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• Cenário Mundial• EUA• Europa• China
• Cenário Doméstico• Atividade Econômica• Inflação• Política Fiscal• Política Monetária• Taxa de Câmbio
Estrutura
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Cenário Mundial
4EUA
Fonte: Bloomberg e BLS
• Economia mantém sinais de recuperação moderada, embora com predomínio de números recentes negativos.
• Mercado de trabalho vem perdendo fôlego ao longo do semestre. Taxa de desemprego voltou a subir em maio, para 8,2%.
• Confiança dos consumidores tem oscilado em patamares satisfatórios, mas acomodação do emprego e piora na Europa impõem cautela
• Neste ambiente, amplia-se a pressão sobre o Federal Reserve para a adoção de um novo quantitative easing. Ainda não há consenso no board.
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Espanha: resgate do setor financeiro tinha caráter de urgência. Detalhamento do empréstimo de € 100 bilhões deverá ser anunciado a partir do dia 21, quando se encerra o 1º estágio da auditoria externa nos bancos.
Grécia: resultado das eleições parlamentares do último domingo foi positivo, com vitória da nova democracia.
Itália: país também segue sob pressão, com alto endividamento público e temores relacionados aos bancos.
Autoridades devem seguir atuando para evitar ruptura
Fonte: Bloomberg (Elaboração: Tendências)
Europa
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Aposta em cenário de não-ruptura, entretanto, não significa que os desafios para a região foram minimizados.
Tais ações representam apenas um importante “ganho de tempo”, enquanto avanços estruturais necessários são discutidos e lentamente implementados.
Dentre estes desafios, destacam-se:
Elaboração: Tendências
Europa
Retomar o crescimento econômico
Equacionar as elevadas dívidas
Reduzir o desemprego
Reduzir o diferencial de competitividade entre os países do bloco
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• Desemprego segue elevado, tendo atingido recorde histórico de 11% em abril. Pior cenário é observado na Espanha, com taxa de desemprego acima de 24%.
• Endividamento é outro aspecto que merece atenção. Tentativas de afrouxamento das medidas de austeridade serão limitadas pela delicada situação fiscal e alto custo de financiamento.
Fonte: Bloomberg e Eurostat
Europa
88China
Fonte: Bloomberg (elaboração Tendências)
• Atividade está em desaceleração, fato sinalizado pela ampla maioria dos dados.• Com inflação sob controle, Banco Central tem atuado para estimular a
economia. Taxa dos compulsórios foi reduzida por 2 vezes neste ano e em 07 de junho a taxa de juros foi reduzida pela primeira vez desde o final de 2008.
• Revisamos projeção de crescimento do PIB em 2012 e 2013 para 8,0% (de 8,5%).
• Seguimos avaliando que governo está dotado de instrumentos para conduzir o inevitável processo de desaceleração de maneira suave.
China – Inflação
• Inflação tem mantido trajetória de desaceleração nos últimos meses, refletindo acomodação da demanda interna e deterioração do cenário global.
• CPI teve variação anual de 3,0% em maio, menor desde abril/2010.• PPI intensificou a deflação em maio (1,4%), maior queda de preços desde
novembro/2009.
China – Política monetária• Ou seja, cenário aponta arrefecimento da atividade e inflação em baixa.• Com isso, abre-se o espaço para ações de estímulo por parte do Banco Central. Nos
últimos meses foram promovidas 3 reduções da taxa dos compulsórios bancários e 1 redução da taxa de juros em, 7 de junho.
• A queda da taxa de juros para 6,31% ao ano foi o primeiro movimento neste sentido desde o final de 2008. Entretanto, pode ser considerada apenas uma resposta inicial à alta dos juros reais nos últimos meses, em meio à inflação mais baixa.
China - Crédito• Gradativamente, como resposta às reduções do compulsório, o crédito começa a
se expandir novamente.• Porém, há enorme diferença em relação ao movimento adotado como reação à
crise no final de 2008 e início de 2009.
China - Crescimento
• Com base nos sinais de desaceleração expostos, revisamos projeção para crescimento em 2012 e 2013 para 8,0%, de 8,5%
• Ações mais firmes do governo/BC devem evitar desaceleração mais acentuada. Agência estatal Xinhua divulgou na última semana projeção de 8,0% feita pelo departamento de pesquisa macroeconômica do Conselho de Estado.
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Cenário Doméstico
14PIB
Fonte: IBGE e Tendências (projeção Tendências)
• Economia vem patinando nos últimos trimestres, com taxas de -0,15% no 3T11, +0,16% no 4T11 e +0,21% no 1T12.
• Crescimento este ano foi revisto para apenas 1,9% e isto requer recuperação ao longo dos próximos trimestres (+0,5% no 2T12; +1,4% no 3T12 e +1,2% no 4T12)
• Aspecto a ser enfatizado: em nossa visão, crescimento potencial está limitado entre 3,5% a 4% , diante de restrições estruturais.
15PIB
Fonte: IBGE e Tendências (projeção Tendências)
• Abertura oferta e demanda:
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013PIB 4,0% 6,1% 5,2% -0,3% 7,5% 2,7% 1,9% 4,0%
Agropecuária 4,8% 4,8% 6,3% -3,1% 6,3% 3,9% -1,1% 3,9%Indústria 2,2% 5,3% 4,1% -5,6% 10,4% 1,6% 0,4% 4,5%Serviços 4,2% 6,1% 4,9% 2,1% 5,5% 2,7% 2,5% 3,7%
Famílias 5,2% 6,1% 5,7% 4,4% 6,9% 4,1% 3,1% 4,2%Governo 2,6% 5,1% 3,2% 3,1% 4,2% 1,9% 3,1% 2,6%FBCF 9,8% 13,9% 13,6% -6,7% 21,3% 4,7% 1,5% 5,5%Exportações 5,0% 6,2% 0,5% -9,1% 11,5% 4,5% 3,9% 5,0%Importações 18,4% 19,9% 15,4% -7,6% 35,8% 9,7% 6,0% 12,0%
1616Confiança do consumidor
Fonte: FGV
• Confiança tem apresentado comportamento mais volátil, mas está próxima do patamar mais elevado desde setembro/2005
• De um lado, reajustes salariais e emprego sustentam otimismo. Por outro, aumento do endividamento, inflação e crise externa impõem cautela aos consumidores.
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• Taxa de desemprego está atualmente está em 5,5% (maio, dessazonalizado). Geração de empregos voltou a ganhar fôlego no início de deste ano (+0,4% em jan, +0,6% em fev, 0,1% em março, 0,3% em abril e 0,8% em maio).
• Renda real teve alta de 0,5% em maio e está 4,9% acima de maio/2011. Com a alta de 2,5% da ocupação, massa real está com crescimento de 7,5% na comparação anual.
• Para os próximos anos, desemprego deve seguir em queda, porém em ritmo mais modesto, dada a proximidade com a taxa neutra (estimamos em 5,0%). Há claros sinais de escassez de mão de obra em determinados setores.
Mercado de trabalho
Fonte: IBGE (projeção Tendências)
18Crédito – Pessoa Física
Fonte: Banco Central (projeção Tendências)
• Para 2012, esperamos crescimento de 10,2% nos saldos de crédito, após +9,1% em 2011.• Nos primeiros meses de 2012, observou-se comportamento mais cauteloso dos bancos
que está relacionado ao aumento da inadimplência e das incertezas quanto ao cenário econômico.
• Destaque mais negativo: financiamento de veículos, com retração de 12,5% nas novas concessões no 1T12 (ante 1T11), considerando a média diária deflacionada.
• Para os próximos meses, espera-se recuperação no crédito, cenário reforçado pelas recentes medidas de estímulo anunciadas (liberação de compulsório especificamente para financiamento de veículos e redução de IOF sobre operação de crédito PF).
19Crédito – Taxa de juros e spread bancário
Fonte: Banco Central (projeção Tendências)
• Taxa de juros à pessoa física deve reverter a tendência de alta do período recente e passar a mostrar queda ao longo de 2012, reflexo do afrouxamento da política monetária em curso e as medidas de estímulo adotadas pelo governo
• Os spreads vinham mostrando resistência, a despeito do atual ciclo de afrouxamento monetário e da reversão de medidas macroprudenciais, porém já mostraram recuo em março e abril. Em abril spread PF atingiu 33,2% (-1,9 pp. em relação a março).
• Para 2013, um novo ciclo de aperto monetário é esperado, o que deve pressionar novamente as taxas de juros dos financiamentos.
Taxa de Juros – Pessoa Física (% a.a.) Spreads – Pessoa Física (%)
20Crédito – Inadimplência
Fonte: Banco Central (projeção Tendências)
• Com a melhora esperada para as condições de crédito e a manutenção do cenário favorável para a renda das famílias, a inadimplência deve mostrar trajetória de queda ao longo dos próximos meses.
• Apesar disso, em abr/12, a taxa de inadimplência da carteira de PF registrou elevação para 7,6%. Em março, taxa estava em 7,4%.
• Nossa projeção contempla taxa de inadimplência em 6,9% em 2012.
Taxa de Inadimplência PF (%)
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• Em janeiro, PMC registrou expansão de 3,2% MoM (há mudança metodológica devida a nova POF). Em fevereiro houve estabilidade (-0,1%) dada a base de comparação mais alta, em março alta de 0,3% e em abril alta de 0,8%. Trajetória ainda é de expansão robusta.
• PMC ampliada subiu 1,8% em janeiro, caiu 0,9% em fevereiro e subiu 0,6% em março e 0,7% em abril. Veículos tem puxado desempenho negativo (-3,3%, -2,2% -1,3% e +0,2% em jan, fev, mar e abr).
• Mas cenário para o consumo é positivo, nossa projeção para 2012 foi revista para alta de 6,5%
Consumo
Fonte: IBGE (projeção Tendências)
50
60
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jan-
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Vendas no varejo (dessaz.)
P
22Inflação
Fonte: IBGE (projeção Tendências)
• Após inflação ter encerrado o ano no teto da meta (6,50%), tivemos um período mais benigno para o quadro inflacionário. Em 12 meses, IPCA desacelerou de 6,50% para 4,99% em maio.
• Comportamento das commodities em reais e fatores pontuais ajudaram a explicar melhora maior que a esperada. No entanto, núcleos continuam instáveis, apontando riscos para a sustentação do recuo recente. Convergência para 4,5% segue pouco provável.
• Para 2012, projeção está 5,1%.
23Inflação - Serviços
Fonte: IBGE (projeção Tendências)
• Há ocorrido melhora na inflação de serviços, mas grande parte da melhora tem relação com mudança de POF, principalmente devido a queda do peso de educação.
• Peso de educação (cursos) no IPCA total passou de 6,14% para 3,69%.
• Peso de educação em
serviços passou de 17,52% para 10,10%.
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Fonte: Banco Central
• Expectativas para 2013 seguem totalmente desancoradas. • Dúvidas em relação à real meta perseguida pelo BC e sobre sua política
monetária em 2013 (se elevará os juros no montante necessário) explicam tal dispersão.
• Os próprios modelos do BC mostram previsão elevada, em 5,3%.• Nossa projeção para IPCA de 2013 é de 6,0%.
Inflação – Expectativas
IPCA 2013
2525Política Fiscal
Fonte: Banco Central (projeção Tendências)
• Governo cumpriu meta de primário de 3,1% do PIB em 2011.• Para 2012, contando com receitas extraordinárias, como dividendos (via BNDES), e
contenção de gastos na “boca do caixa” , devemos ter mais uma ano de cumprimento de meta. Na margem há especulações de não cumprimento da meta.
• Sinalização este ano de contenção de gastos com pessoal é positiva mas não deve ser padrão em 2013 e 2014.
• A partir de 2013 projetamos não cumprimento, relacionado a maiores gastos, especialmente com pessoal e investimentos.
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• Redução de juros desde meados do ano passado está ancorado em viés desinflacionário do cenário externo e desaceleração doméstica.
• Comunicação do BC tem sido errática, dificultando os prognósticos para os próximos passos.
• Nosso cenário contempla Selic a 7,5% em dezembro. • Política tem que ser revertida em 2013, a fim de evitar risco de estouro do teto da
meta.
Política Monetária
Fonte: Banco Central (projeção Tendências)
ReuniõesJan - 11 11,25% 0,50%Mar - 11 11,75% 0,50%Abr - 11 12,00% 0,25%Jun - 11 12,25% 0,25%Jul - 11 12,50% 0,25%Ago - 11 12,00% -0,50%Out - 11 11,50% -0,50%Nov - 11 11,00% -0,50%Jan - 12 10,50% -0,50%Mar - 12 9,75% -0,75%Abr - 12 9,00% -0,75%Mai - 12 8,50% -0,50%Jul - 12 8,00% -0,50%Ago - 12 7,50% -0,50%Out - 12 7,50% 0,00%Dez - 12 7,50% 0,00%Jan - 13 7,50% 0,00%Mar - 13 7,50% 0,00%Abr - 13 8,00% 0,50%Jun - 13 8,50% 0,50%Jul - 13 9,00% 0,50%Ago - 13 9,50% 0,50%Out - 13 9,50% 0,00%Dez - 13 9,50% 0,00%
Curva Selic
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• Desde 18 de maio, Banco Central promoveu 8 leilões de swaps cambiais, a fim de atender a demanda por hedge e conter a pressão de desvalorização do real.
• Decisão de reduzir a incidência do IOF de 6% nos empréstimos externos (de 5 para 2 anos) reforça a visão de que governo deseja impor limites para a alta do dólar.
• Entrevista dada pelo Ministro Mantega para comentar a mudança sinaliza claramente que o padrão atual da política cambial será mantido, na base de decisões de curto prazo e respondendo a aspectos conjunturais.
Gudo Mantega (14/junho)Þ “Única medida cambial em cogitação era essa”Þ “Vamos ver a eficácia da medida, pode ser revertida a qualquer momento”Þ “ Se aumentar o fluxo cambial, podemos aumentar o prazo de novo”
Taxa de câmbio
Fonte: Banco Central (projeção Tendências)
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• Estamos em um modelo de “Bandas Cambiais”?
Taxa de câmbio
Fonte: Banco Central (projeção Tendências)
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• Analisando os fundamentos, piora dos termos de troca merece atenção. • Ainda assim, desvalorização do Real tem sido maior do que outras moedas, dado as
as ações do governo para desvalorizar o Real ao longo dos primeiros meses do ano. Essas atuações do governo dificultam projeções baseadas em fundamentos.
• Para os próximos anos, está mantida a expectativa de desvalorização cambial por conta da perda nos termos de troca e da gradual normalização das condições monetárias nas regiões avançadas.
Taxa de câmbio
Fonte: Banco Central (projeção Tendências)
Termos de troca
• Cenário atual é marcado por grandes incertezas, externas e internas. Lá fora, risco de deterioração adicional na Europa existe, enquanto economias dos EUA e China mostram desempenho inferior ao esperado.
• No Brasil, PIB terá desempenho novamente modesto em 2012 (1,9%), mas no segundo semestre do ano ritmo deve melhorar gradualmente.
• Decisões políticas recentes mostram apego ao modelo baseado no consumo, mas não criam condições estruturais para melhora da oferta.
• Diante de contexto internacional e da desaceleração interna atual, BC seguirá reduzindo a taxa Selic até 7,5%.
• Inflação seguirá acima do centro da meta nos próximos anos. Mercado de trabalho ainda relativamente aquecido sustenta renda real.
• Fiscal deve apresentar cumprimento de meta em 2012, mas há dificuldade para anos posteriores.
• Intervenção crescente do governo no mercado de câmbio mantém taxa descolada dos fundamentos. Depreciação no médio prazo se deve a fatores estruturais.
Resumo
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Rua Estados Unidos, 498, 01427-000, São Paulo, SPTel 55-11 3052-3311, Fax 55-11-3884-9022