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Contabilidade Avançada e Pronunciamentos Contábeis para o ICMS/SP
Teoria e exercícios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa – Aula 00
Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 31
SUMÁRIO SEJA BEM-VINDO ............................................................................................................ 2
CURSO, EDITAL E PROVA ................................................................................................. 3
TÓPICOS DA AULA DE HOJE: ............................................................................................ 8
REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS ................................................................. 8
OBJETIVO ...................................................................................................................... 8
ALCANCE ....................................................................................................................... 9
DEFINIÇÕES ................................................................................................................... 9
PERIODICIDADE DE REALIZAÇÃO DO IMPAIRMENT TEST ................................................... 12
IDENTIFICAÇÃO DE QUE UM ATIVO PODE ESTAR DESVALORIZADO .................................... 14
QUESTÕES COMENTADAS .............................................................................................. 16
QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ............................................................................ 27
GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ..................................................... 31
AULA 00: APRESENTAÇÃO – REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS E MODELO DE QUESTÕES COMENTADAS DURANTE O CURSO.
Contabilidade Avançada e Pronunciamentos Contábeis para o ICMS/SP
Teoria e exercícios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa – Aula 00
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SEJA BEM-VINDO
Olá, meus amigos. Como estão?!
É com um imenso prazer que estamos aqui, no Estratégia Concursos, o mais novo e revolucionário site de preparação para concursos públicos, para
ministrar para vocês a disciplina de Contabilidade Avançada para o concurso de Agente Fiscal de Rendas, integrante da carreira da Secretaria da
Fazenda do Estado de São Paulo.
O Estratégia conta com os melhores professores do Brasil, não tenha dúvidas. Certamente, estudando pelo material que ofereceremos aqui, em todas as
disciplinas, você não precisará de mais nada para ter uma preparação sólida e focada para este certame. Creiam-me.
O cargo dispensa maiores comentários, posto que, além da excelente
remuneração, tem importância vital na arrecadação das receitas do estado.
Antes de mais nada, permita que nos apresentemos:
Meu nome é Gabriel Rabelo, sou Auditor Fiscal da Secretaria da Fazenda
do Estado do Rio de Janeiro, tendo, também, dentre outros, exercido o cargo de Auditor Fiscal da Secretaria da Fazenda do Estado do Espírito Santo.
Sou professor colaborador de direito empresarial e contabilidade no sítio do
Estratégia.
Ministro, também, contabilidade e direito empresarial em cursos presenciais preparatórios para concursos e, em videoaula, no Eu Vou Passar.
Sou autor dos livros 1.001 Questões Comentadas de Direito Empresarial –
FCC e 1.001 Questões Comentadas de Direito Administrativo – ESAF, este último em co-autoria com a professora Elaine Marsula, ambos publicados
pela Editora Método.
Meu nome é Luciano Rosa, sou Agente Fiscal de Rendas da Secretaria da
Fazenda do Estado de São Paulo, aprovado no concurso de 2009. Anteriormente, trabalhei durante 10 anos na Assembléia Legislativa de São
Paulo, aprovado em 1º lugar no concurso de 1999, ocupando os cargos de Agente Técnico Legislativo Especializado – área de finanças, e, em comissão,
durante 7 anos, o cargo de Diretor Técnico Legislativo do Serviço Técnico de Programação Financeira. Sou professor de contabilidade para concursos. Autor
de diversos cursos na área de contabilidade.
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Sou formado em Administração de Empresas pela Faculdade de Economia e
Administração – FEA – USP. Possuo 17 anos de experiência em empresas privadas, na área de Controladoria, tendo ocupado os cargos de Assistente de
Auditoria, Analista de Custo, Chefe da Contabilidade Financeira e Controller.
Além disso, lançamos juntos, pela Editora Método, o livro Contabilidade Avançada
Facilitada para Concursos – Teoria e questões e mais de 200 questões comentadas. Este livro é
baseado nos Pronunciamentos Contábeis emanados do Comitê de Pronunciamentos Contábeis e está
disponível para venda no site da editora e nas diversas livrarias.
CURSO, EDITAL E PROVA
Ao todo serão disponibilizadas 885 vagas. É isso mesmo, meus amigos: 885 vagas. Indubitavelmente uma delas pode ser sua. Basta muito esforço até a
realização do certame.
É muito difícil, hoje em dia, um concurso para a área fiscal com esta grande quantidade de vagas. Apenas como parâmetro, podemos verificar que a Receita
Federal, em seu concurso de 2012, ofertou apenas 200 vagas (mais 50% de cadastro de reserva) para auditor fiscal. No penúltimo concurso da Receita, em
2009, foram 475 vagas (mais 50% de cadastro de reserva). Veja, portanto, que
este concurso do ICMS/SP vai oferecer praticamente a mesma quantidade de vagas que os dois últimos concursos da Receita Federal juntos.
A banca que irá realizar o certame, cujo edital foi publicado em 03.01.2013,
será a Fundação Carlos Chagas (FCC).
O certame será realizado nas datas de 23 e 24 de março de 2013.
A remuneração prevista é de R$ 8.582,75.
Ofereceremos aqui, no Estratégia, cursos completos nas seguintes disciplinas:
- Contabilidade geral; - Contabilidade avançada e Pronunciamentos contábeis do CPC constantes do
edital de auditoria;
- Contabilidade de custos.
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As vantagens de estudar conosco são:
- Curso completo com todo o edital do ICMS SP; - Questões atualizadas, especialmente da Fundação Carlos Chagas;
- Questões de outros fiscos e certames de 2012 que julgarmos interessantes; - Acesso direto para perguntas através do Fórum de Dúvidas;
- Curso atualizado com as últimas modificações contábeis existentes; - Conteúdo objetivo, direto e explicado de maneira clara e compreensível.
O quadro de disciplinas previsto no edital é o que se segue:
Portanto, de 340 pontos disponíveis, 50 são de contabilidade avançada e contabilidade de custos, o que representa um total de quase 15%.
Assim, não restam dúvidas da importância da disciplina.
A ementa de contabilidade avançada é a seguinte:
Contabilidade avançada: Conteúdo integral da disciplina Contabilidade Geral da Prova de Conhecimentos Básicos deste Edital e ainda: Critérios de avaliação
e baixas das contas do Ativo – Investimentos, Imobilizado e Intangível. Contabilização de vendas, compras, devoluções, abatimentos, despesas e
receitas operacionais e outras receitas e despesas. Consolidação das
Demonstrações Contábeis: Conceito e objetivos da consolidação, procedimentos e critérios contábeis aplicados, obrigatoriedade e divulgação. Reorganização e
reestruturação de empresas: Incorporação, fusão, cisão e extinção de empresas - Aspectos contábeis, fiscais, legais e societários da reestruturação social.
Redução ao valor recuperável de ativos: Objetivo, alcance, definições, procedimentos, divulgação e demais aspectos objeto da Resolução nº
1.292/2010 do CFC. Efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de
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demonstrações contábeis: Objetivo, alcance, definições, procedimentos,
divulgação e demais aspectos objeto da Resolução nº 1.295/2010 do CFC. Conceitos e procedimentos: Filiais, agências, sucursais ou dependências no
exterior. Conversão das demonstrações de uma entidade no exterior. Ativo intangível: Objetivo, alcance, definições, procedimentos, divulgação e demais
aspectos objeto da Resolução nº 1.303/2010 do CFC. Conceitos e procedimentos: Reconhecimento e mensuração. Reconhecimento de despesa.
Mensuração após reconhecimento. Vida útil. Ativo intangível com vida útil definida e indefinida. Recuperação do valor contábil – perda por redução ao
valor recuperável de ativos. Baixa e alienação. Operações de arrendamento mercantil: Objetivo, alcance, definições, procedimentos, divulgação e demais
aspectos objeto da Resolução nº 1.304/2010 do CFC. Custos de transação e prêmios na emissão de títulos e valores mobiliários: Objetivo, alcance,
definições, procedimentos, divulgação e demais aspectos objeto da Resolução nº 1.313/2010 do CFC. Conceitos e procedimentos: Contabilização das
captações de recursos para o capital próprio, da aquisição de ações de emissão
própria (ações em tesouraria), captação de recursos de terceiros e contabilização temporária dos custos de transação. Subvenção e assistência
governamentais: Objetivo, alcance, definições, procedimentos, divulgação e demais aspectos objeto da Resolução nº 1.305/2010 do CFC. Ajuste a valor
presente: Objetivo, alcance, definições, procedimentos, divulgação e demais aspectos objeto da Resolução nº 1.151/09 do CFC.
Observação: Os itens abordados no programa devem estar de conformidade
com as normas atualizadas, exaradas por CFC, CVM – Comissão de Valores
Mobiliários e legislação societária.
Ademais, na ementa de auditoria, na P2, temos os seguintes tópicos:
Auditoria: Princípios fundamentais de contabilidade e estrutura conceitual para a elaboração e apresentação das demonstrações contábeis: Resolução do
Conselho Federal de Contabilidade-CFC n.º 750/93 alterada pela Resolução CFC n.º 1.282/2010; Resolução CFC n.º 1.374/2011. Comitê de Pronunciamentos
Contábeis-CPC n.º 06-Operações de Arrendamento Mercantil; CPC n.º 07-Subvenção e Assistência Governamentais; CPC n.º 12- Ajuste a Valor Presente;
CPC n.º 16-Estoques; CPC n.º 27-Ativo Imobilizado e CPC n.º 30-Receitas.
Desses assuntos, são comuns à disciplina de contabilidade avançada os
seguintes CPCs:
- CPC 06: operações de arrendamento mercantil; - CPC 07: subvenção e assistência governamental;
- CPC 12: ajuste a valor presente.
Todavia, por serem assuntos eminentemente ligados à contabilidade, abordaremos os tópicos seguintes neste curso:
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- CPC 00, Resolução 1.374/2011: estrutura conceitual básica da contabilidade; - CPC 26: apresentação das demonstrações contábeis;
- CPC 16: estoques; - CPC 27: ativo imobilizado;
- CPC 30: receitas.
Nossas aulas, por seu turno, serão assim divididas:
Aula 00 (Disponível): Início – redução ao valor recuperável de ativos e modelo de questões comentadas durante o curso.
Aula 01 (Disponível): Continuação - Redução do valor recuperável de ativos: objetivo, alcance, definições, procedimentos, divulgação e demais aspectos da Resolução nº 1.292/10 do CFC. Ativo intangível: objetivo, alcance, definições,
procedimentos, divulgação e demais aspectos objeto da Resolução nº 1.303/2010 do CFC. Conceitos e procedimentos: reconhecimento e
mensuração. Reconhecimento de despesa. Mensuração após reconhecimento. Vida útil. Ativo intangível com vida útil definida e indefinida. Recuperação do
valor contábil, perda por redução ao valor recuperável de ativos. Baixa e alienação.
Aula 02 (Disponível): Efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações contábeis: objetivo, alcance, definições, procedimentos,
divulgação e demais aspectos objeto da Resolução nº 1.295/2010 do CFC. Conceitos e procedimentos: filiais, agências, sucursais ou dependências no
exterior. Conversão das demonstrações de uma entidade no exterior. Operações de arrendamento mercantil: objetivo, alcance, definições,
procedimentos, divulgação e demais aspectos objeto da Resolução nº
1.304/2010 do CFC.
Aula 03 (Disponível): Custos de transação e prêmios na emissão de títulos e valores mobiliários: objetivo, alcance, definições, procedimentos, divulgação e
demais aspectos objeto da Resolução nº 1.313/2010 do CFC. Conceitos e
procedimentos: contabilização das captações de recursos para o capital próprio, da aquisição de ações de emissão própria (ações em tesouraria), captação de
recursos de terceiros e contabilização temporária dos custos de transação. Subvenção e assistência governamentais: objetivo, alcance, definições,
procedimentos, divulgação e demais aspectos objeto da Resolução nº 1.305/2010 do CFC.
Aula 04 (Disponível): Reorganização e reestruturação de empresas: processos de incorporação, fusão, cisão e extinção de empresas. Aspectos
contábeis, fiscais e legais da reestruturação social. Ajuste e valor presente: objetivo, alcance, definições, procedimentos, divulgação e demais aspectos
objeto da Resolução nº 1.151/2009 do CFC.
Aula 05 (15/01/2013): Critérios de avaliação e baixas das contas do ativo: investimentos, imobilizado e intangível. Contabilização de vendas, compras, devoluções, prestações de serviços, abatimentos, despesas e receitas
operacionais e outras receitas e outras despesas.
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Aula 06 (23/01/2013): CPC 00, Resolução 1.374/2011: estrutura conceitual básica da contabilidade.
Aula 07 (31/01/2013): CPC 26: apresentação das demonstrações contábeis; CPC 16: estoques.
Aula 08 (07/02/2013): CPC 27: ativo imobilizado; CPC 30: receitas.
Aula 09 (20/02/2013): Consolidação das demonstrações contábeis: conceitos e objetivos da consolidação, critérios contábeis aplicados,
obrigatoriedade e divulgação.
Estamos à disposição 24 horas por dia para sanar as dúvidas que surjam no
decorrer do curso.
Nossos e-mails são:
[email protected] [email protected]
Forte abraço! Vamos começar.
GABRIEL RABELO/LUCIANO ROSA.
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TÓPICOS DA AULA DE HOJE:
Na aula de hoje cuidaremos dos seguintes tópicos:
Aula 00: Redução do valor recuperável de ativos: objetivo, alcance, definições, procedimentos, divulgação e demais aspectos da Resolução
nº 1.292/10 do CFC.
Daremos apenas início ao tema, havendo a conclusão do tema no encontro seguinte.
REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS
A redução ao valor recuperável de ativos, ou teste de recuperabilidade, está prevista no CPC 01 e também na Resolução n. 1.110/2007 do CFC, ambas de
igual teor. Este é, indubitavelmente, um dos Pronunciamentos Contábeis mais cobrados em concursos. Estudemos seus aspectos mais importantes para
concursos.
OBJETIVO
1. O objetivo deste Pronunciamento Técnico é estabelecer procedimentos que a entidade deve aplicar para assegurar que seus ativos estejam registrados contabilmente por valor que não exceda seus valores de recuperação. Um
ativo está registrado contabilmente por valor que excede seu valor de recuperação se o seu valor contábil exceder o montante a ser
recuperado pelo uso ou pela venda do ativo. Se esse for o caso, o ativo é
caracterizado como sujeito ao reconhecimento de perdas, e o Pronunciamento Técnico requer que a entidade reconheça um ajuste para perdas por
desvalorização. O Pronunciamento Técnico também especifica quando a entidade deve reverter um ajuste para perdas por desvalorização e estabelece
as divulgações requeridas.
O teste de recuperabilidade (também conhecido por “impairment test”) tem
como finalidade principal apresentar o valor real pelo qual um ativo será realizado. Essa realização poderá ser feita tanto pela venda do bem, quanto
pela sua utilização nas atividades empresariais. Vejam que a norma fala em: assegurar que seus ativos estejam registrados contabilmente por valor
que não exceda seus valores de recuperação.
Se Valor Contábil > Valor Recuperável Teste de Recuperabilidade
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ALCANCE
Este Pronunciamento Técnico deve ser aplicado na contabilização de ajuste para perdas por desvalorização de todos os ativos, exceto:
(a) estoques; (b) ativos advindos de contratos de construção;
(c) ativos fiscais diferidos; (d) ativos advindos de planos de benefícios a empregados;
(e) ativos financeiros que estejam dentro do alcance dos Pronunciamentos Técnicos do CPC que disciplinam instrumentos financeiros;
(f) propriedade para investimento que seja mensurada ao valor justo; (g) ativos biológicos relacionados à atividade agrícola que sejam mensurados ao
valor justo líquido de despesas de venda; (h) custos de aquisição diferidos e ativos intangíveis advindos de direitos
contratuais de companhia de seguros contidos em contrato de seguro dentro do alcance do Pronunciamento Técnico CPC 11 – Contratos de Seguro; e
(i) ativos não circulantes (ou grupos de ativos disponíveis para venda) classificados como mantidos para venda em consonância com o Pronunciamento
Técnico CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação
Descontinuada. 3. Este Pronunciamento Técnico não se aplica a estoques, ativos advindos de
contratos de construção, ativos fiscais diferidos, ativos advindos de planos de benefícios a empregados ou ativos classificados como mantidos para venda (ou
incluídos em grupo de ativos que seja classificado como disponível para venda) em decorrência de os Pronunciamentos Técnicos do CPC vigentes aplicáveis a
esses ativos conterem disposições orientadoras para reconhecimento e
mensuração desses ativos.
DEFINIÇÕES
Valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa é o maior (repita-se: maior) valor entre o valor líquido de venda de um ativo e seu
valor em uso.
É simples! Inicialmente faremos alguns cálculos e análises para achar o valor
líquido de venda de um ativo e, também, o seu valor em uso. Após, o maior, dentre esses dois valores, será utilizado como valor recuperável.
Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros esperados que
devem advir de um ativo ou de unidade geradora de caixa.
Para achar o valor em uso, temos de conhecer as receitas que serão esperadas pela utilização do ativo. Desse valor subtraímos todos os custos que estejam
relacionados às receitas.
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Por exemplo, uma máquina gerará, em sua vida útil, receitas de R$
1.000.000,00, com custos esperados de R$ 400.000,00. O seu valor em uso será, grosso modo, no montante de R$ 600.000,00 (1 milhão – 400.000,00).
Valor justo líquido de despesa de venda é o montante a ser obtido pela
venda de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa (unidade geradora de caixa é, em lição comezinha, um conjunto de ativos que geram receitas) em
transações em bases comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas, menos as despesas estimadas de venda.
Em suma: é o valor acertado pelas partes para a negociação do bem, diminuído
de gastos como frete, montagem, etc.
Não se incluem nas despesas de venda as despesas financeiras e de impostos sobre o resultado gerado. Veja que a norma diz impostos sobre o
resultado gerado. Os impostos e taxas sobre a venda são considerados
normalmente.
Como exemplo, se a mesma máquina citada acima pudesse ser vendida pelo valor de R$ 600.000,00, com despesas de venda no valor de R$ 200.000,00. O
valor líquido de venda seria neste caso de R$ 400.000,00 (600.000 – 200.000).
Voltando ao conceito de valor recuperável, podemos dizer que, após realizado os passos acima, devemos proceder da seguinte forma para encontrá-lo:
1) Qual o valor de uso? R$ 600.000,00.
2) Qual o valor líquido de venda? R$ 400.000,00. 3) Conhecidos os dois dados indagamos: Qual o valor recuperável? Exato! R$
600.000,00, que é o maior entre o valor de uso e o valor líquido de venda. Entenderam? Esses conceitos são importantíssimos para a prova.
Perda por desvalorização é o montante pelo qual o valor contábil de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa excede seu valor recuperável.
Veja que o conceito diz que o valor contábil excede o valor recuperável.
Valor Contábil é o valor pelo qual um ativo está reconhecido no balanço depois da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão
acumulada e provisão para perdas.
Podemos inferir dessa leitura que temos de comparar os dois valores, o contábil e o recuperável, para achar a perda. No exemplo acima, se o valor
contábil do bem fosse R$ 800.000,00, qual seria a perda por desvalorização? Basta subtrairmos dos R$ 800.000,00 o valor recuperável, de R$ 600.000,00.
Achamos o valor de R$ 200.000,00. É essa a nossa perda!
Essa perda será registrada da seguinte forma:
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D – Outras Despesas – Perda com desvalorização de ativo 200.000,00
C – Provisão para perda com desvalorização de ativo 200.000,00
Ao revés, se o valor de realização do ativo é maior que o seu valor contábil, nenhum registro há que ser feito, em homenagem ao princípio contábil da
prudência.
IMPORTANTE PARA CONCURSOS: Valor Contábil > Valor Recuperável Reconhece-se uma perda por
desvalorização.
Valor Recuperável > Valor Contábil Nada há de ser feito.
O conjunto de conceitos acima são os mais importantes para a prova, porém, a
norma traz outros, que podem igualmente ser objeto de cobrança, a saber:
Vida útil é:
(a) O período de tempo no qual a entidade espera usar um ativo; ou (b) O número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a
entidade espera obter do ativo. Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera
as entradas de caixa, que são em grande parte independentes das entradas de caixa de outros ativos ou de grupos de ativos.
Um exemplo, citado pela norma, que esclarece a situação, é o seguinte: uma entidade de mineração tem uma estrada de ferro utilizada em suas atividades,
que não gera entradas de caixa independentes, provenientes de uso contínuo.
Não é possível estimar o valor recuperável da estrada de ferro, portanto, estima-se o valor recuperável da mina como um todo.
Ativos corporativos são ativos, exceto ágio por expectativa de rentabilidade
futura (goodwill), que contribuem, mesmo que indiretamente, para os fluxos de caixa futuros, tanto da unidade geradora de caixa sob revisão, quanto da de
outras unidades geradoras de caixa.
Mercado ativo é um mercado onde todas as seguintes condições existem:
(a) Os itens transacionados no mercado são homogêneos;
(b) Vendedores e compradores com disposição para negociar são encontrados a qualquer momento para efetuar a transação; e
(c) Os preços estão disponíveis para o público.
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PERIODICIDADE DE REALIZAÇÃO DO IMPAIRMENT TEST
A entidade deve avaliar ao fim de cada período de reporte se há alguma
indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização. Se houver alguma
indicação, a entidade deve estimar o valor recuperável do ativo.
Em síntese, funciona assim:
Para os ativos em geral (como os imobilizados), a empresa deve verificar se há indícios de desvalorização no final do período de reporte (exercício social).
Havendo indícios, a empresa faz uma estimativa formal da recuperabilidade.
Não havendo, esta estimativa formal está dispensada.
Todavia, existem três ativos que devem ser avaliados formalmente, ainda que não haja indícios de perda. São eles:
- Goodwill
- Intangível com vida indefinida
- Intangível que ainda não está em uso.
Mas, professores, por que essas exceções à regra? A explicação é simples.
Os ativos em geral, como os imobilizados, por exemplo, têm reduções em seus valores ao longo do tempo. Então, mesmo que um ativo imobilizado esteja
avaliado contabilmente por um valor superior ao seu valor recuperável, a redução em seu valor com o decurso de sua vida útil, gerada, por exemplo, pela
depreciação, vai acabar por diminuir o seu valor contábil, o que atenua esse registro contábil por valor superior ao recuperável.
Ao revés, o goodwill, o intangível com vida útil indefinida e o ativo intangível
são ativos que têm a característica comum de não sofrer amortização. Isto é, o seus valores não diminuem com o curso do tempo, como ocorre com os outros
ativos que têm amortização, depreciação, exaustão, etc.
Com efeito, caso o registro destes três tipos de ativos estejam por valores
superiores aos seus valores recuperáveis, permaneceriam assim caso nenhuma providência fosse tomada.
Por este motivo o CFC/CPC dispensou atenção maior a estes ativos, dispondo:
10. Independentemente de existir, ou não, qualquer indicação de redução ao valor recuperável, a entidade deve:
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(a) testar, no mínimo anualmente, a redução ao valor recuperável de um ativo intangível com vida útil indefinida ou de um ativo intangível ainda não
disponível para uso, comparando o seu valor contábil com seu valor recuperável. Esse teste de redução ao valor recuperável pode ser executado a
qualquer momento no período de um ano, desde que seja executado, todo ano, no mesmo período. Ativos intangíveis diferentes podem ter o valor recuperável
testado em períodos diferentes. Entretanto, se tais ativos intangíveis foram inicialmente reconhecidos durante o ano corrente, devem ter a redução ao valor
recuperável testada antes do fim do ano corrente; e
(b) testar, anualmente, o ágio pago por expectativa de rentabilidade futura
(goodwill) em combinação de negócios, de acordo com os itens 80 a 99.
Esta aula não visa a tratar sobre intangíveis, porém, faz-se necessária uma breve abordagem sobre o tema. São ativos intangíveis os direitos que tenham
por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou
exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. Para que uma entidade reconheça um ativo intangível ele deve atender
conjuntamente a três critérios:
1) Ser separável; 2) Ser proveniente de direitos contratuais ou legais;
3) Ter o seu valor determinado com segurança. Atendendo-se aos critérios de reconhecimento pode-se passar a mensuração do ativo intangível.
Existem dois métodos distintos para a mensuração do ativo intangível trazidos
pelo CPC 04, Método de Custo e Método de Reavaliação, a saber:
Método de Custo: Posteriormente ao reconhecimento inicial o ativo intangível deve ser apresentado ao custo, menos a amortização acumulada e a perda
acumulada (se houver).
Método de reavaliação: Após o reconhecimento, se permitido legalmente, um
ativo intangível pode ser apresentado pelo seu valor reavaliado, correspondente ao valor justo na data da reavaliação.
Apesar do CPC 04 trazer as duas definições, ressaltamos que a contabilização
pela reavaliação não mais existe no ordenamento pátrio, portanto, não deve ser aplicada nas demonstrações contábeis.
Após a mensuração, a Cia deverá avaliar se se trata de um ativo intangível de
vida útil indefinida ou definida. Para os ativos intangíveis de vida útil indefinida a amortização torna-se proibida, afinal, não temos um prazo para
calcular, não saberemos apurar a amortização senão de forma arbitrária (como utilizamos para achar o valor de depreciação no imobilizado, exemplo: 10 anos
de depreciação sem valor residual = 10% ao ano).
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Contudo, falar que um ativo intangível tem vida útil indefinida não significa
dizer que ele tenha vida útil infinita, eterna. Esses ativos estarão sujeitos à análise de impairment anual.
Já para os intangíveis de vida útil determinada mantém-se a prática de alocar
seu custo de aquisição ao resultado com base no período determinado e se houver meios de determinar o valor residual para fins de amortização este
deverá ser utilizado.
IDENTIFICAÇÃO DE QUE UM ATIVO PODE ESTAR DESVALORIZADO
Como dito, a desvalorização se dá quando o valor contábil excede o valor
recuperável. A entidade deve avaliar ao fim de cada período de reporte se há alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização. Se
houver alguma indicação, a entidade deve fazer uma estimativa formal do
valor recuperável do ativo. Não havendo indícios dessa desvalorização, dispensada está essa estimativa formal.
Mas como as empresas avaliam se o ativo está ou não desvalorizado? Quais
seriam os fatores que indicam? Bem, a Resolução do CFC trouxe alguns indicadores, não exaustivos, ou seja, sem prejuízo de outros apurados, que
podem ser tanto internos quanto externos. São eles:
Indicadores Externos 1) O valor do ativo no mercado diminuiu mais do que deveria diminuir em
situações normais. 2) Mudanças nos mercado, como, por exemplo, ambiente tecnológico. Exemplo:
As empresas que fabricavam apenas videocassetes, quando do surgimento dos DVDs players.
3) As taxas de juros ou outras taxas do mercado aumentaram
demasiadamente. Esse aumento pode provocar a diminuição do valor de uso, como se verá adiante, quando fizermos cálculos mais aprofundados na
matéria. 4) O valor contábil do patrimônio líquido da entidade é maior do que o valor de
suas ações no mercado.
Indicadores Internos
1) Evidência de dano físico no ativo. 2) Mudanças significativas na entidade, por exemplo, a chegada de uma nova
tecnologia, que faz com que uma máquina antiga tenha sua utilização diminuída.
3) Relatório interno, que indique que o desempenho econômico de um ativo é
ou será pior que o esperado.
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Se, depois de feita a estimativa formal para um ativo intangível, mantiver-se
razoável certeza de que o valor recuperável é maior do que o valor contábil, não há necessidade de se proceder à nova avaliação nos períodos que se
seguem, se não houver vestígios de mudança neste cenário ou se o valor recuperável deste ativo for pouco elástico em relação a mudanças no ambiente.
Se houver uma indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização, isso pode indicar que a vida útil remanescente, o método de depreciação,
amortização e exaustão ou o valor residual para o ativo necessitem ser revisados e ajustados, mesmo que os cálculos posteriormente indiquem não ser
necessário reconhecer uma desvalorização para o ativo.
Meus amigos, hoje era somente isto o que tínhamos a falar. Continuaremos o
assunto na próxima aula. Vejamos, pois, questões sobre o assunto.
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QUESTÕES COMENTADAS
(SEFAZ SP/2009) Texto para as questões de 1 a 3. A Cia. Alvorecer, ao analisar um determinado ativo, identifica as seguintes características:
1. O valor recuperável desse ativo é, em R$,
(A) 5.000.000,00
(B) 5.100.000,00 (C) 5.400.000,00
(D) 5.600.000,00 (E) 6.000.000,00
Comentários
A norma define como valor recuperável de um ativo ou de uma unidade
geradora de caixa é o maior valor entre o valor justo líquido de despesas de venda (nova nomenclatura para o antigo valor líquido de venda) de um ativo e
seu valor em uso.
Valor Líquido de Venda 5.100.000
Valor em Uso 5.000.000 Portanto, o maior dos dois é o valor líquido de venda (ou valor justo líquido de
despesa de venda). O gabarito da questão 1 é a letra B.
Gabarito B.
2. O valor líquido contábil é, em R$,
(A) 6.000.000,00 (B) 5.600.000,00
(C) 5.400.000,00 (D) 5.100.000,00
(E) 5.000.000,00
Comentários
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Segundo a Resolução do CFC, valor contábil é o valor pelo qual um ativo está
reconhecido no balanço depois da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumulada e provisão para perdas.
O valor contábil bruto é 8.000.000. A questão ainda forneceu o valor da
depreciação acumulada, que monta a 2.000.000. Por fim, forneceu ainda a provisão já registradas para perdas, no valor de 600.000.
Dessa forma, acharíamos o valor líquido contábil subtraindo 2.000.000 e
600.000 do valor contábil bruto, de 8.000.000
Valor contábil líquido = 8.000.000 – 2.000.000 – 600.000 = 5.400.000
O gabarito da questão 2 é a letra C.
Gabarito C.
3. A perda por redução ao valor recuperável é, em R$,
(A) 3.000.000,00 (B) 2.600.000,00
(C) 1.000.000,00 (D) 600.000,00
(E) 300.000,00
Comentários
Perda por desvalorização, segundo a Resolução, é o valor pelo qual o valor
contábil de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa excede seu valor recuperável.
Vimos que o valor recuperável é o maior valor entre o valor líquido de
venda e o valor em uso. Neste caso, achamos o montante de 5.100.000 (valor de venda).
Comparando com o valor contábil líquido, que é de 5.400.000, inferimos que o
valor contábil é maior do que o valor recuperável.
Neste caso, devemos apropriar no balanço uma perda por desvalorização, no valor da diferença, 5.400.000 – 5.100.000 = 300.000.
Gabarito E.
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4. (Auditor do TCM RJ/2008/FGV) Segundo a Resolução CFC 1.110/07, assinale
o valor da variação que deverá sofrer o patrimônio da Empresa Industrial X ao efetuar, adequadamente, o lançamento contábil relativo ao teste de
recuperabilidade do equipamento Y, sabendo-se que:
1. o valor de registro original do equipamento Y é $100.000,00; 2. a depreciação acumulada do equipamento Y, até a data do teste, é
$40.000,00; 3. o valor de mercado do equipamento Y, na data do teste, é $62.000,00;
4. caso a Empresa X vendesse o equipamento Y, na data do teste, incorreria em gastos associados a tal transação no montante de $13.000,00;
5. caso a Empresa X não vendesse o equipamento Y e o continuasse utilizando no processo produtivo, seria capaz de produzir 10.000 unidades do produto Z
por ano pelos próximos 3 anos; 6. o preço de venda do produto Z é $10,00 por unidade;
7. os gastos médios incorridos na produção e venda de uma unidade de produto
Z é $8,00; 8. o custo de capital da Empresa X é 10% ao ano;
9. a Empresa X é sediada num paraíso fiscal; portanto, ignore qualquer tributo.
(A) entre $ –15.000,00 e $ –10.801,00 (B) entre $ –10.800,00 e $ –5.001,00
(C) entre $ –5.000,00 e $ –1,00 (D) zero
(E) entre $1,00 e $2.000,00
Comentários
Esta foi a primeira questão sobre o teste de recuperabilidade proposta pela FGV. Posteriormente, esse formato de questão foi cobrado em outras provas
desta banca, praticamente sem alteração.
O teste de Recuperabilidade (também chamado de “Impairment”) parte da
premissa de que nenhum ativo pode ficar registrado no balanço por valor superior aos benefícios futuros que irá produzir.
Um ativo pode produzir benefícios de duas formas:
1) sendo utilizado para produzir bens que serão vendidos, o que é chamado de
“valor em uso”; 2) Através da venda do ativo, que é o “valor justo líquido de despesa de
venda”. Esse valor deve ser considerado líquido das despesas de venda.
Comparamos o valor contábil do ativo com o maior valor apurado entre o Valor em Uso e o Valor de Venda. Se o valor contábil for menor (ou seja, o ativo irá
gerar benefícios futuros que excedem o seu valor contábil), não há necessidade
de nenhum ajuste.
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Do contrário, devemos reconhecer uma perda, cuja contabilização é a seguinte:
D – Perda por desvalorização - teste de recuperabilidade (resultado) C – Perda com teste de recuperabilidade (retificadora do Ativo).
Após estas considerações, vamos à resolução da questão.
Valor contábil é o valor pelo qual um ativo está reconhecido no balanço depois
da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumulada e provisão para perdas.
Valor contábil = Valor original (-) depreciação acumulada
Valor contábil = $ 100.000,00 (-) $ 40.000,00 = $ 60.000,00
Valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa é o
maior valor entre o valor líquido de venda de um ativo e seu valor em uso.
Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros estimados, que devem resultar do uso de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa.
Valor em uso anual = 10.000 x (10 – 8) = 20.000
ANO 1: 20.000/1,1 = 18.181,81
ANO 2: 20.000/1,1 = 16.528,92 ANO 3: 20.000/1,1 = 15.026,29
Somando os fluxos de caixa estimados, temos:
18.181,81 + 16.528,92 + 15.026,29 = $ 49.737,02
Valor justo líquido de despesa de venda é o valor a ser obtido pela venda de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa em transações em bases
comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas, menos as despesas estimadas de venda.
Valor Líquido de Venda = 62.000-13.000= 49.000
Valor em Uso > Valor Líquido de Venda = 49737,02 > 49.000 Valor Contábil = 100.000 - 40.000 = 60.000
Redução ao Valor Recuperável = 49.737,02 – 60.000 = (10.262,97)
Se, e somente se, o valor recuperável de um ativo for menor do que seu valor
contábil, o valor contábil do ativo deve ser reduzido ao seu valor recuperável.
Essa redução representa uma perda por desvalorização do ativo.
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Gabarito B.
5. (Agente Fiscal de Rendas/RJ/2009/FGV)Em 01.04.2009, a Cia. Platina adquiriu um equipamento para ser utilizado em sua fábrica no valor de $
113.000. Os seguintes custos adicionais são diretamente relacionados ao ativo:
O equipamento tem vida útil estimada em 12 anos. Após esse período, o valor residual é estimado em zero. Para atendimento do CPC 01, aprovado pelo CFC,
deve ser efetuada em 31.12.2009 a avaliação do valor recuperável do ativo. As informações obtidas nesta data são as seguintes:
Em 31.12.2009, o valor líquido do equipamento que deve ser apresentado no
Balanço Patrimonial da Cia. Platina será:
(A) $ 120.063. (B) $ 112.500.
(C) $ 111.500. (D) $ 140.000.
(E) $ 90.000.
Comentários
O ativo irá ao imobilizado com valor de:
113.000 + 5.000 + 2.000 = R$ 120.000,00
O seguro deverá ser computado como Despesa de seguro no exercício, de acordo com o princípio da competência.
O valor recuperável do ativo é o maior valor entre o valor de venda e o valor
em uso. Neste caso, é de R$ 140.000,00.
Assim, em homenagem ao princípio da prudência, nenhum ajuste há que ser feito.
A depreciação do equipamento será de:
120.000 / 12 = R$ 10.000,00 por ano.
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Como o equipamento foi posto em uso em abril, devemos depreciá-lo pelo
período de 9 meses no exercício de 2009.
10.000,00 x 9/12 = R$ 7.500,00 (Depreciação de 2009).
Logo, deverá ser levado a balanço o valor de R$ 120.000,00 – 7.250,00 = R$ 112.500,00.
Gabarito B.
6. (FCC/Analista de Controle Externo/TCE/PR/2012) A empresa Intangível S.A. possuía, em 31.12.X9, um ativo intangível com vida útil indefinida, no valor de
R$ 130.000,00, o qual é composto por:
- Valor de custo: R$ 150.000,00 - Perda por desvalorização reconhecida (em X9): R$ 20.000,00
Em 31.12.X10, a empresa realizou o Teste de Recuperabilidade do Ativo e
obteve as seguintes informações:
- Valor em uso: R$ 120.000,00 - Valor líquido de venda: R$ 160.000,00
Com base nessas informações, em 31.12.X10, a empresa:
a) reverte a perda por desvalorização reconhecida no valor de R$ 20.000,00 e
reconhece um ganho no valor de R$ 10.000,00. b) não faz nenhum registro.
c) reconhece um ganho no valor de R$ 30.000,00.
d) reconhece uma perda por desvalorização no valor de R$ 10.000,00 e) reverte a perda por desvalorização reconhecida no valor de R$ 20.000,00
Comentários
Temos no balanço a seguinte situação:
ATIVO NÃO CIRCULANTE – INTANGÍVEL
Intangível 150.000,00
(-) Perda por desvalorização (20.000,00) Valor líquido do ativo 130.000,00
Segundo o CPC 01:
A entidade deve avaliar, ao término de cada período de reporte, se há alguma indicação de que a perda por desvalorização reconhecida em períodos
anteriores para um ativo, exceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura
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(goodwill), possa não mais existir ou ter diminuído. Se existir alguma indicação,
a entidade deve estimar o valor recuperável desse ativo.
Deste modo, existiu uma evidência de que os motivos que ensejaram a desvalorização do ativo anteriormente (a já registrada perda de R$ 20.000,00)
não mais existem e, em 31.12.X10, procedeu-se ao teste de recuperabilidade. Isso é fato dado pela questão!
O valor recuperável do ativo é o maior entre o valor em uso e o valor justo
líquido de despesa de venda. Comparando então R$ 120.000,00 (valor em uso) com R$ 160.000,00 (valor de venda), chegamos ao valor recuperável de R$
160.000,00.
A norma do CPC prescreve que:
114. Uma perda por desvalorização reconhecida em períodos anteriores para
um ativo, exceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), deve ser revertida se, e somente se, tiver havido mudança nas estimativas utilizadas
para determinar o valor recuperável do ativo desde a última perda por desvalorização que foi reconhecida. Se esse for o caso, o valor contábil do ativo
deve ser aumentado, com plena observância do descrito no item 117, para seu valor recuperável. Esse aumento ocorre pela reversão da perda por
desvalorização.
E, ainda, que:
117. O aumento do valor contábil de um ativo, exceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), atribuível à reversão de perda por
desvalorização não deve exceder o valor contábil que teria sido determinado (líquido de depreciação, amortização ou exaustão), caso nenhuma perda por
desvalorização tivesse sido reconhecida para o ativo em anos anteriores.
Destarte, conjugando sistematicamente os dispositivos, concluímos que os
motivos que ensejavam a perda de R$ 20.000,00 não mais existem e, como a empresa irá recuperar, no mínimo, todo o custo que teve com o ativo (R$
150.000,00), deverá reverter determinado valor. E que valor seria esse?! Vejam que a reversão se dará até o valor recuperável, contanto que não
ultrapasse o antigo valor contábil caso nenhuma perda fosse reconhecida.
Deste modo, como o valor contábil é menor do que o valor recuperável, reverteremos somente até o limite do valor contábil se não houve registros
anteriores (150.000,00). Assim, nossa reversão será de somente R$ 20.000,00 [150.000 – 130.000].
Esse valor é revertido, através do lançamento:
D – Perda por desvalorização do ativo (ativo) 20.000,00
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C – Reversão da perda por desvalorização (resultado) 20.000,00
Gabarito, portanto, letra E.
Gabarito E.
7. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2012) A empresa Highlith S.A. implantou nova unidade no norte do país. Os investimentos na unidade foram
de R$ 1.000.000,00, registrados no ativo imobilizado. No primeiro ano, a empresa contabilizou um ajuste de perda de valor recuperável de R$
15.000,00. No segundo ano, o valor da unidade, caso fosse vendida para o concorrente e único interessado na aquisição, seria de R$ 950.000,00. Ao
analisar o valor do fluxo de caixa descontado da unidade, apurou-se um valor
de R$ 980.000,00. Dessa forma, deve o contador da empresa:
a) manter o valor do investimento, visto não haver perda de valor recuperável. b) reconhecer um complemento de perda de valor recuperável de R$ 5.000,00.
c) reverter parte da perda de valor recuperável no valor de R$ 25.000,00. d) registrar um complemento de perda de valor recuperável de R$ 15.000,00.
e) estornar o total da perda de valor recuperável de R$ 50.000,00.
Comentários
O ativo imobilizado, após o reconhecimento da primeira perda por teste de recuperabilidade, estava assim apresentado:
Ativo imobilizado 1.000.000,00
(-) Ajuste ao valor recuperável (15.000,00)
= Valor contábil 985.000,00
No segundo ano, ao realizar o teste de recuperabilidade, encontramos:
Valor de uso: 980.000,00 Valor de venda: 950.000,00
Logo, o valor recuperável é de R$ 980.000,00.
Como o ativo está avaliado pelo valor de R$ 985.000,00 podemos dizer que não
recuperaremos deste montante o total de R$ 5.000,00 (985.000 – 980.000), sendo este, pois, o valor que devemos lançar no resultado como perda por
redução ao valor recuperável.
O ativo imobilizado, após o registro, ficará assim:
Ativo imobilizado 1.000.000,00
(-) Ajuste ao valor recuperável (20.000,00)
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= Valor contábil 980.000,00
Gabarito B.
8. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2012) A Cia. Gráfica Firmamento adquire uma máquina copiadora, em 02/01/2008, pelo valor de R$
1,2 milhões, com vida útil estimada na capacidade total de reprodução de 5 milhões de cópias. A expectativa é de que, após o uso total da máquina, a
empresa obtenha por este bem o valor de R$ 200.000,00, estabelecendo um prazo máximo de até 5 anos para atingir a utilização integral da máquina.
No período de 2008/2009, a empresa executou a reprodução de 2.500.000 das
cópias esperadas e no decorrer de 2010 foram reproduzidas mais 1.300.000
cópias. Ao final de 2010, o Departamento de Gestão Patrimonial da empresa determina como valor recuperável desse ativo R$ 440.000,00.
Com base nos dados fornecidos, é possível afirmar que:
a) o valor depreciável dessa máquina é de R$ 1.000.000,00.
b) o saldo da depreciação acumulado em 2010 é de R$ 720.000,00. c) em 2010 a empresa deve registrar como despesa de depreciação o valor de
R$ 640.000,00. d) o valor líquido dessa máquina ao final de 2010 é R$ 240.000,00.
e) ao final de 2010 a empresa deve reconhecer uma perda estimada de R$ 200.000,00.
Comentários
Questão interessante que mescla os termos do CPC 27 (ativo imobilizado) com os do CPC 01 (teste de recuperabilidade). Senão vejamos.
Com fulcro no CPC 27:
50. O valor depreciável de um ativo deve ser apropriado de forma sistemática ao longo da sua vida útil estimada.
51. O VALOR RESIDUAL E A VIDA ÚTIL DE UM ATIVO SÃO REVISADOS
PELO MENOS AO FINAL DE CADA EXERCÍCIO e, se as expectativas diferirem das estimativas anteriores, a MUDANÇA DEVE SER
CONTABILIZADA COMO MUDANÇA DE ESTIMATIVA CONTÁBIL, segundo o Pronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e
Retificação de Erro.
Antes da edição do CPC 27, o valor residual e a vida útil eram definidos (geralmente, as empresas usavam o critério fiscal) e não mais se alteravam,
durante a vida útil do ativo.
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Todavia, com as mudanças, o valor residual e a vida útil de um ativo devem ser revisados pelo menos ao final de cada ano. Se houver diferença, deve ser
realizada e tratada como MUDANÇA DE ESTIMATIVA CONTÁBIL, como reza o artigo 51 do CPC 27.
A mudança na depreciação deve ser considerada mudança de estimativa
contábil, isto implica produzir EFEITOS PROSPECTIVOS – no ano corrente e nos anos futuros. Não deve ser feita nenhuma alteração nos valores já
contabilizados como depreciação.
Então, analisemos...
Seguíssemos o que mandava tradicionalmente a contabilidade, a depreciação anual seria de 1.200.000 (valor de aquisição) – 200.000 (valor residual) =
1.000.000 (valor depreciável). Logo, 1.000.000/5 anos = 200.000,00/ano.
Todavia, não foi isso o que ocorreu. Devemos seguir, pelo CPC 27, o que
ocorreu de fato na entidade.
Em 2008 e 2009 foram tiradas 50% do total de cópias previstas para a máquina. Assim, a depreciação foi de R$ 500.000,00, já que 50% das cópias
foram retiradas, consumindo, portanto, metade da vida útil da máquina.
Em 2010, foram reproduzidas 1.300.000,00 cópias, representando um percentual de 26% do total.
Assim, em 2008, 2009 e 2010, haviam sido reproduzidas 3.800.000 cópias, o
que dá 76% do total, devendo ser este o percentual da depreciação acumulada apresentada no balanço.
No balanço patrimonial constará o seguinte:
Ativo imobilizado 1.200.000,00 (-) Depreciação acumulada (760.000,00)
= Valor contábil 440.000,00.
Vejam que o valor recuperável é de R$ 440.000,00, o que coincide com o valor contábil apresentado, não havendo que se reconhecer qualquer perda por
recuperabilidade para o ativo em comento.
Analisemos as assertivas uma a uma...
a) o valor depreciável dessa máquina é de R$ 1.000.000,00.
O item está correto, sendo, assim, nosso gabarito.
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b) o saldo da depreciação acumulado em 2010 é de R$ 720.000,00.
O saldo da depreciação acumulada é de R$ 760.000,00.
c) em 2010 a empresa deve registrar como despesa de depreciação o
valor de R$ 640.000,00.
A despesa de depreciação em 2010 foi de R$ 260.000,00.
d) o valor líquido dessa máquina ao final de 2010 é R$ 240.000,00.
O valor contábil líquido é de R$ 440.000,00.
e) ao final de 2010 a empresa deve reconhecer uma perda estimada de R$ 200.000,00.
Não há perda a ser reconhecida.
Gabarito A.
Por hoje é só! Na aula 01 terminaremos de falar sobre o teste de
recuperabilidade, bem como abordaremos o Pronunciamento Contábil relativo ao ativo intangível.
Esperamos que tenham gostado.
Forte abraço!
Gabriel Rabelo/Luciano Rosa.
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QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA
(SEFAZ SP/2009) Texto para as questões de 1 a 3. A Cia. Alvorecer, ao analisar um determinado ativo, identifica as seguintes características:
1. O valor recuperável desse ativo é, em R$,
(A) 5.000.000,00
(B) 5.100.000,00 (C) 5.400.000,00
(D) 5.600.000,00 (E) 6.000.000,00
2. O valor líquido contábil é, em R$,
(A) 6.000.000,00
(B) 5.600.000,00 (C) 5.400.000,00
(D) 5.100.000,00 (E) 5.000.000,00
3. A perda por redução ao valor recuperável é, em R$,
(A) 3.000.000,00 (B) 2.600.000,00
(C) 1.000.000,00 (D) 600.000,00
(E) 300.000,00
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4. (Auditor do TCM RJ/2008/FGV) Segundo a Resolução CFC 1.110/07, assinale
o valor da variação que deverá sofrer o patrimônio da Empresa Industrial X ao efetuar, adequadamente, o lançamento contábil relativo ao teste de
recuperabilidade do equipamento Y, sabendo-se que:
1. o valor de registro original do equipamento Y é $100.000,00; 2. a depreciação acumulada do equipamento Y, até a data do teste, é
$40.000,00; 3. o valor de mercado do equipamento Y, na data do teste, é $62.000,00;
4. caso a Empresa X vendesse o equipamento Y, na data do teste, incorreria em gastos associados a tal transação no montante de $13.000,00;
5. caso a Empresa X não vendesse o equipamento Y e o continuasse utilizando no processo produtivo, seria capaz de produzir 10.000 unidades do produto Z
por ano pelos próximos 3 anos; 6. o preço de venda do produto Z é $10,00 por unidade;
7. os gastos médios incorridos na produção e venda de uma unidade de produto
Z é $8,00; 8. o custo de capital da Empresa X é 10% ao ano;
9. a Empresa X é sediada num paraíso fiscal; portanto, ignore qualquer tributo.
(A) entre $ –15.000,00 e $ –10.801,00 (B) entre $ –10.800,00 e $ –5.001,00
(C) entre $ –5.000,00 e $ –1,00 (D) zero
(E) entre $1,00 e $2.000,00
5. (Agente Fiscal de Rendas/RJ/2009/FGV)Em 01.04.2009, a Cia. Platina
adquiriu um equipamento para ser utilizado em sua fábrica no valor de $ 113.000. Os seguintes custos adicionais são diretamente relacionados ao ativo:
O equipamento tem vida útil estimada em 12 anos. Após esse período, o valor
residual é estimado em zero. Para atendimento do CPC 01, aprovado pelo CFC,
deve ser efetuada em 31.12.2009 a avaliação do valor recuperável do ativo. As informações obtidas nesta data são as seguintes:
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Em 31.12.2009, o valor líquido do equipamento que deve ser apresentado no
Balanço Patrimonial da Cia. Platina será:
(A) $ 120.063. (B) $ 112.500.
(C) $ 111.500. (D) $ 140.000.
(E) $ 90.000.
6. (FCC/Analista de Controle Externo/TCE/PR/2012) A empresa Intangível S.A.
possuía, em 31.12.X9, um ativo intangível com vida útil indefinida, no valor de R$ 130.000,00, o qual é composto por:
- Valor de custo: R$ 150.000,00 - Perda por desvalorização reconhecida (em X9): R$ 20.000,00
Em 31.12.X10, a empresa realizou o Teste de Recuperabilidade do Ativo e obteve as seguintes informações:
- Valor em uso: R$ 120.000,00
- Valor líquido de venda: R$ 160.000,00
Com base nessas informações, em 31.12.X10, a empresa:
a) reverte a perda por desvalorização reconhecida no valor de R$ 20.000,00 e reconhece um ganho no valor de R$ 10.000,00.
b) não faz nenhum registro. c) reconhece um ganho no valor de R$ 30.000,00.
d) reconhece uma perda por desvalorização no valor de R$ 10.000,00 e) reverte a perda por desvalorização reconhecida no valor de R$ 20.000,00
7. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2012) A empresa Highlith S.A. implantou nova unidade no norte do país. Os investimentos na unidade foram
de R$ 1.000.000,00, registrados no ativo imobilizado. No primeiro ano, a empresa contabilizou um ajuste de perda de valor recuperável de R$
15.000,00. No segundo ano, o valor da unidade, caso fosse vendida para o concorrente e único interessado na aquisição, seria de R$ 950.000,00. Ao
analisar o valor do fluxo de caixa descontado da unidade, apurou-se um valor de R$ 980.000,00. Dessa forma, deve o contador da empresa:
a) manter o valor do investimento, visto não haver perda de valor recuperável.
b) reconhecer um complemento de perda de valor recuperável de R$ 5.000,00. c) reverter parte da perda de valor recuperável no valor de R$ 25.000,00.
d) registrar um complemento de perda de valor recuperável de R$ 15.000,00. e) estornar o total da perda de valor recuperável de R$ 50.000,00.
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8. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2012) A Cia. Gráfica
Firmamento adquire uma máquina copiadora, em 02/01/2008, pelo valor de R$ 1,2 milhões, com vida útil estimada na capacidade total de reprodução de 5
milhões de cópias. A expectativa é de que, após o uso total da máquina, a empresa obtenha por este bem o valor de R$ 200.000,00, estabelecendo um
prazo máximo de até 5 anos para atingir a utilização integral da máquina.
No período de 2008/2009, a empresa executou a reprodução de 2.500.000 das cópias esperadas e no decorrer de 2010 foram reproduzidas mais 1.300.000
cópias. Ao final de 2010, o Departamento de Gestão Patrimonial da empresa determina como valor recuperável desse ativo R$ 440.000,00.
Com base nos dados fornecidos, é possível afirmar que:
a) o valor depreciável dessa máquina é de R$ 1.000.000,00.
b) o saldo da depreciação acumulado em 2010 é de R$ 720.000,00.
c) em 2010 a empresa deve registrar como despesa de depreciação o valor de R$ 640.000,00.
d) o valor líquido dessa máquina ao final de 2010 é R$ 240.000,00. e) ao final de 2010 a empresa deve reconhecer uma perda estimada de R$
200.000,00.
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GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA
1 – B 2 – C
3 – E 4 – B
5 – B 6 – E
7 – B 8 – A