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Educação e Formação de Adultos – Nível Secundário
Cidadania e Profissionalidade 1
Democracia Representativa e Participativa
Formadora: Vânia Soares
1. Analise o contexto histórico em que foi redigida a CRP.
Segundo o contexto histórico, a Constituição da República Portuguesa foi
redigida devido, á revolução dos cravos.
A 25 de Abril de 1974 alguns jovens militares iniciaram um movimento
contra a ditadura. O povo saiu à rua dando vivas à liberdade.
A revolução, vitoriosa, derrubou o regime autoritário de Marcelo Caetano,
e Portugal renasce como um país democrático.
Os cidadãos retomaram as suas liberdades e criaram-se condições para o
progresso do Estado.
Assembleia Constituinte foi a designação dada à assembleia parlamentar
com funções constituintes prevista na Lei n.º 3/74, de 14 de Maio, a qual foi
eleita por sufrágio universal directo em eleições realizadas a 25 de Abril de 1975,
com o objectivo específico de elaborar uma nova constituição para a República
Portuguesa após a queda do Estado Novo em resultado da Revolução dos Cravos
de 25 de Abril de 1974. A Assembleia Constituinte concluiu a discussão da nova
Constituição a 31 de Março de 1976, tendo a mesma sido aprovada em votação
final global a 2 de Abril do mesmo ano.
Formaram-se vários partidos políticos e, em 1976, foi elaborada a nova
Constituição da República Portuguesa (CRP), e é a actual Constituição
Portuguesa. Foi redigida pela Assembleia Constituinte eleita na sequência das
primeiras eleições gerais livres no país em 25 de Abril de 1975, 1.º aniversário da
Revolução dos Cravos. Os seus deputados deram os trabalhos por concluídos em
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2 de Abril de 1976, data da sua aprovação, tendo a Constituição entrado em vigor
a 25 de Abril de 1976.
Até ao momento, a Constituição de 1976, é a mais longa Constituição
Portuguesa que alguma vez entrou em vigor, tendo mais de 32 000 palavras (na
versão atual). Estando há 34 anos em vigor e tendo recebido 7 revisões
constitucionais (em 1982, 1989, 1992, 1997, 2001, 2004 e 2005), a Constituição
de 1976 já sofreu mais revisões constitucionais do que a Carta Constitucional de
1826, a Constituição Portuguesa que mais tempo esteve em vigor, durante 72
anos (a qual, com cerca de 7000 palavras na versão original, recebeu somente 4
revisões).
2. Explique a natureza e a importância deste documento
Segundo o documento “Preâmbulo da CRP”, a Constituição da República
Portuguesa, após a revolução do 25 de Abril de 1974, esta, restituiu aos
Portugueses os direitos e liberdades fundamentais. Neste exercício, de direitos e
liberdades, os legítimos representantes do povo reúnem-se para elaborar uma
Constituição que corresponde às aspirações do país.
Sendo, de que, a Constituição da República Portuguesa consagra o direito
a qualquer cidadão, apresentando de forma colectiva ou individual, de peticionar
perante os órgãos de soberania ou quaisquer autoridades que devem responder à
mesma em prazo razoável.
3. Indique os principais objectivos que se procuram alcançar
Segundo este mesmo documento, em análise, “Preâmbulo da CRP”,
retirado do site “assembleia da república. Pt”, tem como principais objectivos
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alcançar os interesses do povo português, defender a independência nacional, de
garantir os direitos fundamentais dos cidadãos, de estabelecer os princípios
basilares da democracia, de assegurar o primado do Estado de Direito
democrático e de abrir caminho para uma sociedade socialista, no respeito da
vontade do povo português, tendo em vista a construção de um país mais livre,
mais justo e mais fraterno.
Também regula e pacifica os conflitos de diversos grupos que formam
uma sociedade. Portanto, necessário se faz que os cidadãos se entendam como
responsáveis por este princípio e não só o defendam como também o sustente.
Segundo este princípio, o direito constitucional deve ser interpretado de forma a
evitar antinomias entre suas normas e entre os princípios constitucionais. Deve-se
considerar a Constituição na sua globalidade, não interpretando as normas de
forma isolada, mas sim como preceitos integrados num sistema interno unitário
de normas e princípios.
Tem-se que todas as normas da Constituição possuem igual dignidade, não
havendo hierarquia dentro dela. Além disso, há controvérsia sobre a existência de
normas constitucionais inconstitucionais, justamente pela ausência de hierarquia
entre elas. Enquanto uns defendem que as cláusulas pétreas implicam em tal
possibilidade, outros a negam. Por isso, é polémico o reconhecimento da
inconstitucionalidade de uma norma constitucional em face de outra; Por fim, a
escola atual da jurisprudência dos valores indica a resolução de antinomias entre
princípios constitucionais pelo método da ponderação. Neste caso, o texto
constitucional deve ser visualizado de modo harmónico.
4. Analise a estrutura da CRP (parte I – direitos e deveres fundamentais…) e em que medida contribuiu para a regulação da vida colectiva nacional.
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A Constituição da República Portuguesa, enunciadora dos princípios
fundamentais para os direitos e deveres do povo português, enquanto cidadãos
perante a sociedade.
Os PRINCÍPIOS GERAIS estão subdivididos em vários princípios, como
poderemos constatar de seguida. Passo a uma breve explicação sobre alguns
deles, como por exemplo, o Princípio da Universalidade (artigo 12º n.º 1 da
Constituição da República Portuguesa (CRP): todos os cidadãos, pelo simples
facto de serem pessoas, são titulares dos Direitos Fundamentais consagrados na
Constituição e estão sujeitos aos deveres aí fixados.
O Princípio da igualdade (artigo 13º da CRP): todos os cidadãos têm a
mesma dignidade social e são iguais perante a lei, pelo que ninguém pode ser
privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de
qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem,
religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica ou
condição social.
O Princípio do acesso ao direito e aos Tribunais (artigo 20º da CRP): a
todos é assegurado o cesso ao direito e aos Tribunais para defesa dos seus
direitos e interesses legítimos. Trata-se de um direito geral à protecção jurídica
que inclui: o direito de acesso ao direito (o chamado “direito aos direitos”); o
direito de acesso aos Tribunais; o acesso ao direito é, afinal, o acesso ao
conhecimento do Direito. Este consegue-se através da informação e consulta
jurídica, o que implica a existência de serviços públicos que as prestam. De
referir duas instituições que, para além dos meios técnicos (informáticos ou
outros, como publicações) garantem o acesso ao direito: a advocacia e o
Ministério Público. O direito de acesso aos Tribunais garante o direito de
interposição de acções, nomeadamente o chamado recurso contenciosa. Este
direito de acesso aos Tribunais engloba um direito social – o direito a que a
justiça não seja denegada por insuficiência de meios económicos – o direito a que
a justiça não seja denegada por insuficiência de meios económicos. Este direito
concretiza-se através do apoio judiciário, benefício concebido àqueles que, por
insuficiência de meios económicos, não possam suportar as despesas inerentes ao
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recurso aos Tribunais. Compreende a dispensa do pagamento dos serviços de
advogado (patrocínio judiciário) e a dispensa do pagamento dos encargos
normais com uma causa judicial (assistência Judiciária).
O Princípio do direito de resistência (artigo 21.º da CRP): todos têm o
direito de resistir a qualquer ordem que ofenda os seus direitos, liberdades e
garantias e de repelir pela força qualquer agressão, quando não seja possível
recorrer à autoridade pública.
O Princípio da responsabilidade patrimonial directa das entidades públicas
(artigo 22º da CRP): o Estado e as demais entidades públicas são civilmente
responsáveis por acções ou omissões praticadas no exercício das suas funções, de
que resulte violação dos direitos, liberdades e garantias ou prejuízo para outrem.
Os cidadãos têm, pois, direito à reparação de danos que lhes forem causados
pelas entidades públicas. Os órgãos, funcionários ou agentes dessas entidades são
com elas solidariamente responsáveis pelos danos causados.
O Princípio do direito de queixa para o Provedor de Justiça (artigo 23.º da
CRP): omissões dos poderes públicos: As decisões do Provedor de Justiça não
são vinculativas, limitando-se a dirigir aos órgãos competentes as recomendações
que entender necessárias para prevenir e reparar injustiças, não podendo, pois,
substituir-se a eles nem dar-lhes ordens.
Trabalho Realizado por:
Formando: Lígia Irina Bessa da Costa Nrº 24
Curso: 3º Técnico de Fabrico Manual de Calçado
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