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CONSELHO EUROPEU DE EDIMBURGO 11-12 DE DEZEMBRO DE 1992 ' - A CONCLUSOES DA PRESIDENCIA

CONSELHO EUROPEU DE EDIMBURGO 11-12 DE DEZEMBRO DE … · A conclusao respeitante ao acesso aos trabalhos do Conselho sera revista no final de 1994. 0 conselho Europeu congratulou-se

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CONSELHO EUROPEU DE EDIMBURGO

11-12 DE DEZEMBRO DE 1992

' - A CONCLUSOES DA PRESIDENCIA

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SN 456/92 PARTE A

PARTE A

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Conclusoes da PresidSncia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

Introducao

1. 0 Conselho Europeu reuniu-se em Edimburgo, em 11 e 12 de Dezembro de 1992, para debater os problemas centrais na ordem do dia da Comunidade. A reuniao foi precedida por uma troca de pontes de vista entre os membros do Conselho Europeu e o Presidente do Parlamento Europeu sobre diversas questoes constantes da ordem de trabalhos.

2. o Conselho Europeu acordou em soluc;:oes para urn amplo leque de questoes essenciais ao progresso na Europa. Isso prepara o caminho para que os seus cidadaos voltem a ganhar confianc;:a na construc;:ao da Europa, o que contribuira para a recuperac;:ao da economia europeia.

o Conselho Europeu chegou a acordo, em especial, em relac;:ao as seguintes questoes que se revestem da maior importancia:

OS problemas levantados pela Dinamarca a luz do resultado do referenda dinamarques sobre o Tratado de Maastricht, efectuado em 2 de Junho de 1992;

directrizes para aplicar o principia da subsidiariedade e medidas para aumentar a transparencia e a abertura no processo decis6rio da Comunidade;

o financiamento da acc;:ao e politicas comunitarias ate ao final da presente decada;

o inicio das negociac;:oes de alargamento com varies paises da EFTA;

a criac;:ao de urn plano de acc;:ao por parte dos Estados-membros e da Comunidade para promover o crescimento e combater o desemprego.

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Conclusoes da Presid@ncia - Edimburgo, 12 de Dezernbro de 1992

Tratado da Uniao Europeia ponte da situacao do processo de

ratificacao

3. Os membros do Conselho Europeu reafirmaram o seu empenho no Tratado

da Uniao Europeia. A ratifica<;:ao e necessaria para progredir em

direc<;:ao a Uniao Europeia e para que a Comunidade continue a ser uma

ancora de estabilidade nurn continente em. rapida transforma<;:ao,

assentando nos exitos alcan<;:ados ao longo das ultimas quatro decadas.

4. Tendo passado em revista o ponte em que se encontra o processo de

ratifica<;:ao, o Conselho Europeu acordou nos textos constantes da

Parte B das presentes Conclus5es, respeitantes as quest5es suscitadas

pela Dinamarca no seu memoranda "A Dinamarca na Europa", de

30 de Outubro de 1992. Ficara assim constituido o alicerce para que a

Comunidade se desenvolva em conjunto, com base no Tratado de

Maastricht, respeitando simultaneamente, tal como o faz o Tratado, a

identidade e diversidade dos Estados-membros.

Subsidiariedade

5. Com base nurn relat6rio dos Ministros dos Neg6cios Estrangeiros, o

Conselho Europeu acordou na abordagem global, constante do Anexo 1,

para a aplica<;:ao do principia da subsidiariedade e do novo artigo 3°B.

0 Conselho Europeu convidou o Conselho a envidar esfor<;:os para

alcan<;:ar urn acordo interinstitucional entre o Parlamento Europeu, o

Conselho e a Comissao sabre a efectiva aplica<;:ao do artigo 3°B por

parte de todas as Insti tui<;:5es. 0 Conselho Europeu debateu este

aspecto com o Presidente do Parlamento Europeu e acolheu

favoravelmente as ideias constantes do projecto de urn Acordo

Interinstitucional apresentado pelo Parlamento Europeu.

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Conclusoes da Presid&ocia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

6. 0 Conselho Europeu recebeu urn relat6rio do Presidente da Comissao sobre os prirneiros resultados da revisao da legisla9ao existente e proposta, efectuada pela Comissao a luz do principio da subsidiariedade. Cons tam do Anexo 2 alguns exernplos desses resultados. o Conselho Europeu tornou nota da inten9ao da Comissao de retirar ou alterar certas propostas e de apresentar propostas de altera9ao de certos elementos da legisla9ao ja existente. 0 Conselho Europeu aguarda corn expectativa o relat6rio final sobre a revisao da legisla9ao existente, a elaborar pela Comissao para o Conselho Europeu de Dezernbro de 1993.

Abertura e transparencia

7. 0 Conselho Europeu reiterou o seu comprornisso de urna Cornunidade rnais aberta, expresso ern Birmingham, e adoptou as rnedidas especificas constantes do Anexo 3.

A conclusao respeitante ao acesso aos trabalhos do Conselho sera revista no final de 1994.

0 conselho Europeu congratulou-se com as rnedidas que recenternente a Comissao decidiu tornar no dominic da transparencia. Essas rnedidas incluern: apresentar no rnes de Outubro do prograrna de trabalho anual, a firn de possibilitar urn rnais ample debate, incluindo a nivel dos Parlarnentos nacionais; envidar esfor9os para urna rnais estreita consulta corn o Conselho ern rela9ao ao programa legislative anual; proceder a urna rnais ampla consulta antes da apresenta9ao das propostas, incluindo a publica9ao de livros verdes; tornar publicos, ern todas as linguas cornunitarias, os docurnentos da Comissao; dar rnaior prioridade a consolida9ao e codifica9ao dos textos juridicos.

0 Conselho Europeu voltou a confirrnar o convite forrnulado ern Birmingham para que a Comissao complete, ate ao inicio do pr6xirno ano, o seu trabalho resultante da declara9ao incluida no Tratado de Maastricht relativa ao direito de acesso a inforrna9ao de que dispoern o Conselho Europeu e as demais Institui96es cornunitarias.

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Conclusoes da Presidencia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

Adesao de novos Estados-rnembros a Uniao

8. 0 Conselho Europeu de Lisboa acordou ern que as negocia96es oficiais

corn os paises da EFTA que· desejarn aderir a Uniao sejarn iniciadas

irnediatarnente ap6s a ratifica9ao do Tratado da Uniao Europeia e ap6s

ter sido alcan9ado acordo sobre o pacote Delors II.

Tendo ern conta o acordo sobre o financiarnento futuro e as perspectivas

de rapida ratifica9ao do Tratado da Uniao Europeia por todos OS

Estados-membros, o Conselho Europeu acordou em que, no inicio de 1993,

sejarn iniciadas com a Austria, a Suecia e a Finlandia, as negocia96es

sobre o alargarnento. Estas negocia96es basear-se-ao no quadro geral de

negocia96es que o Conselho "Assuntos Gerais" registou ern

7 de Dezembro. Serao transformadas em negocia9oes nos termos do

artigo 0 do Tratado da Uniao Europeia logo que este entre ern vigor, e

s6 poderao ser concluidos ap6s o Tratado da Uniao Europeia ser

ratificado por todos os Estados-membros. As condi96es de admissao

serao baseadas na plena aceita9ao do Tratado da Uniao Europeia e do

acervo comunitario, sob reserva de possiveis medidas de transi9ao a

acordar nas negocia96es. Convidou o Conselho de Ministros a tomar

decisoes sobre a abertura de negocia96es, na mesma base, com a

Noruega, logo que se dispuser do parecer da Comissao sobre o

respective pedido. Na medida do possivel, as negocia96es serao

realizadas em paralelo.

Convidou a Comissao a, na prepara9ao do seu parecer sobre o pedido da

Sui9a, atender as posi96es das autoridades sui9as decorrentes do

referenda de 6 de Dezembro relative ao Acordo EEE. Congratula-se com

os contactos em curso com os paises da EFTA, destinados a definir as

pr6ximas etapas relativas aquele Acordo.

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Conclusoes da Presid~cia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

9. 0 Conselho Europeu congratulou-se como retomar das negocia96es de Genebra sabre o Uruguay Round do GATT e reafirmou o compromisso tornado em Birmingham de procurar urn acordo rapido, global e equilibrado e exorta todas as partes a finalizar as negocia96es neste sentido. 0 Conselho Europeu afirmou que o pacote final tera de ser considerado como urn todo.

Incentive a recuperacao econ6mica na Europa

10. 0 Conselho Europeu ouviu urn relat6rio do Presidente da Comissao sabre a situa9ao econ6mica, e debateu as perspectivas de crescimento e o aurnento do desemprego. 0 Conselho Europeu concordou em continuar a ac9ao e as iniciativas referidas na declara9ao constante do Anexo 4.

Mercado Interne

11. 0 Conselho Europeu registou com particular satisfa9ao que o programa do Livre Branco para cria9ao do mercado interne ficara completado com exito nos seus aspectos essenciais ate 31 de Dezembro de 1992. Este e urn memento hist6rico para a Comunidade, que marca a realiza9ao de urn dos objectives fundamentais do Tratado de Roma. 0 grande Mercado Unico e urna conquista irreversivel, que proporcionara aos consumidores uma maier escolha a pre9os mais baixos, ajudara a criar empregos e refor9ara a competitividade internacional das empresas europeias. A Comunidade continuara aberta ao comercio e investimento mundiais.

12. Q Conselho Europeu registou que desde 1985 foram acordadas mais de quinhentas medidas de mercado interne, incluindo quase todas as que constam do Livre Branco original. 0 Conselho Europeu prestou homenagem ao papel vital desempenhado pela Comissao ao iniciar este programa e a cooperayao construtiva que o mesmo suscitou entre o Conselho e o Parlamento Europeu. Os processes decis6rios introduzidos pelo Acto Unico Europeu demonstraram ser indispensaveis para realizar plena e atempadamente o programa.

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Conclusoes da Presidencia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

13. Os trabalhos sobre o programa do Mercado Unico abrangeram urn

largo espectro, com a abertura do regime de aquisi96es publicas, a

liberaliza9ao dos transportes e servi9os financeiros, a melhoria da

aceita9ao de normas de produtos a nivel da Comunidade, a remo9ao das barreiras nao-pautais e uma maier facilidade de as pessoas trabalharem

em toda a Comunidade.

14. 0 Conselho Europeu congratulou-se com os acordos recentemente

obtidos sobre medidas de tributa9ao indirecta, servi9os de

investimento e bens culturais e atribui9ao de faixas horarias em

aeroportos, bern como o compromisso de todos os Estados-membros de

abolirem ate 1 de Janeiro de 1993 os controlos sistematicos de

mercadorias nas fronteiras, no respeito do

Europeu. 0 Conselho Europeu reconheceu

artigo 28° do Acto Unico

que o Mercado Interne

continuara a ser urn processo dinamico e que tera de ser adaptado e

melhorado para se manter a par das novas circunstancias.

15. 0 Conselho Europeu considerou que urna transposi9ao exacta e atempada das medidas comunitarias pelos Estados-membros e essencial

para assegurar os plenos beneficios do Mercado Interne.

16. Recordando as conclus5es de Lisboa, o Conselho Europeu salientou

a necessidade de assegurar que o Mercado Interne resulte em beneficio

de todos os cidadaos e empresas da Comunidade. Por conseguinte,

congratulou-se com as resolu96es adoptadas pelo Conselho "Mercado

Interne" de 10 de Novembro e pelo Conselho "Industria" de

24 de Novembro que definem as prioridades e os passes necessaries para

assegurar que o Mercado Interne funcione de uma forma justa e eficaz

sem encargos desnecessarios para as empresas, nomeadamente as pequenas

e medias empresas. 0 Conselho Europeu congratulou-se igualmente com a

recente resposta da Comissao as recomenda96es importantes do Grupe de

Alto Nivel dirigido por Peter Sutherland e convidou o Conselho a

continuar o trabalho urgente sobre estas quest5es.

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Livre circulacao de pessoas

17. 0 Conselho Europeu teve de registar o facto de que a livre

circulac;:ao de pessoas na Comunidade, nos termos do artigo 8 • -A do

Tratado de Roma, nao pode ser plenamente assegurada em 1 de Janeiro

de 1993.

18. 0 trabalho necessaria para conseguir este objective sem fazer

perigar a seguranc;:a publica nem comprometer o combate a imigrac;:ao

ilegal, tendo embora progredido, esta ainda por terminar. Tais

progresses sao necessarios nomeadamente para completar o processo de

ratificac;:ao da Convenc;:ao de Dublim sobre o Asilo, para celebrar a

Convenc;:ao sabre as Fronteiras Externas e para ultimar as negociac;:oes

relativas a Convenc;:ao sobre o Sistema Europeu de Informac;:ao.

19. Contudo, ocorrerao mudanc;:as not6rias que irao beneficiar os

viajantes durante 0 pr6ximo ano:

assim, os Estados-membros de Schengen porao este acordo em pratica

durante 1993, logo que as condic;:oes previas para a sua aplicac;:ao

esti verem preenchidas. Neste grupo de Estados, sera efecti va a

partir dessa data a abolic;:ao dos controlos nas fronteiras internas

terrestres, marftimas e aereas;

os outros Estados-membros deram a conhecer as suas intenc;:oes de

tomar varias medidas para aligeirar os controlos nas fronteiras, no

que respeita aos nacionais dos Estados-membros da Comunidade.

20. Reafirmando o seu empenhamento numa plena e rapida aplicac;:ao do

artigo 8•-A, o Conselho Europeu convidou os Ministros competentes a

acelerar os seus trabalhos e decidiu reapreciar esta questao na sua

pr6xima sessao, com base num relat6rio dos Ministros de Junho de 1993.

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Justica e Assuntos Internes

21. 0 Conselho Europeu registou o trabalho do Grupo de Coordenadores

sobre a aplica<;:ao do pilar da Justi<;:a e dos Assuntos Internes do

Tratado da Uniao Europeia. 0 Conselho Europeu solicitou ao Grupo que

assegure a apresenta<;:ao de planos pormenorizados para desenvolvimento

de sistemas de comunica<;:ao e outros trabalhos_preparat6rios.

22. 0 Conselho Europeu congratulou-se com os progresses realizados

pelos Ministros responsaveis pela imigra<;:ao a titulo do programa de

trabalhos relative a imigra<;:ao e asilo, e designadamente o acordo de

principia alcan<;:ado na sua reuniao de Londres sobre as resolu<;:5es

relativas aos pedidos de asilo manifestamente infundados e aos paises

terceiros de acolhimento.

23. 0 Conselho Europeu registou com agrado o relat6rio do CELAD

sobre o seu trabalho anterior e o relat6rio que o mesmo apresentou

sobre a coordena<;:ao das quest5es de droga e do seu futuro papel.

24. 0 Conselho Europeu tomou conhecimento do relat6rio dos Ministros

TREVI e aguarda a rapida cria<;:ao da Unidade Europol Anti-Droga.

Migracao

25. Profundamente preocupado com a intensifica<;:ao de epis6dios de

intolerancia, que condena veementemente, o Conselho Europeu salientou

que nao ha lugar para o racismo e a xenofobia na Europa de hoje e

reiterou a sua determina<;:ao em combater essas atitudes com renovado

vigor.

0 Conselho Europeu sublinhou a importancia de que se revestem a

protec<;:ao de todos os imigrantes contra os ataques racistas e a plena

aplica<;:ao das politicas de integra<;:ao dos imigrantes legais. Expressou

a sua profunda preocupa<;:ao com os actos de agressao perpetrados contra

imigrantes estrangeiros. Deplorou que, precisamente num memento em que

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Conclusoes da Presid~ncia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

as divis5es na Europa deixam de existir, a tendencia geral para uma maior unidade no nosso continente seja manchada por tais actos. Esta convicto de que se devem tomar medidas eficazes e vigorosas por toda a Europa a fim de combater este fen6meno, tanto atraves da educa9ao como da legisla9ao.

0 Conselho Europeu aprovou a Declara9ao constante do Anexo 5.

Dimensao do Parlamento Europeu

26. Com base na proposta do Parlamento Europeu, o Conselho Europeu acordou no nlimero de membros do Parlamento Europeu a seguir enumerados, a partir de 1994, a fim de reflectir a reunifica9ao alema e na perspectiva do alargamento:

Belgica 25 Dinamarca 16 Alemanha 99 Grecia 25 Espanha 64 Fran9a 87 Irlanda 15 It alia 87 Luxemburgo 6 Paises Baixos 31 Portugal 25 Reino Unido 87

TOTAL 567

Os textos juridicos necessaries serao atempadamente preparados para adop9ao.

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Sedes das Instituic6es

27. Por ocasiao do Conselho Europeu, os Estados-mernbros chegaram a

acordo sobre as sedes do Parlamento Europeu, do Conselho, da Comissao,

do Tribunal de Justi9a e do Tribunal de Primeira Instancia, do Comite

Econ6mico e Social, do Tribunal de Contas e do Banco Europeu de

Investimento. A decisao formal e reproduzida no Anexo 6.

SN 456/92 PARTE A

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ANEXO 1 ~ PARTE A

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ABORDAGEM GLOBAL DA APLICA9AO PELO CONSELHO DO PRINCIPIO DA SUBSIDIARIEDADE E DO ARTIGO 3°-B DO

TRATADO DA UNIAO EUROPEIA

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Conclusoes da Presidencia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

I. PRINCIPIOS BASICOS

A Uni§.o Europeia assenta no principia da subsidiariedade, tal como especificam

os artigos A e B do Titulo I do Tratado da Uniao Europeia. Este principio

contribui para o respeito das identidades nacionais des Estados-membros e

constitui uma salvaguarda das respectivas compet9ncias. 0 seu objective consiste

em que as decis5es no §.mbito da Uniao Europeia sejam tomadas ao nivel mais

pr6ximo possivel des cidad§.os.

~. o artigo 3 o -B do Tratado CE en contem tres elementos principais:

- urn limite estrito a ac9ao comunit&ria (primeiro par&grafo);

uma regra (segundo paragrafo) para responder a pergunta: "A Cornunidade

dever& intervir? 11 Esta regra aplica-se a dominies que n§.o s§.o da

competencia exclusiva da Comunidade;

uma regra (terceiro paragrafo) para responder a pergunta: "Qual devera ser

a intensidade au a natureza da acc;:ao da Comunidade?" Esta regra aplica-se

quer a ac9ao seja au nao da competencia exclusiva da Comunidade.

(1) A redac9ao do artigo 3"-B, introduzido no Tratado CE pelo Tratado da Uniao Europeia, 6 a seguinte:

nA Comunidade actuar& nos limites das atribui9Ces que lhe sao conferidas e des objectives que lhe sao cornetidos pelo presente Tratado.

Nos dominies que nao sejam das suas atribuic;5es exclusivas, a Comunidade intervem apenas, de acordo com o principia da subsidiariedade, se e na medida em que os objectives da ac9ao encarada nao possa~ ser suficientemente realizados pelos Estados-membros, e possam, pais, devido a dimensao au aos efeitos da ac9B.o prevista, ser melhor alcan9ados ao nivel comunit&rio.

A ac9ao da Comunidade nao deve exceder o necess&rio para atingir os objectives do presente Tratado."

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ANEXO 1 a PARTE A - 1 -

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2. Estes tr~s paragrafos abrangem tr~s conceitos juridicos distintos que t~m antecedentes hist6ricos nos actua"is Tratados comunit&rios ou na jurisprud~ncia do Tribunal de Justi9a:

i) 0 principia de que a Comunidade s6 pede intervir quando lhe forem

conferidas compet~ncias para tal - o que implica que as compet~ncias nacionais sao a regra e as da Comunidade a excepyao - foi sempre urn

aspecto fundamental do ordenamento juridico comunitario (principia da atribui9ao de poderes) .

ii) 0 principia de que a Comunidade s6 deve intervir quando urn determinado

objective for melhor atingido a nivel comunitario do que a nivel des Estados-membros esta presente de forma embrionaria ou implicito em

algumas disposi96es do Tratado CECA e do Tratado CEE; o Acto Unico Europeu definiu este principia em materia de ambiente (principia da subsidiariedade em sentido juridico estrito) .

iii) 0 principia de que os meios a utilizar pela Comunidade deverao ser proporcionais aos fins em vista e j& referido em jurisprud@ncia

confirmada do Tribunal de Justiya. Este principia tern, por6m, side

limitado no seu alcance e desenvolvido sem o apoio de urn

artigo especifico do Tratado (principia da proporcionalidade ou da intensidade) .

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- 2

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3. 0 Tratado da Uniao Europeia define estes principios explicitamente e

atribui-lhes um novo significado juridico:

ao consagra-los no artigo 3"-B como principios gerais da legislac;:ao

comunit&ria;

ao estabelecer o principio da subsidiariedade como principia de base do

Tratado da Uni§.o; .(t)

ao integrar a noc;:ao de subsidiariedade no texto de varies novos artigos do

Tratado. O>

4. A aplicac;:ao do artigo 3"-B devera pautar-se pelos seguintes principios

basicos:

A concretizac;:ao efectiva do principio da subsidiariedade e do artigo 3"-B

e uma obrigayao para todas as instituiy5es cornunit&rias, sem afectar o

equilibria entre elas.

(1) Ver artigos A e B do Tratado da Uniao Europeia. {2) Artigos 118°-A, 126°, 127°, 128°, 129°, 129°-A, 129°-B, 130° e 130°-G do

Tratado CE, artigo 2" do Acordo relative a Politica Social. Alern dis so, o no 2, alinea b) , do artigo K 3 incorpora directamente o

principia da subsidiariedade.

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ANEXO 1 a PARTE A - 3

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SN 456/92

Conclusoes da PresidSncia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

Dever-se-a procurar chegar a urn acordo a este respeito entre o Parlamento

Europeu, o Conselho e a Comiss&o, no ambito do dialogo interinstitucional

que tern lugar entre estas Institui96es.

0 principia da subsidiariedade nao tern a ver, nem podera p5r em causa as

competencias atribuidas a Comunidade Europeia pelo Tratado de acordo com

a interpreta~ao do Tribunal de Justi9a; fornece, no entanto, uma

orienta9ao sabre a forma como tais compet@ncias deverao ser exercidas a

nivel comunitario, inclusivamente no tocante a aplica9ao do artigo 235'.

A aplica9ao do principia devera respeitar as disposi9oes gerais contidas

do Tratado de Maastricht, incluindo a da "manuten9ao da integralidade do

acervo comunit&rio'', sem prejudicar o primado do direito comunit&rio e sem

colocar em questao o principia definido no n' 3 do artigo F do Tratado da

Uni&o Europeia, segundo o qual a Uniao se dotar& dos meios necess&rios

para atingir as seus objectives e realizar corn ~xito as suas politicas.

A subsidiariedade e urn conceito din&mico e devera ser aplicada a luz des

objectives fixados no Tratado. Permite que a interven9ao comunitaria seja

alargada, se necess&rio, e, par outre lade, permite igualmente que ela

seja limitada au interrompida, se deixar de se justificar.

Sempre que da aplica9ao do criteria da subsidiariedade resultar a exclusao

da interven9ao comunit&ria, as Estados-membros continuarao todavia a dever

cumprir, na sua ac9&0, as regras gerais contidas no artigo so do Tratado,

nomeadamente tomando todas as medidas adequadas para assegurar o

cumprimento das suas obriga90es dele decorrentes e abstendo-se de tamar

quaisquer medidas susceptiveis de p5r em perigo os objectives do mesmo.

Nao se pede considerar que o principia da subsidiariedade produza efeitos

directos; todavia, a sua interpreta9ao e a aprecia9ao do seu cumprimento

pelas institui9Ces cornunitarias ficarao sujeitas ao controlo do Tribunal

de Justic;a, para as quest5es abrangidas pelo Tratado que institui a

Comunidade Europeia.

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ANEXO 1 a PARTE A - 4 -

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Conclus5es da Presidencia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

Os segundo e terceiro paragrafos do artigo 3'-B apenas sao aplicaveis na

medida em que o Tratado faculte a institui~ao interessada a possibilidade

de optar por intervir ou nao e/ou de optar quanto a natureza e ambito da

sua interven~ao. Quante mais concreta for a natureza de uma exigencia do

Tratado, menor sera o ambito de aplica~ao da subsidiariedade. 0 Tratado

imp5e as institui90es comunit&rias uma s6rie de obrigac;Oes especificas,

norneadamente no que se refere a aplica~ao e execu~ao do direito

comunitario, a politica da concorrencia e ~ protec~ao dos fundos

comunitarios. Tais obriga~oes em nada sao alteradas pelo artigo 3'-B: em

especial, o principio da subsidiariedade nao pede afectar a necessidade de

as medidas comw""litarias conterem disposi:;Oes adequadas no sentido de a

Comissao e os Estados-membros assegurarem a efectiva aplica~ao do direito

comunit&rio e cumprirem as suas obrigac;5es em materia de salvaguarda das

despesas comunit&rias.

Quando a Comunidade intervier numa area em que as competencias sejam

partilhadas, o tipo de medidas a aplicar ter& de ser decidido case a case,

com base nas disposic;5es pertinentes do Tratado. <O

(1) os novos artigos 126' a 129' do Tratado CE ern materia de educa~ao, forma~ao profissional e juventude, cultura e sallde pUblica excluem expressamente a harrnoniza~ao da legisla~ao e regularnenta~ao dos Estados-membros. Por conseguinte, est& fora de questao o recurso ao artigo 235° tendo em vista a adop~ao de rnedidas de harmoniza~ao para efeitos dos objectives especificos definidos nos artigos 126° a 129°. Isto nao significa que a concretiza9ao de outros objectives comunit&rios atraves de artigos do Tratado, que nao os artigos 126° a 129° ,· nao venha a produzir efeitos nessas areas. Quando os artigos 126°, 128° e 129° se referem a 11medidas de incentive", o Conselho entende que se trata de medidas destinadas a fomentar a coopera~ao entre os Estados-membros ou a apoiar ou complementar a sua actua9ao nas areas em questao, recorrendo, case seja necessaria, ao apoio financeiro a programas cornunit&rios ou a medidas nacionais ou conjuntas que se destinem a atingir os obj ecti vos enunciados nesses artigos. ·

SN 456/92 ecv/JFC/car p

ANEXO 1 a PARTE A - 5

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Conclus5es da Presidencia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

Ir. ORrENTA90ES

Em conformidade com os princ!pios basicos acima referidos, dever·se-ao seguir as orienta~5es adiante definidas - especificas para cada paragrafo do artigo 3•-s - ao analisar se determinado projecto de medida comunitaria e conforme com o disposto no referido artigo.

Primeiro paraqrafo (Limite da ac~ao da Comunidade)

Os criterios definidos neste paragrafo aplicam-se a todas as ac95es da Comunidade.

Para uma correcta aplica~ao deste paragrafo, as Institui~5es deverao certificar-se de que a acyao proposta n&o excede os limites das competencias conferidas pelo Tratado e se destina a alcan~ar urn au mais des seus objectives. A analise do projecto de medida deve determinar o objective a alcan~ar, se este se justifica em rela9&o a um objective do Tratado e se existe a base juridica necessaria para a sua adopyao.

Segundo paraqrafo (A Comunidade deve intervir?)

i) Este paragrafo nao se aplica as quest5es que sao da exclusiva competencia da Comunidade.

Para que a ac<;:B.o da Comunidade se justifique, o Conselho deve primeiro certificar-se de que ambos os aspectos do criteria da subsidiariedade sao respeitados, au seja, que os objectives da ac98.o proposta nao podem ser suficientemente realizados pela acy§.o des Estados-membros e que podem, portanto, ser mais bern alcanyados mediante uma ac9&o da Comunidade.

SN 456/92 ecv/JFC/car p ANEXO 1 a PARTE A

- 6 -

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Conclusoes da Presid&ocia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

ii) Para analisar se a condi.;:ao acima referida e respeitada, dever-se-ao

seguir as orienta96es infra:

A questao ern estudo tern aspectos transnacionais irnportantes que nao

podern ser regularnentados de forma satisfat6ria pela ac.;:ao des Esta­

dos-rnernbros; e/ou

As ac.;:5es apenas a nivel des Estados-rnernbros ou a falta de ac.;:ao

comunit&ria colidiriam com as exig6ncias do Tratado (como, per exemplo,

a necessidade de corrigir as distorQOeS de concorr6ncia, evitar

restri~5es dissimuladas ao com!rcio ou refor9ar a coesao econ6mica e

social), ou lesariam significativamente OS interesses des

Estados-rnernbros; e/ou

0 Conselho deve certificar-se de que a ac9ao a nivel comunit&rio seria

comprovadamente vantajosa, em virtude da sua dimensao ou des seus

efeitos, em cotejo com a ac9ao a nivel des Estados-membros.

iii) A Cornunidade s6 deve tornar rnedidas de harrnoniza.;:ao da legisla.;:ao ou das

normas nacionais quando tal for necessaria para atingir os objectives do

Tratado.

iv) 0 objective de apresentar urna posi.;:ao frnica des Estados-mernbros perante

paises terceiros nao justifica par si s6 urna ac9ao comunit&ria interna na

area em causa.

v) As razOes que permitem concluir que determinado objective comunitB.rio nao

pede ser suficientemente realizado pelos Estados-membros e pede ser melhor

alcan9ado pela Comunidade deverao ser corroboradas par indicadores

qualitativos ou, quando tal for possfvel, quantitativos.

SN 456/92 ecv/JFC/car p

ANEXO 1 ii PARTE A - 7

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Terceiro paragrafo (Natureza e alcance da interven~ao cornunitaria)

i) Este paragrafo aplica-se a todas as ac~oes da Cornunidade, quer sejarn ou nao da sua exclusive cornpetencia.

ii) Quaisquer encargos, sejam eles financeiros ou administrativos, que recaiam sabre a Comunidade, agentes econ6micos e

os governos nacionais, os cidadaos, deverao ser

proporcionais ao objective a alcanc;ar;

as autoridades locais, as reduzidos ao minima e ser

iii) As rnedidas cornunitarias deverao deixar as instancias nacionais cornpetentes urna rnargern de decisao tao arnpla quanto possivel, cornpativel corn a garantia de realiza~ao do objective proposto e o respeito das exigencias do Tratado. Ao curnprir a legisla~ao cornunitaria, havera que ter a preocupa~ao de respeitar as disposi96es consagradas nos ordenamentos juridicae nacionais, bern como a organiza9ao e o funcionamento des sistemas juridicos dos Estados-rnernbros. Quando adequado, e sern prejuizo da necessidade de urna concretiza9ao eficaz, as medidas cqmunitarias deverao facultar aos Estados-membros vias alternativas para alcanc;ar os objectives nelas definidos.

iv) Sernpre que seja necessaria estabelecer normas a nivel comunit&rio, dever­-se-a ponderar a possibilidade de estipular normas minimas, deixando aos Estados-membros a liberdade de definirem normas nacionais mais rigorosas, nao apenas nas areas em que o Tratado o exige (118°-A, 130°-T), mas tamb8m noutras areas em que nao colida com os objectives da medida proposta ou com as disposi90es do Tratado.

SN 456/92 ecv/JFC/car p ANEXO 1 a PARTE A

- 8

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v) A forma da acc;ao devera ser tao simples . quanto possfvel, desde que· se

coadune com a realizac;ao satisfat6ria do objective da medida proposta e

com a necessidade da sua execuc;ao eficaz. A legislac;ao comunitaria dever­

-se-a ater ao estritamente necessaria. Et coeteris paribus, deverao

preferir-se as directivas aos regulamentos, e as directivas-quadro as

medidas pormenorizadas. Sempre que adequado, devera dar-se preferencia a

medidas nao obrigat6rias, como recomenda96es, e contemplar igualmente a

utilizac;ao de c6digos de conduta voluntaries.

vi) Sempre que se revele adequado no Ambito do Tratado, e desde que tal seja

suficiente para alcant;:ar os objectives nele previstos, dever& dar-se

prefer@ncia, na escolha do tipo de accao da Comunidade, ao incentive a cooperacao entre os Estados-membros, a coordena98.o das acc5es a nivel

nacional, ou as iniciativas destinadas a complementar, suplernentar, au

apoiar essas ac96es.

vii) Sempre que as dificuldades sejam localizadas e apenas afectem alguns

Estados-membros, as acy5es da Comunidade que se revelem necess&rias nao

deverao ser alargadas a outros Estados-membros, a menos que tal seja

necessaria para alcancar urn objective do Tratado.

SN 456/92 ecv/JFC/car p

ANEXO 1 a PARTE A - 9 -

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III. PROCEDIMENTOS E PRATICAS

0 Tratado da Uniao Europeia obriga todas as Instituity5es a verificarem, na

analise de urna medida comunitaria, se sao respeitadas as disposity5es do

artigo 3 • -B.

Para tal, aplicar-se-ao os procedimentos e pr&ticas seguintes, no &mbito des

principios basicos enunciados na Sectyao II e sem prejuizo de urn futuro acordo

interinstitucional.

a) Comissao

A Comissao tern urn papel crucial a desempenhar na aplicatyao efectiva do artigo 3°-B, tendo em conta o seu direito de iniciativa ao abrigo do Tratado,

que nao e, alias, pasta em causa pela aplicatyao deste artigo.

A Comissao informou que vai proceder a consultas mais amplas antes de proper legislatyao, o que podera incluir consultas a todos os Estados-membros e urna

utilizatyao mais sistematica de docurnentos de consulta (livros verdes). As consultas poderao incluir os aspectos de subsidiariedade de uma proposta.

A Comissao esclareceu igualmente que, doravante - e segundo o procedimento

ja estabelecido per esta Institui9ao, de acordo com o compromisso assumido

no Conselho Europeu de Lisboa -, justificar& num considerando a relev&ncia

da sua iniciativa no que se refere ao principia da subsidiariedade. Sempre

que necessaria, a exposityao des motives que acompanha a proposta fornecera pormenores sabre as reflex5es da Comissao no contexte do artigo 3°-B.

E essencial que a Comissao centrale globalmente o respeito pelo disposto no

artigo 3°-B ern todas as suas actividades, e ja forarn tornadas rnedidas a este respeito par aquela Instituityao. A Comissao apresentara ao Conselho Europeu

e ao Parlamento Europeu, atrav9s do Conselho "Assuntos Gerais", urn relat6rio anual sabre a aplicaqao do Tratado neste dominic. Esse relat6rio podera ser

muito util no debate sabre o relat6rio anual que o Conselho Europeu tern de apresentar ao Parlarnento Europeu sobre os progresses realizados pela Uniao

(ver Artigo D do Tratado da Uniao Europeia) .

SN 456/92 ecv/JFC/car P ANEXO l a PARTE A

- 10

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b) Conselho

A partir da entrada em vigor do Tratado, o Conselho adoptara o procedimento

adiante enunciado.

A analise da conformidade de uma medida como disposto no artigo 3°-B devera

ser efectuada de forma regular, devendo tornar-se parte integrante da analise

global de toda e qualquer proposta da Comissao e basear-se no conteudo da

proposta. As regras pertinentes do Conselho, incluindo as regras de vota9ao,

aplicam- se a essa analise<U. A referida analise inclui a avalia9ao pelo

Conselho da conformidade total ou parcial da proposta da Comissao com o

disposto no artigo 3°-B (tomando como ponte de partida os considerandos e a

exposi9ao des motives apresentados pela Comissao) e da conformidade de

qualquer altera9ao da proposta prevista pelo Conselho com o disposto no

referido artigo. A decisao do Conselho sobre os aspectos relacionados com a

subsidiariedade sera tomada em simult&neo com a decisao relativa ao contelldo

e em conformidade com as nor.mas de vota98.0 estabelecidas no Tratado. Dever&.

ter-se o cuidado de nao entravar o processo de tomada de decisao do Conselho

e de evitar urn sistema de tomada de decis§.o preliminar ou paralelo.

A analise e o debate respeitantes ao artigo 3•-B terao lugar no Conselho ao

qual caiba a responsabilidade de tratar o assunto em questao. 0 Conselho

11 Assuntos Gerais 11 sera respons&.vel pelas quest5es gerais relacionadas com a

aplicacao do artigo 3°-B. Neste contexte, o Conse~ho "Assuntos Gerais" far&

acompanhar o relat6rio anual da Comissao (ver ponte 2 a) supra) de quaisquer

considera90es pertinentes sabre a aplica98.0 deste artigo pelo Conselho.

(1) Durante a analise, qualquer Estado-membro tern o direito de solicitar que a analise de uma proposta que suscite quest5es relacionadas como artigo 3•-B seja inscrita na Ordem do Dia provis6ria de uma sessao do Conselho, de acordo com o artigo 2• do Regulamento Interne do Conselho. Se essa analise, que devera abranger todas as quest5es substanciais contidas na proposta da Comissao, dernonstrar que nao existe a maioria necessaria para a adop9&o do acto, o resultado podera ser a alterac;§.o da proposta pela Comissao! o prosseguimento da analise pelo Conselho com o objective de tornar o acto compativel com o disposto no artigo 3 o -B, ou uma suspensao provis6ria d.?. analise da proposta, sem prejuizo des direitos dos Estados-membros e da Comissao previstos no artigo 2° do Regulamento Interne do Conselho, nem da obriga9ao do Conselho de ter em conta o parecer do Parlamento Europeu.

SN 456/92 ecv/JFC/car p

ANEXO 1 a PARTE A - 11 -

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Serao pastas em vigor diversas medidas praticas para garantir a eficacia da analise relativa ao artigo 3'-B, nomeadamente:

• os relat6rios des grupos de trabalho e do COREPER sobre determinada proposta descreverao, sempre que adequado, o modo como foi aplicado o artigo 3°-B,

• em todos os cases de aplica9ao des procedimentos enunciados nos artigos 189'-B e 189'-C, o Parlamento Europeu sera plenamente informado, no memoranda explicative a apresentar pelo Conselho de acordo com as disposi9oes do Tratado, da posi9ao do Conselho no tocante ao cumprimento do disposto no artigo 3'-B. o Conselho informara igualmente o Parlamento da eventual rejei9ao total au parcial de uma proposta da Comissao pelo facto de nao estar em conformidade com o principia do artigo 3°-B.

SN 456/92 ecv/JFC/car p ANEXO 1 a PARTE A

- 12 -

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ANEXO 2 a PARTE A

SN 456/92

SUBSIDIARIEDADE

EXEMPLOS DA REAPRECIA9iO DAS PROPOSTAS PENDENTES E DA LEGISLA9A0 EM VIGOR

ecv/JFC/car ANEXO 2 a PARTE A

p

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0 Conselho Europeu de Birmingham previu que, para "consubstanciar o principia da

subsidiariedade 11, deveriam ser analisados na reuni§.o de Edirnburgo "as primeiros

resultados da reapreciac;ao, per parte da Comissao, da legislac;:a:o comunit&ria

anterior, acompanhada de examples".

Nessa 6ptica, a Comissao seguiu tres orientac;Oes:

A partir do mes de Outubro, apresentou as outras instituic;Oes OS resultados das

suas reflex5es atraves duma anAlise politica, tecnica e juridica do principia da

subsidiariedade;

PropOs as principais elementos de urn acordo interinstitucional como qual, no que

diz respeito as partes essenciais, o Parlamento concordou e que foi acolhido

favoravelmente palos Estados-membros, umavez que o principia da subsidiariedade

abrange as tr~s institui9oes que participarn- segundo dispositivos diversos- no

processo decis6rio e legislative;

No que lhe diz respeito, a Comissao procedeu a reaprecia9ao das suas propostas

em curse e a uma primeira an&lise da legisla9ao existente e aprofundou a sua

reflexao relativamente a certas iniciativas que havia previsto; em conformidade

com as conclus5es do Conselho Europeu de Lisboa, esta primeira reflexao sera

completada pelo relat6rio que a Comissao ira apresentar "ao Conselho Europeu de

Dezembro de 1993 sabre os resultados 11 da reapreciac;:"§.O "de certas regras comuni­

tarias, com vista a adapt&-las ao principia da subsidiariedade".

1. A Comissao come(;:'ou par passar em revista a luz da no9ao de subsidiariedade as

propostas submetidas ao Parlamento e ao Conselho para adopyao.

Procedeu a uma an&lise que incidiu, par urn lade, no prOprio principia da

interven(;:'§.O face ao criteria da necessidade e, par outre, na quest§.o da

intensidade da interven(;:'S.o, isto e, da proporcionalidade entre meios e objectives

a alcan(;:'ar.

SN 456/92 ecv/JFC/car p

ANEXO 2 a PARTE A - 1

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a) A Comissao chegou A conclusao que algumas das suas propostas nao estavam suficientemente fundamentadas, quer em termos de mais~valia comunitB.ria, quer em termos de efic&cia comparada com as possibilidades de acc;ao a nivel nacional e internacional.

Nessa perspectiva, a Comissao retirou recentemente tr@s propostas de directivas:

Rotulagem com dados nutricionais obrigat6ria .para os generos alimenticios;

Frequencias de r&dio para o sistema terrestre de telecomunicac;5es com avioes (TFTS) ;

Frequ6ncias de r&dio para OS sistemas telemB.ticos destinados aos transportee rodoviarios (RTT);

A Comissao tenciona igualmente, ap6s ter tide os contactos apropriados com o Parlamento Europeu, retirar as seguintes propostas :

Medidas propostas por ocasiao da crise do Golfo para casas de dificuldades no abastecimento de petr6leo a Comunidade e nas reservas petroliferas;

Detenc;&o des animais nos jardins zoo16gicos (este assunto sera posterior~ mente objecto duma proposta de recomendac;ao);

Frequ@ncias de radio para a introduyao coordenada das radiocomunica95es digitais de pequeno alcance (DSRR);

Impastos indirectos sabre as transacy5es de titulos;

Impastos indirectos sabre as mobilizay5es de capitais;

Alterayao da 6~ directiva IVA;

Aumento das franquias para o combustivel contido nos depOsitos des veiculos utilit&rios;

- IVA sabre os produtos de reabastecimento de navies;

SN 456/92

Regime das importay5es tempor&rias de determinados veiculos a motor;

Classificac;ao dos documentos das instituic;oes da Comunidade;

Rede de centres de informayao sabre os mercados agricolas e as normas de qualidade.

ecv/JFC/car p ANEXO 2 a PARTE A

- 2 -

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b) A Comissao constatou tambem, nomeadamente na sequencia de debates do

Parlamento Europeu ou do Conselho, que certas propostas pendentes sao, per

vezes, demasiadamente pormenorizadas em rela~ao aos objectives a alcan~ar.

Consequentemente, tenciona proceder a uma revis&o de varias propostas em

tome de principios gerais que os Estados-membros poderiam completar:

Ofertas pUblicae de compra;

Defini~ao comum da no~ao de armador comunit&~io;

- Publicidade comparativa;

Rotulagem do cal9ado;

Responsabilidade do prestador de servi9os;

Protec<;:§.o das pessoas singulares relativamente ao tratamento des dados nas

redes digitais de telecomunica96es (RDIS).

2. Per outre lade, a Comissao identificou diversos exemplos de grupos de

regulamenta90es em vigor relativamente aos quais tenciona, no seu programa de

trabalho para 1993, proper uma reaprecia9ao.

No dominic das normas tecnicas, sera conveniente proceder a uma racionaliza9ao

de diversas directivas cujas especificaq5es tecnicas sao demasiado

pormenorizadas, podendo ser substituidas, segundo a nova perspectiva de

harmonizac;ao, apenas pelos requisites essenciais a que os produtos devem obedecer

para circularem livremente na Comunidade. Trata-se, em especial, de directivas

de harmonizat;ao no dominic des g8neros alimenticios (doces, S.guas minerais

naturais, mel, extractos de cafe, sumas de fruta}. A Comissao ira igualmente

proper uma clarificac;ao dos ambitos de aplicac;ao respectivos de certas directivas

que, apesar de serern abrangidas pela nova perspectiva de harmonizac;ao, colocam

problemas de sobreposi9ao (por exemplo, directivas relativas a baixa tensao e as

mS.quinas).

SN 456/92 ecv/JFC/car p

ANEXO 2 a PARTE A - 3

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No dom!nio das qualificar;:Oes profissionais, a Comiss§.o ira reexaminar as directivas - j& relativamente antigas - referentes a determinadas profissoes regulamentadas per forma a simplificar o seu funcionamento e a reforc;:ar o · reconhecimento mUtua.

No dominic do ambiente, nomeadamente nos sectores do ar e da &gua, a Comissao propOe simplificar, consolidar e actualizar as textos existentes em funyao da evoluc;:ao des conhecimentos e do progresso tecnico.

No dominic da agricultura, e mais especificamente no que se refere ao apuramento das contas, a Comissao tenciona conferir as autoridades nacionais urna maier responsabilidade no que se refere a aplicac;:ao da legislac;:ao comunit&ria, reconhecendo·lhes, mediante certas condiy5es, a possibilidade de efectuarem transacy5es corn particulares.

No dominic da protecyao des animais nas exploray5es de produyao animal, a adesao da Comunidade e de todos os Estados-membros a Convenc;:ao Europeia sobre a Protecc;:ao des Animais nas Explorac;:oes de Produc;:ao Animal torna util a manutenc;:ao das directivas do Conselho, que fixarn, a pedido do Parlarnento, norrnas muito estritas relativas a protec<;B.o des sul:nos, vitelos e galinhas poedeiras. No entanto, continua a ser necessAria uma legisla<;B.o comunitAria que fixe disposic;5es ml:nimas de protecc;B.o des animais a fim de assegurar condic;Oes equitativas de concorr€ncia e de garantir a liberdade de circula9B.o.

No doml:nio da politica social, a Comissao considera que as directivas baseadas no artigo 118 o -A sao demasiado recentes para serem reexaminadas; a tare fa priorit&ria deveria ser antes de mais complet&-las atraves da aplicac;:ao de todas as disposic;5es da Carta des Direitos Sociais. Seria no en tanto conveniente proceder, o mais rapidamente possivel, a uma simplificac;ao e a uma codifica9ao do elevado nUmero de antigos regulamentos relatives a livre circulac;ao des trabalhadores.

SN 456/92 ecv/JFC/car p ANEXO 2 a PARTE A

- 4

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3. Por ultimo, a Comissao pede, na sequ!lncia de consultas efectuadas junto des meios

interessados, indicar que n&o tenciona dar seguimento a determinadas iniciativas

anteriormente previstas.

Desta forma, decidiu nao proper a harmoniza<;'aO das chapas de matricula des

autom6veis e a regulamenta96.0 des jogos de azar.

A Comissao considera igualmente nao ser necessaria prosseguir a prepara9ao de

determinados proj ectos de harmoniza9iio de normas t/Ocnicas (per exemplo, alimentos

dieteticos, m&quinas em segunda mao, estruturas desmont&veis e material para

feiras e parques de atrac95es, componentes mec&nicos de fixa9ao, nomead&uente

cavilhas) .

Em termos mais genericos, a Comissao tenciona utilizar o seu monop6lio de direito

de iniciati va recusando apresentar propostas de directi vas que lhe sejam

solicitadas pelo Conselho de Ministros nas suas reuniOes informais. Neste mesmo

espirito, passara a ser mais severa na recusa ao Conselho e ao Parlamento das

altera9oes que sejam contrarias ao principio da proporcionalidade ou que

compliquem inutilmente as directivas ou as recomenda90es necess&rias atendendo

ao principio da necessidade.

SN 456/92 ecv/JFC/car p

ANEXO 2 a PARTE A - 5

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ANEXO 3 a PARTE A

TRANSPARENCIA- EXECU9AO DA DECLARA9AO DE BIRMINGHAM

Acesso aos trabalhos do Conselho Informa9oes sobre o papel do Conselho e as suas decis5es Simplifica9ao e acesso mais facil a legisla9ao comunitaria

SN 456/92 ecv/JFC/car ANEXO 3 a PARTE A

p

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Conclusoes da Presidencia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

ACESSO AOS TRABALHOS DO CONSELHO

0 processo de abertura des trabalhos do Conselho tera infcio nas seguintes areas:

a) Debates abertos sabre o Programa de Trabalho e iniciativas importantes de

interesse comunit&rio

i) Debates de orienta9ao abertos sobre programas de trabalho importantes

da Presidencia e da Comissao, tanto no ConSelho "Assuntos Gerais" como

no Conselho ECOFIN. Caber& a Presid8ncia tomar uma decisao ~1anto ao

calendario.

ii) Deverao afectuar-se regularmente debates abertos sobre as principais

questoes de interesse para a Comunidade. Cabera ii Presid~ncia, a

qualquer Estado-membro ou ii Comissao proper as questoes que serao

objecto de debate pUblico. A decisao sera tomada pelo Conselho numa base

casuistica.

b) Legislacao

As novas propostas legislativas de maier import&ncia poderao, sempre que tal for

adequado, ser sujeitas a urn debate aberto preliminar no Conselho competente, com

base na proposta legislativa apresentada pela Comissao. Cabera ii Presid~ncia, a

qualquer Estado-membro ou ii Comissao proper assuntos especificos para debate. A

decisao sera tomada pelo Conselho numa base casuistica. As negociac5es

respeitantes a legislac;ao no B.mbito do Conselho deverao continuar a ser

confidenciais.

c) Publicacao das aetas das votacOes

Sempre que se proceda a uma votac;ao formal no Conselho, a acta da votayao

(incluindo as declara9oes de veto apresentadas pelas delega9oes) devera ser

publicada.

d) A decisao quanto ii realiza9ao de urn debate pUblico sobre urn assunto especifico,

ao abrigo da subalinea ii) da alinea a) e da alinea b), devera ser tomada per

unanirnidade.

e) 0 "acesso publico" sera garantido pela capta9a0 televisiva do debate para

transmissao na &rea do edificio do Conselho reservada a imprensa.

SN 456/92 ecv/JFC/car p

ANEXO 3 ii PARTE A - 1 -

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Conclus5es da PresidSncia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

INFORMACAO SOBRE 0 PAPEL DO CONSELHO

A. Transpar@ncia das decis5es do Conselho

Alargamento a todas as inst8ncias do Conselho da pratica estabelecida ao lange des anos na maier parte das sess5es do Conselho, que consiste em publicar uma descri~ao completa das conclus5es do Conselho nas Comunica9oes a Imprensa {A excepyao des cases em que tais informayOes possam lesar OS

interesses des Estados-membros, do Conselho au da Comunidade - par exemplo, mandates de negociay§.o). Dever-se-a ainda proceder a urn aumento sistematico da publica9ao de resumes explicativos de pontes "A" adoptados pelo Conselho que se revistam de certa import&ncia, bern como procurar que as conclus5es do Conselho sejam redigidas de forma compreensivel para o publico.

Melhoramento da informary§.o relativa ao contexte em que se inserem as decis5es do Conselho (par exemplo, objectives, historial, rela9a0 com outros assuntos), que devera ser difundida, se possivel, em briefings destinados a imprensa organizados antes das sess5es do Conselho, sob a forma de t6picos elaborados pelo Secretariado ern termos acessiveis aos leitores. Futuramente, esta pratica poderia ser alargada a assuntos relacionados com a Politica Externa e de Seguran9a Comum e com as Assuntos sal vaguardando- se a necessidade especifica de determinadas areas.

Internes e a Justi9a,

confidencialidade em

Realiza9ao sistematica de briefings de contextualiza9ao para a imprensa, a organizar pela Presid~ncia, c·aadjuvada pelo Secretariado·Geral do Conselho, antes das sess5es do Conselho (actualmente, nem todas as Presid~ncias

realizam tais briefings, frequentemente limitadas a imprensa nacional) .

Publica9ao das posi9oes comuns adoptadas pelo Conselho de acordo com os procedimentos previstos nos artigos 189 o ·B e 189 o ·C, e da exposi9B.o des motives que as acompanha.

E importante que todo o material informative seja rapidamente pasta a disposi9ao em todas as linguas comunit&rias.

SN 456/92 ecv/JFC/car p ANEXO 3 a PARTE A - 2 -

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Conclusoes da Presidencia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

B. Maier informac!o geral sabre o papel e as actividades do Conselho

• b relat6rio anual, actualmente publicado com grande demora, passad.

doravante a ser publicado no inicio do novo ano, sob a responsabilidade do

Secretariado-Geral. Deve tornar-se mais interessante e mais compreens1vel

para o pUblico - e complementar, em vez de repetir, o relat6rio anual da

Comissao. Dever-se-a elaborar tambem urn breve resume para ampla

divulga<yao.

• Incremento generalizado das actividades informativas do Conselho,

incluindo o refor<yo do servi<yo de Imprensa. Desenvolvimento da actividade

de informa<yao, ja bastante intensa (visitas de grupo), pelos servi<yos do

secretariado. Criac;ao de urn programa de visitas de jornalistas,

especialmente des respons&veis pelos assuntos comunit&rios, nao colocados

em Bruxelas (em cooperac;ao com a Comissao).

C. Cooperacao e transmissao mais r§pida do material informative

Dinamiza<yao do grupo de informa<yao ja existente no Conselho e seu alargamento

a outras Instituic;Oes, per forma a desenvolver estrategias de informac;ao

coordenadas;

Cooperac;§.o entre os Estados-membros e as Instituic;5es cornunit&rias no dominic

da informac;&o;

Recurso as novas tecnologias da comunicac;ao: bases de dados, correio

electr6nico para facultar informa90es fora des locais de reuniao do Conselho

(Bruxelas/Luxemburgo) .

SN 456/92 ANEXO 3 a PARTE A

ecv/JFC/car p - 3

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Conclus5es da Presidencia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

~IMPLIFICACAO DA LEGISLACAO COM[NITARIA E MELHOR ACESSO A MESMA

I. Tornar mais clara e mais simples a nova leqislac~o comunit8ria

Embora o caracter t6cnico da maioria des textos e a necessidade de compromisso entre as diferentes posiy5es nacionais compliqu~m muitas vezes o exercicio de redac9ao, dever-se-iam tomar medidas pr&ticas no sentido de melhorar a qualidade

a) Poder-se-iam estabelecer directrizes para a elabora9ao da legisla9ao comunit&ria, cornpreendendo crit6rios com os quais teria de ser confrontada a qualidade dos textos legislativos;

b) As delega9oes dos Estados-membros deveriam desenvolver esfor9os, a todos os niveis das actividades do Conselho, para verificar de modo mais exaustivo a qualidade da legisla9ao;

c) 0 Servic;o Juridico do Conselho deveria ser solicitado regularmente para rever os projectos de actos legislativos antes da sua adop9ao pelo Conselho e apresentar 1 sempre que necess&rio, sugest5es de reformulayao destinadas a tamar esses aetas o mais simples e claros possivel;

d) 0 Grupe de Juristas-Linguistas, que elabora a versao juridica final de toda a legisla9ao antes da sua adop9ao pelo Conselho (com a participa9ao de peritos juristas nacionais), deveria apresentar sugest5es de simplifica9ao dos textos sem alterar o seu conteUdo.

SN 456/92 ANEXO 3 a PARTE A

ecv/JFC/car p - 4

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Conclusoes da Presid@ncia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

II. Tornar mais acessivel a leqislacao comunitaria ia existente

E possivel tamar a legislacao comunitaria mais rapidamente acessivel numa

forma concisa e inteligivel atraves de uma utilizaciio mais expedite e

organizada da consoliday§.o ou da codifica98.o; dever-se-ia igualmente pensar

em melhorar o sistema da base de dados CELEX.

1) Melhorar e organizar a consolidadio ou a codificacao da leqislacao

comunit&ria

As duas estrat§gias possiveis - consolida9ao nao oficial e codifica9ao

oficial(0 - devern ser desenvolvidas em paralelo.

a) 0 Service de Publicac6es Oficiais das Comunidades Europeias tern urn

importante papel a desempenhar no que se refere a consolidac§.o nao

oficial. A definicao desse papel esta a ser gizada ha algum tempo e a

partir de 1993 entrara em funcionamento urn novo sistema, atraves do qual

a versao consolidada de toda a legislaciio comunitaria em fase de

altera9ao pede ficar automaticamente disponivel ap6s introdw;::ao das

respectivas altera90es; dais anos mais tarde, o sistema devera poder

abranger toda a legislacao comunitaria (incluindo a ja existente), desde

que sejam mobilizados os recursos financeiros necessaries. A legisla9&0

consolidada deveria ser imediatamente publicada (na serie C do Jamal

Oficial), possivelmente depois da inclusao des "considerandos", e/ou

ficar disponivel atraves do CELEX.

(1) Deve fazer·se uma distinciio clara entre

consolidacao nao oficial, que consiste na publica9&0 conjunta, exterior a gualguer processo legislative, de partes dispersas da legislaciio sabre uma questao especifica, que nao tern efeito juridico e que mantem todas essas partes em vigor (ver, por exemplo, o texto consolidado do Regulamento Financeiro, JO C 80 de 25.03.1991, p. 1.).

codificacao oficial, que se realiza pela adop9&o de urn acto comunit&rio legislative formal atrav~s des processes pertinentes, excluindo ao mesmo tempo todos os textos anteriormente existentes (ver, par exemplo, o Regulamento consolidado do Conselho que estabelece a organizaciio de mercado no sector dos produtos da pesca, JO n• L 354 de 23.12.1991, p. 1).

SN 456/92 ecv/JFC/car p

ANEXO 3 a PARTE A • 5 •

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Conclusoes da Presid@ncia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

b) A codificacao oficial e importante porque proporciona seguran<;:a juridica a legisla<;:ao aplicavel nurn determinado memento relativamente a uma questao especifica.

SN 456/92

uma vez que a codifica<;:ao oficial apenas se pede fazer atraves des processes legislativos adequados, tern de ser estabelecidas prioridades e as tres institui<;:5es com poderes legislativos tern de chegar a acordo sobre urn metodo de trabalho acelerado.

i) A codifica<;:ao oficial deveria realizar-se com base em prioridades acordadas. A Comissao proporia essas prioridades no seu programa de trabalho, ap6s as consultas adequadas;

ii) Dever-se-ia encontrar um metoda de trabalho acelerado mutuamente aceitavel que permitisse adoptar a legisla<;:ao comunitaria codificada (que substitui a legisla<;:ao existente sem alterar o seu conteudo) de urna forma rapida e eficiente; urn grupo consultive constituido pelos Servi~os Juridicos da Comissao, do Conselho e do Parlamento contribuiria para a realiza<;:ao des trabalhos de base necessaries a adop<;:ao da legisla<;:ao comunitaria codificada o mais rapidamente possivel, de acordo com os processes de decis§.o normais da Comunidade.

ecv/JFC/car ANEXO 3 a PARTE A

p - 6

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Conclusoes da Presidencia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

2) Reforco da base de dados CELEX!o

0 CELEX deveria ser melhorado por forma a

a) Recuperar o atraso que se verific-a em relac;&o

= a legislacao em vigor

= a alimentacao da base de dados nas linguae grega, espanhola e

portuguesa;

b) Tomar o sistema mais facilmente acessl.vel aos utilizadores e ao

pUblico.

Deveriam ser mobilizados os necessaries recursos financeiros.

(1) 0 sistema CELEX (documentacao automatizada sobre o direito comunitario) foi criado em 1970 como sistema interinstitucional de Qocurnenta9&0 informatizado e tornado acessivel ao pUblico em 1981; contem a totalidade do acervo comunit&rio.

Ern 13 de Novembro de 1991, o Conselho adoptou uma resolucao relativa a reorganiza~ao das estruturas de funcionamento do CELEX, per forma a melhorar a sua eficacia (JO n• C 308 de 28.11.91, p. 2).

SN 456/92 ecv/JFC/car p

ANEXO 3 a PARTE A - 7

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ANEXO 4 a PARTE A

DECLARA9AO RELATIVA AO INCENTIVO A RECUPERA9AO ECONOMICA NA EUROPA

SN 456/92 ecv/JFC/car p

ANEXO 4 a PARTE A

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Conclusoes da Presidencia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

l. A realizac;:ao do Mercado Unico Europeu no final do presente ano, a ratificac;:ao do

Tratado de Maastricht, o acordo sobre o financiamento futuro da Comunidade e uma

conclusao rapida e bern sucedida das negociac;:5es do GATT sao de import§ncia crucial

para o fortalecimento da economia europeia e incentivarao a confianc;a de modo

substancial .

2. Os objectives das politicas econ6micas dos Estados-membros deverao continuar a

ser os definidos no Tratado de Maastricht: uma economia de mercado aberta com livre

concorr6ncia, crescimento sustentado que respeite o ambiente, prec;os estaveis com

financ;:as pllblicas e condic;:5es monetarias sas e uma balan(;a de pagamentos sustentada.

Estes objectives continuarao a condicionar as politica.s econ6micas dos Estados·

-membros. Estes Ultimos continuam determinados a preencher os crit8rios de

converg~ncia definidos no Tratado de Maastricht e a respeitar integralmente os

programas de converg6ncia apresentados ao Conselho, incluindo a adesao aos

objectives de consolidac;:ao orc;:amental a medic prazo.

3. 0 Conselho Europeu convidou os Estados-membros a porem em pratica medidas

econ6micas de forma concertada, a medida das exig6ncias nacionais, que aumentarao

a confian<;a e incentivarao a recuperac;ao econ6mica. Essas medidas deverao ter per

objective a melhoria das perspectivas de crescimento, a criay&o de empregos

est&veis, e deverao ser compativeis com urn quadro a m9dio prazo baseado nos

principios de convergencia estabelecidos no Tratado de Maastricht.

4. Os Estados -membros deverao:

aproveitar todas as oportunidades, de acordo com as respectivas situayOes

nacionais 1 para explorar as reduzidas rnargens de manobra de que dispOem no que

respeita a politica oryamental;

orientar, na medida do possivel, as suas prioridades no tocante as despesas

pllblicas para infraestruturas e outros investirnentos fundamentais e para despesas

que promovam o crescimento e que deem origem a proveitos compensadores;

SN 456/92 ecv/JFC/car p

ANEXO 4 a PARTE A - 1

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Conclusoes da Presidencia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

aplicar medidas para incentivar o investimento privado, especialmente por

pequenas e medias empresas (PME's);

actuar para melhorar ainda mais a efic&cia das suas economias atraves, per

exemplo, de uma ac~ao destinada a reduzir as subsidies e de medidas para refor~ar

a concorrencia e a flexibilidade do mercado;

envidar esfor~os para obter conten~ao nos acordos sala~iais no sector pUblico.

0 Conselho Europeu tomou nota de que as restri~oes salariais ajudarao a controlar

as despesas governamentais correntes, contribuir§.o para as tao necessS..rias melhorias

na competitividade e contribuirao para reduzir o desemprego.

0 saneamento das finan9as pllblicas, associado a uma inflayao baixa e a moderayao

salarial, ajudara a criar as condi~oes para uma redu~ao das taxas de jura.

5. 0 Conselho Europeu continuar& a vigiar atentamente as perspectivas econ6micas e

procedera a uma nova an&lise mais aprofundada da situayao na sua pr6xima sessao. o

Conselho Europeu convidou o Conselho ECOFIN a:

analisar as acy5es nacionais pertinentes no Ambito da fiscaliza9&0 multilateral;

controlar o desempenho das economias nacionais comparativamente com as

respectivos programas de converg@ncia econ6mica;

determinar medidas para melhorar o funcionamento do mercado de trabalho.

6. 0 Conselho Europeu esta convicto de que a eficacia destas ac~5es nacionais sera

refor<;ada par medidas complementares e de apoio a nivel comunitB.rio. Com este

objective, o Conselho Europeu convidou:

o Conselho eo Banco Europeu de Investimento (BEI}, em estreita consulta com a

Comissao, a analisar de forma urgente e positiva a criac;§.o no BEI de uma nova

facilidade de credito temporaria de 5 000 MECU. 0 objective dessa nova facilidade

sera 0 de acelerar 0 financiamento de projectos de infraestruturas de grande

import&ncia relacionados, nomeadamente, com as redes transeuropeias. Essas redes

poder§.o incluir projectos que envolvam paises da Europa Central e Oriental na medida

em que sejam de interesse mUtua e garantam a interoperabilidade das redes com a

Comunidade.

Em rela9B.o aos projectos financiados par esta facilidade, os Governadores do BEI

serao convidados a elevar o limite m&ximo normal do montante des empr€stimos de 50%

para 75% e os limites maximos combinadas (empr8stimos e subsidies} de 70% para 90%.

Os demais criterios do BEI para as infraestruturas dever&o continuar a ser

respeitados como actualrnente.

SN 456/92 ecv/JFC/car p ANEXO 4 a PARTE A

- 2

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Conclusoes da Presidancia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

0 Conselho Europeu recordou que no Protocolo de Maastricht relativo a Coesao

Econ6mica e Social se reafir.mou que o BEI deve consagrar a maier parte des seus

recursos ao fomento da coesao econ6mica e social e clue as suas necessidades de

capital deverao ser revistas logo que tal se revele necess~rio para esse efeito;

o Conselho ECOFIN e o BEI a analisar de forma urgente e positiva a cria9ao, tao

rapidarnente quanto possivel, de um Fundo Europeu de Investimento com um capital de

2 mil milh5es de ECUS comparticipado pelo BEI, por outras institui96es financeiras

e pela Comissao a fim de aumentar as garantias de 5 000 a 10 000 MECU; no total,

este fundo podera apoiar ate 20 000 MECU em projectos;

os Estados-membros e a Comissao a criar programas para utilizar os fundos

comunitarios ora acordados pelo Conselho Europeu. 0 Fundo de Coesao contribuirapara

projectos nos dominies do ambiente e das redes transeuropeias na &rea das infraes­

truturas de transports nos paises menos pr6speros da Comunidade. Os Fundos Estru­

turais incentivarao, nomeadamente, os projectos de investimento em infraestruturas;

a Comissao a apresentar propostas para melhorar a gestae e eficacia da

investiga9ao financiada pela Comunidade a fim de obter uma melhor eficacia

ec-on6mica. Para o efeito, dever& aumentar-se a selectividade das acy5es e devera

assegurar-se que as ac96es comunitarias contribuem da melhor forma possivel para os

esfor9os ja actualmente envidados nos Estados-membros.

As accOes supra poderao proporcionar apoio cornunit&rio ao investimento nos sectores

pUblico e privado dos Estados-membros num montante global superior a 30 000 MECU no

decurso dos pr6ximos anos.

7. 0 Conselho Europeu reafirmou o seu empenho, expresso em Birmingham, num acordo

do GATT rapido, global e equilibrado. o Conselho Europeu congratulou-se com o ~xito

na realiza9ao do Mercado Unico, em todos os seus aspectos essenciais, e salientou

a import&ncia do seu funcionamento eficaz, incluindo no dominic dos auxilios

estatais, e exortou os Estados-membros e a Comissao a continuar a agir em

conformidade. 0 Conselho Europeu reconheceu a import&ncia de aumentar o nivel de

compreensao das regras comunit&rias por parte dos operadores econ6micos e

congratulou-se com a inten9&o da Comissao de efectuar mais consultas com a indUstria

e de produzir uma legisla9&0 mais clara e mais simples.

SN 456/n ecv/JFC/car p

ANEXO 4 a PARTE A - 3 -

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Conclus5es da PresidSncia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

8. Reconhecendo a import&ncia do SME para a cria~ao de postos de trabalho e para

incentivar o crescimento, o Conselho Europeu exortou o Conselho e a Comissao a

assegurar que sejam reduzidos os encargos resultantes da legisla~ao comunita.ria para

as pequenas e medias empresas (incluindo o recurso a esquemas simplificados e a

limites de isen~ao no dom£nio da tributa~ao indirecta) e que seja facultada as PME's

uma informa~ao completa sobre o apoio comunitario. 0 Conselho Europeu solicitou a Comissao que acelere, a nivel comunit&rio, as acy5es a favor das PME's que derarn ja

provas da sua utilidade.

9. 0 Conselho Europeu reiterou o seu empenho no Sistema Monetario Europeu, considerado como um factor-chave da estabilidade e prosperidade econ6mica da Europa.

10. 0 Conselho Europeu esta convicto de que a plena execu~ao da presente

Declara~ao dara um impulse a confian~a, refor~ara os fundamentos do crescimento econ6mico e incentivara a criayao de novas pastes de trabalho. 0 Conselho Europeu

convidou a Comissao a apresentar oportunamente ao Conselho ECOFIN e a outros

Conselhos adequados um relat6rio sobre a aplica~ao das presentee conclusoes. Exortou

ainda os Estados-membros a fomentar uma maier cooperayao internacional com paises

exteriores a Comunidade a fim de promover o crescimento.

SN 456/92 ecv/JFC/car p ANEXO 4 a PARTE A

- 4 -

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ANEXO 5 a PARTE A

SN 456/92

DECLARA9AO SOBRE OS PRINCIPIOS QUE REGEM OS ASPECTOS EXTERNOS DA POLITICA DE MIGRA9iO

ecv/JFC/car ANEXO 5 a PARTE A

p

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Conclusoes da Presid@ncia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

i) 0 Conselho Europeu, reunido em Edimburgo, analisou o problema das pressoes

migrat6rias.

ii) Notou com satisfac;:lio que a ocorr~ncia de profundae alterac;:oes poHticas

permite hoje uma maier facilidade de movimentac;:lio e de contactos em toda a

Europa.

iii) Reafirmou a sua intenc;:lio de garantir que a Comunidade e os seus

Estados-Mernbros continuem abertos ao mundo exterior, nao apenas atraves de

intercfunbios pessoais e culturais, mas tambem atraves do seu empenhamento num

sistema de comercio livre, pela sua plena partiCipa9ao na ajuda ao mundo em

desenvol vimento e pelo estabelecimento de u..~a estr.Jtura de rela90es politicas

e econ6micas com paises terceiros e com grupos de paises terceiros. Neste

aspecto, o Conselho Europeu reafirma os principios da sua Declarac;:lio de Rodes

de Dezembro de 1988.

iv) Os Estados-membros das Comunidades Europeias reafirmaram o seu empenho em

cumprir integralmente as obrigac;:oes que lhes cabem por forc;:a da Convenc;:lio

Europeia dos Direitos Humanos de 1950, da Convenc;:lio de Genebra de 1951

relativa ao Estatuto des Refugiados e do Protocolo de Nova Iorque de 1967.

v) Declarou-se ciente das press5es especificas causadas pelos grandes movimentos

de pessoas que fogem do conflito na antiga Jugoslavia, em especial devido as

rigorosas condiQ5es do Inverno.

vi) Registou as press5es sabre as Estados-Membros resultantes des movimentos

migrat6rios, questao que constitui motive de grande preocupaQao para esses

Estados-Membros e que, provavelmente, se prolongara pela pr6xima decada.

vii) Reconheceu que uma imigra9ao incontrolada poderia ser urn factor de

desestabilizac;:lio e que tal nlio podera vir a dificultar a integrac;:lio dos

cidadlios de paises terceiros que residem legalmente nos Estados-Membros.

viii) Sublinhou a necessidade de reforc;ar a luta contra o racismo e a xenofobia nos

termos da Declarac;:lio Conjunta adoptada pelo Parlamento Europeu, pelo Conselho

e pelos Representantes des Estados~membros, reunidos no Conselho, e pela

Comisslio, em 11 de Junho de 1986 e nos termos da Declarac;:lio sobre o Racismo

e a Xenofobia adoptada pelo Conselho Europeu de Maastricht.

ix) Manifestou-se convicto de que ha diversos factores importantes para reduzir

as movimentos migrat6rios para os Estados-Membros: a preservaQao da paz e o

termo dos conflitos armadas; o respeito absolute pelos direitos do homem; a

Criac;ao de sociedades democr&ticas e de condiQ5es sociais condignas; uma

politica comercial liberal, suscept!vel de melhorar as condic;5es econ6micas

nos paises de emigrac;:lio. Tambem a coordenac;:lio, pela Comunidade e seus

Estados-membros, da ac9&o nas areas da politica externa, da cdoperac;ao

SN 456/92 ecv/JFC/car p

ANEXO 5 a PARTE A - 1 -

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Conclusoes da Presid~ncia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

econ6mica e das politicas de imigra9ao e asilo poder& contribuir substancialmente para enfrentar a questao des movimentos migrat6rios. Uma vez em vigor, o Tratado da Uniao Europeia, nomeadamente os seus titulos v e VI, proporcionar& o enquadramento adequado para essa ac9ao coordenada.

x) Tomou conhecimento da declara9ao adoptada par ocas~ao do Conselho "Desenvolvimento" de 18 de Novembro de 1992 relativa aos aspectos da poHtica de coordena9ao do desenvolvimento na perspectiva do ano 2000, incluindo o reconhecimento do papel que a utiliza9ao eficaz da ajuda pede desempenhar na redu9ao das pressOes migrat6rias a rnais longoPrazo, atraves do incentive ao desenvolvimento social e econ6mico sustentB..vel.

xi) Observou que, de acordo com a posi9ao do Alto Comissario das Nac5es Unidas para os Refugiados, as pessoas deslocadas deverao ser encarajadas a permanecer nas areas seguras mais pr6ximas das respectivas casas, e que a ajuda e assist6ncia devera destinar-se a dar-lhes confianca e meios que lhe permitam fazS-lo, sem que tal impeca a sua admissao tempor&ria no territ6rio des Estados-membros em cases de especial necessidade.

xii) Regozijou-se com as progresses realizados pelos ministros responsaveis pela Imigra9ao no &mbito do programa de trabalho aprovado no Conselho Europeu de Maastricht e, especialmente, com a adop9ao de recomenda90es sabre o

afastamento, de resolu90es sabre os pedidos de asilo manifestamente infundados e sabre os paises terceiros de acolhimento e com as conclus5es sabre OS paiseS em que nao h& geralmente peri gas graves de persegui9a0(1). Reconheceu a irnport&ncia de tais medidas contra a utiliza9ao indevida do direito de asilo para salvaguardar este mesrno principia.

xiii) Congratulou-se ainda como trabalho relative a migra9ao Este-Oeste des Grupos de Berlim e de Viena, e incentivou o Grupe de Berlim a preparar urn projecto

de resolu9ao a ser aprovado pelos Ministros.

xiv) Resolveu fazer avan9ar as quest5es mais gerais relacionadas com .a migra9ao

referidas no programa de trabalho de Maastricht e que ultrapassam as responsabilidades directas des ministros responsaveis pela Imigra9ao.

xv) Reconheceu a import§ncia que assume a analise das causas da pressao

imigrat6ria, bern como a an&lise das forrnas de suprimir as causas dos movimentos rnigrat6rios.

(1) As resolu96es sobre os pedidos de asilo manifestamente infundados e sobre os paises terceiros de acolhimento, bern como as conclus5es sabre os paises em que n&o ha geralmente perigos graves de persegui9ao, foram aceites pela Alemanha sob reserva de uma altera9ao da sua lei fundamental e pela Dinamarca e pelos Paises Baixos sob reserva de analise parlamentar.

SN 456/92 ecv/JFC/car p ANEXO 5 a PARTE A 2 -

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ConclusBes da Presidencia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

xvi) Acordou em que a abordagem da Comunidade e dos seus Estados-membros, nas

respectivas esferas de compet~ncia, se devera orientar e inspirar no seguinte

conjunto de principios:

-1.

- 2.

- 3.

- 4.

- 5.

- 6.

- 7.

- 8.

SN 456/92

continuarao a trabalhar pela preserva9ao e restabelecimento da paz,

pelo respeito integral pelos direitos do homem e pelo primado do

direito, reduzindo assim as pressOes migrat6rias resultantes da

guerra e de pol!ticas estatais opressivas e discriminat6rias;

as pessoas deslocadas deverao ser encorajadas a manter-se na area

segura mais pr6xima das suas casas, e a·ajuda e assistSncia deverao

destinar-se a dar-lhes confianya e meios que lhe permitam fazS-lo,

sem que tal impe9a a sua admissao temporaria no territ6rio dos

Estados-membros em cases de especial necessidade;

continuarao a incentivar a liberdade de com9rcio e a coopera<;&o

econ6mica com paises de emigrac:;ao, promovendo assim o desenvolvimento

econ6mico e aumentando a prosperidade desses paises e reduzindo as

motivac:;Oes econ6micis da emigray§.o;

para o mesmo efeito, garantirao que o nivel adequado de ajuda ao

desenvolvimento sera eficazmente utilizado na promoc;ao de urn

desenvolvimento econ6mico e social sustentavel, contribuindo em

especial para a cria9ao de postos de trabalho e para a minora9ao da

pobreza nos paises de origem e, per isso mesmo, para uma reduy§.o a

lange prazo, das press5es migrat6rias;

reforc;arao as suas tentativas comuns para combater a imigrac;ao

ilegal;

sempre que necessaria, procurarao celebrar acordos bilaterais ou

multilaterais com paises de origem ou de trAnsite, a fim de garantir

que os imigrantes ilegais possam ser reenviados para os seus paises

de origem, alargando deste modo a cooperayao nesta area a outros

Estados com base em relay5es de boa vizinhanya;

nas suas relac;5es com paises terceiros, os Estados-membros tamarac em

considerac;ao as prB.ticas seguidas par eases paises na readmissao des

seus pr6prios cidadaos expulsos dos territ6rios dos Estados-membros;

aumentarao a sua cooperac;ao em resposta ao problema especifico dos

refugiados de conflitos armados e de persegui9oes na ex-Jugoslavia.

Declaram a sua intenyao de minorar os sofrimentos dessas pessoas par

meio de ac9oes apoiadas pela Comunidade e pelos seus Estados-membros

destinadas principia, especificas

a fornecer alojamento e alimentos, incluindo, em

a admissao tempor&ria de pessoas com necessidades

de acordo com as possibilidades nacionais e no contexte

ecv/JFC/car p

ANEXO 5 a PARTE A - 3 -

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xvii)

Conclusoes da Presidencia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

de uma acq~o coordenada de todos os Estados-membros. Reafirmam a sua convicc;a.o de que os encargos com o financiamento de actividades destinadas a aliviar a situaq~o dessas pessoas dever~o ser partilhados mais equitativamente pela comunidade internacional;

0 Conselho Europeu incita as Estados-membros que ainda o n§.o fizeram a ratificar a Convenq~o de Dublim sobre o asilo como parte integrante da sua accyao coordenada em materia de asilo; sera entao possivel alargar tais disposiqoes no ambito de uma convenq~o paralela a Convenq~o de Dublim, dando prioridade aos paises europeus vizinhos relativamente aos quais tais disposiqoes possam ser mutuamente vantajosas. 0 Conselho Europeu apela para que sejam empreendidas as ac90es necess&rias para que a Conven9&o sabre as Fronteiras Externas possa entrar em vigor brevemente.

SN 456/92 ecv/JFC/car p ANEXO 5 a PARTE A - 4 -

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ANEXO 6 a PARTE A

DECISAO TOMADA DE COMUM ACORDO PELOS REPRESENTANTES DOS GOVERNOS DOS ESTADOS-MEMBROS RELATIVA A FIXA9iO DAS SEDES DAS INSTITUI~OES E DE

DETERMINADOS ORGANISMOS E SERVI~OS DAS COMUNIDADES EUROPEIAS.

SN 456/92 ecv/JFC/car p ANEXO 6 a PARTE A

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Conclusoes da Presidencia - Edimburgo, 22 de Dezembro de 2992

Os Representantes des Governos des Estados-mernbros,

Tendo em conta o artigo 216' do Tratado que institui a Comunidade Econ6mica

Europeia, o artigo 77' do Tratado que institui a Comunidade Europeia do Carvao e do

Ac;:o e o artigo 189' do Tratado que institui a Comunidade Europeia da Energia

At6rnica,

Recordando a Decisao de 8 de Abril de 1965, e sem prejuizo das disposic;:oes e

conteUdos relatives a sede das Institui~Oes, organismos e servi9os futures,

Decidem:

Artigo 1°

a) 0 Parlamento Europeu tern a sua sede em Estrasburgo, on de se realiza.m os doze

peri odes de sessOes plenarias mensais, incluindo a sessao orc;:amental. Os

peri ados de sessOes plenarias suplementares realizam~se em Bruxelas. As

comiss5es do Parlamento Europeu rellnem em Bruxelas. 0 Secretariado-Geral do

Parlamento Europeu e seus servi9os mantem-se instalados no Luxemburgo.

b) 0 Conselho tern a sua sede em Bruxelas. Durante as meses de Abril, Junho e

Outubro, o Conselho realiza as suas sess5es no Luxemburgo.

c) A Comissao tern a sua sede em Bruxelas. Os servi9os constantes des artigos

8' e 9' da Decisao de 8 de Abril de 1965 sao instalados no Luxemburgo.

SN 456/92 ecv/JFC/car p

ANEXO 6 a PARTE A

7' '

1 -

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Conclusoes da Presid~ncia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

d) 0 Tribunal de Justiqa e o Tribunal de Primeira Inst&ncia t@m as respectivas sedes no Luxemburgo.

e) 0 Comite Econ6mico e Social tern a sua sede em Bruxelas.

f) 0 Tribunal de Contas tern a sua sede no Luxemburgo.

g) 0 Banco Europeu de Investimento tern a sua sede no Luxemburgo.

Artigo 2°

As sedes de outros organismos e servi~os, criados au a criar, serao decididas de comum acordo pelos Representantes des Governos des Estados-membros num prOximo Conselho Europeu, tomando ern Considerac;:a.o as vantagens das disposic;:5es acima referidas para os Estados-membros em causa, e dando a devida prioridade aos Estados­-rnembros que, presentemente, n&o acolhem a sede de nenhuma Instituic;:ao das Comunidades.

Artigo 3°

A presente decis&o entra em vigor na data de hoje.

SN 456/92 ecv/JFC/car p ANEXO 6 a PARTE A 2 -

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PARTE B

A DINAMARCA E 0 TRATADO DA UNIAO EUROPEIA

SN 456/92 PARTE B

ecv/JFS/mh p

- 1 b -

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Conclusoes da Presid~ncia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

0 Conselho Europeu recorda que a entrada em vigor do Tratado assinado

em Maastricht exige a ratifica9ao dos doze Estados-membros, em

conformidade comas respectivas exigencias constitucionais, e reafirma

a importancia de concluir este processo com a possivel brevidade, sem

reabrir o texto actual, tal como previsto no artigo R do Tratado.

0 Conselho Europeu tomou conhecimento do documento apresentado pela

Dinamarca aos Estados-membros em 30 de Outubro intitulado "A Dinamarca

na Europa", que cita os seguintes pontos, considerados de particular

importancia:

dimensao da politica de defesa;

terceira fase da Uniao Econ6mica e Monetaria;

cidadania da Uniao;

coopera9ao nos dominies da justi9a e dos assuntos internes;

abertura e transparencia do processo comunitario de tomada de

decisao;

aplica9ao efectiva do principia da subsidiariedade;

incentive a coopera9ao entre os Estados-membros na luta contra o

desemprego.

SN 456/92 PARTE B

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- 2 b -

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Conclusoes da Presid&ncia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

Nesta conjuntura, o Conselho Europeu aprovou o seguinte conjunto de medidas, que sao integralmente compativeis com o Tratado, e que se destinam a ir ao encontro das preocupa96es da Dinamarca, pelo que se aplicarao exclusivamente a Dinamarca, e nao aos demais Estados­-membros, nero aos Estados que venham a aderir a Comunidade.

a) Decisao relativa a determinados problemas levantados pela Dinamarca a respeito do Tratado da Uniao Europeia (Anexo 1). Esta decisao entrara em vigor na data de entrada em vigor do Tratado da Uniao Europeia;

b) Declara9oes constantes do Anexo 2.

0 Conselho Europeu tomou tambem conhecimento das declara96es unilaterais constantes do Anexo 3, que ficarao apensas ao acto de ratifica9ao dinamarquesa do Tratado da Uniao Europeia.

SN 456/92 PARTE B

ecv/JFS/mh p

. 3 b •

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Conclusoes da Presidencia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

ANEXO l

DECISAO DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVERNO, REUNIDOS NO CONSELHO

EUROPEU, RELATIVA A DETERMINADOS PROBLEMAS LEVANTADOS PELA DINAMARCA

A RESPEITO DO TRATADO DA UNIAO EUROPEIA

Os Chefes de Estado e de Governo, reunidos no Conselho Europeu, cujos

Governos sao signataries do Tratado da Uniao Europeia: que reiine

Estados independentes e soberanos que decidiram livremente, em

conformidade com os Tratados existentes, exercer em comum algumas das

suas competencias,

• Desejando resolver, em conformidade com o Tratado da Uniao

Europeia, problemas especificos actualmente existentes e a que a

Dinamarca aludiu no seu memoranda "A Dinamarca na Europa", de

30 de Outubro de 1992;

• Tendo em conta as conclus6es do Conselho Europeu de Edimburgo

sobre subsidiariedade e transparencia;

• Tomando nota das declarac;:6es do Conselho Europeu de Edimburgo

relativas a Dinamarca;

• Tendo tornado conhecimento das declarac;:6es unilaterais proferidas

pela Dinamarca na mesma ocasiao e que ficarao apensas ao seu acto

de ratificac;:ao;

• Tomando nota que a Dinamarca nao tenciona utilizar as seguintes

disposic;:5es de modo a impedir uma cooperac;:ao e uma acc;:ao mais

estreita entre os Estados-membros compativel com o Tratado e

enquadrada na Uniao e nos seus objectives.

Adoptaram a seguinte decisao:

SN 456/92 PARTE B

ecv/JFS/mh p

- 4 b -

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Conclusoes da Presidencia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

SEC<;:AO A Cidadania

As disposic;:5es da Parte II do Tratado que institui a Comunidade

Europeia relativas a cidadania da Uniao conferem aos nacionais dos

Estados-membros os direitos e a protecc;:ao suplementares especificados

nessa Parte, nao substituindo de modo algurn a cidadania nacional. A

questao de saber se urn determinado individuo possui a nacionalidade de

urn Estado-membro sera resolvida por referencia exclusiva ao direito nacional do Estado-membro em causa.

SEC<;:AO B Uniao Econ6mica e Monetaria

1. 0 Protocolo relative a certas disposic;:5es respeitantes a Dinamarca

apenso ao Tratado gue institui a Comunidade Europeia, da a Dinamarca o direito de notificar o Conselho das Comunidades

Europeias da sua posic;:ao relativamente a participac;:ao na terceira

fase da Uniao Econ6mica e Monetaria. A Dinamarca notificou que nao

participara na terceira fase. Esta notificac;:ao produz efeitos na

data de entrada em vigor da presente decisao.

2. Por conseguinte, a Dinamarca nao participara na moeda unica, nao

ficara vinculada pelas regras relativas a politica econ6mica, gue

apenas serao aplicadas aos Estados-membros gue participem na

terceira fase da Uniao Econ6mica e Monetaria, e mantera os poderes

de que disp5e em materia de politica monetaria em conformidade com

a sua legislac;:ao e regulamentac;:ao nacional, incluindo os poderes

do Banco Nacional da Dinamarca em materia de politica monetaria.

3. A Dinamarca participara plenamente na segunda fase da Uniao

Econ6mica e Monetaria e continuara a participar na cooperac;:ao

cambial dentro do SME.

SN 456/92 PARTE B

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Conclusoes da Presidencia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

SEC<;AO C

Politica de Defesa

Os Chefes de Estado e de Governo tomam nota de que, em resposta ao

convite da Uniao da Europa Ocidental (UEO) , a Dinamarca passou a ter

urn estatuto de observador nessa organiza9ao. Os Chefes de Estado e de

Governo tomam igualmente nota de que no Tratado da Uniao Europeia nada

obriga a Dinamarca a ser membro da UEO. Assim, a Dinamarca nao

participara na elabora9ao, nem na execu9ao de decis6es e ac96es da

Uniao que tenham implica96es no dominio da defesa, mas nao impedira o

desenvolvimento de uma coopera9ao mais estreita nesta area entre

Estados-membros.

SEC<;AO D

Justi9a e Assuntos Internes

A Dinamarca participara plenamente na cooperayao no dominio da Justi9a

e dos Assuntos Internes, com base nas disposi96es do Titulo VI do

Tratado da Uniao Europeia.

SEC<;AO E

Disposi96es finais

1. A presente decisao produzira efeitos a partir da data de entrada

em vigor do Tratado da Uniao Europeia. 0 periodo de vigencia desta

decisao sera determinado em conformidade com o artigo Q e com o

no 2 do artigo N do Tratado da Uniao Europeia.

2. Em qualquer altura, e nos termos das respectivas normas

constitucionais, a Dinamarca pode decidir informar os restantes

Estados-membros de que ja nao deseja utilizar a totalidade ou

parte da presente decisao. Nesse caso, a Dinamarca passara a

aplicar plenamente todas as decis6es pertinentes entao em vigor e

tomadas no quadro da Uniao Europeia.

SN 456/92 PARTE B

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- 6 b -

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Conclusoes da Presid~ncia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

DECLARA~OES DO CONSELHO EUROPEU

DECLARA~AO SOBRE POLITICA SOCIAL, CONSUMIDORES, AMBIENTE E

REPARTI~AO DO RENDIMENTO

ANEXO 2

1. 0 Tratado da Uniao Europeia nao impede qualquer dos Estados-membros

de manter ou introduzir medidas de protec9ao mais rigorosas

compativeis com o Tratado CE:

no dominio das condi96es de trabalho e da politica social (no 3

do artigo 118°-A do Tratado CE e n° 5 do artigo 2° do Acordo

sobre a Politica Social celebrado entre os Estados-membros da

Comunidade Europeia, com excep9ao do Reina Unido);

com vista a atingir urn elevado nivel de defesa dos consumidores

(no 3 do artigo 129°-A do Tratado CE);

com vista a prossecu9ao do objectivo de protec9ao do ambiente

(artigo 130°-T do Tratado CE).

2. As disposi96es introduzidas pelo Tratado da Uniao Europeia,

incluindo as da Uniao Econ6mica e Monetaria, permitem a cada

Estado-membro prosseguir a sua propria politica no que se refere a reparti9ao do rendimento e a manuten9ao ou melhoria dos beneficios

sociais.

SN 456/92 PARTE B

ecv/JFS/mh p

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ConclusBes da Presidencia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

DECLARA~AO SOBRE A DEFESA

0 Conselho Europeu toma nota de que a Dinamarca renunciara ao seu

direito de exercer a Presidencia da Uniao sempre que estejam em causa

a elabora9ao e a aplica9ao de decis5es e de ac96es da Uniao que tenham

implica96es no dominio da defesa. Nesse caso, aplicar-se-ao as regras

correntes de substituiyao do Presidente em caso de impedimenta deste.

Essas regras aplicar-se-ao igualmente no que se refere a representa9ao

da Uniao em organiza96es internacionais, em conferencias interna­

cionais e junto de paises terceiros.

SN 456/92 PARTE B

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- 8 b

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Conclusoes da Presid@ncia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

DECLARACOES UNILATERAIS DA DINAMARCA A ANEXAR AO ACTO DE RATIFICA~AO

DO TRATADO DA UNIAO EUROPEIA PELA DINAMARCA

ANEXO 3

E DE QUE OS OUTROS ONZE ESTADOS-MEMBROS TOMARAO CONHECIMENTO

DECLARA~AO SOBRE A CIDADANIA DA UNIAO

1. A Cidadania da Uniao e urn conceito politico e jurfdico inteiramente diferente do conceito de cidadania consagrado na Constitui9ao do Reino da Dinamarca e no sistema jurfdico dinamarques. Nenhurna disposi9ao do Tratado da Uniao Europeia implica ou preve a cria9ao de urna cidadania da Uniao no sentido da cidadania de urn Estado­-na9ao. Por conseguinte, nao se poe a questao de a Dinamarca participar neste tipo de evolu9ao.

2. A Cidadania da Uniao nao confere por si propria a urn nacional de outro Estado-membro o direito de obter a nacionalidade dinamarquesa ou quaisquer direitos, deveres, privilegios ou beneffcios que sejam inerentes a nacionalidade dinamarquesa em aplica9ao das disposi9oes constitucionais, legais e administrativas da Dinamarca. ADinamarca respeitara plenamente todos os direitos especfficos expressamente consignados no Tratado e aplicaveis aos nacionais dos Estados­-membros.

3. Os nacionais de outros Estados-membros da Comunidade Europeia usufruem na Dinamarca do direito de eleger e de serem eleitos em elei96es municipais, tal como estabelecido no artigo 8°-B do Tratado da Comunidade Europeia. A Dinamarca tenciona aprovar legisla9ao que conceda aos nacionais de outros Estados-membros o direito de eleger e de serem eleitos em elei9oes para o Parlamento Europeu, em tempo util antes das pr6ximas elei96es a realizar em 1994. A Dinamarca nao esta disposta a aceitar que as modalidades a que se referem os nos 1 e 2 do referido artigo possam conduzir a aplica9ao de regras que prejudiquem os direitos ja concedidos na Dinamarca neste domfnio.

SN 456/92 PARTE B

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- 9 b -

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Conclusoes da Presid~ncia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

4. Sem prejuizo das demais disposic;:oes do Tratado que institui a

Comunidade Europeia, o artigo s•-E deste Tratado exige a

unanimidade de todos os membros do Conselho das Comunidades

Europeias, i.e., de todos os Estados-membros, para a adopc;:ao de

quaisquer disposic;:oes destinadas a ampliar os direitos previstos na

Parte II do Tratado CE. Alem disso, qualquer decisao unanime do

Conselho, antes de entrar em vigor, tern de ser adoptada em cada

Estado-membro, nos termos das respectivas normas constitucionais.

Na Dinamarca, tal adopyao exigira, no case de transferencia de

soberania, e tal como definido na Constituic;:ao Dinamarquesa, ou o

voto favoravel de uma maioria de 5/6 dos membros do "Folketing" ou,

cumulativamente, o voto favoravel da maioria dos membros do

"Folketing" e a maioria dos votos expresses em referendo.

DECLARAyAO SOBRE COOPERAyAO NOS DOMINIOS DA JUSTiyA E DOS ASSUNTOS

INTERNOS

0 Artigo K.9 do Tratado da Uniao Europeia exige a unanimidade de todos

os Membros do Conselho da Uniao Europeia, i.e., de todos os Estados­

-membros, para adopc;:ao de qualquer decisao de aplicac;:ao do

artigo 100•-c do Tratado que institui a Comunidade Europeia a acc;:5es

que se inscrevam nos dominies referidos nos n•s 1 a 6 do Artigo K.l.

Alem disso, qualquer decisao unanime do Conselho, antes de entrar em

vigor, deve ser adoptada em cada Estado-membro, segundo as respectivas

normas constitucionais. Na Dinamarca, tal adopc;:ao exige, no caso de

transferencia de soberania, e como define a Constituic;:ao Dinamarquesa;

ou o voto favoravel de uma maioria de 5/6 dos membros do "Folketing",

ou, cumulativamente, o voto favoravel da maioria dos membros do

"Folketing" e a maioria dos votos expresses em referendo.

SN 456/92 PARTE B

ecv/JFS/mh p

- 10 b -

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Conclusoes da Presidencia - Edimburgo, 12 de Dezernbro de 1992

DECLARA~AO FINAL

A presente Decisao e as Declarac;:5es a ela apensas constituem uma resposta ao resultado do referenda dinamarques de 2 de Junho de 1992 respeitante a ratificac;:ao do Tratado de Maastricht. No que diz respeito a Dinamarca, os objectives deste Tratado nas quatro areas mencionadas nas secc;:5es A a D da Decisao, deverao ser encarados a luz dos presentes documentos, que sao compativeis como Tratado e nao poem em causa os seus objectives.

SN 456/92 PARTE B

ecv/JFS/mh p

- 11 b -

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SN 456/92 PARTE C

PARTE C

FINANCIAMENTO FUTURO DA COMUNIDADE

PACOTE DELORS ll

ag/JFC/mcp p

- 1 c -

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Conclus5es da Presidencia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

Tendo em conta:

a necessidade de a Comunidade dispor de recursos adeguados para

financiar as suas politicas;

a necessidade de a disciplina or9amental ser aplicada a todas as

areas das despesas comunitarias, o que implica a defini9ao de

prioridades em materia de despesas;

a capacidade contributiva de cada Estado-membro;

a necessidade de reflectir os compromissos assumidos em Maastricht

e em Lisboa;

o Conselho Europeu chegou as

financiamento da Comunidade para o

SN 456/92 PARTE C

seguintes

periodo de

conclus5es

1993-1999.

ag/JFC/rncp

sabre 0

p

- 2 c

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Conclusoes da Presidencia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

A. RECEITAS

i. Limite maximo dos recursos proprios

1,20

SN 456/92 PARTE C

Os limites maximos anuais dos recursos pr6prios para dota96es para pagamentos serao os seguintes, e nao poderao em caso algum ser ultrapassados:

(%" PNB CE)

1,20 1,21 1,22 1,24 1,26 1,27

Sera mantido urn racio bern definido entre as dota96es de autoriza96es e as dota96es de pagamentos, a fim de garantir a respectiva compatibilidade e permitir que seja respeitado o limite maximo de pagamentos acima referido.

As dota96es para autoriza96es inscritas no or9amento geral das Comunidades no perfodo de 1993 a 1999 devem, por conseguinte, obedecer a uma progressao ordenada, de que resulte urn montante global que nao exceda 1, 32% do PNB total da Comunidade em 1999.

ag/JFC/rncp p

• 3 c

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(I)

Conclus6es da Presid&ncia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

ii. Estrutura dos Recursos Pr6prios

A estrutura dos recursos pr6prios, tal como definida no

artigo 2° da Decisao de 1988 relativa aos recursos pr6prios,

sera alterada do seguinte modo:

a) 0 limite maximo da taxa uniforme referida no no 4,

alinea a), do artigo 2° sera reduzida de 1,4% para 1,0%,

em fases identicas ao longo do periodo de 1995-99.

b) Para os paises com urn PNB per capita inferior a 90% da

media comunitaria, a materia colectavel para o terceiro

recurso, referida no no 1, alinea c), do artigo 2°, sera

limitada a 50% do PNB do Estado-membro a partir de 1995,

em vez dos 55% actuais. Esta altera9ao sera tambem

introduzida progressivamente, em fases iguais, para os

outros Estados-membros ao longo do periodo de 1995-1999.

A hip6tese de urna taxa fixa uniforme para o recurso IVA devera

ser considerada no contexte dos debates sobre a nova decisao

relativa aos recursos pr6prios.

0 Conselho Europeu regista que alguns Estados-membros desejam

que seja analisada a hip6tese de criar urn quinto recurso e

solicita a Comissao que empreenda urn estudo das diferentes

op96es. A Comissao devera apresentar ao Conselho urn relat6ric

sabre os resultados desse estudo ate ao final do periodo das

novas Perspectivas Financeiras. 01

No seu relat6rio sabre o sistema dos recursos pr6prios (doc. n• 5202/92), a Comissao expOs claramente as condiq5es que, na sua opiniao/ o futuro quinto recurso deveria reunir.

SN 456/92 PARTE C

ag/JFC/mcp p

- 4 c

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Conclusoes da Presidencia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

iii. Correcyao de Desequilibrios Or9amentais

A correc9ao do desequilibrio or9amental do Reina Unido sera

calculada pela aplica9ao da actual formula, de acordo com os

principios e as praticas definidas na decisao relativa aos

recursos pr6prios de 1988 e no documento sabre as metodos de

trabalho que a acompanha.

iv. Revisao

0 Conselho Europeu solicita a Comissao que elabore urn

relat6rio sabre o funcionamento do sistema dos recursos

pr6prios antes do fim do periodo das novas Perspectivas

Financeiras.

v. Nova Decisao relativa aos Recursos Proprios

SN 456/92 PARTE C

0 Conselho Europeu solicita a Comissao que elabore uma nova

decisao relativa aos recursos pr6prios que integre estas

al tera96es a fim de ser aprovada pel a Conselho e de este

recomendar a sua adop9ao aos Estados-membros ate 1995, em

conforrnidade como procedimento estabelecido no artigo 201°

do Tratado. Os limites maximos aplicaveis em 1999,

continuarao a ser aplicados ate ao momenta em que a nova

decisao relativa aos recursos pr6prios seja alterada.

ag/JFC/mcp p

- 5 c

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Conclus~es da Presidencia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

B. DESPESAS

i. Principios

0 Conselho Europeu reafirma que as despesas da Cornunidade

deverao ser tais que perrnitarn urn nivel de financiarnento

adequado das suas politicas. 0 Conselho Europeu recorda a sua

convic<;:ao de que o refor<;:o da coesao econ6rnica e social

continua a ser uma dimensao essencial da Cornunidade. 0

Conselho Europeu confirrna a sua opiniao de que todas as

despesas da Cornunidade deverao ser condicionadas pelos

principios de finan<;:as publicas sas e da disciplina

or<;:arnental.

A disciplina or<;:arnental e abordada no Anexo 2.

A fim de garantir a sua rendibilidade, a atribui<;:ao dos

recursos da Comunidade devera ser precedida por urna avalia<;:ao

previa exaustiva de forma a assegurar que as opera<;:6es ern

causa sao susceptiveis de produzir beneficios econ6micos

consentaneos corn os recursos utilizados. Todas as opera<;:6es

deverao ficar sujeitas a urna revisao peri6dica.

0 Conselho Europeu considera que o Acordo Interinstitucional

de 1988-1992 constitui urna evolu<;:ao positiva e espera que o

acordo possa ser reconduzido em condi<;:6es que garantarn uma

estrita disciplina or<;:amental e uma facil realiza<;:ao dos

debates or<;:arnentais anuais. 0 Conselho Europeu regista que o

Conselho "Assuntos Gerais" de 7 de Dezembro acordou na posi<;:ao

cornurn do Conselho relativa aos principais elementos do Acordo

Interinstitucional revisto e apela ao Conselho a que, com base

em tal posi<;:ao comurn e na medida em que seja possivel

conseguir condi<;:6es aceitaveis, chegue a acordo com a Comissao

. e com o Parlarnento Europeu quanta a revisao do Acordo

Interinstitucional.

SN 456/92 PARTE C

No entender do Conselho

despesas para o periodo

descreve. Os montantes Anexo 1.

Europeu, a adequada distribui<;:ao das

de 1993-1999 e a que seguidamente se

constam igualmente do quadro do

ag/JFC/rncp p

- 6 c

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Conclusoes da Presid~ncia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

ii. Aqricultura

SN 456/92 PARTE C

A taxa de crescimento e o nivel de base da linha directriz agricola, definidos nos artigos 1" e 2" da Decislo 377/88, deveriam manter-se inalterados.

0 ambito de aplica9lo da linha directriz agricola, definido no artigo 3" da Decislo 377/88, deveria ser alargado, tal como proposto pela Comisslo no documento 5201/92 RAU 2.

0 ambito de aplica9lo da linha directriz agricola deveria ser revisto em 1996.

A reserva monetaria devera ser reduzida, passando de 1000 para 500 MECU a partir de 1995, com uma redu9lo da franquia de 400

para 200 MECU.

0 Conselho Europeu reitera a importancia de uma disciplina or9amental e de urn controlo financeiro rigorosos no ambito da reforma da PAC e apela a Comisslo e ao Conselho para que assegurem que os custos or9amentais em cada sector sejam mantidos sob controlo.

0 Conselho Europeu regista que os recentes movimentos monetarios terlo como consequencia urn aumento sensivel das despesas do FEOGA-Garantia.

0 Conselho Europeu acorda em que o funcionamento da reserva monetaria sera readaptado de forma a que os custos resultantes dos realinhamentos monetarios entre os Estados-membros sejam tornados em considera9lo na medida do necessaria.

Alem disso, acorda em que caso este aumento conduza a que as despesas agricolas excedam a linha directriz e comprometam, por conseguinte, o financiamento da nova Politica Agricola Comum ja aprovada, o Conselho devera adoptar disposi9iSes adequadas para alimentar o FEOGA-Garantia.

ag/JFC/mcp p

- 7 c

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Conclusoes da PresidBncia - Edimburgo, l2 de Dezembro de l992

Convida-se a Comissao a apresentar, o mais rapidamente

possivel, propostas para uma decisao revista relativa a

disciplina or9amental que inclua as altera9oes acima referidas

e as mencionadas no Anexo 2 sobre a disciplina or9amental.

iii. Acgoes estruturais

1993

No ambito do refor9o da coesao econ6mica e social, dever-se-ia

aumentar o financiamento de ac96es estruturais para

complementar a aplica9ao de politicas econ6micas sas.

0 montante total dos recursos disponiveis a atribuir as ac9oes

estruturais ao longo do periodo de 1993-1999 deveria

repartir-se do seguinte modo:

(MECU - pre9os de 1992)

1994 1995 1996 1997 1998 1999

21 277 21 825 23 480 24 990 26 526 28 240 30 000

SN 456/92 PARTE C

Estas autoriza96es representam cumulativamente cerca de

176 000 MECU para o periodo das novas Perspectivas

Financeiras, · em compara9ao com 67 000 MECU para os Fundos

Estruturais para o periodo das Perspectivas Financeiras ora em

curso. Em media, isto equivale a cerca de 25 000 MECU/ano de

1993 a 1999, em compara9ao com 13 000 MECU/ano de 1988 a 1992

(todos os montantes se referem a pre9os constantes de 1992).

ag/JFC/mcp p

- 8 c

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Conclusoes da Presidencia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

A luz dos acordos de Maastricht, as despesas relativas as

ac96es estruturais deveriam concentrar-se nos Estados-membros

menos pr6speros, nas regi5es ultra-perifericas e nas areas

rurais da Comunidade, em conformidade com o artigo 100°-A do

Tratado de Maastricht. Para os quatro Estados-membros

beneficiaries do Fundo de Coesao,

permitirao uma duplica9ao das

Objective 1 e do Fundo de Coesao

os montantes acima indicados

autoriza96es a titulo do

entre 1992 e 1999, depois de

se ter em conta que os novos "Lander" a1emaes e Berlim Leste

beneficiarao plenamente a titulo do Objective 1. Para os

quatro Estados-membros abrangidos pelo Fundo de Coesao, isso

representa cerca de 85 000 MECU ao longo do periodo de 1993-

-1999.

Fundo de Coesao

Tal como acordado em Maastricht, devera ser criado urn Fundo de

Coesao em conformidade com o texto constante do Anexo 3. Os

recursos disponiveis a atribuir deverao totalizar:

1 500 1 750

1995

2 000 2 250

(MECU- pre9os de 1992)

2 500 2 550 2 600

Para o periodo das novas perspectivas financeiras, os quatro

paises com urn PNB per capita inferior a 90% da media comunitaria

poderao beneficiar de financiamentos do Fundo desde que tenham

definido urn programa que lhes permita preencher os requisitos de

convergencia econ6mica estabelecidos no artigo 104°-C do Tratado.

Estes paises poderao continuar a recorrer ao Fundo para novas

projectos ou novas fases de projectos multifasicos desde que

preencham as condi96es estabelecidas no Anexo 3, e que, ap6s uma

revisao intercalar em 1996, continuem com urn PNB inferior a 90%.

0 Fundo apoiara proj ectos na area do ambiente e das

infraestruturas de transportes nos termos estabelecidos no Anexo 3

e a uma taxa de cofinanciamento comunitario de 80% a 85%.

SN 456/92 PARTE C

ag/JFC/mcp p

- 9 c -

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Conclusoes da Presid~ncia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

Os trabalhos preparat6rios do Fundo de Coesao de acordo corn o

Tratado, corn a redac9ao que lhe foi dada ern Maastricht, deveriarn

ser concluidos o rnais rapidarnente possivel. Alern disso, o Conselho

Europeu convida a Comissao a apresentar e o Conselho a adoptar,

antes de 1 de Abril de 1993, urna proposta relativa a urn

instrurnento provis6rio fundarnentada no artigo 235° do actual

Tratado que perrnita conceder urn auxilio financeiro a Irlanda, a

Grecia, a Portugal e a Espanha nas areas que serao abrangidas pelo

novo Fundo de Coesao.

Fundos Estruturais

Os recursos disponiveis a atribuir a titulo dos Fundos Estruturais

e de outras opera96es estruturais deveriarn repartir-se do seguinte

modo:

19 777 20 135 21 480 22 740

(MECU- pre9os de 1992)

24 026 25 690

1999

27 400

Quando forern atribuidos estes recursos, deveriarn ser respeitadas

as seguintes directrizes:

a) Os recursos disponiveis a atribuir a titulo do Objective 1

deveriarn ser:

12 328 13 220 14 300 15 330

(MECU - pre9os de 1992)

16 396 17 820

1999

19 280

b) .Durante todo o periodo das novas perspectivas financeiras, as

autoriza96es a titulo dos Objectives 2, 3/4 e Sb deveriarn

manter entre si, grosse modo, as actuais propor96es relativas.

As autoriza96es a titulo do Objective Sa nao referentes as

regi5es abrangidas pelos Objectives 1 e Sb nao deveriarn

aurnentar ern terrnos reais. Deveria ser dada a devida aten9ao as

necessidades de zonas dependentes da pesca, no ambito dos

objectives correspondentes.

SN 456/92 PARTE C

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- 10 c

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Conclus6es da PresidSncia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

c) A afectac;:ao relativa a iniciativas comunitarias deveria situar-se entre 5 e 10% dos recursos totais autorizados a nivel dos fundos estruturais. Estes recursos deveriampromover em primeiro lugar a cooperac;:ao transfronteiric;:a, transnacional e inter-regional, bern como a assistencia as regioes ultra­-perifericas de acordo com o principio da subsidiariedade.

d) Dever-se-ia tomar em plena considerac;:ao, como no presente, a prosperidade nacional, a prosperidade regional, a populac;:ao das regioes e a gravidade relativa dos problemas estruturais, incluindo o nivel de desemprego e, para os devidos efeitos, as necessidades do desenvolvimento rural. No regulamento de aplicac;:ao do Fundo Estrutural serao estabelecidos processos transparentes com criterios objectives, baseados no acima exposto, os quais serao devidamente ponderados quando da afectac;:ao de recursos, do mesmo modo que a prosperidade nacional sera tida em maior considerac;:ao ao serem determinadas as taxas de cofinanciamento comunitario.

e) Os principios de base estabelecidos em 1988 (concentrac;:ao, programac;:ao, parceria e adicionalidade) deveriam continuar a nortear a aplicac;:ao dos Fundos Estruturais. Os processos decis6rios e sua transparencia deveriam ser melhorados, bern como simplificados os processos administrativos. 0 controlo financeiro sera reforc;:ado, passando a ser dado maior destaque

SN 456/92 PARTE C

a apreciac;:ao «a priori»' posteriori», e concedidas

a vigilancia e a avaliac;:ao «a ajudas sempre que a apreciac;:ao

revelar beneficios econ6micos e sociais proporcionais aos recursos mobilizados, sendo as operac;:oes sujeitas a correcc;:oes em func;:ao dos resultados da vigilancia e da avaliac;:ao.

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- 11 c

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Conclus~es da Presidencia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

f) A cobertura do Objective 1 deveria ser determinada em

conformidade com o disposto no no 1 do artigo so do

Regulamento (CEE) 2052/88, passando a lista a abranger os

novos "Lander" alemaes e Berlim Leste, que serao tratados a

partir de 1 de Janeiro de 1994 em pe de igualdade com as

restantes regioes visadas.

0 Conselho Europeu solicita a Comissao que apresente com a maxima

brevidade propostas de revisao dos Regulruuentos relatives aos

Fundos Estruturais.

0 Conselho Europeu solicita a Comissao que, no seu primeiro

relat6rio sobre a coesao econ6mica e social referida do

artigo 130°-B do Tratado, considere qual a melhor forma de

coordenar o funcionamento dos fundos estruturais com o processo de

convergencia econ6mica.

0 Conselho Europeu atribui grande importancia a fun9ao supletiva

do financiamento de emprestimos no processo de consecu9ao dos

objectives de coesao da Comunidade, e reconhece o papel de relevo

que o BEI temvindo a desempenhar. Para aumentar a disponibilidade

financeira para emprestimos para alem do financiamento pelo

or9amento comunitario, sobre o qual chegou agora a acordo, apela

para que o Conselho e a Comissao tomem as disposi96es adequadas

para por em pratica as medidas enunciadas no Anexo 4.

SN 456/92 PARTE C

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- 12 c

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Conclusoes da Presidencia - Edirnburgo, 12 de Dezernbro de 1992

iv. Politicas internas

0 nivel de autoriza96es para as politicas internas comunitarias abrangidas pela categoria tres das perspectivas financeiras propostas nao deveria exceder:

(MECU- pre9os de 1992)

3 940 4 084 4 323 4 520 4 710 4 910 5 100

SN 456/92 PARTE C

A distribui9ao dos recursos entre as varias politicas internas da Comunidade deveria ser decidida atraves do processo or9amental anual, respeitando embora os montantes estipulados na legisla9ao comunitaria.

A evolu9ao da despesa com I&D deveria ser coerente com a evolu9ao global da despesa com as politicas internas a titulo da categoria 3 das perspectivas financeiras propostas, mantendo-se no entanto entre metade e dois ter9os do montante global.

0 apoio comunitario a I&D deveria continuar a incidir sobre a investiga9ao generica de tipo pre-concorrencial e ser de aplica9ao multi-sectorial. 0 Programa EUREKA deveria continuar a constituir o principal veiculo de apoio a actividades de investiga9ao mais pr6ximas do mercado e a Comissao deveria apresentar propostas destinadas a aperfei9oar a sinergia entre as actividades de investiga9ao da Comunidade e o Programa EUREKA. Uma melhor difusao dos resultados nas empresas, em especial nas pequenas e medias empresas, uma melhor rela9ao custo-eficacia e a coordena9ao entre programas nacionais deveriam constituir prioridades na ac9ao comunitaria.

Estas conclus5es deveriam reflectir-se no debate e na adop9ao do quarto Prograrna-Quadro.

Na deterrnina9ao das despesas anuais, os recursos afectados as redes transeuropeias deverao reflectir a importancia que lhes e atribuida no Tratado de Maastricht.

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- 1 ~ r

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Conclus5es da Presid@ncia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

v. Politicas externas

4 450

0 montante das autorizac;:oes para as politicas externas nao

devera exceder:

4 500

1995

4 880

1996

5 160

(MECU- prec;:os de 1992)

1997

5 430

1998

5 780

1999

6 200

0 Conselho prioridades adequado na Comunidade.

Europeu considera que, atendendo a mudanc;:a das

comunitarias, havera que preservar urn equilibria

repartic;:ao geografica das dotac;:oes atribuidas pela

Dentro deste montante global, serao inscritas duas reservas numa

categoria separada das Perspectivas Financeiras:

a) Uma reserva para conseguir uma certa flexibilidade que permita

dar resposta as necessidades de ajuda de emergencia, de

caracter nao recorrente, existentes em paises terceiros, para

fazer face a acontecimentos nao previsiveis no decorrer do

processo orc;:amental. A dotac;:ao nao devera exceder:

1993

200

SN 456/92 PARTE C

1994

200

1995

300

1996

300

(MECU- prec;:os de 1992)

1997

300

1998

300

1999

300

A Comissao acompanhara com a maior atenc;:ao a utilizac;:ao da

reserva e informara o Conselho e o Parlamento Europeu do

impacto de qualquer proposta sobre a margem ainda em reserva.

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- 14 c

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Conclusoes da Presid@ncia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

b) Uma reserva para prever o financiamento de urn fundo de garantia a emprestimos. A dotat;:ao nao devera exceder:

1993

300

1994

300

1995

300

1996

300

(MECU- pret;:os de 1992)

1997

300

1998

300

1999

300

0 acesso a estas reservas, bern como o funcionamento do fundo de garantia a emprestimos, devera obedecer aos principios estabelecidos no Anexo 5 e no novo AII.

vi. Administrayao

1993

3 280

Os recursos administrativos a disposit;:ao das instituit;:i5es comunitarias nao deverao exceder:

1994

3 380

1995

3 580

1996

3 690

(MECU- pret;:os de 1992)

1997

3 800

1998

3 850

1999

3 900

Os principios da disciplina ort;:amental deverao aplicar-se de igual modo a todas as instituit;:i5es.

C. OR~AMENTO PARA 1993

0 Conselho Europeu convida a Presidencia a envidar esfort;:os para chegar a urn acordo sobre o Ort;:amento de 1993 numa base compativel com as presentes conclusi5es.

SN 456/92 PARTE C

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- 15 c

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ANEXO 1 a PARTE C

MAPA DAS PERSPECTIVAS FINANCEIRAS

SN 456/92 ag/JFC/mcp p ANEXO 1 a PARTE C

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ANEXO 1 a PARTE C

MAPA DAS PERSPECTIVAS FINANCEIRAS

I I 1993 I 1994 I 1, Directriz agricola 35 230 35 095

2. Ac90es estruturais 21 277 21 885 - Fundo de Coesao 1 500 1 750

- Fundos estruturais e outras 19 777 20 135 operayOes

3. Politicas internes 3 940 4084

4. Ac9Eio externa 3 950 4000

5. Despesas administrativas 3 280 3 380

6. Reservas 1 500 1 500 Reserva monet8ria 1 000 1 000

- Ac9Eio externa = auxmo de emergencia 200 200 = garantia de emprilstimos 300 300

Total das dota<;:5es para autorizag5es 69 177 69 944

Ootay5es para pagamentos 65 908 67 036 necess8rias

Dota<;:Oes para pagamentos 1,20 1 '19 I% do PNBI

Margem para despesas imprevistas 0,01 (%do PNB)

Limite maximo dos recursos pr6prios 1,20 1,20 {%do PNB)

p.m Total das despesas externas 1993 1994

4450 4500

p.m A taxa de inflac<;:So aplic8ve! ao on;amento e de 4,3%.

SN 456/92 ANEXO 1 a PARTE C

Dota9oes para autoriza9oes (milh5es de ecus - pre9os de 1992)

1995 I 1996 I 1997 I 1998 I 1999 I 35 722 36 364 37 023 37 697 38 389

23 480 24 990 26 526 28 240 30 000 2 000 2 250 2 500 2 550 2 600

21 480 22 740 24026 25 690 27 400

4323 4 520 4 710 4 910 5 100

4280 4 560 4830 5 189 5 600

3 580 3 690 3 BOO 3 850 3 900

1 100 1 100 1 "100 1 100 1 100 500 500 500 500 500

300 300 300 300 300

300 300 300 300 300

72 485 75 224 77 989 so 977 84 089

69 150 71 290 74 491 77 249 so 114

1,20 1,21 1,23 1,25 1,26

0,01 0,01 0,01 0,01 0,01

1,21 1,22 1,24 1,26 1,27

1995 1996 1997 1998 1999

4880 5160 5430 5780 6200

ag/JFC/mcp p

- 1 c

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ANEXO 2 a PARTE C

DISCIPLINA OR9AMENTAL

SN 456/92 ag/JFC/mcp p ANEXO 2 a PARTE C

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DISCIPLINA ORCAMENTAL

1. 0 Conselho Europeu reafirma que a disciplina or<;:amental tern urn papel fundamental

a desempenhar na manuten<;:ao da solidez das finan<;:as da Comunidade. A disciplina

or<;:amental e importante em todas as politicas para garantir uma rela<;:ao estavel

entre autoriza96es, pagamentos e recursos pr6prios disponiveis.

2. Em muitos casas~ o auxilio proveniente do orc;:amento das Comunidades tern

principalmente em vista constituir urn estirnulo ou incentive a medidas

regulamentares e de coordenac;:ao. Tais opera90es devem, per conseguinte, ter urn

caracter temporario, ou pelo menos ser sujeitas a uma revisao peri6dica da sua

razao de ser em termos de subsidiariedade.

3. 0 Conselho Europeu acolhe muito favoravelmente a intenc;:ao da Comissao de reve''

periodicamente, em particular no ambito do processo or9arnental anual, a

justificac;:&o das acy5es em curse.

4. A disciplina or<;:amental aplicavel a todas as despesas, salvo as do

FEOGA-Garantia, devera ser assegurada com base nas disposi90es constantes do

Acordo Interinstitucional e do Regulamento Financeiro. As decisOes legislativas

do Conselho que impliquem despesas devem ser compativeis com as Perspectivas

Financeiras que fazem parte do Acordo Interinstitucional. (Estes aspectos irao

exigir a altera9ao des artigos 14° e 15° da Decisao relativa a Disciplina

Or<;:amental) .

SN 456/92 ag/JFC/mcp p

ANEXO 2 a PARTE C - 1 c

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Conclusoes da Presidencia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

5. Dada a dimensao do or<;amento agricola, o controlo eficaz da produ<;ao e das

despesas agricolas dentro da linha directriz e particularmente importante. Esse

controlo continuara a apoiar-se no funcionamento des estabilizadores. A este

respeito, o Conselho Europeu referiu que o recente acordo sobre a reforms da PAC

implica urn aumento do recurso aos pagamentos directos aos produtores, e que nos

regimes reformados foram incluidos estabilizadores revistos para controlar as

despesas relativas a esses pagamentos. 0 Conselho Europeu pede a Comissao que

garanta a aplica<;ao de estabilizadores eficazes a todos os produtos de base mais

irnportB.J.J.tes e a sua inclusao em todas as propostas futuras de refcrma des

correspondentes sectores da PAC. <'>

6. 0 Conselho Europeu considers importante garantir que as despesas or9amentais

acompanhem as dota<;5es anuais do FEOGA-Garantia. se, para urn determinado

capitulo, a despesa exceder o perfil trayado nos relat6rios do sistema de

alerta, a Comissao devera analisar as raz5es do fen6meno e o risco de a dotayao

oryamental ser ultrapassada no final do ana. Se a Comissao concluir que esse

risco existe, devera fazer usc des poderes de gestae ao seu dispor, incluindo

os que possui ao abrigo das medidas estabilizadoras, para resolver o problema.

Se essas medidas se revelarem insuficientes, a Comissao dever& apresentar,ao

Conselho propostas de medidas apropriadas para controlar as despesas, que

poderao incluir o reforc;o des estabilizadores no sector ern questao. 0 Conselho

devera deliberar no prazo de dais meses para que as despesas sejam alinhadas

pelas dotac;5es para a capitulo orc;amental em causa, se possivel ate ao final do

ana em questao. (Esta forma de actuac;aa implica a alterac;ao do artigo 6° da

Decis§.o relativa a Disciplina Orc;amental).

7. Todas as propostas de legislac;aa da Comissao que envolvam despesas a serem

cobertas pela directriz agricola deverao ser compativeis com os limites

estabelecidos par essa directriz (em substituic;§.o do no 1 do artigo so da

decisao ora vigente} .

8. Qualquer Estado-membro deve pader solicitar a Comissao urna avaliac;§.o das

implicac;5es financeiras de qualquer alterac;ao a urna proposta da Comissao

sugerida durante os debates do Conselho. A Comissao fara essa avaliac;ao antes

de ser tomada urna decis§.o sabre a proposta alterada. Os procedimentos adequados

deverao ser incluidas (como aditamento ao artigo 5o) na revis§.o da Decis§.o

relative a Discipline Or9amental.

(I) Os novas estabilizadores contemplados no recente acordo relative a reforma da PAC abrangem: cereais, sementes de oleaginosas, proteaginosas, forragens secas, tabaco e carne de bovine, ovino e caprino. Encontram-se tambEm em funcionamento estabilizadores para os seguintes regimes: ac;Ucar, azei te, algod§.o, vinha, frutas e produtos horticolas e leite.

SN 456/92 ag/JFC/mcp p

ANEXO 2 a PARTE C - 2 c

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Conclusoes da Presid~ncia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

9. 0 Conselho Europeu acolhe favoravelmente a sugestao da Comissao de que nao sejam

efectuadas transfer!lncias da reserva monetaria para o orc;:amento do

FEOGA-Garantia sempre que se tiver a certeza de que o orc;:amento tera uma dotac;:ao

adequada para o ano em curse sem aquelas transferencias. 0 Conselho Europeu

assinala que no tocante as irregularidades e casas em que se verifiquem

problemas significativos com os dados fornecidos pelos Estados-membros, a

Comissao ira apresentar uma proposta relativa a possibilidade de reduzir ou

suspender temporariarnente os pagamentos mensais adiantados aos Estados -membros.

SN 456/92 ag/JFC/mcp p

ANEXO 2 a PARTE C - 3 c

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ANEXO 3 a PARTE C

FUNDO DE COESAO

SN 456/92 ag/JFC/rncp p ANEXO 3 a PARTE C

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Conclusoes da Presid~ncia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

Baseando-se na presente analise da proposta da Comissao, o Conselho Europeu

considera que deveriam ser inclul:dos no Regulamento sobre o Fundo de Coesao os

seguintes elementos principais:

Duracio e montante

1. 0 regulamento deveria fixar a dota<;ao financeira para o Fundo durante o perfodo

das novas Perspectivas Financeiras, indicando tambem a repartic;ao anual. Deveria

haver w-na disposic;ao prevendo a revisao do regulamento antes do final do periodo

das novas Perspectivas Financeiras.

Elegibilidade dos Estados-membros

2. 0 Fundo prevera a concessao de contribui90es financeiras a projectos como as

definidos no no 4 adiante em Estados~membros com urn PNB per capita inferior z,

90% da m6dia comunitaria, avaliada de acordo com as paridades do poder de

compra, que tenham definido um programa que lhes permita preencher as requisites

de convergencia econ6mica estabelecidos no artigo 104°-C do Tratado de

Maastricht.

3. Apenas os quatro Estados-membros que satisfazem presentemente o primeiro

criteria enunciado no n° 2 serao eleg:iveis para o apoio do Fundo. Sera feita uma

revisao em 1996; qualguer Estado-membro elegivel que nessa altura tiver

ultrapassado o valor de 90% deixara de ser elegivel. Sera feita uma nova revisao

da elegibilidade no final do periodo das Perspectivas Financeiras.

Elegibilidade dos proiectos

4. 0 Fundo pede conceder apoio financeiro a:

SN 456/92

projectos no dominic do ambiente que contribuam para a realizac;a:o des

objectives enunciados no artigo 130° -R do Tratado, incluindo projectos

apresentados ao abrigo de medidas adoptadas nos termos do artigo 130•-s do

Tratado;

projectos de infraestruturas de transportes de interesse comum financiados

pelos Estados-membros, que se integrem nas orientac;Oes definidas no

artigo 129°-C. Todavia, e enquanto as adequadas orientac;Oes nao tiverem

sido adoptadas pelo Conselho, poderao ser financiados outros projectos de

infra-estruturas de transportes que contribuam para a realizac;ao des

objectives do artigo 129•-B do Tratado.

ag/JFC/mcp p

ANEXO 3 a PARTE C - 1 c

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Conclusoes da Presidencia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

Reparticao entre Estados·membros

5. A repartiy§.o indicativa basear-se-& em crit8rios precisos e objectives, ern que se incluem principalmente a populay§.o, o PNB per capita e a superficie, mas

atendendo a outros factores socio-econ6micos, tais como car9ncias em

infraestruturas de transportee. A aplica.yao destes criterios levara

provavelmente a seguinte reparti<;:ao indicativa: Espanha, 52-58% do total;

Grecia, 16-20%; Portugal, 16-20%; Irlanda, 7-10%.

Condicionalismo macroecon6mico

6. Se:

a} o Conselho decidir, em conformidade com o no 6 do artigo 104°-C, que

deterrninado Estado-membro apresenta urn d8fice excessive

e

b) essa decis§.o n§.o for revogada nos termos do no 12 do artigo 104 o -C no prazo

de urn ana ou dentro de qualquer outre prazo especificado para a correcyao

do defice nos temos de uma resolu.yao adoptada ao abrigo do n• 7 do

artigo 104 o -c,

n§.o ser§.o financiados novas projectos desse Estado-membro - ou, no case de

projectos de grandes dirnens5es corn varias fases - nenhuma fase posterior de urn

tal projecto. Excepcionalmente, no caso des projectos que afectem directarnente

mais do que urn Estado-rnembro, o Conselho pede decidir adiar a suspensao. A

suspensao do financiamento nao produz efeitos antes de passados dais anos ap6s

a entrada em vigor do Tratado de Maastricht. A suspensao cessara logo que o

Conselho tenha decidido, nos terrnos do no 12 do artigo 104°-C, revogar a decisao

tomada ao abrigo do n• 6 do artigo 104°-C.

N§o substituicao

7. A luz de urn compromisso dos quatro Estados-membros de nao reduzirem os seus

esforcos de investimento nos dominies da proteccao ambiental e das

infraestruturas de transportee, nao sera aplicada ao Fundo de Coesao a

adicionalidade, na acep.yao do artigo g• do Regulamento do Conselho 4253/88.

Taxa de cofinanciamento da Comunidade

8. A taxa de cofinanciarnento ComunitS.rio para o Fundo deverS. situar-se entre 80%

e 85%.

SN 456/92 ag/JFC/mcp p ANEXO 3 a PARTE C

- 2 c

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Conclusoes da Presid@ncia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

Cumulac!o e sobreposiclo

9. Nenhurna rubrica das despesas podera receber apoio simultaneamente do Fundo de

Coesao e dos Fundos Estruturais. 0 apoio conjugado do Fundo de Coesao e de

outras contribui90es comunit&rias nao devera exceder 90% das despesas totais.

Diversos

10. As disposic;5es de execuyao relativas a aprovac;:ao do projecto constarao do

regulamento de base.

Serao adoptados os seguintes criterios para garantir a alta qualidade dos

projectos:

os seus beneficios econ6micos e sociais a medic prazo, que devem sel(

proporcionais aos recursos rnobilizados; estes parametres serao avaliados

a luz de uma an&lise de custos e beneficios;

as prioridades estabelecidas pelos Estados-membros beneficiaries;

a contribui9&o des projectos para a execu9&0 de politicas comunit&rias

relativas ao ambiente e as redes transeuropeias;

a compatibilidade des projectos com as politicas comunit&rias e a sua

coer6ncia com outras medidas estruturais comunit&rias;

a obten9ao de urn equilibria apropriado entre os dais c~pos de acy§o.

11. As regras de base relativas as disposi90es financeiras, ao controlo,

acornpanhamento e avalia9ao finance ires, bern como a informay§.o e publicidade,

serao estipuladas no Regulamento de base em funyao da proposta da Comissao.

SN 456/92 ag/JFC/mcp p

ANEXO 3 a PARTE C - 3 c

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Conclusoes da Presid8ncia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

12. As disposic;:oes de execuc;:ao serao adoptadas pelo Conselho, deliberando per maioria qualificada, sob proposta da Comissao.

A Comissao apresentara projectos de textos antes do final de 1992, por forma a garantir a sua adopc;:ao simultanea com o regulamento de base.

0 regulamento de execuc;:ao especificara regimes para as disposic;:oes financeiras e para o controlo financeiro, seu acompanhamento e avalia~ao. Esses regimes basear-se-ao na experigncia adquirida na aplicac;:ao des actuais Fundos Estruturais e serao consequentes com os propostos no contexte da revisao dos regularnentos relatives aos Fundos Estruturais, subordinados as caracteristicas do Fundo de Coesao (projectos em vez de programas) .

Se necessaria, a Comissao solicitara ao BEl que contribua para a avalia<;"ao des projectos.

Os pagamentos em frac<;"Oes ap6s urn adiantarnento inicial deverao ser estreitamente articulados, de forma transparente, com os progresses verificados na realiza<;'ao dos projectos.

13. 0 processo de aplicac;:ao do disposto nos n•s 10 a 12 acima sera o estabelecido no artigo 10• do projecto da Comissao de regulamento do Conselho constante do documento COM(92) 339 final.

SN 456/92 ag/JFC/mcp p ANEXO 3 a PARTE C

- 4 c

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ANEXO 4 a PARTE C

AC90ES ESTRUTURAIS:

UTILIZA9AO DE EMPRESTIMOS

SN 456/92 ag/JFC/rncp p ANEXO 4 a PARTE C

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Conclusoes da Presidencia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

1. 0 Conselho Europeu regista que os financiamentos dos projectos e des programas

atraves de emprestimos contraidos nos mercados de capitais e de outros meios de

financiamento obtidos no mercado podem desempenhar urn papel importante para

garantir o reforyo da coes§.o econ6mica e social numa base economicamente

saud&vel, e incita a Comissao e o Banco Europeu de Investimento a envidarem

todos os esforyos para mobilizar as recursos financeiros nesse sentido.

2. 0 Conselho Europeu recorda que o Protocolo de Maastricht sobre a Coesao 11 reafirma que o BEI devera devotar a maier parte des seus recursos a coes8.o 11

0 Conselho Europeu

reconhece a dimens§.o do esforc;o que o BEI j& esta a desenvolver nessa Area;

solicita que o BEI, sob reserva das exig@ncias impostas pelo Tratado e pelo

seu Estatuto, continue a intensificar a concessao de emprestimos no<

Estados-rnembros que beneficiam do Fundo de Coesao e nas regi5es

comunit&rias de Objective 1;

solicita ao BEI que, conjuntamente com o Conselho e a Comissao, estude a

forma de contribuir, em colabora9ao com as Estados-membros, para ummelhor

funcionamento dos Fundos Estruturais e do Fundo de Coesao.

3. 0 Conselho Europeu regista que o Governo dos Pafses Baixos sugeriu a cria9ao de

outre instrumento distinto para a concessao de emprestimos.

SN 456/92 ag/JFC/mcp p

ANEXO 4 a PARTE C . 1 c

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\

SN 456/92 ANEXO 5 a PARTE C

ANEXO 5 a PARTE C

TRATAMENTO OR9AMENTAL DAS GARANTIAS DE EMPRESTIMOS COMUNITARIOS

A ESTADOS TERCEIROS

ag/JFC/mcp p

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Conclusoes da PresidSncia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

0 Conselho Europeu congratula-se com as conclus5es do Conselho ECO/FIN de

19 de OUtubro, que se seguem:

1. No ambito dos seus debates de 19 de Outubro de 1992 sobre o Pacote Delors II,

o Conselho estudou a questao do tratamento orc;:amental das garantias de

emprestimos comunit&rios a Estados terceiros.

2. 0 Conselho regis tau que as crescentes responsabilidades internacionais da

Comunidade deram origem a uma expansao do nl.vel e &-nbito dos ernprestirnos a

Estados nao membros, apoiados em garantias sabre o orc;:amento comunit&rio.

Concluiu que raz5es de prudente gestae or~amental e de disciplina financeira

exigem o estabelecimento de urn novo enquadramento financeiro, incluindo urna

forma adequada de formac;:ao de provisoes.

3. Nessa conformidade, o Conselho decidiu que se deve estabelecer urn Fundo d/

Garantia a ser financiado per uma reserva inscri ta no Or<;:amento e nas

Perspectivas Financeiras segundo o modele da reserva monet&ria.

4. 0 Conselho acordou igualmente nos seguintes elementos relatives ao Fundo e a reserva:

a) 0 volume de objective do Fundo deveria ser de 10% das responsabilidades

pendentes da Comunidade decorrentes de empr6stimos externos e garantias;

SN 456/92 ag/JFC/mcp p

ANEXO 5 a PARTE C - 1 c

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Conclusoes da Presid@ncia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

b) Sernpre que a Comunidade tomar uma decisao sobre um novo ernprestimo externo ou uma garantia, devera proceder-se ao pagamento de uma provisao para o Fundo de Garantia equivalente a 14% do valor do capital do emprestimo ou garantia. Essa taxa da provisao sera reanalisada quando o Fundo atingir o volume previsto e nunca ap6s o final do periodo das Perspectivas Financeiras;

c) Nos cases de incumprimento, os pagamentos deverao ser feitos directamente a partir do Fundo ao credor. Se o Fundo nao contiver recursos suficientes para a cobertura de Qm incQ~rimentoj os pagamentos suplementares deverao ser mobilizados a partir do Or~amento, utilizando-se, como prirneiro

recurso, as margens existentes na reserva; como segundo recurso, as rnargens existentes dentro des limites m&ximos da Categoria 4 das Perspectivas

Financeiras ou uma redistribui9&0 na Categoria 4; como terceiro recurso, uma revisao das Perspectivas Financeiras, ern conformidade com as disposi9Ces do Acordo Interinstitucional, que podera acarretar uma redistribui~&o entre outras categorias;

d) Se, em resultado de urn incumprimento, os recursos do Fundo descerem abaixo de urn limiar de 75% do seu nivel de objective, a taxa de aprovisionamento para os novas emprestimos sera aumentada para 15%, ate se voltar a atingir o volume previsto ou, se o incumprimento ocorrer antes de se ter atingido o volume previsto, ate que o montante do incumprimento tenha side totalmente reconstituido. Case se verifiquem urn ou mais incumprimentos importantes que resultem numa redu~ao do Fundo de 50% abaixo do valor previsto, podem ser necessarias medidas excepcionais para reconstituir o Fundo;

e) Se o Fundo exceder o valor de objective, todos os excedentes serao restituidos aos Estados-membros;

f) 0 Fundo e o Or~amento deverao ser administrados separadamente; ficou par analisar se a gestae deve ser confiada a Comissao, ao BEI ou a outre organismo.

SN 456/92 ag/JFC/mcp p ANEXO 5 a PARTE C

- 2 c

Page 104: CONSELHO EUROPEU DE EDIMBURGO 11-12 DE DEZEMBRO DE … · A conclusao respeitante ao acesso aos trabalhos do Conselho sera revista no final de 1994. 0 conselho Europeu congratulou-se

Conclusoes da Presidencia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

RESER VA

g) Devera ser estabelecida uma reserva para financiar o Fundo no ambito do

Or9amento comunitario e das Perspectivas Financeiras, segundo os moldes da

reserva monet&ria;

h) Nao se podera proceder a mobiliza96es de recursos a partir des

Estados-membros enquapto n&o houver que fazer contribui~Oes para o Fundo;

ij No entender do Conselho, tais contribuiyOes deverao ser classificadas nas

despesas obrigat6rias.

SN 456/92 ag/JFC/mcp p

ANEXO 5 a PARTE C . 3 c

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SN 456/92 PARTE D

PARTE D

RELA~OESEXTERNAS

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- 1 d -

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Conclusoes da Presid~ncia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

1. 0 Conselho Europeu aprovou as declara96es sobre a ex-Jugoslavia,

o tratamento das mulheres mu9ulmanas na ex-Jugoslavia, a Russia e a

Comunidade dos Estados Independentes e o processo de paz no Media

Oriente, que se encontram em anexo.

Ex-Republica Jugoslava da Macedonia

2. 0 Conselho Europeu analisou a sua politica sobre reconhecimento da

ex-Republica Jugoslava da Macedonia no contexto da Declara9ao de

Lisboa e a luz do relatorio do Representante Especial da Presidencia.

Convida os Ministros dos Negocios Estrangeiros a continuar a ocupar-se

desta questao.

3. 0 Conselho Europeu congratulou-se com a Resolu9ao no 795 do

Conselho de Seguran9a das Na96es Unidas, que autoriza o Secretario­

-Geral das Na96es Unidas a estabelecer uma presen9a da FORPRONU na

Republica.

4. 0 Conselho Europeu recordou a sua Declara9ao de Birmingham sobre

a necessidade de impedir esta republica de suportar consequencias nao

intencionais das san96es das Na96es Unidas. Neste contexto, o Conselho

Europeu salienta a importancia de providenciar acesso aos fundos das

institui96es financeiras internacionais e ao abastecimento regular e

devidamente controlado de petroleo.

5. 0 Conselho Europeu acorda em que, alem disso, a Comunidade deveria

por a disposi9a0 da ex-Republica Jugoslava da Macedonia urn pacote

substancial de assistencia economica. 0 Conselho Europeu congratula-se

com a inten9ao da Comissao de reservar 50 MECU para a assistencia

humanitaria e tecnica a ex-Republica Jugoslava da Macedonia. Os

Estados-membros concordaram igualmente em contribuir com urn montante

equivalente a partir dos seus proprios recursos.

Turguia. Chipre e Malta

6. 0 Conselho Europeu congratulou-se com os resultados positives dos

Conselhos de Associa9ao corn Malta e com a Turguia realizados este ano

e aguarda com expectativa o Conselho de Associa9ao com Chipre, a

realizar em breve. 0 Conselho Europeu convidou o Conselho a continuar

SN 456/92 PARTE D

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- 2 d -

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Conclusoes da Presid~ncia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

a desenvolver rela96es adequadas e especificas com estes paises, de acordo com os principios delineados em Lisboa.

Europa Central e Oriental

7. 0 Conselho Europeu congratulou-se com o relat6rio da Comissao "Para uma associa9ao mais estreita com os paises da Europa Central e Oriental". 0 Conselho considerou que era uma resposta positiva ao compromisso do Conselho Europeu de Lisboa de desenvolver a colabora9ao da Comunidade com esses paises no ambito dos Acordos Europeus e as propostas contidas no memoranda dos paises de Visegrad.

8. 0 Conselho Europeu considera os Acordos Europeus como urn meio atraves do qual a Comunidade pretende apoiar e incentivar a estabilidade politica e o crescimento econ6mico na Europa Central e Oriental. 0 Conselho Europeu considera que tern de ser rapida e completamente pastas em pratica a fim de refor9ar as la9os dos paises associados com a Comunidade. 0 Conselho Europeu congratula-se com o dialogo politico intense que se tern vindo a estabelecer com os paises de Visegrad a nivel de Ministros e Chefes de Governo e exorta ao seu aprofundamento.

9. 0 Conselho Europeu solicita ao Conselho de Ministros que atenda as recomenda96es da Comissao e promova urn debate alargado que envolva as

partes interessadas da Comunidade e desses paises. 0 Conselho Europeu tamara decisoes na sua reuniao de Copenhaga quanta as varias componentes do relat6rio da Comissao, a fim de preparar os paises associados para a adesao a Uniao.

SN 456/92 PARTE D

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- 3 d -

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Conclusaes da Presidencia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

Ex-Uniao Sovietica

10. 0 Conselho Europeu congratula-se como inicio das negocia96es

com a Russia sobre o Acordo de Parceria e Coopera9ao, e aguarda urn

progresso rapido das negocia96es com os outros Estados. Estes Acordos

darao ajuda ao desenvolvimento da democracia e do respeito pelos

direitos humanos em todos os Estados da ex-Uniao Sovietica. o Conselho

Europeu recorda que o emprestimo para ajuda humanitaria de 1250 MECU

aos Estados da ex-Uniao Sovietica esta a ser utilizado para aquisi9ao

de alimentos e medicamentos e espera que seja suficiente para colmatar

as necessidades, considerando a boa colheita de 1992.

(

11. 0 Conselho Europeu espera que seja possivel chegar rapidamente

a acordo sobre urn reescalonamento realistico e generoso da divida

externa da ex-Uniao Sovietica no ambito do Clube de Paris. o Conselho

Europeu aguarda igualmente urn rapido acordo entre a Russia e o FMI que

permitira o acesso a recursos substanciais das IFis e de outras

fontes.

Seguranca nuclear na Europa Central e Oriental e na ex-Uniao Sovietica

12. 0 Conselho Europeu congratula-se com as conclusoes do Conselho

de Ministros de 7 de Dezembro sobre a seguran9a nuclear na Europa

Central e Oriental e na ex-Uniao Sovietica. A Comunidade coordenara os

seus esfor9os com outros dadores, e dara a mais alta prioridade a aplica9ao das medidas definidas na Cimeira Econ6mica de Munique e

adoptadas pelo G 24.

SN 456/92 PARTE D

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- 4 d -

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Conclusoes da Presidencia - Edimburgo, l2 de Dezembro de 1992

Programa PHARE

13. 0 Conselho Europeu congratula-se com as orienta96es

ao Programa PHARE de operacionais mais flexiveis acordadas quarito

Assistencia Tecnica, e com a inten9ao da Comissao de alargar a

coopera9ao com o Banco Europeu para a Reconstru9ao e Desenvolvimento.

Carta Europeia da Energia

14. 0 Conselho Europeu reitera o seu apoio a urn resultado rapido

e positive das negocia96es sabre o Acordo de Base relative a Carta

Europeia da Energia.

15. Dada a importancia do

reafirma a sua convic9ao de que

Irao na regia a, o Conselho Europeu

ha que manter o dialogo com o Governo

Iraniano. Este dialogo assume uma importancia crucial e reflecte a

preocupa9ao sentida relativamente ao comportamento do Irao e insta a adop9ao de medidas para proporcionar melhorias em varias areas,

nomeadamente no que se ref ere aos Direi tos Humanos, a senten9a de

morte pronunciada por uma "fatwa" do Ayatollah Khomeini contra o

escritor Salman Rushdie, que e contraria ao direito internacional, e

ao terrorismo. A consecu9ao de melhorias nestas areas e importante

para determinar ate que ponto podem ser desenvolvidas rela96es mais

estreitas e de confian9a.

16. 0 Conselho Europeu aceita o direito de os paises adquirirem

meios pr6prios de defesa, mas esta preocupado com o facto de que a

compra de armas par parte do Irao venha a constituir uma amea9a a estabilidade regional.

17. Dada a importancia fundamental do Process a de Paz do Media

Oriente, o Conselho Europeu expressa igualmente o desejo de que o Irao

adopte uma abordagem construtiva no ambito do mesmo processo.

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Conclusoes da Presidencia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

Africa

18. 0 Conselho Europeu confirma o seu compromisso de melhorar as

condic;:oes de vida em Africa. Ao longo dos ultimos seis meses, a

Comunidade e os seus Estados-membros tern proporcionado ajudas

substanciais sob a forma de alimentos, material medico e outras formas

de assistencia humanitaria, a fim de por fim aos flagelos da seca e da

fome. Nos paises mais afectados, a contribuic;:ao comunitaria chegou a

constituir metade da ajuda total.

19. A Comunidade e os seus Estados-membros tambem tern estado

intimamente envolvidos nos esforc;:os para por fim aos conflitos

existentes. Individualmente e em conjunto, a Comunidade e os seus

Estados-membros tern apoiado as actividades das Nac;:oes Unidas para por

fim a guerra civil na Liberia e tern feito esforc;:os politico,{

significativos para encorajar a aplicac;:ao dos acordos de paz em Angola

e Moc;:ambique. Em Angola, o Conselho Europeu insta ambas as partes,

especialmente a UNITA, a respeitar o Acordo de Paz e o cessar fogo, a

continuar a desmobilizac;:ao e prosseguir a formac;:ao de novas forc;:as

armadas unificadas. 0 Conselho Europeu apela a UNITA para que aceite

inequivocamente os resultados das eleic;:oes de 29/30 de Setembro e

encoraja o Governo a continuar o processo de democratizac;:ao com vista

a reconciliac;:ao do povo angolano.

20. A Comunidade e os seus Estados-membros apoiam inteiramente a

Resoluc;:ao n• 794 do Conselho de Seguranc;:a das Nac;:oes Unidas, que

autoriza os Estados membros da ONU a usar de todos os meios

necessaries para proporcionar urn ambiente de seguranc;:a para a

realizac;:ao das operac;:oes de auxilio humanitario na Somalia. 0 Conselho

Europeu congratula-se com os esforc;:os humanitarios envidados pela

Comunidade e os seus Estados-membros bern como o contribute por parte

de urn certo numero de Estados-membros para a Forc;:a das Nac;:oes Unidas.

Espera que a aplicac;:ao da Resoluc;:ao n• 794 do Conselho de Seguranc;:a

das Nac;:oes Unidas fomente a reconciliac;:ao nacional e promova uma

soluc;:ao politica duradoura. Atribui especial importancia a que seja

assegurada a seguranc;:a do pessoal envolvido no esforc;:o de auxilio.

21. Na Africa do Sul, o Conselho Europeu constata que as

perspectivas de recomec;:o das negociac;:5es sao agora melhores, pelo que

insta as partes envolvidas a constituir rapidamente urn governo

transit6rio e a proceder a eleic;:oes plenamente democraticas. A

Comunidade e os seus Estados-membros esperam que a presenc;:a de

observadores comunitarios e o fornecimento de ajuda ao desenvolvimento

ajudem a por fim a todos os tipos de violencia e concorram para uma

transic;:ao pacifica.

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Conclusoes da PresidSncia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

22. 0 Conselho Europeu registou com provenientes de Kinshasa, segundo as quais o

preocupa9ao informa96es Presidente Mobutu demitiu

o Governo e suspendeu a realiza9ao das reformas democraticas aprovadas pel a Conferencia Nacional Soberana do Zaire. 0 Conselho Europeu reafirma a importancia que atribui ao processo democratico no Zaire, condena todo e qualquer tipo de interferencia nesse processo e salienta o seu apoio ao actual Governo, nomeado pela Conferencia Nacional.

23. 0 Conselho Europeu recorda que a Comunidade e os seus Estados­-membros tiveram ja motives para exprimir a sua preocupa9ao nos ultimos meses acerca da situa9ao dos direitos humanos em varios paises africanos. No entanto, o Conselho Europeu sente-se encorajado pela prossecu9ao dos esfor9os actualmente desenvolvidos em muitos paises para aplica9ao dos principios da democracia, da boa governa9ao e dos direitos humanos, bern como para a realiza9ao de politicas econ6micas sas. A Comunidade e os seus Estados-membros continuarao a apoiar estes esfor9os.

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El Salvador

24. 0 Conselho Europeu regista com satisfa9ao os progresses ate

agora alcan9ados na aplica9ao do Acordo de Paz assinado em

16 de Janeiro de 1992 entre o Governo de El Salvador e a Frente de

Liberta9ao Nacional Farabundo Marti. 0 Conselho Europeu congratula-se

igualmente com as adapta96es necessarias a realiza9ao do programa,

propostas pelo Secretario-Geral das Na96es Unidas e espera que esta

evolu9ao positiva venha a assegurar a reconcilia9ao nacional, pondo

assim, em 15 de Dezembro, fim ao conflito armado.

25. 0 Conselho Europeu insta ambas as partes a mostrarenr

flexibilidade, de forma a permitir o respeito dos compromissos ainda

nao realizados, e reafirma a determina9ao da Comunidade Europeia e dos

seus Estados-membros em manterem a sua contribui9ao para a

reconstru9ao nacional de El Salvador.

PESC: trabalho preparat6rio relative a seguranca

26. 0 Conselho Europeu regista o trabalho preparat6rio ja realizado

pelos Ministros dos Neg6cios Estrangeiros sobre a seguran9a na

sequencia do mandate do Conselho Europeu de Lisboa e convida-os a

prosseguir o seu trabalho com o objective de definir os elementos

basicos necessaries para a politica da Uniao ate a data da entrada err\

vigor do Tratado.

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ANEXO 1 A PARTE D

DECLARA9AO SOBRE A EX-JUGOSLAVIA

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ANEXO 1 a PARTE D

1. A tragica situa9ao que se vive na ex-Jugoslavia constitui uma

seria amea9a a paz e a estabilidade nessa regiao. Tal situa9ao tern

vindo a provocar um imenso sofrimento humano que nao podemos aceitar.

0 Conselho Europeu apoia plenamente os esfor9os infatigaveis de

Lord Owen e de C. Vance, no ambito da Conferencia Internacional sobre

a ex-Jugoslavia, no sentido de promover a cessa9ao das hostilidades e

a realiza9ao de negocia9oes para uma solu9ao pacifica. Apesar desses

esfor9os, as partes nao conseguiram implementar muitos dos pontos

acordados na Conferencia de Londres. Nao foi demonstrado umverdadeiro

desejo de alcan9ar a paz.

2. Os principais responsaveis pelo conflito e pela sua brutalidadd

sao os actuais dirigentes da Servia e dos servios da Bosnia. A

principal vitima das ac96es de todas as partes tern sido a popula9ao

mu9ulmana da Bosnia-Herzegovina. Desafiando as Resolu96es do Conselho

de Seguran9a das Na96es Unidas, as for9as servias na

Bosnia-Herzegovina empreenderam uma campanha selvagem de agressao

militar' depura9aO etnica e persegui9aO e tortura de civis. Os

repetidos ataques a Sarajevo inserem- se claramente numa campanha

sistematica cujo objective consiste na conquista de territorio e de

cidades. Os responsaveis por todos estes crimes contra os direitos

humanos cometidos pelas diferentes partes responderao pessoalmente por

eles perante a justi9a. As autoridades servias em Belgrado sao

igualmente responsaveis por fomentarem o conflito e por nao

conseguirem usar da sua incontestavel influencia e recursos para 6

dominar. 0 Conselho Europeu exorta as autoridades croatas, por seu

lado, a darem cumprimento a todas as resolu96es do Conselho de

Seguran9a da ONU e a cooperarem de boa fe no processo de paz, uma vez

que tambem lhes cabe uma parte da responsabilidade pelos ataques a popula9ao mu9ulmana.

3. 0 Conselho Europeu reitera que a comunidade internacional nao

aceitara a aquisi9ao de territorio pela for9a. Tambem nao aceitara o

desmembramento da Bosnia-Herzegovina. 0 Conselho Europeu apoia

totalmente os esfor9os dos Co-Presidentes no s~ntido de se chegar a

uma solu9ao constitucional, com base nas propostas apresentadas pelo

Embaixador Ahtisaari e no reconhecimento mutuo do caracter

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multi-etnico da Bosnia-Herzegovina. Devera ser respeitado e garantido o direito a existencia das diferentes comunidades da Bosnia-Herzegovina.

4. A na9ao servia encontra-se perante uma escolha clara e iminente. Se se verificar uma mudan9a radical da politica e uma franca coopera9ao no processo de paz, a Servia sera gradualrnente readmitida na comunidade internacional. 0 Conselho Europeu apoia os esfor9os das for9as politicas que estao a tentar afasta-la do abismo. Por outre lado, se o regime de Belgrade rnantiver a sua politica actual, a comunidade internacional adoptara medidas mais severas, incluindo o endurecimento e o alargamento das san96es ja existentes e impedindo a participa9ao servia em todas as instancias internacionais, que isolarao totalmente a Servia por muito tempo. Os Estados-membros da Comunidade Europeia vao enviar observadores para as proximas elei96es, sob os auspicios da CSCE. Esses observadores tirarao as conclusoes adequadas caso as autoridades actuais nao adoptarem procedimentos leais e justos.

5. 0 Conselho Europeu presta homenagem a coragem e perseveran9a das for9as da FORPRONU e da ponte aerea, bern como da ECMM, do ACNUR, do CICV e das outras organiza96es empenhadas na perigosa ac9ao de ajuda humanitaria, e apoia as medidas destinadas a implementar os compromissos assumidos no Conselho Europeu de Birmingham. Apela a todas as partes a que permitam uma passagem segura dos comboios humanitarios. E necessario prosseguir as ac96es de protec9ao a popula9ao civil atraves do desenvolvimento de zonas de seguran9a e providenciando refugio nos Estados-membros para categorias de refugiados particularmente vulneraveis. A Comunidade e os seus Estados-membros continuarao a responder comgenerosidade as exigencias humanitarias urgentes. 0 Conselho Europeu reafirma o seu apoio a Resolu9a0 no 787 do Conselho de Seguran9a das Na96es Unidas, que preve que sejam tomadas as medidas necessarias, mesmo de caracter militar, de modo a assegurar a presta9ao segura de assistencia humanitaria.

6. 0 Conselho Europeu apoia plenamente a ac9ao empreendida no Adriatico pela UEO e pela OTAN para fazer respeitar as san96es impostas pelas Na96es Unidas e o embargo as arrnas. A Comunidade e os seus Estados-membros tomarao novas medidas tendentes a refor9ar as san96es na zona do Danubio e exortam os Estados ribeirinhos a

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desempenharem plenamente o seu papel . 0 Conselho Europeu apela ao

rapido envio de observadores para a fronteira entre a Servia e a

Bosnia-Herzegovina. Atendendo as multiplas viola96es da Resolu9ao

no 786 do Conselho de Seguran9a das Na96es Unidas, o Conselho Europeu

considera que o Conselho de Seguran9a das Na96es Unidas deveria

analisar a situa9aO a luz do no 6 da referida ResolU9aO.

7. E necessario restaurar a autonomia do Kosovo em rela9ao a Servia.

E necessario que as autoridades servias actuem com modera9ao e que os

direitos humanos dos habitantes do Kosovo sejam respeitados. 0

Conselho Europeu e favoravel a uma presen9a da ONU no Kosovo. 0

Conselho Europeu reitera igualmente o seu apelo ao Governo da Albani~

para que continue a manifestar a necessaria modera9ao.

8. 0 Conselho Europeu congratula-se com a decisao dos Co-Presidentes

de realizar uma reuniao a nivel ministerial do Comite de Orienta9ao da

Conferencia Internacional, em 16 de Dezembro. Nessa reuniao devera ser

discutida uma serie de medidas necessarias para apoiar a ac9ao dos

Co-Presidentes no sentido de intensificar a pressao exercida sobre as

partes para que ponham termo ao derramamento de sangue e deem

efectivamente inicio a negocia96es sobre a Constitui9ao da Bosnia.

9. 0 Conselho Europeu, que reune os Chefes de Estado e de Governo de

paises profundamente apegados a paz, continuarao a dar prioridade aos

meios politicos para resolver a crise na Jugoslavia. Mas, atendendo 2.

gravidade desta tragica situa9ao, so lhe resta promover e participar

noutras iniciativas que a Comunidade Internacional possa ser obrigada

a tomar.

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ANEXO 2 a PARTE D

DECLARA9AO SOBRE 0 TRATAMENTO DADO AS MULHERES MU9ULMANAS

NA EX-JUGOSLAVIA

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Conclus~es da Presid§ncia - Edimburgo, 12 de Dezembro de 1992

0 Conselho Europeu manifesta a sua profunda consterna9ao pela deten9ao

e viola9ao sistematicas de mulheres mu9ulmanas. 0 Conselho Europeu

condena veementemente estes actos de inqualificavel brutalidade, que

se inserem numa estrategia deliberada para aterrorizar a comunidade

mu9ulmana da B6snia-Herzegovina, destinada a alcan9ar o objective da

depura9ao etnica. Os responsaveis por todos estes crimes contra a

Humanidade responderao pessoalmente por eles perante a justi9a.

0 Conselho Europeu exige que todos os campos de deten9ao, e em

especial os campos para mulheres, sejam imediatamente encerrados.

Devera ser facultado as organiza96es humanitarias o acesso livre e

seguro a estes campos, de modo a que possa ser prestada assistencia a,

todas as pessoas ai detidas.

A Comunidade e os seus Estados-membros estudarao favoravelmente que

outros tipos de ajuda poderao vir a ser prestados as vitimas.

0 Conselho Europeu decidiu o rapido envio de uma delega9ao de todos os

Estados-membros, chefiada por Dame Anne Warburton, com o objective de

investigar em todas as areas, em nome da Comunidade e dos seus

Estados -membros, os factos recolhidos ate ao momento e apresentar

urgentemente urn relat6rio aos Ministros dos Neg6cios Estrangeiros.

Esta delega9ao deve ter acesso livre e seguro aos referidos locais de

deten9ao. 0 Conselho Europeu apela a ONU para que aprove medidas de

apoio a esta missao.

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ANEXO 3 a PARTE D

DECLARA~AO SOBRE A RUSSIA E A COMUNIDADE DOS

ESTADOS INDEPENDENTES

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Urn ano ap6s a dissoluc;:ao da Uniao Sovietica, o Conselho Europeu

reafirma o seu empenhamento em contribuir para a transic;:ao do

comunismo para a democracia.

Os povos da Comunidade Europeia estao a criar novas relac;:oes de

amizade com os povos da Russia e da CEI. 0 nosso objective e a plena

integrac;:ao destes Estados nos sistemas politicos e econ6micos

mundiais. Procuramos constituir parcerias novas e equitativas,

baseadas no respeito pela soberania, valores comuns de liberdade,

democracia, direitos civicos e politicos e bem-estar social, assim

como economias orientadas para o mercado e a livre empresa.

I

Apenas num ano, foi conseguido urn progresso significative, apesar das

inevitaveis dificuldades. 0 Governo russo, sob a autoridade do

Presidente Ieltsine, tern vindo a realizar medidas praticas de reforma

de significado hist6rico. Apoiamos firmemente o processo de

transformac;:ao actualmente em curse, cujo objective e criar uma Russia

livre, unida e pr6spera.

A cooperac;:ao entre a Comunidade e os seus Estados-membros e os paises

da CEI encontra-se em rapido desenvolvimento e esta a ser alargada a

areas inteiramente novas. Foram criados empreendimentos conjuntos e

estabelecem- se novas relac;:oes politicas. Deu- se inicio a urn

intercambio amigavel a diversos niveis e estamos a desenvolver

esforc;:os conjuntos para enfrentar as crises internacionais.

Estamos empenhados em desenvolver esta cooperac;:ao e continuaremos a

dar o maier apoio possivel a esta luta pela democracia. Procuraremos

desenvolver a cooperac;:ao a nivel do comercio e do investimento, assim

como a cooperac;:ao tecnica. Estamos perfeitamente conscientes dos

numerosos problemas das minorias nacionais, e trabalharemos em

estreita associac;:ao com os que procuram evitar confrontos e encontrar

soluc;:oes pacificas para os conflitos.

0 Conselho Europeu considera a parceria com os membros da Comunidade

dos Estados Independentes como urn compromisso a longo prazo para

aproximar os nossos povos nas gerac;:oes vindouras.

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ANEXO 4 a PARTE D

DECLARA9AO SOBRE 0 PROCESSO DE PAZ NO MEDIC ORIENTE

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0 Conselho Europeu reitera o seu pleno apoio ao Processo de Paz do

Medio Oriente, em ambas as vertentes, bilateral e multilateral, e ao

papel dos seus co-patrocinadores e congratula-se com o facto de a nova

administrac;:ao dos Estados Unidos se ter ja empenhado no referido

Processo. A Comunidade Europeia continuara a desempenhar urn papel

activo e construtivo no Processo de acordo com as suas posic;:5es de

principio, com base numa resoluc;:ao justa, duradoura e global.

0 Conselho Europeu julga que a resoluc;:ao do conflito e do interesse de

Israel e dos seus vizinhos, dos Palestinianos e de toda a regiao do

Medio Oriente. 0 actual Processo de Paz representa uma enorme

oportunidade que deve ser aproveitada se se quiser evitar por em

perigo a estabilidade da regiao. 0 Conselho Europeu insta todas as

partes envolvidas a prosseguirem rapidamente e de forma construtiva as

negociac;:5es em curso.

0 Conselho Europeu salienta a importancia de se assegurar o respeito

pelos Direitos Humanos e de se criaremmedidas geradoras de confianc;:a,

como forma de desenvolver o nivel de confianc;:a entre as partes e de

fazer avanc;:ar as negociac;:5es.

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