Conjur - Constituição e Poder_ Professor Canotilho e sua Constituição Dirigente

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    Texto publicado segunda, dia 12 de novembro de 2012

    Professor Canotilho e sua Constituio Dirigente

    POR NVITON GUEDES

    H exatos 30 anos, o professor Jos Joaquim Gomes Canotilho,Catedrtico da Universidade de Coimbra, entregava ao pblico aprimeira edio de sua magnum opusConstituio Dirigente eVinculao do Legislador. Comemoramos hoje, pois, uma longa carreirade sucesso de uma das mais importantes obras tanto para o Direito

    Constitucional portugus como para o prprio Constitucionalismobrasileiro, com repercusso em vrios pases do mundo. Dificilmenteuma obra jurdica ter alcanado tanto prestgio entre osconstitucionalistas brasileiros como Constituio Dirigente eVinculao do Legislador.

    certo que, passados tantos anos, como costuma acontecer comlivros de grande sucesso, tambm aqui o autor acabou entendendonecessrios alguns reparos crticos (mais interpretao da obra doque propriamente ao seu contedo). Entretanto, o que chamaateno no caso do Professor Canotilho e de sua Constituio Dirigente, c omprovandouma vez mais a incrvel honestidade terica do Mestre de Coimbra, o fato de que as

    anotaes posteriores do autor dirigiam-se muito mais sua recepo acrtica e irrefletidado que, propriamente, aos seus oponentes. O autor no consentia com o fato de a obraser recebida sem considerao ao seu contexto histrico, terico ou metodolgico.

    A coluna de hoje dedica-se, pois, a uma recuperao histrica, como parte por assimdizer de uma publicao comemorativa (Festschriftdos alemes), em homenagem aoProfessor Canotilho e a esse grande acontecimento editorial do constitucionalismocontemporneo, que foi a sua Constituio Dirigente[1].

    Vejamos.

    O HomemO professor Catedrtico de Direito Constitucional da antiga e prestigiosa Universidade de

    Coimbra, Jos Joaquim Gomes Canotilho, ou simplesmente Professor Canotilho, comosingela e carinhosamente vem sendo tratado em nosso pas, certamente no precisa deapresentao junto ao pblico brasileiro, uma vez que raramente um jurista teralcanado o prestgio e o reconhecimento de que hoje goza, em que lhe faa qualquerfavor, no Brasil, o grande constitucionalista de Coimbra. Portanto, a breve recuperaobiogrfica que agora se produzir tem como nico escopo melhor caracterizar asdeterminantes histricas que justificaram a produo de sua obra, bem como delimitar ocontexto da mudana que estaria na base da inflexo terica supostamenteexperimentada na sua produo.

    Jos Joaquim Gomes Canotilho nasceu em 1941, em Portugal, na provncia da Beira Alta,em Pinhel, concelho (grafado mesmo com c) que se situa prximo da fronteiraespanhola. Frequentou os primeiros anos de sua vida escolar na regio de Pinhel e

    concluiu o Liceu j em Coimbra, cidade onde tambm iria mais tarde licenciar-se emDireito. Na dcada de 1970 tomaria parte de um grupo de intelectuais progressistas,responsveis pela revista Vrtice, um peridico portugus de cultura e arte, comorientao poltica de esquerda.

    Conquanto a presena no Grupo Vrtice revelasse uma certa orientao marxista, sua

    COLUNAS

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    conformao terica e ideolgica era indiscutivelmente mais refinada (no leninista),ficando marcado pela influncia da tradio intelectual francesa e italiana, de perfilpoltico mais aberto, com que seus componentes nunca abriram mo de interpretar arealidadecom liberdade[2].

    A Revoluo do 25 de abril de 1974, em Portugal, de carter socialista, iria impor ao grupode jovens juristas e intelectuais um desafio jurdico especialmente delicado e tormentosoquando, na sequncia de sua progresso histrica, promulga-se a ConstituioPortuguesa de 1976, destinada a conferir-lhe conformao e legitimidade jurdica.

    No caso portugus, com caractersticas polticas acentuadamente socialistas e com umcontedo jurdico excessivamente programtico (pelo menos em comparao com asconstituies anteriores), o novo texto constitucional, desde o primeiro momento, iriasofrer uma dura reao conservadora de constitucionalistas tradicionais, que passaram apropagar uma viso terico-ideologica de que a nova Constituio teria um carterdplice, ou, para usar os precisos termos de Eloy Garcia, passaram a sustentarabertamente a existncia, no texto de abril de 1976, de duas Constituies uma liberale democrtica e outra dirigente e autoritria antinmicas, incompatveis, impossveis dereconduzir unidade, no suscetveis de uma aplicao jurdica integrada e, portanto,destinada ao no cumprimento e, no fundo, a uma ruptura inevitvel[3].

    Como se v, a Constituio portuguesa enfrentaria uma dcada antes o mesmo problema

    com o qual a nova Constituio brasileira iria confrontar-se em 1988, isto , a ideia deque a Constituio, sobretudo, nos seus direitos sociais, no revelaria contedovinculante.

    Essa conjuntura impunha especialmente ao Professor Canotilho, ento jovemconstitucionalista, o problema de demonstrar a unidade substancial da Constituio, ovalor normativo e o carter vinculante do conjunto de suas proposies normativas, assimcomo a necessidade de uma interpretao e aplicao integrada e dinmica de seuspreceitos[4].

    Como diria o prprio autor, anos mais tarde, por um lado, c uidava-se de demonstrar quea Constituio portuguesa, que era um texto internamente conformado e ordenando com dificuldade, mas integrado , (devia) atuar juridicamente; de outro lado, tratava-se

    de argumentar dogmaticamente em favor da fora vinculante do conjunto das normas danova Constituio e refutar a tese do carter no normativo de suas normas chamadasprogramticas. Nas palavras do prprio autor, tnhamos uma Constituio queincorporava grandes conquistas e valores profundamente democrticos e se tinha queelaborar uma discurso capaz de conferir-lhe fora normativa, a fora normativa prpria doDireito[5]. Para resumir, o problema que se colocava era o de alcanar instrumentostericos e dogmticos constitucionalmente idneos a uma adequada concretizao e aocumprimento da nova Constituio portuguesa, ou seja, como constatara GomesCanotilho, era o mesmo problema da Costituzione Inattuata de Calamandrei, ou anichterfullte Verfassung dos alemes[6].

    A obraPara dar resposta a esses graves problemas que o Professor Canotilho se colocou a

    tarefa de, com a sua tese de doutoramento, produzir um estudo com suficinciaterica e dogmtica apto a oferecer respostas juridicamente convincentes s objeeslevantadas por uma reao jurdica (e poltica) que se mostrava excessivamenteconservadora. nesse contexto que surge a sua Constituio Dirigente. A obra, como sev, buscava a afastar de vez as dvidas quanto inquestionvel aplicabilidade dasnormas ditas programticas[7].

    No se pode esquecer, contudo, ante o influxo do espetacular relevo e notoriedade queiria conquistar a obra no especial aspecto de sua contribuio discusso sobre avinculao do legislador aos fins constitucionais, de que o livro Constituio Dirigente e aVinculao do Legisladorconsegue, por incrvel que possa parecer, ser muito mais do queisso.

    Com efeito, seguramente, poucas obras monogrficas no mbito do Direito Constitucional,em qualquer parte do mundo, tero logrado encerrar num nico texto as dimensessubstanciais existentes na tese doutoral do Professor Canotilho. Constituio Dirigente ea Vinculao do Legisladoroferece ao leitor desde uma construo de uma Teoria daConstituio constituc ionalmente adequada, passando por uma indita recuperao de

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    todas as grandes teorias da Constituio ento existentes, avana pelos estudos dosmais importantes tericos do direito da poca (juristas ou no), at alcanar o seu ncleoessencial, que a discusso sobre a discricionariedade do legislador, oferecendo limitesconvincentes tanto negativos como positivos atuao do Poder Legislativo.

    Nesse ponto, obviamente, enfrenta o dificultoso problema do excesso do poder legislador,das omisses legislativas e das imposies constitucionais. E se tudo isso j no fosse obastante, o livro, que no pretende ser um manual de Direito Constitucional ou de Teoriada Constituio, ainda promove consistentes incurses tericas e metdicas emproblemas constitucionais to graves como so os da proporcionalidade, da interpretaoconforme a Constituio e tambm o da concretizao das normas constitucionais. Naverdade, difcil, depois da leitura do texto, no ser dominado por uma sensaointelectualmente intrigante e at mesmo constrangedora de que ali nada parecefaltar e de que tudo aparenta ocupar o lugar devido.

    Por tudo isso tambm no difcil compreender por que o livro Constituio Dirigente eVinculao do Legisladoralcanou, no Brasil, com o advento da Constituio de 1988 eseu carter acentuadamente dirigente, uma to ampla influncia no mbito do estudo doDireito Constituc ional, sobretudo, entre jovens constitucionalistas e c onstitucionalistasprogressistas, influncia essa que, dificilmente, qualquer outro texto produzido no mbitodo Direito Constitucional ter aqui alcanado.

    Muito bem, consideradas as excepcionais qualidades do prprio livro, j acima referidas,no difcil entender a perplexidade causada no Brasil quando o seu prprio autor veio apblico afirmar que, apesar de tudo e mesmo diante de suas indiscutveis qualidades, otexto j estaria a pedir alguns reparos: quanto mais no fosse, intua o autor, pelo menosseria para ajustar as suas ideias aos novos tempos.

    A discusso a partir precisamente desse ajuste de contas entre o que, movido por circunstnciashistricas especificas, escrevera Canotilho e o que, agora, ele, diante de um novocontexto histrico e terico, anda pensando e produzindo, que vrios dos maisimportantes constitucionalistas brasileiros tm buscado compreender as suas inflexestericas, como, por exemplo, foi o caso de clebre debate havido, na cidade de Curitiba,entre os mais renomados estudiosos do Direito Constitucional brasileiro e o Professor

    Canotilho (de Coimbra por teleconferncia), onde, a partir das intervenes orais alihavidas, acabaram por compor o livro Canotilho e a Constituio Dirigent[8].

    Deve-se acautelar, inicialmente, segundo me parece, contra a ideia de que os reparostericos agora produzidos pelo prprio autor da Constituio Dirigente se refiram aoconjunto da obra que, como se viu, , em verdade, bastante diverso e abrangente ,limitando-se mais adequadamente compreenso crtica do professor Canotilho de que sepossa ter atualmente uma ideia voluntarista de Constituio Dirigente como instrumentode imposio e direo totalizantes da ao do legislador. Alis, ideia essa que jamais oautor ou a honesta leitura de seu texto autorizaram. Como insistentemente, repetiria oautor na prpria Constituio Dirigente, a Constituio no cria o paraso pelo simplesfato de existir.

    Quanto aos arremates crticos efetivamente promovidos pelo autor, no acredito que sepossa, de fato, falar em contradio entre o que antes afirmava o Professor Canotilho eque agora ele escreveu no j famoso prefcio da segunda edio do livro ConstituioDirigente e Vinculao do Legislador.

    O leitor, aps o confronto das ideias agora divulgadas pelo Professor Canotilhocertamente chegar concluso de que totalmente inapropriado falar-se de antinomiaou contradio entre o primeiro e ltimo Canotilho. O Professor Gomes Canotilho, voltandono tempo, muito provavelmente iria escrever a mesma Constituio Dirigente queconcretamente escreveu.

    Dizendo-o de um outro modo, para se falar em contradio do autor, seria necessrioimaginar que as condies histricas em que a obra foi produzida no tivessem sidoalteradas um milmetro sequer nesses mais de 20 anos. Como facilmente se percebe, no essa a realidade. O mundo, Portugal e mesmo o Brasil, ou seja, a realidade em queagora esc reve o Professor Canotilho pouco guarda do contexto histrico existente,sobretudo na Pennsula Ibrica nos anos subsequentes Revoluo do 25 de abril de1974. De l para c, para citar apenas os acontecimentos mais importantes, Portugal se

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    inseriu na Comunidade Europeia; a democracia est absolutamente consolidada no pasirmo e teve avanos inegveis no Brasil; a Constituio de 1976, conquanto permaneaa mesma, sofreu vrias reformas que lhe subtraram o peso de um contedoabsolutamente socializante, que lhe arregimentava numerosos e importantes opositores;no mbito cultural, a internet, os avanos nos meios de comunicao de massa e aimposio de uma economia globalizada transformaram definitiva e profundamente a nossaforma de estar no mundo; esses mesmos fatores cultuais (sobretudo, os novos meios decomunicao e informao ), a mesma economia globalizada e a queda do Muro de Berlimromperam com um equilbrio de foras mundiais que jamais voltar a se recompor eacabaram por comprometer definitivamente a ideia de soberania com a qual os juristasestavam acostumados a teorizar desde o incio do Constitucionalismo at os fins dadcada de 1980. Alm de tudo isso, as prprias teorias constitucionais sofreram, nointerregno dessas mais de duas dcadas, constantes e profundas modificaes. Portanto,somente algum atingido por um autismo intelec tual sem precedentes poderia, perdendoem alto grau o contato com os dados e o mundo circundantes, menosprezar em suaelaborao terica as transformaes soc iais, culturais, econmicas e polticas pelasquais fomos todos atingidos.

    Portanto, se parece demasiado impor a qualquer cientista social (o jurista a includo) que,na produo e desenvolvimento de seu afazer terico, desconsidere o inevitvel fluir dosacontecimentos histricos, no caso do Professor Canotilho, a exigncia consistiria mesmonum paroxismo.

    Quem o conhece sabe: poucos juristas tero tido a mesma preocupao em se manteratualizado com tudo o que h de mais contemporneo na sua rea de conhecimento. E talpreocupao no se deixa confundir de forma alguma com certo esprito novidadeiro,do novo pelo novo, nada mais infenso ao esprito sbrio e honesto com que se porta oProfessor Jos Joaquim Gomes Canotilho ao fazer cincia. O que sempre houve naproduo intelectual do Mestre de Coimbra e isso facilmente se percebe umapreocupao permanente de que as teorias por ele empregadas sejam mesmo adequadasaos objetos a que se propem explicar. Como acabamos por concluir vrios dosestudantes (eu na condio de doutorando) que tivemos a honra e a felicidade defrequentar o seu gabinete de estudos na Universidade de Coimbra e de dividir com elealgumas das nossas preocupaes tericas, graas a uma evoluo constante e a umabusca sem trguas pela maior atualizao possvel de suas posturas tericas, sem perderem nada na j reconhecida estruturao metdica, terica e principiolgica de suaproduo intelectual, no nos era incomum constatar que o pensamento do ProfessorCanotilho muito frequentemente no estava onde nos o colocamos, estando, na maioriadas vezes, alguns anos adiante.

    claro que existem aqueles que preferem escapar a enorme dificuldade que significa,ante a imposio das transformaes histricas, ter que rever e renovar a suaindumentria terica, buscando, com isso, se auto conferir o privilegio de poderfrequentar sempre novos ambientes histricos com a mesma roupa velha de anos e at dedcadas passadas, ainda que, para tanto, tenham que correr o risco de virem a seconverter no sublime porm absolutamente absorto personagem da bela poesia deChico Buarque de Hollanda:

    (...) Eu bem que mostrei a elaO tempo passou na janelaS Carolina no viu

    queles que no aceitam se transformar em Carolinas distradas da teoria constitucional,deixo considerao, neste final, a sbia advertncia de Dieter Grimm, produzida porocasio dos 50 anos da Grundgesetzalem e que muito se relaciona com toda a luta que,na sequncia dos anos, vem desenvolvendo o Professor Jos Joaquim Gomes Canotilho: Abondade das constituies no se deixa determinar de forma absoluta e universal, masapenas segundo um contexto histrico-concreto. O que tem xito em um pas, noserve necessariamente para um outro. O que era razovel no passado, pode perderseus objetivos no presente. Constituies apontam para o resultado no futuro e

    afirmam-se (historicamente) no tempo. Seu xito depende por isso tambm dosproblemas que se opem a elas na curso do tempo. Tais problemas conclusivamenteapenas podem ser previstos pelos autores da Constituio de forma limitada. Porconseguinte, as solues tambm quase sempre no se encontram dispostasprontamente na Constituio. A diferena entre normas abstratas e problemasconcretos precisa ser ultrapassada, pelo contrrio, atravs do significado e aplicao

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    das normas. Nesse ponto, o xito de uma Constituio tambm (depende das) respostasque so extradas pelos interpretes das normas constitucionais e que so determinadasdefinitivamente pelo teor da Constituio[9].

    [1] O presente texto cuida-se, no essencial, de prefcio que preparei para a obraCanotilho e a Constituio Dirigente, organizada pelo querido professor Jacinto Nelsonde Miranda Coutinho, publicada pela Editora Renovar, no ano de 2003.

    [2] J. J. Gomes Canotilho (entrevista a Eloy Garcia), El Derecho Constitucional como um

    compromisso permanentemente renovado, in Anurio de Derecho Constitucional yParlamentario, (1998), p. 26 a 29.

    [3] J.J. Gomes Canotilho, El Derecho Constitucional como um compromissopermanentemente renovado, (entrevista a Eloy Garcia) in Anurio de DerechoConstitucional y Parlamentario, (1998), p. 32.

    [4] J.J. Gomes Canotilho, El Derecho Constitucional como um compromissopermanentemente renovado, (entrevista a Eloy Garcia) in Anurio de DerechoConstitucional y Parlamentario, (1998), p. 32.

    [5] J.J. Gomes Canotilho, El Derecho Constitucional como um compromissopermanentemente renovado, (entrevista a Eloy Garcia) in Anurio de Derecho

    Constitucional y Parlamentario, (1998), p. 33.[6] J.J. Gomes Canotilho, El Derecho Constitucional como um compromissopermanentemente renovado, (entrevista a Eloy Garcia) in Anurio de DerechoConstitucional y Parlamentario, (1998), p. 34.

    [7] Para tanto, o autor buscaria inspirao inicial tanto em Crisafulli, que h muito, com oauxlio na jurisprudncia da Corte Constitucional italiana, j havia afastado qualquerdvida quanto aplicabilidade das normas chamadas programticas, como tambm nacontribuio de P. Lerche, com seu bermass und Verfassungsrecht, onde j seconcebera, alm de uma constituio dirigente diferente da do Professor Canotilho ,uma tipologia de diferentes classes de normas constitucionais e tambm se enfrentara o

    problema de sua operatividade, alcanando os problemas de sua teorizao e aplicaoprtica, o que significa uma conquista definitiva. Cf. J.J. Gomes Canotilho, El DerechoConstitucional como um compromisso permanentemente renovado, (entrevista a EloyGarcia) in Anurio de Derecho Constitucional y Parlamentario, (1998), p. 34.

    [8] Cuida-se da obra Canotilho e a Constituio Dirigente, organizada pelo queridoprofessor Jacinto Nelson de Miranda Coutinho, publicada pela Editora Renovar, no ano de2003

    [9] D. Grimm. Die Verfassung und die Politik: Einspruche in Storfallen. Munchen: Beck,2001, p. 295.

    NVITON GUEDES desembargador federal do TRF da 1 Regio e doutor em Direito pela Universidade de

    Coimbra.

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