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POLITICA NACIONAL DA POPULAÇÃO DE RUA Conselho Nacional do Ministério Publico 07 de julho de 2015

Conselho Nacional do Ministério Publico 07 de julho de 2015

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POLITICA NACIONAL DA POPULAÇÃO DE RUA

Conselho Nacional do Ministério Publico

07 de julho de 2015

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População em situação de Rua“um grupo populacional heterogêneo que possui em

comum a pobreza extrema, os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados e a inexistência de moradia convencional regular, e que utiliza os logradouros públicos e as áreas degradadas como espaço de moradia e de sustento, de forma temporária ou permanente, bem como as unidades de acolhimento para pernoite temporário ou como moradia provisória”.

Definição utilizada no Decreto Presidencial 7053 31 de dezembro de 2009.

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Produto da exclusão econômica“os chamados grupos

vulneráveis mostram o lado

visível e perverso de um sistema

econômico pós-industrial

que já prescinde do discurso da possível reconciliação entre

mercado e trabalho” Aiexe

“consequência de uma situação que muitos trabalhadores são conduzidos em decorrência das desigualdades sociais e da elevação dos níveis de pobreza produzidos pelo sistema capitalista”

Silva

NÃO EXISTE OPÇÃO DE MORAR NA RUA

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Ausência de identidade social, fragmentação no trabalho, a não organização social e a baixa auto

estima “Atualmente o conceito de exclusão

destaca as formas de segregação, com origem nas questões culturais, espaciais, étnicas, desigualdades econômicas, além

de certo sentimento de vazio da existência, muitas vezes associadas à falta

de alternativas para o futuro”

Freitas

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536 municípios 2.743casos - 2011 / 2014.

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Classificação das macrocategorias de violações

Número de violações %

Violência física 1512 34,0%Violência institucional 1058 23,8%Negligência 719 16,2%Violência psicológica 708 15,9%

Abuso financeiro e econômico/violência patrimonial

240 5,4%

Discriminação 134 3,0%

Violência sexual 32 0,7%

Tortura 21 0,5%

Trabalho escravo 17 0,4%

Outras violações 1 0,0%

Total 4442 100,0%

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0

50

100

150

200

250

300

350

110

64

28

272

47

41

327

98

74

248

97 92

2011 2012 2013

2014

Violência Física

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Homofobia institucional

Superlotação

Remoção forçada

Demora execessiva/desídia

Omissão

Abuso de autoridade

0 50 100 150 200 250

Violência institucional 2011-2014

% Número de violações

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Pauta de Reivindicações:

impunidade, IBGE e política

pública

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Responsabilidad

e do estado

Poder

Público

Sociedade civil

Política Pública para a PSR

Defesa dos direitos humanosIncorporação dimensão democrática

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DECRETO GTI2006 Partic

ipações

Fórum Nacional Consu

lta Públic

a e encontros

Carta Abert

a

Decreto

70532009

Instituição Comit

ê2010

PROCESSO DE CONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃO

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EIXOS ESTRUTURANTES

Dever do Estado: execução e destinação de recursos e flexibilidade regional;

Igualdade e Equidade: Exigência a todas as áreas do governo que criem caminhos que respondam à especificidade e à gravidade das condições de vida dessa população;

Estabelecimento de redes intersetoriais; Reconhecimento das pessoas em situação de rua:

como sujeitos de direitos, sujeitos políticos e sujeitos sociais;

Desmanche das instituições totais e seus princípios fiscalizadores;

Urgência em realizar mudança civilizatória

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Comitê de

Monitoramento e Acompanhamento

da Polític

a Nacio

nal para a PSR

MNPR: São

Paulo, Minas Gerais, Paraná Bahia, SP, DF

Entidades:

Fóruns de

Fortaleza, Rio de

Janeiro e São

Paulo e Pastoral do Povo da Rua

SDH, JUSTIÇA,

MDS, SAUDE,CIDADES,EDUCAÇÃO

, CULTURA, ESPORTE E LAZER, PLANEJAMENTO,portaria 409 - 11/03/10

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Marco Legal Lei 11.258 – 30/12 2005 Artigo 23º altera Loas

Decreto Nº7053 – 23/12/2009

PNDH3 – prevê ações : geração de emprego e renda; garantia de registro civil; enfrentamento ao preconceito, prevenção à violência, etc

Institui GT para tratar da capacitação de profissionais e gestores de segurança pública para atuação relacionada às pessoas em situação de rua – (Portaria Nº 36 – 11/06/12);

Institui GT do IBGE para realização de pesquisa censitária (Portaria No 824-25/06/12)- Realização de Teste Piloto

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Marco Legal No 940 do dia 28 de abril de 2011 dispensa a

população em situação de rua e os ciganos-nômades a apresentação de comprovação de endereço para cadastramento no SUS;

Aprovação do plano operativo (portaria No 2 – 27/02/13) para implementação de ações em saúde da população em situação de rua (2012-2015) com 5 eixos: Inclusão da PSR nas redes de atenção à saúde; Promoção e Vigilância em Saúde; Educação Permanente em Saúde ; Fortalecimento da participação e do controle social; Monitoramento e avaliação das ações de saúde para a população em situação de rua

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Avanços Implantação do CNDDH (30/12/ 2010) Editais da SENAES- orçamento para

economia solidária Convênio entre MDS e Polis para

Fortalecimento do MNPR e entre FBB e INSEA

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Desafios

Política instituída mas não implementada

Dois pressupostos: Regulamentação legal e financiamento

Programas que precisam ser rediscutidos

Metodologias de acesso Não enfrentamento à insegurança

pública (crimes hediondos; adequação dos programas de proteção às vítimas e de defensores

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Desafios Censo do IBGE Ausência do Programa/Projeto Pátria

Educadora; Incluir a população de rua no sistema educacional; Inclusão do tema população de rua na grade curricular

Segurança alimentar Decreto Lei nº: 3.638/1941 – revogou a

criminalização da mendicância mas não da vadiagem (Lei nº: 11.983 de 16/07/09)

Situação da mulher Consolidar o Decreto em Lei

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Urgência na mudança civilizatória

Ideologias que contaminam valores e princípios éticos

PSR é duplamente vítima: porque não produz e porque incomoda

Visto pelo avesso: quem padece é visto como culpado, e não como vítima de um sistema

Combate ao estigma e preconceito Superar a provisoriedade , políticas públicas

estruturantes

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“Quem não se movimenta não sente as correntes que o prendem” Rosa Luxemburgo

Maria Cristina [email protected]