautada especialmente na alteração do significado do tempo, nas

necessidades de extravasamento e controle dos níveis de estresse, na procura

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

por novidades, no acompanhamento de modismos, na vivência de novas

emoções, no aprimoramento dos níveis de saúde, aspectos que surgem como

apelos intuitivos, representando motivos desencadeadores de mudanças

axiológicas, uma vez que tal busca supera a simples procura pelo lazer,

fomentando, inclusive mudanças estruturais nos estilos de vida, na qualidade

de vida, nas relações humanas e na própria concepção de corpo, cuja natureza

emocional e sensível o detecta, inclusive, como possibilidade de ser um

verdadeiro espaço ecológico. O processo de participação em atividades que

suscitam aventura, risco controlado e emoção no âmbito do lazer parece

permitir o confronto individual humano com suas próprias limitações,

compreensão de seus comportamentos e escolhas, podendo favorecer o

aprimoramento de inúmeros elementos psicossociais intervenientes nestas

experiências, nas quais há uma efetiva catalisação dos níveis de participação

das emoções e dos órgãos dos sentidos, ampliando a integração entre

contemplação, percepção e ação. O processo de experimentação se traduz

também na aquisição de conhecimento, por meio das informações sensíveis,

com afastamento temporário da realidade. O lazer, então, por suas

características como elemento cultural, especialmente ao se focalizar as

atividades de aventura na natureza, pode favorecer elementos privilegiados

para outros estilos poderem ser experienciados, transformados e assimilados,

representando um espaço rico de promoção dos veículos comunicativos e de

socialização, que podem interferir nos vetores dos padrões de estilos pró-ativos

de vida, tendo em vista que a auto-identidade, a noção de subjetividade e a

identidade grupal são bastante exploradas. A formulação de condutas pró-

ativas no lazer, portanto, pode se desencadear efetivamente, tendo em vista

todo esse prisma motivacional e persuasivo envolvendo as atividades de

aventura na natureza.

Palavras-chave: aventura, lazer, atividade

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

SENSAÇÕES E EMOÇÕES VIVENCIADAS NA PRÁTICA DE ATIVIDADES DE AVENTURA NO CONTEXTO ACADÊMICO

Giselle H. Tavares

Cristiane Naomi Kawaguti

Priscila Raquel Tedesco da Costa Trevisan

Danilo Roberto Pereira Santiago

LEL – LABORATÓRIO DE ESTUDOS DO LAZER/UNESP – Rio Claro

As atividades de aventura vivenciadas no contexto do lazer privilegiam, entre

outros, o elemento lúdico, com o risco controlado pelo avanço tecnológico,

motivando a prática por pessoas de diferentes faixas etárias e níveis de

habilidades, principalmente jovens, que procuram se colocar à prova e testar

seus limites, buscando as vivências que propiciam novos tipos de emoções. A

vivência deste tipo de atividade dentro do contexto acadêmico dos cursos de

formação em Educação Física e outros pode gerar elementos que favoreçam,

não apenas o aprimoramento dos aspectos pessoais, mas também, que

possibilitem reflexões importantes, no sentido do enriquecimento pedagógico

de práticas profissionais mais consistentes. Entretanto, bem pouco se tem

explorado deste universo das atividades de aventura nos contextos

acadêmicos, o que motivou o desenvolvimento deste estudo. O objetivo

principal desta pesquisa foi analisar as sensações e emoções vivenciadas por

alunos de graduação de um curso de Educação Física, durante a prática de

atividades de aventura na natureza. O estudo, de natureza qualitativa foi

realizado em duas etapas, sendo a primeira referente a uma pesquisa

bibliográfica acerca das atividades físicas de aventura na natureza e a

formação profissional em Educação Física e a segunda relativa a uma

pesquisa exploratória, desenvolvida por meio da apreensão de relatos verbais

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

como instrumento para a coleta de dados, sendo a amostra constituída por 46

alunos do segundo ano do Curso de Educação Física na Universidade

Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho, de ambos os sexos e com idades

variando entre 18 e 22 anos. A vivência aconteceu na cidade de Brotas, no

interior de São Paulo, considerada um dos pólos reconhecidos

internacionalmente das atividades de aventura no Brasil e a atividade realizada

foi o Bóia-cross. Os dados foram analisados descritivamente, por meio da

Técnica de Análise de Conteúdo Temático e os resultados do estudo

evidenciaram que durante a vivência da atividade envolvendo o bóia-cross, a

falta de preparo físico foi um dos aspectos que mais chamou a atenção dos

alunos, tendo em vista a necessidade de adaptação ao ambiente e suas

características. Este dado foi constatado especialmente nos relatos de

participantes do sexo feminino. Outro fator citado pelos alunos foi o sentimento

de medo desencadeado especialmente no início da atividade, devido ao

desconhecimento das exigências locais e técnicas. Além disso, foram relatadas

também, sensações e emoções consideradas menos intensas do que o medo,

como a ansiedade, a insegurança e a tensão. Entretanto, estes sentimentos

foram vencidos pela motivação e cooperação do grupo presente, salientando,

assim, a importância desse tipo de atividade na promoção da integração

grupal. Foram evidenciados, ainda, sentimentos prazerosos, como alegria,

desafio, aventura, sentido de liberdade e sentimento de “querer vivenciar mais”,

sendo estes fatores decisivos na manutenção e no retorno às atividades. Os

participantes também relataram a percepção mais detalhada do ambiente de

prática e das técnicas e tecnologias materiais aplicadas durante a vivência,

considerando estes aspectos como importantes quando da ação profissional.

Com base nos resultados do estudo, pode-se observar que a vivência desse

tipo de atividade foi considerada relevante, tanto para a ampliação das

experiências do grupo com o ambiente natural, assim como, para o

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

aprimoramento dos conceitos e significados das intervenções profissionais

necessárias para o desenvolvimento da atividade com qualidade.

Palavras-chave: Atividades de aventura, sensações, emoções.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

ATIVIDADES DE AVENTURA E A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO EM PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO

Viviane Kawano Dias

Graziela Pascom Caparroz

Jossett Campagna

Norma Ornellas Montebugnoli Catib

Priscila Raquel Tedesco da Costa Trevisan

Danilo Roberto Santiago Pereira

LEL- Laboratório de Estudos do Lazer- DEF/IB/UNESP - Rio Claro, SP, Brasil

Dentro da comunidade acadêmica, a produção de conhecimento, em termos de

qualidade e relevância para as suas respectivas áreas, é o eixo central que

sustenta o seu devido reconhecimento e valor, como também, a sobrevivência

de seus grupos de estudos e pesquisas. No que concerne à área de

conhecimento em atividades de aventura, os estudos e pesquisas são

primordiais para o fomento de novas estruturas, preparo profissional

especializado e preservação da área explorada, estimulando, dessa forma, a

disseminação dessas práticas. Com o objetivo de averiguar o interesse e

empenho, tanto de acadêmicos, quanto de Programas de Pós-Graduação de

universidades públicas do Estado de São Paulo, mais especificamente,

Universidade de São Paulo – USP, Universidade Estadual Paulista – UNESP –

Campus de Rio Claro e Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, este

estudo, de natureza qualitativa, realizou, por intermédio de análise documental,

um levantamento de dados da produção de conhecimento, junto aos seus

respectivos bancos de teses e dissertações on line, utilizando-se palavras-

chave relativas ao tema – atividades de aventura - e, compreendo o período de

2003 a 2008. Os resultados obtidos nesse levantamento indicam que, no ano

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

de 2003, não houve a produção de conhecimento nesta área, nos programas

de Pós-Graduação da USP; houve 1 produção na UNESP; na UNICAMP foram

produzidos 2 trabalhos. Em 2004, não houve produção, tanto na USP quanto

na UNICAMP, no entanto, na UNESP foram produzidos 3 trabalhos. Em 2005,

apenas a UNICAMP produziu, sendo apenas 1 trabalho. Já em 2006, todas

produziram trabalhos relativos ao estudo, sendo 1 pela USP, 1 pela UNICAMP

e 2 pela UNESP. Em 2007, a produção foi de apenas 1 trabalho pela UNESP,

assim como também, em 2008, houve a elaboração de 1 trabalho nesta

Instituição. A produção de conhecimento, tendo as atividades de aventura

como tema central, no período de 6 anos (2003-2008), totalizou 13 trabalhos,

sendo 1 trabalho elaborado no Programa de Pós-Graduação da USP, 7

trabalhos produzidos no Programa de Pós-Graduação da UNESP – Campus de

Rio Claro e, 4 trabalhos confeccionados pelo Programa de Pós-Graduação da

UNICAMP. Diante disso e, com base nos resultados, assim como também, pelo

evidente aumento da procura por essas práticas e necessidade de

estruturação, tanto desses espaços, como da especificidade profissional, o

número de produção científica é muito baixo, comparado com a demanda

dessas práticas. Fomentar e estimular estudos e pesquisas para a produção de

conhecimento tornou-se uma premência dos Programas de Pós-Graduação, no

sentido de proporcionar maior organização, segurança, preparo profissional

especializado e, principalmente, a preservação dessas áreas, já tão

degradadas pela exploração indevida, colaborando, inclusive, de forma

significativa, para a conscientização do público envolvido, tanto os que atuam

na oferta dos serviços prestados, dos que habitam essas áreas, quanto dos

que procuram por essas práticas.

Palavra-Chave: Atividades de Aventura, Produção do Conhecimento, Pós-

Graduação.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

ATIVIDADES DE AVENTURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E AS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS

Kaciane Fernandez Espinoza

Pós-Graduanda / Educação Física Escolar: Ênfase em Aventura e Ludicidade -

UNESA

Eliete Maria Silva Cardozo

Doutora em Educação Física / Pós-Graduação - UNESA

Julio Vicente da Costa Neto

Mestre em Educação Física / Pós-Graduação – UNESA

A criança satisfaz algumas de suas necessidades básicas, tanto no campo

físico como no psíquico e social, através do jogo, da ludicidade e do brinquedo,

estimulando o autoconhecimento, a percepção corporal, a interação com o

grupo e o prazer de brincar de forma descomprometida e gratuita. Neste

universo as operações mentais fluem e as inteligências múltiplas podem fazer

parte desse grande mosaico.O ser humano é dotado de inteligências múltiplas

que incluem as dimensões: lingüística, lógico-matemática, espacial, musical,

cinestésico-corporal, naturalista, intrapessoal e interpessoal. Juntando-se a

estas dimensões inclui-se também a inteligência pictórica. A dimensão

lingüística se expressa no orador, no escritor, constroem imagens com palavras

e com a linguagem de maneira geral. A dimensão lógico-matemática se

apresenta no ato de desenvolver raciocínios dedutivos e em construir cadeias

causais, símbolos matemáticos e números. A dimensão espacial da

inteligência está desenvolvida nas pessoas que percebem de forma conjunta o

espaço, a administração e utilização do mesmo, através da elaboração de

mapas, plantas baixas, estando mais presentes nos cartógrafos e arquitetos. A

competência musical se apresenta de maneira formal no mundo sonoro e o

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

papel desempenhado pela música como forma de compreensão desse mundo.

A manifestação gestual do corpo se apresenta nitidamente no atleta, durante a

execução dos movimentos corporais que englobam a dimensão cinestésico-

corporal. Uma das últimas competências é a inteligência naturalista, também

chamada de biológica que está ligada ao meio ambiente, a compreensão do

mesmo, bem como a sua utilização e a afinidade que os seres humanos

possuem por outras formas de vida, tais como plantas, animais e espécies.

Finalmente apresentaremos as inteligências pessoais, manifestadas como

interpessoal e intrapessoal. A manifestação interpessoal é desenvolvida

através do bom relacionamento com outras pessoas, o crescimento de sua

auto-estima e suas motivações, onde são observadas a empatia entre as

pessoas, que são características da liderança. Já na dimensão intrapessoal,

está bem nítida nas pessoas de “bem com a vida”, que conseguem administrar

os sentimentos, emoções e projetos de vida com bom astral. A inteligência

pictórica é encontrada na forma dos desenhos, dos símbolos e nas suas

identificações. Assim, o objetivo da pesquisa foi identificar as possibilidades do

desenvolvimento das inteligências múltiplas na prática das atividades de

aventura. O estudo apresenta características descritivas e a amostra foi

formada por um conjunto de atividades de aventura, praticadas por um grupo

de 12 alunos da Escola Infantil Ponta-Porã, localizada no Mato Grosso do Sul,

durante um mês, com a freqüência de duas vezes por semana. As atividades

foram fotografadas e no término da prática a professora registrava de forma

detalhada o desenvolvimento da atividade. Posteriormente, os relatos foram

analisados de acordo com a técnica de análise do conteúdo. A prática

começava com uma história, chamada de história interativa, onde fluía a

categoria do jogo denominada de mimicry. A criança se transformava

temporariamente no personagem apresentado na história, estimulando o

interesse para a prática das atividades de aventura. Dentre as atividades

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

desenvolvidas encontramos o andar sobre cordas em linhas retas e curvas,

travessias de obstáculos diversos, falsa baiana com variações, prática de

ascensão, caminhadas junto à natureza, entre outras. Os resultados indicaram

que a prática dos esportes de aventura estimula o desenvolvimento das

Inteligências múltiplas. A criança interpreta a informação que lhe é apresentada

por meio da inteligência lingüística, identifica o local através da inteligência

espacial, aceita a opinião dos outros para executar a tarefa utilizando a

inteligência interpessoal, o prazer de trabalhar em grupo naquela tarefa aflora

através da inteligência intrapessoal, o contato com o meio ambiente por meio

da inteligência naturalista e quando reproduz o trabalho realizado utiliza a

inteligência pictórica, entre outras. Concluímos que a utilização das atividades

de aventura para as crianças do segmento de educação infantil desperta o

interesse e estimula o desenvolvimento das inteligências múltiplas.

Palavras-chave: Educação Infantil, Inteligências Múltiplas e Esporte de

Aventura.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

ATIVIDADES DE AVENTURA E SUSTENTABILIDADE NAS AÇÕES EXTENSIONISTAS DA UESB/BA

Marcial Cotes

Prof. Assistente do DCN/UESB

Celeste Dias Amorim

Coord. de Esporte da Proex/UESB

José Dirceu Campos Góes

Prof. Auxiliar DFCH/UESB

Marcia Morel

Prof.ª Assistente do DCS/UESC

A história da humanidade está, intrinsecamente, relacionada à prática de

atividades físicas e ao contato com a natureza. A relação da sociedade com o

mundo natural tem sido norteada por uma prática que visa dominação. Esse

mesmo homem que busca domar a natureza enfrenta conflitos internos, onde

seu norte deve ser pela responsabilidade de definir uma relação ética e

sustentável com o planeta. Durante essa transformação, a sociedade humana

vivenciou vários ciclos até chegar ao ciclo da intuição, que pode ser demarcado

pela introdução de valores éticos associados à ecologia, natureza, lazer e ao

tempo, retrocedendo aos princípios essenciais como tendências de evolução

das sociedades humanas após os ciclos da produção agrícola, industrial, da

informática e da qualidade. Essa nova mentalidade ecológica aparece

sinalizando uma inequívoca relação com o surgimento de novas modalidades

esportivas que utilizam o ambiente natural para suas práticas. As atividades

físicas em contato com a natureza são preferencialmente de aventura e sua

concepção, de cunho hedonista, prega um estilo de vida saudável,

fundamentado na saúde e no prazer, não por um período, mas sim durante a

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

vida toda. Essas atividades físicas são denominadas pela mídia como esportes

outdoor, por serem praticadas ao ar livre em ambientes naturais. Na década de

noventa, após a Conferência sobre o Meio Ambiente Rio-92, surge no Rio de

Janeiro os primeiros 27 km de ciclovias do país. A humanidade tem no século

XXI dois grandes desafios, reverter o nível de degradação do meio ambiente

natural e viabilizar uma vida mais saudável nos grandes centros urbanos. As

grandes cidades com o número crescente da população, aumento da frota de

veículos que circulam diariamente nas vias, inviabilidade de expansão de ruas

e avenidas devido à falta de planejamento urbano, tem dificuldade em

programar ações do poder público para dirimir estas questões, mesmo com a

existência de programas de incentivos do Banco Nacional de Desenvolvimento

Social, como o de Infra-Estrutura para a Mobilidade Urbana. Na atualidade

existe uma demanda por programas de implantação de ciclovias e o fomento

do uso de bicicletas como alternativa economicamente viável e sustentável

para a mobilidade urbana. No entanto, a falta de subsídios e programas de

transportes urbanos eficientes tem onerado o proletário, com exceção daqueles

que estão empregados na economia formal e são beneficiados pelo vale-

transporte, enquanto grande parte da população encontra-se fora do processo

produtivo na economia informal. Uma expressiva parcela da população tem

como alternativa de transporte deslocar-se a pé ou de bicicletas, necessitando

maior atuação do poder público na implantação de infra-estrutura para

minimizar as condições de risco e desgastes destes usuários, além de

estimular a mudança de hábito de deslocar-se a pé para a modalidade

cicloviária. É sabido que a extensão deve ser desempenhada considerando o

compromisso social da universidade enquanto instituição pública. Para atender

este compromisso a ação extensionista do “Projeto Ciclismo na UESB: uma

prática saudável e ecologicamente sustentável” propõe fomentar o uso das

ciclovias que estão sendo implantadas, incentivando a prática do ciclismo em

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

suas diversas modalidades. A proposta dos eventos ciclísticos visa incentivar a

inter-relação e a identidade comunitária, flexibilizando o cotidiano por meio do

lúdico, entre pais, filhos, familiares, vizinhos e amigos. O projeto pretende

implementar dez ações, tais como: (1) oficina de mecânica para bicicletas, (2)

oficina de regras de trânsito voltada para educação do ciclistas, (3) oficina

básica de cinesiologia do ciclismo e orientações de fisiologia, (4) oficina de

práticas educativas desejáveis em ambiente natural para mountain bike

(Educação Ambiental), (5,6) duas etapas do Circuito UESB/Cachorro do Mato

de mountain bike, válidas como etapas do Campeonato Conquistense realizado

pela Associação de Ciclismo do Sudoeste da Bahia, (7) competição de

Ciclismo de Velocidade, (8) competição de Duathlon terrestre, (9,10) dois

passeios ciclísticos para pais e filhos. Pretende-se durante o período letivo de

2009 promover com as ações extensionistas o uso da bicicleta como alternativa

de mobilidade urbana segura, sustentável e saudável, oferecendo informações

que venham contribuir para esta prática de forma consciente. Uma vez

implantado o projeto e desenvolvendo suas ações, o registro deste processo

deve sinalizar o benefício junto à comunidade atendida pelo acesso ao lazer,

com o fortalecimento das relações identitárias do grupo envolvido e uma

frequência maior na utilização da bicicleta de forma lúdica, saudável e

esportiva. Até o presente momento, implementou-se a primeira ação do projeto,

que consistiu na realização da oficina de mecânica básica de bicicletas, com

participação de 31 ciclistas inclusive com presença de donos e mecânicos de

oficinas da cidade de Vitória da Conquista, atingindo os objetivos propostos.

Palavras-chave: Atividades de Aventura, Sustentabilidade, Extensão, Meio

Ambiente, Mountain Bike.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

CONFRONTANDO FREQUÊNCIA CARDÍACA COM DISCURSO DOS VISITANTES EM PASSARELAS SUSPENSAS

Marcial Cotes

Prof. Assistente do DCN/UESB

Marcia Morel

Prof.ª Assistente do DCS/UESC

Apoio: UESC, IESB, CAPES

Este trabalho não pretende discutir implicações acerca do gênero nas

atividades de aventura. O intuito é apresentar aporte para alguns

questionamentos surgidos durante os pré-testes no trabalho de campo, para

elaborar a metodologia de graduação do nível de dificuldade da trilha

interpretativa da Reserva Particular do Patrimônio Natural Ecoparque de Una,

no sul da Bahia. Durante o levantamento preliminar dos dados para elaboração

da metodologia foi proposto analisar e comparar o discurso e dados dos

visitantes no que concerne a vertigem diante do trecho de aproximadamente 97

m de comprimento de passarelas suspensas no dossel florestal com as

variações de frequência cardíaca (FC). Nossa hipótese surgiu em função da

presença de vertigem ou não nos visitantes diante do equipamento construído

entre copas de árvores. Os dados foram coletados de agosto de 2003 a abril de

2004 com esclarecimentos a respeito da participação voluntária. A amostra

continha um total de 72 voluntários divididos em gênero, nível de treinamento

(NTR) e faixa etária (FE). No início da trilhas, o aparelho Polar S710 era

disparado em sincronia com o cronômetro do pesquisador com o objetivo de

anotar nas planilhas dos voluntários o exato momento de início da passagem

no trecho das passarelas suspensas, para posterior identificação das variações

da FC. Foram fixadas etiquetas no visor dos monitores para não haver

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

interferência na coleta de dados. A única abordagem feita pelo pesquisador era

no momento que os voluntários chegavam ao início das passarelas suspensas

para indagar se eles apresentavam a sensação de vertigem ou não. Faz-se

necessário ressaltar que o trecho anterior era descida, e antes dos visitantes

passarem pelas passarelas suspensas, os guias faziam a interpretação do

trecho, demorando em média de cinco a dez minutos. O que permitiu o retorno

da FC aos valores de aquecimento. Na análise foi adotado o delineamento

experimental totalmente causalizado, num arranjo fatorial 3x3x2 (3 faixas

etárias, 3 níveis de treinamento e 2 sexos), com quatro repetições, sendo cada

sujeito considerado como uma unidade experimental. Em algumas situações o

aumento da FC é devido a um menor ritmo de estímulo nos nervos vagos, ou

de maior estímulo nos nervos cardioaceleradores simpáticos, ou ainda de

ambos. Em situações de alarme, medo, antes e durante os exercícios liberam,

além da noradrenalina, a adrenalina, produzindo o aumento da FC. Alguns

autores sugerem que fatores emocionais do tipo nervosismo e apreensão

podem determinar o aumento da FC para trabalhos de intensidade leve ou

moderada. Nesse contexto, alguns voluntários poderiam mascarar a vertigem,

por isso considerou-se que o tipo de abordagem utilizada na pesquisa para

detectar tal fato, poderia apresentar informações distorcidas. Decidiu-se

recorrer às planilhas de FC no trecho das passarelas suspensas para averiguar

as oscilações. Foram estipuladas que variações iguais ou superiores a 20

batimentos por minuto (bpm) como expressivo quando comparadas ao maior

valor de FC no trecho anterior as passarelas suspensas, e dentro deste

universo, mensurar as variações iguais ou superiores a 30 bpm. Entre os 72

visitantes, apenas 15 voluntários, ou seja, dois do sexo masculino e 13 do

feminino, admitiram ter sentido vertigem no trecho de passarelas. Por outro

lado, as análises da FC dos indivíduos durante este trecho, dentro da variação

proposta de ≤ 20 bpm, sugerem poder ter havido uma alteração da FC em

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

função da vertigem. Observou-se nos gráficos do programa que 26 visitantes

apresentaram variações ≤ 20 bpm e 22 visitantes variações ≤ 30 bpm, durante

o trecho. Totalizando 48 sujeitos com variações de FC, sendo 25 do sexo

masculino e 23 do feminino, evidenciando uma maior quantidade de homens

com alterações. A par destas informações, sugere-se que apesar do discurso

dos visitantes apontarem não ser uma atividade radical, o imaginário da

vertigem no trecho analisado, poderia estar presente em 48 visitantes da

amostra ou sugerir uma indicação de emoção (a surpresa, o amor e ou o

prazer) e não vertigem. O estado da arte sinaliza problemas para identificar

emoções devido à dificuldade para descrever sensações no repertório do

nosso vocabulário. E sugere uma lista complexa de emoções do vocabulário

humano: a ira, a tristeza, a vergonha, a surpresa, o amor, o medo, o nojo e o

prazer. Os dados referentes ao imaginário de vertigem nas passarelas

suspensas podem estar mascarados devido à possibilidade dos visitantes

terem ocultado a sensação de vertigem na abordagem. A análise dos dados

tentou estabelecer outro critério para mensurar o imaginário da vertigem além

verbalização, pois a questão cultural do gênero levantou dados não

comprovados que os voluntários do sexo masculino podem ter mascarado o

discurso. Identificamos como limitação desta investigação a análise do discurso

em comparação com as variações de FC. Desse modo sugerimos uma

pesquisa mais ampla utilizando outros elementos de confrontação.

Palavras-chave: Imaginário, Trilha Interpretativa, Passarelas Suspensas,

Vertigem, Dossel.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

ESPORTE DE ORIENTAÇÃO E O MEIO AMBIENTE

Maria Luísa Alves

Secretaria Municipal de Políticas e Ações Sociais e Cidadania/Campo Grande

(MS)

Priscila Roberta Alves Lemos

Bolsista do Programa de Educação Tutorial (PET) Educação Física/UFMS

O esporte Orientação se desenvolve como uma caça ao tesouro, onde o

praticante deverá passar por pontos específicos determinados anteriormente e

para isso o praticante terá posse de um mapa cartográfico que lhe indicará o

percurso. Este esporte é realizado em pleno contato com a natureza, o que o

torna uma ferramenta essencial para o ensino-aprendizagem sobre as

questões ambientais, pelos cuidados e preservação da fauna e flora, onde a

vida selvagem não pode ser perturbada, tampouco causar danos à vegetação e

ao solo. Colocando-se em prática as Normas de Proteção Ambiental de

Competição e as Ações Educativas do Esporte Orientação é possível desfrutar

da prática de um esporte e do contato com a natureza em harmonia e sem

danificações. Com a visão de promover a vertente ambiental, entre outras que

a Orientação oferece, é que desde 2007 a Unidade de Assistência Social

(UNIDAS) “Leila Jallad Dias”, unidade da Prefeitura Municipal de Campo

Grande (MS), desenvolve este esporte com crianças e adolescentes entre 06 e

15 anos, através de parcerias com o Programa de Educação Tutorial (PET) de

Educação Física da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) e o

Centro de Orientação e Desporto de Aventura de Campo Grande (CODAC).

Esta UNIDAS procura proporcionar aos seus participantes o conhecimento de

questões ambientais, o despertar para a preservação e utilização adequada do

meio ambiente através de atividades diferenciadas e lúdicas. Os conteúdos

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

relativos à questão ambiental são desenvolvidos de forma teórica e prática,

relacionando-os a outros temas transversais desenvolvidos pela unidade em

seu planejamento anual, de acordo a realidade da comunidade. São realizadas

palestras sobre questão ambiental, onde são abordados problemas como a

degradação, preservação e sustentabilidade do meio ambiente para se ter

qualidade de vida, com ênfase nas questões sobre a dengue e as queimadas,

por serem problemas presentes na comunidade. Na questão da dengue as

crianças/adolescentes têm contato com material concreto como lâminas

contendo larvas do mosquito Aedes Aegypti, com o objetivo de aprenderem a

identificar o mosquito transmissor da dengue. Também são estimulados a

realizarem levantamentos da problemática das queimadas para levar à

comunidade a conscientização dos males causados a saúde da população e o

dano ao meio ambiente por esta prática. Ao término de cada atividade, seja

teórica ou prática, é realizada uma roda de conversa onde as

crianças/adolescentes expressão suas dúvidas e curiosidades, em seguida

lançam sugestões para resolverem problemas apresentados sobre o tema

abordado. O contato com a natureza através do esporte Corrida de Orientação

proporciona às crianças e adolescentes a conscientização dos problemas e

necessidades relacionadas ao cuidado do meio ambiente e as ações a serem

executadas na comunidade.

Palavras-chave: esporte, meio ambiente, educação.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

OS “NOVOS” ESPORTES NA DISCUSSÃO ACADÊMICA

Marília Martins Bandeira

UFSCar

Identificada no fazer jornalístico contemporâneo a divulgação de certas práticas

esportivas sendo caracterizadas como “novas”, entendeu-se que a localização

do discurso social acerca destas atividades é fundamental para problematizar

mudanças no comportamento de lazer de nossas sociedades. Em um primeiro

momento, um estudo exploratório levantou os tipos e freqüência de publicações

acerca dos “novos” esportes nos jornais impressos de maior tiragem do país

como O Globo, A Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo. Os novos

esportes foram apresentados por estes veículos em categorias temáticas, a

saber: esportes de risco, esportes radicais, esportes na natureza ou esportes

de aventura. Isto suscitou uma discussão que se refere ao significado de cada

um destes termos. Contudo, foi observado que a forma como a produção

acadêmica mais recente caracteriza estes esportes também se serve de tal

terminologia e os apresenta como “novos”. Empreendemos, pois, uma revisão

bibliográfica, uma tentativa de apresentação dos usos da terminologia antes

identificada. Autores se propõem a colocar historicamente os “esportes

radicais” identificando seu possível surgimento e as características que os

tornam dotados de certa singularidade em relação aos esportes tradicionais.

Apontando a dificuldade em sugerir uma definição rigorosa para este conjunto

de práticas corporais com um grande número de atividades associadas,

entendendo o termo como “em construção”. Mas, ao que tudo indica, ainda

vivemos este processo de definição. Nos anos 1980, teria havido um grande

desenvolvimento destes esportes, devido principalmente à contribuição dos

meios de comunicação, que atingiram em 1990 um maior nível de organização

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

e controle dos riscos envolvidos. A característica primordial deste tipo de

atividade seria a busca por certo transe emocional na quebra das regras

sociais. Outra investigação empírica sobre a emergência de uma nova

“subcultura” esportiva entre os jovens portugueses, optou pelo termo

“desportos radicais” para designar as recentes modalidades. Sua justificativa foi

que o termo seria mais facilmente reconhecido pelos jovens em análise. Neste

estudo pôde-se averiguar que há uma tendência juvenil à valorização da

prática esportiva relacionada ao meio natural, a aventura e ao risco.

Entendendo que este fenômeno se encontra associado a processos das

sociedades contemporâneas. Trabalho ensaístico sugere que o

empreendimento esportivo como se conheceu na modernidade em larga

escala, não deixou de existir no campo do lazer. Mas, o investimento viril e

quase artesanal do corpo dos esportistas tradicionais, colocando

concretamente à prova suas qualidades de força e de resistência, divide

espaço com propostas esportivas alternativas (da exploração de energias

exteriores ao corpo, uso de inovadores equipamentos, controles sutis de

equilíbrio, experiência da mobilidade acrobática e vertiginosa). As

características principais das novas práticas seriam: os gestos de força direta

sobre matérias duras tendendo a serem substituídos pelos gestos de domínio

de controle informacional do corpo e a produção de novos gestos esportivos

em novos espaços de exercício com a individualização dos comportamentos

esportivos, produção de esportes inéditos e um processo de invenção insólita

de máquinas lúdicas. Esta colocação do autor está diretamente relacionada à

caracterização de tais práticas como “novas”, assim como sugerimos. Desta

forma, as instabilidades são as fontes de prazer; as ações são o mergulho, a

queda, os desequilíbrios; e os cenários são os elementos fundamentais da

natureza. Alguns autores falam ainda de uma renovação simbólica propiciada

pelas “novas” práticas esportivas de lazer, no esforço que exigem e nas

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

eventuais fatalidades que provocam. Afirmam que os praticantes apresentam a

busca de adrenalina, se possível em lugares inacessíveis, como enfrentar o

pior, para encontrar o melhor. Convertem seu medo, seu cansaço, em prazer,

em determinação de caráter. Para outros, a experiência da aventura ficaria

mais além da vida, no âmbito do sonho “experienciado”. Neste caso, a sorte e a

superstição seriam introduzidas nos sistemas de significação dos aventureiros.

Estas formas lúdicas jogam com o arriscar da própria existência, gerando fortes

sentimentos de coragem e manifestando-se como força interior, como que

determinando seu poder sobre a vida. Em um momento em que o campo

esportivo passa por uma viragem e ainda acomoda “novas” modalidades e

sofre disputas políticas; tornou-se fundamental discutir a construção de tais

definições. Entendemos que os pesquisadores que se propõem a pensar tais

práticas são também atores sociais envolvidos em sua dinâmica e que há um

intercâmbio de idéias e apropriações de conceitos entre praticantes, jornalistas,

espectadores e acadêmicos convivendo nas fronteiras ainda indefinidas de tais

expressões.

Palavras-chave: aventura, natureza, risco, radical, conceitos.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

VISITAS À NATUREZA EM FAMÍLIA: REDIMENSIONANDO A AVENTURA

Mey de Abreu van Munster

Departamento de Educação Física e Motricidade Humana - UFSCar

A chegada de um novo membro à família é sempre esperada com muita alegria

e ansiedade. Todavia implica na ruptura da rotina dos pais e demanda um

período inicial de adaptação e cuidados intensivos com o bebê. Passado esse

período crítico, onde todas as atenções se voltam para o novo integrante, a

rotina familiar vai se reestruturando e, com ela, são retomados os

relacionamentos sociais, as atividades profissionais e de lazer. Nesse contexto,

ressurge também o desejo de resgatar a aventura e as viagens à natureza,

deixadas temporariamente em segundo plano. O presente ensaio visa

compartilhar as experiências de aventura na natureza em família, discorrendo

sobre a reconfiguração e a ressignificação destas após a chegada de um filho.

Trata-se de um relato de experiência, com característica descritiva, tendo a

observação participante como instrumento de coleta de dados. As observações

assistemáticas foram realizadas ao longo de um período de três anos, tendo

sido estabelecidas as seguintes categorias de análise: os parceiros e

companheiros de aventura passam a ser, predominantemente, outros casais

com filhos pequenos, pois a compreensão, a colaboração e a ajuda mútua de

pessoas na mesma situação demonstram ser importantes aliados; os destinos

continuam variando, porém passam a ser mais próximos, visando diminuir o

tempo de permanência no interior dos veículos (o número de paradas para

apreciação cênica, descanso e cuidados com higiene e alimentação tende a

aumentar); os roteiros de aventura passam a ser ainda melhor planejados,

envolvendo análise de toda a logística e preparação mais cuidadosa; a seleção

dos meios de hospedagem torna-se mais criteriosa, priorizando a praticidade e

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

o conforto do bebê; a bagagem, antes reduzida às necessidades básicas,

passa a incorporar os mais variados acessórios e equipamentos, incluindo

alguns itens considerados supérfluos; a disposição e o desprendimento dos

envolvidos também precisam ser proporcionalmente maiores, visto que

algumas vezes torna-se inviável a aproximação dos pontos e atrativos mais

aguardados, devido a imprevistos. Apesar de todas as reconfigurações

necessárias, o desejo de aventura permanece ou é até mesmo intensificado.

As viagens e experiências na natureza em família adquirem novo significado.

Pela qualidade da experiência sensível envolvida, a interação dos bebês e

crianças com os elementos da natureza revela-se extremamente saudável e

estimulante. Os pequenos aprendem desde cedo a apreciar a fauna, a flora,

relacionando-se de forma harmônica com os elementos da natureza (água,

areia, seixos rolados, folhas de diferentes formas, cores e texturas, insetos e

pequenos animais, sol, chuva, lua, estrela entre outros), cujos estímulos são

determinantes para o seu desenvolvimento cognitivo e psicomotor. Os pais

redescobrem os detalhes e a grandiosidade da natureza e do universo através

do encantamento de seus filhos frente a estes elementos. A afetividade e o

vínculo familiar são reforçados por meio das situações de compartilhamento e

cumplicidade. O conceito de aventura se transforma e adquire uma nova

dimensão, impregnada por valores e atitudes de solidariedade, amor e respeito.

Sugerem-se estudos ulteriores, envolvendo amostras mais representativas e

outros métodos de investigação, que possam aprofundar a temática aqui

abordada.

Palavras-chave: aventura, natureza, família.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

ATIVIDADES FÍSICAS DE AVENTURA NA NATUREZA E SAÚDE: NOVAS PERSPECTIVAS

Michel Binda Beccalli

Ms. Andreia Silva

ESFA/NUAr

A saúde é um tema que vem sido exaustivamente debatido em várias esferas

da sociedade, bem como no meio acadêmico. A dimensão que as

problemáticas relacionadas ao tema tomaram são de uma magnitude

preocupante no que diz respeito à subsistência do ser humano. A saúde não

deve ser entendida apenas como um estado com ausência de doenças, mas

deve ser entendida num conceito mais amplo, abrangendo também as

dimensões cognitiva e social do ser humano, bem como a interação deste com

o meio do qual faz parte. A partir desse entendimento, voltamos nossos olhares

para as atividades físicas de aventura na natureza (AFAN) destacando seu

potencial no sentido de contribuir com a saúde dos indivíduos para além dos

benefícios fisiológicos proporcionados pela prática das mesmas, uma vez que

estas contribuem num contato maior com o meio natural, podendo reaproximar

ser humano e natureza, e contribuindo na sensibilização do indivíduo no que

diz respeito ao estabelecimento de relações de amizade, enxergando o outro

enquanto parceiro na aventura. Portanto, pode-se inferir que uma relação

social salutar, que pode ser propiciada pela prática das AFAN, pode contribuir

positivamente na esfera multifatorial que compõe a saúde, entendida aqui num

conceito amplo. Ainda nessa perspectiva apontamos para as AFAN como uma

vivência que pode servir como “válvula de escape da vida cotidiana e do

estresse da vida urbana”, bem como uma “fuga de valores que são vividos no

cotidiano das pessoas”. Contudo, uma das preocupações que se faz presente

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

no âmbito das AFAN é a maneira como essas atividades são encaradas pelos

praticantes, pois deve-se atentar para o fato de que, muitas vezes, alguns

padrões vividos no meio urbano são levados para o meio natural. Amparados

no acima exposto e conscientes da importância da adoção de ações

preventivas cada vez mais cedo, apontamos para o espaço das aulas de

Educação Física no ambiente escolar como meio promissor no sentido de

disseminação dos conhecimentos básicos necessários à construção de uma

autonomia no que tange promoção e manutenção de saúde. Para tanto, o

presente estudo tem por objetivo central verificar o potencial das AFAN no

processo de construção de uma autonomia voltada para a promoção e

manutenção de saúde, para além da perspectiva fisiológica, dentro do

ambiente escolar. A pesquisa foi de caráter qualitativo do tipo exploratória, com

procedimento de pesquisa de campo. Como instrumentos de coleta, foram

adotadas observação participante e entrevistas semi-estruturadas. Para a

análise de dados utilizamos a análise de conteúdo. A amostra da pesquisa

corresponde a jovens regularmente matriculados no Ensino Médio da Escola

São Francisco de Assis (ESFA). O feedback dos educandos em relação às

aulas desenvolvidas legitimam todos os pressupostos apresentados até então,

apontando para a necessidade latente do desenvolvimento de aulas de

Educação Física com vistas a propiciar esse tipo de vivência, bem como a

(re)construção coletiva de valores pertinentes a elas, buscando o

desenvolvimento de uma prática contextualizada e efetivamente significativa e,

portanto, capaz de gerar mudanças efetivas de hábitos de vida, incluindo,

dessa maneira, as relações sociais e com o meio ambiente no entendimento

que se tem acerca da saúde. A partir das considerações apresentadas, faz-se

necessário enfatizar o papel da escola enquanto instituição educacional, de

correlacionar os saberes construídos dentro dela com a vida cotidiana dos

educandos, o que facilita o processo de (re)significação do conhecimento

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

produzido. Portanto, o conteúdo deve transcender a esfera escolar e levar em

consideração as diversas dimensões que permeiam o ser humano (cognitiva,

biológica e social), as quais influenciam diretamente na saúde do indivíduo.

Palavras-chave: Atividades de aventura na natureza, Educação Física escolar,

saúde.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE ATIVIDADES DE AVENTURA EM ANAIS DE EVENTOS

Viviane Kawano Dias

Priscila Raquel Tedesco da CostaTrevisan

Norma Ornellas Montebugnoli Catib

Jossett Campagna

Graziela Pascom Caparroz

Cristiane Naomi Kawaguti

LEL – Laboratório de Estudos do Lazer /UNESP – Rio Claro

Reflexões acerca das relações entre o ser humano e a natureza têm sido foco

de interesse em diversas áreas do conhecimento, especialmente no que

concerne às atividades de aventura, temática que vem se tornando uma

perspectiva crescente como opção no âmbito do lazer e muito difundida no

campo acadêmico. Entretanto, a disseminação da produção do conhecimento

sobre esta temática, ainda é esparsa, necessitando ser agrupada, no sentido

de favorecer informações mais precisas. Sendo assim, o presente estudo,

caracterizado por uma pesquisa exploratória de natureza qualitativa, teve como

objetivo, investigar a produção de conhecimento em forma de pesquisas

científicas, referentes a trabalhos concernentes às atividades de aventura,

apresentados em forma de comunicações orais e pôsteres, publicados em

anais pertinentes a 3 dos principais congressos consolidados no Brasil,

ocorridos nos últimos três anos (2007-2009), limitando-se exclusivamente, à

área de Educação Física. O instrumento utilizado para a coleta de dados foi a

análise documental, realizada em trabalhos divulgados e classificados de

acordo com os títulos. Com base na Técnica de Análise de Conteúdo Temático,

evidenciou-se a incidência de 47 trabalhos, sendo que as temáticas de maior

incidência foram: Biomecânica e Fisiologia relacionadas às atividades de

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

aventura, com 14 trabalhos, seguido das temáticas envolvendo a Produção do

conhecimento e significados das atividades de aventura, com 9 trabalhos; 6

trabalhos relacionados à questão do corpo; 4 trabalhos sobre história, políticas

públicas e espaços; 4 sobre ensino, formação profissional e treinamento; 4

sobre psicologia, gênero e sociologia; 5 trabalhos relacionados com a temática

do risco; apenas 1 trabalho referindo-se às atividades de aventura e o público

idoso. Os resultados do estudo apontam uma ligeira predominância da

produção científica acerca das Atividades de Aventura relacionada à temática

da biomecânica e de aspectos fisiológicos, quando tomados individualmente.

Entretanto, quando somados todos os outros temas, pode-se perceber a

grande atenção dos pesquisadores dada aos aspectos sociológicos,

psicológicos, políticos e de formação. Curiosamente, os resultados

demonstram uma discrepância em relação às pesquisas sobre o risco, aspecto

que tem direta relação com a temática da aventura. Algumas lacunas em

relação à produção do conhecimento acerca das práticas de atividades de

aventura pode-se perceber, quando se observou apenas 1 estudo referente à

relação das atividades de aventura e o público idoso. Interessante notar-se

uma limitação do estudo, no sentido de que o título dos trabalhos podem não

conter informações precisas sobre o teor real do assunto tratado ao longo da

pesquisa. Neste sentido, torna-se premente que novos estudos sejam definidos

no intuito de ampliar as reflexões acerca desta temática, procurando gerir as

informações advindas da produção do conhecimento a este respeito e

promover melhor configuração para o campo do estudo das atividades de

aventura.

Palavras-Chave: Atividades de Aventura, Produção Científica, Eventos.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

PRÁTICAS CORPORAIS NA NATUREZA: UMA PROPOSTA PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Priscilla Pinto Costa da Silva

Universidade de Pernambuco/Universidade Federal da Paraíba

Cheng Hsin Nery Chao

Universidade Estadual da Paraíba

Este estudo é um recorte da pesquisa Educação Ambiental nas Práticas de

Atividades Outdoor. As práticas corporais na natureza estão em crescimento

desde os anos de 1960/70, como viés na promoção do lazer, sendo este um

fenômeno interdisciplinar, possibilitando contribuições para o desenvolvimento

pessoal e social, no qual está inserido a busca pelo prazer. Associar tais

práticas ao lazer desperta o desejo do homem citadino, a busca de novas

descobertas, aventurando-se através da natureza desconhecida, além de

possibilitar a compreensão dos valores e significados evidenciados a uma ética

sustentável, preocupando-se com a não dominação do homem nos espaços

explorados e a sua conservação. No entanto, os praticantes nem sempre se

encontram em uma posição ética e sensibilizadora frente aos espaços naturais.

Tendo alicerce nestas premissas, o presente estudo tem como objetivo analisar

possibilidades de sensibilização ambiental por meio de uma proposta

pedagógica baseada em uma metodologia educativa através de atividades

lúdicas e reflexivas, sensibilizando os indivíduos que vivem em uma rotina

agitada, encontrada nos espaços urbanos. Como metodologia, foi desenvolvida

a pesquisa-ação, aplicada em estudantes universitários com idade entre 17 a

25 anos, de ambos os gêneros. Foram realizadas cinco intervenções, sendo os

momentos 2, 3 e 4, foi aplicada uma adaptação ao aprendizado sequencial,

considerando as quatro fases caracterizadas por: I despertar o entusiasmo; II

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

concentrar a atenção; III dirigir a experiência e IV compartilhar a inspiração.

Nas fases I, II e IV foram respeitadas as atividades lúdicas sugeridas pelo

autor, e na fase III foi incluída a prática do rapel. A intervenção 2 foi

desenvolvida em ambiente artificial, e as intervenções 3 e 4 desenvolvidas em

ambientes naturais. Como técnicas e recursos para a coleta de dados foram

utilizados questionário, entrevista semi-estruturada, observação participante,

diário de campo e uma câmera digital. As entrevistas foram transcritas, e

analisadas na forma de análise de discurso, interpretando o que foi

presenciado, relacionado com o que vem sendo encontrado nas fontes de

informações visitadas (livros, periódicos, em bases de dados eletrônicas, e

impressas). Vale ressaltar que foram respeitados os aspectos éticos

regulamentados pela Resolução nº 196/96 do Conselho Nacional de

Saúde/MS, assegurando os direitos e deveres que dizem respeito à

comunidade científica, ao(s) sujeito(s) da pesquisa e ao Estado. Os resultados

encontrados apontaram que 66% dos atores sociais não tinham vivência em

práticas corporais na natureza, mas todos eram cientes dos problemas

ambientais por ações antrópicas. As expectativas mais citadas foram acerca da

aprendizagem, vencer desafios, diversão, autocontrole, oportunidade e outros

aspectos. Os atores sociais declaram que as atividades lúdicas revelam

sensibilização e aproximação do “eu” com a natureza, e desenvolveram

confiança diante o grupo, além disso, eles destacaram que estas atividades,

permitiram uma melhor compreensão a luz dos problemas ambientais, e como

o homem pode minimizar alguns impactos ambientais, seja em espaços

naturais, como na própria cidade. Os aspectos emocionais foram bastante

destacados, encontrando uma bipolaridade entre os sentimentos, os que foram

considerados positivos: prazer, desafio, alegria; e os destacados como

negativos: medo, ansiedade, angústia, os quais concomitantemente estavam

envolvidos em uma mesma lógica. Portanto, o estudo permite observar que as

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

práticas corporais na natureza têm relações intrínsecas com a educação

ambiental. O aprendizado sequencial fornece subsídios educacionais frente à

ética ambiental e sensibilizadora, além de despertar criticamente ponderações

a luz de uma reaproximação do homem enquanto elemento da natureza.

Palavras-chave: Práticas corporais na natureza, Educação ambiental,

Sensibilização

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

COMPORTAMENTO AMBIENTAL DE TURISTAS MOTIVADOS POR AMBIENTES NATURAIS

Clóvis Piau Santos

Deise Danielle Neves Dias Piau

Sérgio Souza Magalhães

Faculdade de Tecnologia e Ciências – FTC/BA

De menor impacto em degradação ambiental quando comparado a empresas

em todo o mundo, o cidadão passou a ser responsável por mudanças de

valores, atitudes e comportamentos nos locais em que vive, sendo um agente

reverberador sistêmico de uma engrenagem maior, o planeta terra. Área de

estudo em destaque nos últimos anos, evidenciado principalmente pela crise

climática instalada em níveis globais, o meio ambiente recebeu diversos

conceitos que procuraram trazer com maior interação o seu significado, assim,

a noção de meio ambiente engloba, ao mesmo tempo, os meios cósmicos,

geográficos, físicos e sociais com suas instituições, culturas e valores. O

presente estudo objetivou analisar o comportamento de turistas motivados por

ambientes naturais junto às questões ambientais, comparando o perfil

comportamental por época de visitação. Foi escolhida a Chapada Diamantina

para o estudo, região que engloba a área central do Estado da Bahia, onde o

Parque Nacional da Chapada Diamantina está localizado, ocupa uma área de

41.751km² que engloba 33 municípios. Para coleta de dados e aplicação do

estudo, foi selecionado intencionalmente o município de Mucugê, localizado no

centro-sul desta região. Por este motivo abriga 52% do Parque Nacional da

Chapada Diamantina, local de grande potencial turístico natural e histórico. O

estudo assumiu um caráter descritivo com uma abordagem quantitativa. Como

instrumento de coleta de dados foi utilizado o questionário Pentáculo do Meio

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

Ambiente, composto por 5 componentes ambientais, proposto por Santos e

Magalhães (2006). A população foi definida pelo número de visitantes do

Parque Municipal de Mucugê tomando à média dos últimos 05 anos

(n=10.170), assim, a amostra assumiu um erro de 5%. Foram entrevistados

290 turistas de ambos os gêneros, masculino (n=166) e feminino (n=124), com

idade média de 29,96 anos (± 13,74) variando entre 11 e 72 anos, compostos

numa subcategoria por época de visitação (n= 72) 24,8% na baixa estação, (n=

132) 45,5% na alta estação e (n= 86) 29,7% nos feriados. Durante o processo

de pesquisa realizaram-se 16 intervenções distribuídas entre o período de

agosto de 2007 a julho de 2008, a fim de que pudessem ser avaliados turistas

da baixa estação e dos feriados. Para tratamento dos dados foi utilizado o

pacote estatístico SPSS for Windows versão 7.5. Para comparação das médias

foi feita a análise de variância ANOVA com testes de Tukey para as

significâncias (p<0,05). Os resultados demonstra uma média no somatório dos

5 componentes (escala de 0 a 45 pontos) de 24,78 (± 6,80) com valores de 7 a

43 pontos no escore, com médias específicas entre os componentes (escala de

0 a 9), sendo 0 (zero) a ausência total de tal característica (comportamento) e 9

(nove) pontos a completa realização do comportamento considerado. Os dados

avaliados apresentam o componente ativismo ecológico com uma média de

4,14 (± 2,16) com apenas 5,5% (n=16) possuindo um comportamento desejável

(escore entre 8 e 9 pontos), o componente biodiversidade 4,99 (± 2,36) destes

16,20% (n=47) apresentaram comportamento desejável, o componente

consumo 6,24 (± 2,10) destes 31,03% (n=90) possuem um comportamento

desejável, o componente valores ambientais 4,32 (± 2,14) destes 4,49% (n=45)

adotam um comportamento desejável e o componente prevenção da poluição

5,09 (± 2,23) destes 13,79% (n=40) adotaram um comportamento desejável.

Conclui-se que, todos os grupos possuem um comportamento ambiental não

desejável, porém, dentre os grupos avaliados, o dos turistas dos feriados

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

possuem o melhor comportamento comparado às demais subcategorias

(p<0,05), isso pode ser explicado pela presença de escolares em programas

práticos de educação ambiental neste período. Em relação aos componentes

avaliados de todos os grupos o consumo parece destacar favoravelmente em

relação aos demais, influenciado pelo hábito de economizar água e menor

aquisição de bens de consumo, no entanto 93,8% destes apontam economizar

energia em casa ou no trabalho, apesar de apresentar em comportamento não

desejável nos demais componentes.

Palavras-chave: Meio Ambiente, turistas, comportamento.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

PERFIL DO ESTILO DE VIDA DE CONDUTORES DE VISITANTES DA CHAPADA DIAMANTINA – BAHIA

Sérgio Souza Magalhães

Faculdade de Tecnologia e Ciências – FTC/BA

O estilo de vida passou a ser considerado como indicador de saúde e

qualidade de vida, uma vez que as principais causas de doenças e morte estão

associadas prioritariamente à maneira em que vivem as pessoas, por isso, para

alguns pesquisadores o estilo de vida tem sido responsável por mais danos ao

organismo do que a soma de todas as doenças infecciosas do passado. Este

estudo objetivou analisar o perfil do estilo de vida individual dos condutores de

visitantes da Chapada Diamantina - Bahia, bem como, compará-lo aos perfis

dos demais moradores da região e turistas em excursões. A região possui

segundo dados do IBGE (2002) 33 municípios distribuídos numa área de

41.756,1 km2, com uma população aproximada de 504.040 habitantes. Para

coleta de dados e aplicação do estudo, foi selecionado intencionalmente o

município de Mucugê, localizado no centro-sul desta região. O município abriga

52% do Parque Nacional da Chapada Diamantina, local de grande potencial

turístico natural e histórico. Para atender aos objetivos da pesquisa, o estudo

assumiu um caráter descritivo com uma abordagem quantitativa. Como

instrumento de coleta de dados foi utilizado o questionário Pentáculo do Bem-

Estar proposto por Nahas, Barros e Francalacci (2000). A amostra censitária foi

constituída de 36 condutores com idade média de 23,14 anos (± 7,25). Foi feita

uma estatística descritiva da freqüência dos sujeitos da amostra através do

programa SPPS for windows versão 7.5, para isso, foi utilizada a média com

desvio padrão de todos os escores dos diversos componentes do questionário.

Os resultados encontrados apontam para uma média no somatório dos 5

componentes (escala de 0 a 45 pontos) de 27,46 (± 5,81), com médias

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

específicas entre os componentes (escala de 0 a 9), sendo 0 (zero) a ausência

total de tal característica (comportamento) e 9 (nove) pontos a completa

realização do comportamento considerado. Os dados avaliados apresentam o

componente nutrição com uma média de 4,17 (± 2,39), atividade física 7,35 (±

1,02), comportamento preventivo 5,58 (± 2,33), relacionamento social 7,41 (±

1,70) e controle do stress 5,25 (± 2,12). Diante disso, conclui-se que, os

componentes que apresentaram um comportamento ideal ou próximo ao

desejável pelos entrevistados são os componentes relacionamento social e

atividade física habitual. O primeiro componente foi influenciado pelo modo de

viver de uma cidade pequena com pouca violência e uma maior participação

em atividades em grupo e associações, o segundo componente influenciado

pela necessidade de exigência motora constante nos ambientes naturais,

sejam em trilhas ou caminhos e em visitas de cunho histórico, religioso e

cultural, desta forma apresentando média superior à população de estudos

realizados no Nordeste do Brasil. No entanto, os componentes, nutrição,

controle do stress e o comportamento preventivo apresentaram um

comportamento não desejável, caracterizados com evidência na baixa ingestão

de alimentos naturais e saudáveis, com pouca verificação de exames

preventivos, uso de álcool regular e pouca educação para o trânsito, além dos

entrevistados apontarem pouco tempo para o lazer já que trabalham bastante

nos feriados e finais de semana. Estes componentes necessitam de

intervenções para ajustes no comportamento dos condutores. Os dados

encontrados permitem demonstrar que quando comparados a outras

populações, num estudo na mesma região realizado pelo mesmo autor,

contando com amostras de moradores da Chapada Diamantina e turistas de

diversas localidades, os condutores na média dos 05 componentes avaliados,

possuem um melhor perfil do estilo de vida individual.

Palavras-chave: Estilo de Vida, Bem-Estar, Condutores.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

SURFE E EDUCAÇÃO FÍSICA: EM BUSCA DO EQUILÍBRIO FÍSICO E EMOCIONAL

Tania Brotto Haddad

O Surfe é um esporte em grande ascensão no mundo e no Brasil. Ele faz parte

do tipo de esporte classificado como de Aventura ou Radicais. Desde sua

origem, tem um significado não só físico, mas emocional e filosófico na vida

daqueles que o praticam. O Surfe assim como: a escalada esportiva e outros

esportes, por serem praticados em meio à natureza, sofrem influência da

mesma, fazendo com que a prática seja, muitas vezes, imprevisível e o

praticante terá de usar sua inteligência, de forma que ele sobreviva às

inesperadas situações. O praticante precisa ser inteligente emocionalmente,

além de tecnicamente capaz. O conceito de inteligência está se dinamizando.

Atualmente, já se usam termos como Inteligências Múltiplas e Inteligência

Emocional. A pesquisa tem ênfase nas inteligências intrapessoal e

interpessoal, que seriam, respectivamente, a capacidade de o indivíduo se

auto-conhecer e relacionar-se, ou seja, a inserção do Eu e do Nós, o que pode

ser desenvolvido por meio do Surfe. O Surfe é uma modalidade esportiva que

compreende os considerados esportes de aventura e/ou turismo de aventura.

Este segmento se relaciona às práticas que envolvem a corporeidade e

exposição voluntária de si próprio, coragem, superação de limites físico–

motores individuais ou em grupos. Os objetivos estão em mostrar que o Surfe

não competitivo tem condições de colaborar física e emocionalmente no

desenvolvimento do ser humano. Além disto, procura identificar as dificuldades

e benefícios físicos e emocionais aos surfistas e verificar se o Surfe, de alguma

forma, contribui para desenvolver a inteligência intrapessoal e interpessoal e,

ainda, relacionar esses objetivos descritos. Para o desenvolvimento da

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

pesquisa exploratória utilizou-se como instrumento um questionário, que

abordou dados pessoais, questões específicas referentes ao Surfe (abertas

semi-abertas e fechadas) e foi aplicado a uma amostra de 33 indivíduos adultos,

com faixa etária entre 18 e 51 anos, sendo 25 homens e 8 mulheres , moradores do

Estado de São Paulo, praticantes de Surfe não competitivo, por um período mínimo

de 6 meses a 20 anos. A aplicação foi feita individualmente. Os dados obtidos foram

analisados quantitativamente e qualitativamente, de acordo com o tipo da

questão e objetivos propostos. O motivo principal dos sujeitos na prática do

Surfe foi o fato de estar em contato com a natureza e com a família e amigos,

assim como, o desejo de superar os limites físicos e psicológicos e o desafio

em si. Os sentimentos de prazer, liberdade e amor ao esporte foram

significantes. Dentre as alternativas para o sinônimo do Surfe, equilíbrio físico e

emocional foi a mais escolhida. Ficou claro, também, que há uma utilização e

desenvolvimento de Inteligência Intrapessoal e interpessoal, na visão dos

participantes. Além disso, foi apontado, também, que o Surfe tem como

benefício emocional a descarga dos problemas do cotidiano e melhora da

concentração, assim como, a auto-satisfação. Conclui-se, então, que mais um

esporte de aventura, no caso o Surfe não competitivo, reflete no cotidiano de

seus praticantes, pois, o mesmo, além de desenvolver capacidades físicas,

desenvolve, também, capacidades necessárias para o equilíbrio emocional,

que auxiliará nas relações interpessoais, na atmosfera da família, amigos e

trabalho e intrapessoais, como auto-conhecimento e satisfação pessoal. Para

atingir os equilíbrios físico e emocional, por serem requisitos básicos geradores

de oportunidades e um bem cada vez mais disputado no mundo moderno, fica

o Surfe como uma sugestão para se alcançá-los.

Palavras Chaves: Surfe, Educação, equilíbrio, inteligência emocional.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

A CONSTRUÇÃO DA AVENTURA NA IMIGRAÇÃO ITALIANA

Ms. Andreia Silva

ESFA

Graduando Felipe Machado

ESFA/PIC

Atualmente verifica-se uma crescente procura por Andreia Silva vivências de

Lazer em ambientes naturais, aqui adotadas pela nomenclatura de Práticas

corporais de Aventura na Natureza (PCAN’s). Devido a essa procura, cresce

igualmente o número de profissionais envolvidos nessa temática, seja por

questões mercadológicas, seja pelas questões educacionais que essas

atividades podem despertar. Nesse contexto, voltamos nossos olhares para a

cidade de Santa Teresa, a qual possui cerca de 40% de sua cobertura natural

preservada, o que atribui a ela uma condição ímpar para o desenvolvimento

dessas práticas. Observa-se, no entanto, a necessidade de uma formação

consciente e comprometida com os agentes envolvidos nessa área. Atrelada a

essa discussão, torna-se preciso igualmente, implementar vivências de

qualidade para os sujeitos participantes. Nesse sentido, é preciso destacar que

as PCAN’s não refletidas, nem discutidas, refugiando-se sob a adjetivação de

ecológicas, não traduzem uma preocupação ambiental. Diante disso, a Escola

Superior São Francisco de Assis, através de seu curso de Educação Física a

partir do ano de 2002, buscou propiciar diversas vivências para seu corpo

discente, docente e a comunidade teresense. Mesmo com tal iniciativa

podemos afirmar que Santa Teresa embora possua características promissoras

para o desenvolvimento das PCAN’s em parceria com programas de Educação

Ambiental, carece de investimentos compromissados e conscientes com esse

quadro, tanto no dia a dia da comunidade como no cotidiano escolar. Baseados

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

na apresentação desse quadro, verificamos a necessidade de um melhor

entendimento de como essas práticas se constituíram ao longo dos anos nessa

localidade, bem como, o olhar de seus praticantes e observadores no que

tange as suas interpretações sobre o meio ambiente e do corpo. Visamos com

isso compreender de forma mais aprofundada o contexto na qual as mesmas

estão inseridas, para a partir daí, criar formas autênticas de desenvolve-las.

Assim, a problemática norteadora do presente projeto de pesquisa constituiu-se

no seguinte questionamento: Como as práticas corporais de aventura na

natureza se constituíram ao longo do anos na cidade de Santa Teresa e quais

as relações criadas com a comunidade? O objetivo geral buscou analisar as

práticas corporais de aventura na natureza através do olhar da comunidade de

Santa Teresa/ES, articulando seu desenvolvimento com as interpretações

acerca do meio ambiente e do corpo elaboradas por essa população. E, seus

objetivos específicos: Tecer considerações sócio-históricas sobre a

constituição das PCAN’s na cidade de Santa Teresa; analisar sua percepção

(ou a ausência da mesma) sobre as PCAN’s, verificar os impasses, conflitos e

contradições presentes no desenvolvimento de tais práticas, os quais revelam

ou podem revelar, atitudes e comportamentos incompatíveis com o nível de

expectativa da população local; verificar a presença ou a ausência da relação

dessas práticas com as formas de lazer da população e da ação dos visitantes,

repensar a forma como estão sendo desenvolvidas tais atividades com vistas a

dar subsídios para a implementação de políticas de lazer ao ar livre que levem

em consideração as especificidades dessa população. A presente pesquisa é

de natureza qualitativa, do tipo exploratória e descritiva, utilizando como

procedimento a pesquisa de campo. Como instrumentos foram utilizados a

observação não participante e a entrevista semi-estruturada. A amostra foi

constituída por membros da comunidade, secretários da Prefeitura Municipal

de Santa Teresa, turistas e participantes do grupo STbike e Parapente da

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

mesma localidade. A análise de dados utilizada foi a Análise de Conteúdo –

Modalidade Temática. Posteriormente, fizemos uma articulação dos dados

obtidos com o referencial bibliográfico do trabalho. Através da análise de dados

pode-se inferir que as PCAN’s sempre estiveram presentes na vida dessa

comunidade, tendo porém, enfoques diferenciados quando verificados os

primeiros anos de estruturação da cidade, nessa época assumindo um papel

de meio para a sobrevivência e; atualmente, como uma potencial forma de

geração de renda caracterizada pela desarticulação com a cultura local. Nesse

segundo momento, observa-se ainda um entendimento restrito inerente a tais

práticas e a concepção de natureza/corpo como algo externo e distante do

cotidiano. Esse entendimento restrito dificulta a apropriação das PCAN’s como

uma forma de Lazer diferenciado e as próprias iniciativas para seu

desenvolvimento. Aponta-se ainda, a necessidade da construção de políticas

de Lazer e turismo que levem em conta as especificidades, culturais e

econômicas da cidade.

Palavras-chave: PCAN’s, Comunidade, Meio-ambiente.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

OS ESPORTES RADICAIS PARA UM PORTADOR DE SÍNDROME DE DOWN

Dimitri Wuo Pereira

Cléia Pina Araújo

Universidade Nove de Julho

A Presente pesquisa busca as possibilidades de inclusão e os benefícios dos

esportes radicais em especial da escalada para um portador de Síndrome de

Down no âmbito da Educação Física Escolar. Este tipo de pesquisa possibilita

a identificação de soluções, sugestões, aspectos ainda não estudados ou

resultados que necessitem de continuação ou confirmação. O método utilizado

será um estudo de caso avaliativo. Essa pesquisa se encontra na fase final da

revisão de literatura que apresentaremos agora e em seguida faremos um

estudo com um portador de Síndrome de Down que é praticante de escalada

em uma escola da rede particular de ensino de São Paulo. A Síndrome de

Down, ou trissomia do cromossomo 21, que foi descrita pela primeira vez por

Longdon Down em 1866, é sem dúvida o distúrbio cromossômico mais comum.

A Síndrome de Down em si, não tem nenhuma classificação, e sim deficiência

mental em geral que pode ser classificada como leve ou moderada. O portador

da Síndrome de Down tem algumas dificuldades perante as habilidades

motoras básicas, pois possui pouco equilíbrio, anda em pequenas distâncias

(geralmente com auxílio), não possui muita agilidade, tem dificuldade no falar,

lentidão ao distinguir os objetos e cores, e uma aptidão global lenta. Por causa

da Hipotonia (baixo tônus muscular) e da Hipermobilidade (mobilidade acima

do normal) podem surgir vários problemas posturais, por este fato devem ser

incentivados os exercícios e as atividades que fortaleçam os músculos em

torno das articulações, estabilizando-as. Os esportes radicais aparecem como

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

uma nova possibilidade e como estímulo, para o desenvolvimento da Educação

Física. Esportes radicais são aqueles que não possuem limitação de tempo,

regras e espaço como os esportes tradicionais, eles seguem as normas de

segurança necessária para cada modalidade. Há uma conceituação

abrangente para os esportes radicais como um conjunto de práticas corporais

diferenciados por sua aproximação com a natureza ou interação com

obstáculos urbanos, e por expressar valores que contestam os padrões antes

estabelecidos. Os esportes radicais têm o risco como elemento essencial e

inerente a prática e por esse motivo atraem as pessoas, pois permitem um

contato especial com a própria existência. A escalada é um desses esportes.

Ela desenvolve todo o corpo, trabalha todos os grupos musculares de forma

harmoniosa e sem sobrecarregar uma parte única do corpo. A coordenação

motora e a agilidade melhoram bastante, já que os membros superiores e

inferiores são usados ao mesmo tempo e em posições diversas. A escalada é a

atividade que mais desenvolve a força da musculatura dos membros

superiores, principalmente do antebraço, pois a manutenção da postura em

suspensão pelos braços e mãos durante tempo prolongado aumenta a força

muscular, articular e tendínea desse segmento. A escalada proporciona a

melhoria da força da musculatura das costas e tronco, indicando-a para as

crianças. Esses motivos nos levam a crer que devemos pensar na escalada

como uma possibilidade de desenvolvimento para portadores de Síndrome de

Down. A escalada pode ser uma atividade de inclusão social para o portador,

além de amenizar alguns problemas de saúde, e possibilitar o desenvolvimento

motor além dos padrões conhecidos. Essa estratégia proporciona ao indivíduo,

uma tentativa de superação de barreiras, mesmo havendo certa lentidão no

desenvolvimento e dificuldades de aprendizagem. As conquistas e habilidades

funcionais estão indo além daquilo que se considera possível quando essas

pessoas passam a realizar atividades que as desafiam. Essa pesquisa tentará

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

elucidar essas questões abrindo novas possibilidades de discussão sobre o

problema.

Palavras-chave: síndrome de down, esportes radicais, escalada.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

A INSERÇÃO DO IDOSO NAS TRILHAS DO CONHECIMENTO SOBRE AVENTURA

Jossett Campagna

Gisele Maria Schwartz

Priscila Raquel Tedesco C. Trevisan

Norma Ornelas M. Catib

LEL – LABORATÓRIO DE ESTUDOS DO LAZER/UNESP – Rio Claro

Nas últimas décadas, o fenômeno envelhecimento vem demandando, por parte

do ser humano, alternativas inusitadas no sentido de conferir qualidade aos

anos adicionais conquistados pela longevidade, pelo aumento da expectativa

média de vida. Nesse sentido, tais demandas vêm revelando a busca do idoso

por vivências de aventura como uma dentre as possibilidades criativas para o

preenchimento de seu “tempo disponível”. Tais experiências sensíveis, no

contexto do lazer, favorecendo a construção de saberes acerca de si, do outro

e do mundo, podem ecoar, positivamente, nos estilos de vida de seus adeptos

e contribuir para que esse momento, de seu ciclo vital, seja bem sucedido. O

objetivo desse estudo foi o de investigar a produção de conhecimento sobre a

inserção do idoso nas múltiplas possibilidades de vivências de aventura,

durante o CBAA. Para isso, a metodologia utilizada teve uma natureza

qualitativa sustentada em análise documental dos Anais do I, II e III CBAA -

Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura, realizado nos anos de 2006,

2007 e 2008. Para detalhamento dos resultados obtidos, foram criadas

categorias de análise, tendo como referência as palavras-chave denominativas

das comunicações científicas, modalidades pôster e tema oral. Os resultados

evidenciaram a existência de apenas 04 estudos referentes ao idoso no evento,

num contexto de 176 comunicações científicas, sendo 120 apresentadas em

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

forma de pôsteres e 56 em forma de temas livres apresentados oralmente. Foi

evidenciada, ainda, a inexistência de comunicações acerca da temática do

idoso no último ano da trilogia desse evento itinerante, a partir de sua criação.

Os focos das investigações socializadas nas comunicações científicas recaíram

sobre o perfil dos idosos praticantes de atividades de aventura, a visão de

idosos em relação às possibilidades de vivências de atividades de aventura na

natureza, as práticas corporais de aventura na natureza como fomento do

aprender e, também, as condições e significados das práticas corporais de

aventura na natureza para grupos de terceira idade. Com base nesses

resultados, pode-se concluir que ainda são tímidas e insipientes as iniciativas

do segmento de pesquisas a respeito desse campo de investigação, tornando-

se premente fomentar novos olhares na prática profissional, a respeito da

disseminação de informações e a percepção do idoso quanto às opções

existentes no âmbito do lazer, incluindo-se as práticas de atividades de

aventura na natureza. Além disto, evidencia-se a necessidade de viabilização

de novas políticas públicas de lazer com ênfase nas atividades de aventura,

nas perspectivas de disseminá-las e oportunizá-las, de modo adaptado, junto

àqueles que adentram ou adentraram nessa inexorável e intransferível fase do

desenvolvimento humano. Torna-se igualmente importante chamar a atenção

da Academia para ampliar o diálogo com a comunidade na qual se insere e

edificar conhecimentos a respeito do universo idoso, mais especificamente

sobre sua participação nas atividades de aventura como catalisadoras de

qualidade de vida.

Palavras-chave: idoso, lazer, aventura.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

(RETRO)PERSPECTIVANDO AS TRILHAS DO CONHECIMENTO SOBRE AVENTURA

Jossett Campagna

Gisele Maria Schwartz

Graziela Pascon Caparroz

Danilo Roberto Pereira Santiago

LEL – LABORATÓRIO DE ESTUDOS DO LAZER/UNESP – Rio Claro

A comunidade científica envolvida com as atividades de aventura comunga

idéias a respeito da pluralidade/interdependência dos campos do conhecimento

que permeiam essas práticas e da necessidade de olhares inter e

intradisciplinares sobre as mesmas. Eventos científicos, aproximando

pesquisadores interessados em objetos de estudos semelhantes oportunizam

trocas de experiências, debates que reafirmam ou refutam paradigmas vigentes

nesse campo de atuação profissional. O objetivo dessa pesquisa foi identificar

os eixos temáticos explorados nas versões I, II e III do CBAA - Congresso

Brasileiro de Atividades de Aventura, realizadas no período de 2006 a 2008. O

método utilizado apoiou-se em análise documental dos Anais das mencionadas

versões desse evento científico. Para detalhamento dos resultados obtidos,

foram estabelecidas categorias de análise, definidas com base nas palavras-

chave contidas nos títulos das comunicações científicas, modalidades pôster e

tema oral. Os resultados concernentes ao evento I, evidenciaram a

predominância de 14 discussões voltadas aos aspectos psicológicos das

atividades de aventura (14 em 61 pôsteres - 22,951%), seguidos pelos de

natureza pedagógica (10 em 61 pôsteres - 16,393%). No II CBAA, o foco recaiu

sobre os 18 relatos de experiências locais (10 em 32 pôsteres - 31,250%; 08

em 24 temas orais – 33,333%), seguidos por 11 estudos psicológicos (07 em

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

32 pôsteres – 21,875%; 04 orais – 16,667%). No III CBAA, constatou-se um

deslocamento dessa dimensão para a dos aspectos pedagógicos presentes em

12 estudos sobre atividades de aventura (09 em 27 pôsteres – 33,333%; 03 em

32 temas orais – 09, 375%), seguido pelos 10 relatos de experiências locais

(05 em 27 pôsteres – 18,519%; 05 em 32 orais – 15,625%). No conjunto dos

três eventos científicos, o interesse dos pesquisadores pela dimensão

pedagógica liderou o centro das atenções de 33 trabalhos (26 em 120 pôsteres

– 21,66%; 07 em 56 temas orais – 12,500%) em números idênticos aos 33

relatos de experiências locais (20 em 120 pôsteres – 16,667%; 13 em 56 temas

orais – 23,214%). A ambos, seguiram-se 25 trabalhos com fundo psicológico

(19 em 120 pôsteres – 15,833%; 06 em 56 temas orais – 10,714%) e 19 focalizando as instituições na operacionalização da temática em pauta (12 em

120 pôsteres- 10,000%; 07 em 56 temas orais – 12,500%). Além desses,

ficaram evidenciadas 9 (05,113%) trabalhos sobre treinamento, 5 (02,840%)

reflexões sobre práticas corporais de aventura na natureza, qualidade de vida,

atividade na natureza e sustentabilidade, 4 (02,272%) com foco no idoso e 4

(02,272%) sobre meio ambiente, 3 (01,704%) envolvendo qualidade de vida e 3

(01,704%) os aspectos biológicos, entre outros, propostos unitariamente

(00,568%) a respeito de qualidade de vida, lazer-educação-desenvolvimento

humano, lazer-aventura, arbitragem, formação profissional, avaliação muscular,

perfis de atletas e adolescentes, educação pelo lazer, lazer áreas urbanas,

controle motor, abordagens teórico-práticas, publicações, esportes na natureza,

confederações esportivas no Brasil e Portugal, aspectos filosóficos, aventura-

natureza, regulamentação da Educação Física. Com base nos resultados do

estudo, pode-se reiterar a magnitude e abrangência das atividades de aventura

na multidimensionalidade constitutiva do ser humano, uma vez que a

diversidade de discussões se refletiu no propósito de ampliar os conhecimentos

centrais e subjacentes que as mesmas contemplam. Os focos pedagógicos e

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”

Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

psicológicos predominantes na totalidade do CBAA, permitiram inferir a crença

na idéia de que essas atividades constituem-se em estratégias significativas e

sensíveis para a promoção humana por parte dos envolvidos nesse campo de

atuação profissional.

Palavras-chave: Aventura, Pesquisa, Lazer.