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8/7/2019 CONSTITUIO DA REPBLICA PORTUGUESA (Promulgao PR)
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CONSTITUIO DA REPBLICA PORTUGUESA
Nota: os apontamentos apresentados foram recolhidos em aula prticade Direito Constitucional II, leccionada pela Exma. Professora Doutora
Juliana Coutinho.
Procedimento legislativo parlamentar (continuao)o Maiorias de votao exigidas (em relao ao nmero de
deputados presentes)
Maioria simples ou relativa maioria-regra ao nvel doprocedimento legislativo parlamentar (artigo 116.,
n.3 CRP);
Maioria absoluta aprovao pela maioria de 230deputados, exigindo-se, pelo menos, 116 deputados
(artigo 168., n.5 CRP);
Maioria qualificada de 2/3y Artigo 168., n.6 CRP; y Artigo 293., n.1 CRP (aprovao da lei-quadro
por maioria de 2/3 dos deputados);
y Artigo 286., n.1 CRP (aprovao de revisoconstitucional por maioria de 2/3 dos
deputados).
o Votao na especialidade (continuao) Na maior parte dos casos, em comisso, havendo
hiptese de avocao do texto, ou parte dele, para
votao na especialidade pelo Plenrio;
Artigo 58. Regimento AR quruns de funcionamentoe de deliberao nas comisses.
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o Situaes de promulgao obrigatria Artigo 286., n.3 CRP promulgao obrigatria de
reviso constitucional;
Decorrido o prazo de 20 dias para promulgao e nocaso de no se verificar a situao prevista no artigo
279., n.4 CRP, h lugar a promulgao obrigatria. O
veto no pode ser tcito, tem de ser expresso.
y Excepo: quando existe uma confirmao dodiploma, nos termos do artigo 279., n.4 CRP, o
Presidente da Repblica (PR) no obrigado a
promulgar, podendo vetar politicamente.
Vetando politicamente, a AR confirma e o PR
promulga normas constitucionais. Isto faz
sentido num Estado de Direito democrtico
(artigo 2. CRP), o que j no acontece aps
declarao de inconstitucionalidade,
consequente veto jurdico e posterior veto
poltico, podendo o Presidente da Repblica, de
acordo com a doutrina, nomeadamente o
Professor Doutor Jorge Miranda, no promulgar,
exercendo um veto tcito (veto de bolso),prtica ortodoxa e discutvel (recordar a
polmica relativa promulgao do Estatuto
Poltico-Administrativo da Regio Autnoma dos
Aores). O fim do decorrer do prazo de 20 dias
conduz caducidade do diploma, visando, com
isto, um equilbrio do conflito entre o Tribunal
Constitucional e a Assembleia da Repblica ,
algo que, em termos prticos, nunca sucedeu.
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y Vetar politicamente (artigos 134., alnea b),136., n.1 e 137. CRP)
o O diploma devolvido AR, que pode(artigos 160. e 161. Regimento AR):
Nada fazer e o procedimentolegislativo parlamentar extingue-se;
Reformular o decreto e, neste caso,o PR pode promulgar, vetar
politicamente ou enviar o diploma
para o TC, requerendo a fiscalizao
preventiva da constitucionalidade;
Confirmar, nos termos dos artigos136., nmeros 2 e 3 CRP, sendo a
promulgao obrigatria.
y Enviar para o Tribunal Constitucional,requerendo a fiscalizao preventiva da
constitucionalidade (artigos 134., alnea g),
136., n.5 e 278., n.1 CRP)
o O Tribunal Constitucional emite umacrdo de pronncia, podendo
pronunciar-se no sentido da:
No Inconstitucionalidadey Neste caso, o PR pode
promulgar ou vetar
politicamente o diploma
(artigo 134., alnea b) e
artigo 136., n.1 CRP).
Inconstitucionalidade (artigo 279.CRP)
y Neste caso, o PR temobrigatoriamente que vetar
juridicamente o diploma
(artigo 279., n.1 CRP)
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y O diploma devolvido AR,que pode (artigos 162. e
163. Regimento AR):
o Nada fazer e oprocedimento
legislativo parlamentar
extingue-se;
o Reformular o diplomae, neste caso, o PR
pode promulgar, vetar
politicamente ou enviar
o diploma para o TC,
requerendo a
fiscalizao preventiva
da constitucionalidade;
o Expurgar as normaspronunciadas
inconstitucionais
(artigo 279., n.2 CRP),
podendo o PR
promulgar ou exercer oveto poltico;
o Confirmar, nos termosdos artigos 279.,
nmeros 2 e 4 CRP,
podendo o PR
promulgar ou vetar
politicamente.
Nota: O Tribunal Constitucional emite um acrdo de pronncia em sede
de fiscalizao preventiva da constitucionalidade, um acrdo de
declarao em sede de fiscalizao sucessiva abstracta da
constitucionalidade e da legalidade ou um acrdo de julgamento em
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sede de fiscalizao sucessiva concreta da constitucionalidade e da
legalidade.