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Conselho de Segurança das Nações Unidas Conferência de Paz de Genebra II Guerra Civil na Síria: Os Desafios para Resolução do Conflito Frederico Augusto Ribeiro da Silveira Diretor Carol Telfser e Silva Diretora Assistente Juliana Ferreira Alvim Soares de Senna Diretora Assistente Letícia Bevilaqua de Oliveira Campos Diretora Assistente

Conselho de Segurança das Nações Unidas Conferência de Paz ... · Logo após a reunião de 2012, já com o novo enviado de paz da ONU para a Síria, Lakhdar Brahimi, foi iniciando

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Conselho de Segurança das Nações Unidas –

Conferência de Paz de Genebra II

Guerra Civil na Síria: Os Desafios para Resolução do Conflito

Frederico Augusto Ribeiro da Silveira Diretor

Carol Telfser e Silva

Diretora Assistente

Juliana Ferreira Alvim Soares de Senna Diretora Assistente

Letícia Bevilaqua de Oliveira Campos Diretora Assistente

SUMÁRIO

1 A GUERRA CIVIL NA SÍRIA .............................................................................................. 3 2 CONFERÊNCIA DE GENEBRA II ...................................................................................... 6 3 O CONSELHO DE SEGURANÇA ...................................................................................... 7 3.1 Estrutura do Comitê ...................................................................................................... 8 4 POSIÇÕES DOS PRINCIPAIS ATORES ......................................................................... 10 4.1 Membros Contrários ao Governo Assad .................................................................... 10 4.1.1 Estados unidos, Reino Unido , França e Alemanha ............................................... 10 4.1.2 Arábia saudita ........................................................................................................... 11 4.1.3 Turquia....................................................................................................................... 12 4.2 Membros Favoráveis ao Governo Bashar .................................................................. 12 4.2.1 Rússia ........................................................................................................................ 12 4.2.2 Irã ............................................................................................................................... 13 4.2.3 China .......................................................................................................................... 13 5 QUESTÕES RELEVANTES NAS DISCUSSÕES............................................................. 13 REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 15

1 A GUERRA CIVIL NA SÍRIA

Ao longo da história, diversas batalhas foram travadas para que reinos, impérios e

países pudessem impor sua influência sobre o Oriente Médio e todos os seus recursos naturais

e minerais. A Síria, estando inserida dentro deste espaço, não foi diferente. Sua história é

marcada por influência e rivalidades da Mesopotâmia e Egito, iniciando temporalmente a

história da região, até o último golpe militar que colocou em 1963 o Partido Baath1 no poder

da então República Árabe Síria. Atualmente o país se encontra em um novo conflito, A

Guerra Civil Síria, que é causa dos descontentamentos da população do país ao governo do

segundo líder do partido presente, Bashar al-Assad. (GENEVA, 1932).

MAPA I – Território da Síria em 2014

Fonte: GOVERNO DA VENEZUELA, 2014.

Em março de 2011, explode na Síria a guerra civil que hoje assola o país. O conflito

que teve início pacífico se transformou em uma onda de mortos e refugiados, causando

destruição à infraestrutura do país e gerando uma crise humanitária regional que até a

atualidade (JANEIRO DE 2014) afeta milhares de pessoas.

1 Partido Baath: é uma forma experimental de adaptar o panorama social árabe e os códigos do islamismo, ao

socialismo. As localidades em que o Partido Baath teve sucesso foram o Iraque e a Síria, nações em que foram

estabelecidos, sob esse ideal, os sistemas de governo, respectivamente, de Saddam Hussein e Hafez Assad.

Bashar al-Assad, da minoria étnico-religiosa alauíta, é o atual presidente da República

Árabe da Síria e governa o país desde a morte de seu pai e ditador, Hafez al-Assad.

Contestado pela maioria sunita que reivindicava democracia e liberdade de imprensa, o

governo de Assad continua praticando nepotismo, favorecendo a ascensão social e econômica

de seu povo, enquanto que a outra parcela da população sunita é omitida pelo governo.

(ECONOMIST, 2011).

Um mês após a morte de seu pai, Bashar al-Assad, seu filho e herdeiro político,

assumiu o comando do país. Na época (JULHO DE 2000), Bashar foi eleito por meio de um

referendo e tornando-se general do Estado-Maior e chefe supremo das Forças Armadas da

Síria. No começo de seu mandato, fez pronunciamentos que apontavam para dias de

democracia, liberdade de imprensa e respeito aos Direitos Humanos. Politicamente era uma

forma de agradar aos Estados Unidos e a maioria dos países da Europa, contrários ao regime

imposto por seu pai. Porém, esses pronunciamentos não se concretizaram de fato. A repressão

aos opositores permaneceu a mesma, e os alauítas2 prosseguiam sendo beneficiados pelo

governo Bashar, enquanto a maioria sunita continuava a ser negligenciada (KOELBL, 2011).

Os protestos continuavam acontecendo em toda a Síria, mas em episódios pontuais e

sem muita repercussão na esfera internacional. Esse cenário começaria a mudar em maio de

2007, quando, após um referendo, Bashar al-Assad foi reeleito com 97% de aprovação.

(ALBAWABA, 2007). Sua reeleição, e o fato do presidente terem concorrido ao cargo

sozinho geraram mais manifestos por parte da oposição. A fim de buscar apoio internacional,

al-Assad iniciou em 2010 uma série de viagens por vários países. No entanto, a situação na

Síria continuava tensa e sairia totalmente do controle do governo sírio no início de 2011.

Quando influenciados pela queda de dois ditadores – o tunisiano Zine El Abidine Ben Ali, em

janeiro, e o egípcio Hosni Mubarak, em fevereiro –, no episódio conhecido como Primavera

Árabe3, seus opositores decidiram sair às ruas. ( KOELBL, 2011).

Em março de 2011, protestos e passeatas eclodiram em toda a Síria, exigindo a

renúncia de Bashar al-Assad. O presidente reagiu exatamente como o pai fizera em fevereiro

de 1982, quando também era reivindicado sua saída do governo, devido ao Massacre de

2 Alauítas: são do Islã xiita. Como os demais muçulmanos, têm o Alcorão como o livro sagrado, mas dão aos

capítulos e versículos interpretações esotéricas. Acreditam na reencarnação. 3 Primavera Árabe: é conhecida internacionalmente como uma onda revolucionária de manifestações e protestos

que vêm ocorrendo no Oriente Médio e no Norte da África desde 18 de dezembro de 2010. As manifestações

reivindicavam mudanças do governo vigente, caracterizados pelo despotismo, pela restrita liberdade de

manifestação, pela pouca ou nenhuma participação dos povos na condução de seus países, graças a regimes

monárquicos e ditaduras que os governam. (BRANCO,2011).

Hama4: enviou tropas do Exército às cidades nas quais a oposição era mais fervorosa. Em

apenas dois dias – 18 e 19 de março -, estima-se que mais de 500 pessoas, quase todas civis,

tenham sido mortas pelas forças do regime. À época, o secretário-geral das Nações Unidas,

Ban Ki-moon, classificou o uso da força letal de “inaceitável”, e a representante da União

Europeia para Assuntos Estrangeiros e Políticas de Segurança, Catherine Ashton, declarou

que a situação na Síria era “intolerável” e que o país precisava passar por reformas políticas

(ALJAZEERA, 2011).

A violência, no entanto, prosseguia. Em algumas das cidades sitiadas, o Governo Sírio

chegou a suspender o fornecimento de água e de energia elétrica para determinados bairros.

(OWEIS, 2012). Foi o que aconteceu em Daraa, Hama, Latakia e Homs, a maior cidade síria

contrária a al-Assad. Nessas localidades, começaram a surgir relatos de truculência extrema

por parte do Exército e suas milícias: assassinatos de famílias inteiras diante dos vizinhos,

estupros, homicídios de crianças, decapitações em praça pública, tornando-se assim uma

ameaça e violação aos direitos humanos. A situação chegou a tal ponto que, ao final de 2011,

cerca de três mil soldados e oficiais desertaram do Exército Sírio por discordar das ações do

governo. Unidos a civis, eles formaram o chamado Exército Livre da Síria, a maior força

armada contrária ao regime. Foi criado, também, o Conselho Nacional Sírio, constituído pela

oposição para ser uma espécie de governo paralelo. Nesse cenário, os combates se

intensificaram ainda mais. (ALJAZEERA, 2011).

Em meio aos confrontos entre as forças do governo e dos rebeldes, estes primeiros, o

exército da Síria, foram acusados pela oposição de usar armas químicas no final de agosto de

2013 na região ao leste de Ghouta, próximo a capital Damasco e na província de Rif

Dimashq, que são zonas controladas por simpatizantes da oposição ou que ainda estavam em

disputa. Nesse ataque foram totalizadas mais de 1.700 mortes, dentre eles muitas crianças,

inclusive recém-nascidos, segundo algumas fontes. (SPENCER,2013). Esse ataque,

presumivelmente com recurso a gás sarin5, acontece numa altura em que peritos das Nações

Unidas se encontravam no terreno precisamente para investigar as denúncias da utilização de

armas químicas por parte do regime sírio. Em pronunciamento, o regime de Bashar al-Assad

negou ser autor destes ataques com armas químicas e acusou os rebeldes de o terem feito para

4 Massacre de Hama: Foi um bombardeio em resposta aos movimentos de revolta contra o governo de Hafez Al-

Assad, sublevação esta comandada pela Irmandade Mulçumana, que estima-se , segundo a Anistia Internacional,

a morte entre 10 mil a 25 mil pessoas em Hama. 5O gás sarin é conhecido pelo seu poder neurotóxico. Desde 1991, segundo a ONU, é um gás considerado como

arma de destruição em massa, pois, ao ser absorvido pela respiração humano ou pela pele e mucosas, invade a

corrente sanguínea, consequentemente, a vítima sofre desmaios e bloqueio dos impulsos nervosos, na última

hora falecendo por parada cardiorrespiratória.

divulgar notícias falsas ao seu respeito e desviar a atenção das suas derrotas. (REUTERS,

2013).

Os Estados Unidos, apoiados pela França e Reino Unidos, em resposta aos ataques

químicos por parte do governo sírio, ameaçaram atacar com forças militares o regime de

Bashar al-Assad. Em contraposição e aliados a Bashar, China e Irã repudiaram a possibilidade

de ataque à Síria ( ZEENEWS,2013). O Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU),

então, se reuniu em 21 de agosto de 2013, a pedido de vários países, para discutir a questão da

utilização de armas químicas pela Síria. Estados Unidos, França, Reino Unido, Luxemburgo e

Coreia do Sul, cinco dos 15 países que integram o Conselho de Segurança das Nações Unidas

(CSNU), demandaram a reunião imediata do órgão. A ONU também foi pressionada pela

manifestação da Arábia Saudita, em tomar providências para o fim da tragédia na Síria

(GLADSTONE, 2012)

2 CONFERÊNCIA DE GENEBRA II

Na busca por uma resolução para o fim da guerra civil na Síria, acontecerá de 22 a 31

de janeiro de 2014, a segunda rodada de negociações, da Conferência de paz Genebra-II. O

Objetivo da Conferência é atingido pelo enviado de Paz da ONU e mediador do conflito

Lakhdar Brahimi, em cooperação com os Estados Unidos e Rússia. De acordo com o

Observatório Síria para os Direitos Humanos-(OSDH)6, enquanto a conferência estiver

ocorrendo estima-se que pelo menos 1.000 pessoas morrerão em toda a Síria, mais uma vez

reforçando a necessidade do fim da guerra civil síria.

Nessa rodada será debatido entre o governo atual da Síria de Bashar al-Assad, e seus

opositores, medidas e resoluções para o conflito. O presidente Bashar al-Assad, de acordo

com a TV estatal, disse que a paz na Síria depende do „fim do apoio a grupos terroristas e às

pressões de estados patrocinadores‟, o que culmina em um fortalecimento da oposição

considerada como terrorista pelo governo sírio e que sem os seus apoiadores internacionais

não teriam recursos para continuar na guerra. Enquanto essas medidas não são implantadas e

as negociações não acontecem, a guerra civil na Síria não tem um fim, confrontos continuam

6 Observatório Síria para os Direitos Humanos: é um organização opositora ao governo sírio de Bashar al-Assad

financiada pela união europeia e países ocidentais. É uma organização que obtém informações do conflito sírio,

principalmente, dados sobre direitos humanos e quando este é violado. O Observatório conta com integrantes em

território sírio que tem a função de passar informações para a organização.

sendo direcionados a cada dia para novos rumos e maiores números de mortos, gerando mais

preocupações nos fóruns internacionais.

Em junho de 2012 foi realizada em Genebra, pela iniciativa do enviado de paz da

ONU na época, Koffi Annan, a primeira conferência sobre a Síria. Nessa rodada foi discutido

que qualquer acordo político realizado deveria proporcionar uma boa perspectiva de futuro

para a Síria, de maneira que não haja mais derramamento de sangue e violência no país. Para

as negociações do país, devem incluir todos os grupos e segmentos da sociedade na Síria, que

seja feito uma revisão da ordem institucional e do sistema legal sírio, eleições multipartidárias

e participação integral das mulheres em todos os aspectos da transição.

(MIDDLEEASTLIVE,2012).

Logo após a reunião de 2012, já com o novo enviado de paz da ONU para a Síria,

Lakhdar Brahimi, foi iniciando os preparativos para a nova Conferência de paz da Síria, com

cooperação com a Federação Rússia e os Estados Unidos. Os dois lados de apoio objetivaram

através dos debates do governo e Oposição Síria acabarem com o derramamento de sangue,

iniciativa esta impulsionada após os ataques químicos em Damasco, capital da Síria, que

resultou em milhares de mortes, incluindo grandes números de crianças, em agosto de 2013.

(DEPASQUALE,2012).

A Conferência de Genebra II pretendeu resultar nos debates realizados com os dois

lados da guerra, meios de se implementar um governo em transição, o fim da guerra e o início

do processo para a criação da Nova República da Síria. (BRITISH BROADCASTING

CORPORATION,2014). Para as negociações, Brahimi explicou que os convites foram feitos

incluindo para a ONU, os cincos membros permanente do Conselho de Segurança (China,

França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos), a Liga dos Estados Árabes, a União

Europeia, a Organização para Cooperação Islâmica e outros vinte e seis países.

3 O CONSELHO DE SEGURANÇA

O Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) é um órgão criado em 1949

após o fim da Segunda Guerra Mundial. Possui poderes normativos com caráter mandatório,

sendo assim os membros da organização obrigados a acatar suas decisões, assim não

ocorrendo o mesmo com a decisão dos demais órgãos com característica recomendatória.

(SILVA, 2009). O art. 24 da Carta da ONU (1945) denota a responsabilidade e o papel do

Conselho de Segurança no âmbito internacional:

A fim de assegurar uma ação pronta e eficaz por parte das Nações Unidas, os seus

membros conferem ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) a

principal responsabilidade na manutenção da paz e da segurança internacionais, e

concordam em que, no cumprimento dos deveres impostos por essa

responsabilidade, o Conselho de segurança das Nações Unidas (CSNU) aja em nome

deles. No cumprimento desses deveres, o Conselho de Segurança das Nações Unidas

(CSNU) agirá de acordo com os objetivos e os princípios das Nações Unidas. Os

poderes específicos concedidos ao Conselho de Segurança das Nações Unidas

(CSNU) para o cumprimento dos referidos deveres estão definidos nos capítulos VI,

VII, VIII e XII. O Conselho de Segurança submeterá à apreciação da Assembleia

Geral relatórios anuais e, quando necessário, relatórios especiais.

A finalidade essencial do Conselho de Segurança é propor resoluções de conflitos e

guerras internacionais para garantir a manutenção da paz e a segurança internacional. Esse

objetivo é atingido através de autorização de missões políticas e de resguardo da paz, assim,

como autorizar intervenções em alguns países, caso seja necessário. A Carta da ONU é o

resultado da necessidade de criação de laços e meios para se evitar que novas catástrofes de

guerras retornassem a assolar o mundo. Dessa maneira, a Organização buscou direito

legalmente estabelecida para conduzir os Estados em normas e diretrizes executáveis e

obrigatórias para a manutenção da paz. Originou-se assim o Conselho de segurança, o órgão

da ONU com poderes capazes de ser responsável pela manutenção da paz e proteção

internacional ( KENNEDY,2006).

3.1 Estrutura do Comitê

O Órgão é constituído por quinze membros no total, sendo cinco países como

membros permanentes e dez como rotativos. Os membros permanentes possuem direito ao

veto7, são: China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos da América. Os membros

rotativos são eleitos na Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU), por maioria

qualificada, ara mandato de dois anos. Para que sejam eleitos, os candidatos devem obedecer

a dois critérios, que são: (i) que os candidatos a membro contribuem de alguma forma para a

paz e a segurança internacional, (ii) deverá estar assegurada uma representação geográfica de

7 Veto: Refere-se ao poder de veto exercido exclusivamente pelos cinco membros permanentes do Conselho de

Segurança da ONU (China, Estados Unidos, França, Rússia e Reino Unido), permitindo-lhes evitar a adoção de

qualquer projeto "adicional" pela Resolução do Conselho, independentemente do apoio internacional para o

projeto. O veto não se aplica aos votos processuais, o que é significativo na medida em que os membros

permanentes do Conselho de Segurança podem votar contra um projeto de resolução "processual", sem

necessariamente bloquear a sua aceitação pelo Conselho.

forma equilibrada, equitativa. (PATRIOTA, 1998).

Atualmente, o Conselho de Segurança possui dez membros rotativos eleitos, sendo

que destes, cinco foram eleitos em 2013 e cinco passaram a ocupar essas cadeiras a partir do

dia 1° de janeiro de 2014. Esses novos membros foram eleitos através dos critérios

mencionados e das distribuições regionais, sendo assim, destina-se dois assentos para África,

dois assentos para a América Latina e Caribe, dois assentos à Ásia e dois assentos são

destinados à Europa Ocidental. Temos ainda, a destinação de mais um assento não

permanente para um país do Leste Europeu, e um último assento rotativo sendo direcionados

alternadamente a cada dois anos para um país asiático e africano. Assim, o Conselho de

Segurança busca assegurar em suas reuniões a representatividade de todos os continentes.

Dessa maneira, o corpo de membros não permanentes do Conselho de Segurança e seus

respectivos mandados são compostos por: Argentina (2013), Austrália (2013), Chade (2014),

Chile (2014), Coréia do Sul (2013), Jordânia (2014), Lituânia (2014), Luxemburgo (2013),

Nigéria (2014) e Ruanda (2013) (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS [ONU],2013).

Logo, conforme mencionado, o Conselho de Segurança tem seu corpo organizador composto

obedecendo ao art 23 da Carta (1945) que dita:

1. O Conselho de Segurança será constituído por 15 membros das Nações Unidas. A

República da China, a França, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, o

Reino Unido da Grã-Bretanha e a Irlanda do Norte e os Estados Unidos da América

serão membros permanentes do Conselho de Segurança. A Assembleia Geral

elegerá 10 outros membros das Nações Unidas para membros não permanentes do

Conselho de Segurança, tendo especialmente em vista, em primeiro lugar, a

contribuição dos membros das Nações Unidas para a manutenção da paz e da

segurança internacionais e para os outros objetivos da Organização e também uma

distribuição geográfica equitativa.

2. Os membros não permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas

(CSNU) serão eleitos por um período de dois anos. Na primeira eleição dos

membros não permanentes, depois do aumento do número de membros do

Conselho de Segurança de 11 para 15, dois dos quatro membros a adicionais serão

eleitos por um período de um ano. Nenhum membro que termine o seu mandato

poderá ser reeleito para o período imediato.

3. Cada membro do Conselho de Segurança terá um representante.

De acordo com o Artigo 23 da Carta, e a ordem destacada por ele, os membros

permanentes do Conselho de Segurança são, a República da China, a França, a União das

Repúblicas Socialistas Soviéticas, sucedida pela Federação Russa, o Reino Unido da Grã

Bretanha e Irlanda do Norte e os Estados Unidos da América.

O processo de adoção de resolução pelo Conselho ocorre somente com a aprovação

deste pelos cincos membros permanentes, portanto, sem manifestar seu poder de veto, e ao

menos mais quatros nações entre os membros não permanentes no Conselho de Segurança.

Dessa maneira, todos os membros permanentes devem acordar com o que tange a resolução

em votação, caso contrário, será configurado como veto e a resolução não será aprovada. No

entanto, a abstenção de um membro permanente ou seu voto negativo não dá o direito a veto,

podendo ser, a resolução, aprovada nessas circunstâncias. Em suma, uma resolução só será

inviabilizada caso não consiga os noves votos afirmativos ou pelo uso do veto de pelo menos

um dos membros permanentes do Conselho de Segurança (MARQUES, 2005).

4 POSIÇÕES DOS PRINCIPAIS ATORES

Perante as relações de alianças com o Estado Sírio e com a Oposição ao governo de

Bashar al-Assad os países foram classificados como aliados a Assad, apoio à oposição e

países neutros. As posteriores mudanças das posições dos atores podem mudar de acordo com

o desenrolar dos acontecimentos na Síria, assim como surgimento de novos atores estatais no

conflito.

4.1 Membros Contrários ao Governo Assad

Todos os membros contrários ao Governo de Assad tem uma postura de defesa das

reivindicações da oposição do governo sírio.

4.1.1 Estados unidos, Reino Unido , França e Alemanha

O “Chamado Grupo de Apoio Sírio” passou a ser financiado em julho de 2012 pelo

governo dos Estados Unidos, que ajudou a financiar o Exército Livre da Síria. A Agência de

Inteligência Americana, a CIA, teria agentes trabalhando na região, que estariam facilitando a

entrada ilegal de armas antitanque, rifles e munições para fuzis, e outros equipamentos

bélicos, para a oposição de Bashar al-Assad. O Departamento de Estado americano também

reportou ter dado uma ajuda financeira no valor de US$15 milhões de dólares a grupos de

oposição na Síria. Estariam sendo mantidos até 150 soldados americanos na Jordânia onde

trabalham para treinar e dar suporte a membros das organizações de guerrilheiros sírios.

(SPENCER, 2012).

Logo no início de 2012, os Estados Unidos, o Reino Unido e a França passaram a

disponibilizar para a oposição síria grandes quantidades de armamentos não letais, onde

destes também se encontram equipamentos de comunicação e suprimentos médicos. Os

apoios com inteligência também são fornecidos pela Inglaterra a partir de sua base no Chipre,

em cooperação com militares turcos e com rebeldes anti-Assad. A CIA também fornece apoio

técnico à oposição, realizando operações ilegais na fronteira entre o país sírio e a Jordânia,

ajudando a oposição anti-assad a contrabandear armas e fornecendo outros tipos de apoio

logístico. Além disso, também estariam ajudando em formar novas rotas de suprimentos e

treinamento no uso de equipamentos eletrônicos e de comunição. O Serviço Federal de

Inteligência Alemão (BND) monitora movimentos do exército sírio, faz o uso do grampo de

ligações telefônicas de membros do governo de Bashar al-Assad e intercepta sinais de ligação

de rádio a partir da Base Aérea na Turquia, e também a partir de navios de reconhecimento da

classe Alster próximos a costa síria. De acordo com o jornal Bild, o BND tem uma rede de

pessoas informantes dentro do Partido Baath. No início de 2013, a Inglaterra e a França

anunciaram o desejo e a possibilidade de iniciarem o envio de armamento pesado para a

oposição a Assad, mesmo que na União Europeia estivesse até então em vigor o embargo de

armas. Em 27 de maio, a União Europeia votou por suspender este embargo. Em contraponto,

os Estados Unidos advertiram sobre o risco de enviar armas pesadas, pela possibilidade destas

serem logradas para grupos jihadistas. (DOUGHERTY, 20013)

4.1.2 Arábia saudita

O Governo da Arábia Saudita contribui, supostamente, com a oposição síria por meio

de fornecimento de armamento pesado e com ajuda financeira para sua sustentação no

conflito. Através da fronteira com a Jordânia, a oposição recebe munições e armas, muitas

destes vindos da Croácia. O recebimento dessas armas pelos rebeldes começou em dezembro

de 2012, assim retirando a oposição da defensiva em várias localidades da Síria contra as

forças do governo de Bashar al-Assad. (CHIVERS,2013). Ahmad Jarba, o novo líder da

oposição contra Assad, afirmou em julho de 2013, que o governo saudita estaria fazendo

envio de diversas novas “armas avançadas” para uso de seu exército. (OWEIS,2013).

4.1.3 Turquia

A Turquia, após estar aliada a Síria, passou a ser uma das principais oposições ao

governo de Bashar al-Assad. Desaprovou a violência da repressão do governo sírio e passou a

pedir que o líder deste renunciasse. A Turquia estaria unificando os grupos armados de

oposição, que em seu território, em julho de 2011, foi criado o chamado Exército Livre da

Síria, dando abrigo e treinando os membros das guerrilhas que lutam contra Assad. Os

rebeldes recebem armamentos pesados e outros equipamentos militares advindos da Arábia

Saudita, Qatar e também da Turquia. Além de equipamentos, os rebeldes também recebem

vasto apoio dos serviços de inteligência turco. Istambul, a capital turca é utilizada como um

ponto onde se encontram os opositores do regime de Assad, e o comandante do Exército Livre

da Síria, o principal grupo de oposição armada da Síria, o coronel Riad al-Asaad, toma

refúgio em território do país. Ao passo que o conflito ganha novos acontecimentos, a Turquia

tem tornado-se cada vez mais contrária ao governo do ditador Bashar al-Assad. Desde maio

de 2012, os turcos tem, supostamente, dado treino e armamento em larga escala para os

opositores sírios.(WIESS, 2012).

4.2 Membros Favoráveis ao Governo Bashar

Todos os membros favoráveis ao Governo de Assad tem uma postura de defesa das

reivindicações de soberania do governo sírio.

4.2.1 Rússia

A Rússia é a principal e uma das maiores fontes que apoia o governo de Bashar al-

Assad. Os russos auxiliam a síria com o envio de armas, suprimentos, apoio militar técnico

desde antes do início da guerra civil síria. De acordo com pesquisas e investigações, a Rússia

estaria dando apoio financeiro à fraca economia que o regime Assad enfrenta, recebendo até

mesmo dinheiro líquido. O governo russo também é considerado como um dos maiores

fornecedores de armas para as forças armadas sírias durante o conflito. (SIPSE, 2012)

4.2.2 Irã

Grande aliado a Bashar al-Assad é o Irã, que foi, até o momento, o único país a fazer

envios oficiais de tropas para lutarem na guerra civil na Síria. Grande parte dos soldados

enviados pelo Irã é pertencente a sua Guarda revolucionária iraniana. O Iraque, localizado

entre a Síria e o Irã, foi criticado pelo governo americano por permitir que aviões iranianos

sobrevoem o país fazendo o transporte de armas bélicas e suprimentos de guerra para o

regime Assad. O Irã, por meio de seu líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, já se declarou

dar e ser de apoio ao governo sírio. (GORDON, 2012).

4.2.3China

Dentro do Conselho de Segurança, a China tem tomado posturas que vão a favor do

governo sírio. Em 2012, os chineses vetaram sanções sobre o país sírio e em setembro,

declarou sua adoção de postura “imparcial” na guerra civil síria, se distanciando do governo

de Bashar al-Assad. Em pronunciamento, a China disse está de apoio com um novo governo

de transição na Síria, mesmo não dando apoio a qualquer intervenção externa na guerra civil.

(REUTERS,2012).

5 QUESTÕES RELEVANTES NAS DISCUSSÕES

Nesta seção, vamos introduzir questionamentos que devem ser discutidos nas

simulações. Com a criação da agenda, elaboramos algumas questões que darão norteamento e

orientação para as pesquisas e para formulação de estratégias de negociação do comitê.

-Quais medidas devem ser adotadas para que o conflito cesse e se tenha uma negociação

pacífica?

- Qual o papel do Conselho de Segurança como intermediador entre as partes do litígio?

-Quais os mecanismos o Conselho de Segurança possui para responder a possíveis

intervenções militares de urgência na Síria?

- Como elaborar medidas para que não se tenha o uso de armas químicas na Síria e estas não

caiam nas mãos de terroristas?

- Como conciliar as inspirações dos rebeldes com a manutenção do poder de Bashar al-Assad?

- Em que medida o conflito na Síria pode culminar em uma 3° Guerra Mundial, e o que fazer

para evitá-la?

- O Conselho de Segurança tem como missão zelar pela continuidade da paz e da segurança

internacional, em que medida esse objetivo é alcançado com a Conferência de Paz de

Genebra-II ?

REFERÊNCIAS

ALBAWABA. Over 97% of Syrian voters back Bashar Assad for new seven-year

mandate. 2007 . Disponível em: <http://www.albawaba.com/news/over-97-syrian-voters-

back-bashar-assad-new-seven-year-mandate> Acesso em 9 março 2014.

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Acesso em 23 Nov. 2013.

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http://www.aljazeera.com/news/middleeast/2011/03/2011318231622114396.html> Acesso

em 23 Nov. 2013.

CHIVERS, C. J.. "In Shift, Saudis Are Said to Arm Rebels in Syria". 2013, The New York

Times. Disponível em<http://www.nytimes.com/2013/02/26/world/middleeast/in-shift-saudis-

are-said-to-arm-rebels-in-syria.html> Acesso em 26 de Nov. de 2013.

DEPASQUALE, U.N.: Algeria's Brahimi will replace Annan in Syria,2012. Disponível

em: < http://usatoday30.usatoday.com/news/world/story/2012-08-17/syria-kofi-annan-

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Tabela de demanda das representações

Na tabela a seguir cada representação do comitê é classificada quanto ao nível de

demanda que será exigido do delegado, numa escala de 1 a 3. Notem que não se trata de

uma classificação de importância ou nível de dificuldade, mas do quanto cada

representação será demandada a participar dos debates neste comitê. Esperamos que essa

relação sirva para auxiliar as delegações na alocação de seus membros, priorizando a

participação de delegados mais experientes nos comitês em que a representação do colégio for

mais demandada.

Legenda

Representações pontualmente demandadas a tomar parte

nas discussões

Representações medianamente demandadas a tomar parte

nas discussões

Representações frequentemente demandadas a tomar

parte nas discussões

REPRESENTAÇÃO DEMANDA

1. África do Sul

2. Alemanha

3. Arábia Saudita

4. Argélia

5. Austrália

6. Bahrein

7. Bélgica

8. Brasil

9. Canadá

10. Catar

11. China

12. Coreia do Sul

13. Dinamarca

14. Egito

15. Emirados Árabes

16. Espanha

17. Estados Unidos

18. França

19. Grécia

20. Índia

21. Indonésia

22. Iraque

23. Itália

24. Japão

25. Jordânia

26. Kuwait

27. Líbano

28. Luxemburgo

29. Marrocos

30. México

31. Noruega

32. Omã

33. Países Baixos

34. Reino Unido

35. Rússia

36. Santa Sé

37. Suécia

38. Suíça

39. Turquia

40. Liga Árabe

41. OCI

42. Lakhdar Brahimi (Enviado

de Paz da ONU)

43. União Europeia

44. Primal Times