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A decisão de adesão ou não adesão a este modelo de avaliação do desempenho, deverá ser uma decisão individual , sustentada pelo conhecimento da legislação (Estatuto da Carreira Docente, DR 2/2008 e DR 1-A/2009).

Consequências da Avaliação PP

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A decisão de adesão ou não adesão a este modelo de avaliação do desempenho, deverá ser uma decisão individual, sustentada pelo conhecimento da legislação (Estatuto da Carreira Docente, DR 2/2008 e DR 1-A/2009).

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Face à confusão que tem sido criada junto dos professores com a publicação do Decreto Regulamentar 1-A/2009, de 5 de Janeiro, e com as ameaças de exercício de acção disciplinar caso não sejam avaliados, a FENPROF esclarece:

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AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO:QUE OBRIGAÇÕES PARA OS PROFESSORES?

• Com a saída do Decreto Regulamentar 1-A/2009, de 5 de Janeiro, passou a existir alguma situação nova no que respeita a obrigações ou sanções disciplinares?

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AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO:QUE OBRIGAÇÕES PARA OS PROFESSORES?

• Não. Este decreto regulamentar veio substituir, para este ano, o Decreto Regulamentar 2/2008, de 10 de Janeiro, mas apenas no que respeita a procedimentos. A essência do modelo mantém-se inalterável, como confirmam as quotas. Quanto a acção disciplinar não há qualquer novidade deste para o anterior decreto regulamentar, como também não se passou de uma situação de vazio legal para outra de existência de quadro legal.

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AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO:QUE OBRIGAÇÕES PARA OS PROFESSORES?

•Pode ser alvo de acção disciplinar o professor que não entregue os objectivos individuais?

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AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO:QUE OBRIGAÇÕES PARA OS PROFESSORES?

• Nada o prevê! O que o próprio ME tem vindo a referir são eventuais sanções a quem recuse fazer a sua autoavaliação. Mas a autoavaliação concretiza-se, apenas, no final do ano lectivo com o preenchimento da respectiva ficha. Neste momento, esse não é o procedimento em causa.

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AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO:QUE OBRIGAÇÕES PARA OS PROFESSORES?

• Qual o fundamento dessa interpretação?• O Decreto Regulamentar 2/2008, de 10 de Janeiro,

estabelece como dever do docente, no âmbito do processo de avaliação, a sua autoavaliação (art.º 11.º) que é considerada obrigatória. O artigo 14.º, que define as diversas fases de avaliação, consagra a autoavaliação como a primeira dessas fases. Esse momento tem apenas lugar no final do ano lectivo. Não há qualquer norma de onde se retire, de forma explícita, que a apresentação de objectivos individuais tem carácter obrigatório e que da sua não apresentação se infere uma recusa de ser avaliado(a), logo, não há lugar a qualquer sanção disciplinar

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AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO:QUE OBRIGAÇÕES PARA OS PROFESSORES?

• No caso de, numa escola, continuar suspenso o processo de avaliação, que consequências advirão, para os docentes dos quadros a nível da sua carreira?

• A não contagem daquele período de tempo para efeitos de progressão na carreira, embora sem colocar em causa futuras progressões. Obviamente que, por decisão política do Governo e tendo em conta a conturbação existente, mesmo esse efeito, poderá ser anulado.

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AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO:QUE OBRIGAÇÕES PARA OS PROFESSORES?

• E para os professores contratados?

• A consequência imediata prende-se com a renovação de contrato. Porém, esse efeito não se produzirá por, este ano, não haver lugar a renovação de contratos, pois, em 2009, todos os docentes contratados terão de ser opositores ao concurso que se realizará em Fevereiro.

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AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO:QUE OBRIGAÇÕES PARA OS PROFESSORES?

• Deverão os professores entregar, individualmente, algum documento escrito recusando ser avaliados?

• Não, porque os professores não recusam ser avaliados, apenas assumem não entregar os objectivos individuais de avaliação nos casos em que o processo não seja suspenso na sua escola.

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Auto-avaliação vs Objectivos Individuais vs Indecisão.

• Primeiro vamos ver se existe obrigatoriedade explícita no Estatuto da Carreira Docente, quanto à entrega dos Objectivos Individuais.

• Lendo o ponto 1 do artigo 44.º - Processo de Avaliação do Desempenho – pode concluir-se que não. Assim, as fases do processo de avaliação, são as que se seguem:

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• No ECD, nada consta explicitamente sobre essa obrigatoriedade. Quanto a isso não há dúvidas.

• Agora, vamos ler o Decreto Regulamentar n.º 2/2008. No seu artigo 15.º - Fases do Processo de Avaliação – estabelece as fases do processo de avaliação: Mais uma vez nada. Nada que refira de forma explícita que é obrigatório entregar os Objectivos Individuais

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• No entanto, se avançarmos um artigo (ou seja, o artigo 16.º - Auto-Avaliação), podemos ler o seguinte (ponto 4):

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• Na ficha de auto-avaliação, deve constar de forma explícita o nosso contributo, enquanto docentes, para o cumprimento dos objectivos individuais fixados (a segunda parte deste ponto não é relevante, pois foi eliminado pelo Decreto Regulamentar 1-A/2009).

• O primeiro ponto a ser sujeito a análise da vossa parte é "Como avalia o cumprimento do serviço lectivo e dos seus objectivos individuais estabelecidos neste âmbito?"

• E como é possível avaliar algo que vocês não entregaram?

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• Não é… Se não entregaram, não podem preencher parte (Aqui está a dúvida principal). • Aqui se pode concluir que existe

uma relação directa entre os objectivos individuais e a auto-avaliação. Este é o problema, pois a entrega da ficha de auto-avaliação é obrigatória.

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• Está aqui um problema, não está? • Já sei, o PCE da vossa escola poderá estabelecer

esses Objectivos Individuais por vocês. Provavelmente até pode… Pode… E pode tendo como base o projecto educativo e o plano anual de actividades. Mas também pode não os estabelecer (a lei não o obriga a isso). E depois? Se o PCE os estabelecer, vocês poderão (e segundo consta no DR 2/2008, artigo 9.º, ponto 5) registar esse facto na ficha de auto-avaliação. Se o PCE não os estabelecer? Aí já não sei quais serão as consequências…

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Para finalizar, e de uma vez por todas (Estatuto da Carreira Docente – artigo 41.º):

• Artigo 41ºRelevânciaA avaliação do desempenho é obrigatoriamenteconsiderada para efeitos de:a) Progressão e acesso na carreira;b) Conversão da nomeação provisória em

nomeaçãodefinitiva no termo do período probatório;c) Renovação do contrato;d) Atribuição do prémio de desempenho.

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A altura de decisão é agora! E seja qual for, que seja uma decisão informada e consciente.

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Artigo 48.oEfeitos da avaliação

1—A atribuição da menção qualitativa de Excelente durante dois períodos consecutivos de avaliação do desempenho determina a redução de quatro anos no tempo de serviço docente exigido para efeitos de acesso à categoria de professor titular.

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Artigo 48.oEfeitos da avaliação

2—A atribuição da menção qualitativa de Excelente e Muito bom durante dois períodos consecutivos reduz em três anos o tempo mínimo de serviço docente exigido para efeitos de acesso à categoria de professor titular.

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Artigo 48.oEfeitos da avaliação

3—A atribuição da menção qualitativa de Muito bom durante dois períodos consecutivos reduz em dois anos o tempo mínimo de serviço docente exigido para efeitos de acesso à categoria de professor titular.

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Artigo 48ºEfeitos da avaliação

4—A atribuição da menção qualitativa de Bomdetermina:a) Que seja considerado o período de tempo aque respeita para efeitos de progressão e acesso

na carreira;b) A conversão da nomeação provisória em

nomeação definitiva no termo do período probatório.

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Artigo 48ºEfeitos da avaliação

5—A atribuição da menção qualitativa de Regular ou da menção qualitativa de Insuficiente implica a não contagem do período a que respeita para efeitos de progressão e acesso na carreira.

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Artigo 48ºEfeitos da avaliação

6—A atribuição da menção qualitativa de Insuficienteimplica:a) A não renovação ou a celebração de novo contrato;b) A impossibilidade genérica de acumulação defunções nos termos previstos no artigo 111º;c) A cessação da nomeação provisória do docenteem período probatório, no termo do referido período;d) A impossibilidade de nova candidatura, a qualquertítulo, à docência, no mesmo ano ou no anoescolar imediatamente subsequente àquele em querealizou o período probatório.

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Artigo 48ºEfeitos da avaliação

7—A atribuição das menções qualitativas de Regular

ou Insuficiente deve ser acompanhada de uma proposta

de formação contínua que permita ao docentesuperar os aspectos do seu desempenho

profissionalidentificados como negativos no respectivo

processode avaliação.

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Artigo 48ºEfeitos da avaliação

8—A atribuição ao docente provido em lugar do quadro de duas classificações consecutivas ou de três interpoladas de Insuficiente determina a não distribuição de serviço lectivo no ano imediatamente subsequente e a sujeição do mesmo ao regime de reclassificação