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 Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS) O Conselho Municipal de Assistência Social CMAS é uma instância colegiada de caráter permanente entre Governo e Sociedade Civil, com poder normativo, deliberativo e controlador da Política de Assistência Social do Município de Porto Alegre, vinculado à estrutura do órgão da  Administração Pública responsável pela coordenação da Política Municipal de Assistência Social, e  tem seu funcionamento regulado por um Regimento Interno. Telefone para contato: (51) 3227.3922 Lei Complementar nº 352/95  Decreto nº 11.469/96 Lei Complementar nº 419/98 Decreto 12.147_98 Lei_complementar_559  Decreto_15.597_07 RESOLUÇÃO N° 154/2010 Anexo I Anexo II Anexo III Anexo IV Anexo V Anexo VI Anexo VII Anexo VIII Anexo IX Anexo X Anexo XI Anexo XII Anexo XIII 1. Estrutura do CMAS a. Composição  O Conselho Municipal de Assistência Social, criado pela Lei Complementar nº 352 de 08 de agosto de 1995, é composto por 45 (quarenta e cinco) membros titulares e respectivos suplentes, representantes do governo e sociedade civil, constituído da seguinte forma:  PODER PÚBLICO

Conselho Municipal de Assistência Social

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Conselho Municipal de Assistência Social(CMAS) O Conselho Municipal de Assistência Social – CMAS é uma instância colegiada de caráter

permanente entre Governo e Sociedade Civil, com poder normativo, deliberativo e controlador daPolítica de Assistência Social do Município de Porto Alegre, vinculado à estrutura do órgão da

 

Administração Pública responsável pela coordenação da Política Municipal de Assistência Social, e

 

tem seu funcionamento regulado por um Regimento Interno.

Telefone para contato: (51) 3227.3922

Lei Complementar nº 352/95 

 

Decreto nº 11.469/96 

Lei Complementar nº 419/98 

Decreto 12.147_98

Lei_complementar_559 

 

Decreto_15.597_07 

RESOLUÇÃO N° 154/2010 

Anexo I 

Anexo II 

Anexo III 

Anexo IV 

Anexo V 

Anexo VI 

Anexo VII 

Anexo VIII 

Anexo IX 

Anexo X 

Anexo XI 

Anexo XII 

Anexo XIII 

1. Estrutura do CMAS

a. Composição

 

O Conselho Municipal de Assistência Social, criado pela Lei Complementar nº 352 de 08 de agostode 1995, é composto por 45 (quarenta e cinco) membros titulares e respectivos suplentes,

representantes do governo e sociedade civil, constituído da seguinte forma:

 

PODER PÚBLICO

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• 20 (vinte) representantes do Poder Executivo Municipal, a serem escolhidos dentre os servidoresmunicipais;

 

• 2 (dois) funcionários do Poder Legislativo Municipal. 

SOCIEDADE CIVIL• 3 (três) representantes de entidades prestadoras de serviços de assistência social, com atuação

 

municipal;

 

• 1 (um) representante da categoria de profissionais do setor;• 2 (dois) representantes de entidades de organização e/ou representação de usuários, com

 

atuação municipal;• 16 (dezesseis) representantes dos usuários oriundos das Comissões Regionais de AssistênciaSocial – CORAS;

 

• 1 (um) representante da União das Associações de Moradores de Porto Alegre – UAMPA.

 

DIRETORIA EXECUTIVAA Diretoria Executiva do CMAS será escolhida dentre os seus membros, por voto da maioriaabsoluta dos membros titulares do Conselho, para cumprirem mandato de 2 (dois) anos.

 

• Presidente; • 1º Vice-Presidente;

• 2º Vice-Presidente;

 

• 1º Secretário; • 2º Secretário. 

b. Comissões TemáticasPara o desenvolvimento de suas atividades o Conselho faz uso das Comissões Temáticas, podendonomear grupos de trabalho.

NORMAS: A Comissão de Normas busca elaborar normas básicas para o funcionamento doConselho, bem como coordenar o processo de inscrição no CMAS. Reune-se semanalmente.

POLÍTICAS PÚBLICAS: A Comissão de Políticas Públicas delibera sobre propostas da política deassistência social, bem como elabora, sugere e acompanha os programas dela decorrentes.Reune-se semanalmente.

FINANÇAS: A Comissão de Finanças visa assessorar o Conselho elaborando uma política decaptação e fiscalização dos recursos.

 

Regimento Interno

2. Inscrições no CMASAs entidades e organizações de assistência social do município de Porto Alegre, bem como osserviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais devem estar inscritos nos Conselhos

 

de Assistência Social, obedecendo as legislações locais.

a. Utilidade da Inscrição

 

A inscrição no Conselho Municipal de Assistência Social serve para:• Facilitar para a entidade o recebimento de ajudas ou benefícios do poder público, firmar

 

convênios, acordos, ajustes, subvenções;

 

• Possibilitar a concorrência de recebimento de recursos do Fundo Nacional de Assistência Social – FNAS, do Fundo Estadual de Assistência Social – FEAS e do Fundo Municipal de Assistência Social

 

– FMAS;• Possibilitar às entidades ajuda da iniciativa privada (empresas, pessoas jurídicas ou físicas) quevê a inscrição no CMAS como forma de credibilidade das ações praticadas.

 

3. Comissões Regionais de Assistência Social – CORAS

 

As CORAS são instâncias de caráter consultivo que têm a função de propor políticas e acompanhara implantação destas nas respectivas regiões. A CORAS é aberta à participação dos órgãospúblicos e entidades de assistência social localizadas na região, bem como de usuários e cidadãos

 

moradores da região. A CORAS seguirá a regionalização do Orçamento participativo, conformedeliberação da I Conferência Municipal de Assistência Social.

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PBH / CONSELHO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL / PROCESSO DE REALIZAÇÃO

CONSELHO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL  

PROCESSO DE REALIZAÇÃO

O Processo de Realização das Conferências MunicipaisImpressão

1ª Etapa - Preparando a Conferência de Assistência Social  

1 - Como deve ser realizada a convocação da Conferência?

  O Presidente do Conselho Municipal de Assistência Social, em observância à lei de criação doConselho, convoca a Conferência em conjunto com o Prefeito, por meio de legislação específica. 

  O Decreto de Convocação (Anexo V) deve conter seu objetivo, o município e a data da realização daConferência, quem é o responsável financeiro pelo evento, devendo ser publicado no Diário Oficial

e/ou jornal de maior circulação no município. Esse deve ser amplamente divulgado nos meios decomunicação local, como: rádio, jornais, faixas, cartazes, carro de som e outros disponíveis.  

2 - Quem organiza a Conferência? 

  Para organizar uma Conferência em âmbito municipal, é necessário constituir uma ComissãoOrganizadora, que deverá ser paritária, ou seja, com representantes do governo e da sociedade civil(representantes de usuários e/ou organizações de usuários; entidades de assistência social; entidadesque representam trabalhadores da área). Ressalta-se a importância da designação de equipe técnicapelo órgão gestor, visando a operacionalização da Conferência, juntamente com o Conselho. 

  A Comissão Organizadora poderá dividir-se em grupos para realizar tarefas, bem como contar comapoio de técnicos e assessorias. 

  As principais atribuições da Comissão Organizadora são: 

a) elaborar o orçamento;b) propor estratégias de mobilização (eventos preparatórios à participação na conferência) e divulgação;c) definir o local para a realização da Conferência;d) preparar a programação;e) definir os palestrantes;f) construir a minuta do Regimento Interno;g) programar apresentações culturais (opcional);h) prever a acessibilidade das pessoas com deficiência, conforme orientação do CNAS (Informe CNAS nº001/2009 – Anexo VI)i) consolidar o Relatório Final e encaminhá-lo ao Conselho Estadual de Assistência Social – CEAS, conformeroteiro proposto (Anexo VII).

3 - Quem participa das conferências? 

  Nas Conferências Estaduais participam os delegados, eleitos nas Conferências Municipais,observadores e convidados credenciados. Já na etapa municipal, podem participar todos os sujeitosenvolvidos na Assistência Social e pessoas interessadas nas questões relativas a essa Política, aexemplo de:Gestores da assistência social e representantes de órgãos públicos; 

a) Trabalhadores da assistência social e de outras políticas que fazem interface com a assistência social;  b) Representantes de entidades de assistência social; c) Usuários e representantes de organizações de usuários; d) Representantes de Conselhos Setoriais (saúde, educação) e de Defesa de Direitos (criança e adolescente,idoso, pessoa com deficiência, mulher); e) Representantes das universidades, do Poder Legislativo Federal, Estadual e Municipal, do Judiciário eMinistério Público; f) Outros. 

4 - Onde buscar subsídios para o planejamento e realização das Conferências?  

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  É essencial para o alcance dos objetivos que a Comissão Organizadora faça reuniões periódicas.   As reuniões devem ter como base as orientações enviadas pelo CNAS e CEAS para a preparação da

etapa da mobilização; e as deliberações das últimas Conferências (Nacional, Estadual e Municipal)para a organização geral da Conferência (programação, credenciamento, mesa de abertura, painéis,trabalhos em grupo, consolidação das propostas e Plenária Final). 

  É fundamental que fique devidamente registrado, em Ata, as decisões da Comissão Organizadora e oresponsável por cada ação. 

  As orientações gerais sobre o processo de Conferências estão disponíveis na página eletrônica doCNAS www.mds.gov.br/cnas/vii-conferencia-nacional. Assim sendo, sugere-se consulta periódica. 

  O Conselho Estadual de Assistência Social disponibilizará orientações específicas para a realização dasconferências em seu âmbito de atuação. Nesse sentido, os Conselhos municipais devem estar emcontato permanente para acesso as informações. 

5 - Como mobilizar e qualificar a participação nas Conferências em 2009? 

  Em geral, os diversos sujeitos e organizações que participam das Conferências têm acessodiferenciado às informações. Para que todos possam se articular e se preparar igualmente para asdiscussões, o processo de mobilização deve levar em conta a capacitação dos participantes. Essa podeser realizada por meio de reuniões, encontros, palestras, debates públicos, pré-conferênciastemáticas, e outros eventos preparatórios. 

  Cada Município organizará, conforme suas características, eventos preparatórios para debater atemática da Conferência e seu significado, tendo em vista a mobilização de todos os segmentos aserem representados nas Conferências (usuários, trabalhadores do setor, entidades de assistênciasocial e representantes governamentais). 

  Para a mobilização, os Municípios podem utilizar-se dos serviços já existentes nas unidades públicasda Assistência Social, como CRAS, CREAS, entidades de assistência social, bem como outros espaçosou serviços, que reúnem os usuários da Assistência Social e suas famílias, a exemplo dos grupos debeneficiários do Programa Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada, Pró-Jovem, famíliasde adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas e movimentos organizados de usuários,entre outros; 

  Tais mobilizações terão o intuito de identificar as necessidades relacionadas à política de assistênciasocial nos territórios, indicar propostas para o aperfeiçoamento das ações do SUAS, além dos entravesque dificultam a participação dos usuários nos Conselhos e Conferências. 

  É fundamental que as discussões tenham como referência as ementas de cada subtema e osresultados esperados apresentados anteriormente nestas orientações. 

  A metodologia a ser utilizada para realizar tal levantamento deverá ser criada/escolhida pelo próprioMunicípio, levando-se em consideração a necessidade de abranger os três segmentos querepresentam a sociedade civil nos espaços de controle social. Os eventos de mobilização devempautar as demandas dos usuários, além das questões abaixo elencadas:  

a) importância da participação e do controle social no SUAS;b) significado, formas de participação do usuário e o seu lugar político no SUAS, ou seja, sua participação naavaliação dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais e nos espaços de deliberação dapolítica – Conselhos e Conferências;c) identificação das formas de organização dos usuários com vistas a sua inserção nesses espaços;d) estratégias para participação qualificada nos Conselhos e Conferências e discussão de sua representação erepresentatividade nas demais esferas;e) elaboração de propostas para ampliação da participação dos usuários nos Conselhos e Conferências;f) papel dos trabalhadores do SUAS em relação ao protagonismo dos usuários;g) contribuição das metodologias de trabalho para o reconhecimento público da legitimidade do protagonismodos usuários e na identificação de suas necessidades sociais e potencialidades, visando sua emancipação;

h) perfil do usuário da assistência social, como sujeito de direitos, nos dias de hoje;  

  É importante que o gestor da Assistência Social disponibilize informações sobre a assistência social,constantes no Sistema RedeSUAS, CadÚnico e outros cadastros municipais, relacionando os númerosde beneficiários e recursos de cada programa, além do orçamento público da assistência social,visando qualificar os debates dos eventos de mobilização e da Conferência; 

  Os resultados dos eventos de mobilização devem ser registrados e encaminhados ao ConselhoMunicipal. Esse deve sistematizar as informações e apresentá-las na Conferência municipal. 

5 - Como divulgar os eventos de mobilização e a conferência? 

  Como estratégia para garantir a participação popular, e visando um amplo debate sobre a Política deAssistência Social no Município, é importante divulgar os eventos de mobilização e a Conferência nos

meios de comunicação disponíveis, tais como rádio, jornais locais, carro de som, faixas, cartazes,internet e avisos nos locais de uso público. 

  É fundamental encaminhar convite às entidades de assistência social que atuam no município; às

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organizações dos usuários e de trabalhadores da área; aos órgãos gestores das demais políticaspúblicas, bem como aos representantes da Câmara de Vereadores, do Ministério Público, do PoderJudiciário, dentre outras autoridades locais. 

2ª Etapa: Realizando a Conferência de Assistência Social  – dos procedimentos.

1 - Qual o tempo ideal para a realização da Conferência?  

  Sugere-se que os trabalhos da Conferência sejam realizados em no mínimo dois dias, sendo que aabertura poderá ser realizada na noite anterior ao início dos trabalhos.  

  Importante definir os dias da semana para a sua realização, considerando a disponibilidade dosusuários, assegurando assim a sua participação nesse importante evento de deliberação. 

2 - Como deve ser o credenciamento? 

  O credenciamento deve ser realizado no espaço da Conferência, sendo os participantes devidamenteidentificados. A ficha de credenciamento deve conter os dados de identificação do participante e suarepresentação (Anexo VIII). 

  Identificação, no verso do crachá, de qual grupo de trabalho que o participante irá compor;    O crachá é um instrumento a ser utilizado nas votações dos Delegados durante as Plenárias. É

importante que esses sejam impressos em cores e ou formatos diferentes para distinguir osdelegados, dos observadores e demais participantes da conferência. Não sendo possível a impressãocom cores e ou formatos diferenciadas, sugere-se que o mesmo seja entregue somente aosparticipantes credenciados como delegados. 

  Material da conferência - poderão ser entregue aos participantes: 

Programação da conferência; Regimento Interno; Ficha para avaliação do evento; papéis para anotações;caneta; textos de apoio; cópia das Deliberações da Conferência municipal de 2007, dos 10 DireitosSocioassistenciais, da Carta Nacional dos Direitos Socioassistenciais da VI Conferência Nacional; entre outrosdocumentos considerados importantes pela Comissão Organizadora. 

3 - Como organizar a Abertura Oficial? 

  A Mesa de Abertura da conferência deve ser composta pelo Presidente do Conselho Municipal deAssistência Social, Prefeito, Gestor Municipal da política de assistência social e um representante deusuários da assistência social. Outras autoridades também podem ser convidadas para compor aMesa, quando estiverem presentes, as quais destacamos: o Coordenador do Fórum de AssistênciaSocial (caso o município tenha), um representante da Câmara Municipal, autoridades do GovernoEstadual, Federal, representantes do CEAS e CNAS, entre outros. O tempo da Mesa de Abertura nãodeve se estender, sob pena de comprometer o andamento dos trabalhos da conferência.

  Deve-se definir, anteriormente, a ordem das falas, considerando que o presidente do CMAS deve ser aúltima autoridade a falar. Essa ordem justifica-se por ser esse o anfitrião da Conferência e, ainda,porque após seu pronunciamento, esse decretará o início da mesma.

  É fundamental produzir e divulgar um diagnóstico do que foi realizado a partir da Conferênciaanterior, com uma avaliação dos encaminhamentos dados em relação às diretrizes indicadas. Aprestação de contas possibilita identificar avanços e desafios para o fortalecimento do SUAS no

Município.

4 - Qual a função do Regimento Interno na Conferência de Assistência Social?  

  O Regimento Interno (encaminhamos como sugestão Anexo IX) é um conjunto de normas que regemo funcionamento da Conferência. Esse deve dispor sobre o tema, objetivo, local, data, critérios para ocredenciamento, a dinâmica dos painéis, dos trabalhos em grupo, dos debates, das moções, davotação de propostas, da eleição dos delegados e do Relatório Final.

  A leitura e aprovação do Regimento Interno deverão ser realizadas antes do início dos trabalhos. Cabeà Plenária fazer os destaques que julgar necessários e após discussão, o Regimento Interno deve sercolocado em regime de votação para aprovação dos delegados.

  Durante a Conferência os participantes devem estar atentos para garantir o cumprimento doRegimento Interno. Sempre que necessário podem ser levantadas questões de ordem para cumpri-lo.

5 - O que deve ser considerado para as apresentações culturais?  

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  A Conferência pode dedicar espaço para apresentações culturais na programação, de forma a valorizara cultura local e oportunizar a divulgação de trabalhos artísticos realizados por usuários.

  As apresentações culturais devem ser breves, de forma a não prejudicar a programação.

6 - Como devem ser realizados os Painéis? 

  Os painéis têm como objetivo subsidiar o debate nos grupo de trabalho, que devem seracompanhados de debate. Destaca-se a importância de observar o tempo significativo para osdebates.

  O tempo máximo destinado às intervenções de cada participante no debate deve estar previsto noRegimento Interno.

7 - Para que são realizados grupos de trabalho? 

  Os Grupos de Trabalho são realizados para garantir o aprofundamento da discussão do temário daConferência e dos painéis. Cada grupo contará, no mínimo, com um coordenador e um relator dostrabalhos.

  Seus integrantes terão como competência elaborar proposições que visem implementar a política deassistência social, sendo que tais propostas, posteriormente, serão apresentadas e votadas naPlenária Final da Conferência.

  Os relatores dos Grupos devem ser orientados, pela Comissão Organizadora, quanto à elaboração dorelatório a ser apresentado para apreciação da Plenária Final.

8 – O que é Plenária Final da Conferência Municipal? 

  É um espaço que tem caráter deliberativo, constituído pelos delegados, devidamente credenciados,com competência para discutir, modificar, aprovar ou rejeitar as propostas consolidadas nos gruposde trabalho, além das moções encaminhadas pelos participantes.

  Nesse espaço são eleitos os delegados para participar da Conferência Estadual de Assistência Social;  As propostas dos grupos de trabalho e moções devem ser lidas, assegurando aos participantes a

apresentação de destaques, para posteriormente serem colocadas em votação.

  Os procedimentos de votação das propostas dos grupos, das moções, bem como a eleição dosDelegados para a Conferência Estadual, deverão estar previstos no Regimento Interno da Conferência,lembrando que após o início do regime de votação, fica vetado qualquer destaque ou questão de

ordem.

9 - Quem participa da Conferência Municipal de Assistência Social? 

  Todos os cidadãos podem participar das conferências municipais, desde que devidamentecredenciados, na condição de:

  Delegados, com direito a voz e voto.

  Convidados e observadores, com direito a voz.

Ressaltamos que o CMAS tem autonomia para definir número de participantes, bem como a forma de escolhados delegados, convidados e observadores na Conferência Municipal de Assistência Social.  

10 - Quem pode ser delegado em uma conferência municipal?

  Representantes governamentais;  Representantes da sociedade civil, dentre os segmentos:

a) entidades de assistência social;b) entidades de trabalhadores da Assistência Social; c) usuários e organizações de usuários. 

  Os conselheiros (titulares e suplentes) do Conselho Municipal de Assistência Social são delegadosnatos;

11 - Quem são os convidados e observadores? 

  Representantes das Universidades, do Poder Legislativo Federal, Estadual e Municipal, do Judiciário,

do Ministério Público, dos Conselhos de Políticas Públicas e de Direitos;  Pessoas que defendem a Política de Assistência Social;

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  Cabe aos CMAS definirem quem serão os sujeitos sociais a serem convidados.

12 - Quem poderá ser eleito delegado para a conferência estadual?  

  Seguindo o princípio da paridade, os delegados e os respectivos suplentes - representantes dogoverno e da sociedade civil - serão em igual número.

  O(s) Delegado(s) governamental(is) deverá(ão) ser indicados(s) entre os gestores e técnicos do órgãogestor municipal de Assistência Social.  No caso dos Delegados da sociedade civil, que envolve os três segmentos (usuários, trabalhadores e

entidades de assistência social), a Plenária das Conferências deve assegurar a representação de 1/3de usuários. Nesse sentido, é importante observar o que estabelece a Resolução do CNAS no24/06, ouseja, para a escolha dos delegados representantes de usuários pode-se eleger pessoas que estejamnuma organização juridicamente constituída ou usuários que participam regularmente de serviços,programas e atividades desenvolvidas nos CRAS, CREAS em outras unidades de execução da Políticade Assistência Social ou movimentos de usuários.

Exemplos: grupos de beneficiários do Programa Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada, Pró-Jovem, famílias de adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas, entre outros. 

  É importante que os Delegados sejam eleitos entre seus pares.

  Outro aspecto a ser observado refere-se ao processo de escolha dos delegados eleitos nasConferências Municipais. Por exemplo: um município de pequeno porte, que tem direito a elegerapenas dois delegados para a Conferência Estadual, deve priorizar que a representação da sociedadecivil seja realizada por meio de um usuário. Quando um município tiver direito a eleger quatrodelegados representantes da sociedade civil, deve escolher dois representantes dos usuários, um dostrabalhadores da área e um representante das entidades de assistência social.

13 - Como deve ser o processo de eleição de delegados para a Conferência Estadual? 

  O Regimento Interno da Conferência deverá estabelecer a data e horário para o credenciamento doscandidatos a delegado para a Conferência Estadual de Assistência Social (em momento distinto ao docredenciamento dos participantes), bem como definirá os critérios para a candidatura e quais osdocumentos que os candidatos deverão apresentar no momento do credenciamento. Esclarecemosque é a Plenária que elege os delegados para a Conferência Estadual de Assistência Social, dentre osque efetuaram o credenciamento para tal, respeitando-se a paridade e a quantidade estabelecidas

pelo CEAS.  A identificação do participante no credenciamento será a referência para a candidatura do Delegado

para a Conferência Estadual. Caso a representação do delegado não esteja de acordo com os critériosestabelecidos no Regimento Interno, o mesmo poderá ser impedido de concorrer a delegado para aConferência Estadual e dessa para a Nacional.

14 - O que são Moções? 

  As moções dizem respeito a outros assuntos não referentes à política de assistência social, sendosubmetidas à Plenária Final para apreciação. Após aprovação, deverá ser encaminhada à instânciadevida.

  As moções podem ser de repúdio, indignação, apoio, congratulação ou recomendação.

  O Regimento Interno da Conferência deve estabelecer o número mínimo de assinaturas para que a

coordenação da Mesa da Plenária Final coloque a moção em votação.

15 - Por que é importante avaliar a Conferência? 

  É importante que os participantes da Conferência avaliem a organização e a condução desse evento,assim como apresente, sugestões que venham contribuir nos próximos eventos (Anexo X).

  A Comissão Organizadora deve pautar a avaliação da Conferência na Reunião Ordinária do ConselhoMunicipal, após a realização da Conferência.

3ª Etapa: Do Relatório Final da Conferência Municipal de Assistência Social  

1- Elaboração do Relatório Final 

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  O Relatório deve ser elaborado conforme o roteiro proposto pelo Conselho Estadual.

2 - Encaminhamento do Relatório Final da Conferência 

  O Relatório Final da Conferência Municipal deve ser enviado ao Conselho Estadual de Assistência

Social, IMPRETERIVELMENTE, até a data que este estabelecer, para a consolidação das propostasdeliberadas nos municípios e subsídio para o debate na Conferência Estadual.  No Relatório Final deve constar também a relação dos Delegados eleitos e seus respectivos Suplentes.

RECOMENDAÇÕES GERAIS:

Devem ser empenhados esforços que visem inovar nas estratégias de incentivo de efetiva participação popular,bem como a inerente qualificação da participação dos usuários a assistência social. Como já dito, asConferências, devem ser espaços exemplares de participação popular, de modo a qualificar e aproximar suasdeliberações das reais necessidades da população 

C.M.A.S - Regimento Interno

Regimento Interno

Conselho Municipal de Assistência Social de Ponte Serrada

Capitulo I

DO CONSELHO MUNICIPAL DE ASSISTENCIA SOCIAL

Seção I

Da Natureza e Finalidade

Art.1º - Fica criado o Conselho Municipal de Assistência Social, em caratêr permanente, como órgãoconsultivo e deliberativo do Sistema Municipal de Assistência Social, responsável pela formação deestratégia e controle de execução da política de Assistência Social no município de Ponte Serrada, semprejuízo das funções legislativas.

Seção II

Das Competências

Art.2º - Compete ao Conselho Municipal de Assistência Social

I - Definir as prioridades da Política de Assistência Social no âmbito do município;

II - Estabelecer as diretrizes a serem observadas na elaboração do Plano Municipal de Assistência Social,bem como definir, controlar e avaliar sua elaboração e execução;

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III - Aproar a política municipal de Assistência Social, em consonância com os princípios e diretrizesestabelecidas na Lei Orgânica de Assistência Social - LOAS;

III - Acompanhar, fiscalizar e avaliar os serviços de assistência social prestados no município entidadespublica e privadas;

IV - Cadastra as instituições de assistência social atuantes no município, bem como manter o registro detodas as ações, projetos, planos, relatórios, pesquisas entre outros;

V - Elaborar e aprovar o regimento interno;

VI - Publicar suas resoluções e demais atos administrativos no órgão oficial de divulgação dos atosmunicipais;

VII - Convocar, ordinariamente, a cada 2 (dois) anos, ou extraordinariamente, por maioria de membros,a Conferencia Municipal de Assistência Social, que terá a atribuição de avaliar a situação da assistênciano Município e propor diretrizes para o aperfeiçoamento do sistema;

VI - Manter convenção com os Conselhos de Assistência Social do Estado, União e outros municípios, bem

como organismos nacionais e internacionais que atraem a área da Assistência Social, propondo convêniosde mutua cooperação na forma da lei;

VII - Zelar pela efetivação do sistema descentralizado e participativo de assistência social;

VII - Acompanhar e avaliar a gestão dos recursos, bem como os ganhos sociais e o desempenho deprojetos e programas aprovados;

VIII - Estabelecer critérios para celebração de contratos e convênios entre o município e entidadesprivadas que prestam serviços de assistência social no âmbito municipal;

IX - Atuar na formação de estratégias e controle da execução da assistência no município;

X - Cancelar o registro de entidades e organizações de Assistência Social que incorrem emirregularidades na aplicação de recursos públicos, em conformidade com o disposto no art. 36, da LOAS.

XI - Orientar e acompanhar a administração e o funcionamento do Fundo Municipal de AssistênciaSocial(FMAS);

XII - Aprovar os programas anuais e plurianuais do Fundo Municipal de Assistência Social(FMAS), previstosnos art. 18, inciso XI, e 19, inciso XIV da LOAS;

XIII - Definir critérios de qualidade para o funcionamento dos serviços de Assistência Social públicos eprivados no âmbito municipal;

XIV - Zelar pelo sistema descentralizado de Assistência Social, garantindo a ampla participação dasociedade civil organizada.

Capitulo II

Da Organização

Seção I

Composição

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Art.3º - O Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS) é composto por 10 (dez) membros erespectivos suplentes, nomeados pelo Prefeito Municipal, cujos nomes são encaminhados a SecretariaMunicipal de Assistência Social.

I - ESFERA DO GOVERNO:

  a) Um representante da Secretaria Municipal de Assistência Social;  b) Um representante da Secretaria Municipal de Educação;  c) Um representante da Secretaria Municipal de Saúde;  d) Um representante da Secretaria Municipal de Administração, Fazenda Ind. Com e Turismo;  e) Um representante da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente.

II - DA ESFERA NÃO-GOVERNAMENTAL

  a) Um representante do Conselho da Criança e do Adolescente;  b) Um representante da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE;  c) Um representante do Sindicato dos trabalhadores Rurais;  d) Um representante da Associação dos Idosos;  e) Um representante do Grupo Municipal de Apoio e Desenvolvimento Feminino.

Art.4º - Os membros titulares e suplentes do poder publico serão de livre escolha do Prefeito Municipal eos membros titulares e suplentes da entidade não governamentais serão escolhidos através da eleiçãointerna de cada entidade, onde indicarão seus representantes.

Parágrafo Único - A escolha dos representantes das entidades não governamentais, devera ser divulgadacom antecedência de 20 (vinte) dias da sua realização, através do Edital Publico.

Art.5º - Os membros do CMAS e seus suplentes terão mandato de 02(dois) anos, permitida uma únicarecondução por igual período.

Art.6º - A sociedade civil e o poder publico poderão, a qualquer tempo, realizar a substituição de seus

respectivos representantes, mediante comunicação formal, por escrito, dirigida à presidência do CMAS.

SEÇAO II

Diretoria

Art.7º - O Presidente e o Vice-Presidente do CMAS serão escolhidos dentre os seus membros, observado ocritério da alternativa, a cada período.

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Art.8º - Ao presidente do CMAS incumbe, sem prejuízo de outras atribuições previstas em Lei ouregulamento:

I - cumprir e zelar pela efetivação das decisões da Plenária do CMAS;

II - representar judicial e extrajudicialmente o conselho;

III - convocar e presidir as reuniões do Conselho;

IV - submeter a pauta à aprovação da plenária;

V - submeter, à apreciação da Plenária, a programação orçamentária e a execução físico-financeira doConselho;

VI - submeter á apreciação da plenária e/ou da mesa diretora, os convites para representar o CMAS emeventos externos, oficializando a representação;

VII - divulgar assuntos deliberados pelo Conselho;

VIII - decidir sobre as questões de ordem;

Art.9º - Ao vice-presidente incumbe:

I - substituir o presidente em suas ausências, e, em caso da vacância, ate que se faça um novo processode escolha;

II - auxiliar o presidente no cumprimento de suas atribuições;

III - exercer as atribuições que lhe forem conferidas pela plenária.

Art.10º - São atribuições do 1º secretario:

I - secretariar as plenárias do conselho;

II - responsabilizar-se pelas atas das plenárias junto a Secretaria;

III - substituir o vice-presidente em suas ausências, e o presidente na falta de ambos, ou em caso devacância ate o Conselho escolha um novo titular;

IV - orientar e acompanhar os trabalhos da Secretaria Municipal de Assistência Social;

V - prestar, na plenária, as informações que lhe forem solicitadas pelo presidente ou pelos conselheiros.

Art.11º - São atribuições do 2º secretario:

I - substituir o 1º secretario em suas ausências, com todas as atribuições inerentes ao cargo;

II - completar o mandato do 1º secretario, ate que se faça um novo processo de escolha.

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Art.12º - Os membros do CMAS e seus suplentes terão mandato de 02 (dois) anos, permitida uma únicarecondução por igual período.

Art.13º - A sociedade civil e o poder publico poderão, a qualquer tempo, realizar a substituição de seusrespectivos representantes, mediante comunicação formal, por escrito, dirigida á presidência do CMAS.

Capitulo III

Seção I

Do Funcionamento

Art.14º - O conselho Municipal de Assistência Social (CMAS) reunir-se-á, ordinariamente, a cada doismeses, por convocação de seu Presidente ou, extraordinariamente, mediante convocação de seuPresidente ou de 1/3(um terço) de seus membros titulares e suplente, respeitado, em ambos os casos, oprazo mínimo de 7(sete) dias para convocação de reunião.

§ 1º - O plenário do Conselho instalar-se-á e deliberará com a presença na maioria absoluta de seusmembros titulares ou suplentes.

§ 2º - Os pontos de pauta não apreciados serão remetidos à reunião subseqüente.

Art.15º - As reuniões serão publicas, salvo quando tratar de matéria sujeita a sigilo.

Art.16º - Os trabalhos do Conselho terão a seguinte seqüência:

I - leitura, votação e assinatura da ata da reunião anterior;

II - aprovação da ordem do dia;

III - apresentação, discussão e votação das matérias;

IV - comunicação breves e franqueamento da palavra;

V - encerramento.

Art.17º - A cada reunião será lavrada ata, com exposição sucinta dos trabalhos, conclusões edeliberação, a qual devera ser assinada pelo presidente e arquivada posteriormente na SecretariaExecutiva no CMAS.

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Art.20º - As datas de realização das reuniões ordinárias do conselho serão estabelecidas em cronogramae sua duração será aquela julgada necessária, podendo ser interrompida para prosseguimento em data ehora.

Capitulo IV

Dos Conselheiros

Art.21º - Compete aos conselheiros:

I - participar do plenário e das comissões ou grupos de trabalho para os quais forem designados,manifestando-se respeito de matérias em discussão;

II - requerer a votação de matérias em discussão;

III - propor a criação de comissões ou grupos de trabalho e indicar nomes para as mesmas;

IV - deliberar sobre as propostas, pareceres e recomendações emitidos pelas comissões ou grupo detrabalho;

V - requisitar a Secretaria e aos demais membros do Conselho todas as informações que julgarempertinentes para o desempenho de suas funções.

VI - executar outras atividades que lhes sejam atribuídas pelo Presidente ou pelo conselho;

VII - participar de eventos de capacitação e aperfeiçoamento na área de assistência social;

VIII - participar das conferencias nacional, estadual, regional e municipal da Assistência, quandodelegados.

IX - propor alterações no Regimento do CMAS;

X - votar e ser votado para cargos do Conselho.

Capitulo V

Das Disposições Gerais

Art.22º - O Conselheiro perdera o mandato se faltar a 3 (três) plenários consecutivas ou a 6(seis)alternados salvo quando justificado por escrito e aprovado pelo Plenário.

Parágrafo Único. Será comunicado ao representante legal da entidade, ou órgão, quando da ausênciarecorrente e injustificada do conselheiro nas comissões, solicitando providencias.

Art. 23º - por ocasião da posse no CMAS serão convocados conselheiros titulares e suplentes.

Art.24º - Quando da realização da Conferencia Municipal serão convocados os conselheiros titulares eseus suplentes, para participarem como delegados.

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Art.25º - Este Regimento Interno será submetido á revisão quando a plenária achar necessário, passandoa vigorar após a data de sua publicação.

Art.26º - O presente Regimento modifica o anterior, publicado no Edital, no dia 19 de julho de 2006

Ponte Serrada, 13 de Julho de 2006.

RegimentoTÍTULO I 

DO CONSELHO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL / CMAS - VALINHOS, DASDISPOSIÇÕES PRELIMINARES, DAS FINALIDADES E DE SUAS ATRIBUIÇÕES 

Capítulo I 

Das Disposições preliminares 

Artigo 1°: O presente Regimento Interno regula a organização, o funcionamento e ascompetências do Conselho Municipal de Assistência Social / CMAS -Vaíinhos, o qual foiinstituído pela Lei n ° 2.960, de 10/06/96.

Parágrafo único: Neste Regimento Interno, o Conselho Municipal de Assistência Social ésimplesmente designado pela sigla CMAS - Vaíinhos.

Capitulo II 

Das Finalidades 

Artigo 2°: O CMAS - Valinhos se constitui em instância colegiada do sistema descentralizado eparticipativo da assistência social no município, com caráter deliberativo, normativo, fiscalizadore permanente, de composição paritária entre poder público e sociedade civil, vinculado aoórgão gestor da assistência social do município.

Capítulo III 

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Das Atribuições 

Artigo 3°: Respeitadas as competências exclusivas do Legislativo Municipal, são atribuições doCMAS - Valinhos:

I. definir as prioridades das políticas de assistência social no âmbito do município;

II. estabelecer as diretrizes a serem observadas na elaboração do Plano Municipal deAssistência Social;

III. aprovar a Política Municipal de Assistência Social em consonâncias com os princípios ediretrizes estabelecidos pela Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS;

IV. atuar na formulação de estratégias e controle da execução da Política Municipal deAssistência Social;

V. acompanhar e orientar a administração e as execuções financeira e orçamentaria do FundoMunicipal de Assistência Social - FMAS, bem como fiscalizar a movimentação e aplicação dosrecursos;

VI. fixar normas para inscrição das entidades e organizações de assistência social no âmbitomunicipal;

VII. inscrever as entidades e organizações de assistência social para fins de funcionamento;

VIIÍ. acompanhar, avaliar e fiscalizar os serviços de assistência social, prestados à populaçãopelos órgãos, entidades públicas e privadas do município;

IX. definir critérios de qualidade para o funcionamento dos serviços de assistência social,públicos e privados no âmbito municipal;

X. aprovar critérios para celebração de contratos ou convênios entre o setor público e asentidades privadas, que prestam serviços de assistência social no âmbito municipal;

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XI. apreciar, previamente, os contratos e convênios referidos no inciso anterior;

XII. elaborar e aprovar seu Regimento Interno;

XIII. zelar pela efetivação do sistema descentralizado e participativo da assistência social;

XIV. convocar, ordinariamente, a cada 2 (dois) anos, ou extraordinariamente, a qualquertempo, por decisão da maioria absoluta de seus membros, a Conferência Municipal deAssistência Social, que terá a atribuição de avaliar a situação da assistência social e propordiretrizes para o aperfeiçoamento do sistema;

XV. acompanhar e avaliar a gestão dos recursos, bem como os ganhos sociais e odesempenho dos programas e projetos aprovados;

XVI. regulamentar a concessão e o valor dos benefícios eventuais previstos no artigo 22 da LeiFederal n.° 8.742/93 - LOAS, mediante critérios e prazos definidos pelo Conselho Nacional deAssistência Social - CNAS;

XVII. definir e articular os programas de assistência social, previstos no artigo 24 e seus

parágrafos da LOAS;

XVIII. oferecer subsídios para a elaboração legislativa de atos que visem ao enfrentamento dapobreza, à garantia dos mínimos sociais, ao provimento de condições para atendercontingências sociais e à universalização dos direitos sociais;

XIX. orientar as instituições públicas e privadas quanto à forma de tornar acessível à populaçãoa legislação da assistência social, com o esclarecimento e orientação sobre a utilização dos

serviços existentes;

XX. divulgar no Diário Oficial do Município todas as suas decisões, bem como as contas doFundo Municipal de Assistência Social - FMAS, e os respectivos pareceres emitidos.

Artigo 4°: As decisões do CMAS - Valinhos serão manifestadas, através de:

I. Resoluções: todos os atos emanados das decisões sobre matéria de sua competência;

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II. Portarias: nomeação de membros das comissões e outras comunicações;

III. Ofícios: comunicações externas do CMAS - Valinhos.

TITULO II 

DA ORGANIZAÇÃO, DO FUNCIONAMENTO E DO PLENÁRIO 

Capítulo I 

Da Composição e Mandato 

Artigo 5°: O CMAS - Valinhos é composto de 16 (dezesseis) membros titulares, com seusrespectivos suplentes, por mandato de 02 (dois) anos, admitindo-se uma única recondução, porigual período, de acordo com os critérios de composição enumerada nos incisos.

I- 08 (oito) membros do Poder Público, indicados pelo Prefeito Municipal, representando asseguintes Secretarias:

a) Desenvolvimento social e Habitação;

b) Educação;

c) Saúde;

d) Assuntos Jurídicos e Institucionais;

e) Fazenda;

f) Esportes e Lazer;

g) Cultura;

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h) Transportes e Trânsito. (letra alterada pela Lei nº 4.362/2008)

(letras “a”, “d”, “f” e “g” alteradas pela Lei nº 4.395/2008 )

II  – oito (8) representantes titulares e respectivos suplentes da Sociedade Civil, sendo:

a) quatro (4) representantes de entidades não-governamentais de atendimento ou de defesados direitos dos segmentos a seguir especificados: família e maternidade, criança eadolescente, idoso e pessoa portadora de deficiência;

b) quatro (4) representantes de associações ou organizações representativas da sociedadecivil, nos termos do inciso II, do artigo 204, da Constituição da República Federativa do Brasil.

(inciso alterado pela Lei 3.500/2000 )

§1°: Para efeito deste Regimento Interno, estarão impedidos de concorrer às vagas referentesà sociedade civil do CMAS - Valinhos, todos aqueles que estiverem ocupando cargos públicos,considerando-se o princípio da paridade.

§2°: Na vacância do cargo de conselheiro titular, o conselheiro suplente assume a condição detitular, cumprindo o restante do mandato.

§3°: Na vacância do titular e suplente, vinculados a um mesmo segmento da composição doconselho, estes deverão ser substituídos por novos representantes de mesmo segmentoatravés de indicação, no caso do poder público, e através de eleição, no caso da sociedadecivil.

§4°: As substituições de Conselheiros serão, sempre para complementação do mandato, sendoque este estará, obrigatoriamente, vinculado ao tempo de gestão para o qual foi eleito oConselho em exercício.

Artigo 6°: O Conselheiro que pretender postular a vida política deverá se descompatibílizar desuas funções no Conselho, no prazo irrevogável de 03 (três) meses antes da eleição e, seeleito, será substituído por seu suplente

Capítulo II Da Estrutura Básica 

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Artigo 7°: O CMAS - Valinhos é organizado pela seguinte estrutura básica:

I. Plenário, composto pelos conselheiros titulares e respectivos suplentes;

II. Diretoria, composta pelo presidente, 1° e 2° secretários, 1° e 2° tesoureiros;

III. Comissões Temáticas, compostas por membros do Conselho, com participação paritária;

IV. Grupos de trabalho, instituídos para colaborar com as Comissões Temáticas,

Capítulo III 

Do Plenário 

Artigo 8°: O Plenário do CMAS - Valinhos é constituído pelos Conselheiros titulares para darcumprimento ao disposto no artigo 3° deste Regimento.

Artigo 9°: O Plenário é presidido pelo Presidente do CMAS - Valinhos, que em suas faltas eimpedimentos, é substituído pelo Vice-Presidente e, na ausência deste, pelo 1° e 2°secretários, sucessivamente.

Artigo 10: Os suplentes poderão participar de todas as reuniões do CMAS - Valinhos, mesmoque o Conselheiro titular esteja presente, tendo direito somente à voz.

§1°: Os suplentes deverão substituir os membros titulares, em suas ausências, com direito àvoz e voto.

§2°: Fica assegurado o direito de participação nas sessões do Plenário, de pessoas dacoletividade, mediante prévia solicitação encaminhada à Diretoria do CMAS - Valinhos.

Artigo 11: Na vacância do Conselheiro titular, o conselheiro suplente o substituirá, com direito àvoz e voto.

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Artigo 12: As decisões do Plenário, feitas através de Resoluções serão assinadas peloPresidente e o 1° secretário e publicadas segundo o disposto no art 3.°, inciso XX, desteEstatuto.

TÍTULO III 

DA DIRETORIA 

Capítulo I 

Da Diretoria 

Artigo 13: Para fins de coordenação de suas atividades, o CMAS - Valinhos terá uma Diretoriacomposta de: Presidente, Vice-Presidente, 1° e 2° secretários e 1° e 2° tesoureiros, quedeverão ser eleitos por maioria absoluta dos membros, em votação secreta, devendo serobservada a paridade nos cargos

§1°: O Presidente, o 2° secretário e o 1° tesoureiro, devem ser de um dos segmentos derepresentação, ou seja, da sociedade civil ou do poder público e, o Vice-Presidente, o 1°secretário e o 2° tesoureiro, devem ser do outro segmento de representação.

§2°: O mandato da Diretoria será por um período de 2 anos, coincidindo com o mandato doConselho eleito.

Artigo 14: A Diretoria reunir-se-á mensalmente, tendo as seguintes competências;

I. convocar as reuniões ordinárias ou extraordinárias;

II. cumprir as decisões do Plenário;

III. acompanhar, orientar e fiscalizar a execução orçamentaria do CMAS - Valinhos;

IV. organizar Fóruns e as Conferências Municipais;

V. tomar as medidas necessárias para viabilizar as deliberações do Plenário;

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VI. elaborara pauta das reuniões do Conselho;

VII. encaminhar o processo de eleição do CMAS -Valinhos.

Artigo 15: Nos casos de ausência, de impedimento, licença ou vacância de cargos na Diretoria,o Presidente é substituído pelo Vice-Presidente e, na ausência de ambos, pelo 1° secretário e,no seu impedimento, pelo 2° secretário.

Artigo 16: No caso de impedimento definitivo ou de renúncia de membro da Diretoria, oPlenário elege o seu substituto, observadas as regras de paridade, para complementação domandato, respeitando-se o segmento de representação do substituído.

Capítulo II 

Da Eleição da Diretoria 

Artigo 17: A Diretoria do CMAS - Valinhos será eleita dentre os membros titulares, em sessãoordinária, até 30 (trinta) dias após a posse dos Conselheiros.

§1°: As candidaturas serão individuais por cargo, devendo, os Conselheiros, se apresentaremcomo postulantes, identificando o cargo ao qual desejam se candidatar, obedecendo aodisposto no artigo 13 e seus parágrafos deste Regimento.

§2°; Havendo empate na votação, de quaisquer Diretores, serão realizadas tantas eleiçõesquanto as necessárias para que saia um vencedor.

Capítulo III 

Das Atribuições dos Membros da Diretoria 

Artigo 18: São atribuições do Presidente:

I. cumprir e fazer cumprir o Regimento Interno, bem como as deliberações do Plenário;

II. convocar e presidir as reuniões do Conselho, bem como as reuniões da Diretoria, proferindoseu voto nos casos de empate;

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III. representar o CMAS - Valinhos em sua relação com terceiros, judicial e extra judicialmente;

IV. dirigir e coordenar as atividades do CMAS - Valinhos, determinando as providênciasnecessárias ao seu pleno desempenho;

V. promover ou praticar atos de gestão administrativa, necessários ao desempenho dasatividades do CMAS - Valinhos e seus Grupos de Trabalho;

VI. solicitar, mediante, aprovação do Conselho, funcionários técnicos e administrativos dopoder público ou da sociedade civil, para compor o quadro de apoio do conselho;

VII. encaminhar o processo de sucessão do Conselho, de acordo com os critériosestabelecidos neste regimento.

Artigo 19 : São atribuições do Vice-Presidente:

I. auxiliar o Presidente no desempenho de suas atribuições;

II. substituir o Presidente nas suas ausências ou impedimentos;

III. desempenhar as atribuições que lhe forem delegadas pelo Presidente;

Artigo 20: São atribuições do 1° secretário:

I. secretariar as reuniões em conjunto com o 2° secretário:

II. coordenar e supervisionar as atividades da Diretoria no desempenho de suas funções;

III. manter sob sua responsabilidade o arquivo de correspondência, livros de. atas, protocolo,registros de feitos e demais documentos do Conselho e da Diretoria;

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IV. auxiliar o Presidente na preparação da Ordem do Dia, levantando e ordenando asinformações que permitam ao Conselho a tomada de decisões;

V. assinar a documentação oficial do Conselho, conjuntamente com o Presidente.

Artigo 21: São atribuições do 2° secretário:

I. substituir o 1° secretário em suas ausências ou impedimentos;

II. auxiliar o 1° secretário no exercício de suas funções;

III. desempenharas atribuições que lhe são delegadas pelo Presidente.

Artigo 22: São atribuições do 1° tesoureiro:

I. atuar no FMAS, dentro dos limites legais e do Regimento Interno;

II. manter controles contábeis específicos, através da elaboração mensal de balancetefinanceiro;

III. administrar, conjuntamente com o 1° secretário, os recursos financeiros destinados àsdespesas miúdas e de pronto atendimento do CMAS - Valinhos;

IV. efetuar a prestação de contas, mensalmente, dos gastos realizados pelo Conselho.

Artigo 23: São atribuições do 2° tesoureiro:

I. substituir o 1° tesoureiro nas suas ausências ou impedimentos;

II. auxiliar o 1° tesoureiro nas suas funções;

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TÍTULO IV 

DAS COMISSÕES TEMÁTICAS E DOS GRUPOS DE TRABALHO 

Capítulo I 

Das Comissões Temáticas 

Artigo 24: O Conselho pode constituir Comissões Temáticas, segundo suas necessidades, comparticipação igualitária entre o poder público e os representantes da sociedade civil.

Parágrafo Único: As comissões Temáticas são constituídas por Conselheiros titulares e/ousuplentes, escolhidos pelo Plenário, que disciplinará as suas atribuições.

Capítulo II 

Dos Grupos de Trabalho 

Artigo 25: O Presidente, com a aprovação do Plenário, pode instituir Grupos de Trabalho, porprazo determinado, para colaborarem com as Comissões Temáticas ou elaborações depropostas, pareceres, recomendações, que subsidiem a ação do Conselho.

Parágrafo Único: Os Grupos de Trabalho podem ser constituídos por profissionais, entidadesgovernamentais e não governamentais, de acordo com a necessidade e especificidade damatéria a ser tratada.

TÍTULO V 

DAS REUNIÕES DOS ÓRGÃOS DO CONSELHO 

Capítulo I 

Das Reuniões e Votação do Plenário 

Artigo 26: O Plenário reunir-se-á, ordinariamente, uma vez por mês, em data, horário e localque forem estabelecidos, de acordo com o calendário anual, previamente aprovado emPlenário.

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Parágrafo Único: As reuniões ordinárias são instaladas com a presença mínima de 50%(cinquenta por cento) dos Conselheiros com direito a voto e, 30 (trinta) minutos após o horáriodeterminado, com, no mínimo de 1/3 (um terço) dos seus membros, com direito a voto.

Artigo 27: As votações das matérias propostas em Plenário terão eficácia com os votos damaioria dos Conselheiros presentes.

Parágrafo Único: Caberá ao Presidente do CMAS - Valinhos, o voto de minerva em caso deempate na votação.

Artigo 28: As reuniões ordinárias são divididas em duas partes:

a) Expediente;

b) Ordem do Dia.

§1°: As matérias que compõem o Expediente são:

Í. comunicações e justificativas de ausências dos Conselheiros;

II. leitura, discussão e aprovação da ata da sessão anterior;

III. ciência de correspondência e documentos recebidos;

IV. comunicações gerais.

§2°: A Ordem do Dia constitui-se das matérias propostas pela Diretoria, conforme artigo 14,inciso VI.

Artigo 29: O Plenário reunir-se-á, extraordinariamente, sempre que necessário, por convocaçãodo seu Presidente, ou por solicitação de, no mínimo, 50% dos Conselheiros titulares, atravésde edital, com a Ordem do Dia.

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Parágrafo Único: As reuniões extraordinárias são instaladas com a presença mínima de 50%(cinquenta por cento) dos Conselheiros com direito a voto e, 30 (trinta) minutos após o horáriodeterminado, com, no mínimo, 1/3 (um terço) de seus membros, cabendo-lhes, a deliberação,tão somente, sobre os assuntos que motivaram a convocação.

Capítulo II 

Das Decisões Qualificadas do Plenário 

Artigo 30: São necessários, nas reuniões do plenário, os votos favoráveis de 12 (doze) de seusConselheiros com direito a voto, quando as sessões tenham por objeto os seguintes assuntos:

I. alteração do Regimento Interno;

II. criação, alteração ou extinção de Comissões Temáticas;

III. impedimento, perda de mandato e vacância dos cargos de membros da Diretoria;

IV. concessão ou cancelamento de inscrição de entidades e organizações de assistência

social.

Capítulo III 

Das Atas das Reuniões 

Artigo 31: A Ata da sessão anterior do plenário, após sua discussão, votação e aprovação éassinada pelos Conselheiros presentes naquela sessão.

Artigo 32: O resumo de Ata da sessão do Plenário é publicado no Diário Oficial do Município,após sua aprovação.

Capítulo IV 

Das Reuniões da Diretoria 

Artigo 33: A Diretoria reúne-se a cada 30 (trinta) dias, 7 (sete) dias antes da reunião doPlenário, com a presença em primeira convocação, de todos os seus membros e, em segunda

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convocação, 30 (trinta) minutos após, com a presença de 50% (cinquenta por cento) de seusmembros.

Capítulo V 

Das Reuniões das Comissões Temáticas 

Artigo 34: As reuniões das Comissões Temáticas ocorrem de acordo com a demanda de suasatribuições sempre com a maioria simples de seus membros.

Parágrafo Único: As conclusões dos trabalhos das Comissões Temáticas são apresentadaspelo Coordenador em reunião do Plenário.

TÍTULO VI 

DA REFORMA DO REGIMENTO INTERNO 

Capítulo Único 

Da Reforma do Regimento Interno 

Artigo 35: O presente Regulamento Interno pode ser reformado total ou parcialmente, poriniciativa e decisão do próprio Plenário ou proposta da Diretoria, de acordo com o artigo 30,inciso I, em sessão convocada para tal finalidade, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias.

Parágrafo único: A proposta de alteração ou reforma, devidamente acompanhada da respectiva justificativa, deve ser amplamente divulgada no Diário Oficial do Município no prazo referido nocaput deste artigo.

TÍTULO VII 

DA ELEIÇÃO DOS REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CiVIL E DA EXCLUSÃO E PERDADO MANDATO DE CONSELHEIRO 

Capítulo I 

Da Eleição dos Representantes da Sociedade Civil 

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Artigo 36: A eleição dos representantes da sociedade civil, titulares e suplentes para acomposição do CMAS - Valinhos é disciplinada pelo Plenário através de Resolução publicadano Diário Oficial do Município de Valinhos, observadas as normas legais, garantindo atransparência e isonomia do pleito.

Artigo 37: O processo de eleição é convocado pelo Conselho através de Edital no Diário Oficialdo Município, com antecedência mínima de 60 (sessenta) dias a contar do término do presentemandato.

Parágrafo Único: A eleição ocorrerá em dia, horário e local designado nos termos do Edital deque trata o caput deste artigo.

Artigo 38: Podem ser eleitos para ocupar as vagas de Conselheiros, os candidatos que, até oencerramento das inscrições, atendam aos seguintes requisitos:

I. reconhecida idoneidade moral;

II. idade superior a 21 (vinte e um) anos;

III. domicílio na cidade de Valinhos.

Artigo 39: Está impedido de exercer o mandato de Conselheiro aquele que se desvincular dosegmento pelo qual foi eleito.

Capítulo II 

Da Exclusão e Perda do Mandato de Conselheiro 

Artigo 40: O não comparecimento do membro titular do CMAS - Valinhos a mais de 03 (três)reuniões, ordinárias ou extraordinárias, consecutivas, ou a 05 (cinco) alternadas, salvo pormotivos justificados, implica no seu desligamento do Conselho.

§1°: A justificativa pela ausência deve ser apresentada por escrito até a reunião subsequente.

§2°: O desligamento do Conselheiro é declarado pelo Presidente em Resolução aprovada peloPlenário e divulgado no Diário Oficial do Município.

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Artigo 41: Declarado o desligamento ou exclusão do membro titular, o Presidente convoca orespectivo suplente para que assuma o cargo pelo restante do mandato e oficializa de imediatoao órgão público competente ou ao segmento que o membro represente sobre o desligamentoou a exclusão.

Parágrafo Único: assumindo, o suplente, o cargo do titular, será convocada nova eleição, ouindicação pelo Poder Público, no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, para que novo suplenteocupe o cargo vago.

Artigo 42: É excluído do Conselho o membro que for julgado e condenado pelo Plenário pelaprática de qualquer ato que comprometa a sua função de Conselheiro, ato este em desacordocom a lei e com o Regimento Interno.

TÍTULO VIII 

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 

Artigo 43: Os membros do CMAS - Valinhos não recebem qualquer tipo de remuneração,indenização ou compensação por sua participação no colegiado, sendo seus serviçosconsiderados para todos os efeitos, de interesse público e relevante valor social.

Artigo 44: Os casos omissos ou duvidosos na interpretação deste Regimento Interno serãodirimidos por deliberação e aprovação do Plenário com votos favoráveis de 12 (doze) de seusmembros com direito a voto.

Artigo 45: O presente Regimento Interno é aprovado pelo Plenário do CMAS - Valinhos,composto para este ato, pelos Conselheiros titulares e suplentes e entra em vigor após suapublicação no Diário Oficial do Município.

 Aprovado em 28 de novembro de 2002 na Resolução n: 05/2002, Publicada em 10 de dezembro de

2002. 

Paulo Ferreira - Presidente"

Rita Edna A. de A. de Assis - Vice-Presidente

Rosana Evangelista - Primeira Secretária

André Arraes Monteiro - Segundo Secretário

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Maria Cláudia Barroso do Rego - Primeira Tesoureira

Introdução 

Como o dinheiro sai do nosso bolso e vai para o Governo? 

Quer dizer então que a Prefeitura está cheia do dinheiro? 

A Prefeitura não tem dinheiro, mas tem dívidas? 

Perdoar pode ser pecado 

Prefeitura Patrão 

Ingredientes básicos para fazer um lugar bom de se morar 

Olho vivo em quem cuida do seu dinheiro 

O mundo do faz de conta 

Explica, mas não esclarece! 

Mas é possível mexer no Orçamento do Município? 

EU, TU, ELE E O NOSSO DINHEIRO 

Você já deve ter percebido que a sua felicidade depende também do bem estar detodos. Afinal de contas é impossível ser feliz sabendo que tem gente passandofome, que famílias não têm onde morar, que crianças esmolam nas ruas e quevários jovens sem qualquer perspectiva de trabalho têm o crime como opção desobrevivência. 

Resolver problemas deste tipo deveria ser a principal função do presidente daRepública, do governador do estado e também do prefeito. Para cumprir estastarefas, cada governante organiza uma equipe. O presidente conta com ministros.O governador e os prefeitos conta com seus secretários. Além disso, eles contamcom os representantes do povo para tomar decisões. O presidente conta comsenadores e deputados federais. O governador conta com os deputados estaduais.

Os prefeitos contam com os vereadores. Esses políticos são responsáveis pelasações governamentais que interferem diretamente nas nossas vidas. 

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O país vive momentos difíceis. Qualquer cidadão ao olhar a sua volta é capaz dediagnosticar as nossas "doenças". Também é capaz de indicar no mínimo, alguns"remédios". Somos todos "doutores" do município em que vivemos. Por isso oprefeito e os vereadores deveriam contar com a ajuda de todos os cidadãos pararesolver os problemas do nosso município. Juntos deveríamos decidir o que deveser feito e quanto dinheiro deve ser gasto em cada projeto da prefeitura. Alguns

municípios brasileiros já funcionam assim. Este tipo de administração é sempremais eficiente. 

Tudo que a prefeitura faz (bem ou mal), faz com o seu dinheiro, com o dinheiro doseu vizinho, do motorista do ônibus, do porteiro, do patrão, de todo mundo. Todomundo paga imposto. Alguns muito. Alguns pouco. Alguns mais do que deveriampagar. Alguns menos do que deveriam. Mas todo mundo paga imposto. Até osmiseráveis que não têm onde cair mortos pagam imposto. Não acredita? Atéquando se compra um pão se paga imposto. É isso aí: o dinheiro que viabiliza asobras do presidente, do governador e do prefeito é nosso. É de todo mundo. Épúblico. 

Por isto é que a população deve participar nas diversas etapas da elaboração doorçamento, para ajudar a fazer com que o dinheiro público do seu município sejabem aplicado, ou seja, que atenda da melhor forma possível às necessidades dasua população. 

O jornalista Barbosa Lima Sobrinho, que dedicou a sua vida à justiça social, bemdizia "sem a participação do povo, do contribuinte, do leitor, o dinheiro público seráaplicado segundo critérios que nem sempre representam as melhores soluções paraos problemas da comunidade. Participar é tão importante quanto votar. E é com a

 participação ativa que se constrói a verdadeira democracia social". 

Você pode e deve fiscalizar como o dinheiro público do seu município, do Estado edo governo federal é usado. Afinal de contas, se ele for mal aplicado isto podesignificar menos escola, menos posto de saúde, menos água encanada, menosesgoto e menos moradia. Também significa mais violência, desemprego, doença edesesperança. 

Esta cartilha pretende explicar porque é difícil, mas não é impossível, defender odinheiro dos nossos impostos. Aqui você ficará sabendo como a população podeinterferir no uso dos recursos públicos e zelar para que eles sejam bem aplicado. 

COMO O DINEIRO SAI DO NOSSO BOLSO E VAI PARA O GOVERNO? 

A Prefeitura cobra impostos, taxas e contribuições (tributos) para poder ter dinheiropara cumprir as suas obrigações, como asfaltar ruas, construir escolas, hospitais,pagar os médicos e professores, e muito mais coisas até o automóvel de luxo, aenergia elétrica, o telefone e o combustível usados por todos. 

Uma parte da receita (o dinheiro) da Prefeitura vem dos tributos pagos pelapopulação do município. O IPTU e o ISS são os dois impostos que mais rendem

dinheiro para a Prefeitura. 

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O IPTU - Imposto Predial e Territorial Urbano é pago pelos proprietários de casas,apartamentos, prédios e terrenos residenciais e não-residenciais. Ele variaconforme o tamanho e a localização do imóvel ou terreno. 

O ISS - Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza é pago por profissionais eempresas que prestam serviços. Traduzindo: cada vez que um médico, umadvogado ou um dentista recebe pelo seu trabalho ele paga parte do que recebeupara a prefeitura. Isto vale para todos os profissionais que vendem serviços. Asempresas prestadoras de serviços (as que fazem limpeza, as que fornecemsegurança e outras deste tipo) cada vez que recebem dos seus clientes tambémpagam imposto para prefeitura. 

A população não paga imposto só para a prefeitura. Paga também para o governoestadual. O principal tributo estadual que pagamos é o Imposto sobre Circulação deMercadorias e Serviços -ICMS. Ele é cobrado sobre a venda de mercadorias eserviços, desde o feijão até o automóvel de luxo. Cada estado determina o quantovai cobrar de ICMS de cada tipo de produto. 

Os municípios de cada estado recebem juntos 25% do ICMS arrecadado. Estedinheiro não é dividido igualmente entre os municípios. A distribuição éproporcional ao número de habitantes e à quantidade de mercadorias negociadasem cada município. 

O governo estadual também cobra dos proprietários de veículos o Imposto sobre aPropriedade de Veículos Automotores – IPVA. Cada município recebe 50% doimposto arrecadado com os veículos emplacados em seu território. O IPVA variaconforme o modelo e ano do veículo. 

A sociedade também paga impostos para o governo federal. O Imposto de Renda e

o Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI estão entre os principais impostosfederais arrecadados. O IPI é pago quando da venda dos produtos industriais, comopor exemplo, uma geladeira, um fogão, ou uma máquina de lavar. O Imposto deRenda é pago pelos trabalhadores que recebem remunerações a partir de um certovalor e também pelas empresas. Segundo o governo, somente 7% da populaçãoeconomicamente ativa (as pessoas que exercem atividade remunerada) paga esteimposto no país. 

Parte dos impostos arrecadados pelo governo federal também é repassada para asprefeituras. O governo federal deposita no Fundo de Participação dos Municípios – FPM esta parte do dinheiro que deverá ser enviada aos municípios. São enviadospara este fundo 22,5% do Imposto de Renda e 22,5% do IPI. 

QUER DIZER ENTÃO QUE A PREFEITURA ESTÁ CHEIA DO DINHEIRO? 

Não. Em todos os municípios brasileiros o dinheiro da prefeitura não é suficientepara pagar os serviços que ela tem obrigação de oferecer para a população (postode saúde, escola e outras coisas deste tipo). Tem muito município que só sobrevivecom o dinheiro do Fundo de Participação dos Municípios – FPM. Este dinheiro é

muito pouco! 

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A falta de dinheiro exige que o município seja bem administrado e que o dinheiropúblico seja usado com competência. É obrigação do prefeito e dos vereadoresorganizar as despesas do município. Esse pessoal recebe salário para fazer omesmo que faz, por exemplo, uma viúva com dois filhos pequenos e uma pensãomiserável – não desperdiça, inventa uma maneira de aumentar seus rendimentos ese desdobra para atender as necessidades dos seus filhos. Isto é competência! 

A PREFEITURA NÃO TEM DINHEIRO, MAS TEM DÍVIDAS? 

Sempre foi muito comum que prefeituras se endividassem para cumprir suasobrigações. É por isso que a maioria dos municípios brasileiros está muitoendividada. Para quem os municípios devem? A maior parte destas dívidas é com opróprio governo federal. 

Em maio de 2000, o Congresso aprovou a Lei de Responsabilidade Fiscal – LRFapresentada pelo governo federal. A LRF obriga o município a organizar as suascontas de forma que sempre sobre alguma coisa para o pagamento de suas dívidas.Aumentar o grau de eficiência administrava dos municípios não era seu principalobjetivo. A lei deveria servir especialmente para ajudar o governo federal a pagaras dívidas interna e externa do Brasil. A LRF foi criada para atender as exigênciasdo Fundo Monetário Internacional – FMI, que empresta dinheiro para o Brasil. 

Como o Brasil deve muito, tanto que a dívida é praticamente impagável, ele estárefém do FMI. É que nem coisa de agiota: você paga, paga e continua devendoporque interessa a quem lhe emprestou ficar eternamente recebendo os juros.Enquanto o país se esforça para pagar a dívida ele não consegue garantir seudesenvolvimento social e econômico. O número de pessoas miseráveis no país nãopára de crescer e o governo federal, ao invés de socorrer estas pessoas, paga os

 juros da dívida. É um governo que coloca a dívida acima da vida. 

Grupos de pessoas e partidos políticos de oposição que não concordam com apolítica econômica adotada pelo governo federal pedem, há anos, que seja feitauma auditoria (investigação) para se saber o que realmente o Brasil está devendo,quanto já foi pago sob forma de juros e se foram bem aplicados estes recursos. 

A Lei de Responsabilidade Fiscal limita o grau de endividamento de cada município.A primeira vista parece até que esta lei é muito boa. No entanto, ela é cruel, poisdetermina também que o município destine parte do que arrecada para pagar suasdívidas. Considerando que a população carente é numerosa e a arrecadação deimpostos é pequena, o pagamento de uma dívida pode não ser o prioritário para apopulação. 

A dívida não pode estar acima da vida. E mais: que dívida é essa? Comoela foi feita? Estamos devendo a quem? Em que foi aplicado o dinheiro? Na maioriados casos os Municípios fizeram dívidas porque deixaram de pagar as obrigaçõespatronais (INSS e FGTS) porque tinham de optar entre pagá-las ou custear umasérie de serviços que deveriam ser de responsabilidade dos Estados e do GovernoFederal. E esta despesa chega a superar a 10% do orçamento de uma Prefeitura acada ano. Agora grande parte dos Municípios está sendo pressionada a pagar estasdívidas, só que não têm recursos para fazê-lo e continuar a pagar as despesas dosEstados e do Governo Federal. O que fazer? Pagar ou diminuir a qualidade dos

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serviços oferecidos à população. Mas existe um outro tipo de dívida que pode sermais grave. É quando ela tem origem nos empréstimos que foram contraídos paraa realização de obras. É preciso saber se valeu à pena fazê-las. E até mesmo saberse o seu custo estava correto. Neste caso é preciso investigar paras saber se odinheiro foi bem aplicado: e se for o caso, fazer uma denúncia ao Ministério Público,para que o dinheiro mal aplicado seja devolvido aos cofres públicos. Lembre-se que

é o seu dinheiro! 

PERDOAR PODE SER PECADO 

Arrecadar é uma das principais metas da prefeitura. Afinal de contas é com odinheiro que ela viabiliza suas obras, paga o salário de seus funcionários e mantémas ruas limpas, dentre outras tarefas. Infelizmente muitos prefeitos não seempenham na cobrança dos que não pagaram impostos num determinado período(dívida ativa municipal), deixando que o município tenha menos dinheiro paraatender as necessidades da população. Tem alguns que gostam de agradar eperdoam estas dívidas (anistia fiscal). Muitas vezes estas anistias beneficiam osque podem pagar, mas são trambiqueiros. 

PREFEITURA PATRÃO 

A Lei de Responsabilidade Fiscal prevê que prefeitura/município ? gaste, nomáximo, 54% ou 60% ??? do que arrecada com o pagamento de seus funcionários.A prefeitura deve ser um grande empregador porque necessita de um grandenúmero de funcionários para atender toda população, principalmente nos serviçosde saúde e educação pública. Quando a prefeitura gera empregos, o município sebeneficia em ser melhor atendido e também em ter mais gente empregada,pagando seus impostos e consumido produtos e serviços. 

INGREDIENTES BÁSICOS PARA FAZER UM LUGAR BOM DE SE MORAR  

Como o município faz para cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal é problema dequem mora no município, nas vilas e na área rural. Se a prefeitura usa mal odinheiro público é problema de todo mundo. 

Sabendo-se que o prefeito e os vereadores são os que decidirão se o dinheiropúblico do município vai ser bem ou mal empregado, é bom que o cidadão nunca seesqueça que é ele mesmo que elege o prefeito e os vereadores. 

Por isso que a primeira atitude de um cidadão interessado em defender o dinheiropúblico é se esforçar para que sejam eleitas pessoas honestas e capazes. O

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município fica melhor quando é comandado por políticos que contam com o povopara administrar e faz questão que todo mundo saiba o quanto o município ganha eo quanto o município gasta. Prefeito e vereadores nos devem satisfações. 

Por que é tão importante que sejam eleitas pessoas dispostas a contar para o povocomo é gasto o dinheiro público? Porque esta informação é essencial para que apopulação participe mesmo da administração do seu município. É desta forma quenós (eu, você, os vereadores e o prefeito) poderemos julgar se é mais importanteconstruir uma escola, um hospital, uma rede de distribuição de água ou um estádiode futebol ou ainda aumentar o salário dos professores. 

Da mesma forma que aprendemos a escovar os dentes para não ter cárie, devemosaprender a tomar conta do município para que ele sua qualidade de vida não piore.Temos que saber indicar o que deve ser feito no município. Temos que aprender afiscalizar o que está sendo realizado com o dinheiro dos nossos impostos. Cadacidadão deve entender o orçamento do município da mesma forma que entende doorçamento de sua própria casa. 

OLHO VIVO EM QUEM CUIDA DO SEU DINHEIRO 

Muitas vezes o dinheiro público é mal gasto. Quem nunca ouviu falar sobre casosde desperdício ou desvio de dinheiro público? Infelizmente no Brasil não é comumque alguém seja punido por estes tipos de crime. É tanta a impunidade que apopulação nem sabe o nome certo destes crimes: improbidade administrativa emalversação de verbas públicas. 

Tem político que emprega seus cabos eleitorais para não fazer nada. Tem uns quevendem bens públicos a preço de banana. Uns inventam obras desnecessárias,reformando os bairros onde mora a população que tem mais dinheiro. Uns fazemobras pagando muito caro por elas. Quando se trata de desperdício o crime émalversação. Quando se trata de se beneficiar diretamente o crime é improbidade. 

O MUNDO DO FAZ DE CONTA 

De acordo com a Constituição do Brasil, a câmara municipal é quem aprova como equanto a prefeitura gastará. A lei prevê que os vereadores poderão fazer emendase aprovarão o orçamento após conhecer a opinião do prefeito sobre o assunto e,ainda, prevê que este processo pode ser acompanhado por qualquer cidadão. 

Os vereadores devem aprovar um Plano Plurianual onde são definidas asprioridades da prefeitura para um período de quatro anos, que se inicia no segundoano do mandato do prefeito e vai até o primeiro ano do mandato do próximoprefeito. Todo ano, até o dia 15 de abril*, o prefeito deve apresentar à câmara uma

proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO. Esta proposta define como aprefeitura pretende estabelecer o equilíbrio entre receitas (o que arrecadará) edespesas, suas prioridades, quais serão os critérios para cortar despesas do

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orçamento, como serão controlados os pagamentos e como serão avaliados osprogramas financiados com o dinheiro público. 

Até o dia 31 de agosto*, o prefeito deve apresentar à câmara municipal umaproposta de Lei Orçamentária Anual - LOA, o que nada mais é que uma propostade orçamento do município. A proposta do prefeito deverá detalhar os projetos quepretende implementar e os recursos que espera gastar em cada projeto, além desua previsão de arrecadação e de despesas no ano seguinte, tudo de acordo com aLDO aprovada pelos vereadores. 

O processo de votação da Lei Orçamentária na Câmara deveria ser uma boa horapara se saber a quantas andam as contas da prefeitura, para se sugerir que sedestinem verbas para determinadas obras ou programas e para impedir que sedestinem verbas para obras ou programas inúteis. Deveria ser a hora, mas não é.Porque o orçamento aprovado não significa grandes coisas. A aprovação da leiorçamentária anual não obriga que no ano seguinte a prefeitura gaste exatamenteconforme o estava previsto na lei aprovada. 

A Lei aprovada quer dizer somente que a prefeitura está autorizada a gastar odinheiro da forma aprovada. Não quer dizer que a prefeitura está obrigada a fazertodas as despesas previstas. 

Na verdade a lei orçamentária não garante muita coisa, inclusive porque todos osanos a prefeitura pode conseguir, na própria lei orçamentária aprovada pelosvereadores, uma autorização para deslocar a previsão de despesa através dedecretos. Mesmo não tendo a tal autorização, a qualquer momento o prefeito podeconseguir que estas três leis sejam alteradas, bastando apresentar um projeto delei à câmara propondo que a mudança seja aprovada pelos vereadores. 

Por tudo que foi dito, para que o que está escrito no papel se transforme emrealidade é fundamental que a população esteja atenta. 

EXPLICA, MAS NÃO ESCLARECE! 

Para quem nunca tentou entender o orçamento do município, parece até que a LeiOrçamentária Anual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e o Plano Plurianual são

mais do que suficientes para que qualquer cidadão se sinta informado sobre oorçamento. Mas a coisa não funciona assim. 

Na maioria das vezes, as metas são apresentadas de forma bastante genérica - oque impede que qualquer um fique sabendo o que de fato a prefeitura pretenderealizar. É muito comum que a lista de obras e serviços que deverão ser incluídosno orçamento sequer informe o nome do local que será beneficiado. 

As três leis são cheias de siglas e códigos. É tanto que até parece que está escritoem uma outra língua. E é nesta outra língua que a prefeitura publica todo ano a LeiOrçamentária Anual e, de dois em dois meses, publica o resumo da execuçãoorçamentária do bimestre em um jornal de grande circulação do município ou no

Diário Oficial do município ou coloque estas informações num quadro no salão daPrefeitura. 

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Sendo assim, é muito difícil que um cidadão comum consiga sozinho compreender oque a prefeitura realmente pretende fazer ou faz com o dinheiro público.Dificuldade igual terá ao tentar saber quanto a prefeitura arrecada ou deixou dearrecadar. 

E sabe o que há de mais chocante neste caso? A lei diz que a população deve serinformada sobre o orçamento do município. Diz até que você tem que opinar naelaboração do orçamento! 

A Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF/Lei Complementar Federal nº 101/2000 (Art.48, parágrafo único) diz que o acesso aos dados orçamentários e a sua participaçãona elaboração do orçamento dos municípios estão assegurados. A ConstituiçãoFederal/1988 (Art. 29, inciso XII) determina que o planejamento municipal tenha acooperação de associações representativas, como associação de moradores ousindicatos. O Estatuto da Cidade (Lei 10.257/2001, art.4º, inciso III, alínea f) indicaque a população deve acompanhar a aplicação do orçamento do município. 

Na maioria dos municípios, o que há de mais acessível para o entendimento doorçamento são as audiências públicas nos meses de fevereiro, maio e setembro,onde a prefeitura deve demonstrar e avaliar o cumprimento das metas fiscais(arrecadação de impostos) perante uma Comissão da Câmara Municipal. Esta érealmente uma ótima oportunidade da população fazer perguntas sobre a situaçãofinanceira do Município. 

Vários Prefeitos já adotaram o chamado "orçamento participativo". Mas o que éisto? No orçamento participativo, a prefeitura e o povo juntos, através dediscussões abertas ao público, definem a distribuição dos recursos públicosmunicipais entre as diferentes necessidades escolhidas pela população. Considera-se hoje o orçamento participativo como um dos principais caminhos para tornar aadministração pública realmente comprometida com as necessidades da população. 

Mas nem tudo que é chamado de orçamento participativo é realmente participativo.Não é de hoje que os prefeitos gostam de demonstrar que atendem àsreivindicações do povo. Mas nós sabemos que em reuniões com a população onderepresentantes da prefeitura ou o próprio prefeito participam com a intenção de"ouvir as prioridades da população" é algo importante, mas insuficiente. Se ogoverno não se empenha em criar, junto com a população, as condições para queela de fato influa nas decisões das ações orçamentárias, as reuniões não passam deboas intenções. E como diz o ditado, o inferno está cheio delas. 

Para que o orçamento seja participativo é essencial que a prefeitura fale em línguade gente. Ela deve divulgar todas informações necessárias para que o povo decidao que deve ser feito com o dinheiro público. 

MAS É POSSÍVEL MEXER NO ORÇAMENTO DO MUNICÍPIO? 

Nos municípios onde ainda não foi implantado o orçamento participativo, aparticipação do povo na construção do orçamento é ainda mais difícil, mas não é

impossível. Afinal de contas, vez por outra a gente vê na televisão ou lê no jornalque um grupo de pessoas foi até a prefeitura pedir que determinada obra seja feita. 

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A lei diz que nem a câmara municipal nem a prefeitura podem se recusar a fornecerqualquer informação não sigilosa sobre as receitas e despesas do município. Ambaspodem ser denunciadas ao Ministério Público caso não forneçam a informaçãopedida. Para denunciar nem precisa de advogado. Basta procurar o MinistérioPúblico no Fórum. 

A Constituição garante que qualquer pessoa, partido político, associação ousindicato pode denunciar irregularidades ou ilegalidades cometidas com o dinheiropúblico no Tribunal de Contas do Estado – o órgão encarregado em fiscalizar ascontas dos órgãos públicos do Estado e dos municípios. A Constituição prevê que ascidades com mais de cinco milhões tenham um Tribunal de Contas Municipal. NoBrasil, existe Tribunal de Contas Municipal nos municípios do Rio de Janeiro e SãoPaulo. 

Mesmo existindo tantas leis para garantir a participação do cidadão nas decisõesrelacionadas sobre o orçamento, a experiência mostra que acompanhar o uso dodinheiro público ou reivindicar que ele seja aplicado em determinado projeto não étarefa para uma só pessoa. Estas são tarefas que exigem um trabalho de equipe.Depois de reunir um grupo de pessoas as coisas podem ficar mais fáceis. Existemgrupos de trabalho em vários municípios do país dispostos a ajudar. Verifique setem gente acompanhando o orçamento de seu município. Se não existir, forme umgrupo para realizar este trabalho. 

Expediente 

 

O trabalho que o leitor tem em mãos é uma iniciativa conjunta da Campanha Jubileu Sul / Brasil e do Fórum Popular de Orçamento do Rio de Janeiro. Essa

cartilha usou, como material de referência, várias cartilhas sobre orçamento produzidas em alguns dos municípios que hoje já têm a participação da populaçãono orçamento do município , em especial o Caderno Cidadania no Orçamento,elaborada do pelo Fórum Popular do Orçamento/RJ, em 1998. 

Os organizadores desta publicação estão convictos de que a construção de umasociedade justa, humana e fraterna exige participação e também acreditam que avida está acima da dívida. 

Para acompanhar o orçamento de seu município, não basta ter vontade, pois sãomuitos os procedimentos a serem seguidos, tais como: documentos a seremanalisados ou prazos a serem obedecidos, etc. 

Para facilitar esta tarefa, o leitor dispõe da cartilha "De Olho no Orçamento",contendo informações detalhadas sobre os passos a serem seguidos. Esta cartilhaque o leitor tem em mãos, portanto, é um aperitivo para a leitura e utilização daoutra! 

Solicite o seu exemplar inteiramente gratuito nos seguintes endereços: 

 

Secretaria Nacional da Campanha Jubileu Sul / Brasil 

Rua Glicério, 225 Liberdade 

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CEP 01.1514-000 São Paulo – SP 

Telefone: xx 11 616 37064 

 [email protected] 

Conselho Federal de Economia – Cofecon 

Setor Comercial Sul, Q. 2, Bloco A, sala 501 - Edifício Palácio do Comércio 

CEP 70.318-900 Brasília - DFTel.: xx 61 224-4385 Fax: xx 61 322-8068 

[email protected] 

www.cofecon.org.br 

Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros – FISENGE 

Av. Rio Branco, 277 / 17º andar – Cinelândia 

CEP 20.040-009 Rio de Janeiro – RJ 

Telefone: xx 21 2533-0836. 

[email protected] 

www.fisenge.org.br 

Comissão de Redação: 

François E. J. de Bremaeker, economista e geógrafo - Instituto Brasileiro de Administração Municipal - IBAM (www.ibam.org.br) 

 João Roberto Lopes – cientista político e pesquisador do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas – Ibase (www.ibase.org.br) 

 João Luis da Silva, educador popular - Rede de Cidadania /Diocese Barra doPiraí/Volta Redonda/Setor Social  

Luiz Mário Behnken, economista - Conselho Regional de Economia do Rio de Janeiro- Corecon/Rj e Coordenador Executivo do Fórum Popular do Orçamento do Rio de

 Janeiro. (www.economistas.com.br/forum) 

Mirelli Malaguti, estudante de economia e membro do Fórum Popular do Orçamentodo Rio de Janeiro. 

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Ruth Espínola Soriano de Souza Nunes, economista, Instituto de Políticas Alternativas para o Cone Sul – PACS.(www.redesolidaria.com.br) 

Sérgio Almeida, engenheiro – Federação de Sindicatos de Sindicato de Engenheiros– Fisenge (www.fisenge.org.br) 

Projeto Gráfico, Ilustração da Capa e lustrações: BernardoNiquet, [email protected]  

Promoção: 

Fórum Popular do Orçamento do

Rio de Janeiro

Av. Rio Branco,109/16º andarCentro.

CEP 20.054-900 Rio de Janeiro– RJ

Telefone: xx 21 2232-8178 r.33 / 27

Corel: [email protected]

www.fporj.blogger.com.brwww.economistas.com.br/forum 

Secretaria Nacional da Campanha Jubileu

Sul / Brasil

Rua Glicério, 225 Liberdade

CEP 01.1514-000 São Paulo – SP

Telefone: xx 61 324 2655

Corel: [email protected] 

 Apoio: 

COFECON - Conselho Federal de Economia 

Sindicato dos Bancários do RJFisenge - Federação Interestadual dos Sindicatos dos Engenheiros 

CUT - Central Única dos Trabalhadores