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CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · IV - os valores sociais do trabalho e da livre-iniciativa; ` `arts. 6º a 11; ... (Cria a Comissão Nacional da Verdade no âmbito

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CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA

DO BRASIL

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CoNsTITUIção DA REPÚBLICA FEDERATIVA Do BRAsIL Art . 1º

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Promulgada em 05 de outubro de 1988

`` DOU 191‑A, de 05.10.1988.

PREÂMBULo

Nós, representantes do povo brasileiro, reu-nidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, des-tinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segu-rança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supre-mos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a prote-ção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

TÍTULo I Dos PRINCÍPIos FUNDAMENTAIs

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Es-tados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

`` arts. 18, caput; e 60, § 4º, I e II, desta CF.I - a soberania;

`` arts. 20, VI; 21, I e III; 84, VII, VIII, XIX e XX, desta CF.`` arts. 36, 237, I a III, 260, 263, NCPC.`` arts. 780 a 790, CPP.`` arts. 215 a 229, RISTF.

II - a cidadania;`` arts. 5º, XXXIV, LIV, LXXI, LXXIII e LXXVII; e 60, § 4º, desta CF.`` Lei 9.265/1996 (Estabelece a gratuidade dos atos necessários ao exercício da cidadania).`` Lei 10.835/2004 (Institui a renda básica da cidadania).

III - a dignidade da pessoa humana;`` arts. 5º, XLII, XLIII, XLVIII, XLIX, L; 34, VII, b; 226, § 7º, 227; e 230 desta CF.`` art. 8º, III, da Lei 11.340/2006 (Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher).`` Dec. 4.171/1957 (Promulga a Convenção 29, OIT, sobre trabalho forçado ou obrigatório).`` Dec. 58.822/1966 (Promulga a Convenção 105, OIT, sobre abolição do trabalho forçado).`` Súm. Vin. 6; 11; 14; e 56, STF.

IV - os valores sociais do trabalho e da livre-iniciativa;

`` arts. 6º a 11; e 170, desta CF.`` Lei 12.529/2011 (Estrutura o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência; dispõe sobre a prevenção e repressão às infrações contra a ordem econômica).

V - o pluralismo político.`` art. 17 desta CF.

`` Lei 9.096/1995 (Lei dos Partidos políticos).Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de represen-tantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

`` arts. 14; 27, § 4º; 29, XIII; 60, § 4, II; e 61, § 2º, desta CF.`` art. 1º, Lei 9.709/1998 (Regulamenta a execução do disposto nos incisos I, II e III do art. 14 desta CF).

Art. 2º São Poderes da União, indepen-dentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

`` art. 60, § 4º, III, desta CF.`` Súm. 649, STF.`` Súm. Vinc. 37, STF.

Art. 3º Constituem objetivos fundamen-tais da República Federativa do Brasil:I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;

`` art. 29, 1, d, Dec. 99.710/1990 (Promulga a Convenção Sobre os Direitos das Crianças).`` art. 10, 1, Dec. 591/1992 (Promulga o Pacto Internacional Sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais).

II - garantir o desenvolvimento nacional;`` arts. 23, p.u., e 174, § 1º, desta CF.

III - erradicar a pobreza e a marginaliza-ção e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

`` arts. 23, X; e 214 desta CF.`` EC 31/2000 (Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza).`` arts. 79 a 81, ADCT.`` LC 111/2001 (Dispõe sobre o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza).

IV - promover o bem de todos, sem pre-conceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discrimina-ção.

`` art. 4º desta CF.`` Lei 7.716/1989 (Lei do Racismo).`` Lei 11.340/2006 (Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher).`` Lei 12.288/2010 (Estatuto da Igualdade Racial)`` Dec. 62.150/1968 (Promulga a Convenção 111, OIT, sobre discriminação em matéria de em‑prego e profissão.)`` Dec. 3.956/2001 (Promulga a Convenção Intera‑mericana para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra Pessoas Portadoras de Deficiência).`` Dec. 4.377/2002 (Promulga a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discrimi‑nação Contra a Mulher).`` Dec. 4.886/2003 (Dispõe sobre a Política Nacio‑nal de Promoção da Igualdade Racial ‑ PNPIR)`` Dec. 5.397/2005 (Dispõe sobre a composição, competência e funcionamento do Conselho Na‑cional de Combate à Discriminação ‑ CNCD).`` ADPF 132 (DOU, 13.05.2011) e ADIn 4.277.

Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:

`` arts. 21, I; e 84, VII e VIII, desta CF.`` art. 39, V, Lei 9.082/1995 (Dispõe sobre a in‑tensificação das relações internacionais do Brasil com os seus parceiros comerciais, em função de um maior apoio do Banco do Brasil S.A. ao financiamento dos setores exportador e importador).`` art. 3º, a, LC 75/1993 (Estatuto do Ministério Público da União).

I - independência nacional;`` arts. 78, caput; e 91, § 1º, III e IV, desta CF.`` Lei 8.183/1991 (Dispõe sobre a organização e o funcionamento do Conselho de Defesa Nacio‑nal) e Dec. 893/1993 (Regulamento).

II - prevalência dos direitos humanos;`` Dec. 678/1992 (Promulga a Convenção Ame‑ricana sobre Direitos Humanos ‑ Pacto de São José da Costa Rica).`` Dec. 4.463/2002 (Dispõe sobre a declaração de reconhecimento da competência obrigatória da Corte Interamericana em todos os casos relati‑vos à interpretação ou aplicação da Convenção Americana sobre Direitos Humanos).`` Dec. 6.980/2009 (Dispõe sobre a estrutura re‑gimental da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, trans‑formada em Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República pelo art. 3º, I, da Lei 12.314/2010).`` Lei 12.528/2011 (Cria a Comissão Nacional da Verdade no âmbito da Casa Civil da Presidência da República).`` Dec. 8.767/2016 (Promulga a Convenção Inter‑nacional para a Proteção de Todas as Pessoas contra o Desaparecimento Forçado).

III - autodeterminação dos povos;IV - não intervenção;

`` art. 2º, Dec. Leg. 44/1995 (Organização dos Estados Americanos ‑ Protocolo de reforma)

V - igualdade entre os Estados;VI - defesa da paz;VII - solução pacífica dos conflitos;VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;

`` art. 5º, XLII e XLIII, desta CF.`` Lei 7.716/1989 (Lei do Racismo).`` Lei 8.072/1990 (Lei dos Crimes Hediondos).`` Dec. 5.639/2005 (Promulga a Convenção Inte‑ramericana contra o Terrorismo).

IX - cooperação entre os povos para o pro-gresso da humanidade;X - concessão de asilo político.

`` Dec. 55.929/1965 (Promulga a Convenção sobre Asilo Territorial).`` art. 98, II, Dec. 99.244/1990 (Dispõe sobre a reorganização e o funcionamento dos órgãos da Presidência da República).`` Lei 9.474/1997 (Estatuto dos Refugiados, de 1951).

Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômi-

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CoNsTITUIção DA REPÚBLICA FEDERATIVA Do BRAsIL Art . 13

CON

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Lexercício de direitos civis; (Incluído pela EC Revisão 3/1994.)

`` Lei 13.445/2017 (Institui a Lei de Migração).`` Dec. 3.453/2000 (Delega competência ao Minis‑tro de Estado da Justiça para declarar perda e reaquisição da nacionalidade brasileira).

Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.

`` Dec. 5.002/2004 (Declaração Constitutiva e Estatutos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa).

§ 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais.

`` Lei 5.700/71 (Estabelece a forma e apresentação dos símbolos nacionais).`` Dec. 98.068/1989 (Dispõe sobre o hasteamento da bandeira nacional nas repartições públicas federais e nos estabelecimentos de Ensino).

§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.

CAPÍTULo IV Dos DIREITos PoLÍTICos

`` art. 5º, LXXI, desta CF.`` art. XXI, Declaração Universal dos Direitos Humanos.`` Dec. 678/1992 (Promulga a Convenção Ame‑ricana sobre Direitos Humanos ‑ Pacto de São José da Costa Rica).

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

`` Lei 4.737/1965 (CE).`` Lei 9.709/1998 (Regulamenta a execução do dis‑posto nos incisos I, II e III do art. 14 desta CF).

I - plebiscito;`` art. 18, §§ 3º e 4º, desta CF e art. 2º, ADCT.`` Dec. 678/1992 (Promulga a Convenção Ame‑ricana sobre Direitos Humanos ‑ Pacto de São José da Costa Rica).`` Lei 9.709/1998 (Regulamenta a execução do dis‑posto nos incisos I, II e III do art. 14 desta CF).

II - referendo;`` Lei 9.709/1998 (Regulamenta a execução do dis‑posto nos incisos I, II e III do art. 14 desta CF).

III - iniciativa popular.`` art. 61, § 2º, desta CF.`` Lei 9.709/1998 (Regulamenta a execução do dis‑posto nos incisos I, II e III do art. 14 desta CF).

§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são: `` arts. 42 a 81; e 133 a 156, CE.

I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;II - facultativos para:a) os analfabetos;

`` Súm. 15, TSE.b) os maiores de setenta anos;c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos.§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei: I - a nacionalidade brasileira;II - o pleno exercício dos direitos políticos;

`` art. 47, I, CP.III - o alistamento eleitoral;IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;V - a filiação partidária;

`` Lei 9.096/1995 (Lei dos Partidos Políticos).`` Res. 23.282/2010, TSE (Disciplina a organiza‑ção, criação, fusão, incorporação e extinção dos partidos políticos).

VI - a idade mínima de:a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;b) tr inta anos para G overnador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;d) dezoito anos para Vereador.

§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.

`` Súm. 15, TSE.§ 5º O Presidente da República, os Gover-nadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único pe-ríodo subsequente. (Redação dada pela EC 16/1997.)§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.§ 7º São inelegíveis, no território de juris-dição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.

`` Súm. Vinc. 18, STF.`` Súm. 6 e 12, TSE.

§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.

`` art. 42, § 1º, desta CF.§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade ad-ministrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada a vida pregressa do candidato e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de fun-ção, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. (Redação dada pela EC Revisão 4/1994.)

`` art. 37, § 4º, desta CF.`` LC 64/1990 (Estabelece, de acordo com o art. 14, § 9º, da CF, casos de inelegibilidade, prazos de cessação).`` LC 135/2010 (Altera LC 64/1990).`` Súm. 13, TSE.

§ 10. O mandato eletivo poderá ser im-pugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.

`` ADIn 3.999 e 4.086.

§ 11. A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respon-dendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:

`` Lei 9.096/1995 (Lei dos Partidos Políticos).I - cancelamento da naturalização por sen-tença transitada em julgado;II - incapacidade civil absoluta;III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;

`` art. 92, I, CP.`` Súm. 9, TSE.

IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos ter-mos do art. 5º, VIII;

`` art. 143 desta CF.`` Lei 8.239/1991 (Regulamenta o art. 143, §§ 1º e 2º, da Constituição Federal, que dispõe sobre a prestação de Serviço Alternativo ao Serviço Militar Obrigatório).

V - improbidade administrativa, nos ter-mos do art. 37, § 4º.

Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. (Redação dada pela EC 4/1993.)

CAPÍTULo V Dos PARTIDos PoLÍTICos

`` EC 91/2016 (Estabelece a possibilidade, excep‑cional e em período determinado, de desfiliação partidária, sem prejuízo do mandato).

Art. 17. É livre a criação, fusão, incorpo-ração e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o re-gime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos:

`` Lei 9.096/1995 (Lei dos Partidos Políticos).`` Lei 9.504/1997 (Estabelece normas para as eleições).`` Res. 23.282/2010, TSE (Disciplina a organiza‑ção, criação, fusão, incorporação e extinção dos partidos políticos).

I - caráter nacional;II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo es-trangeiros ou de subordinação a estes;III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;IV - funcionamento parlamentar de acor-do com a lei.

§ 1º. É assegurada aos partidos políticos au-tonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua ce-lebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, esta-dual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada pela EC n° 97/2017.)

`` ADIn 3.685‑8 (DOU, 31.03.2006).

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§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei ci-vil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. § 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos políticos que alternativamente: (Redação dada pela EC n° 97, de 2017)I – obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou (Incluído pela EC n° 97, de 2017)II – tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federa-ção. (Incluído pela EC n° 97, de 2017)

`` art. 241, CE.§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.§ 5º Ao eleito por partido que não preen-cher os requisitos previstos no § 3º deste artigo é assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda do mandato, a outro partido que os tenha atingido, não sendo essa filiação considerada para fins de distri-buição dos recursos do fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão. (Incluído pela EC n° 97, de 2017)

TÍTULo III DA oRGANIZAção Do EsTADo

CAPÍTULo I DA oRGANIZAção

PoLÍTICo‑ADMINIsTRATIVA

Art. 18. A organização político-adminis-trativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.§ 1º Brasília é a Capital Federal.§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de ori-gem serão reguladas em lei complementar.§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, median-te aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

`` arts. 3º e 4º, Lei 9.709/1998 (Regulamenta a execução do disposto nos incisos I, II e III do art. 14 desta CF).

§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período deter-minado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. (Redação dada pela EC 15/1996.)

`` art. 5º, Lei 9.709/1998 (Regulamenta a execução do disposto nos incisos I, II e III do art. 14 desta CF).`` Lei 10.521/2002 (Assegura a instalação de Mu‑nicípios criados por Lei Estadual).`` art. 96, ADCT.

Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o fun-cionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;II – recusar fé aos documentos públicos;III – criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

`` art. 325, CLT.

CAPÍTULo II DA UNIão

Art. 20. São bens da União: `` art. 176, §§ 1º a 4º, desta CF.`` Dec.‑Lei 9.760/46 (Dispõe sobre os bens imóveis da União).

I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;

`` Súm. 650, STF.II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;

`` Lei 4.504/1964 (Estatuto da Terra).`` Lei 6.383/1976 (Dispõe sobre o processo dis‑criminatório de terras devolutas da União).`` Lei 6.431/1977 (Dispõe sobre doação de porções de terra devolutas e municípios incluídos na região da Amazônia Legal).`` Lei 6.442/1977 (Dispõe sobre as áreas de proteção para o funcionamento das estações radiogoniométricas de alta frequência do Mi‑nistério da Marinha e de radiomonitoragem do Ministério das Comunicações).`` Lei 6.634/1979 (Dispõe sobre faixas de fron‑teira).`` Lei 6.925/1981 (Altera Dec.‑Lei 1.414/1975)`` Lei 6.938/1981 (Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação).`` Lei 9.314/1996 (Altera Dec.‑Lei 227/1967).`` Dec.‑Lei 227/1967 (Dá nova redação ao Dec.‑Lei 1.985/1940 ‑ Código de Minas).`` Dec.‑Lei 1.135/1970 (Dispõe sobre a organiza‑ção, competência e funcionamento do Conselho de Segurança Nacional).`` Dec.‑Lei 1.414/1975 (Dispõe sobre o processo de ratificação das concessões e alterações de terras devolutas na faixa de fronteiras).`` Súm. 477, STF.

III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de li-mites com outros países ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;

`` Dec. 1.265/1994 (Aprova a Política Marítima Nacional ‑ PMN).

IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias ma-rítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade

ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; (Redação dada pela EC 46/2005.)

`` Dec. 1.265/1994 (Aprova a Política Marítima Nacional ‑ PMN).

V - os recursos naturais da plataforma con-tinental e da zona econômica exclusiva;

`` Lei 8.617/1993 (Dispõe sobre o mar territorial, zona contígua, zona econômica exclusiva e plataforma continental brasileira).`` Dec. 1.265/1994 (Aprova a Política Marítima Nacional ‑ PMN).

VI - o mar territorial; VII - os terrenos de marinha e seus acres-cidos;

`` Súm. 496, STJ.VIII - os potenciais de energia hidráulica;IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.

`` Súm. 650, STF.§ 1º É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municí-pios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plata-forma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração.

`` art. 177, desta CF.`` Lei 7.990/1989 (Institui, para os Estados, Distrito Federal e Municípios, compensação financeira pelo resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica, de re‑cursos minerais em seus respectivos territórios, plataformas continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva).`` Lei 8.001/1990 (Define os percentuais da dis‑tribuição da compensação financeira de que trata a Lei 7.990/1989).`` Lei 9.427/1996 (Institui a Agência Nacional de Energia Elétrica ‑ ANEEL e disciplina o regime das concessões de serviços públicos de energia elétrica).`` Lei 9.478/1997 (Dispõe sobre a política ener‑gética nacional, as atividades relativas ao monopólio do petróleo e institui o Conselho Nacional de Política Energética e a Agência Nacional do Petróleo).`` Lei 9.984/2000 (Dispõe sobre a criação da Agência Nacional de Águas ‑ ANA, entidade federal de implementação da Política Nacio‑nal de Recursos Hídricos e de coordenação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos).`` Lei 12.858/2013 ( Dispõe sobre a destinação para as áreas de educação e saúde de parcela da participação no resultado ou da compensação financeira pela exploração de petróleo e gás natural, com a finalidade de cumprimento da meta prevista no inciso VI do caput do art. 214 e no art. 196 da CF).`` Dec. 1/1991 (Regulamenta pagamento da compensação financeira instituída pela Lei 7.990/1989).`` Dec. 3.739/2001 (Dispõe sobre o cálculo da tarifa atualizada de referência para compen‑sação financeira pela utilização de recursos hídricos, de que trata a Lei 7.990/1989, e da contribuição de reservatórios de montante para a geração de energia hidrelétrica, de que trata a Lei 8.001/1990).

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CÓDIGo CIVILArt . 1 .635

II - exercer a guarda unilateral ou compar-tilhada nos termos do art. 1.584; (Alterado pela Lei 13.058/2014.)

`` arts. 1.583 a 1.588; 1.612; e 1.632 deste Código.`` arts. 33 a 35, Lei 8.069/1990 (ECA).

III - conceder-lhes ou negar-lhes consen-timento para casarem; (Alterado pela Lei 13.058/2014.)

`` arts. 1.517; 1.519; 1.550, II; e 1.553 deste Código.IV - conceder-lhes ou negar-lhes consen-timento para viajarem ao exterior; (Altera-do pela Lei 13.058/2014.)

`` arts. 1.729 e 1.730 deste Código.V - conceder-lhes ou negar-lhes consenti-mento para mudarem sua residência per-manente para outro Município; (Alterado pela Lei 13.058/2014.)

`` arts. 3º a 5º; 115 a 120; 1.690; 1.747, I; e 1.774 deste Código.`` art. 439, CLT.

VI - nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro dos pais não lhe sobreviver, ou o sobrevivo não puder exercer o poder familiar; (Alterado pela Lei 13.058/2014.)

`` arts. 248 e 249, CP.VII - representá-los judicial e extrajudicial-mente até os 16 (dezesseis) anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo--lhes o consentimento; (Alterado pela Lei 13.058/2014.)

`` art. 136, CP.`` art. 22, Lei 8.069/1990 (ECA).

VIII - reclamá-los de quem ilegalmen-te os detenha; (Acrescentado pela Lei 13.058/2014.)IX - exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e condição. (Acrescentado pela Lei 13.058/2014.)

SEÇÃO III DA SUSPENSÃO E EXTINÇÃO

DO PODER FAMILIAR

Art. 1.635. Extingue-se o poder familiar:I - pela morte dos pais ou do filho;II - pela emancipação, nos termos do art. 5º, parágrafo único;III - pela maioridade;

`` art. 5º, deste Código.IV - pela adoção;

`` arts. 1.618 e 1.619 deste Código.`` Lei 12.010/2009 (Lei da Adoção).

V - por decisão judicial, na forma do artigo 1.638.

`` art. 1.728 deste Código.`` art. 24, Lei 8.069 (ECA).

Art. 1.636. O pai ou a mãe que contrai novas núpcias, ou estabelece união estável, não perde, quanto aos filhos do relacio-namento anterior, os direitos ao poder familiar, exercendo-os sem qualquer inter-ferência do novo cônjuge ou companheiro.

`` art. 1.588 deste Código.`` Enunciado 335 das Jornadas de Direito Civil.

Parágrafo único. Igual preceito ao estabe-lecido neste artigo aplica-se ao pai ou à mãe solteiros que casarem ou estabelecerem união estável.

Art. 1.637. Se o pai, ou a mãe, abusar de sua autoridade, faltando aos deveres a eles inerentes ou arruinando os bens dos filhos, cabe ao juiz, requerendo algum parente, ou o Ministério Público, adotar a medida que lhe pareça reclamada pela segurança do menor e seus haveres, até suspendendo o poder familiar, quando convenha.

`` arts. 1.638, IV; e 1.689 a 1.693 deste Código.`` arts. 24; 129, X; e 155 a 163, Lei 8.069/1990 (ECA).

Parágrafo único. Suspende-se igualmente o exercício do poder familiar ao pai ou à mãe condenados por sentença irrecorrível, em virtude de crime cuja pena exceda a dois anos de prisão.

`` art. 92, II, CP.

Art. 1.638. Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que:

`` art. 1.635, V, deste Código.`` art. 92, II, CP.`` arts. 24; 129, X; 130; 148, p.u., b; e 155 a 163, Lei 8.069/1990 (ECA).

I - castigar imoderadamente o filho;`` art. 136, CP.

II - deixar o filho em abandono;`` arts. 133; e 244 a 247, CP.

III - praticar atos contrários à moral e aos bons costumes;

`` arts. 226, II; 245; e 247, CP.IV - incidir, reiteradamente, nas faltas pre-vistas no artigo antecedente.

`` art. 1.635, V, deste Código.`` art. 24, Lei 8.069 (ECA).

V - entregar de forma irregular o filho a terceiros para fins de adoção. (Incluído pe-la Lei nº 13.509, de 2017)

TÍTULo II Do DIREITo PATRIMoNIAL

sUBTÍTULo I Do REGIME DE BENs ENTRE os CÔNJUGEs

`` arts. 439, p.u.; 499; 1.536, VII; 1.576; 1.657; 1.829; 1.831; e 2.039 deste Código.`` art. 7º, §§ 4º e 5º, Lei 4.657/1942 (Lei de Intro-dução às normas do Direito Brasileiro – LInDB, antiga LICC).

CAPÍTULo I DIsPosIçÕEs GERAIs

Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver.

`` arts. 108; 546; 1.536, VII; 1.564, II; 1.640; 1.641; 1.653 a 1.657; 1.662; 1.668, IV; 1.688; 1.725; e 2.039 deste Código.`` art. 7º, §§ 4º e 5º, Lei 4.657/1942 (Lei de Intro-dução às normas do Direito Brasileiro – LInDB, antiga LICC).`` art. 3º, caput, Lei 6.515/1977 (Lei do Divórcio).`` Enunciados 113, 262 e 331 das Jornadas de Direito Civil.

§ 1º O regime de bens entre os cônjuges co-meça a vigorar desde a data do casamento.§ 2º É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invoca-das e ressalvados os direitos de terceiros.

`` Enunciados 131 e 260 das Jornadas de Direito Civil.

Art. 1.640. Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial.

`` arts. 1.653; e 1.658 a 1.667 deste Código.Parágrafo único. Poderão os nubentes, no processo de habilitação, optar por qual-quer dos regimes que este código regula. Quanto à forma, reduzir-se-á a termo a opção pela comunhão parcial, fazendo-se o pacto antenupcial por escritura pública, nas demais escolhas.

`` arts. 215; 1.528; 1.658; 1.667; 1.672; 1.687; e 1.829, I, deste Código.`` Súm. 377, STF.

Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento:

`` art. 977 deste Código.`` Enunciados 261 e 262 das Jornadas de Direito Civil.

I - das pessoas que o contraírem com inob-servância das causas suspensivas da cele-bração do casamento;

`` art. 1.523 deste Código.II - da pessoa maior de 70 (setenta) anos; (Redação dada pela Lei 12.344/2010.)

`` Enunciado 125 das Jornadas de Direito Civil.III - de todos os que dependerem, para ca-sar, de suprimento judicial.

`` arts. 1.517; 1.519; 1.634, III; 1.687; 1.688; 1.747, I; 1.774; e 1.781 deste Código.`` Súm. 377, STF.

Art. 1.642. Qualquer que seja o regime de bens, tanto o marido quanto a mulher podem livremente:

`` art. 226, § 5º, CF.`` arts. 499; 550; 1.643; e 1.647 deste Código.

I - praticar todos os atos de disposição e de administração necessários ao desem-penho de sua profissão, com as limitações estabelecida no inciso I do art. 1.647;II - administrar os bens próprios;

`` arts. 1.663, § 1º; 1.665; e 1.666 deste Código.III - desobrigar ou reivindicar os imóveis que tenham sido gravados ou alienados sem o seu consentimento ou sem supri-mento judicial;

`` arts. 1.645; 1.646; e 1.648 deste Código.IV - demandar a rescisão dos contratos de fiança e doação, ou a invalidação do aval, realizados pelo outro cônjuge com infra-ção do disposto nos incisos III e IV do art. 1.647;

`` arts. 538 a 564; 818 a 839; 897 a 900; 1.645; 1.646; e 1.647, III e IV, deste Código.

V - reivindicar os bens comuns, móveis ou imóveis, doados ou transferidos pelo outro cônjuge ao concubino, desde que provado que os bens não foram adquiri-dos pelo esforço comum destes, se o casal estiver separado de fato por mais de cinco anos;

`` arts. 550; 1.645; 1.647; e 1.727 deste Código.VI - praticar todos os atos que não lhes fo-rem vedados expressamente.

Art. 1.643. Podem os cônjuges, indepen-dentemente de autorização um do outro:

`` art. 1.664 deste Código.I - comprar, ainda a crédito, as coisas ne-cessárias à economia doméstica;

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298

CÓDIGo CIVILArt . 1 .802

I - a pessoa que, a rogo, escreveu o testa-mento, nem o seu cônjuge ou companhei-ro, ou os seus ascendentes e irmãos;

`` arts. 1.802; 1.865; 1.868, caput; e 1.870 deste Código.

II - as testemunhas do testamento;`` arts. 1.864, II; 1.868, II e III; 1.876, §§ 1º e 2º; 1.888; 1.893; 1.894; e 1.896 deste Código.

III - o concubino do testador casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver separado de fato do cônjuge há mais de cinco anos;

`` arts. 1.723, § 1º; 1.727; 1.803; e 1.830 deste Código.`` Súm. 447, STF.

IV - o tabelião, civil ou militar, ou o coman-dante ou escrivão, perante quem se fizer, assim como o que fizer ou aprovar o tes-tamento.

`` arts. 1.814; 1.864, I; 1.868, III; 1.869; 1.870; 1.874; 1.888; 1.889; 1.893, §§ 1º a 3º; 1.894; e 1.900, V, deste Código.

Art. 1.802. São nulas as disposições testamentárias em favor de pessoas não legitimadas a suceder, ainda quando simu-ladas sob a forma de contrato oneroso, ou feitas mediante interposta pessoa.

`` Correspondência: art. 1.720, 1ª parte, CC/1916. `` arts. 166, VII; 267, § 1º, I; 1.799; 1.801; e 1.900, V, deste Código.

Parágrafo único. Presumem-se pessoas in-terpostas os ascendentes, os descendentes, os irmãos e o cônjuge ou companheiro do não legitimado a suceder.

`` Correspondência: art. 1.720, 2ª parte, CC/1916.

Art. 1.803. É lícita a deixa ao filho do con-cubino, quando também o for do testador.

`` art. 227, § 6º, CF.`` arts. 1.723 a 1.727 deste Código.`` Súm. 447, STF.

CAPÍTULo IV DA ACEITAção E RENÚNCIA DA

HERANçA

Art. 1.804. Aceita a herança, torna-se definitiva a sua transmissão ao herdeiro, desde a abertura da sucessão.

`` arts. 1.784 e 1.812 deste Código.Parágrafo único. A transmissão tem-se por não verificada quando o herdeiro renuncia à herança.

`` arts. 80, II; 1.784; e 1.807 deste Código.`` art. 129, V, Lei 11.101/2005 (Lei de Recuperação de Empresas e Falência).

Art. 1.805. A aceitação da herança, quan-do expressa, faz-se por declaração escrita; quando tácita, há de resultar tão somente de atos próprios da qualidade de herdeiro.

`` Correspondência: art. 1.581, caput, § 1º, CC/1916. `` art. 1.807 deste Código.

§ 1º Não exprimem aceitação de herança os atos oficiosos, como o funeral do finado, os meramente conservatórios, ou os de administração e guarda provisória.

`` Correspondência: art. 1.581, § 2º, CC/1916. § 2º Não importa igualmente aceitação a cessão gratuita, pura e simples, da herança, aos demais coerdeiros.

`` Correspondência: art. 1.582, CC/1916.

Art. 1.806. A renúncia da herança deve constar expressamente de instrumento público ou termo judicial.

`` Correspondência: art. 1.581, caput, CC/1916. `` arts. 108; 114; 215; 1.647; 1.807; 1.812;1.823; 1.954; e 2.008 deste Código.`` art. 129, V, Lei 11.101/2005 (Lei de Recuperação de Empresas e Falência).

Art. 1.807. O interessado em que o her-deiro declare se aceita, ou não, a herança, poderá, vinte dias após aberta a sucessão, requerer ao juiz prazo razoável, não maior de trinta dias, para, nele, se pronunciar o herdeiro, sob pena de se haver a herança por aceita.

`` Correspondência: art. 1.584, CC/1916. `` art. 1.804 deste Código.

Art. 1.808. Não se pode aceitar ou re-nunciar a herança em parte, sob condição ou a termo.

`` Correspondência: art. 1.583, 1ª parte, CC/1916. `` arts. 114; e 121 a 137 deste Código

§ 1º O herdeiro, a quem se testarem lega-dos, pode aceitá-los, renunciando a heran-ça; ou, aceitando-a, repudiá-los.

`` Correspondência: art. 1.583, 2ª parte, CC/1916. `` arts. 1.912 a 1.946 deste Código.

§ 2º O herdeiro, chamado, na mesma su-cessão, a mais de um quinhão hereditário, sob títulos sucessórios diversos, pode li-vremente deliberar quanto aos quinhões que aceita e aos que renuncia.

Art. 1.809. Falecendo o herdeiro antes de declarar se aceita a herança, o poder de aceitar passa-lhe aos herdeiros, a menos que se trate de vocação adstrita a uma condição suspensiva, ainda não verificada.

`` Correspondência: art. 1.585, CC/1916. `` arts. 125; 1.897; e 1.933 deste Código.

Parágrafo único. Os chamados à sucessão do herdeiro falecido antes da aceitação, desde que concordem em receber a segun-da herança, poderão aceitar ou renunciar a primeira.

Art. 1.810. Na sucessão legítima, a parte do renunciante acresce à dos outros herdei-ros da mesma classe e, sendo ele o único desta, devolve-se aos da subsequente.

`` Correspondência: art. 1.589, CC/1916. `` arts. 1.829 a 1.856 deste Código.`` Enunciado 575 das Jornadas de Direito Civil.

Art. 1.811. Ninguém pode suceder, repre-sentando herdeiro renunciante. Se, porém, ele for o único legítimo da sua classe, ou se todos os outros da mesma classe renun-ciarem a herança, poderão os filhos vir à sucessão, por direito próprio, e por cabeça.

`` Correspondência: art. 1.588, CC/1916. `` arts. 1.829; 1.835; e 1.851 a 1.856 deste Código.

Art. 1.812. São irrevogáveis os atos de aceitação ou de renúncia da herança.

`` Correspondência: art. 1.590, CC/1916. `` arts. 138 a 165 deste Código.

Art. 1.813. Quando o herdeiro prejudicar os seus credores, renunciando à herança, poderão eles, com autorização do juiz, aceitá-la em nome do renunciante.

`` Correspondência: art. 1.586, 1ª parte, CC/1916. `` arts. 158 a 165; e 391 deste Código.`` arts. 789 e 790, NCPC.`` art. 129, V, Lei 11.101/2005 (Lei de Recuperação de Empresas e Falência).

§ 1º A habilitação dos credores se fará no prazo de trinta dias seguintes ao conheci-mento do fato.

§ 2º Pagas as dívidas do renunciante, pre-valece a renúncia quanto ao remanescente, que será devolvido aos demais herdeiros.

`` Correspondência: art. 1.586, 2ª parte, CC/1916. `` arts. 158 a 165 deste Código.

CAPÍTULo V Dos EXCLUÍDos DA sUCEssão

`` arts. 1.961 a 1.965; e 1.975 deste Código.

Art. 1.814. São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários:

`` Correspondência: art. 1.595, CC/1916. `` arts. 557; 935; 1.801; 1.818; 1.939, IV; e 1.961 a 1.965 deste Código.`` arts. 138 a 140; e 339, CP.`` art. 65, CPP.

I - que houverem sido autores, coautores ou partícipes de homicídio doloso, ou ten-tativa deste, contra a pessoa de cuja suces-são se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente;II - que houverem acusado caluniosamen-te em juízo o autor da herança ou incor-rerem em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro;III - que, por violência ou meios fraudulen-tos, inibirem ou obstarem o autor da he-rança de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade.

Art. 1.815. A exclusão do herdeiro ou legatário, em qualquer desses casos de indignidade, será declarada por sentença.

`` Correspondência: art. 1.596, CC/1916. `` art. 1.939, IV, deste Código.`` Enunciado 116 das Jornadas de Direito Civil.

§ 1º. O direito de demandar a exclusão do herdeiro ou legatário extingue-se em qua-tro anos, contados da abertura da sucessão. (Primitivo parágrafo único renumerado para § 1º pela Lei 13.532, de 2017.)

`` Correspondência: art. 178, § 9º, IV, CC/1916. `` arts. 207 a 211; e 1.965, p.u., deste Código.

§ 2°. Na hipótese do inciso I do art. 1.814, o Ministério Público tem legitimidade para demandar a exclusão do herdeiro ou lega-tário. (Incluído pela Lei 13.532, de 2017).

Art. 1.816. São pessoais os efeitos da exclusão; os descendentes do herdeiro excluído sucedem, como se ele morto fosse antes da abertura da sucessão.

`` Correspondência: art. 1.599, CC/1916. `` arts. 1.835; e 1.961 a 1.965 deste Código.

Parágrafo único. O excluído da sucessão não terá direito ao usufruto ou à admi-nistração dos bens que a seus sucessores couberem na herança, nem à sucessão eventual desses bens.

`` Correspondência: art. 1.602, CC/1916. `` arts. 1.689 e 1.693, IV, deste Código.

Art. 1.817. São válidas as alienações one-rosas de bens hereditários a terceiros de boa-fé, e os atos de administração legal-mente praticados pelo herdeiro, antes da sentença de exclusão; mas aos herdeiros subsiste, quando prejudicados, o direito de demandar-lhe perdas e danos.

`` Correspondência: art. 1.600, CC/1916. `` arts. 402 a 405; 1.360; e 1.827 deste Código.

Parágrafo único. O excluído da sucessão é obrigado a restituir os frutos e rendimentos que dos bens da herança houver percebido,

Vade Geral - 3ed.indb 298 03/01/2018 15:57:01

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CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO

Vade Geral - 3ed.indb 933 03/01/2018 15:58:13

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947

CLT

CoNsoLIDAção DAs LEIs Do TRABALHo Art . 52

Art. 52. O extravio ou inutilização da Car-teira de Trabalho e Previdência Social por culpa da empresa sujeitará esta à multa de valor igual á metade do salário mínimo regional.

`` Art. 52 com a redação dada pelo Decreto-lei 926, de 10.10.1969.`` Art. 29, §§ 4º e 5º, da CLT.

Art. 53. A empresa que receber Carteira de Trabalho e Previdência Social para anotar e a retiver por mais de 48 (quarenta e oito) horas ficará sujeita à multa de valor igual à metade do salário mínimo regional.

`` Art. 53 com a redação dada pelo Decreto-lei 229, de 28.2.1967.`` Art. 29 da CLT.`` Arts. 1º e 3º, da Lei 5.553/1968: dispõem sobre a apresentação e uso de documentos de iden-tificação pessoal.

Art. 54. A empresa que, tendo sido intima-da, não comparecer para anotar a Carteira de Trabalho e Previdência Social de seu empregado, ou cujas alegações para recusa tenham sido julgadas improcedentes, ficará sujeita à multa de valor igual a 1 (um) salário mínimo regional.

`` Art. 54 com a redação dada pelo Decreto-lei 229, de 28.2.1967.

Art. 55. Incorrerá na multa de valor igual a 1 (um) salário mínimo regional a empresa que infringir o art. 13 e seus parágrafos.

`` Art. 55 com a redação dada pelo Decreto-lei 229, de 28.2.1967.

Art. 56. O sindicato que cobrar remune-ração pela entrega de Carteira de Trabalho e Previdência Social ficará sujeito à multa de valor igual a 3 (três) vezes o salário mí-nimo regional.

`` Art. 56 com a redação dada pelo Decreto-lei 229, de 28.2.1967.

CAPÍTULo II DA DURAção Do TRABALHo

sEção I DIsPosIção PRELIMINAR

Art. 57. Os preceitos deste Capítulo aplicam-se a todas as atividades, salvo as expressamente excluídas, constituindo exceções as disposições especiais, con-cernentes estritamente a peculiaridades profissionais constantes do Capítulo I do Título III.

`` Art. 7º, parágrafo único, da CF.`` Arts. 7º, a, e 62 da CLT.

sEção II DA JoRNADA DE TRABALHo

Art. 58. A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expres-samente outro limite.

`` Art. 7º, XIII e XIV da CF.`` Art. 4º e 414 da CLT.`` Súm. 370 e 423 do TST:`` OJs 274, 275, 360 da SDI-1 do TST.

§ 1º Não serão descontadas nem com-putadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto

não excedentes de cinco minutos, observa-do o limite máximo de dez minutos diários.

`` § 1º incluído pela Lei 10.243, de 19.6.2001.`` Art. 74, § 2º, da CLT.`` Súm. 449 do TST.

§ 2° O tempo despendido pelo empre-gado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador.

`` § 2° com a redação dada pela Lei 13.467, de 13.07.2017, em vigor após decorridos 120 (cento e vinte) dias de sua publicação oficial (DOU 14.07.2017).

§ 3º Revogado pela Lei 13.467, de 13.07.2017, em vigor após decorridos 120 (cento e vinte) dias de sua publicação oficial (DOU 14.07.2017).

Art. 58-A. Considera-se trabalho em regi-me de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares semanais.

`` Caput com a redação dada pela Lei 13.467, de 13.07.2017, em vigor após decorridos 120 (cento e vinte) dias de sua publicação oficial (DOU 14.07.2017).

§ 1º O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será pro-porcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral.

`` § 1° incluído pela Medida Provisória 2.164-41, de 2001.

§ 2º Para os atuais empregados, a ado-ção do regime de tempo parcial será feita mediante opção manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de negociação coletiva.

`` § 2° incluído pela Medida Provisória 2.164-41, de 2001.`` OJ 358 da SDI-1 do TST.

§ 3° As horas suplementares à duração do trabalho semanal normal serão pagas com o acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o salário-hora normal.§ 4° Na hipótese de o contrato de trabalho em regime de tempo parcial ser estabe-lecido em número inferior a vinte e seis horas semanais, as horas suplementares a este quantitativo serão consideradas horas extras para fins do pagamento estipulado no § 3º, estando também limitadas a seis horas suplementares semanais.§ 5° As horas suplementares da jornada de trabalho normal poderão ser compensadas diretamente até a semana imediatamente posterior à da sua execução, devendo ser feita a sua quitação na folha de pagamen-to do mês subsequente, caso não sejam compensadas.§ 6° É facultado ao empregado contratado sob regime de tempo parcial converter um terço do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário.

§ 7° As férias do regime de tempo parcial são regidas pelo disposto no art. 130 desta Consolidação.

`` §§ 3° a 7° incluídos pela Lei 13.467, de 13.07.2017, em vigor após decorridos 120 (cento e vinte) dias de sua publicação oficial (DOU 14.07.2017).

Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.

`` Caput com a redação dada pela Lei 13.467, de 13.07.2017, em vigor após decorridos 120 (cento e vinte) dias de sua publicação oficial (DOU 14.07.2017).`` Súm. 45, 63, 115, 132, 172, 253, 264, 291, 340, 347, 354 e 376 do TST.`` OJs 47, 233, 235, 332, 394, 397 da SDI-1 do TST.

§ 1° A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal.

`` § 1° com a redação dada pela Lei 13.467, de 13.07.2017, em vigor após decorridos 120 (cento e vinte) dias de sua publicação oficial (DOU 14.07.2017).`` Art. 7º, XVI, da CF.`` Art. 20, § 2º, da Lei 8.906/1994.

§ 2º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou con-venção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias.

`` § 2º com a redação dada pela Medida Provisória 2.164-41, de 2001.`` OJ 410 da SDI-1 do TST.

§ 3° Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compen-sação integral da jornada extraordinária, na forma dos §§ 2° e 5° deste artigo, o trabalhador terá direito ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão.

`` § 3° com a redação dada pela Lei 13.467, de 13.07.2017, em vigor após decorridos 120 (cento e vinte) dias de sua publicação oficial (DOU 14.07.2017).`` Art. 59, § 2º, da CLT.

§ 4º Revogado pela Lei 13.467, de 13.07.2017, em vigor após decorridos 120 (cento e vinte) dias de sua publicação oficial (DOU 14.07.2017).

`` Art. 58-A da CLT.§ 5° O banco de horas de que trata o § 2° deste artigo poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de seis meses.

`` § 5° incluído pela Lei 13.467, de 13.07.2017, em vigor após decorridos 120 (cento e vinte) dias de sua publicação oficial (DOU 14.07.2017).

§ 6° É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo individual, tácito ou escrito, para a compensação no mesmo mês.

`` § 6° incluído pela Lei 13.467, de 13.07.2017, em vigor após decorridos 120 (cento e vinte) dias de sua publicação oficial (DOU 14.07.2017).

Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 e em leis específicas, é facultado às

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CoNsoLIDAção DAs LEIs Do TRABALHoArt . 59‑A

partes, por meio de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas segui-das por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação. (Redação dada pela Medida Provisória n° 808/2017 – DOU 14.11.2017 – edição extra).

§ 1º A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput abrange os pa-gamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados e serão considerados compensados os feria-dos e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73. (§ 1º com redação dada pela Medida Provisória n° 808/2017 – DOU 14.11.2017 – edição extra).

§ 2º É facultado às entidades atuantes no setor de saúde estabelecer, por meio de acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, horário de trabalho de doze horas segui-das por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação. (§ 2º incluído pela Medida Provisória n° 808/2017 – DOU 14.11.2017 – edição extra).

Art. 59-B. O não atendimento das exigên-cias legais para compensação de jornada, inclusive quando estabelecida mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária se não ultrapassada a duração máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional.

`` Artigo incluído pela Lei 13.467, de 13.07.2017, em vigor após decorridos 120 (cento e vinte) dias de sua publicação oficial (DOU 14.07.2017).

Parágrafo único. A prestação de horas extras habituais não descaracteriza o acordo de compensação de jornada e o banco de horas.

Art. 60. Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros mencionados no Capítulo “Da Higiene e Segurança do Trabalho”, ou que neles ve-nham a ser incluídas por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quaisquer prorrogações só poderão ser acordadas mediante licença prévia das autoridades competentes em matéria de higiene do trabalho, as quais, para esse efeito, pro-cederão aos necessários exames locais e à verificação dos métodos e processos de trabalho, quer diretamente, quer por inter-médio de autoridades sanitárias federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em entendimento para tal fim.

`` Art. 7º, XIII, da CF.`` A Lei 6.514/1977 Alterou a denominação do Capítulo “Da Higiene e Segurança do Tra-balho” para “Da Segurança e da Medicina do Trabalho”.`` Portaria 702/2015 do MTE (Estabelece requisi-tos para a prorrogação de jornada em atividade insalubre).

Parágrafo único. Excetuam-se da exigên-cia de licença prévia as jornadas de doze horas de trabalho por trinta e seis horas ininterruptas de descanso.

`` Parágrafo único incluído pela Lei 13.467, de 13.07.2017, em vigor após decorridos 120 (cento

e vinte) dias de sua publicação oficial (DOU 14.07.2017).

Art. 61. Ocorrendo necessidade imperio-sa, poderá a duração do trabalho exceder do limite legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto.

`` Arts. 413, II, e 501 da CLT:§ 1° O excesso, nos casos deste artigo, pode ser exigido independentemente de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.

`` § 1° com a redação dada pela Lei 13.467, de 13.07.2017, em vigor após decorridos 120 (cento e vinte) dias de sua publicação oficial (DOU 14.07.2017).

§ 2º Nos casos de excesso de horário por motivo de força maior, a remuneração da hora excedente não será inferior à da hora normal. Nos demais casos de excesso pre-vistos neste artigo, a remuneração será, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) superior à da hora normal, e o trabalho não poderá exceder de 12 (doze) horas, desde que a lei não fixe expressamente outro limite.

`` Art. 7º, XVI, da CF.§ 3º Sempre que ocorrer interrupção do trabalho, resultante de causas acidentais, ou de força maior, que determinem a impossibilidade de sua realização, a du-ração do trabalho poderá ser prorrogada pelo tempo necessário até o máximo de 2 (duas) horas, durante o número de dias indispensáveis à recuperação do tempo perdido, desde que não exceda de 10 (dez) horas diárias, em período não superior a 45 (quarenta e cinco) dias por ano, sujeita essa recuperação à prévia autorização da autoridade competente.

Art. 62. Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo:

`` Art. 7º, parágrafo único, da CF.I – os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condi-ção ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de em-pregados;

`` OJ 332 da SDI-1 do TST.II – os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto nes-te artigo, os diretores e chefes de departa-mento ou filial.

Parágrafo único. O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento).

`` Art. 62 com a redação dada pela Lei 8.966, de 27.12.1994.`` Súm. 287 do TST.

III – os empregados em regime de teletra-balho.

`` Inciso III incluído pela Lei 13.467, de 13.07.2017, em vigor após decorridos 120 (cento e vinte) dias de sua publicação oficial (DOU 14.07.2017).

Art. 63. Não haverá distinção entre em-pregados e interessados, e a participação em lucros e comissões, salvo em lucros de caráter social, não exclui o participante do regime deste Capítulo.

`` Art. 7º, XI da CF.`` Súm. 451 do TST.

Art. 64. O salário-hora normal, no caso de empregado mensalista, será obtido dividindo-se o salário mensal correspon-dente à duração do trabalho, a que se refere o art. 58, por 30 (trinta) vezes o número de horas dessa duração.Parágrafo único. Sendo o número de dias inferior a 30 (trinta), adotar-se-á para o cálculo, em lugar desse número, o de dias de trabalho por mês.

`` Art. 7º, § 2º, da Lei 605/1949.`` Súm. 124, 264, 318, 347 e 431 do TST.

Art. 65. No caso do empregado diarista, o salário-hora normal será obtido divi-dindo-se o salário diário correspondente à duração do trabalho, estabelecido no art. 58, pelo número de horas de efetivo trabalho.

sEção III Dos PERÍoDos DE DEsCANso

Art. 66. Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso.

`` Arts. 235-C, § 3º, 245, 308 e 382 da CLT.`` Súm. 110 do TST.`` OJ 355 da SDI-1 do TST.

Art. 67. Será assegurado a todo empre-gado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessi-dade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte.

`` Art. 235-C, § 3º, da CLT.`` Art. 7º, XV, da CF.`` Art. 6º Lei 10.101/2000.`` Súm. 461 do STF.`` Súm. 113 e 146 do TST`` OJ 410 da SDI-1 do TST.

Parágrafo único. Nos serviços que exi-jam trabalho aos domingos, com exceção quanto aos elencos teatrais, será estabele-cida escala de revezamento, mensalmente organizada e constando de quadro sujeito à fiscalização.

`` Lei 605/1949 e Decreto 27.048/1949: Repouso semanal remunerado e feriados

Art. 68. O trabalho em domingo, seja total ou parcial, na forma do art. 67, será sempre subordinado à permissão prévia da autoridade competente em matéria de trabalho.Parágrafo único. A permissão será con-cedida a título permanente nas atividades que, por sua natureza ou pela conveniência pública, devem ser exercidas aos domingos, cabendo ao Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, expedir instruções em que sejam especificadas tais atividades. Nos demais casos, ela será dada sob forma transitória, com discriminação do período autorizado, o qual, de cada vez, não exce-derá de 60 (sessenta) dias.

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ESTATUTOS

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1058

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990

Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.

`` DOU, 16 .07.1990, ret i f icada no DOU, 27.09.1990.`` Lei 8.242/1991 (Cria o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente ‑ CO‑NANDA).`` Lei 12.010/2009 (Lei da Adoção).`` Lei 12.318/2010 (Lei da Alienação Parental).`` Lei 12.594/2012 (Institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), re‑gulamenta a execução das medidas socioedu‑cativas destinadas a adolescente que pratique ato infracional).`` V. Lei 13.257/2016 (Dispõe sobre as políticas públicas para a primeira infância e altera o ECA, o CPP, a CLT, a Lei 11.770/2008, e a Lei 12.662/2012).`` 13.431/2017 (Estabelece o sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente vítima ou testemunha de violência).`` Dec. 5.089/2004 (Composição, competências e funcionamento do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente ‑ CO‑NANDA).`` Dec. 5.598/2005 (Regulamenta contratação de aprendizes).`` Dec. 6.230/2007 (Estabelece o Compromisso pela Redução da Violência Contra Crianças e Adolescentes, com vistas à implementação de ações de promoção e defesa dos direitos da criança e do adolescente, por parte da União Federal, em regime de colaboração com Mu‑nicípios, Estados e Distrito Federal, institui o Comitê Gestor de Políticas de Enfrentamento à Violência contra Criança e Adolescente).`` Dec. 6.231/2007 (Institui o Programa de Pro‑teção à Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte ‑ PPCAAM).`` V. art. 2º, Dec. 8.869/2016 (Institui o Programa Criança Feliz).`` Res. CNJ 94/2009 (Criação de Coordenado‑rias da Infância e da Juventude no âmbito dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal).

O Presidente da República. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULo I DAs DIsPosIçÕEs PRELIMINAREs

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.

`` arts. 227 a 229, CF.`` Lei 13.445/2017 (Institui a Lei de Migração).`` Lei 8.242/1991 (CONANDA).`` Dec. 794/1993 (Dedução do Imposto de Renda).`` Dec. 5.089/2004 (Composição, competências e funcionamento do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente ‑ CO‑NANDA).`` Súm. 1, STF.

Art. 2º Considera-se criança, para os efei-tos desta lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.

`` art. 2º, CC/2002.

Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.

`` arts. 36; 40; 121, § 5º; 142 e 148, p.u., a, desta lei.`` art. 5º, CC/2002.`` art. 3º, p.u., Lei 13.431/2017 (A aplicação desta Lei é facultativa para as vítimas e testemunhas de violência entre 18 e 21 anos).

Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, asseguran-do-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.

`` arts. 5º; 6º; 7º, XXV e XXXIII; e 227 a 229, CF.`` art. 45, § 2º; 53, III; 106, p.u.; 107; 111, V, 112, § 2º; 124, I a III, e § 1º; 136, I; 141; 161, § 3º; e 208, desta lei.

Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de nasci-mento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, am-biente social, região e local de moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem. (Acrescentado pela Lei 13.257/2016.)

Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efeti-vação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

`` arts. 5º; 6º; 7º, XXV e XXXIII; e 227 a 229, CF.`` arts. 61 e 62, Lei 6.015/1973 (Lei de Registros Públicos).`` V. art. 3º, Lei 13.257/2016 (Dispõe sobre as políticas públicas para a primeira infância e altera o ECA, o CPP, a CLT, a Lei 11.770/2008, e a Lei 12.662/2012).

Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;b) precedência de atendimento nos ser-viços públicos ou de relevância pública;

`` arts. 129, II; e 197, CF.c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;

`` arts. 59; 87; 88 e 261, p.u., desta lei.d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude.

Art. 5º Nenhuma criança ou adoles-cente será objeto de qualquer forma de

negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.

`` arts. 1º, III; 3º, III e IV, 5º, III, XLIII e XLVII, e; e 227, CF.`` arts. 13; 18; 24; 56, I; 70; 87, III; 98; 106; 107; 109; 130; 157; 178 e 228 a 258 desta lei.`` arts. 1.635, V, 1.637 e 1.638, CC/2002.`` arts. 121, § 4º; 129, § 7º; 133 a 136; 159, § 1º; 218 e 227, § 1º; 228, § 1º; 230, § 1º; 231, § 1º; e 244 a 249, CP.`` art. 258‑C desta lei.`` art. 9º, Lei 8.072/1990 (Lei dos Crimes He‑diondos).

Art. 6º Na interpretação desta lei le-var-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adoles-cente como pessoas em desenvolvimento.

`` art. 227, CF.`` art. 5º, Dec.‑Lei 4.657/1942 (Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro ‑ antiga LICC).

TÍTULo II Dos DIREITos FUNDAMENTAIs

CAPÍTULo I Do DIREITo À VIDA E À sAÚDE

Art. 7º A criança e o adolescente têm di-reito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvol-vimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.

Art. 8º É assegurado a todas as mulheres o acesso aos programas e às políticas de saúde da mulher e de planejamento repro-dutivo e, às gestantes, nutrição adequada, atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal integral no âmbito do Sistema Único de Saúde. (Alterado pela Lei 13.257/2016.)

`` arts. 5º, L; 198; 201, III; 203, I; e 227, § 1º, I, CF.`` art. 208, VII, desta lei.

§ 1º O atendimento pré-natal será realiza-do por profissionais da atenção primária. (Alterado pela Lei 13.257/2016.)§ 2º Os profissionais de saúde de referência da gestante garantirão sua vinculação, no último trimestre da gestação, ao estabe-lecimento em que será realizado o parto, garantido o direito de opção da mulher. (Alterado pela Lei 13.257/2016.)

`` art. 203, CF.§ 3º Os serviços de saúde onde o parto for realizado assegurarão às mulheres e aos seus filhos recém-nascidos alta hospitalar responsável e contrarreferência na atenção primária, bem como o acesso a outros ser-

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1060

EsTATUTo DA CRIANçA E Do ADoLEsCENTEArt . 15

decorridos cento e oitenta dias de sua pu-blicação oficial - DOU de 27.4.2017.)

CAPÍTULo II Do DIREITo À LIBERDADE, Ao

REsPEITo E À DIGNIDADE

Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à digni-dade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.

`` arts. 5º a 11, CF.`` arts. 106 a 109 e 178, desta lei.

Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos: I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as res-trições legais;

`` art. 5º, II, XV, XVI, LXI e LXVIII, CF.`` art. 106, desta lei.

II - opinião e expressão;`` art. 5º, IV e IX, CF.`` arts. 28, § 1º; 45, § 2º; 111, 124, I, II, III, e VIII; 161, § 3º; e 168, desta lei.

III - crença e culto religioso; `` art. 5º, e VII, CF.`` art. 94, XII; e 124, XIV, desta lei.

IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;`` arts. 71; 74 a 80; e 94, XI, desta lei.

V - participar da vida familiar e comunitá-ria, sem discriminação;

`` arts. 19; 92, I, VII e IX; 94, V, § 2º; e 100, desta lei.VI - participar da vida política, na forma da lei;

`` art. 14, § 1º, II, c, CF.`` art. 53, IV, desta lei.

VII - buscar refúgio, auxílio e orientação. `` art. 226, § 8º, CF.`` arts. 87, III; e 130 desta lei.

Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psí-quica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.

`` art. 5º, X e LX, CF.`` arts. 53, II; 94, IV e XVII; 124, V, 125; 143; 144; 178 e 247 desta lei.

Art. 18. É dever de todos velar pela digni-dade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou cons-trangedor.

`` arts. 5º; 13; 56, I, 70; 88, III; 124, 178 e 245 desta lei.`` art. 136, CP.

Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los. (Acrescentado pela Lei 13.010/2014.)

Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se: (Acrescentado pela Lei 13.010/2014.)I - castigo físico: ação de natureza disci-plinar ou punitiva aplicada com o uso da força física sobre a criança ou o adolescen-te que resulte em: (Acrescentado pela Lei 13.010/2014.)a) sofrimento físico; ou (Acrescentado pela Lei 13.010/2014.)b) l e s ã o; (Ac r e s ce n t a d o p e l a L e i 13.010/2014.)II - tratamento cruel ou degradante: con-duta ou forma cruel de tratamento em relação à criança ou ao adolescente que: (Acrescentado pela Lei 13.010/2014.)a) humilhe; ou (Acrescentado pela Lei 13.010/ 2014.)b) ameace gravemente; ou (Acrescentado pela Lei 13.010/2014.)c) ridicularize. (Acrescentado pela Lei 13.010/ 2014.)

Art. 18-B. Os pais, os integrantes da fa-mília ampliada, os responsáveis, os agentes públicos executores de medidas socioedu-cativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem castigo físico ou tratamento cruel ou degradante como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, às seguintes medidas, que serão aplicadas de acordo com a gravidade do caso: (Acrescentado pela Lei 13.010/2014.)I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família; (Acres-centado pela Lei 13.010/2014.)II - encaminhamento a tratamento psico-lógico ou psiquiátrico; (Acrescentado pela Lei 13.010/2014.)III - encaminhamento a cursos ou progra-mas de orientação; (Acrescentado pela Lei 13.010/2014.)IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado; (Acrescentado pela Lei 13.010/2014.)V - advertência. (Acrescentado pela Lei 13.010/2014.)

Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo serão aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras providências legais. (Acrescentado pela Lei 13.010/2014.)

CAPÍTULo III Do DIREITo À CoNVIVÊNCIA

FAMILIAR E CoMUNITÁRIA

sEção I DIsPosIçÕEs GERAIs

`` Lei 12.318/2010 (Lei da Alienação Parental).

Art. 19. É direito da criança e do adoles-cente ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência fa-miliar e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral. (Alterado pela Lei 13.257/2016.)

`` arts. 28 a 32 desta lei.

§ 1º Toda criança ou adolescente que esti-ver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 6 (seis) me-ses, devendo a autoridade judiciária com-petente, com base em relatório elaborado por equipe interprofissional ou multidis-ciplinar, decidir de forma fundamentada pela possibilidade de reintegração familiar ou colocação em família substituta, em quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta lei. (Incluído pela Lei 12.010/2009.) § 2º A permanência da criança e do ado-lescente em programa de acolhimento institucional não se prolongará por mais de 18 (dezoito meses), salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciária. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)§ 3º A manutenção ou a reintegração de criança ou adolescente à sua família terá preferência em relação a qualquer outra providência, caso em que será esta incluí-da em serviços e programas de proteção, apoio e promoção, nos termos do § 1º do art. 23, dos incisos I e IV do caput do art. 101 e dos incisos I a IV do caput do art. 129 desta Lei. (Alterado pela Lei 13.257/2016.)§ 4º Será garantida a convivência da crian-ça e do adolescente com a mãe ou o pai privado de liberdade, por meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses de acolhimento institu-cional, pela entidade responsável, inde-pendentemente de autorização judicial. (Acrescentado pela Lei 12.962/2014).§ 5° Será garantida a convivência integral da criança com a mãe adolescente que esti-ver em acolhimento institucional. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)§ 6° A mãe adolescente será assistida por equipe especializada multidisciplinar. (In-cluído pela Lei nº 13.509, de 2017)Art. 19-A. A gestante ou mãe que mani-feste interesse em entregar seu filho para adoção, antes ou logo após o nascimento, será encaminhada à Justiça da Infância e da Juventude. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)§ 1° A gestante ou mãe será ouvida pela equipe interprofissional da Justiça da In-fância e da Juventude, que apresentará relatório à autoridade judiciária, conside-rando inclusive os eventuais efeitos do estado gestacional e puerperal. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)§ 2° De posse do relatório, a autoridade judiciária poderá determinar o encaminha-mento da gestante ou mãe, mediante sua expressa concordância, à rede pública de saúde e assistência social para atendimento especializado. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)§ 3° A busca à família extensa, conforme definida nos termos do parágrafo único do art. 25 desta Lei, respeitará o prazo máxi-mo de 90 (noventa) dias, prorrogável por igual período. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)§ 4° Na hipótese de não haver a indi-cação do genitor e de não existir outro

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EsTATUTo DA CRIANçA E Do ADoLEsCENTE Art . 20

ESTA

TUTO

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representante da família extensa apto a receber a guarda, a autoridade judiciária competente deverá decretar a extinção do poder familiar e determinar a colocação da criança sob a guarda provisória de quem estiver habilitado a adotá-la ou de entidade que desenvolva programa de acolhimento familiar ou institucional. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)§ 5° Após o nascimento da criança, a von-tade da mãe ou de ambos os genitores, se houver pai registral ou pai indicado, deve ser manifestada na audiência a que se refere o § 1º do art. 166 desta Lei, garantido o sigilo sobre a entrega. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)§ 6° (Vetado). (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)§ 7° Os detentores da guarda possuem o prazo de 15 (quinze) dias para propor a ação de adoção, contado do dia seguinte à data do término do estágio de convivência. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)§ 8° Na hipótese de desistência pelos genitores - manifestada em audiência ou perante a equipe interprofissional – da entrega da criança após o nascimento, a criança será mantida com os genitores, e será determinado pela Justiça da Infância e da Juventude o acompanhamento familiar pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)§ 9° É garantido à mãe o direito ao sigilo sobre o nascimento, respeitado o disposto no art. 48 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)§ 10. (Vetado). (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)Art. 19-B. A criança e o adolescente em programa de acolhimento institucional ou familiar poderão participar de programa de apadrinhamento. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)§ 1° O apadrinhamento consiste em estabe-lecer e proporcionar à criança e ao adoles-cente vínculos externos à instituição para fins de convivência familiar e comunitária e colaboração com o seu desenvolvimento nos aspectos social, moral, físico, cognitivo, educacional e financeiro. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)§ 2° (Vetado). (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)§ 3° Pessoas jurídicas podem apadrinhar criança ou adolescente a fim de colaborar para o seu desenvolvimento. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)§ 4° O perfil da criança ou do adolescente a ser apadrinhado será definido no âmbito de cada programa de apadrinhamento, com prioridade para crianças ou adolescentes com remota possibilidade de reinserção familiar ou colocação em família adotiva. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)§ 5° Os programas ou serviços de apadri-nhamento apoiados pela Justiça da Infância e da Juventude poderão ser executados por órgãos públicos ou por organizações da sociedade civil. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)§ 6° Se ocorrer violação das regras de apadrinhamento, os responsáveis pelo

programa e pelos serviços de acolhimento deverão imediatamente notificar a autori-dade judiciária competente. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)

Art. 20. Os filhos, havidos ou não da rela-ção do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.

`` arts. 227, §§ 5º e 6º, CF.`` art. 1.596, CC/2002.`` Lei 10.421/2002 (Estende à mãe adotiva direito à licença‑maternidade e ao salário‑maternidade).`` Lei 12.010/2009 (Lei da Adoção).

Art. 21. O poder familiar será exercido, em igualdade de condições, pelo pai e pela mãe, na forma do que dispuser a legislação civil, assegurado a qualquer deles o direito de, em caso de discordância, recorrer à autoridade judiciária competente para a solução da divergência.

`` art. 3º, Lei 12.010/2009 (Lei da Adoção).`` arts. 22 a 24; 33 a 35; 148, p.u., d e e; 155 a 163, desta lei.`` arts. 1.630 a 1.638, CC/2002.

Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interes-se destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais.

`` art. 229, CF.`` art. 24 desta lei.`` art. 1.634, CC/2002.

Parágrafo único. A mãe e o pai, ou os responsáveis, têm direitos iguais e deve-res e responsabilidades compartilhados no cuidado e na educação da criança, devendo ser resguardado o direito de transmissão familiar de suas crenças e cul-turas, assegurados os direitos da criança estabelecidos nesta Lei. (Acrescentado pela Lei 13.257/2016.)

Art. 23. A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão do poder familiar.

`` art. 129, p.u., desta lei.`` arts. 1.630 a 1.638, CC/2002.`` art. 3º, Lei 12.010/2009 (Lei da Adoção).

§ 1º Não existindo outro motivo que por si só autorize a decretação da medida, a criança ou o adolescente será mantido em sua família de origem, a qual deverá obrigatoriamente ser incluída em serviços e programas oficiais de proteção, apoio e promoção. (Alterado pela Lei 13.257/2016.)§ 2º A condenação criminal do pai ou da mãe não implicará a destituição do poder familiar, exceto na hipótese de condena-ção por crime doloso, sujeito à pena de reclusão, contra o próprio filho ou filha. (Alterado pela Lei 12.962/2014.)

Art. 24. A perda e a suspensão do poder familiar serão decretadas judicialmente, em procedimento contraditório, nos casos previstos na legislação civil, bem como na hipótese de descumprimento injustificado dos deveres e obrigações a que alude o art. 22.

`` arts. 129, p.u.; e 155 a 163 desta lei.`` arts. 1.630 a 1.638, CC/2002.`` art. 3º, Lei 12.010/2009 (Lei da Adoção).

sEção II DA FAMÍLIA NATURAL

Art. 25. Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qual-quer deles e seus descendentes.

`` art. 226, § 4º, CF.Parágrafo único. Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou ado-lescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade. (Incluído pela Lei 12.010/2009.)

Art. 26. Os filhos havidos fora do casa-mento poderão ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou separadamente, no pró-prio termo de nascimento, por testamento, mediante escritura ou outro documento público, qualquer que seja a origem da filiação.

`` Lei 8.560/1992 (Lei de Investigação de Pa‑ternidade).`` arts. 1.607; 1.609 e 1.614, CC /2002.`` Súm. 301, STJ.

Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou suceder-lhe ao falecimento, se deixar des-cendentes.

`` art. 1.609, CC/2002.

Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, in-disponível e imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdei-ros, sem qualquer restrição, observado o segredo de Justiça.

`` art. 1.606, CC/2002.`` art. 189, NCPC.`` Súm. 149, STF.

sEção III DA FAMÍLIA sUBsTITUTA

SUBSEÇÃO I DISPOSIÇÕES GERAIS

`` Res. CNJ 54/2008 (Implantação e funcionamen‑to do Cadastro Nacional de Adoção).

Art. 28. A colocação em família substi-tuta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção, independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta lei.

`` arts. 33 a 52‑D e 165 a 170, desta lei.§ 1º Sempre que possível, a criança ou o adolescente será previamente ouvido por equipe interprofissional, respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau de com-preensão sobre as implicações da medida, e terá sua opinião devidamente considerada. (Redação dada pela Lei 12.010/2009.)§ 2º Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será necessário seu consentimen-to, colhido em audiência. (Redação dada pela Lei 12.010/2009.)§ 3º Na apreciação do pedido levar-se-á em conta o grau de parentesco e a relação de afinidade ou de afetividade, a fim de evitar ou minorar as consequências decorrentes da medida. (Incluído pela Lei 12.010/2009.)

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2284

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

Súmulas

`` Res. 129/2005, TST (Altera a denominação dos verbetes da jurisprudência predominante do Tribunal Superior do Trabalho de “Enunciado” para “Súmula”.

1. Prazo judicial (mantida) Quando a intima-ção tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial será contado da segunda-feira imediata, inclusive, salvo se não houver expediente, caso em que fluirá no dia útil que se seguir.

6. Equiparação salarial . Art . 461 da CLT (redação do item VI alterada - Res. 198/2015, republicada em razão de erro material - DEJT divulgado em 12, 15 e 16.06.2015)

I - Para os fins previstos no § 2º do art. 461 da CLT, só é válido o quadro de pessoal organi-zado em carreira quando homologado pelo Ministério do Trabalho, excluindo-se, apenas, dessa exigência o quadro de carreira das en-tidades de direito público da administração direta, autárquica e fundacional aprovado por ato administrativo da autoridade com-petente. (ex-Súmula n. 06 - alterada pela Res. 104/2000, DJ 20.12.2000)

II - Para efeito de equiparação de salários em caso de trabalho igual, conta-se o tempo de serviço na função e não no emprego. (ex--Súmula n. 135 - RA 102/1982, DJ 11.10.1982 e DJ 15.10.1982)

III - A equiparação salarial só é possível se o empregado e o paradigma exercerem a mesma função, desempenhando as mesmas tarefas, não importando se os cargos têm, ou não, a mesma denominação. (ex-OJ da SBDI-1 n. 328 - DJ 09.12.2003)

IV - É desnecessário que, ao tempo da recla-mação sobre equiparação salarial, reclaman-te e paradigma estejam a serviço do estabe-lecimento, desde que o pedido se relacione com situação pretérita. (ex-Súmula n. 22 - RA 57/1970, DO-GB 27.11.1970)

V - A cessão de empregados não exclui a equiparação salarial, embora exercida a função em órgão governamental estranho à cedente, se esta responde pelos salários do paradigma e do reclamante. (ex-Súmula n. 111 - RA 102/1980, DJ 25.09.1980)

VI - Presentes os pressupostos do art. 461 da CLT, é irrelevante a circunstância de que o desnível salarial tenha origem em decisão judicial que beneficiou o paradigma, exceto:

a) se decorrente de vantagem pessoal ou de tese jurídica superada pela jurisprudência de Corte Superior;

b) na hipótese de equiparação salarial em ca-deia, suscitada em defesa, se o empregador produzir prova do alegado fato modificativo, impeditivo ou extintivo do direito à equi-paração salarial em relação ao paradigma remoto, considerada irrelevante, para esse efeito, a existência de diferença de tempo de serviço na função superior a dois anos entre o reclamante e os empregados paradigmas

componentes da cadeia equiparatória, à ex-ceção do paradigma imediato.

VII - Desde que atendidos os requisitos do art. 461 da CLT, é possível a equiparação sa-larial de trabalho intelectual, que pode ser avaliado por sua perfeição técnica, cuja afe-rição terá critérios objetivos. (ex-OJ da SBDI-1 n. 298 - DJ 11.08.2003)

VIII - É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou extintivo da equiparação salarial. (ex-Súmula n. 68 - RA 9/1977, DJ 11.02.1977)

IX - Na ação de equiparação salarial, a pres-crição é parcial e só alcança as diferenças salariais vencidas no período de 5 (cinco) anos que precedeu o ajuizamento. (ex-Sú-mula n. 274 - alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003)

X - O conceito de “mesma localidade” de que trata o art. 461 da CLT refere-se, em princípio, ao mesmo município, ou a municípios dis-tintos que, comprovadamente, pertençam à mesma região metropolitana. (ex-OJ da SB-DI-1 n. 252 - inserida em 13.03.2002)

7. Férias (mantida) A indenização pelo não deferimento das férias no tempo oportuno será calculada com base na remuneração devida ao empregado na época da recla-mação ou, se for o caso, na da extinção do contrato.

8. Juntada de documento (mantida) A juntada de documentos na fase recursal só se justifica quando provado o justo impedi-mento para sua oportuna apresentação ou se referir a fato posterior à sentença.

9. Ausência do reclamante (mantida) A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada a ação em audiên-cia, não importa arquivamento do processo.

10. Professor . Dispensa sem justa causa . Término do ano letivo ou no curso de férias escolares . Aviso prévio (redação alterada em sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012 - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012) O direito aos salários do período de férias escolares assegurado aos professores (art. 322, caput e § 3º, da CLT) não exclui o direito ao aviso prévio, na hipó-tese de dispensa sem justa causa ao término do ano letivo ou no curso das férias escolares.

12. Carteira profissional (mantida) As anotações apostas pelo empregador na carteira profissional do empregado não geram presunção juris et de jure, mas apenas juris tantum.

13. Mora (mantida) O só pagamento dos salários atrasados em audiência não ilide a mora capaz de determinar a rescisão do contrato de trabalho.

14. Culpa recíproca (nova redação - Res. 121/2003, DJ, 19, 20 e 21.11.2003) Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o empregado tem

direito a 50% (cinquenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais.

15. Atestado médico (mantida) A justifica-ção da ausência do empregado motivada por doença, para a percepção do salário-enfermi-dade e da remuneração do repouso semanal, deve observar a ordem preferencial dos ates-tados médicos estabelecida em lei.

16. Notificação (nova redação - Res. 121/2003, DJ, 19, 20 e 21.11.2003) Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua postagem. O seu não recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário.

18. Compensação (mantida) A compen-sação, na Justiça do Trabalho, está restrita a dívidas de natureza trabalhista.

19. Quadro de carreira (mantida) A Justiça do Trabalho é competente para apreciar reclamação de empregado que tenha por objeto direito fundado em quadro de carreira.

23. Recurso (mantida) Não se conhece de recurso de revista ou de embargos, se a decisão recorrida resolver determinado item do pedido por diversos fundamentos e a jurisprudência transcrita não abranger a todos.

24. serviço extraordinário (mantida) Insere-se no cálculo da indenização por antiguidade o salário relativo a serviço extraordinário, desde que habitualmente prestado.

25. Custas processuais . Inversão do ônus da sucumbência (alterada a Súmula e incor-poradas as Orientações Jurisprudenciais n. 104 e 186 da SBDI-1 - Res. 197/2015 - DEJT divulgado em 14, 15 e 18.05.2015).

I - A parte vencedora na primeira instância, se vencida na segunda, está obrigada, indepen-dentemente de intimação, a pagar as custas fixadas na sentença originária, das quais fica-ra isenta a parte então vencida;

II - No caso de inversão do ônus da sucum-bência em segundo grau, sem acréscimo ou atualização do valor das custas e se estas já foram devidamente recolhidas, descabe um novo pagamento pela parte vencida, ao re-correr. Deverá ao final, se sucumbente, reem-bolsar a quantia; (ex-OJ 186 da SBDI-I)

III - Não caracteriza deserção a hipótese em que, acrescido o valor da condenação, não houve fixação ou cálculo do valor devido a título de custas e tampouco intimação da parte para o preparo do recurso, devendo ser as custas pagas ao final; (ex-OJ 104 da SBDI-I)

IV - O reembolso das custas à parte vencedo-ra faz-se necessário mesmo na hipótese em que a parte vencida for pessoa isenta do seu pagamento, nos termos do art. 790-A, pará-grafo único, da CLT.

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TRIBUNAL sUPERIoR Do TRABALHo Súmulas

2295

SÚM

ULA

S

o salário-mínimo da categoria para uma jor-nada de 4 horas para os médicos e de 6 horas para os engenheiros, não há que se falar em horas extras, salvo as excedentes à oitava, desde que seja respeitado o salário-mínimo/horário das categorias.

371. Aviso prévio indenizado . Efeitos . superveniência de auxílio‑doença no curso deste (conversão das Orientações Jurispru-denciais 40 e 135 SBDI-1 - Res. 129/2005, DJ, 20, 22 e 25.04.2005) A projeção do contrato de trabalho para o futuro, pela concessão do aviso prévio indenizado, tem efeitos limitados às vantagens econômicas obtidas no período de pré-aviso, ou seja, salários, reflexos e verbas rescisórias. No caso de con-cessão de auxílio-doença no curso do aviso prévio, todavia, só se concretizam os efeitos da dispensa depois de expirado o benefício previdenciário.

372. Gratificação de função . supressão ou redução . Limites (conversão das Orientações Jurisprudenciais n. 45 e 303 SBDI-1 - Res. 129/2005, DJ, 20, 22 e 25.04.2005)

I - Percebida a gratificação de função por dez ou mais anos pelo empregado, se o em-pregador, sem justo motivo, revertê-lo a seu cargo efetivo, não poderá retirar-lhe a gratificação tendo em vista o princípio da estabilidade financeira.

II - Mantido o empregado no exercício da fun-ção comissionada, não pode o empregador reduzir o valor da gratificação.

373. Gratificação semestral . Congelamento . Prescrição parcial (conversão da OJ 46 SBDI-1 - Res. 129/2005, DJ, 20, 22 e 25.04.2005) Tratando-se de pedido de diferença de gratifi-cação semestral que teve seu valor congelado, a prescrição aplicável é a parcial.

374. Norma coletiva . Categoria dife‑renciada . Abrangência (conversão da OJ 55 SBDI-1 - Res. 129/2005, DJ, 20, 22 e 25.04.2005) Empregado integrante de categoria profissional diferenciada não tem o direito de haver de seu empregador vantagens previstas em instrumento coletivo no qual a empresa não foi representada por órgão de classe de sua categoria.

375. Reajustes salariais previstos em norma coletiva . Prevalência da legislação de política salarial (conversão da OJ, 69 SBDI-1 e da OJ 40, SBDI-2 - Res. 129/2005, DJ, 20, 22 e 25.04.2005) Os reajustes salariais previstos em norma coletiva de trabalho não prevalecem frente à legislação superveniente de política salarial.

376. Horas extras . Limitação . Art . 59 da CLT . Reflexos (conversão das Orientações Jurisprudenciais 89 e 117, SBDI-1 - Res. 129/2005, DJ, 20, 22 e 25.04.2005)

I - A limitação legal da jornada suplementar a duas horas diárias não exime o empregador de pagar todas as horas trabalhadas.

II - O valor das horas extras habitualmente prestadas integra o cálculo dos haveres tra-balhistas, independentemente da limitação prevista no caput do art. 59 da CLT.

377. Preposto . Exigência da condição de empregado (nova redação - Res. 146/2008, DJ, 28.04.2008, 02 e 05.05.2008) . Exceto quanto à reclamação de empregado domés-tico, ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente empre-gado do reclamado. Inteligência do art. 843, §

1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006.

378. Estabilidade provisória . Acidente do trabalho . Art . 118 da Lei n . 8 .213/1991 (inse‑rido item III - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012)

I - É constitucional o artigo 118 da Lei n. 8.213/1991 que assegura o direito à estabi-lidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença ao empre-gado acidentado (ex-OJ n. 105 da SBDI-1 - in-serida em 01.10.1997).

II - São pressupostos para a concessão da es-tabilidade o afastamento superior a 15 dias e a consequente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a des-pedida, doença profissional que guarde rela-ção de causalidade com a execução do con-trato de emprego (primeira parte - ex-OJ 230 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001).

III - O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da ga-rantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista no art. 118 da Lei n. 8.213/91.

379. Dirigente sindical . Despedida . Falta grave . Inquérito judicial . Necessidade (conversão da OJ 114 SBDI-1 - Res. 129/2005, DJ, 20, 22 e 25.04.2005) O dirigente sindical somente poderá ser dispensado por falta grave mediante a apuração em inquérito judicial, inteligência dos arts. 494 e 543, § 3º, da CLT.

380. Aviso prévio . Início da contagem . Art . 132 do Código Civil de 2002 (conversão da OJ 122 SBDI-1 - Res. 129/2005, DJ, 20, 22 e 25.04.2005) Aplica-se a regra prevista no caput do art. 132 do Código Civil de 2002 à contagem do prazo do aviso prévio, excluindo-se o dia do começo e incluindo o do vencimento.

381. Correção monetária . salário . Art . 459 da CLT (conversão da OJ 124 SBDI-1 - Res. 129/2005, DJ, 20, 22 e 25.04.2005) O paga-mento dos salários até o 5º dia útil do mês subsequente ao vencido não está sujeito à correção monetária. Se essa data limite for ultrapassada, incidirá o índice da correção monetária do mês subsequente ao da presta-ção dos serviços, a partir do dia 1º.

382. Mudança de regime celetista para estatutário . Extinção do contrato . Pres‑crição bienal (conversão da Orientação Jurisprudencial n. 128 SBDI-1 - Res. 129/2005, DJ, 20, 22 e 25.04.2005) A transferência do regime jurídico de celetista para estatutário implica extinção do contrato de trabalho, fluindo o prazo da prescrição bienal a partir da mudança de regime.

383. Recurso . Mandato . Irregularidade de representação . CPC de 2015, arts . 104 e 76, § 2º (nova redação em decorrência do CPC de 2015 - Res. 210/2016, DEJT divulgado em 30.06.2016 e 01 e 04.07.2016)

I - É inadmissível recurso firmado por advo-gado sem procuração juntada aos autos até o momento da sua interposição, salvo manda-to tácito. Em caráter excepcional (art. 104 do CPC de 2015), admite-se que o advogado, in-dependentemente de intimação, exiba a pro-curação no prazo de 5 (cinco) dias após a in-terposição do recurso, prorrogável por igual período mediante despacho do juiz. Caso

não a exiba, considera-se ineficaz o ato pra-ticado e não se conhece do recurso.

II - Verificada a irregularidade de represen-tação da parte em fase recursal, em procura-ção ou substabelecimento já constante dos autos, o relator ou o órgão competente para julgamento do recurso designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício. Des-cumprida a determinação, o relator não co-nhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente, ou determinará o desentra-nhamento das contrarrazões, se a providên-cia couber ao recorrido (art. 76, § 2º, do CPC de 2015).

384. Multa convencional . Cobrança (conversão das Orientações Jurisprudenciais 150 e 239, SBDI-1 - Res. 129/2005, DJ, 20, 22 e 25.04.2005)

I - O descumprimento de qualquer cláusu-la constante de instrumentos normativos di-versos não submete o empregado a ajuizar várias ações, pleiteando em cada uma o pa-gamento da multa referente ao descumpri-mento de obrigações previstas nas cláusulas respectivas.

II - É aplicável multa prevista em instrumento normativo (sentença normativa, convenção ou acordo coletivo) em caso de descumpri-mento de obrigação prevista em lei, mesmo que a norma coletiva seja mera repetição de texto legal.

385. Feriado local ou forense . Ausência de expediente . Prazo recursal . Prorrogação . Comprovação . Necessidade . (alterada em decorrência do CPC de 2015) – Res. 220/2017 do TST (DEJT 22.09.2017).

I – Incumbe à parte o ônus de provar, quando da interposição do recurso, a existência de feriado local que autorize a prorrogação do prazo recursal (art. 1.003, § 6º, do CPC de 2015). No caso de o recorrente alegar a existência de feriado local e não o comprovar no momento da interposição do recurso, cumpre ao relator conceder o prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício (art. 932, parágrafo único, do CPC de 2015), sob pena de não conhecimento se da comprovação depender a tempestividade recursal.

II – Na hipótese de feriado forense, incumbirá à autoridade que proferir a decisão de admissibilidade certificar o expediente nos autos.

III – Admite-se a reconsideração da análise da tempestividade do recurso, mediante prova documental superveniente, em agravo de instrumento, agravo interno, agravo regi-mental, ou embargos de declaração, desde que, em momento anterior, não tenha havido a concessão de prazo para a comprovação da ausência de expediente forense.

386. Policial militar . Reconhecimento de vínculo empregatício com empresa privada (conversão da Orientação Jurispru-dencial 167, SBDI-1 - Res. 129/2005, DJ, 20, 22 e 25.04.2005) Preenchidos os requisitos do art. 3º da CLT, é legítimo o reconhecimento de relação de emprego entre policial militar e empresa privada, independentemente do eventual cabimento de penalidade discipli-nar prevista no Estatuto do Policial Militar.

387. Recurso . Fac‑símile. Lei n . 9 .800/1999 (atualizada em decorrência do CPC de 2015

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REGIMENTOS INTERNOS

• SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

• SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

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SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAArt. 155

Art. 155. Os julgamentos a que este Regi‑mento ou a lei não derem prioridade serão realizados, preferencialmente, segundo a ordem de conclusão dos feitos, nos termos da legislação processual. (Alterado pela ER 22/2016.)

Parágrafo único. (Revogado pela ER 22/2016.)

Art. 156. A Secretaria atenderá, preferencial‑mente, à ordem cronológica de recebimento dos pronunciamentos judiciais para sua publi‑cação e efetivação, nos termos da legislação processual. (Alterado pela ER 22/2016.)

Art. 157. Quando deferida preferência solici‑tada pelo representante do Ministério Público, para processo em que houver medida liminar ou acautelatória, o julgamento far‑se‑á com prioridade.

Art. 158. O pedido de sustentação oral de‑verá ser requerido à coordenadoria do órgão julgador: (Alterado pela ER 28/2017.)

I ‑ até dois dias úteis após a publicação da pauta, com preferência sobre as demais sus‑tentações, respeitada a ordem de inscrição, e sem prejuízo das preferências legais e regi‑mentais; (Incluído pela ER 28/2017.)

II ‑ ainda que ultrapassado o prazo previsto no inciso anterior, o pedido de sustentação oral poderá ser feito até o início da sessão. (Incluído pela ER 28/2017.)

§ 1º Terão preferência para a sustentação oral, na seguinte ordem, mediante comprovação de sua condição, aqueles com necessidades especiais; as gestantes, as lactantes, enquanto perdurar o estado gravídico ou o período de amamentação; as adotantes, as que derem à luz, pelo período de 120 dias (art. 7º‑A da Lei n. 8.906, de 4 de julho de 1994); e os idosos com idade igual ou superior a sessenta anos. (Alterado pela ER 25/2016.)

§ 2º O Plenário poderá disciplinar o uso de videoconferência ou de outro recurso tecno‑lógico de transmissão de sons e imagens em tempo real, para realização de sustentação oral. (Alterado pela ER 28/2017.)

Art. 159. Não haverá sustentação oral no julgamento de: (Alterado pela ER 22/2016.)

I ‑ embargos declaratórios; (Acrescentado pela ER 22/2016.)

II ‑ arguição de suspeição; (Acrescentado pela ER 22/2016.)

III ‑ tutela de urgência requerida no Superior Tribunal de Justiça, em caráter antecedente; (Acrescentado pela ER 22/2016.)

IV ‑ agravo, salvo expressa disposição le‑gal em contrário; (Acrescentado pela ER 22/2016.)

V ‑ exceção de suspeição; (Acrescentado pela ER 22/2016.)

VI ‑ exceção de impedimento; (Acrescentado pela ER 22/2016.)

VII ‑ medidas protetivas de urgência ‑ Lei Ma‑ria da Penha; (Acrescentado pela ER 22/2016.)

VIII ‑ medidas protetivas ‑ Estatuto do Idoso; (Acrescentado pela ER 22/2016.)

IX ‑ pedido de busca e apreensão criminal; (Acrescentado pela ER 22/2016.)

X ‑ pedido de quebra de sigilo de dados e/ou telefônico; (Acrescentado pela ER 22/2016.)

XI ‑ cautelar inominada criminal; (Acrescenta‑do pela ER 22/2016.)

XII ‑ alienação de bens do acusado; (Acres‑centado pela ER 22/2016.)

XIII ‑ embargos de terceiro; (Acrescentado pela ER 22/2016.)

XIV ‑ embargos do acusado; (Acrescentado pela ER 22/2016.)

XV ‑ insanidade mental do acusado; (Acres‑centado pela ER 22/2016.)

XVI ‑ restituição de coisas apreendidas; (Acrescentado pela ER 22/2016.)

XVII ‑ pedido de uniformização de interpre‑tação de lei; (Acrescentado pela ER 22/2016.)

XVIII ‑ prisão preventiva; (Acrescentado pela ER 22/2016.)

XIX ‑ prisão temporária. (Acrescentado pela ER 22/2016.)

§ 1º Nos demais julgamentos, o Presidente da Corte Especial, da Seção ou da Turma, feito o relatório dará a palavra, sucessivamente, ao autor, recorrente ou impetrante, e ao réu, recorrido ou impetrado, para sustentação de suas alegações.

§ 2º Se o representante do Ministério Público estiver agindo como fiscal da lei, fará uso da palavra após o recorrente e o recorrido.

Art. 160. Nos casos do § 1º do artigo anterior, cada uma das partes falará pelo tempo máximo de quinze minutos, excetuado o julgamento da ação penal originária, na qual o prazo será de uma hora (artigo 229, V).

§ 1º O representante do Ministério Público terá prazo igual ao das partes, quando em tal situação processual estiver agindo.

§ 2º Se houver litisconsortes não represen‑tados pelo mesmo advogado, o prazo será contado em dobro e dividido igualmente entre os do mesmo grupo, se diversamente não o convencionarem.

§ 3º O opoente falará após as partes originárias e pelo mesmo prazo.

§ 4º O assistente, na ação penal pública, falará depois do representante do Ministério Público, a menos que o recurso seja dele.

§ 5º O representante do Ministério Público falará depois do autor da ação penal privada.

§ 6º Se, em ação penal, houver recurso de corréus, em posição antagônica, cada grupo terá prazo completo para falar.

§ 7º Nos processos criminais, havendo corréus que sejam coautores do delito, se não tiverem o mesmo defensor, o prazo será contado em dobro e dividido igualmente entre os defen‑sores, salvo se convencionarem outra divisão do tempo.

§ 8º Admitida a intervenção de terceiros nas hipóteses de recurso especial repetitivo, fica‑lhes facultado produzir sustentação oral, observado o § 2º deste artigo. (Acrescentado pela ER 20/2015.)

Art. 161. Cada Ministro poderá falar duas vezes sobre o assunto em discussão e mais uma vez, se for o caso, para explicar a modificação de voto. Nenhum falará sem que o Presidente

lhe conceda a palavra, nem interromperá aquele que a estiver usando.

Parágrafo único. Em qualquer fase do julga‑mento, posterior ao relatório ou à sustentação oral, poderão os julgadores pedir esclareci‑mentos ao relator, ao revisor e aos advogados dos litigantes, quando presentes, sobre fatos e circunstâncias pertinentes à matéria em debate, ou, ainda, pedir vista dos autos, caso em que o julgamento será suspenso. Surgindo questão nova, o próprio relator poderá pedir a suspen‑são do julgamento. (Acrescido pela ER 1/1991.)

Art. 162. Nos julgamentos, o pedido de vista não impede votem os Ministros que se tenham por habilitados a fazê‑lo, e o Ministro que o formular restituirá os autos ao Presidente do Órgão Julgador dentro de, no máximo, sessenta dias a contar do momento em que os autos lhe forem disponibilizados, devendo prosseguir o julgamento do feito na sessão subsequente ao fim do prazo, com ou sem o voto‑vista. (Alterado pela ER 17/2014.)

`` art. 2º ER 17/2014 (“Os autos com pedido de vista já formulado deverão ser restituídos ao Presidente do Órgão Julgador em, no máximo, cento e vinte dias a contar da publicação desta emenda, prosseguindo-se o julgamento do feito na primeira sessão subsequente ao fim desse prazo, com ou sem voto-vista”).

§ 1º O prazo a que se refere o poderá ser prorrogado por trinta dias, mediante requeri‑mento fundamentado ao Colegiado. (Alterado pela ER 17/2014.)

§ 2º O prazo de restituição dos autos ficará suspenso nos períodos de recesso e de férias coletivas. (Alterado pela ER 17/2014.)

§ 3º O julgamento que tiver sido iniciado pros‑seguirá, computando‑se os votos já proferidos pelos Ministros, mesmo que não compareçam ou hajam deixado o exercício do cargo, ainda que o Ministro afastado seja o relator. (Alterado pela ER 17/2014.)

§ 4º Não participará do julgamento o Ministro que não tiver assistido ao relatório, salvo se se declarar habilitado a votar. (Alterado pela ER 17/2014.)

§ 5º Se, para efeito do quórum ou desempate na votação, for necessário o voto de Ministro que não tenha assistido à leitura do relatório, esta será renovada, bem como a sustentação oral, computando‑se os votos anteriormente proferidos. (Alterado pela ER 17/2014.)

§ 6º Se estiver ausente o Ministro que hou‑ver comparecido ao início do julgamento, mas ainda não tiver votado, o seu voto será dispensado, desde que obtidos suficientes votos concordantes sobre todas as questões (arts. 174, 178 e 181). (Alterado pela ER 17/2014.)

§ 7º Ausente o Presidente que iniciou o julga‑mento, este prosseguirá sob a presidência de seu substituto. Na Corte Especial ou na Seção, a substituição será feita por quem não houver proferido voto. (Alterado pela ER 17/2014.)

Art. 163. Concluído o debate oral, o Presi‑dente tomará os votos do relator, do revisor, se houver, e dos outros Ministros, que os seguirem na ordem decrescente de antigui‑dade. Esgotada a lista, o imediato ao Ministro mais moderno será o mais antigo. Encerrada a votação, o Presidente proclamará a decisão.