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Reconhecido como entidade de Utilidade Pública Federal pela Portaria 485 do Ministério da Justiça Informativo do Conselho Brasileiro de Oftalmologia Conselho Brasileiro de Oftalmologia Nº 119 - Maio / Junho de 2008

Conselho Brasileiro de Oftalmologia Nº 119 - Maio / Junho ... · Política Nacional de Procedimentos Cirúrgicos Eletivos de Média Comple-xidade, com significativas repercus-

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Reconhecido como entidade de Utilidade Pública Federal pela Portaria 485 do Ministério da Justiça

Informativo do Conselho Brasileiro de Oftalmologia

Conselho Brasi le iro de Oftalmologia

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XVIII Congresso Brasileiro de Prevenção da Cegueira e Reabilitação Visual

3 a 6 de setembro • Florianópolis

Veja também:

“O novo ordenamento jurídico proporcionado pelasportarias assegura recursos além do teto financeiropara Estados e Municípios, que podem ser obtidos

mediante apresentação de projetos à Secretaria deAtenção à Saúde (SAS).”

Alberto Beltrame Diretor do Departamento de Atenção Especializada da

Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde.

Reconhecido como entidade de Utilidade Pública Federal pela Portaria 485 do Ministério da Justiça

Informativo do Conselho Brasileiro de Oftalmologia

Conselho Brasi le iro de Oftalmologia

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Conselho Brasileiro de Oftalmologia

Alameda Santos, 1.343 • cj.1.110 • Cerqueira César • São Paulo • SP • CEP 01419-001 Tel. (11) 3266-4000 • Fax (11) 3171-0953

Departamento de Oftalmologia da Associação MédicaBrasileira - AMB

Expediente

Diretoria do ConselhoBrasileiro de Oftalmologia:Gestão 2007/2009

Presidente:Hamilton Moreira

Vice-presidente:Homero Gusmão de Almeida

Secretário Geral:Nilo Holzchuh

1º Secretário:Wallace Chamon

Tesoureiro:Adamo Lui Netto

Jornal Oftalmológico Jota Zero:Órgão de Divulgação do CBO

Jornalista Responsável:José Vital MonteiroMTb: 11.652

Publicidade:Lavoro Publicações Técnicas, Científicas e Eventos Ltda.Tel. (11) 3726-6941Fax (11) 3731-5287e-mail: [email protected]

Criação e Diagramação:Ronda Propaganda e PromoçõesTel. (11) 3875.1690 / [email protected]

Serviços Gráficos:Ipsis Gráfica e Editora

Periodicidade: Bimestral

Os artigos assinados não representam,necessariamente, a posição da diretoriada entidade. É permitida a reprodução de artigos, desde que citada a fonte.

Jornal Oftalmológico Jota Zero nº 119maio / junho de 2008com circulação em julho de 2008

Home Page: www.cbo.com.br

E-mail: [email protected]

A Palavra do Presidente

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9 OFTALMOLOGIAOBTÉM

CONQUISTAHISTÓRICA.

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Deve-se criar o calendário nacinal de eventos oftalmológicos?

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Oftalmologia brasileira conquista maisespaço nos meios de comunicação

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e-Learning

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XVIII Congresso Brasileiro de Prevenção da Cegueira e Reabilitação Visual

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Oftalmologia em Notícias44

Opinião56

Eventos em Destaque60

Classificados62

66

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novo site do CBO já está no ar. O CBO E-Learning está pron-

to. São aulas com jovens talentos tutorados por professores

de renome. A sessão “Procure seu Médico” é um sucesso. Conse-

guimos, foi dificil; mas conseguimos.

Vamos publicar, em setembro, a Série Oftalmologia Bra-

sileira. São 16 volumes cobrindo toda a Oftalmologia.

Somente o volume de ciências básicas tem mais de 1.200 páginas.

O Congresso do CBO, em setembro, está remodelado: Dia

da Especialidade, Cursos de Instrução, Temas Livres Selecionados,

vídeos, tudo novo.

Mas a grande novidade deste mês são as portarias mi-

nisteriais que conquistamos. Além da rede de atenção à Oftalmologia,

temos as cirurgias de catarata de volta. Uma conquista de muitos.

Foram muitos professores indo a Brasília, inúmeras vezes.

O Jornal Oftalmológico Jota Zero tambem é novo. Leia o

Jornal Oftalmológico Jota Zero. Associe-se ao CBO. Vale a pena.

Hamilton MoreiraPresidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia

As cirurgias decatarata voltaram“ ”

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“O arcabouço legalproporcionado pelos atosministeriais pode serconsiderado como uma grandevitória dos médicosoftalmologistas do Brasil e desuas entidades representativas,principalmente o CBO e de suas várias diretorias. Da mesma forma, demonstrouo esforço realizado pelasautoridades em encontrarformas de beneficiar apopulação em situações denegociações complexas. Masainda temos pela frente o maior desafio, que étransformar o que está nopapel em realidade e mudar a história doatendimento oftlamológico noBrasil”, afirmou o presidentedo CBO, Hamilton Moreira.

A portaria 957 do Ministério da Sa-úde, publicada no Diário Oficial daUnião em 16 de maio, instituiu a Polí-tica Nacional de atenção em Oftalmo-logia, ao passo que a Portaria 958,publicada no mesmo dia, redefiniu aPolítica Nacional de ProcedimentosCirúrgicos Eletivos de Média Comple-xidade, com significativas repercus-sões nas cirurgias de catarata e nosprocedimentos de controle da retino-patia diabética, entre outros. Por fim,a Portaria 288, da Secretaria deAtenção à Saúde do Departamento deAtenção Especializa-da do Ministério daSaúde (SAS/DAE/MS),publicada no DiárioOficial da União em 20de maio, definiu asredes estaduais e re-gionais de atenção emoftalmologia e es-tabeleceu as condi-ções para sua forma-ção e funcionamento.A 957, assinada pelo

Ministro José Gomes Temporão ins-titui a “Política Nacional de Atençãoem Oftalmologia, a ser implantada emtodas as unidades federadas”. Estapolítica nacional, de acordo com aportaria, deve ser “organizada deforma articulada entre o Ministério daSaúde, as Secretarias de Estado daSaúde e do Distrito Federal e as Se-cretarias Municipais de Saúde, porintermédio de redes estaduais e re-gionais” e tem entre seus objetivos“ampliar a cobertura no atendimentoaos pacientes com doenças oftalmo-lógicas no Brasil, garantindo a uni-versalidade, a eqüidade, a integrali-dade, o controle social e o acesso àsUnidades de Atenção Especializadaem Oftalmologia”.Esta portaria foi regulamentada poroutro ato semelhante da Secretaria deAtenção à Saúde do Departamento deAtenção especializada da Coordena-ção Geral de Média e Alta Complexi-dade Ambulatorial do Ministério daSaúde, que recebeu o número 288,editada em 20 de maio.A portaria 288, bastante extensadevido seus anexos normativos, defi-ne a composição das redes estaduaise regionais, formadas por Unidadesde Atenção Especializada em Oftal-mologia e Centros de Referência emOftalmologia. Estabelece que as se-cretarias de saúde dos estados e doDistrito Federal devem conformarsuas respectivas redes de atenção emOftalmologia, credenciar as Unidadesde Atenção Especializada em Oftal-mologia e os Centros de Referência

em Oftalmologia, estabelecer os flu-xos assistenciais, os mecanismos dereferência de pacientes e construir aarticulação assistencial entre os ser-viços levando em conta a população aser atendida, a necessidade de co-bertura, a capacidade técnica e ope-racional dos serviços e a série his-tórica de atendimentos, entre outroscritérios.Os Centros de Referência em Oftalmo-logia devem ser hospitais de ensino,certificados pelos ministérios da Sa-úde e da Educação e, entre outrascondições, estarem capacitados pararealizar todos os procedimentos oftal-mológicos elencados pela SAS.Entre outras novidades, a portaria 288aprovou o Protocolo Clínico de Dire-trizes terapêuticas de Atenção ao Por-tador de Glaucoma, que prevê até adistribuição gratuita de colírios paraos pacientes cadastrados nos Centrosde Referência em Oftalmologia (e es-tabeleceu as condições para este ca-dastramento e para a distribuição). “É bom demais!” - avalia com sotaquegoiano o ex-presidente do CBO e atualintegrante do Conselho de Diretrizes eGestão da entidade, Marcos Ávila -“Se os serviços de Oftalmologia e osoftalmologistas responderem à altura,mudaremos o panorama da saúde pú-blica ocular no País e vamos construiro melhor serviço de atendimentooftalmológico público do mundo”•

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A criação de uma política nacionalque permita a implantação de uma rede hierarquizada e integrada de atendimentooftalmologia à toda a população em todos os níveis, que independa de conjunturas políticas: este é o objetivo final de portarias do Ministério da Saúde editadas em maio, que coroaram anos de complexas negociações entrelideranças da Oftalmologiabrasileira e as autoridadesgovernamentais. Os mesmos atos administrativostambém contemplam váriasreivindicações históricas dosmédicos que se dedicam àespecialidade e reajustam alguns valorespraticados pelo Sistema Único de Saúde para procedimentosoftalmológicos.

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Alberto Beltrame faz a entrega simbólicado texto das portarias ao presidente doCBO. Da dir. para a esq.: Marcelo Ventura,Paulo César Fontes, Alberto Beltrame,Hamilton Moreira, Marcos Ávila, NewtonKara José e Alexandre Taleb

Oftalmologia obtém conquistahistórica.

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A entrega simbólica do texto das portarias aos representantes da Oftalmologia brasileira foi realizada durante o X Con-gresso Internacional de Catarata e Cirurgia Refrativa (Goiânia, 14 a 17 de maio), pelo Diretor do Departamento de AtençãoEspecializada da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame.

Na ocasião, Beltrame afirmou que o novo ordenamento jurídico proporcionado pelas portarias assegura recur-sos além do teto financeiro para Estados e Municípios, que podem ser obtidos mediante apresentação de pro-jetos à Secretaria de Atenção à Saúde (SAS). Com base na fila de espera para cada tipo de cirurgia, os ges-tores apresentam os projetos, que agora têm prazo de execução dobrado, de seis para doze meses.Declarou também que com a organização da rede hierarquizada e integrada de atendimento oftalmológico es-pera-se significativa ampliação dos serviços e redução dos custos. A partir dos novos critérios, os gestoresestaduais e municipais poderão planejar o atendimento à população de sua área de abrangência e entrar comnovos processos de habilitação de suas redes, que deverão ser compostas por unidades de atençãoespecializada em oftalmologia e centros de referência em oftalmologia.Para o credenciamento das unidades e dos centros, serão utilizados como parâmetros a população a ser

atendida, a necessidade de cobertura assistencial, os mecanismos de acesso com fluxos de referência e contra-referência,a capacidade técnica e operacional dos serviços, a série histórica de atendimentos realizados e a integração com a redede referência hospitalar em atendimento de urgência e emergência, disponíveis no estado•

Marcos Ávila, entretanto, ressaltaque a edição das portarias foi o re-sultado de um processo longo e des-gastante, que durou vários anos, en-volveu várias diretorias do CBO e de-mandou a realização de dezenas reu-niões e milhares de e-mails trocados.Além disso, esclarece que as porta-rias representam o primeiro passo,que precisa ser complementado com oefetivo credenciamento dos váriosserviços existentes no País junto aosgestores locais como integrantes dasredes de atendimento oftalmológicoque serão implementadas a partir deentão.“Em 2002, tínhamos acertado algo pa-recido com as autoridades de então,mas com a mudança do governo todoo trabalho recomeçou quase do zero,exigindo uma grande mobilização eesforço tanto de várias lideranças daOftalmologia como dos represen-

tantes do Ministérioda Saúde envolvidosno processo”, afir-mou.O paciente, na opi-nião de Marcos Ávila,será o grande bene-ficiado pelo sistemade rede de atendi-mento oftalmológicohierarquizada e integrada. Hoje, aoprocurar um serviço credenciado peloSUS, o paciente corre o risco bastantegrande de ficar perambulando por di-ferentes serviços que atuam de formadesarticulada e que nem sempre es-tão capacitados para realizar o pro-cedimento adequado e necessário emtempo hábil. Com o sistema de redehierarquizada, haverá encaminhamen-to automático para um serviço demaior complexidade sempre que ne-cessário.Além disso, ressalta que haverá umamelhor distribuição geográfica do for-necimento de procedimentos. Cita co-mo exemplo o pronto-socorro oftalmo-lógico, serviço que hoje é praticamen-te inexistente em várias cidades demédio porte e mesmo em algumas ca-pitais. Com a consolidação do sistemade rede hierarquizada, cada região te-ria um Centro de Referência em Oftal-

mologia que, necessariamente, conta-ria com um serviço de urgências. Damesma forma ocorreria com o aten-dimento de um tumor de órbita, quehoje é muito difícil dentro do SUS, en-tre vários outros serviços e procedi-mentos.“Vamos mudar o panorama do aten-dimento oftalmológico no Brasil. Seráuma nova etapa histórica na qual nãoprecisaremos mais realizar ações pon-tuais como campanhas e mutirões,que tão importantes foram para mos-trar à sociedade que os médicos oftal-mologistas estão preparados paraatender toda a população da melhorforma possível. Nosso trabalho nãoacabou, mas tenho certeza que es-tamos num patamar mais elevado e,repito, vamos construir o melhor sis-tema público de atendimento oftalmo-lógico do mundo”, conclui MarcosÁvila• w

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Solenidade de entrega simbólicado texto das portarias

Cirurgias Eletivas

A Política Nacional de Cirurgias Ele-tivas foi redefinida pela Portaria 958.Por esta redefinição, foram criadoscinco programas estratégicos, para osquais foram estabelecidos mecanis-mos para a redução do tempo de es-pera pela realização dos procedimen-tos neles constantes e para a ampli-ação da oferta à população. Os pro-gramas estratégicos são: Programa deCombate às Causas Prevalentes decegueira; Programa de Redução deAgravos em Otorrinolaringologia; Pro-grama de Ampliação de Acesso a Her-niorrafias; Programa de Incremento deCirurgias Relacionadas à Saúde daMulher; e Programa de Ampliação deAcesso a Cirurgias Eletivas em Espe-cialidades Diversas.

No Programa de Combate às CausasPrevalentes de Cegueira, quatro pato-logias foram definidas como priori-tárias: Catarata; Retinopatia Diabéti-ca; Glaucoma; e Degeneração Macu-lar Relacionada à Idade.Os Procedimentos Contemplados noprograma foram: facoemulsificaçãocom implante de lente intra-ocular rí-gida; facoemulsificação com implantede lente intra-ocular dobrável; face-ctomia com implante de lente intra-ocular; fotocoagulação a laser; cap-sulotomia Yag-laser; iridotomia alaser; fototrabeculoplasatia a laser;pan-fotocoagulação retiniana a laser;

vitrectomia posterior; implante depró-tese antiglaucomatosa; tratame-nto cirúrgico do glaucoma congênito;vitrectomia posterior com infusão deperfluorcarbono e endolasaer; vitre-ctomia posterior com infusão de óleode silicone e endolaser e termoterapiatranspupilar.De acordo com o consultor técnicopara Oftalmologia da SAS, AlexandreTaleb, a portaria 958 é o marco legalpara a ampliação do combate àscausas prevalentes da cegueira maisimportantes no País e para o estabe-lecimento de sistemáticas cada vezmais complexas e integradas para arealização dos procedimentos con-templados.

“Embora seja independente das por-tarias que estabeleceram a PolíticaNacional de Atenção em Oftalmolo-gia, a redefinição da política de cirur-gias eletivas, na parte da assistênciaoftalmológica, é importante por queabre caminho para o estabelecimentode atuações amplas de caráter naci-onal para enfrentar essas doenças. Asnegociações foram produtivas para aOftalmologia e creio que conseguimosestabelecer uma boa parceria com oMinistério da Saúde que vai ter resul-tados muito bons para os médicos,para as instituições, para o próprio mi-nistério e, principalmente, para a po-pulação”, afirmou Taleb•

As negociações foramprodutivas para a Oftalmologia e creio que conseguimosestabelecer uma boaparceria com o Ministérioda Saúde que vai terresultados muito bons para os médicos, para as instituições, para o próprio ministério e, principalmente, para apopulação”, afirmou Taleb.

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De acordo com a avaliação do co-ordenador geral da Média e Alta Com-plexidade do DAE/SAS do Ministérioda Saúde, Joselito Pedrosa, o Minis-tério da Saúde em parcerias com Con-selho Brasileiro de Oftalmologia e Se-cretarias Estaduais e Municipais deSaúde realizou ao longo dos anos vá-rias ações em oftalmologia no país: (1)em 1999 os mutirões nacionais decirurgias de catarata e o de retino-patia diabética; (2) em 2000 a reali-zação do procedimento de facoemul-sificação nas cirurgias de catarata porserviços habilitados pelo MS; (3) em2002 foram instituídos os Centros deReferência em Oftalmologia, que ti-nham como objetivo a organização darede de oftalmologia, sendo creden-ciados pelo Gestor local e habilitadopelo Ministério da Saúde; (4) ainda noano de 2002 foi instituído o Programade Assistência aos Portadores deGlaucoma, vinculado aos Centros deReferência. Todas essas ações foramlançadas pontualmente e apresen-taram dificuldades operacionais e degestão que inviabilizaram a organi-zação da rede de oftalmologia,necessitando de novas propostas quegarantissem a atenção em oftalmo-logia.Para enfrentar os pontos de estran-gulamento evidenciados pelas açõesanteriores, o Ministério da Saúde ins-tituiu um Grupo de Trabalho compostopelas áreas técnicas dos Departa-mentos da Atenção Básica/DAB, de

Ações Programá-ticas/DAPE e Estra-tégicas e de Aten-ção Especializada/DAE da Secretariade Atenção a Sa-

A visão do Ministério da Saúde

úde, ANVISA e Conselho Brasileiro deOftalmologia - CBO, além da partici-pação de representantes de Municí-pios com experiência positiva na área.O trabalho deste grupo resultou napublicação da Política Nacional deAtenção em Oftalmologia.Os principais pontos de discussão, deacordo com Pedrosa, envolviam as de-finições de critérios para a elaboraçãodesta política baseando-se nos se-guintes pontos:- Acesso/Acessibilidade: promoção daeqüidade do acesso com dispersão noterritório estadual de serviços até en-tão concentrados, visando à diminui-ção das distâncias de deslocamentodos usuários a um leque ampliado deserviços especializados;- Reorganização da rede de serviços:com definição de critérios e parâ-metros assistenciais considerando asdiferenças e características regionais;- Economia de escala: (selecionando-se ou desenvolvendo pólos regionaiscuja população referenciada justifi-casse a localização de serviços e e-quipamentos de maior agregação te-cnológica e custo);- Estímulo a mecanismos de acolhi-mento do paciente;- Reordenamento das ações de oftal-mologia, com revisão e recomposiçãodas várias portarias isoladas publi-cadas em efetividade e, considerando:(1) as dimensões do processo saúde-doença; (2) o atendimento das neces-sidades; (3) a Produção de saúde; (4) ahumanização da atenção; (5) aprimo-ramento da regulação, controle eavaliação como instrumentos degestão para garantia da qualidade doatendimento.As discussões realizadas estabele-

ceram que os objetivos da PolíticaNacional de Atenção em Oftalmologiaseriam: mormatizar a área de oftal-mologia para a promoção do aten-dimento integral aos usuários; apri-morar os regulamentos técnicos e degestão em relação ao tratamento dosprincipais problemas oftalmológicosno País; subsidiar tecnicamente o con-trole e a implantação de serviços am-bulatoriais e hospitalares e estabe-lecer critérios e rotinas para creden-ciamento de unidades para a pres-tação de serviços em oftalmologia; eimplantar o processo de regulação,fiscalização, controle e avaliação daatenção em oftalmologia, com vistasa qualificar a gestão pública.“Em todo esse processo, o papel doConselho Brasileiro de Oftalmologiafoi e continua sendo fundamental.Agora cabe ao oftalmologista atentarpara diretrizes previstas na Políticapara se orientar para o desenvol-vimento de suas atividades de ma-neira integrada com os outros profis-sionais da rede de serviços, evitandosobreposição de ações, encaminha-mentos equivocados e qualificando aassistência prestada ao usuário doSUS. Há a necessidade de um esforçoconjunto entre gestores, profissionaise o próprio CBO para a implementaçãodas ações previstas não só na Políticade Oftalmologia, mas também, para oconjunto de estratégias que compõemesta área, como a Política Nacional deProcedimentos Cirúrgicos Eletivos deMédia Complexidade, com o compo-nente Programa de Combate à Cegue-ira evitável e o Projeto “Olhar Brasil”,afirmou Joselito Pedrosa•

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Joselito Pedrosa

Acho que houve um ganho real. Em primeiro lugar ganhamos por termos reatado o bomrelacionamento com o governo e ganhamos porque o novo projeto não é parte apenas de uma

campanha, mas de uma ação que pretende (ao menos no papel) ser permanente. Depois, o fato da catarata com facoemulsificação e implante de lente dobrável ter ficado como

alta complexidade, colocou a cirurgia no seu devido lugar, não dando margem a especulações e interpretações diferentes por parte principalmente de convênios que queiram mudar a classificação da cirurgia com fins puramente econômicos,

em detrimento da remuneração do médico e da saúde do paciente. No meu entender o real ganhador em tudo isso foi a população, porque terá novamente a voz do

CBO e SBCII para dar o seu aval e a sua contribuição como fiscal para que os recursos cheguem a quem necessita e sejam aplicados corretamente.

Marco Antônio Rey de FariaPresidente da Sociedade Brasileira de Catarata e Implantes Intra-Oculares (SBCII)

Para conhecer a íntegra da Portaria MS nº 957 acessehttp://www.cbo.com.br/site/noticia.php?id_noticia=7

Para conhecer na íntegra a Portaria SAS nº 288 acesseftp://ftp.saude.sp.gov.br/ftpsessp/bibliote/informe_eletronico/2008/iels.maio.08/iels93/U_PT-SAS-288_190508.pdf

Para conhecer a íntegra da Portaria MS nº 958 acessehttp://www.cbo.com.br/site/noticia.php?id_noticia=7

”O coordenador adverte que a primeira ação do oftalmologista deve ser a verificação

dos municípios que seu serviço é referenciado e a qual é vinculado, para apoiar o gestor no planejamento e programação das ações previstas em cada estratégia.

Realizar o levantamento de sua capacidade instalada e possibilidade de ampliação,principalmente das consultas oftalmológicas. Além disso, deve estudar e compreender a forma

de organização das redes e pactuação no SUS, evitando pressões desnecessárias junto ao gestor. “Devemos destacar que esta Política compõe um conjunto de estratégias específicas

para a área de oftalmologia, conforme dito anteriormente, que visa ainda, estabelecer um padrãode organização da assistência baseado nas diretrizes e pressupostos do SUS, garantindo

o acesso aos serviços e a assistência à saúde, a continuidade do cuidado com a ampliação das possibilidades de intervenção clínico e cirúrgica de forma racional e objetiva, estabelecendo

foco para as prioridades”, concluiu Joselito Pedrosa.

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OFTALMOLOGIA BRASILEIRACONQUISTA MAIS ESPAÇO

NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃOOftalmologia brasileira: “É uma gran-de vitória: saímos de um primeiro mo-mento, no qual víamos em uma novelada Globo uma personagem Optome-trista, para o reconhecimento da im-portância de nosso posicionamentopela maior rede de comunicação doPaís. Isso só foi possível pelo trabalhoconjunto que a SBO e o CBO re-alizaram”.Para o presidente do CBO, a cam-panha da Rede Globo é resultado daunião da Oftalmologia brasileira. “O CBO e a SBO, conjugados com ospropósitos de promover a saúde o-cular, melhorar a qualidade de vida dapopulação e defender os médicosoftalmologistas, foram recebidospelaRede Globo com carinho e sensibi-lidade social. De uma adversidade,acabamos em uma grande campanha.Uma doação de mais de R$ 2 milhõesde reais. Uma grande conquista”, res-saltou.

Alguns númerosAlém da conquista política e socialque a campanha veiculada pela Globorepresenta, há outros fatores que de-vem ser considerados: ao voltar atrás

na tipificação da personagem, a RedeGlobo, de forma exemplar, reconheceua necessidade de se manter fiel aosprincípios de prestação de serviços àcomunidade que sempre a caracteri-zaram, e ofereceu uma significativacontribuição à Oftalmologia, pois se oCBO pagasse por uma campanha se-melhante, desembolsaria pelo menosR$ 40.000,00 pela produção do filme emais valores entre R$ 30.000,00 e R$380.000,00 por cada exibição (os va-lores variam em função do programaonde o intervalo comercial está inse-rido). Após o encerramento do períodode veiculação, o CBO fará o levanta-mento da veiculação e o publicará noJornal Oftalmológico Jota Zero.

Catarata, Glaucoma e DMRIA campanha foi focada na prevençãodas doenças que acometem pessoascom mais de 40 anos, enfatizando osproblemas que muitas vezes levam aspessoas a sua primeira consulta oftal-mológica, e busca conscientizar sobrea importância da prevenção e do pa-pel do oftalmologia na detecção deproblemas por vezes invisíveis paraum leigo. Por isso aborda a Catarata,o Glaucoma e a Degeneração MacularRelacionada à Idade. Em breve outrasações, que fazem parte do mesmoprojeto de conscientização serão co-locadas em prática.

“Esperamos manter esta parceiratão importante que hoje comemo-ramos”, salientou Hamilton More-ira•

Como parte integrante da progra-mação do XV Congresso Internacionalda Sociedade Brasileira de Oftalmo-logia, em 2 de julho, no Rio de Ja-neiro, foi realizado o Fórum “Impor-tância da Prescrição de Óculos comoAto Médico”. Na ocasião, tornou-sepública a parceira firmada entre oCBO, a SBO e a Rede Globo de Televi-são, visando a veiculação de umacampanha conscientizando sobre aimportância da consulta oftalmológicaa partir dos 40 anos de idade.O filme “Visões”, produzido graciosa-mente pela Central Globo de Produ-ções a partir de subsídios e informa-ções oferecidas pelas diretorias dasduas entidades, está sendo veiculadodesde o dia 2 de julho, em todos oscanais abertos e fechados da Globo, eficará no ar por duas semanas. Apóseste período, a Gerência de ProjetosSociais da Central Globo de Comuni-cação, na figura de Flávio Oliveira, seutitular, liberou sua utilização pelas en-tidades em outras ações sociais oumesmo para veiculação em outras e-missoras de tv. Para Hamilton More-ira, presidente do CBO, esta parceriarepresenta ganhos importantes para a

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grande, pois além dos dias roubadosao consultório, à clínica e a seus pa-cientes, existe o deslocamento, hos-pedagem e inscrição. Desta forma,ponderou que o retorno em carga ci-entífica deve ser condizente com oinvestimento pessoal, profissional efinanceiro feito.“No passado, tivemos uma tentativabem sucedida de racionalizar o núme-ro de eventos oftalmológicos e o CBOvai retomar esta discussão para, combom senso e sem imposições, vencereste desafio que é de todos”, concluiuHamilton Moreira.

A visão empresarialNelson Roberto de Almeida Marques,presidente da Allergan América Lati-na, avaliou que o número de eventosno Brasil ultrapassou o razoável, o queacarreta na diminuição da qualidadedas palestras e na perda da partici-pação por partes dos oftalmologistas.“A proliferação desmedida de eventosnão é apenas um sentimento da in-dústria, mas também de profissionaisoftalmologistas mais conscientes, que

atestam que o fato interfere na suaprática diária”, disse.Em 2007, a média foi de 3,58 eventospor mês (43 no total). A criação de umCalendário Nacional de Eventos Oftal-mológicos avalizado pelo CBO racio-nalizaria e reduziria o número de e-ventos em todo o Brasil, sem que oprocesso de geração e transmissão doconhecimento e a vida social da espe-cialidade e de suas entidades repre-sentativas sofresse interrupções.A estratégia de estabelecimento decalendários de consenso respeitadospor todos os setores relacionados como segmento e avalizado pela entidaderepresentativa de caráter nacional éutilizada em vários países do mundo,inclusive pela Academia Americanade Oftalmologia e pelo Conselho Inter-nacional de Oftalmologia.“A participação da indústria é compul-sória e cada vez mais custosa. Isto ge-ra a necessária seleção dos investi-mentos. Em dois eventos recentes,por exemplo, pela primeira vez indús-trias de renome e porte optaram pornão participar”, concluiu Marques•

O grande número de eventos oftal-mológicos no Brasil volta à discussão.Se por um lado, reflete o dinamismoda especialidade e a capacidade deorganização das instituições e empre-sas do segmento, por outro lado, exis-te a constatação que o excesso desimpósios, congressos e encontrosacaba sendo prejudicial aos médicos,empresas e entidades e travando oprocesso de geração e transmissão doconhecimento que pretendia incen-tivar. A polêmica ganhou novo fôlegocom a entrega de documento assina-do por representantes das empresasAllergan, Adapt, Alcon, Cooper Vision,Johnson & Johnson e Vistatek ao CBO,propondo a criação de um CalendárioNacional de Eventos Oftalmológicos.“O ensino é a prioridade do CBO. Nomomento que sentimos palestras serepetindo, notamos o crescente desin-teresse dos médicos, o que deve serevitado”, afirmou o presidente do CBO,Hamilton Moreira.O presidente do CBO destacou que ocusto que cada oftalmologista arcapara participar de um evento é muito

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Nelson Marques

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Nossa missão:

Nossa nova visão:abrir o CBO aos associados.

organizar para melhor integração.

NILO HOLZCHUHSecretário geral

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O NOVO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA

À DISPOSIÇÃO DO ASSOCIADO DO CBO

Cada módulo do CBO E-Learningconsiste da apresentação de aulas in-terativas on-line e um bloco de ava-liação, composto por questões relati-vas aos temas tratados. Depois de en-viados pelo médico oftalmologista pa-ra o banco de dados mantido pelo CBO,os resultados do módulo de avaliaçãosomam pontos para a revalidação doTítulo de Especialista em Oftalmolo-gia. “Se púdessemos resumir a atuação doCBO numa palavra, seria “Educação”.Nossa prioridade é dar aos associ-ados todas as chances de acompa-nhar o progresso científico da especi-alidade, utilizando-se das ferramentasmais atuais que permitem a transmis-são do conhecimento em tempo real.A nova home page do CBO e as novasferramentas educacionais por ela dis-ponibilizadas representam uma dasmelhores traduções desta nossa pri-oridade”, afirmou o presidente doCBO, Hamilton Moreira.

A disponibilização do Programa CBOE-Learning exigiu investimentos con-sideráveis na adaptação de tecnologiade ponta para fornecer as aulas, emespaço restrito na home page, atravésde senha fornecida aos associados doCBO e para dotar o sistema de me-canismos que permitam que o médicoresponda as perguntas do módulo deavaliação e tenha os resultados com-putados para a revalidação de seu tí-tulo de especialista.Esta nova conquista dos associadosdo CBO só foi possível graças à par-ceria estabelecida pela diretoria doCBO com as empresas:

Glaucoma é o tema do primeiro mó-dulo do Programa de Educação Conti-nuada pela Internet do Conselho Brasi-leiro de Oftalmologia, o CBO E-Learning,que foi colocado à disposição dos as-sociados da entidade em 04 de julhono site www.cbo.com.brO módulo traz três aulas relacionadasao glaucoma: a primeira delas minis-trada pelo professor adjunto da Facul-dade de Mediciana da UFMG, HomeroGusmão de Almeida, sobre “Cataratae Glaucoma”; a segunda ministradapelo chefe do Setor de Glaucoma daUNIFESP, Ivan Maynart Tavares, sobre“Trabeculectomia: Arte e Técnica; e aterceira ministrada pelo professorcolaborador do Setor de Glaucoma daClínica Oftalmológica do HCFMUSP,Roberto Murad Vessanni, sobre “Gran-des Erros no Glaucoma”. Os próximos módulos do Programa deCBO E-Learning serão: Retina; Refra-tiva e Catarata; e Doenças Externas eLentes de Contato.

e-Learning

O Conselho Brasileiro de Oftalmologia equipou sua home page com ferramenta de busca de médicos oftalmologistas nolink “Procure seu Médico”, com a finalidade de disponibilizar informações básicas e pré-definidas dos associados apacientes e demais interessados. Mais de mil especialistas enviaram as informações e já figuram no site.O médico oftalmologista que estiver interessado em participar deste cadastro ao qual potenciais pacientes terão acesso,deve entrar no site do CBO (www.cbo.com.br), preencher os dados necessários no link “cadastro”, em seguida no link“Atualização Cadastral” e completar as informações do link “mini-currículo”, não esquecendo de marcar a autorizaçãopara a divulgação dos dados e imagens.A operação é feita através de área restrita criada no site, absolutamente segura e com todas as garantias necessáriaspara manter o sigilo das informações cadastrais. O acesso à área restrita só é possível através do login (número doassociado ao CBO) e senha (número do CPF).

Tire suas dúvidas pelo telefone (11) 3266-4000 ou através do e-mail [email protected]

A home page do CBO está em constante evolução

Nela o associado da entidade encontrará uma série sem-pre crescente de serviços e informações da entidade eda especialidade de forma ágil, dinâmica e moderna,além de liks para o XVIII Congresso Brasileiro de Pre-venção da Cegueira e Reabilitação Visual, para o Pro-grama de Educação Continuada CBO E-Learning, paracadastrar-se no serviço de “Procure seu Médico”, paraacessar os Termos de Ciência e Consentimento Informa-do preparado pelo Departamento Jurídico do CBO, paraos artigos da revista Arquivos Brasileiros de Oftal-mologia, para os artigos do Jornal Oftalmológico JotaZero, entre muitos outros•

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{Alcon Laboratórios do Brasil

Allergan Produtos Farmacêuticos Ltda.

Johnson & Johnson Vision Care

Grupo Essilor Brasil - Varilux

Vistatek Produtos Óticos Ltda.

“Procure seu Médico” já conta com mais de mil adesões

www.cbo.com.br

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XVIII CONGRESSO BRASILEIRODE PREVENÇÃO DA CEGUEIRA

E REABILITAÇÃO VISUAL

Este número recorde de inscrições an-tecipadas reflete a aceitação das mo-dificações implantadas pela diretoriado CBO na sistemática dos eventosmaiores da Oftalmologia brasileira e oesforço de divulgação realizado pelosorganizadores do congresso.Desde 2007 foram efetivadas diversasações de divulgação do congresso deFlorianópolis em outros eventos daespecialidade, tais como o envio dematerial de divulgação para o X Con-gresso de Oftalmologia e 9º Congres-so de Auxiliar de Oftalmologia da USP(SP) e APABO (SP); XI Curso de Lentesde Contato Cléber Godinho e XXVIIICongresso do Hospital São Geraldo,ambos em BH; I Curso de Cirurgia Re-

frativa do Hospital de Olhos SadalaAmin Ghanem Hospital (SC) e con-gressos realizados no Uruguai e Ve-nezuela. Além disso, a participaçãonos eventos em Brasília (XXXIV Con-gresso Brasileiro de Oftalmologia –Lançamento do Evento, com sorteiosde passagens aéreas e hospedagenspara congressistas e expositores); XXXICongresso de Oftalmologia da UNIFESP- Com sorteio de hospedagem e brin-des, em São Paulo; XXXIII Congressoda Sociedade Brasileira de Retina eVítreo, em Salvador; X Congresso In-ternacional de Catarata e Cirurgia Re-frativa, com sorteio de hospedagem ebrindes para inscritos, em Goiânia;Congresso de Oftalmologia da Unicamp

2008, em São Paulo e XXXIII Congressoda Associação Parananense de Oftal-mologia e Congresso Brasileiro deGlaucoma de Ângulo Fechado, em Cu-ritiba. Recentemente, no X CongressoInternacional de Catarata e Cirurgia Re-frativa, ocorrido em maio, em Goiânia,os organizadores do Congresso do CBO montaram umestande onde os visi-tantes eram presen-teados com caricaturasfeitas na hora•

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Venha vernovos horizontesem Florianópolis.

• 0 3 a 0 6 d e s e t e m b r o d e 2 0 0 8 •

Mais de 2.500 oftalmologistas de todo o Brasil já se inscreveram para o Congresso

Algumas dascaricaturas oferecidas

aos visitantes doestande do Congressode Catarata e Cirurgia

Refrativa

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Tudo o que você precisasaber em um dia dedicado as quatro sub-especialidadesfundamentais da Oftalmologia.Assim, o XVIII Congresso Brasileirode Prevenção da Cegueira eReabilitação Visual reuniu grandesnomes da especialidade, dividindo aatenção entre assuntos fundamentaispara o exercício da profissão e renomados palestrantes em um DiaEspecial. Durante a programaçãoserão realizados debates, mesasredondas, apresentação de vídeos e discussões sobre Retina e Vítreo;Glaucoma; Córnea e Lentes deContato e Catarata e CirurgiaRefrativa. Cada assunto serácoordenado por especialistas em um dia inteiro dedicado à sub-especialidade. Reserve 03 de setembro para esta atividade.

vestigação. “É importante que o Oftalmologistanão perca este dia especial, quando te-rá à sua disposição, em português, oque há de melhor na especialidade. Se-rá reservado espaço para discussãoorientada e direcionada para o escla-recimento de dúvidas que se apresen-tam na rotina dos consultórios, quan-do serão utilizados painéis elucidati-vos e aulas teóricas”, ressalta.A DMRI também receberzá atençãoespecial. Walter Takahashi, que tam-bém coordena o Dia Especial de Reti-na e Vítreo, afirma que “em palestra,vou abordar justamente uma medica-ção que será lançada no Brasil paratratamento da DMRI, o Lucentis. Omedicamento melhora a visão em cer-ca de 40% dos casos e tem chance deestabilizar a visão em mais de 90%dos casos. Para o tipo de doença, queleva à cegueira em praticamente 100%dos casos no tipo mais agressivo, éextremamente eficiente”•

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Dia EspecialMergulho no conhecimento

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rRetina e Vítreo

No Dia Especial da Retina será apre-sentado o que existe de melhor emtermos da retina mundial. SegundoMarcos Ávila, um dos coordenadoresdo Dia, a sub-especialidade está pas-sando por um momento mágico ca-racterizado pela real possibilidade dese controlar a história natural de vá-rias doenças obter progressos na curade lesões e recuperação da visão. Osantiangiogênicos são o grande desta-que, drogas especialmente importan-tes, que pertencem a uma nova classede medicamentos. Prestam-se ao tra-tamento das duas principais doençasda retina que são a degeneração ma-cular relacionada à idade e a retino-patia diabética. Para Ávila, no Dia Es-pecial não se pretende apresentar umnovo medicamento ou descoberta, massim vários estudos em evolução e asedimentação dos resultados de mui-tos tratamentos que estavam em in-

Córnea e Lentes de Contato

Newton Kara José, Denise Fornazari e Denise de Freitas estarão à frente do Dia Especial Córnea e Lentes de Contato, on-de vão coordenar os debates relacionados à sub-especialidade. Os avanços no tratamento da superfície ocular, os trata-mentos cirúrgicos como as novas técnicas de Transplante de Córnea e como orientar e fidelizar o paciente no uso daslentes de contato estão entre os assuntos em pauta.De acordo com os organizadores, a participação no Dia Especial de Córnea e Lentes de Contato será bastante produtiva.Novos materiais utilizados na elaboração das lentes e novos avanços científicos obtidos na área, trazem novos desafiosque precisam ser conhecidos, discutidos e equacionados pelos médicos oftalmologistas. A programação deste Dia Espe-cial privilegiou a realização de debates e mesas redondas como forma para transmitir o conhecimento acumulado e pro-vocar a reflexão dos participantes•

Todos aos aspectos relacionados aotema serão abordados durante o DiaEspecial Glaucoma. Remo SusannaJúnior, um dos coordenadores, vai fa-lar das sete principais causas que le-vam o paciente a cegueira pelo gla-ucoma, tema já apresentado pelo do-utor com sucesso em Nova Iorque, Is-rael, Arábia Saudita e em eventosoftalmológicos em vários pontos domundo.Os interessados vão encontrar novastécnicas cirúrgicas e de tratamento,bem como de diagnóstico. “O Dia Es-pecial vai trazer as últimas desco-bertas cientificas sobre a doença, queé a segunda causa de cegueira ir-reversível no mundo e atingindo 2%da população acima de 40 anos”, des-

taca o médico. Serão debatidos temascomo cirurgias não penetrantes e an-gulares, implante para glaucoma, im-portância da avaliação do fluxo san-guíneo, entre outros.A proposta, segundo Paulo Augusto deArruda Mello, também coordenador, étrazer ao público oftalmologista o queexiste de mais importante e atual napatogênese, diagnóstico e tratamen-to do glaucoma. “Serão apresentadosos novos conceitos que mudaram osparadigmas da glaucomatologia. A ex-periência nacional com as combina-ções fixas de drogas serão amplamen-te discutidas e os resultados de meta-nálises também apresentados”, co-menta. Ele vai ainda apresentar a palestra

“Trabeculectomia, Arte e Técnica”. “Vou mostrar nossa experiência pes-soal e a experiência do Serviço deGlaucoma do Departamento de Oftal-mologia da Universidade Federal deSão Paulo, com detalhes do pré, du-rante e pós-operatório, com manobrasque podem salvar o resultado ci-rúrgico. No Brasil, onde os recursospara a gestão da saúde pública sãoescassos, muitos pacientes têm indi-cações de cirurgias no tratamento doglaucoma. Existe a indicação sócio-eco-nômica para a cirurgia do glaucoma.Mas, considerando seus riscos, o apri-moramento da técnica e da aptidãocirúrgica é fundamental para a pre-servação da visão”, diz•

Glaucoma

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“Poder assistir um compacto de temas tão atrativos dentro da nossaespecialidade ao longo de todo um dia, já por si, excita a curiosidade demuitos colegas. A idéia dos organizadores deste Dia Especial foi o deoferecer o melhor possível a todos os participantes que aceitarem oconvite do CBO para virem a Florianópolis, em 03 de setembro”.

Miguel Padilha [7]

“Discutir a cirurgia faco-refrativa já valeo Congresso. É um assunto de interessegeral, ainda considerado controverso,mas necessário para a atualizaçãoprofissional”.

Fernando Trindade [2]

“A Diretoria do CBO deve serparabenizada por esta iniciativa que,sem dúvida, vai se caracterizar comouma atividade extremamenteenriquecedora para todos osparticipantes. Será um momento deatualização científica e de apoio nasdificuldades do fazer diário dosprofissionais. Eventos desta naturezatêm sido apresentados em congressosinternacionais e o Brasil se destacaagora, inovando nessa estratégia epodendo fazer as discussões emportuguês”.

Marcos Ávila [4]

“É uma oportunidade única para oespecialista de retina e o oftalmologistageral para fazer uma verdadeirareciclagem no diagnóstico e tratamentodas doenças de retina e vítreo”.

Walter Takahashi [3]

“Por trazer as ultimas descobertascientificas sobre o glaucoma, segundacausa de cegueira irreversível no mundoe que atinge 2% da população acima de40 anos, é fundamental a participaçãodos oftalmologistas no Dia Especial”. Remo Susanna Júnior“Não há outra forma melhor para seatualizar nas áreas de Catarata eCirurgia Refrativa este ano aqui no Brasilem apenas um dia”.

Fábio Casanova [5]

“Os oftalmologistas não podem perderessa reunião, pois nunca na história daglaucomatologia brasileira, um tãoextenso desenvolvimento daglaucomatologia será apresentado deforma tão sintética e didática. Serásalientado o que realmente é novo eimportante na prática diária dos nossosconsultórios oftalmológicos”.

Paulo Augusto de Arruda Mello [6]

“O Dia Especial Córnea e Lentes deContato vai possibilitar aos médicos umaatualização rápida e eficaz nos assuntosrelacionados à área, considerada demaior freqüência de queixas em nossaespecialidade”.

Newton Kara José [1]

No Dia Especial Catarata e Cirurgia Refrativa serão abordados temas relevantes quanto à cirurgia de catarata dentro doseu moderno contexto de uma verdadeira cirurgia refrativa. Assim pensando, o cálculo de lentes intra-oculares, a exce-lência na correção do astigmatismo, aspectos legais, éticos e técnicos na extração de cristalinos transparentes, a própriacirurgia visando corrigir a presbiopia vão merecer um amplo debate dentro de mesas redondas com a participação dedestacados especialistas brasileiros. De acordo com Miguel Padilha, um dos coordenadores do Dia, tais mesas redondas vão fugir ao clássico modelo de aulasapresentadas por palestrantes, transformando-se realmente em troca de idéias e informações sobre o que de mais atualvem acontecendo nas áreas das cirurgias de catarata e de refrativa. “Temas também polêmicos serão colocados na berlinda para, aos olhos da verdadeira ciência, serem analisados de forma

imparcial. Pelo menos três deles vãomerecer bastante atenção: a funçãoreal das lentes com filtros de luz azul,a relação entre facectomia e DMRI eretinopatia diabética, realidade ou fic-ção em uma nova onda de endoftalmiteapós cirurgia de catarata”, destaca.Outro módulo vai se deter na apre-sentação de vários cirurgiões que mos-trarão, através de vídeos, o que estãofazendo de novo no âmbito da cirurgiade catarata, seguido de discussões.“A realidade hoje mostra que cataratae cirurgia refrativa caminham juntase, neste sentido, aspectos importan-tes relacionados a topografia e bio-elasticidade de córnea, dificuldadesna cirurgia de catarata em olhos por-tadores de lentes fácicas, ectasias, emuitos outros tópicos estarão na pa-uta de discussões”, comenta Padilha.Segundo o especialista, a solução pa-ra a presbiopia representa o grande

desafio deste início de século para aOftalmologia. “Poderíamos dizer que é um dos úl-timos baluartes a serem vencidos pelaciência em nossa especialidade. Hápesquisadores que defendem solu-ções através de procedimentos corne-anos. Outros, como eu, que buscamalternativas através de cirurgias intra-oculares. O cristalino trará, a meu ver,a resposta para esta que é uma gran-de incapacidade visual após os 40anos de idade para toda a humanida-de”, ressalta Padilha.Os ainda controversos caminhos dacirurgia faco-refrativa serão levanta-dos por Fernando Trindade, em mesaredonda que vai discutir com especia-listas todos os prós e contras da ci-rurgia, assim como os cuidados, as in-dicações, os riscos e as complicaçõesdo procedimento. “Vamos colocar fren-te a frente todos os aspectos da ci-

rurgia, e trabalhar para chegar a umaposição final sobre o assunto”, avalia. Segundo ele, a faco-refrativa é deba-tida amplamente em congressos nomundo todo. “É um tema atual e todosos oftalmologistas devem discutí-lo sempreconceitos”.

Fábio Casanova, que também parti-cipa da coordenação do Dia Especialde Catarata e Cirurgia Refrativa, des-taca o fato de diferentes cirurgiões re-latarem experiências pessoais de co-mo abordam e tratam seus casos e com-plicações. “Vamos discutir mudanças re-centes na técnica cirúrgica, apresen-tar os estudos mais atuais relaciona-dos a temas polêmicos e os resulta-dos mais recentes de novas tecnolo-gias recém-lançadas no mercado”,afirma Casanova, que também vai par-ticipar da mesa redonda sobre Trata-mento das Altas Ametropias•

Catarata e Cirurgia Refrativa Por que é importante participar do Dia Especial?

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A atualização da coleção de “ManuaisBásicos do Conselho Brasileiro de Oftal-mologia”, editada em 1999, tornou-seuma necessidade pelo próprio avançocientífico da especialidade. Entre-tanto, por razões de ordem técnica,essa atualização teve que ser muitomais ampla do que originalmente sehavia previsto, com a inclusão de no-vos autores e assuntos, o que resultounuma outra coleção que não poderiamais ser confundida com os “Manu-ais”, explicou Milton Ruiz Alves, coor-denador da Série Oftalmologia Brasi-leira.Ainda de acordo com Milton RuizAlves, o esforço para congregar os edi-tores dos volumes e os autores dosvários capítulos que compõem cadavolume e de impor ritmos de trabalhopara possibilitar a publicação, foi ini-ciado há alguns anos, sempre acom-panhado de debates sobre as me-lhores formas para concretizar a cole-

A Série Oftalmologia Brasileira, composta de dezesseis livros que abrangem todo o co-nhecimento consolidado na especialidade, será lançada durante o XVIII Congresso Brasi-leiro de Prevenção da Cegueira e Reabilitação Visual. Este lançamento é o resultado docontinuado esforço das várias diretorias do CBO com o objetivo oferecer aos médicos e es-tudantes material didático atualizado, de excelente qualidade e em condições adequadas àrealidade brasileira•

caráter de coleção da obra seria res-peitado e que a comercialização será,sempre, de todos os volumes agrega-dos(1).Uma das providências que reduziusignificativamente os custos indus-triais para a elaboração da coleção foia impressão das figuras dos livros empreto e branco e a adição de um CD-Rom com as ilustrações nas cores ori-ginais em cada volume. “Como resultado, temos uma coleçãode livros de altíssimo nível, com quali-dade didática e científica, oferecida apreços acessíveis. Esta é mais umarealização que orgulha a Oftalmologiabrasileira e que será muito importantepara a ciência e a prática da especi-alidade em nosso País”, afirmou Mil-ton Ruiz Alves.

A Série Oftalmologia Brasileira serácomposta pelos seguintes livros eseus respectivos editores:

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Série Oftalmologia Brasileira

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rção. A coordenação desse trabalho foiinicialmente exercida por FernandoAbib e, com a mudança da diretoriaem setembro de 2007, passou a serfeita por Milton Ruiz Alves.Cada volume teve seu(s) editor(es)que se encarregaram de convocar oscolaboradores para elaborar os capí-tulos. Ao todo, a Série OftalmologiaBrasileira contou com a colaboraçãode 358 pesquisadores de todo o Bra-sil.Simultaneamente, a diretoria do CBOentrou em negociações com as em-presas do segmento oftálmico, com aEditora Cultura Médica e com a Edi-tora Guanabara KooganS/A com o ob-jetivo de editar os livros em condiçõesmais vantajosas para os médicos, alu-nos dos cursos de especialização, re-sidentes associados ao conselho eaos serviços de atendimento oftalmo-lógico e centros de pesquisa da espe-cialidade. Foi dedicido também que o

1) Bases da OftalmologiaPatologia: Roberto L. MarbackAnatomia/Histologia: Nicomedes Ferreira FilhoFarmacologia: Acácio Alves de S. Lima FilhoGenética: Juliana M. Ferraz SallumFisiologia: Adalmir Mortera DantasEmbriologia: Adalmir Mortera Dantas

2) Semiologia BásicaCarlos Augusto Moreira

3) Doenças Externas Oculares e CórneaAna Luiza Holfling-LimaMaria Cristina N. DantasMilton Ruiz Alves

4) GlaucomaPaulo Augusto de Arruda MelloRemo Susanna Júnior

5) Cristalino e CatarataCarlos Eduardo L. ArietaMiguel PadilhaSamir Jacob Bechara

6) Retina e VítreoCarlos Augusto Moreira JúniorJacó LavinskyMarcos Ávila

7) Neuro-OftalmologiaAntonio Luiz ZangalliMário Luiz Ribeiro Monteiro

8) Óptica,Refração Ocular e Visão SubnormalPaulo SchorRicardo UrasSílvia Veitzman

9) EstrabismoHarley E.A. BicasCarlos Ramos Souza DiasHenderson Celestino de Almeida

10) Lentes de ContatoAdamo Lui NettoCleusa Coral-GhanemPaulo Ricardo de Oliveira

11) Cirurgia RefrativaMauro CamposRenato Ambrósio JúniorWallace Chamon

12) Uveítes e Oncologia OcularFernando Cesar AbibFernando OréficeJosé Vital FilhoJosé Wilson Cursino

13) Órbita, Sistema Lacrimal e Oculoplástica Órbita: José Vital FilhoÓrbita: Antonio A. Velasco e CruzSistema Lacrimal: Silvana A. SchelliniOculoplástica: Suzana MatayoshiOculoplástica: Ana Rosa P. de FigueiredoOculoplástica: Guilherme Herzog Neto

14) Banco de Olhos e Transplantes Élcio SatoHamilton MoreiraLuciene Barbosa de Sousa

Milton Ruiz Alves

15) Iatrogenia e ManifestaçõesOculares das Doenças SistêmicasPaulo Elias Corrêa DantasSérgio FelbergSérgio Kwitko

16) Perguntas e Respostas Comentadas (2)

Paulo Augusto de Arruda Mello

(1) Os volumes “Glaucoma”, “Iatrogenia e Manifestações Oculares das Doenças Sistêmicas” e “Perguntas e Respostas Comentadas” não serão lançados durante o XVIII Congresso Brasileiro de Prevenção da Cegueira e Reabilitação Visual, em setembro, em Florianópolis. Aqueles que adquirirem a coleção no evento receberão os volumes assim que estiverem impressos.

(2) O volume “Perguntas e Respostas Comentadas” (título provisório) refere-se às perguntas aplicadas nas últimas três edições da Prova Nacional de Oftalmologia.

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Uma das atividades sociais que marcará o XVIII Congresso Brasileiro de Prevenção da Cegueirae Reabilitação Visual será o lançamento nacional do filme “Blindness”, filme de Fernando

Meirelles baseado no livro “Ensaio sobre a Cegueira, do escritor português José Saramago. A estréia ainda está sendo negociada com os cinemas de Florianópolis.O filme tem como protagonista a esposa de um médico oftalmologista, única pessoa capaz de enxergar numa cidade onde todas as pessoas

são misteriosamente tomadas por uma repentina cegueira. Meirelles é arquiteto que passou a dirigir programas independentes para TV nos anos 1980,

comerciais nos anos 1990 e finalmente longa-metragens no século XXI. Seus filmes mais conhecidos são: O Menino Maluquinho 2 - A Aventura (1998),

Domésticas (2000), Cidade de Deus (2002) e O Jardineiro Fiel (2004) •

“Blin

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s”30

Numa iniciativa conjunta do Conselho Internacional de Oftalmologia (ICO), Associação Pan-Americana de Oftalmologia(APAO), Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e Associação Pan-Americana de Professores de Oftalmologia (PAPUPO),será realizado em 01 e 02 de setembro o II Programa para Coordenadores de Cursos de Especialização em Oftalmologia.O encontro tem como objetivo transmitir conhecimentos e debater conceitos ligados ao ensino da especialidade e os mé-todos de avaliação mais adequados.O Programa ocorrerá no Hotel Blue Tree, em Florianópolis e tem a coordenação geral de Karl Golnik, do Cincinnati EyeInstitute e ligado ao ICO. Dentro das atividades do Programa, está prevista a apresentação do Ophthalmic News &Education, ferramenta educacional baseada na internet criada pela Academia Americana de Oftalmologia que está sendodisponibilizada para as instituições brasileiras por intermédio do CBO•

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A pergunta não é nova e constante-mente vem provocar acesas polêmi-cas entre lideranças da especialidade,entre alunos e professores dos cursosde especialização e entre os profis-sionais. Os argumentos empunhadosde lado a lado sempre ressaltam a im-portância dos eventos, da entidade,da adoção de medidas que levem osassociados a refletir sobre as conse-qüências da posição assumida. Entre as mudanças implantadas peladiretoria do CBO na organização doXVIII Congresso Brasileiro de Preven-ção da Cegueira e Reabilitação Visualestá a decisão de abrir a possibilidadede devolver aos palestrantes a quan-tia paga por ocasião da inscrição, oque deve reascender os debates. A di-retoria e a Comissão Organizadora doevento decidiram que, depois de fei-tos os levantamentos cadastrais rela-cionados às aulas e presença dos pa-lestrantes, estes receberão uma co-municação oficial da diretoria do CBOoferecendo a devolução da quantiapaga ou a possibilidade dele realizarmais uma colaboração com o CBO aoabrir mão do valor em benefício dasfinanças da entidade.

situação onde a isenção do paga-mento da inscrição para todos ou paraa maioria dos palestrantes será consi-derada um ato de justiça. Quando istoocorrer, o CBO, suas diretorias e seusassociados terão encontrado formaspara que isso seja possível sem preju-dicar os interesses maiores da Oftal-mologia brasileira que, certamente,estão representados pela continuida-de e fortalecimento da entidade”, de-clarou.Para incentivar a reflexão entre osmédicos oftalmologistas, o JORNALOFTALMOLÓGICO JOTA ZERO solici-tou a dois eminentes professores deOftalmologia que, publicamente, man-tém posições antípodas sobre o temapara defenderem seus respectivospontos de vista em letra de forma a-través das páginas da publicação. Osex-presidentes do CBO e integrantesdo Conselho de Diretrizes e Gestão daentidade Geraldo Vicente de Almeida(gestão 1997/99) e Harley E. A. Bicas(gestão 2005/07) aceitaram o desafioe, nas próximas páginas, convidam atodos para o debate•

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Os conferencistas dos congressospromovidos pelo CBO devem ser isentos

do pagamento da taxa de inscrição nos eventos? Ou, dito de outra forma,

devem ter os valores pagos no ato da inscrição devolvidos?

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“Não sou contra a isenção, porém con-sidero legítima a cobrança por se ca-racterizar como uma colaboração doassociado à sua instituição”, ponderao ex-presidente do CBO, gestão 1993/95 e atual integrante do Conselho deDiretrizes e Gestão do CBO, Jacó La-vinsky, que entretanto faz questão deressaltar que, por questão de justiça,a isenção deve ser automática para a-queles que somente vão ministrar au-las e palestras, sem qualquer partici-pação nas outras programações do e-vento.Opinião semelhante é compartilhadapor Milton Ruiz Alves, ex-secretário ge-ral do CBO (gestão 2005/2007), quemanifesta sua esperança de que, como constante aprimoramento dos con-gressos, o avanço dos debates entreos associados, a busca de alternativaspara a sustentação econômica do con-selho e a melhoria geral da situaçãofinanceira da entidade, a médio prazoa isenção do pagamento das inscri-ções para os palestrantes se imponhade forma quase que natural para amaioria dos médicos oftalmologistas.“Respeito muito todas as opiniões,mas creio que marcharemos para umaDe

bate

Jaco Lavinsky Milton Ruiz Alves

SOBRE O ENSINOE SEU FINANCIAMENTO

importantes, desde o lado de quem or-ganiza (e precisa de verbas) ao dosque ganham o “direito” de expor. Mas,então, talvez se esqueça do mais re-levante: o conteúdo do que se fala, anatureza da informação.De fato, hoje em dia toma-se o co-nhecimento e a informação como en-tre os aspectos mais distintivos de umapessoa, de uma empresa, de uma or-ganização. Reverencia-se como subs-tancial a transmissão do saber, a edu-cação, em todos os seus níveis, tantopara a conservação e fortificação dosvalores de uma sociedade, quanto pa-ra o seu desenvolvimento. Mas, poroutro lado, é curioso como a atividadedo magistério, também em todos osseus níveis e embora incontestavel-mente merecedora do respeito e con-sideração da sociedade humana àqual beneficia, receba dela seus par-cos pagamentos. Realmente, pareceacreditar-se que ensinar seja atávicoà humanidade, algo que nada custe eque se deva transmitir por obrigaçãoou prazer, como o da mãe, ou do pai,quando educa a criança. Mas a tes-situra social é mais complexa e outrasatividades, como a de curar ferimen-tos dos filhotes, a de produzir ou bus-car-lhes alimentos, a de fazer casas, epor aí afora, conduziriam a idéias deque as funções de médicos, agricul-tores, transportadores, engenheiros epor aí afora, também representassemtraços arquetípicos de nossas mentes.Obviamente, em resumo, cada qualdeve receber pela parte que desempe-nha na organização cultural e políticade uma sociedade. Assim, o que estáem questão é, fundamentalmente, co-mo o CBO deve reconhecer o ensino?

Aos menos avisados, a resposta a-pareceria imediata: entre os órgãosdo CBO, a Comissão de Ensino é, acer-tadamente, aquela pela qual se tornamais conhecida a sua face e, histori-camente, a concepção nuclear sobre aqual se fundou a instituição. Por pro-fessores tão abnegados que semprederam o melhor de si, nunca reivindi-cando recompensas. O ensino é, por-tanto, a pedra angular do CBO.Aparentemente. Na prática, tem sidoo inverso: não apenas se deixa de pa-gar o professor, como seria de seu di-reito (a necessária abnegação do pas-sado, por várias razões, não estabe-lece a conveniência de sua perpetu-ação), como se lhe cobra para queentre às salas de aulas para ensinar...Sonho com o dia (que, em minha vida,não verei; mas que, utopicamente, es-pero ocorrer no futuro) no qual essaatitude da organização seja em suatotalidade corrigida, não apenas emseu começo, como agora se discute.Afinal, os gastos de viagem e hospe-dagem não são pequenos, o tempo e aoperacionalização de preparação dasexposições também são grandes e se-ria mais do que justo recompensá-los,ou pelo menos atenuá-los (ainda queo ideal fosse sobrepassá-los, pois to-do almoço tem seu custo). “Somos ne-cessitados”, diria a organização. “Eutambém” - responderia o professor -“mas tudo bem; e como caridosa con-tribuição aos desvalidos, tirarei demeu bolso para levar a aula até aí, demodo que vocês possam lucrar comela”. Mas aí chegando, com todo orespeito demonstrado pela instituição

Num Congresso organizado pelo Con-selho Brasileiro de Oftalmologia deve-se isentar um seu convidado, partici-pante de Simpósio ou Mesa Redonda,professor de Curso, ou conferencista,do pagamento de sua inscrição? Tãoarraigada tem sido a crença institu-cional de que a resposta deva ser ne-gativa, que nem sequer Presidentescom diferentes convicções hajam tidoêxito em mudá-la, a não ser parcial-mente, embora deixando a sementeda afirmativa que, agora, parece que-rer vicejar. Mas essa questão, cuja a-bordagem costuma ser geralmenteobjetivada desde um ponto de vistapuramente econômico, tem, em suaessência, implicações bem mais ex-tensas e profundas, transcendendo àmera formalidade do valor em si mesmo.É claro que o CBO, ou qualquer outroorganizador de um evento, necessitarecursos, não apenas para viabilizá-locomo, sobretudo, para pagar suas con-tas, sobreviver. E, pois, pelo elevadonúmero de “palestrantes” (centenas)nos nossos congressos, suas inscriçõescontribuem para a elevação dessasreceitas. Além disso, tem sido ditoque a preleção de um tópico possa serde interesse do próprio expositor(a),visto que por esse procedimento ga-nha projeção, suas idéias, habilidadese competências fazem-se conhecidas,tornam-lhe referência sobre o assun-to. Portanto, nada mais natural e justodo que pagar por isso, um investimen-to em sua própria pessoa.É possível que existam outros argu-mentos para sustentar a defesa do pa-gamento da inscrição dos que pre-dicam pelos microfones dos congres-sos. Mas estes são os mais usados e

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deveriam ser gratuitos aos sócios, em-butindo-se em suas anuidades o valordessa “gratuidade”...) A segunda op-ção seria a de majorar as inscriçõesde quem vai ao Congresso, procedi-mento, aliás, já efetivo para assis-tência a vários dos cursos ministrados(mas sem repasse aos que dão o cur-so...) o que, em contra-partida, supõeuma seleção rigorosa de palestrantes,visando primordialmente o ensino. Pa-ra cobrir as inscrições dos palestran-tes, caberia o pagamento acrescidode algo como 19 % dos demais. Umaterceira saída seria a de reduzir o nú-mero de convidados internacionaispara os quais, além de não se lhes co-brar as inscrições, são pagas as via-gens (várias vezes em primeira classe,ou executiva), os hotéis (suítes, de-pendendo do convidado), alimenta-ção, além de alguns possíveis extras emordomias. Seriam eles melhores doque brasileiros? Ou, pelo menos, tãomelhores? Pois se sabe que o gastode um desses convidados seja equiva-lente a umas quarenta inscrições depalestrantes brasileiros (ou até mais!),alguns dos quais se sentam com elepara expor e discutir os mesmos pro-blemas numa sessão científica, mano-a-mano. E não é raro que se veja nos-sos patrícios levarem a melhor... Ain-da, por fim, é claro que ao palestrantepoderia ser oferecida a oportunidadede “doar” sua inscrição ao CBO, pa-gando pelo Congresso. Se pudesse equisesse: opção não é confisco. Mas,então, por que, também, não incenti-var a todos os demais congressistas aque tivessem essa condição de mos-trar suas generosidades? “Contribuacom o CBO: pague por sua inscriçãocom valor dobrado!” Seria justo.De qualquer modo, não se assumir a(ínfima) redução no orçamento do CBOrepresentada pelas isenções de paga-mento das inscrições dos palestrantes(convidados, mas nacionais...) em seuscongressos, ainda que os fundamen-

tos pedagógicos dessa atitude de-vessem prevalecer; e, sobretudo, nãolhes reconhecer os serviços prestadose chegar ao cúmulo de se lhes cobrarpara que ensinem (se é que os Con-gressos sirvam para o ensino), si-gnifica “mais valia” ao CBO, por a-propriação do valor do trabalho. Ou,então, implicitamente, que o congres-so não seja feito com objetivos de en-sino, mas de mercancia de propagan-das.E, na verdade, se não se pode abrirmão de cerca de 3 a 4 % da receitaanual, por haver o perigo de que, porisso, a instituição entre em colapso fi-nanceiro, é porque as despesas sãomuito altas e devem ser melhor con-troladas. Por isso, parece-me estranho quequem admita o primado do trabalho dig-no e seu respectivo reconhecimentode mérito (quem não o seria?) vacilena resposta diante do questionamentoinicial. Por isso, parece-me pouco crível quequem faça apologias ao valor do en-sino e exalte a conveniência de se-leções mais rigorosas de palestrantesem nossos Congressos, seja parti-dário do “não”.Por isso, parece-me incoerente quequem reconheça a obediência a prin-cípios e regramentos, sem inversão devalores, como fundamentação de umainstituição e de sua alma (princípio devida, “anima”) possa querer vendê-la.Por isso, fico perplexo pela necessida-de de defender uma idéia que nem delonge deveria ter, entre nós, oposito-res.Por isso, minhas sinceras e efusivascongratulações à atual Diretoria peladecisão de ousar afrontar tabus e en-sinar que o CBO reverencia, sim, o en-sino!•

(*) Harley E. A. Bicas - presidente do CBO (gestão 2005/2007) e integra do Conselho de Diretrizes e Gestão (CDG) da entidade

à qual já se outorgara tempo e di-nheiro, há um exagero se ela ainda lheexigir uma “contribuição” extra (o pa-gamento da inscrição!). A inversão pe-dagógica é evidente, o CBO explicita-mente admitindo que a transmissãode conhecimento deva ser (principal-mente) mais onerosa ao docente...Voltemos, agora, aos dois argumentosprincipais do contraditório. Se o Con-gresso é feito para ensinar, se é feitocom vistas aos que se sentam para ou-vir (e, eventualmente, discutir), os quedetêm os microfones devem ser sele-cionados entre os melhores e, pois,reconhecidos com o pagamento de seuvalor e labor (que, pela suposta po-breza dos organizadores poderia ser,pelo menos, minimamente, a de não pa-garem para ensinar). Se, ao contrário,o congresso é feito para arrecadaçãode fundos, talvez até se devesse sele-cionar palestrantes, mas, então, peloque pudessem pagar. E, então, as ins-crições deles deveriam ter, até, valo-res bem maiores do que as dos as-sistentes, pois, afinal, estariam “com-prando” espaços e tempos para anun-ciar e vender suas mercadorias: “pos-so resolver tais e quais problemas, te-lefonem para agendar consultas comminha secretária, cujo telefone é...”O outro argumento é o da falta que fa-riam os recursos das inscrições des-ses palestrantes. Estima-se que, ape-sar de muito numerosos, como tem si-do a regra, o que deles se arrecada fi-que em torno de 7 % da renda brutado evento, ou cerca de 3,5 % da re-ceita bruta anual do CBO. Há algumasformas de compensar tais “perdas”, ca-so isso fique desejado. Talvez a maisantipática seja a de majorar as anu-idades de todos (inclusive dos pales-trantes...). Caberia cerca de 12 % amais para cada um. Mas, não me pa-rece coerente cobrar por tal serviçoquando não prestado, pois, afinal, vaiao Congresso quem quiser e puder.(Alguns entendem que os CongressosDe

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INJUSTIÇA OU EQUÍVOCO?

gressos. Devemos sempre lembrarque a filiação ao CBO não é compul-sória. O que significa que seus valoresnão podem ser aumentados ao infinitopara cobrir as crescentes despesas.Desta forma, abrir mão de considerá-vel parcela das receitas dos congres-sos, representada pelo pagamentodas inscrições de centenas de oftal-mologistas que vão proferir aulas epalestras nos congressos, é, sim, umduro golpe nas finanças da maior en-tidade representativa da especialida-de, o que vai se refletir na menor ca-pacidade para cumprir suas funções eobrigações que, por sua vez, vai se re-fletir na menor valorização da especi-alidade e, a médio prazo, certamenteem congressos mais pobres e cientifi-camente menos abrangentes. Considero, inclusive, muito mais con-dizente com a ética científica cobrarinscrição de todos os que participamde nossos congressos do que permitirque colegas ministrem aulas em es-tandes instalados na exposição co-mercial sob o patrocínio de empresasque atuam no segmento econômicoque cresce devido nossas prescrições.E agora, abandonaremos a seara pu-ramente econômica e vamos entrarem outra ordem de argumentação. Os defensores da isenção por vezescitam como exemplo a comovente his-tória de um músico que aceita fazerum show beneficente e que, para isto,arca com as despesas de transporte ehospedagem e ainda, “para cúmulo dainjustiça”, é obrigado a pagar a en-trada da apresentação em que vai sera atração.Acontece que os congressos do CBOnão são shows para arrecadar fundos:

arrecadam fundos por que são bonscongressos. E são bons congressos porque refletem o avanço da especialida-de, com suas perplexidades, debatese complexidades. Não é a apresenta-ção de um ou de poucos Lucianos Pa-varottis para a platéia que aprendeu aapreciá-los e, merecidamente, respei-tá-los. São eventos que reúnem cen-tenas de médicos e pesquisadores,cada um dos quais em diferentes es-tágios da vida profissional e do ama-durecimento científico, para os quaiso congresso do CBO é a grande opor-tunidade para mostrar seu trabalhoaos pares e com eles debater paraaprimorar-se, num processo que aca-ba tendo também resultados econô-mico-financeiros positivos. Não consigo ver nenhuma injustiçaem pagar inscrição para participardeste grande fórum de aperfeiçoa-mento científico e profissional na pri-vilegiada condição de transmissor dosconhecimentos. Considero, isto sim,uma grande injustiça aproveitar-se detoda esta estrutura, que exige o tra-balho de centenas (ou milhares) depessoas e a existência de uma enti-dade respeitada na vida política, so-cial, universitária e científica, respeitoeste que, por sua vez, é fruto do tra-balho e da dedicação de centenas depessoas através da História, sem comela contribuir nem com o valor da ins-crição que, até hoje, nunca fugiu darealidade de nosso País e da capa-cidade financeira dos que se dedicam

Há muito tempo ouço argumentos afavor da isenção da cobrança da ins-crição nos congressos do CBO para a-queles que vão dar aulas, apresentartrabalhos, proferir palestras e confe-rências. Por vezes tais argumentossão bastante simpáticos e apresenta-dos de forma convincente, mas con-sidero que se baseiam em sofismas eem falsa interpretação da realidade.O Congresso Brasileiro de Oftalmolo-gia e o Congresso Brasileiro de Pre-venção da Cegueira e Reabilitação Vi-sual são as maiores oportunidades e-xistentes em nosso País para compar-tilhar o conhecimento oftalmológicoentre os seus participantes que, porsua vez, representam expressiva par-cela daqueles que se dedicam à es-pecialidade. Este é o caráter primeiro dos eventosque não deve e não pode ser sobre-pujado por nenhum outro. Entretanto, não consigo enxergar qual-quer contradição entre organizar even-tos cientificamente consistentes e aobtenção de resultados financeiros po-sitivos. O CBO não organiza bons con-gressos para ganhar dinheiro, mas ga-nha dinheiro organizando bons con-gressos. Não é um jogo de palavras, éa realidade. Uma entidade forte e quevem sendo cada vez mais exigida emtermos de defesa de classe, mobiliza-ção profissional, atuação política e...aprimoramento científico e educaci-onal, não pode cair na tentação de a-brir mão de parte significativa de suasreceitas para obter popularidade entredeterminadas parcelas dos profissio-nais que representa. O CBO tem duas fontes de receita:anuidades dos associados e os con-

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bilizar a isenção. Quem seriam os es-colhidos? Os que já tem conhecimen-tos e carreiras consolidadas? Cortar onúmero de palestrantes para tornarfactível a isenção não seria dificultara transmissão de novos conhecimen-tos ainda não consolidados e colocarobstáculos no progresso da Oftalmo-logia em nosso País? Limitar as expo-sições àqueles que já construíramsuas respectivas reputações científi-cas e que, é bom lembrar, um dia tam-bém foram inseguros iniciantes, éuma atitude meritória?Não vou discutir as propostas deisentar apenas os palestrantes quetêm participação maior nos congres-sos, mas cobrando a inscrição dos quetêm participação menor, geralmentejovens no início de sua trajetória ci-

entífica e profissional. É uma discrimi-nação tão odiosa que nem sei comoalguém tem coragem de propô-la.Concluindo: considero que a partici-pação como palestrante nos congres-sos Brasileiro de Oftalmologia e dePrevenção da Cegueira e ReabilitaçãoVisual é uma honra que o pagamentoda inscrição apenas ressalta e en-grandece que, como resultado indire-to, contribui para manter e fortalecera maior entidade representativa daespecialidade no Brasil. Portanto, emminha avaliação, a isenção proposta éequivocada sob qualquer óptica quefor examinada•

(*) Geraldo Vicente de Almeida - presidente do CBO (Gestão 1999/2001) e integrante do Conselho de Diretrizes e Gestão (CDG) da entidade

à especialidade.A Oftalmologia provavelmente é a á-rea da medicina que mais progride emtermos científicos. A quantidade deaspectos que precisam ser estudadose discutidos cresce exponencialmen-te. Assim, também cresce o númerode pessoas que dominam conheci-mentos pontuais e que precisam ex-pô-los nos eventos. No passado, tí-nhamos congressos com 200 pales-trantes: hoje ele são 600 ou mais, re-fletindo o aumento da abrangência eda profundidade do progresso da es-pecialidade, o que aumenta mais ain-da a profundidade do corte que o CBOteria que realizar em seu orçamentocom a isenção.Alguns falam em limitar o número depalestrantes nos congressos para via-De

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XVIII CONGRESSO BRASILEIRODE PREVENÇÃO DA CEGUEIRA

E REABILITAÇÃO VISUAL

Aqui tem um horizonte de informações para você.

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VENDA DE LENTES DE CONTATO

EM FARMÁCIAS. CASO ENCERRADO...

OU NÃO?

demonstram a importância que dá àsólida parceria com os médicos oftal-mologistas. Entretanto, o diálogo ainda é difícil.

A Johnson & Johnson começou a co-mercializar lentes de contato descar-táveis no mercado brasileiro no finalde 1990. Durante cinco anos, a distri-buição do produto foi feita exclusiva-mente através dos oftalmologistas.Em 1995/96, a empresa passou a co-mercializar as lentes de contato des-cartáveis através de estabelecimen-tos ópticos, efetivando a primeira ru-ptura com a classe médica, explicadae justificada pelo fato de seus concor-rentes já se utilizarem deste canal dedistribuição.Estes dois canais de distribuição con-viveram até março de 2006, quando aJohnson & Johnson Vision Care abriua venda de lentes de contato tambémpara farmácias e drogarias. Os confli-tos, entretanto, iniciaram-se três anosantes, quando a rede de drogarias Ra-ia passou a vender as lentes Acuvueobtidas, de acordo com Fernando Len-ski, através de um distribuidor sobre oqual a multinacional não tinha qual-

quer controle. Entretanto, a empresarealizou pesquisas junto a Agência Na-cional de Vigilância Sanitária (ANVISA)para verificar a viabilidade legal des-se canal de distribuição, ao mesmotempo em que abria negociações comredes de farmácias e drogarias. Si-multaneamente, representantes daJohnson & Johnson mantinham reuni-ões periódicas com lideranças dos seg-mentos oftálmico e óptico com o pro-pósito de discutir problemas, planos eo desenvolvimento do setor de lentesde contato. Nessas reuniões, a comer-cialização de lentes de contato emfarmácias e drogarias chegou a serventilada, sempre com a decidida o-posição de médicos e de ópticos.Durante o Congresso Mundial de Of-talmologia realizado em São Paulo,em fevereiro de 2006, a notícia explo-diu como uma bomba: a empresa líderde mercado de lentes de contato des-cartáveis, contrariando todas as ad-vertências dos médicos oftalmologis-tas e dos profissionais do ramo óptico,decidiu comercializar alguns produtosde sua linha em redes de farmácias edrogarias, baseada numa interpreta-ção bastante flexível da nota técnicada ANVISA que permite a comerciali-

“Política e estrategicamente,foi um equívoco e apercepção deste equívoco foi a razão pela qual a Johnson & Johnson VisionCare retirou suas lentes de contato das farmácias e drogarias, encerrando estaforma de comercialização de seus produtos no Brasil”.

Com essa declaração, feita com pala-vras semelhantes em vários fóruns, o-casiões e diante de interlocutores di-ferenciados, o gerente geral da mul-tinacional para o Brasil, Luís FernandoS. Lenski, espera contribuir para supe-rar o conflito que nos últimos doisanos desgastou profundamente o con-ceito da empresa junto aos oftalmolo-gistas de todo o Brasil e junto a suasentidades representativas. Em reuni-ões e intervenções, Lenski faz questãode assinalar que a medida não é umfato isolado, mas insere-se na tradi-ção histórica da empresa e vem acom-panhada de atitudes e posturas que w

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passo que a política atual da Johnson& Johnson Vision Care leva em contatambém a importância do médico parao segmento das lentes de contato.“Nossa intenção é alinhar com todosnossos parceiros para superar di-ficuldades e eventuais desequilíbrios.Sabemos que não é fácil e temosconsciência dos obstáculos. Entretan-to, sempre solicito aos médicos oftal-mologistas e às suas entidades quenos dêem as mesmas oportunidadesdadas aos nossos concorrentes. Se aJohnson & Johnson Vision Care nãopode participar de congressos e e-ventos por que seus produtos são co-mercializados em ópticas e na inter-net, então que a mesma atitude sejatomada com relação a todas as outrasempresas que também tem seus pro-dutos comercializados em ópticas ena internet. Acho que não é demaispedir isto. Podemos ter desavenças o-casionais, mas nosso interesse é con-tribuir para o desenvolvimento da ca-tegoria em benefício de toda a popu-lação brasileira”, afirma Lenski.

E as feridas?

A atitude da empresa, como não po-deria deixar de ser, provoca polêmicaentre os médicos oftalmologistas. Pa-ra a diretoria da Sociedade Brasileirade Lentes de Contato, Córnea e Refra-tometria (SOBLEC) a situação está de-finida e em reunião feita em 10 de a-bril decidiu que:

“1. A empresa J&J não participarádos congressos e simpósios promovi-dos pela SOBLEC;

2. A J&J não participará de ações nosite da Soblec;

3. A SOBLEC não aceitará subsídios fi-nanceiros da J&J;

4. A SOBLEC está disposta a dialogarcom a empresa J&J, mas sempre no

veremos várias marcas expostas. Ge-ralmente, as lentes Acuvue são maisexpostas por serem líderes de seusrespectivos segmentos de venda, masas outras marcas também estão lá,lado a lado com as nossas. Quanto àvenda na internet, temos condiçõesde provar documentalmente que a em-presa não vende lentes de contato poreste canal. São as ópticas que man-tém sites de venda nos quais ofe-recem todos os produtos que estãoem suas respectivas lojas físicas, in-clusive lentes de contato de todas asmarcas, inclusive as da marca Johnson& Johnson. Novamente neste caso,em conseqüência da liderança de ven-das, as lentes Acuvue têm exposiçãomaior, o que gera a falsa impressão deque só elas são comercializadas pelainternet,” justifica Lobão Neto.O diretor médico para a AméricaLatina também faz questão de res-saltar que a empresa instituiu umaforça de vendas específica para osmédicos oftalmologistas, grupo de re-presentantes que priorizam a difusãoda informação científica no processode divulgação dos produtos. Acres-centa que os distribuidores, empresasindependentes que trabalham com osprodutos Johnson & Johnson VisionCare, também estão sendo orientadosa dar esta mesma prioridade aos mé-dicos oftalmologistas. Por fim, infor-ma ainda que a corporação multina-cional vai financiar seu primeiro es-tudo multicêntrico no Brasil, envol-vendo várias instituições universitá-rias ligadas à Oftalmologia.Luís Fernnado Lenski aponta ainda pa-ra um outro fato que, na sua opinião,confirmam a atual prioridade daJonhson & Johnson Vision Care comrelação aos oftalmologistas: a criaçãode uma política comercial diferenci-ada, na qual o médico obtém me-lhores preços pelas lentes de contatoadquiridas, em comparação com osestabelecimentos ópticos. De acordocom ele, uma política de preços con-vencional leva em conta apenas aquantidade de produtos adquirida, ao

sentido de defender a contatologiamédica, como ocorreu com a retiradadas lentes de contato das farmáciasapós dois anos de luta.”

Já o Conselho de Diretrizes e Gestão(CDG) do Conselho Brasileiro deOftalmologia (CBO), em reuniãorealizada em 11 de abril decidiufacultar à diretoria da entidade apossibilidade de celebrar acordos comempresas do segmento oftálmico paraa obtenção de recursos para financiarsuas várias linhas de atuação. Emboranão cite nomes, a decisão do CDG nãofez qualquer menção a possíveis exce-ções, o que não deixa de ser signi-ficativo quando se leva em conta queé um colegiado que reúne ex-presi-dentes do CBO e expressivas lideran-ças da especialidade.O sentimento é resumido pelo atualsecretário geral do CBO e ex-presi-dente da SOBLEC, Nilo Holzchuh, pa-ra quem o reconhecimento da empre-sa acerca dos equívocos cometidosem passado recente e as atuais ati-tudes da corporação para superá-losprecisam ser levados em conta pelosmédicos oftalmologistas... com a de-vida cautela.“Sinto-me a pessoa que mais foitraída pela Johnson & Johnson VisionCare, pois era presidente da SOBLEC emantinha reuniões frequentes com adireção da empresa quando fui sur-preendido pela venda de lentes de con-tato em farmácias. Mesmo assim, con-sidero que como os médicos oftalmo-logistas conseguiram mostrar sua for-ça e fizeram a empresa rever suas po-sições, devemos estar abertos para odiálogo e para a colaboração, que nãotem nada a ver com submissão e quedeve ser muito bem discutida em cadacaso concreto, inclusive para evitarnovas decepções no futuro”, concluiHolzchuh•

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do que não havia receita para lentesde contato, uma vez que a adaptaçãoera um ato dinâmico que obedecia ainúmeros parâmetros e não apenas aograu das lentes, como nos óculos.Resultados? Fernando Lenski é severoao analisar os meses em que a expe-riência durou. “Temos que separar dois aspectos. Oprimeiro é o aspecto econômico-fi-nanceiro no qual as redes de farmáciarepresentaram muito pouco para o fa-turamento da Johnson & Johnson, al-go que não atingiu a cifra de 1%. Tra-tou-se realmente de um projeto bas-eado em conceitos que infelizmentenão foram validados. E aí temos o se-gundo aspecto: a Johnson & Johnsonassumiu a responsabilidade por tercausado questionamentos e o desali-nhamento com nossos parceiros tra-dicionais. Então, política e estrategi-camente, foi um equívoco e a perce-pção deste equívoco foi a razão pelaqual a Johnson & Johnson Vision Careretirou suas lentes de contato das far-mácias e drogarias, encerrando estaforma de comercialização de seus pro-dutos no Brasil”, afirmou.Em setembro de 2007 a empresa pa-rou de fornecer lentes de contato parafarmácias e drogarias incluídas noprojeto e iniciou um processo de re-compra dos estoques existentes nes-tes estabelecimentos. De acordo comos dados da Johnson & Johnson, das14 redes participantes, somente a Re-de Nissei, de Curitiba, não aderiu aoprocesso de recompra e continua co-mercializando lentes de contato emsuas 15 lojas, enquanto durarem seusestoques.Além de retirar suas lentes de contatodas farmácias e drogarias, houve vá-rias mudanças na direção da Johnson& Johnson Vision Care no Brasil (opróprio Lenski, por exemplo, foi no-meado gerente geral em dezembro de2007/janeiro de 2008), foi criado ocargo de diretor médico para a Amé-rica Latina, ocupado pelo oftalmolo-gista Abner Lobão Neto, foi criadauma divisão de vendas voltada ex-

clusivamente para os médicos oftal-mologistas e foram criadas condiçõesespeciais de comercialização das len-tes de contato para as clínicas e con-sultórios médicos.Lenski cita o “Credo” da Johnson &Johnson, uma carta de princípios es-crita em 1940 pelos fundadores daempresa, como a base das mudançasefetuadas. De acordo com este do-cumento da corporação, a primeiraresponsabilidade da empresa seria“para com os médicos, enfermeiras epacientes, para com as mães, pais etodos os demais que usam nossosprodutos”.“Queremos deixar claro que não setrata de mudanças conjunturais oupassageiras, mas a concretização deideais que regem a empresa desde1940. Se houve um equívoco, o que járeconhecemos, este equívoco é querepresenta o acidente, o passageiro, oque deve ser superado”, afirma.

Ópticas e Internet

As desventuras da Johnson &Johnson Vision Care junto aos mé-dicos oftalmologistas têm outras ver-tentes além da venda de produtos efarmácias e drogarias. Em listas dediscussão pela internet, ou mesmo emeventos e congressos, são muitos osque criticam a empresa por disponi-bilizar suas lentes de contato em ópti-cas e na própria internet. O diretor mé-dico para a América Latina da em-presa, Abner Lobão Neto explica queoutras empresas de lentes de contatoexistentes no Brasil comercializamseus produtos em estabelecimentosópticos e que a venda pela internetnão é feita pela Johnson & JohnsonVision Care, mas por ópticas que man-tém sites com essa finalidade.“Muitas vezes escutamos a acusaçãode que só a Johnson & Johnson VisionCare vende lentes de contato em óp-ticas. Esta acusação não resiste auma visita em qualquer óptica, onde

zação de correlatos “óticos” nestesestabelecimentos.A empresa alegou que a iniciativa eraum “projeto” limitado a 14 redes, com235 lojas, número estatisticamenteinexpressivo diante do universo de 66mil farmácias e drogarias existentesno País. Garantiu que somente algunsprodutos de sua linha estariam dispo-níveis no novo canal de distribuição eque estes só seriam vendidos medi-ante apresentação da prescrição mé-dica. Oferecia aos médicos oftalmolo-gistas uma futura expansão do merca-do consumidor que deveria resultar nocontingente aumentado de pacientesque passariam a se utilizar deste tipode correção óptica e que, de uma for-ma não totalmente explicada, passari-am a visitar mais frequentemente asclínicas e consultórios oftalmológicos.A ruptura foi imediata. A medida nãoencontrou nenhum defensor entre osmédicos oftalmologistas e suas enti-dades representativas assinalaramcom vigor que a comercialização delentes em contato descartáveis emfarmácias e drogarias era irresponsa-bilidade que colocava em risco a sa-úde ocular dos consumidores. Alémdisso, emitiram várias notas explican-

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em notícias

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cipais foram concentradas na CâmaraMunicipal de São Paulo, onde mais de300 pessoas foram examinadas e re-ceberam orientação a respeito da do-ença. Além disso, foram realizadas vá-rias aulas, atividades de esclarecimen-to e mutirões de tonometria em cen-tros comunitários e locais de grandeacesso ao público. As atividades foram efetivadas graçasàs parceiras estabelecidas pela ABRAGcom a Sociedade Brasileira de Glauco-ma e a Prefeitura de São Paulo, esta úl-tima resultado do trabalho do vere-ador Paulo Fiorilo (PT).Participaram dos atendimentos médi-cos ligados ao Departamento de Oftal-mologia da Universidade Federal deSão Paulo (UNIFESP), do Instituto CEMAde Oftalmologia e Otorrinolaringolo-gia, do Instituto Suel Abujamra e doCentro Especializado em MedicinaOftalmológica (CESMO). Também fo-ram realizadas atividades semelhan-tes em várias cidades de todo o País.O Dia Nacional de Combate ao Gla-ucoma, 26 de maio, foi estabelecidoem 2002 pela lei federal 10.456/02. Nacapital Paulista, em 2006, foi aprova-da a lei que criou a Semana de Comba-te ao Glaucoma, por iniciativa dos vere-adores Fiorilo e Paulo Frange (PTB)•

“Mais importante do que os exames e atendimentos,as atividades ligadas ao DiaNacional de Combate aoGlaucoma são fundamentaispela discussão que levamosà sociedade através damobilização e dos meios decomunicação de massa sobrea doença. Fica cada vez maisclaro que existe anecessidade de atuaçãopermanente junto aosportadores para controlar adoença e junto à populaçãoem geral para mostrar que osexames oftalmológicosperiódicos são fundamentaispara a detecção precoce doglaucoma”.Esta é a avaliação do presidente cien-tífico da Associação Brasileira dos A-migos, Familiares e Portadores deGlaucoma (ABRAG), Paulo Augusto deArruda Mello, a respeito das campa-nhas de atendimento e esclarecimen-to sobre a doenças feitas na semanade 26 de maio, o Dia Nacional de Com-bate ao Glaucoma.Em São Paulo (SP), as atividades prin-

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ArrudaMello e overeador

Fiorilo

DIA NACIONAL DE COMBATEAO GLAUCOMA EM SÃO PAULO

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Atendimento à população nasdependências da Câmara Municipal de São Paulo

O vereador e o presidente daSociedade Brasileira de Glaucoma,Carlos Akira Omi

O Departamento de Oftalmologia da Universidade SantoAmaro (UNISA), juntamente com os estudantes da Liga deOftalmologia da UNISA, comemoraram o Dia Nacional da

Saúde Ocular, 07 de maio, com a realização de um mutirãode esclarecimentos e distribuição de material educativo

para mulheres grávidas no hospital da universidade.A atividade de esclarecimento foi centrada na prevenção dedoenças infecto-contagiosas que quando contraídas durante

a gestação podem provocar danos oculares à criança•

Equipe da UNISA

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Em 09 de maio, a plenária do Conselho Federal de Medicina (CFM) aprovou moção de apoio ao Governador do Estado deMinas Gerais, Aécio Neves, pela decisão da Secretaria de Estado da Saúde de proibir o licenciamento de consultórios deoptometria. A íntegra da moção é a seguinte:O Conselho Federal de Medicina saúda o Senhor Governador do Estado de Minas Gerais, Aécio Neves, pela feliz e oportu-na decisão tomada por seu governo impedindo o exercício ilegal da medicina ao proibir, por intermédio da Secretaria de Es-tado da Saúde e da Superintendência de Vigilância Sanitária, o licenciamento de consultórios de optometria, o aviamentode receita de óculos e a adaptação de lentes de contato por optometristas, assim como a presença de equipamentosoftalmológicos para exame ocular em ópticas, promovendo sua interdição e conseqüente apreensão dos aparelhos. Essaé uma decisão que se reveste de profundo significado médico e social, porque reforça a idéia dos médicos brasileiros deque todo cidadão tem direito a uma Medicina de qualidade, que só pode ser exercida por profissionais legalmentehabilitados e preparados para esse atendimento.O Conselho Federal de Medicina agradece em nome de todos os médicosbrasileiros, particularmente os oftalmologistas, por essa decisão que honra o Governo do Estado de Minas Gerais•

Com a presença do Secretário de Estado da Saúde do Distrito Federal, José Rubens Iglésias, a Sociedade Brasiliense deOftalmologia (SBrO) e a Cooperativa de Serviços Administrativos em oftalmologia do Distrito Federal (COOESO-DF), pro-moveram a solenidade de posse das novas diretorias das duas entidades, em 24 de junho. Em seu discurso de posse, o novo presidente da SBrO, Rogério Nóbrega, que substituiu Procópio Miguel dos Santos, falousobre a importância da entidade no contexto da saúde no Distrito Federal. Afirmou que vai continuar lutando pela defesada profissão, com maior integração dos oftalmologistas, com grande foco na atualização profissional e evolução científica.A COOESO-DF, por sua vez, empossou o novo diretor-presidente para o biênio 2008/10, Benedito Antonio Sousa. A solenidade contou com a participação do Coordenador CBO Brasília, Marcos Ávila, do presidente da Sociedade Bra-sileira de Cirurgia Refrativa (SBCR), José Ricardo Rehder, do presidente da Associação Médica do Distrito Federal, LairsonVilar Rabelo, entre outros•

Colaborou com a reportagem Milton Atanazio, Assessor de Imprensa e colaborador do CBO em Brasília (DF)

Milton Atanazio (em pé), Alipio de Souza Neto, José Ricardo Rehder, Marcos Ávila, José Rubens Iglésias, Procópio Miguel dos Santos, Rogério Nóbrega e Benedito Antonio Sousa

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Marco Antônio Rey de Faria foi eleitopresidente da Sociedade Brasileira deCatarata e Implantes Intra-Oculares(SBCII) e José Ricardo Carvalho Lima

Rehder presiden-te da SociedadeBrasileira de Ci-rurgia refrativa(SBCR), durante oX Congresso In-ternacional de Ca-tarata e CirurgiaRefrativa, ocor-rido em Goiâniade 14 a 17 demaio.

Além de Rey de Faria, a diretoria daSBCII para a gestão 2008/2010 tam-bém é formada por Leonardo Akaishi(vice-presidente), Armando Crema (se-cretário geral), Ronald Fonseca Caval-canti (1º secretário), Manoel Paiva daCunha Dália (tesoureiro), Eduardo So-ne Soriano (diretor de cursos), RenatoAmbrósio Júnior (diretor de publica-ções), José Beniz Neto (diretor de pu-blicações), Carlos Gabriel Figueiredo(diretor de vídeo) e Newton Kara JoséJúnior (diretor de vídeo). Ao enumerar seus planos de gestão,Marco Antônio Rey de Faria afirmouque todos os integrantes da diretoriaterão papel importante na vida da en-tidade. Afirmou também que pretendedar continuidade ao projeto iniciado

na gestão de Durval Carvalho de valo-rização do cirurgião de catarata.“Emcada estado teremos um delegadoque será o nosso elo de comunicaçãocom os associados e no esclarecimen-to de dúvidas a respeito, por exemplo,de credenciamentos e relacionamentocom convênios, Ministério da Saúde eassim por diante. Evidente que serãopreparados e orientados para isso”,declarou. Rey de Faria também temcomo objetivos o estreitamento doslaços com o CBO e a SBO, com a Fede-ração das Cooperativas Estaduais deServiços Administrativos em Oftalmo-logia (FeCOOESO) e com as empresasdo segmento. Também pretende dina-mizar os serviços de acesso a sites erevistas de interesse dos associados,renovar e atualizar a revista da en-tidade e criar uma diretoria especialde comunicação com os associados.Pretende também estabelecer normase condutas baseadas em evidênciaspara assuntos polêmicos, como porexemplo a retirada do cristalino comfins refrativos.“Finalmente pretendemos realizar do-is grandes Congressos, junto com aSBCR e SBAO, que já estão com datamarcada. O congresso brasileiro, de26 a 29 de março de 2009 e o con-gresso internacional, marcado paraNatal de 02 a 05 de junho de 2010”,concluiu Rey de Faria.

Cirurgia Refrativa

Já a diretoria da SBCR, além de JoséRicardo Carvalho Lima Rehder, passoua ser formada por Newton Andrade(vice-presidente), Edmundo VelascoMartinelli (secretário), Gustavo Victor(vice-secretário), Eduardo Paulino (te-

soureiro), Leonardo Paulino (vice-tesoureiro), José Eutrópio Vaz, TadeuCvintal e Carlos Heler Diniz (diretoresde cursos).Em seu discurso de posse, Rehderafirmou que o lema de sua gestão se-rá “Ousadia com Responsabilidade”.Afirmou que seu grande objetivo éconsolidar a legitimidade técnico-ci-entífica da SBCR para estabelecerconsensos sobre fundamentos impor-tantes dentro da área de atuação dosespecialistas que se dedicam à ci-rurgia refrativa.“O paciente é o núcleo que move nos-so mercado, e sem ele não estaríamosaqui, mas o paciente não pode serconfundido com o próprio negócio,porque nele está inserida a ética e orespeito pelo Ser Humano, pilaresestruturais da Medicina”, concluiu onovo presidente da SBCR•

Humberto de Castro Lima, fundador do Instituto Brasileiro de Oftalmologia e Prevenção daCegueira (IBOPC) e coordenador do Curso de Especialização em Oftalmologia da Escola Bahianade Medicina e Saúde Pública, faleceu em 01 de julho vítima de câncer. Nascido em 03 de outubrode 1924, Castro Lima era uma das maiores lideranças da Oftalmologia no nordeste brasileiro,grande entusiasta do ensino da especialidade e presença constante nos congressos e even-tos oftalmológicos em todo o País.Filho de uma família tradicional na medicina baiana, teve como um dos primeiros mestres seuirmão, Orlando de Castro Lima, otorrinolaringologista e oftalmologista. Em 1949 obteve umabolsa de estudos em Nova Jersey (EUA), onde fica até 1952. Ao chegar ao Brasil, foi nomeadoassistente da clínica oftalmológica da Escola Baiana de Medicina. Firmou-se como respeita-do especialista, teve uma trejetória profissional e científica ascendente e sempre teve fortesligações com o ensino da Oftalmologia•

Novas diretorias da SBCII e da SBCR

Marco Antônio Rey de Fariapresidente da SBCII

José Ricardo Carvalho Lima Rehderpresidente da SBCR

Humberto de Castro Lima

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Os alunos dos Cursos de Especialização em Oftalmologia creden-ciados pelo CBO e os residentes de Oftalmologia podem obter bol-sas para participar da 8ª Assembléia Mundial da InternationalAgency for Prevention of Blindness (IAPB), que será realizada emBuenos Aires, Argentina, de 25 a 28 de agosto. A 8ª Assembléia Geral da IAPB terá como tema central “Excelênciae Eqüidade em Saúde Ocular. Além das apresentações de confe-rências magistrais, cursos e simpósios, haverá grande área para ex-posição de trabalhos em áreas prioritárias do Programa Visão 2020,tais como Recursos Humanos em Prevenção da Cegueira, Tecnolo-gia, Cegueira Infantil, Erros de Refração e Baixa Visão. Haverá cur-sos em todas as áreas da saúde pública ligada à Oftalmologia comespecialistas, gerenciadores de projetos, pesquisadores e represen-tantes de ONG’s•

Informações para obtenção do benefício podem ser obtidas na home page http://8ga.iapb.org/spanish/travelgrants.htmlou então escrevendo diretamente para o e-mail [email protected]

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Realizado em 26 de abril, o Research Day da Associação Pan-Americana de Oftalmologia (APAO) reuniu em FortLauderdale pesquisadores íbero-latino-americanos que foram participar do Encontro Anual da Association for Research inVision and Ophthalmology (ARVO), iniciado no dia seguinte.Na Research Day da APAO foram a-presentados 50 trabalhos do grupo,que já haviam sido aprovados para ex-posição no encontro da ARVO. Alémdisso, os oftalmologistas José Cardillo(Brasil), Ashley Behrens (Venezuela) eAlexander Walsh (EUA) realizaram pa-lestras sobre temas atuais da especi-alidade. O encontro íbero-latino-ameri-cano também foi a oportunidade para aentrega solene de 13 prêmios (travelawards) oferecidos pela indústria e por fundações privadas:

Organizadores do evento e ganhadores doAllergan Glaucoma Research Award

Atendimento oftalmológico à população durante a prova

Conferindo as medidas paraelaboração dos óculos

David & Juliana Pyott FoundationTravel AwardPablo J. Franco (Argentina)

Retinal Research Foundation-TysonResearch Initiative AwardsAnderson Gustavo T. Pinto (Brasil)David Rivera De La Parra (México)Maria Ana M. Castellanos (México)Monica Astrid Fallon Niño (Espanha)Vanessa Krochik (Argentina)

Johnson & Johnson Travel AwardsAline Silveira Moriyama (Brasil) Bábyla Geraldes Monteiro (Brasil)Dácio Carvalho Costa (Brasil)Elissandro Márcio S. Lindoso (Brasil)Leonardo Martins Machado (Brasil)

Santen AwardsJuliana Mantovani Bóttos (Brasil)Tammy Hentona Osaki (Brasil)

Na ocasião, também houve a entregasolene do Allergan GlaucomaResearch Award.

O evento foi coordenado por RubensBelfort Junior e Paulo Elias CorreaDantas (Brasil), Peter A. Quirós (EUA),Lihteh Wu (Costa Rica) e J. FernandoArévalo (Venezuela) •

O Conselho Federal de Medicina, em resolução aprovada em 18 de abril, decidiuconsiderar o implante de lentes de câmara anterior de suporte iriano como pro-cedimento terapêutico usual na prática médico-oftalmológica no tratamento de al-tas ametropias e paciente afácico, ressalvando as indicações e contra-indicações.De acordo com a resolução 1.843 do CFM, essas lentes são indicadas para o tra-tamento de miopias entre -8.00 a -20.00 dioptrias e hipermetropias de +5.00 a+10.00 dioptrias. Para sua implantação é obrigatória a realização dos exames de a-cuidade visual com e sem correção, refração dinâmica e estática, tonometria, bio-metria ocular, biomicroscopia do seguimento anterior, microscopia especular e con-tagem de células endoteliais, mapeamento de retina, cálculo do poder dióptrico daslentes, que deverá ser realizado de acordo com tabelas fornecidas pelo fabricante,profundidade da câmara anterior, equivalente esférico da refração e média cera-tométrica. A Resolução do CFM assinala que o procedimento tem as seguintes contra-indi-cações: a) contagem de células endoteliais abaixo de 2.000 cels/mm2, para pa-cientes fácicos e 1.200 para pacientes afácicos; b) câmara anterior com profundidadeabaixo de 3,00 mm; c) astigmatismo refracional acima de 2,00 dioptrias para os pa-cientes fácicos; d) diâmetro pupila, em baixa luminosidade superior a 4,5 mm; e)pacientes com maculopatias; f) pacientes com alterações anatômicas da pupila, írise córnea; g) antecedentes de uveíte, glaucoma, ou história familiar dessas doenças. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) ainda não liberou o registrodesta lente (que tem nome comercial de Artisan) e representantes da empresa H.Vision estão concluindo os procedimentos necessários para esta liberação e a con-seqüente comercialização do produto em território nacional•

Veja a íntegra da resolução nº 1.843 do CFM no site http://www.portalmedico.org.br/novoportal/index5.asp�

A Diretoria da Cooperativa Esta-dual de Serviços Administrativosem Oftalmologia do Estado de SãoPaulo - COOESO-SP comunica querealizará a Assembléia Geral Ordi-nária por ocasião do 7º Congressode Reciclagem em Oftalmologia daUSP, a ser realizado em São Paulonos dias 01 e 02 de agosto de 2008.Estão convocados todos os cole-gas oftalmologistas do Estado deSão Paulo, cooperados ou não, pa-ra discutir os assuntos administra-tivos e o papel da Cooperativa noEstado. Na ocasião será eleita a nova Di-retoria para o próximo biênio, alémda avaliação e aprovação do ba-lanço do último exercício•

Diretoria da COOESO-SP

Comunicado Importante

Saiba como obter bolsa para participar da 8ª Assembléia Mundial da International Agency

for Prevention of Blindness (IAPB), em Buenos Aires, Argentina

A equipe da Opto Eletrônica S/A par-ticipou mais uma vez do Rally dos Ser-tões, que percorreu os Estados de Go--iás, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ce-ará e Rio Grande do Norte, entre 17 a28 de junho. Maior prova do gênerodo mundo em 2008 (este ano não foirealizado o Rally Paris-Dacar), o Rallydos Sertões é acompanhado de açõessociais que atendem as populaçõescarentes das cidades em que a provase realiza. Nas Ações Sociais em Oftal-mologia, dez cidades foram visitadaspelo Projeto “Mais Visão para a Edu-cação”: Santa Helena de Goiás, Goi-

ânia e Uruaçu, em Goiás; Paranã ePalmas, em Tocantins; Balsas e NovaIorque, no Maranhão, e Mossoró eNatal, no Rio Grande do Norte. Nototal, 900 pessoas foram atendidas e550 óculos foram doados. Essa açãosocial teve como patrocinadores asempresas Mediphacos, Ophthalmos,Opto Global e Grupo Tecnol.A equipe da Opto, formada pelo pilotoJarbas Castro (diretor presidente daempresa) e o navegador Fábio Peralli,chegou em décimo lugar na categoriaDiesel Super Production, a mais dis-putada da prova•

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Em reunião realizada em 18 de junho,foi criada a Liga de Oftalmologia do

Distrito Federal (LODF), que pretendecongregar estudantes de medicina,

médicos que estão realizando cursos eresidências em Oftalmologia e médicos

que estejam interessados emdesenvolver habilidades e competências

na especialidade para a realização deatividades ligados ao ensino, pesquisa e

extensão. A LODF pretende organizarreuniões para discussão de casos,promover o acompanhamento das

atividades de ambulatório e cirurgiasoftalmológicas, desenvolver pesquisas

baseadas em protocolos científicos eparticipar de eventos junto à

comunidade colaborando com oConselho Brasileiro de Oftalmologia,

Sociedade Brasiliense de Oftalmologia -SBrO e Sociedade Centro Oeste de

Oftalmologia - SOCEO e o Governo doDistrito Federal nas campanhas de

prevenção da cegueira junto acomunidade•

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A oftalmologista Rosa Maria da Silva Ribeiro coordenou um projeto que be-neficiou 246 pacientes das cidades da região dos Campos Gerais, no sudoestedo Paraná, submetidos à cirurgia de catarata através do programa subsidiadopelo Lions Internacional. O programa atingiu os municípios de Arapoti, Piraí do Sul, Sengés, Ipiranga,Tibagi e Carambeí, que não contam com hospital capaz de realizar a cirurgia enão recebem recursos do SUS. Arapoti foi o município que mais originou cirur-gias: 116 pacientes com visão muito baixa por catarata foram selecionados eoperados gratuitamente. Rosa Maria da Silva Ribeiro é assessora de Conservação da Visão do DistritoLD-1. O Lions Internacional forneceu cerca de US$ 55 mil para a realização de cirurgias, feitas por facoemulsificaçãono Hospital Anna Fiorillo Menarim, em Castro.O projeto foi oferecido aos prefeitos das pequenas cidades da região em reunião da Associação dos Municípios dosCampos Gerais - AMCG - em abril pela médica coordenadora. Os municípios que já realizam cirurgias de cataratapelo SUS não puderam participar, já que o programa se destina às cidades sem nenhuma assistência. As seis pre-feituras beneficiadas participaram na triagem inicial com a medida da visão pelos agentes de saúde, oferecendo otransporte dos pacientes aos locais de exames e cirurgias e realizando, através da rede básica de saúde, os examespré-operatórios. Os médicos envolvidos, da equipe do Hospital Anna Fiorillo Menarim e do Hospital Evangélico deCuritiba, trabalharam em caráter de voluntariado e, em contrapartida, o Lions Internacional ofereceu ao HospitalEvangélico um aparelho de facoemulsificação, já em funcionamento.Posteriormente o projeto foi ampliado e atingiu outros municípios da região•

Rosa Ribeiro e integrantes do Lions

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, instalou o Comitê Nacional de Mobilização para Eliminação da Rubéola e daSíndrome da Rubéola Congênita (SRC), em solenidade realizada na sede do Ministério, em 02 de julho. O Comitê contacom o empenho de mais de 200 instituições para a erradicação da doença e da SRC no País até 2010.As entidades que integram o Comitê vão apoiar as ações do governo em atividades como reforço na divulgação da cam-panha, mobilização de públicos internos, articulação de correspondentes nos estados e municípios e cessão de cola-boradores e espaço para montagem de postos de vacinação. Cerca de R$ 220 milhões serão inves-tidos pelo Ministério da Saúde no finan-ciamento da vacinação.A campanha nacional de vacinação con-tra a rubéola é direcionada a homens emulheres com idade entre 20 e 39 anosde idade, independentemente do histó-rico de vacinação ou se a pessoa já tevea doença. A única restrição é que a vacina não deveser aplicada em mulheres grávidas, emqualquer período da gestação•

Colaborou com a reportagem Milton Atanazio, Assessorde Imprensa e colaborador do CBO em Brasília (DF)

Campanha para a Eliminação da Rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC)

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A Associação Pan-Americana de Oftalmologia (APAO), em parceria com o Departamento de Oftalmologia da University ofTexas Southwestern Medical Center, Dallas, Texas, anunciou a criação de um novo programa de treinamento em oftal-mologia pediátrica.O programa de treinamento teórico-prático em oftalmologia pediátrica no Departamento de Oftalmologia da University ofTexas Southwestern Medical Center e no Children’s Medical Center, em Dallas, por um período de 1 a 2 anos, está dis-ponível para um oftalmologista latino-americano qualificado pela APAO. O candidato deve ter no máximo 35 anos de idade e residir na América Latina ou no Caribe; ter fluência no idioma inglês,disponibilidade para se comprometer com o treinamento, ter participado de programa de residência em Oftalmologia ouequivalente reconhecido na América Latina; ter treinamento clínico e cirúrgico reconhecido; portar carta de recomendaçãodo Chefe do Departamento e do coordenador do curso de especialização ou do serviço de residência; assinar compromissode retornar ao país após o término do programa.Durante o tempo do treinamento será fornecido apoio de aproximadamente US$ 54.000,00 por ano, além de benefíciosadicionais •

O prazo para inscrições termina em 10 de agosto. Maiores informações e obter o formulário de inscrição estão disponíveis na home page http://www.paao.org/becas.html#peds

Catarata na Criança é o nome do livro de autoria de Islane Castro Verçosa e Márcia Beatriz Tartarella, lan-çado em Fortaleza em 19 de junho em solenidade que contou com a presença de mais de 300 participantes, entre auto-ridades, oftalmologistas, coordenadores de cursos de especialização e residências em oftalmologia. Durante o lançamen-to, o publicitário e empresário Xyco Theóphilo proferiu palestra sobre “A Arte de se Comunicar e Transmitir Conhecimen-tos”. Na ocasião, a obra foi apresentada pelo oftalmologista Emilson Barros de Oliveira. O livro contém 30 capítulos,

divididos em cinco partes e sua elaboração contou com a participação de37 colaboradores de todo o Brasil. Tem como objetivo promover a educaçãopara saúde ocular da criança e prevenção da cegueira infantil pela cata-rata. Parte da renda obtida com sua venda será revertida em benefício deserviços de atendimento a criança carente com catarata.Islane Verçosa é presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmolo-giaPediátrica (SBOP) e coordenadora do Projeto de Prevenção à Ce-gueiraInfantil no Estado do Ceará. Márcia Beatriz Tartarella é chefe do Serviço deCatarata Congênita da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) eprimeira secretária da SBOP•

Pedidos e maiores informações: e-mails [email protected] ou [email protected] ou ainda

através dos sites www.caviv.com.br ou www.livronorte.com.br Islane Verçosa e Márcia Tartarella

no lançamento do livro

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SOBRE RETINOPATIA DIABÉTICACBO X MINISTÉRIO DA SAÚDE

gueira pelo diabetes, racionalizando otratamento com laser, baseado na clas-sificação atual da retinopatia diabé-tica. Além disso, associou-se práticascirúrgicas no sentido de se evitar odesenlace fatal da visão.

Em 2000, o projeto foi expandido paral2 centros universitários. Atualmenteesse tipo de tratamento é realizado,praticamente em todo o Brasil. O gran-de problema calca-se no financiamen-to. Em 2003, o Ministério da Saúde mu-dou as regras do financiamento. Cri-ou-se o Programa Nacional das Cirur-gias Eletivas, mediante o qual os Pro-jetos passaram a ser elaborados, comnormas rígidas conjuntamente com pro-cedimentos de outras especialidades.Tais Projetos tinham a duração de 6meses quando então um novo Projetoteria de ser novamente elaborado. Omais grave, além da burocracia, e olapso de tempo entre a elaboração eaprovação do Projeto, as verbas nãomais contemplam a consulta, a oftal-moscopia binocular indireta e a tono-metria, parte mais cara do Projeto. O

custeio dessa parte ficou a cargo dosgestores estaduais e municipais, semo repasse de verbas para tal. Ao Mi-nistério da Saúde cabe financiar ape-nas o tratamento com o laser: parte me-nor do Projeto.Em 2008, após diversas reuniões derepresentantes do Conselho Brasileirode Oftalmologia com CBO com as au-toridades, o Ministério da Saúde con-cordou que os Projetos tivessem dura-ção de 1 ano, o que resolveu em parteos problemas dos gestores, dos oftal-mologistas e dos pacientes. Tambémrecentemente, com o lançamento danova Política Nacional de Saúde Ocu-lar, novas esperanças apareceram nosentido de se equacionar de formamais ágil o tratamento de tão insidi-osa doença.Convém salientar que a AssociaçãoNacional de Assitência ao Diabético(ANAD) está tentando implantar umprograma permanente de cuidadoscom o diabetes para tratar melhor su-as complicações, tendo como metaprincipal evitar o aparecimento dadoença. Uma esperança também demelhores dias no tratamento da reti-nopatia diz respeito à telemedicina nodiagnóstico e referência. Urge, pois,que o CBO continue no seu laboriosotrabalho de abordar e controlar todasas causas de cegueira na populaçãobrasileira•

* João Orlando Ribeiro Gonçalvesex-presidente do CBO - gestão 1991/93 e atual integrante do Conselho de Diretrizes e Gestão do CBO

O diabetes é uma doença crônica queinterfere na economia humana de ma-neira avassaladora vez que atinge apopulação, na sua grande maioria, noápice da sua capacidade produtiva.Suas maiores complicações tem a vercom o seu mau controle, bem como afatores individuais. O fato é que se sa-be que as complicações, mais cedo oumais tarde, virão dependendo do tem-po de duração da doença e do seu con-trole. Como sabemos existe 2 tipos des-sa doença: o tipo 1 insulino dependen-te, própria dos jovens (20% dos casos),e o tipo 2 não insulino dependente pró-prio dos adultos (80% dos casos). Umfato alarmante é que cada vez mais, aexemplo do enfarte do miocárdio, pes-soas mais jovens adquirem o tipo 2 dadoença. Espera-se mesmo uma epide-mia desse tipo de diabetes nos anosvindouros. Supõe que no ano 2030 te-remos 350 milhões de diabéticos nomundo. A própria ONU preocupada comessa doença criou o dia mundial dodiabetes. No Brasil atualmente temos em tornode 14 milhões de diabéticos, dos quaisa metade não sabe que são portado-res da doença. De há muito o Minis-tério da Saúde implantou no Brasil oProjeto HIPERDIA que cuida e distribuimedicamentos gratuitos para o trata-mento dessas doenças. Sabemos que10% dos diabéticos, ou seja, l,4 mi-lhões, necessitam de tratamento comlaser para Retinopatia Diabética, coma finalidade de evitar a cegueira. Em 1999 a Universidade Federal deSão Paulo (UNIFESP), com o apoio doMinistério da Saúde, desenvolveu umProjeto Piloto (Mutirão do Olho diabé-tico), no sentido de prevenir a ce-

(*)João Orlando Ribeiro Gonçalves

No Brasilatualmente temos

em torno de 14 milhões de diabéticos,

dos quais a metadenão sabe que

são portadoresda doença.

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QUAL O FUTURO DAS ESCOLASMÉDICAS NO BRASIL?

tores ligados aos Ministérios da Edu-cação e da Saúde. A consultora jurídi-ca do MEC, Simone Righi, detalhou onovo marco regulatório instituído peloDecreto nº 5773, que determina ser oEstado o responsável por avaliar e re-gular o funcionamento dos cursos deensino superior. Além disso, esclareceu um importantequestionamento sobre a Portaria nº147, que define o Conselho Nacionalde Saúde (CNS) como responsável porautorizar os cursos de Medicina. O de-putado federal Darcísio Perondi com-prometeu-se a apresentar uma emen-da que assegure a legalidade jurídicaàs entidades médicas para opinar noprocesso de formação dos médicos.Em um dia marcado pelo empenho emdelinear novas diretrizes na luta con-tra os cursos de Medicina de má qua-lidade, a palestra da diretora da Se-cretaria de Gestão da Educação naSaúde do Ministério da Saúde foi mui-to positiva. Segundo Ana Estela Haddad,o resultado do Enade norteará o pro-cesso de avaliação dos cursos deMedicina e as escolas com desem-penho abaixo do desejado deverão as-sinar termo comprometendo-se a me-lhorar os índices.Foi debatido, ainda, o foco na qua-lidade do ensino, formação que con-temple a problemática de saúde doPaís, má distribuição de médicos peloBrasil, o quão indispensável é o hos-

pital escola na ampliação dos cená-rios de prática e a profissionalizaçãodo docente. Também foi discutida atramitação do PL 65/2003 e de todosos projetos apensados a ele. Os depu-tados federais Arlindo Chinaglia eJosé Aristodemo Pinotti compromete-ram-se a trabalhar pelo andamento doprojeto.Os participantes propuseram que ospareceres do Conselho Nacional de Sa-úde e das entidades médicas sobre anecessidade social de novos cursosde Medicina tenham caráter termina-tivo. Foi defendido ainda a limitaçãodo compartilhamento de instituiçõesde assistência conveniadas entre es-colas médicas e a definição de re-quisitos de um Hospital de Ensino pe-los Ministérios de Educação e Saúde. Entre as ações imediatas apresenta-das estão a articulação/pressão dosvários segmentos da sociedade e dopoder Legislativo na incorporação dassugestões, mobilização permanenteem torno desta questão e o estímulo/ampliação dos debates sobre do ins-trumento de avaliação proposto pelaSecretaria de Educação Superior doMinistério da Educação, buscando seucontínuo aperfeiçoamento•

* José Luiz Gomes do AmaralPresidente da Associação Médica Brasileira

Nos últimos 11 anos, o número de escolasmédicas saltou de 85 para 175. Só a Índia tem maiscursos de Medicina.As faculdadesbrasileiras oferecem17.154 vagas, sendo11.548 para o primeiroano da graduação.Diante desse quadro,foi realizado, no dia 4 de abril, emSão Paulo, o simpósio“O futuro das escolasmédicas no Brasil”.

Participaram todos os seguimentos en-volvidos na formação do médico brasi-leiro. Entre outros assuntos, debateu-se a situação atual e a regulamenta-ção das escolas de Medicina, diretri-zes curriculares, o papel dos hospitaisuniversitários e a importância da resi-dência médica. Além da inestimável contribuição dosrepresentantes do setor acadêmico,estiveram presentes deputados e ges-

(*)José Luiz Gomes do Amaral

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Congresso de Oftalmologiada UNICAMP/XIII Simpósio

Internacional de Córnea e Lentes de Contato

(SINCLEC)/ VII SimpósioInternacional de Glaucoma,

ocorrido em 30 e 31 de maioem São Paulo (SP).

Teve como um dos pontosaltos a homenagem ao

Professor Titular daDisciplina de Oftalmologiada Faculdade de Ciências

Médicas da UNICAMP,Newton Kara José, pelos

seus 30 anos de trabalho• Hom

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sa O XV Simpósio Internacional da Santa Casa de São Pauloreuniu em 19 e 21 de junhocentenas de oftalmologistasem São Paulo. Realizadosimultaneamente àscomemorações do centenárioda Imigração Japonesa noBrasil, o evento foi palco devárias iniciativas parahomenagear os oftalmologistasbrasileiros de origem nipônica•DESTAQUE

Eventos em

Workshop de Saúde Ocular Comunitária voltado para alunos dos Cursosde Especialização em Oftalmologia Credenciados pelo CBO nas regiõesNorte, Nordeste e Centro-Oeste, realizado no Hospital de Olhos de Per-nambuco, de 06 a 10 de maio, reuniu 22 participantes.O curso foi organizado por Andréa Zin, Célia Nakanami, Liana Ventura,Roberta Ventura, com o apoio do CBO e o patrocínio da Christian BlindMission (CBM), Fundação Altino Ventura, Sightsavers e ORBIS, através da International Agency forPrevention of Blindness - IAPB. A iniciativa teve o objetivo de familiarizar os estudantes com o Pro-grama Visão 2020, conhecer os passos e as etapas para planejar cada ação e desenvolver estratégiaspara a elaboração de projetos e programas de saúde ocular comunitária•

O Simpósio do Instituto Penido Burnier, realizado em 29 e 30 de maio, em Campinas (SP), marcou o 88º aniversário da instituição

No dia anterior ao evento, Miguel Burnier Júnior,coordenador de Oftalmologia da Universidade McGill,

Montreal, Canadá, apresentou a versão 2008 de seu curso de Patologia Ocular. Nos dois dias seguintes, houve palestras

sobre descolamento da retina em retinoblastoma, polioseassociada ao uso de colírio oncothhiopeba e as atividades

do Doheny Eye Institute, entre outras•Manoel de Abreu eMiguel Burnier Júnior

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ClassificadosClassificados

Equipamentos oferecidos

• Vende-se laser de fotocoagulação EyeLitecom adaptador para lâmpada de fenda, em óti-mo estado de conservação comprovado por con-trato de manutenção Alcon.Contatos pelo e-mail [email protected]

• Vende-se aparelho Sumit-Apex para eximerpara miopia, hipermetropia e astigmatismo. Ca-vidade nova, manutenção Alcon. Preço: US$ 40mil (o normal seria US$ 60 mil). Contatos pelotelefone (19) 3231-5119.

• Clínica em Brasília vende osseguintes equipamentos: lâm-pada de fenda Topcon SL3E-6E(220v); ceratômetro ReichertK-2 (220 v): ecobiômetro StorzULT1000 (220v); Contatos pelotelefone (61) 3273-1141 ou fax(61) 3349-4297 com Sra. NairFreitas.

• Vende-se tonômetro de nãocontato Topcon CT-80 por R$16.800,00. Contatos pelo tele-fone (11) 7698-2100.

• Vende-se faco Universal 2com sistema Legacy e duas ca-netas Legacy novas; lâmpadade fenda D. F. Vasconcelos comtonômetro; ecobiômetro compaquímetro D. G. Med. Todos osaparelhos funcionando e em excelente estado.Contatos pelos telefones (21) 2454-7171 ou2489-9156.

• Vende-se facoemulsificador da MediphacosRegency 20/20, praticamente sem uso. Preço acombinar. Tratar com Dr. Eugênio pelos telefo-nes (41) 3422-3766 ou (41) 9978-2899.

• Clínica Oftalmológica vende autor-refratorZeiss P/N:36-421, modelo 5015, S/N:5015- 3225,na caixa, por R$ 15.000,00. Contatos com Dr.Paulo Silvério ou Dra. Ana Cristina Picchioni pe-lo telefone (31)3283-9859.

• Vende-se aparelho de facoemulsificação Al-con, Modelo Laureate, que veio para substituiro Legacy, novo, na caixa, sem uso, com nota fis-cal e aparelho de facoemulsificação Univeral II(placa recentemente trocada. Motivo: fecha-mento de clínica. Preço: a combinar. Contatospelo telefone (19) 3231-5119 c/ Dr. GustavoAbreu.

• Vende-se em conjunto ou em separado:Greens BL novo por R$ 6.000,00; lâmpada defenda Topcon SL3L usada por R$ 13.000,00; re-tinoscópio e oftalmoscópio Welch Allen por R$1.200,00; lensômetro Topcon por R$ 1.500,00;projetor de optotipos R$ 500,00. Contatos peloe-mail: [email protected] ou pelo celular(11) 9782-8879.

• Vende-se foco cirúrgico Light Show 01Cúpula; autoclave AHMC3 SERCON 12 Litros;faco-emulsificador LEGACY Série 2000 AL-CON, em ótimo estado de conservação. Inte-ressados devem entrar em contato com enfer-meira Poliana, pelo telefone: (42) 3621-7777ou e-mail: [email protected]

Equipamentos procurados

• Compro microscópio usado Möller ou Zeisscom carona e XY. Tratar com dr Francisco Viananos telefones (86) 3232-5624 ou 3221-3183 ou

9427-2084. Vende-se aparelho pa-ra faco Prestige e Microsc DFV,com nota fiscal nos mesmos te-lefones.

Oportunidades de trabalho

• Clínica situada na zona nortede São Paulo (SP), próximo aometrô Santana, oferece oportu-nidade de trabalho para colegasoftalmologistas. Os interessadospodem entrar em contato através do e-mail:[email protected]

• Clínica de Santo André (SP)disponibiliza serviços para médi-

cos oftalmologistas. Informaçõespelo telefone (11) 4436-8822 ou através do e-mail: [email protected]

Diversos

• Compra-se aparelhos oftalmológicos anti-gos. Contatos através do e-mail:[email protected]

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O JORNAL OFTALMOLÓGICO JOTA ZERO publica gratuitamente, nesta seção de classificados,anúncios de interesse da comunidade oftalmológica com a única finalidade de prestar mais

um serviço aos associados do CBO. Sempre que possível, os anúncios são confirmados antes de sua publicação. Entretanto, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia e o jornal não têm qualquer

responsabilidade pelo conteúdo dos anúncios e muito menos pelos negócios eventualmenteefetivados a partir de sua publicação. É fundamental que o comprador tome os devidos cuidados

para verificar a procedência dos materiais e equipamentos que estiver adquirindo e que o vendedorse precavenha com as garantias necessárias a este tipo de transação.

Envie as informaçõesatravés do [email protected] ou pelo fax (11) 3171-0953

Para

anunciar

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O Conselho Brasileiro de Oftalmologia renovou o convênio como Banco do Brasil que abre a seus associados a possibilidade deobter empréstimos para compra de equipamentos médicos e deinformática para clínicas e consultórios.O convênio permite que o pagamento do empréstimo seja feitoem até 96 meses (com possibilidade de 24 meses de carência)com os menores juros do mercado: Taxa de Juros de Longo Prazo(TJLP) do BNDES, acrescida de 4%.Os equipamentos médicos são financiados em até 96 meses,com possibilidade de dois anos de carência, ao passo que os e-quipamentos e sistemas para informatização, incluindo micro-computadores e seus acessórios, são financiados em até 24 me-ses (sem carência). O Banco do Brasil financia até 90% do valordos bens e serviços adquiridos, com teto de R$ 48 mil por as-sociado. Para obtenção do empréstimo, o oftalmologista deve serassociado do CBO (estar com a anuidade em dia) e ser cliente doBanco do Brasil.

Preenchidas as condições básicas, o oftalmologista deve elabo-rar proposta de investimento com os seguintes itens: 1) dados do proponente: dados pessoais, dados do cônjuge, rela-ção de bens, dívidas com terceiros etc.;2) caracterização do empreendimento: tipo de atividade que re-aliza, data de início das atividades, aspectos financeiros, custos,receitas e faturamento mensal;

Informações: Banco do Brasil - tel.: (11) 3066-9454 (agência Paulista/SP - 0712-9)Conselho Brasileiro de Oftalmologia - tel.: (11) 3266-4000

3) apoio pretendido: finalidade e valor, prazo de pagamento, i-tens a serem financiados, acréscimos no faturamento mensal aser proporcionado pelo projeto e garantias oferecidas.

O oftalmologista também deve anexar à proposta de investimen-to a seguinte documentação:1) Documento que comprove a filiação ao CBO (que deve ser so-licitada à secretaria da entidade);2) Orçamento dos bens a serem adquiridos emitido por empresaconveniada no Banco do Brasil (solicitar na agência a relaçãodas empresas conveniadas dos segmentos de saúde e de infor-mática).

Os candidatos ao créditos devem negociar antecipadamentecom o gerente da agência a reciprocidade do negócio e as garan-tias oferecidas.

Convênio CBO/Banco do Brasil - Pessoa FísicaConvênio firmado sob nº 87.472Código Identificador do Banco do Brasil para esta linha de cré-dito: LIC 112.40.1.1As agências com dificuldade em localizar as informações/pro-cedimentos para a obtenção do financiamento devem efetuarconsultas através do sistema SISBB - aplicativo correio, enviadopara a agência 0712.

CBO renova convênio com Banco do Brasil

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23 a 25Congresso Sotrim - Sociedade deOftalmologia do Triângulo MineiroCenter ConventionUberlândia - MGInform.: Sion Eventos - Tel.: (34) 3231-4500E-mail: [email protected] page: www.sotrim.com.br24 e 25Simpósio Retina 20/20Hospital Oftalmológico de SorocabaSorocaba - SPInform.: Tel.: (15) 3212-7077E-mail: [email protected]

24 a 27Encontro Conjunto - 29º Congresso da Associação Pan-Americana deOftalmologia/13º Encontro Anual daAcademia Americana de OftalmologiaSão Francisco - California - EUAInformações: e-mail: [email protected] page: www.aao.org

Outubro/Novembro

31/10 e 01/1144º Congresso do Centro de EstudosOftalmológicos “Cyro de Rezende”Ribeirão Preto - SPInform.: e-mail: [email protected]

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Os interessados em divulgar suas atividades científicas no JORNAL OFTALMOLÓGICO JOTA ZERO devem remeter as informações pelo fax (11) 3171-0953 ou pelo e-mail: [email protected]

31/10 a 05/11Curso Cleber Godinho de Lentes de ContatoBelo Horizonte - MGInformações: Consult Comunicação e EventosTel.: (31) 3291-9899Home page: www.clebergodinho.med.br

Novembro

08 a 11Reunião Anual da Academia Americanade OftalmologiaAtlanta - Georgia - EUAInform.: home page: www.aao.org/meetings/

28 a 3011º Congresso de Oftalmologia da USP10º Congresso de Auxiliares deOftalmologia da USPCentro de Convenções RebouçasSão Paulo - SPInform.: Creative SolutionTel.: (11) 5575-0254E-mail: [email protected] page: www.congressousp.com.br

XVIII Congresso Brasileiro de Prevenção daCegueira e Reabilitação Visual(*) Participação neste evento conta 20 pontos para arevalidação do Título de Especialista em OftalmologiaFlorianópolis - SCInform.: Attitude Promo Marketing e EventosTel.: (48) 3035-4388E-mail: [email protected]

Setembro - 03 a 06

Outubro

01 a 04XVII Congresso do CLADE - ConselhoLatino-Americano de EstrabismoBuenos Aires - ArgentinaInform.: e-mail: [email protected] page: www.clade2008.org

02 a 04IV Congreso ALACCSA del HemisferioSurBuenos Aires - ArgentinaInform.: e-mail: [email protected] page: www.alaccsa.com

08 a 10XVI Congresso Norte-Nordeste deOftalmologiaHangar - Centro de Convenções e Feiras daAmazôniaBelém - PAInform.: Tel.: (91) 3230-5010 ou 3230-1622Fax: (91) 3230-4177E-mail: [email protected]

16 a 18XXIX Congresso do Hospital São GeraldoMinascentroBelo Horizonte - MGInformações: Consult Comunicação e EventosTel.: (31) 3291-9899Home page: www.hospitalsaogeraldo.com.br

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Por decisão do Conselho Deliberativo do CBO, deve haver um interstício de 45 dias antes e 30 dias depois dos Congressos Brasileiros de Oftalmologia e dos Congressos Brasileiros de Prevenção da Cegueira,

durante o qual não devem ser realizados eventos oftalmológicos.

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Março

05 a 07XXXII SIMASP - UNIFESP - Instituto daVisãoMaksoud Plaza HotelSão Paulo - SPInform.: Home page: www.oftalmologiaunifesp.com.br

13 e 14IX Congresso de Oftalmologia do Centro-OesteGoiânia - GO

26 a 29V Congresso Brasileiro de Catarata eCirurgia RefrativaNavio MSC - Opera - Trajeto Santos, Búzios, Angrados Reis e SantosInform.: Tel.: (21) 2225-2600 E-mail: [email protected]

Abril

16 a 1834º Congresso da Sociedade Brasileirade Retina e VítreoCentro de Convenções do CearáFortaleza - CEInform.: Tel.: (85) 4011-1572 - fax (85) 4011-1573E-mail: [email protected]

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Para solicitar o credenciamento de um evento no processo de atualização profissional, o médico responsável deverá preencher um cadastro de identificação no site

da Comissão Nacional de Acreditação da Associação Médica Brasileira/Conselho Federal de Medicina:http://www.cna-cap.org.br/credenciar.php4

Maio

21 a 23XIII Congresso da Sociedade Brasileirade GlaucomaSão Paulo - SPInform.: e-mail: [email protected]

Junho

04 a 06XXV Jornada Anual de OftalmologiaII Simpósio de Enfermagem emOftalmologiaSalão Nobre da Faculdade de Medicina deBotucatu - UNESPBotucatu - SPInform.: tel.: (14) 3811-6256 (c/ Cínthia ou Flávia)E-mail: [email protected]

Agosto

24 a 27XXXV Congresso Brasileiro deOftalmologiaBelo Horizonte - MG

Junho

02 a 05XI Congresso Internacional de Catarata eCirurgia RefrativaCentro de Convenções de NatalNatal - RNInform.: Tel.: (21) 2225-2600 E-mail: [email protected]

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Divulgue seu mini-currículono site do CBO.

Mais uma vez pensando em seus associados, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia criou,em sua home-page, uma ferramenta de busca por médicos oftalmologistas em "Procureseu Médico". A finalidade é disponibilizar a pacientes e interessados , informações básicase pré-definidas de nossos associados. Para isto, é preciso atualizar seus dados cadastraise preencher o "mini-currículo".O Conselho Brasileiro de Oftalmologia mantém o maior cadastro de médicos oftalmolo-gistas do país e sua atualização é muito importante para a comunicação entre a entidadee os que praticam a especialidade.A atualização do cadastro e envio do "mini-currículo" deverão ser feitos através da home-page: cbo.com.br, no link "Atualize seu cadastro". Mantenha sempre seus dados atualiza-dos comunicando mudanças de endereços, de endereço eletrônico, telefones, etc.

Para mais informações sobre "Atualização do cadastro" envie e-mail para:[email protected]