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Rua das Marrecas, 15 – Centro – CEP 20031-120. Rio de Janeiro – RJ. Telefax: (21) 2544-3752/2544-9202 Contabilidade Básica − Atualização da 11ª para a 12ª edição Prezados leitores, Este texto tem por objetivo atualizar o conteúdo da 11ª para a 12ª edição do nosso livro Contabilidade Básica, principalmente em razão da edição da Lei nº 12.973, de 13 de maio de 2014, resultante da conversão da Medida Provisória nº 627, de 11 de novembro de 2013, que altera profundamente a legislação do IRPJ, CSLL, PIS/Pasep e Cofins, além de revogar o Regime Tributário de Transição (RTT). A rigor, quanto à maioria dos seus artigos, a lei citada entra em vigor somente em 1º de janeiro de 2015. Todavia, o contribuinte pode optar por sua aplicação já no ano-calendário de 2014. É interessante observar que a MP nº 627 foi cobrada na prova para auditor da Receita de 2014. Apesar de ser uma lei essencialmente de natureza tributária, principalmente destinada aos contribuintes do IRPJ, CSLL, PIS/Pasep e Cofins, essa norma interfere em alguns assuntos que são tratados na Contabilidade, aos quais dedicamos a maior parte da nossa atualização. Dica: pelo menos até o fim do primeiro semestre de 2015, as bancas podem achar interessante explorar a legislação anterior e posterior à Lei nº 12.973/2014. Por isso, de forma comparativa, procure estudar como era e como ficou a legislação depois dessa norma.

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Contabilidade Básica − Atualização da 11ª para a 12ª edição

Prezados leitores,

Este texto tem por objetivo atualizar o conteúdo da 11ª para a 12ª edição do nosso livro Contabilidade Básica, principalmente em razão da edição da Lei nº 12.973, de 13 de maio de 2014, resultante da conversão da Medida Provisória nº 627, de 11 de novembro de 2013, que altera profundamente a legislação do IRPJ, CSLL, PIS/Pasep e Cofins, além de revogar o Regime Tributário de Transição (RTT).

A rigor, quanto à maioria dos seus artigos, a lei citada entra em vigor somente em 1º de janeiro de 2015. Todavia, o contribuinte pode optar por sua aplicação já no ano-calendário de 2014. É interessante observar que a MP nº 627 foi cobrada na prova para auditor da Receita de 2014.

Apesar de ser uma lei essencialmente de natureza tributária, principalmente destinada aos contribuintes do IRPJ, CSLL, PIS/Pasep e Cofins, essa norma interfere em alguns assuntos que são tratados na Contabilidade, aos quais dedicamos a maior parte da nossa atualização.

Dica: pelo menos até o fim do primeiro semestre de 2015, as bancas podem achar interessante explorar a legislação anterior e posterior à Lei nº 12.973/2014. Por isso, de forma comparativa, procure estudar como era e como ficou a legislação depois dessa norma.

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Páginas 1 a 7

Substituir os itens 1 a 4 (da página 1 à página 7) do capítulo 1 pelo seguinte:

1 Conceito

A palavra contabilidade deriva do latim computare (contar, computar, calcular)1.

Quando cuidamos da Contabilidade como teoria, procuramos definir aquilo de que ela trata, estudamos seus princípios e suas possíveis aplicações. Ou seja, a Contabilidade como teoria estabelece princípios e regras de conduta a serem seguidas pelos profissionais da área contábil, com o objetivo de aprimorar e uniformizar os procedimentos técnicos.

Assim, dizemos que a Contabilidade é uma ciência, ou seja, um conjunto organizado e aprofundado de conhecimentos sobre determinado assunto, baseados em um método científico. Todavia, não é uma ciência exata.

(Analista/Cespe) A contabilidade é uma ciência exata. ( ) certo ( ) errado

A contabilidade é uma ciência, mas não é ciência exata. Gabarito: errado.

Segundo o Conselho Federal de Contabilidade, trata-se de uma ciência social. Logo, para que as técnicas contábeis sejam aplicadas de maneira adequada, é necessário fixar princípios e regras a serem observados por todos os profissionais da área contábil.

(Autor) De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), a Contabilidade é considerada

a) arte. b) técnica de controle patrimonial. c) técnica de exposição do patrimônio. d) ciência exata. e) ciência social.

Conforme o CFC, a Contabilidade é uma ciência social. Gabarito: E

Diferente da Matemática, a Contabilidade não é uma ciência exata. Logo, para que as técnicas contábeis sejam aplicadas de maneira uniforme, faz-se necessário fixar princípios e regras a serem observados por todos os profissionais da área contábil.

1 A origem da palavra contabilidade para designar esta disciplina parece estar vinculada ao fato de se usar contas nos registros contábeis, e não de se fazer cálculos.

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Abordada pela perspectiva teórica, a Contabilidade pode ser definida assim:

Ciência que estuda o patrimônio do ponto de vista econômico e financeiro, bem como os princípios e as técnicas necessárias ao controle, à exposição e à análise dos elementos patrimoniais e de suas modificações.

Com base no 1º Congresso Brasileiro de Contabilidade, realizado em 1924, a Contabilidade é definida como:

A ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de registro dos atos e fatos de uma administração econômica.

(Esaf) Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de registro relativas à administração econômica.

( ) certo

( ) errado

Essa afirmação apenas reproduz o conceito oficial de Contabilidade. Gabarito: certo.

Portanto, no Brasil, oficialmente, a Contabilidade é uma ciência.

(Esaf) A Contabilidade pode ser conceituada como sendo “a ciência que estuda, registra, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades com fins lucrativos ou não”.

( ) certo

( ) errado

Esse conceito identifica a Contabilidade como ciência, bem como seu objeto (o patrimônio). Gabarito: certo.

A Contabilidade também envolve o uso de técnicas ou procedimentos por meio dos quais os princípios contábeis são postos em prática, o que inclui o registro das operações de uma entidade em livros apropriados. Sua função é controlar o patrimônio de uma pessoa ou organização, com o objetivo de fornecer informações úteis ao público interessado.

2 Objeto

Objeto é o assunto do qual a ciência cuida.

Então qual é o objeto da Contabilidade?

O objeto ou assunto do qual trata a Contabilidade é o patrimônio.

(Assistente/Cespe) O objeto da contabilidade é o patrimônio das entidades.

( ) certo

( ) errado

A Contabilidade tem por objeto (assunto) o patrimônio. Gabarito: certo.

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Por intermédio da Contabilidade, o administrador de uma empresa pode gerenciar melhor os recursos disponíveis, obter informações úteis ao planejamento de suas atividades, saber o custo do que é produzido ou consumido, apurar o lucro ou prejuízo, controlar e reduzir despesas, aumentar receitas e prevenir e identificar erros e fraudes.

Em resumo, por meio da Contabilidade, é possível ter o controle e o conhecimento detalhado do estado em que se encontra um patrimônio e acompanhar sua evolução.

Objeto da Contabilidade

→ Patrimônio → Conjunto de

bens, direitos e obrigações

(ISS-RJ/Esaf/2010) O objeto da Contabilidade é definido como o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculado a uma entidade econômico-administrativa.

( ) certo

( ) errado

A entidade econômico-administrativa pode ter ou não finalidade lucrativa. Gabarito: certo.

(Contador/Cespe) Em contabilidade, define-se patrimônio como um conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes a determinada entidade, sendo autônomo em relação aos demais patrimônios existentes.

( ) certo

( ) errado

Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações, avaliáveis em moeda, de uma entidade. Um patrimônio é autônomo em relação aos demais (princípio da entidade). Gabarito: certo.

3 Finalidade ou objetivo

A Contabilidade é mantida com a finalidade de fornecer a seus usuários informações úteis ao planejamento, controle, tomada de decisões etc.

(Técnico em contabilidade/Cespe) A contabilidade tem como objeto o patrimônio e como um de seus objetivos prover seus usuários de informações úteis para a tomada de decisão.

( ) certo

( ) errado

Esse item identifica o objeto (patrimônio) e a finalidade (fornecer informações) da Contabilidade. Gabarito: certo.

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4 Pessoas interessadas nas informações contábeis

As pessoas com interesse na divulgação das informações contábeis podem ser divididas em dois grupos:

1 - usuários internos – administradores e acionistas ou sócios controladores;

2 - usuários externos – acionistas ou sócios não controladores, bancos, fornecedores, governo, entre outros.

Os administradores necessitam das informações contábeis para melhor desempenhar as funções de gestão do patrimônio. Para eles, essas informações podem ser úteis ao planejamento, ao controle, à tomada de decisões. A Contabilidade pode informar ao administrador qual é o produto mais rentável, quanto custa produzir um bem ou serviço, qual será o resultado provável num determinado nível de produção e venda etc.

(Técnico contábil/Cespe) A principal finalidade da contabilidade é prover informações para auxiliar a tomada de decisões.

( ) certo

( ) errado

A tomada de decisões é uma das funções dos administradores. Gabarito: certo. (Técnico/Cespe) Os objetivos das demonstrações contábeis incluem apresentar os resultados da atuação da administração na gestão da entidade.

( ) certo

( ) errado

A Contabilidade informa o lucro ou prejuízo de cada período desejado. Gabarito: certo.

Uma das principais preocupações da legislação que rege as sociedades anônimas é a proteção aos acionistas não controladores. Os controladores têm o poder de nomear os administradores, que irão agir de acordo com os interesses de seus chefes. Ocorre que muitas vezes os interesses dos controladores são conflitantes com os dos não controladores. Para estes, as informações contábeis são um instrumento importante na fiscalização da atuação dos controladores. Com base nesta ótica, a Lei das Sociedades por Ações (Lei nº 6.404/76) exige das sociedades anônimas a elaboração e publicação de certas demonstrações contábeis.

Em relação aos usuários externos, os bancos, fornecedores e financiadores em geral querem saber se a empresa apresenta situação econômico-financeira que lhe permita assumir e saldar dívidas; os clientes precisam verificar se ela tem condições de realizar adequadamente o fornecimento de bens ou serviços; e o governo deve fiscalizar se o pagamento dos tributos está sendo feito da maneira correta.

Página 114

A conta Receita de Dividendos está em duplicidade.

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Página 224

Alterar a seguinte parte do texto do último parágrafo:

O FGTS foi criado como um instrumento de proteção ao empregado em caso de demissão por sem justa causa...

Página 364

Substituir os dois últimos parágrafos:

Conforme o CPC 16 (R1), valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração.

O valor realizável líquido refere-se à quantia líquida que a entidade espera realizar com a venda do estoque no curso normal dos negócios. Já o valor justo reflete o preço pelo qual uma transação ordenada para a venda desse estoque no mercado principal (ou mais vantajoso) ocorreria, entre seus participantes, na data de mensuração. O primeiro (o valor realizável líquido) é um valor específico para a entidade (considera suas características pessoais, ou seja, quanto ela conseguiria apurar na venda do bem – por exemplo, o valor obtido na venda de um automóvel por um comerciante de veículos não será o mesmo que um prestador de serviços conseguirá obter na venda de um veículo igual), ao passo que o valor justo não é um valor específico. Por isso, o valor realizável líquido dos estoques pode não ser equivalente ao valor justo deduzido dos gastos necessários para a respectiva venda.

Página 511

Eliminar o seguinte texto (o intangível é tratado detalhadamente no capítulo 19):

Um ativo é intangível quando:

1 - pode ser destacado do patrimônio da companhia e vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado; 2 - resulta de direitos contratuais ou legais; ou 3 - decorre de ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) em transação entre partes

independentes.

O ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura gerado internamente não deve ser reconhecido como ativo. Em regra, os intangíveis criados e valorizados por ações da própria entidade não são reconhecidos em seu ativo, principalmente pela falta de um critério confiável para sua mensuração.

Página 517

No penúltimo parágrafo, acrescentar o texto em vermelho:

Provisão é um passivo de prazo ou de valor incertos. No entanto, o conceito de “passivo” previsto no item 4.4 da Estrutura Conceitual pode incluir provisões, desde que se trate de uma obrigação presente, ainda que seu valor tenha de ser estimado.

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Página 527

Eliminar este parágrafo:

Por exemplo, ainda que algum benefício econômico lhe possa ser atribuído, um bem intangível gerado internamente não deve ser dificilmente pode ser reconhecido nas demonstrações, pois seu custo normalmente não pode ser medido em bases confiáveis.

Página 529

Acrescentar o texto em vermelho:

Caso o ativo, passivo, receita ou despesa seja relevante para fins de avaliação pelos usuários, mas não atenda aos critérios de reconhecimento para fins de apresentação nas demonstrações contábeis (veja, por exemplo, comentários ao item 4.41), caberá sua divulgação nas notas explicativas ou em demonstrações suplementares. Por exemplo, um intangível gerado internamente que não possa ser mensurado com confiabilidade.

Páginas 624 a 637

Substituir os itens 7, 7.1 e 7.2 pelo seguinte texto:

7 PIS/Pasep e Cofins na aquisição de mercadorias e serviços

Considerando a Lei nº 12.973/2014, as contribuições para o PIS/Pasep estão sujeitas a três espécies ou modalidades de incidência:

1 - faturamento/receitas auferidas (contribuição devida pelas pessoas jurídicas de direito privado); 2 - importação; 3 - folha de pagamento (contribuição devida pelas entidades sem finalidades lucrativas).

Por sua vez, a Cofins apresenta duas espécies ou modalidades de incidência:

4 - faturamento/receitas auferidas (contribuição devida pelas pessoas jurídicas de direito privado); 5 - importação;

A partir da edição das Leis nº 10.637/2002 e 10.833/2003, o PIS e a Cofins incidentes sobre o faturamento/receitas auferidas estão sujeitos a dois regimes de apuração:

1 - regime de incidência cumulativa (sobre o faturamento ou receita bruta);

2 - regime de incidência não cumulativa (sobre o total das receitas auferidas);

3 - O regime de apuração do PIS/Pasep e Cofins aplicável não altera a receita bruta, mas afeta a receita líquida. Cumulativa ou não a incidência, esses tributos devem ser deduzidos da receita bruta das vendas e serviços. Na apuração da receita líquida, comparando-se os dois regimes, o que muda são apenas as alíquotas: 0,65% e 3% no regime de incidência cumulativa e 1,65% e 7,6% no de incidência não cumulativa.

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(Técnico/Cespe) A contribuição para o PIS/Pasep e a Cofins podem ser classificadas, seja no regime cumulativo, seja no não cumulativo, como deduções das vendas ou como despesas administrativas, tanto do ponto de vista de legislação comercial como da tributação.

( ) certo ( ) errado

A contribuição para o PIS/Pasep e a Cofins sobre as vendas, qualquer que seja o regime de tributação, são deduções da receita bruta. Quando incidentes sobre outras receitas, são despesas operacionais. Gabarito: certo.

Apuração e pagamento − A apuração e o pagamento do PIS e da Cofins devem ser efetuados mensalmente, de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica.

Imunidade − O PIS e a Cofins não incidem sobre as receitas de exportação.

7.1 PIS/Pasep e Cofins – regime de incidência cumulativa

Trata-se de um regime de apuração em que o PIS e a Cofins não são recuperáveis, vale dizer, seus valores integram o custo de aquisição das mercadorias, bens e serviços. Portanto, nesse regime não há direito a crédito do PIS e da Cofins pagos em operações anteriores. O regime de incidência cumulativa está previsto na Lei nº 9.718/1998.

As contribuições para o PIS/Pasep e Cofins com incidência cumulativa têm como fato gerador o faturamento mensal, assim entendido a receita bruta. Nesse regime, as demais receitas não estão sujeitas a essas contribuições. Para esse efeito, a receita bruta abrange:

1 - o produto da venda de bens nas operações de conta própria; 2 - o preço da prestação de serviços em geral; 3 - o resultado auferido nas operações de conta alheia (comissões obtidas em operações de terceiros); e 4 - as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica não compreendidas nos itens anteriores

(numa instituição financeira, por exemplo, a receita financeira integra a receita bruta, porém, numa empresa comercial, faz parte das demais receitas. Outro exemplo de receita da atividade é a receita de locação de bens, se estiver entre as operações principais da empresa).

Incidência Cumulativa do PIS/Pasep e Cofins → Receita Bruta

Basicamente, estão sujeitas à incidência cumulativa do PIS/Pasep e Cofins as pessoas jurídicas de direito privado, e as que lhe são equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, que apurem o IRPJ com base no lucro presumido ou arbitrado.

Base de cálculo − No regime de incidência cumulativa, a base de cálculo é o faturamento mensal, que corresponde à receita bruta.

Alíquotas − No regime de incidência cumulativa, as alíquotas do PIS e da Cofins são, respectivamente, de 0,65% e 3%.

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Exclusões da base de cálculo − No regime de incidência cumulativa, para fins de determinação da base de cálculo, podem ser excluídos do faturamento, quando o tenham integrado, os seguintes valores:

1 - receitas isentas ou não alcançadas pela incidência da contribuição ou sujeitas à alíquota zero;

2 - vendas canceladas;

3 - descontos incondicionais concedidos;

4 - IPI, no caso dos contribuintes desse imposto, e ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário (Cuidado! Essa exclusão serve apenas para o ICMS a ser pago como substituto tributário. O ICMS devido pelo próprio contribuinte está embutido na receita bruta e, segundo entendimento fiscal, não pode ser excluído);

5 - reversões de provisões e recuperações de créditos baixados como perda, que não representem ingresso de novas receitas, resultado positivo da avaliação de investimento pelo valor do patrimônio líquido e lucros e dividendos derivados de participações societárias, que tenham sido computados como receita bruta;

6 - receitas decorrentes da venda de bens classificados no ativo não circulante que tenha sido computada na receita bruta;

7 - receita reconhecida pela construção, recuperação, ampliação ou melhoramento da infraestrutura, cuja contrapartida seja ativo intangível representativo de direito de exploração, no caso de contratos de concessão de serviços públicos;

8 - receita decorrente da transferência onerosa a outros contribuintes do ICMS de créditos de ICMS originados de operações de exportação.

(Analista/Hemobras/FCC/2013) Em relação à contribuição para o PIS-Pasep e à Cofins na sistemática de incidência cumulativa, é correto afirmar que

a) se aplica a alíquota zero sobre as receitas financeiras e sobre os juros sobre o capital próprio, auferidos pelas pessoas jurídicas sujeitas à sistemática cumulativa.

b) o conceito de faturamento previsto na Lei nº 9.718/1998 corresponde à receita bruta, assim entendida a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo irrelevantes o tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada para as receitas.

c) a diferença positiva entre o valor da alienação de bens do ativo permanente e o respectivo custo de aquisição não deve ser incluída na base de cálculo das contribuições para o PIS-Pasep e da Cofins.

d) para fins de determinação da base de cálculo das contribuições, incluem-se na receita bruta o IPI e o ICMS, desde que cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de sujeito passivo por substituição.

e) as sociedades corretoras de seguros que apuram o imposto de renda da pessoa jurídica com base no lucro presumido devem utilizar as alíquotas de 0,65% e 3%, no cálculo das contribuições para o PIS-Pasep e da Cofins, respectivamente.

No regime de incidência cumulativa do PIS-Pasep e da Cofins, para fins de determinação da base de cálculo,

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podem ser excluídos do faturamento, quando o tenham integrado, os valores das receitas decorrentes da venda de bens do ativo não circulante, que a questão chama de “ativo permanente”, classificados como investimentos, imobilizado ou intangível. Gabarito: C

1º exemplo

Certa companhia adquiriu um lote de 1.000 unidades de uma mercadoria para revenda, pagando R$ 500,00 por cada. Posteriormente, vendeu 60% do referido lote por R$ 900,00 cada. A companhia está sujeita à incidência do PIS e da Cofins no regime cumulativo, com alíquotas, respectivamente, de 0,65% e 3%, bem como à incidência do ICMS à alíquota de 18% nas operações de compra e venda.

Neste caso, o PIS e a Cofins, por serem tributos não recuperáveis, integram o custo de aquisição do estoque. Apenas o ICMS é recuperável.

1.000 unids. x 500,00 500.000 ICMS já incluído (500.000 x 18%) ( 90.000) Custo de aquisição 410.000

Custo unitário = 410.000/1.000 unids = 410

D - Estoque de Mercadorias 410.000 D - ICMS a Recuperar 90.000 C - Caixa 500.000

2º exemplo

Consideremos as seguintes informações na apuração do PIS cumulativo:

Receita bruta da venda de bens e serviços e demais receitas tributáveis 1.000 Devoluções de vendas 200 Descontos concedidos incondicionalmente 100 Resultado positivo na equivalência patrimonial 200 ICMS sobre vendas 150 ICMS retido na fonte de terceiros 50 Alíquota do PIS cumulativo 1,65%

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Cálculo do PIS:

Receita bruta da venda de bens e serviços e demais receitas tributáveis 1.000 Devoluções de vendas ( 200) Descontos concedidos incondicionalmente ( 100) Base de cálculo do PIS 700 Alíquota do PIS x 1,65% PIS sobre o faturamento 11,55

Como o ICMS de terceiros retido na fonte não faz parte da receita bruta da companhia, ele não deve ser computado na base de cálculo do PIS. O ICMS sobre vendas já está incluído na receita bruta da companhia (é calculado por dentro, quer dizer, faz parte de sua própria base de cálculo).

Lançamento contábil:

D - PIS sobre o Faturamento

C - PIS sobre o Faturamento a Recolher 11,55

Na demonstração do resultado do exercício, o PIS incidente sobre a receita bruta é apresentado como dedução desta. Já o PIS incidente sobre as demais receitas é classificado como despesa operacional.

(Analista/TRE-SP/FCC/2012/Adaptada) Instruções: utilize as informações a seguir para responder às questões seguintes. A Cia. Mamoré, que adota o inventário permanente de estoques, vendeu 180.000 unidades de um produto de sua fabricação ao preço unitário de R$ 10,00. Na operação, houve a incidência dos seguintes impostos: − ICMS à alíquota de 18%; − PIS (incidência cumulativa) à alíquota de 0,65%; e − Cofins (incidência cumulativa) à alíquota de 3%. O preço de custo das mercadorias vendidas correspondeu a 60% do preço unitário de venda. O lucro bruto auferido pela companhia nessa operação foi, em reais, de a) 384.300,00. b) 396.000,00. c) 720.000,00. d) 330.300,00. e) 108.000,00.

Vendas brutas = 180.000 x 10,00 1.800.000 ICMS + PIS + Cofins = 21,65% ( 389.700) Vendas líquidas 1.410.300 CMV = 1.800.000 x 60% (1.080.000) Lucro bruto 330.300 Gabarito: D

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(Analista/TRE-SP/FCC/2012) Caso o cliente tivesse devolvido 1.800 unidades da venda acima por estarem com pequenas avarias, o lucro bruto da companhia na operação, em reais, seria reduzido em

a) 7.200,00. b) 3.303,00. c) 3.960,00. d) 3.846,00. e) 1.080,00.

Lucro bruto unitário = R$ 330.300,00/180.000 unidades = R$ 1,835.

Redução do lucro bruto pela devolução = 1.800 unidades x R$ 1,835 = R$ 3.303,00.

Gabarito: B

7.2 PIS/Cofins – regime de incidência não cumulativa

O regime de incidência não cumulativa foi instituído pela Lei nº 10.637/2002 (PIS/Pasep) e 10.833/2003 (Cofins). De forma idêntica ao ICMS, o regime de incidência não cumulativa admite o direito a crédito relativo à entrada de mercadorias, bens e serviços no estabelecimento do contribuinte, além de permitir o desconto de créditos apurados com base em custos, despesas e encargos da pessoa jurídica.

Estão sujeitas à incidência não cumulativa as pessoas jurídicas de direito privado, e as que lhe são equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, que apurem o IRPJ com base no lucro real, exceto instituições financeiras, cooperativas de crédito, pessoas jurídicas que tenham por objeto a securitização de créditos imobiliários e financeiros, operadoras de planos de assistência à saúde, empresas particulares que explorem serviços de vigilância e de transporte de valores de que trata a Lei nº 7.102/83, e sociedades cooperativas (exceto sociedades cooperativas de produção agropecuária e sociedades cooperativas de consumo).

Incidência − As contribuições para o PIS/Pasep e Cofins não cumulativas incidem sobre o total das receitas auferidas no mês pela pessoa jurídica, independente de sua denominação ou classificação contábil. O total das receitas compreende a receita bruta e todas as demais receitas auferidas pela pessoa jurídica, com os respectivos valores decorrentes do ajuste a valor presente. Para esse efeito, a receita bruta abrange:

1 - o produto da venda de bens nas operações de conta própria; 2 - o preço da prestação de serviços em geral; 3 - o resultado auferido nas operações de conta alheia (comissões obtidas em operações de terceiros); e 4 - as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica não compreendidas nos itens anteriores

(numa instituição financeira, por exemplo, a receita financeira integra a receita bruta, porém, numa empresa comercial, faz parte das demais receitas. Outro exemplo de receita bruta não incluída nos itens anteriores é a receita de locação de bens, se estiver entre as atividades principais da empresa).

Incidência Não Cumulativa do PIS/Pasep e Cofins → Receita Bruta + Demais Receitas

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Em atendimento à Lei nº 12.973/2014, quanto ao ajuste a valor presente, o registro contábil da receita de vendas deve ser feito pelo valor bruto:

D - Contas a Receber

C - Receitas de Vendas 12.000

Em seguida, o valor do ajuste é debitado em conta redutora da receita bruta:

D - Deduções da Receita Bruta por Ajuste a Valor Presente

C - Ajuste a Valor Presente (receita a apropriar) 2.000

Na DRE:

Receita bruta 12.000

( – ) Deduções da Receita Bruta por Ajuste a Valor Presente (2.000)

Receita líquida 10.000

Alíquotas − Em regra, as alíquotas do PIS e da Cofins, com a incidência não cumulativa, são, respectivamente, de 1,65% e 7,6%.

Por determinação do Decreto nº 5.442/2005, foram reduzidas a zero as alíquotas do PIS e da Cofins incidentes sobre as receitas financeiras auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime de incidência não cumulativa dessas contribuições. Todavia, essa regra não se aplica aos juros sobre o capital próprio, que estão sujeitos à cobrança do PIS e da Cofins.

Receitas que não integram a base de cálculo − Na incidência não cumulativa, não fazem parte da base de cálculo as receitas:

1 - decorrentes de saídas isentas, não alcançadas pela incidência ou sujeitas à alíquota zero;

2 - auferidas pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de mercadorias em relação às quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na condição de substituta tributária;

3 - referentes a:

a) vendas canceladas e aos descontos incondicionais concedidos;

b) reversões de provisões e recuperações de créditos baixados como perda, que não representem ingresso de novas receitas, resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio líquido e lucros e dividendos derivados de participações societárias, desde que tenham sido computados como receita;

4 - decorrentes da venda de bens do ativo não circulante, classificado como investimento, imobilizado ou intangível;

5 - decorrentes de transferência onerosa a outros contribuintes do ICMS de créditos de ICMS originados de operações de exportação;

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6 - financeiras decorrentes do ajuste a valor presente, referentes a receitas excluídas da base de cálculo das contribuições para o PIS/Pasep e Cofins;

7 - relativas aos ganhos decorrentes de avaliação de ativo e passivo com base no valor justo;

8 - de subvenções para investimento, inclusive mediante isenção ou redução de impostos, concedidas como estímulo à implantação ou expansão de empreendimentos econômicos e de doações feitas pelo poder público;

9 - reconhecidas pela construção, recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento da infraestrutura, cuja contrapartida seja ativo intangível representativo de direito de exploração, no caso de contratos de concessão de serviços públicos;

10 - relativas ao prêmio na emissão de debêntures.

(Analista/TRE-RN/FCC/2011) É uma receita tributável pelo Programa de Integração Social (PIS) no regime de incidência não cumulativo:

a) reversão da provisão para créditos de liquidação duvidosa e da provisão para ajuste de bens ao valor de mercado.

b) receita de dividendos de investimentos avaliados pelo custo de aquisição.

c) resultado positivo de investimentos avaliados pelo patrimônio líquido.

d) receita de aluguel de imóveis não utilizados pela companhia nas suas atividades operacionais.

e) receita de vendas de bens do ativo imobilizado ou de participações societárias classificadas como investimentos permanentes.

A receita de aluguel não consta da lista de exclusões da base de cálculo. Gabarito: D (Analista/Metrô/FCC/2012) A contribuição para o programa de integração social, na sistemática não cumulativa, NÃO incide sobre

a) a folha de salários de uma entidade com fins lucrativos.

b) as receitas auferidas pela entidade pelo aluguel de seus imóveis de renda.

c) as receitas de dividendos.

d) as receitas sobre a venda de mercadorias a prazo, cujo pagamento não foi efetuado pelo cliente.

e) a receita de juros sobre o capital próprio.

Não integram a base de cálculo do PIS os dividendos derivados de participações societárias que tenham sido computados como receita. Gabarito: C

Na demonstração do resultado do exercício, a Cofins incidente sobre a receita bruta é apresentada como dedução da receita bruta. Já a Cofins incidente sobre as demais receitas classifica-se como despesa operacional.

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Desconto de créditos − Dos valores do PIS e Cofins apurados, a pessoa jurídica submetida à incidência não cumulativa pode descontar créditos, calculados mediante a aplicação das alíquotas 1,65% (PIS) e de 7,6% (Cofins) sobre os valores relativos a:

1 - bens adquiridos para revenda;

2 - bens e serviços, utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, inclusive combustíveis e lubrificantes;

3 - aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoa jurídica, utilizados nas atividades da empresa;

4 - valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de pessoa jurídica, exceto de optante pelo Simples Nacional;

5 - máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos ou fabricados para locação a terceiros ou para utilização na produção de bens destinados à venda ou na prestação de serviços (excluídos, no arrendatário, os bens arrendados em arrendamento mercantil);

6 - edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados nas atividades da empresa (excluídos, no arrendatário, os bens arrendados em arrendamento mercantil);

7 - bens recebidos em devolução, cuja receita de venda tenha integrado faturamento do mês ou de mês anterior, e seja tributada;

8 - energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor, consumidas nos estabelecimentos da pessoa jurídica;

9 - vale-transporte, vale-refeição ou vale-alimentação, fardamento ou uniforme fornecidos aos empregados por pessoa jurídica que explore as atividades de prestação de serviços de limpeza, conservação e manutenção;

10 - bens incorporados ao ativo intangível, adquiridos para utilização na produção de bens destinados a venda ou na prestação de serviços.

Quando vinculados aos itens 1 e 2, também podem ser descontados créditos sobre os gastos incorridos no mês com armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, desde que o ônus seja suportado pelo vendedor.

O crédito é apurado mediante a aplicação da alíquota de 1.65%, no caso do PIS/Pasep, ou 7.6%, no caso da Cofins, sobre o valor:

1 - dos bens adquiridos para revenda e dos bens e serviços utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda;

2 - dos seguintes itens, incorridos no mês:

a) aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoa jurídica, utilizados nas atividades da empresa;

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b) valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de pessoa jurídica, exceto de optante pelo Simples Nacional;

c) energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor, consumidas nos estabelecimentos da pessoa jurídica.

3 - dos encargos de depreciação e amortização dos bens mencionados nos seguintes itens, incorridos no mês:

a) máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos ou fabricados para locação a terceiros ou para utilização na produção de bens destinados à venda ou na prestação de serviços;

b) edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros;

c) bens incorporados ao ativo intangível, adquiridos para utilização na produção de bens destinados à venda ou à prestação de serviços.

4 - bens recebidos em devolução, no mês, cuja receita de venda tenha integrado faturamento do mês ou de mês anterior, e seja tributada.

Consideremos as seguintes informações relativas a determinado mês de apuração da Cofins não cumulativa:

Receita bruta das vendas de mercadorias e serviços 12.000 Devoluções de vendas realizadas no mês 1.500 Descontos incondicionais sobre as vendas 500 Receita da alienação de imobilizado 3.000 Depreciação de edificações utilizadas nas atividades da empresa 1.000 Bens adquiridos para revenda 5.000 Alíquota da Cofins não cumulativa 7,6%

Cálculo da Cofins:

Receita bruta das vendas de mercadorias e serviços 12.000 Devoluções de vendas realizadas no mês (1.500) Descontos incondicionais sobre as vendas ( 500) Base de cálculo da Cofins 10.000 Alíquota da Cofins x 7,6% Cofins sobre o faturamento 760

O lucro na alienação de imobilizado não integra a base de cálculo da Cofins.

Lançamento contábil:

D - Cofins sobre o Faturamento C - Cofins sobre o Faturamento a Recolher 760

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Neste caso, a empresa pode descontar, como crédito:

Depreciação de edificações utilizadas nas atividades da empresa 1.000 Bens adquiridos para revenda 5.000 6.000 x 7,6% Créditos da Cofins no mês 456

Valor efetivo a pagar: 760 – 456 = 304.

(Técnico/Cespe) A Cofins não cumulativa é o tributo em que os contribuintes não podem descontar nenhum tipo de crédito anterior.

( ) certo ( ) errado

A legislação permite desconto de créditos, desde que o regime seja o não cumulativo. Gabarito: errado.

(Técnico/Cespe) O registro do valor relativo à contribuição para o financiamento da seguridade social (Cofins) sobre aquisição de mercadorias à vista, advindas do exterior, proporciona um débito na conta de Cofins a recuperar, do ativo circulante, e um crédito no disponível. C

( ) certo ( ) errado

Mesmo na importação, o regime não cumulativo admite o desconto de créditos. Gabarito: certo.

(Analista/TRE-RN/FCC/2011) Dados do mês de outubro de 2010, referentes à Cia. Comercial Campinas, em R$: Aquisição de Mercadorias para Revenda 460.000,00

Gastos com Energia Elétrica do Escritório de Vendas 25.000,00

Gastos com Energia Elétrica da Fábrica 45.000,00

Receita da Venda de Mercadorias 990.000,00

Despesas com Arrendamento Mercantil Operacional 100.000,00

Despesas de vendas, relativas a Frete e Armazenamento

de mercadorias, cujo ônus foi da Companhia 60.000,00

Receitas Financeiras (exceto juros sobre o capital próprio) 40.000,00

Sabendo-se que a Cia. é contribuinte da Cofins na sistemática não cumulativa, o valor devido dessa contribuição, referente ao mês de outubro de 2010, é, em R$, a) 18.240,00. b) 20.900,00.

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c) 25.840,00. d) 23.940,00. e) 22.800,00.

Por determinação do Decreto nº 5.422/2005, foram reduzidas a zero as alíquotas do PIS e da Cofins incidentes sobre as receitas financeiras auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime de incidência não cumulativa dessas contribuições. Todavia, essa regra não se aplica aos juros sobre o capital próprio, que estão sujeitos à cobrança do PIS e da Cofins.

Receita da Venda de Mercadorias = 990.000,00 x 7,6% 75.240,00

Receitas Financeiras = 40.000,00 x 0% (alíquota zero) –

Deduções de créditos = (460.000 + 25.000 + 45.000 + 100.000 + 60.000) 7,5% (52.440,00)

Cofins devida 22.800,00

Gabarito: E Não dá direito a crédito o valor:

1 - de mão de obra paga a pessoa física; e

2 - da aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento da contribuição, inclusive no caso de isenção, esse último quando revendidos ou utilizados como insumo em produtos ou serviços sujeitos à alíquota zero, isentos ou não alcançados pela contribuição.

O direito ao crédito aplica-se, exclusivamente, em relação:

1 - aos bens e serviços adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no país;

2 - aos custos e despesas incorridos, pagos ou creditados a pessoa jurídica domiciliada no país.

O crédito não aproveitado em determinado mês pode ser utilizado nos meses subsequentes.

(Contador/Infraero/FCC/2011) São dadas as seguintes informações, em R$, relativas ao mês de maio de 2011, retiradas da escrituração contábil da Cia. Monte Azul, que é tributada pelo imposto de renda das pessoas jurídicas com base no lucro real:

Receita da venda de mercadorias 800.000,00

Devolução de vendas 50.000,00

Receitas financeiras 100.000,00

Aquisição de mercadorias para revenda 350.000,00

Despesas de energia elétrica 80.000,00

Fretes sobre vendas, cujo ônus coube à companhia 40.000,00

Receita da venda de bem do Ativo Imobilizado 20.000,00

Despesas de aluguel de imóvel, pago a uma pessoa física 30.000,00

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Com base nesses dados, o valor da Cofins não cumulativa, a ser recolhida pela Companhia no mês de junho de 2011, corresponde a, em R$, a) 19.000,00 b) 22.800,00 c) 28.880,00 d) 21.800,00 e) 21.280,00

Receita da venda de mercadorias 800.000,00 Devolução de vendas ( 50.000,00) 750.000,00 Alíquota da Cofins x 7,6% 57.000,00 Receitas financeiras = 100.000,00 x 0% – Aquisição de mercadorias para revenda = 350.000,00 x 7,6% (26.600,00) Despesas de energia elétrica = 80.000,00 x 7,6% ( 6.080,00) Fretes sobre vendas, cujo ônus coube à companhia =.40.000,00 x 7,6% ( 3.040,00) Cofins a pagar 21.280,00

A receita da venda de bem do ativo imobilizado é exclusão da base de cálculo.

A despesas de aluguel de imóvel pago a pessoa física não dá direito a crédito.

Gabarito: E

Conceito de insumo − Entende-se como insumos:

1 - utilizados na fabricação ou produção de bens destinados à venda:

a) as matérias-primas, os produtos intermediários, o material de embalagem e quaisquer outros bens que sofram alterações, tais como o desgaste, o dano ou a perda de propriedades físicas ou químicas, em função da ação diretamente exercida sobre o produto em fabricação, desde que não estejam incluídas no ativo imobilizado;

b) os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no país, aplicados ou consumidos na produção ou fabricação do produto.

2 - utilizados na prestação de serviços:

a) os bens aplicados ou consumidos na prestação de serviços, desde que não estejam incluídos no ativo imobilizado; e

b) os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no país, aplicados ou consumidos na prestação do serviço.

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(Analista/Metrô/FCC/2012) Os seguintes dados, em R$, foram obtidos da escrituração comercial da Cia. Topázio, referentes ao mês de dezembro de 2011:

Receita bruta da venda de produtos industrializados 460.000,00

Insumos adquiridos para produção dos referidos bens 210.000,00

Aluguel do imóvel da fábrica pago à pessoa física 40.000,00

Energia térmica utilizada na produção 20.000,00

Fretes pagos pela companhia para entrega dos produtos aos clientes 30.000,00

A Cia. Topázio é contribuinte da Cofins no regime não cumulativo. O valor, em R$, da Cofins a ser recolhida ao Tesouro Nacional, relativa aos fatos geradores ocorridos no mês de dezembro, corresponde a a) 16.720,00. b) 6.000,00. c) 12.160,00. d) 19.000,00. e) 15.200,00.

Receita bruta da venda 460.000 Alíquota x 7,6% Débito da Cofins 34.960 Crédito de insumos = 210.000 x 7,6 (15.960) Crédito de energia térmica = 20.000 x 7,6% ( 1.520) Crédito sobre frete = 30.000 x 7,6% ( 2.280) Cofins a ser recolhida 15.200

Cálculo simplificado: (460.000 – 210.000 – 20.000 – 30.000) 7,6% = 15.200.

Aluguel do imóvel da fábrica pago a pessoa física não dá direito a crédito.

Gabarito: E

Na hipótese de a pessoa jurídica sujeitar-se à incidência não cumulativa das contribuições para o PIS/Pasep e Cofins em relação apenas a parte de suas receitas, o crédito será apurado, exclusivamente, em relação aos custos, despesas e encargos vinculados a essas receitas. No caso de custos, despesas e encargos vinculados a essas receitas e àquelas submetidas ao regime de incidência cumulativa dessa contribuição, o crédito será determinado, a critério da pessoa jurídica, pelo método de:

1 - apropriação direta, inclusive em relação aos custos, por meio de sistema de contabilidade de custos integrada e coordenada com a escrituração; ou

2 - rateio proporcional, aplicando-se aos custos, despesas e encargos comuns a relação percentual existente entre a receita bruta sujeita à incidência não cumulativa e a receita bruta total, auferidas em cada mês.

O método eleito pela pessoa jurídica será aplicado consistentemente por todo o ano-calendário, observadas as normas editadas pela Secretaria da Receita Federal.

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(Analista/Hemobras/FCC/2013) É correto afirmar que a pessoa jurídica sujeita à apuração do imposto de renda com base no lucro real que auferir receitas decorrentes da prestação de serviços de diálise e da venda de equipamentos médico-hospitalares poderá descontar créditos de PIS-Pasep e Cofins calculados em relação a

a) bens e serviços, que forem utilizados como insumo na prestação dos serviços de diálise, com base no método de apropriação direta.

b) energia térmica consumida no estabelecimento da pessoa jurídica, com base no método de apropriação direta ou de rateio proporcional.

c) aluguéis de máquinas e equipamentos utilizados na prestação dos serviços de diálise, pagos à pessoa física, com base no método de rateio proporcional.

d) vale-transporte, vale-refeição ou vale-alimentação, fardamento ou uniforme fornecidos aos empregados, com base no método de apropriação direta ou de rateio proporcional.

e) valores das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de máquinas e equipamentos, pagos à pessoa jurídica optante pelo regime tributário do Simples Nacional, com base no método de rateio proporcional.

A pessoa sujeita ao lucro real deve apurar PIS-Pasep e Cofins com incidência não cumulativa. Na apuração desses tributos, pode descontar créditos calculados em relação à energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor, consumidas em seus estabelecimentos. Gabarito: B

Não integram o valor das máquinas, equipamentos e outros bens fabricados para incorporação ao ativo imobilizado os seguintes custos:

1 - de mão de obra paga a pessoa física; e

2 - da aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento da contribuição, inclusive no caso de isenção, esse último quando revendidos ou utilizados como insumo em produtos ou serviços sujeitos à alíquota zero, isentos ou não alcançados pela contribuição.

No cálculo do crédito, podem ser considerados os valores decorrentes do ajuste a valor presente.

Contribuinte − O contribuinte das contribuições para o PIS/Pasep e Cofins é a pessoa jurídica que aufere as receitas sujeitas ao tributo.

Não incidência − As contribuições para o PIS/Pasep e Cofins não incidem sobre as receitas decorrentes das operações de:

1 - exportação de mercadorias para o exterior;

2 - prestação de serviços para pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior, cujo pagamento represente ingresso de divisas;

3 - vendas a empresa comercial exportadora com o fim específico de exportação.

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Nas hipóteses de não incidência, a pessoa jurídica vendedora pode utilizar o crédito apurado para fins de:

1 - dedução do valor da contribuição a recolher, decorrente das demais operações no mercado interno;

2 - compensação com débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.

A pessoa jurídica que, até o final de cada trimestre do ano civil, não conseguir utilizar os créditos das contribuições para o PIS/Pasep e Cofins poderá solicitar o seu ressarcimento em dinheiro.

Exemplo

Certa companhia adquiriu um lote de 1.000 unidades de determinada mercadoria para revenda, pagando R$ 500,00 por cada. Posteriormente, vendeu 60% do referido lote por R$ 900,00 a unidade. A companhia está sujeita à incidência do PIS e da Cofins no regime não cumulativo, com alíquotas, respectivamente, de 1,65% e 7,6%, bem como à incidência do ICMS à alíquota de 18% nas operações de compra e venda.

Neste caso, ICMS, PIS e Cofins, por serem tributos recuperáveis, não integram o custo de aquisição do estoque.

1.000 unids. x 500,00 = 500.000 ICMS já incluído = 500.000 x 18% = ( 90.000) PIS já incluído = 500.000 x 1,65% = ( 8.250) Cofins já incluída = 500.000 x 7,6% = ( 38.000) Custo de aquisição 363.750

Como os três tributos incidem da mesma forma, ou seja, por dentro (integram suas próprias bases de cálculo), o cálculo pode ser simplificado pela soma das alíquotas:

1.000 unids. x 500,00 = 500.000 ICMS + PIS + Cofins = 500.000 x 27,25% = (136.250) Custo de aquisição 363.750

Custo unitário = 363.750/1.000 unids. = 363,75

D - Estoque de Mercadorias 363.750 D - Tributos a Recuperar – ICMS, PIS e Cofins 136.250 C - Caixa 500.000

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Substituir o item 10:

10 Regime Tributário de Transição (RTT)

Conforme a Lei nº 12.973/2014 (Medida Provisória nº 627, de 11 de novembro de 2013), o Regime Tributário de Transição será extinto até 31 de dezembro de 2014. Em princípio, os efeitos dessa lei sobre o RTT ocorrerão a partir de janeiro de 2015. Todavia, a pessoa jurídica pode optar pela aplicação desses efeitos já a partir de janeiro de 2014. A opção será irretratável e acarretará a observância, a partir de 1º de janeiro de

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2014, de quase todas as alterações trazidas pela lei citada, que modifica a legislação do IRPJ, CSLL, PIS/Pasep e Cofins, entre outras mudanças.

O RTT foi instituído com o objetivo de que as mudanças contábeis destinadas à convergência da contabilidade brasileira ao padrão internacional não produzam efeitos tributários (neutralidade tributária). Passou a ser obrigatório a partir do ano-calendário de 2010, inclusive para a apuração do IR com base no lucro presumido ou arbitrado, da CSLL, da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins.

Assim, a Lei nº 12.973/2014 acaba, a partir de janeiro de 2015, com a neutralidade tributária no processo de convergência das normas contábeis brasileiras ao padrão IFRS, previsto na Lei nº 11.638/2007. Pela ótica do governo, muitas empresas aproveitaram a convergência ao padrão internacional para deixar de pagar imposto, por isso, com o fim da neutralidade tributária, haverá isenção apenas para as hipóteses previstas na legislação tributária.

(Auditor/Receita Federal/Esaf/2014) Com a extinção do chamado Regime Tributário de Transição (RTT), foram efetuadas importantes alterações na legislação vigente sobre o Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ), e sobre a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Entre as opções abaixo, assinale aquela que não constitui uma dessas alterações.

a) Tratamento dos efeitos provocados em razão da alteração significativa na forma de contabilização do arrendamento mercantil (leasing) na Lei das SA, com o reconhecimento no ativo imobilizado do bem arrendado, desde a formalização do contrato.

b) Disciplinamento de ajustes decorrentes dos novos métodos e critérios contábeis introduzidos em razão da convergência das normas contábeis brasileiras aos padrões internacionais.

c) Estabelecimento de multa específica pela falta de apresentação da escrituração do livro de apuração do lucro real em meio digital, ou pela sua apresentação com informações incorretas ou omissas, com base na capacidade contributiva da empresa.

d) Extinção da sistemática de ajustes em Livro Fiscal para os ajustes do lucro líquido decorrentes do RTT.

e) Avaliação dos investimentos pela equivalência patrimonial. A MP dispõe sobre o registro separado do valor decorrente da avaliação ao valor justo dos ativos líquidos da investida (mais-valia) e a diferença decorrente de rentabilidade futura (goodwill).

Esta questão foi aplicada na prova de Direito Tributário. Após a extinção do RTT, os ajustes do lucro líquido em livro fiscal permanecem obrigatórios.

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(Auditor/Receita Federal/Esaf/2014) Leia o texto abaixo:

“Brasília, 12 de novembro de 2013 - Foi publicada hoje no Diário Oficial da União a Medida Provisória nº 627, de 11 de novembro de 2013, que revoga o Regime Tributário de Transição (RTT), instituído pela Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009, e que dispõe sobre a tributação dos lucros auferidos no exterior por pessoa jurídica e física residente ou domiciliada no Brasil. A MP tem como objetivo a adequação da legislação tributária à legislação societária e, assim, estabelecer os ajustes que devem ser efetuados em livro fiscal para a apuração da base de cálculo do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e, consequentemente, extinguindo o RTT.”

Assinale a opção não prevista pela Medida Provisória nº 627, de 11 de novembro de 2013.

a) Não incidência de Imposto de Renda sobre dividendos efetivamente pagos até 11/11/2013, com base em resultados apurados pela pessoa jurídica entre 01/01/2008 e 31/12/2013, em valor superior ao lucro apurado com base nos critérios contábeis vigentes em 31/12/2007.

b) Variação do momento do pagamento do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica controladora domiciliada no Brasil, incidente sobre a parcela do ajuste do valor do investimento equivalente aos lucros auferidos por controlada no exterior, de acordo com a localização, ou não, da controlada em país com tributação favorecida.

c) Faculdade de extinção do Regime Tributário de Transição a partir de janeiro de 2014 e obrigatoriedade de extinção do Regime Tributário de Transição a partir de janeiro de 2015, vedada utilização simultânea dos dois regimes por uma mesma pessoa jurídica.

d) Proibição de utilização do ágio por rentabilidade futura (goodwill) relativo à participação societária extinta em decorrência de fusão, incorporação ou cisão, quando apurado em operação de substituição de ações ou de quotas de participação societária, para fins de determinação do lucro real da pessoa jurídica.

e) Garantia do direito à utilização do ágio interno como despesa dedutível para fins de apuração do lucro real da pessoa jurídica.

Esta questão foi aplicada na prova de Legislação Tributária.

A alternativa A foi baseada no art. 67 da MP nº 627 (convertida na Lei nº 12.973/2014):

Art. 67. Os lucros ou dividendos calculados com base nos resultados apurados entre 1º de janeiro de 2008 e 31 de dezembro de 2013, pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado, efetivamente pagos até a data de publicação desta Medida Provisória, em valores superiores aos apurados com observância dos métodos e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007, não ficarão sujeitos à incidência do imposto de renda na fonte, nem integrarão a base de cálculo do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido do beneficiário, pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliado no País ou no exterior.

Como a MP foi publicada no DOU de 12/11/2013, houve erro também nessa alternativa, o que gerou a anulação da questão.

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A matéria está assim prevista na Lei nº 12.973/2014, em seu art. 72, agora sem mencionar data de pagamento dos dividendos:

Art. 72. Os lucros ou dividendos calculados com base nos resultados apurados entre 1º de janeiro de 2008 e 31 de dezembro de 2013 pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado, em valores superiores aos apurados com observância dos métodos e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007, não ficarão sujeitos à incidência do imposto de renda na fonte, nem integrarão a base de cálculo do imposto de renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido do beneficiário, pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliado no País ou no exterior.

A Lei citada não admite a dedução de ágio por rentabilidade futura gerado internamente, o que torna a alternativa E também incorreta. Gabarito preliminar: E. Gabarito final: Nula.

Página 690

O item 7 passe a ter nova redação, e os itens 7 e 8 anteriores devem ser renumerados para 8 e 9:

7 - informações comparativas com o período anterior; 8 - balanço patrimonial do início do período mais antigo comparativamente apresentado quando a entidade

aplica uma política contábil retrospectivamente ou procede à reapresentação retrospectiva de itens das demonstrações contábeis, ou ainda quando procede à reclassificação de itens de suas demonstrações contábeis.

9 - demonstração do valor adicionado do período (CPC 09), se exigida legalmente ou por algum órgão regulador ou mesmo se apresentada voluntariamente;2

Página 723

A alínea (b) do segundo parágrafo passa a ter seguinte redação:

..............

(b) dois investidores empreendedores em conjunto simplesmente por compartilharem o controle conjunto sobre um empreendimento controlado em conjunto (joint venture);

..............

Página 752

Acrescentar o item 4..6:

4.6 Ajuste a valor presente como dedução da receita bruta

Conforme a Lei nº 12.973/2014, “Na receita bruta incluem-se os tributos sobre ela incidentes e os valores decorrentes do ajuste a valor presente”. A mesma lei também estabelece que a receita líquida é a receita bruta deduzida, entre outros, dos “valores decorrentes do ajuste a valor presente, de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, das operações vinculadas à receita bruta”.

2 A Lei das S/A só exige a demonstração do valor adicionado se a companhia for aberta.

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Como o ajuste a valor presente deve ocorrer no reconhecimento inicial dos ativos e passivos (nesse caso, no ato da venda), eis a forma de indicar como dedução da receita bruta esse valor decorrente de ajuste a valor presente:

O registro contábil da receita de vendas é feito pelo valor bruto:

D - Contas a Receber C - Receitas de Vendas 12.000

Em seguida, o valor do ajuste é debitado em conta redutora da receita bruta:

D - Deduções da Receita Bruta por Ajuste a Valor Presente 2.000 C - Ajuste a Valor Presente (receita a apropriar)

Na DRE:

Receita bruta de vendas 12.000 ( – ) Deduções da Receita Bruta por Ajuste a Valor Presente (2.000) Receita líquida de vendas 10.000

Página 784

No item 13, substituir o seguinte texto:

Além dos dividendos, as companhias têm a opção de oferecer aos acionistas remuneração a título de juros sobre o capital próprio (ou juros sobre as contas de patrimônio líquido). Em geral, esses juros pagos ou creditados são lançados contabilmente como despesas financeiras.

Conforme o IR , a pessoa jurídica pode deduzir, para efeitos de apuração do lucro real, os juros pagos ou creditados individualizadamente a titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio, calculados sobre as contas do patrimônio líquido e limitados à variação, pro rata dia, da Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP. Segundo a Lei nº 12.973/2014, para fins de cálculo da remuneração sobre o capital próprio, serão consideradas exclusivamente as seguintes contas do patrimônio líquido:

1 - capital social; 2 - reservas de capital; 3 - reservas de lucros; 4 - ações em tesouraria; e 5 - prejuízos acumulados.

Para fins de cálculo dessa remuneração, a conta capital social inclui todas as espécies de ações previstas no art. 15 da Lei das S/A, ainda que classificadas em contas de passivo na escrituração comercial.

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Exemplo

Capital próprio antes do resultado:

Capital Social 1.100 Reservas de Capital 500 Ajustes de Avaliação Patrimonial 200 Reservas de Lucros 1.200 3.000 ....................

Página 864

Antes da questão 69, acrescentar o seguinte:

Ajuste a valor presente como dedução da receita bruta – Enquanto o CPC 12 prevê o reconhecimento contábil com base na receita líquida, a Lei nº 12.973/2014 estabelece que o registro seja feito pelo valor da receita bruta. Portanto, é preciso identificar qual desses dois critérios é exigido pela banca examinadora.

Como o ajuste a valor presente deve ocorrer no reconhecimento inicial dos ativos e passivos (nesse caso, no ato da venda), eis a forma de indicar como dedução da receita bruta esse valor decorrente de ajuste a valor presente:

O registro contábil da receita de vendas é feito pelo valor bruto:

D - Contas a Receber C - Receitas de Vendas 12.000

Em seguida, o valor do ajuste é debitado em conta redutora da receita bruta:

D - Deduções da Receita Bruta por Ajuste a Valor Presente 2.000 C - Ajuste a Valor Presente (receita a apropriar)

Na DRE:

Receita bruta de vendas 12.000 ( – ) Deduções da Receita Bruta por Ajuste a Valor Presente (2.000) Receita líquida de vendas 10.000 Página 965

Questão 58

No comentário, em vez de “vida útil definida”, o correto é “vida útil indefinida”.

Página 1002

No final da página:

Em 30/12/x0, eis os registros contábeis no arrendador arrendatário:

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Página 1010

Acrescentar o item 1.7:

1.7 Não dedutibilidade da despesa de depreciação e amortização

A Lei nº 12.973/2014 veda a dedução, para fins do imposto de renda, da despesa de depreciação e amortização de bem objeto de arrendamento mercantil, que deve ser ajustada como uma adição do lucro real. Todavia, a prestação do arrendamento é despesa dedutível. Por isso, com essa adição, a legislação evita a duplicidade da dedução.

Páginas 1056 a 1062

Substituir os itens 3.2 a 3.7 pelos itens 3.2 a 3.2.6 a seguir:

3.2 Desdobramento do custo de aquisição na equivalência patrimonial

Conforme a Lei nº 12.973/2014, o contribuinte que avaliar investimento pelo método da equivalência patrimonial deverá, por ocasião da aquisição da participação, desdobrar o custo de aquisição em:

1 - valor de patrimônio líquido na época da aquisição; 2 - mais ou menos-valia; 3 - ágio por rentabilidade futura (goodwill);

Mais ou menos-valia é a diferença positiva ou negativa, respectivamente, entre o valor justo dos ativos líquidos da investida e o valor de patrimônio líquido na época da aquisição. Para esses efeitos, o valor justo dos ativos da investida deve ser apurado conforme o percentual da participação adquirida, ou seja, proporcionalmente.

Mais ou Menos-Valia = Valor Justo dos Ativos Líquidos – Valor de PL

Mais-Valia → Valor Justo > Valor de PL

Menos-Valia → Valor Justo < Valor de PL

O valor justo dos ativos líquidos da investida é apurado pela diferença entre os ativos identificáveis adquiridos e os passivos assumidos, calculados a valor justo (em regra, o valor justo é o valor de mercado da participação).

Ágio por rentabilidade futura (goodwill) é a diferença entre o custo de aquisição do investimento (valor pago pela participação) e o somatório do valor de patrimônio líquido na época da aquisição com a mais ou menos-valia.

Goodwill = Custo de Aquisição – (Valor de PL + Mais-Valia)

Goodwill = Custo de Aquisição – (Valor de PL – Menos-Valia)

Os valores de patrimônio líquido, mais ou menos-valia e ágio rentabilidade futura devem ser registrados em subcontas distintas.

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O valor da mais ou menos-valia deve ser baseado em laudo elaborado por perito independente, protocolado na Secretaria da Receita Federal do Brasil ou cujo sumário deve ser registrado em Cartório de Registro de Títulos e Documentos, até o último dia útil do 13º mês subsequente ao da aquisição da participação.

3.2.1 Mais-valia

Se a diferença entre o valor justo (valor de mercado) dos ativos líquidos da investida, proporcionalmente, e o valor de patrimônio líquido na época da aquisição for positiva, a participação terá sido adquirida com mais-valia.

Mais-Valia → Valor Justo > Valor de PL

Valor justo

Valor de

PL

Mais-valia

Valor Justo = Valor de PL + Mais-Valia

1º exemplo

A companhia investidora adquiriu 80% das ações de uma controlada por 960 (custo de aquisição). O valor justo (valor de mercado) dos ativos líquidos da investida era de 1.200. O capital social da investida estava dividido em 1.000 ações e o seu patrimônio líquido apresentava estes valores:

Patrimônio líquido

Capital Social (1.000 ações) 1.000 Reservas de Lucros 200 1.200

Valor justo proporcional dos ativos líquidos da investida = 1.200 x 80% 960 Valor de PL na época da aquisição = 1.200 x 80% (960) Mais-valia 0

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Nessa hipótese, não há mais ou menos-valia, pois o valor justo dos ativos líquidos adquiridos da investida é igual ao valor de PL da participação:

Valor justo Valor de PL

Eis o lançamento:

D - Participações Permanentes Valor de PL 960

C - Caixa 960

2º exemplo

A companhia investidora adquiriu 80% das ações de uma controlada por 960. O valor justo (valor de mercado) dos ativos líquidos da investida era de 1.200. O capital social da investida estava dividido em 1.000 ações e o seu patrimônio líquido apresentava estes valores:

Patrimônio líquido Capital Social (1.000 ações) 1.000 Reservas de Lucros 100 1.100

Valor justo proporcional dos ativos líquidos da investida = 1.200 x 80% 960 Valor de PL na época da aquisição = 1.100 x 80% (880) Mais-valia 80

Nessa hipótese, não há ágio por expectativa de rentabilidade futura, pois o valor justo dos ativos líquidos adquiridos da investida é igual ao valor pago na aquisição (valor justo = custo de aquisição).

Eis o lançamento contábil:

D - Participações Permanentes Valor de PL 880 Mais-valia 80 960

C - Caixa 960

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No ativo não circulante, subgrupo investimentos, o custo de aquisição da participação é desdobrado, por subcontas, em valor de patrimônio líquido e mais-valia:

Investimentos

Participações Permanentes

Valor de PL 880 Mais-valia 80 Custo de aquisição 960

3.2.2 Menos-valia

Se diferença entre o valor justo dos ativos líquidos da investida, proporcionalmente, e o valor de patrimônio líquido na época da aquisição for negativa, a participação terá sido adquirida com menos-valia.

Menos-Valia → Valor Justo < Valor de PL

Valor justo Valor de

PL

Menos-valia

Valor Justo + Menos-Valia = Valor de PL ou

Valor Justo = Valor de PL – Menos-Valia

Por exemplo, a companhia investidora adquiriu 80% das ações de uma controlada por 800. O valor justo (valor de mercado) dos ativos líquidos da investida era de 1.000. O capital social da investida estava dividido em 1.000 ações e o seu patrimônio líquido apresentava os seguintes valores:

Patrimônio líquido Capital Social (1.000 ações) 1.000 Reservas de Lucros 100 1.100

Valor justo proporcional dos ativos líquidos da investida = 1.000 x 80% 800 Valor de PL na época da aquisição = 1.100 x 80% (880) Menos-valia ( 80)

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Eis o lançamento:

D - Participações Permanentes – Valor de PL 880 C - Caixa 800 C - Participações Permanentes – Menos-valia 80

No ativo não circulante investimentos, o custo de aquisição da participação é desdobrado, por subcontas, em valor de patrimônio líquido e menos-valia:

Investimentos

Participações Permanentes

Valor de PL 880 Menos-valia (80) Custo de aquisição 800

3.2.3 Ágio por rentabilidade futura (goodwill)

A aquisição de participação societária sujeita à avaliação pelo valor do patrimônio líquido exige o reconhecimento e a mensuração:

1 - primeiramente, dos ativos identificáveis adquiridos e dos passivos assumidos a valor justo; e 2 - posteriormente, do ágio por rentabilidade futura (goodwill) ou do ganho proveniente de compra

vantajosa.

O goodwill corresponde à diferença entre o custo de aquisição do investimento e o somatório do valor de patrimônio líquido, na época da aquisição, com a mais ou menos-valia.

Custo de aquisição

Valor de PL

Mais-valia

Goodwill

Goodwill = Custo de Aquisição – (Valor de PL + Mais-Valia) ou

Goodwill = Custo de Aquisição – (Valor de PL – Menos-Valia)

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Por exemplo, a companhia investidora adquiriu 80% das ações de uma controlada por 1.000. O valor justo (valor de mercado) dos ativos líquidos da investida era de 1.200. O capital social da investida estava dividido em 1.000 ações e o seu patrimônio líquido apresentava estes valores:

Patrimônio líquido Capital Social (1.000 ações) 1.000 Reservas de Lucros 100 1.100

Custo de aquisição 1.000 Valor de PL na época da aquisição = 1.100 x 80% 880 Mais-valia 80 ( 960) Goodwill 40

Eis o lançamento:

D - Participações Permanentes – Valor de PL 880 D - Participações Permanentes – Mais-valia 80 D - Participações Permanentes – Goodwill 40 C - Caixa 1.000

No ativo não circulante investimentos, o custo de aquisição da participação é desdobrado, por subcontas, em valor de patrimônio líquido, mais-valia e ágio por rentabilidade futura:

Investimentos

Participações permanentes

Valor de PL 880

Mais-valia 80 Goodwill 40 Custo de aquisição 1.000

O goodwill também pode ser apurado pela diferença positiva entre o custo de aquisição do investimento e o valor justo dos ativos líquidos identificáveis adquiridos da investida. É interessante observar que:

Valor Justo = Valor de PL + Mais-Valia e

Goodwill = Custo de Aquisição – Valor Justo dos Ativos Líquidos

Logo:

Goodwill = Custo de Aquisição – (Valor de PL + Mais-Valia)

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(Analista/Hemobras/FCC/2013) O ágio fundamentado em rentabilidade futura (goodwill) pago na aquisição de participação em uma empresa que se torna coligada é definido como sendo a) o excesso do custo em relação à participação da empresa investidora no valor justo líquido dos ativos e

passivos identificáveis da empresa investida. b) o excesso do custo em relação à participação da empresa investidora no Patrimônio Líquido contábil da

empresa investida. c) a diferença entre a participação da empresa investidora no Patrimônio Líquido a valor justo e a participação

da empresa investidora no Patrimônio Líquido contábil da empresa investida. d) a diferença entre o Patrimônio Líquido contábil e o Patrimônio Líquido a valor justo da empresa

investida. e) o excesso do valor justo dos ativos em relação ao Patrimônio Líquido contábil da empresa investida.

O goodwill é apurado pela diferença entre o valor pago (custo de aquisição) e valor justo dos ativos líquidos adquiridos da investida, proporcionalmente. Também pode ser calculado pela diferença entre o custo de aquisição do investimento e o somatório do valor de patrimônio líquido na época da aquisição com a mais ou menos-valia. Gabarito: A (Analista/TRT-6ª/FCC/2012) A Cia. Investidora adquiriu 90% das ações da Cia. Gama por R$ 5.000.000,00. Na data da aquisição, o patrimônio líquido da Cia. Gama era de R$ 3.500.000,00 e o valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis da Cia. era de R$ 4.500.000,00.

Com base nessas informações e sabendo que a participação dos não controladores é avaliada pela parte que lhes cabe no valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis da adquirida, o valor do ágio pago pela Cia. Investidora em função de rentabilidade futura foi, em reais,

a) 1.850.000. b) 1.500.000. c) 1.000.000. d) 950.000. e) 500.000.

Cálculo simplificado do goodwill: 5.000.000 – (4.500.000 x 90%) = 950.000. Trata-se da diferença positiva entre o valor pago (custo de aquisição) e o valor justo.

Em regra, o valor apurado a título de mais-valia representa ágio por subavaliação de ativos. Vale dizer, o investidor aceita pagar mais que o valor contábil porque o ativo da investida está com valor abaixo do mercado.

Valor justo da participação = 4.500.000 x 90% 4.050.000 Valor de PL da participação = 3.500.000 x 90% (3.150.000) Mais-valia 900.000

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Valor pago 5.000.000 Valor de PL 3.150.000 Mais-valia 900.000 (4.050.000) Ágio por expectativa de rentabilidade futura 950.000 Gabarito: D (ICMS-RJ/FCC/2014) A Cia. Carioca adquiriu, em 31/12/2012, 40% das ações da Cia. Copa por R$ 4.500.000,00 à vista, o que lhe conferiu influência significativa na administração. Na data da aquisição, o patrimônio líquido da Cia. Copa era R$ 6.000.000,00 e o valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis desta Cia. era R$ 9.000.000,00, cuja diferença foi decorrente de um terreno que a Cia. Copa havia adquirido em 2010. No período de 01/01/2013 a 30/06/2013, a Cia. Copa reconheceu as seguintes mutações em seu patrimônio líquido:

− Lucro líquido do semestre: R$ 400.000,00 − Ajustes de conversão de investida no exterior: R$ 100.000,00 (credor)

Com base nestas informações, os valores evidenciados no balanço patrimonial da Cia. Carioca, em Investimentos em Coligadas, em 31/12/2012 e 30/06/2013, foram, respectivamente, a) R$ 4.500.000,00 e R$ 4.660.000,00. b) R$ 3.600.000,00 e R$ 3.760.000,00. c) R$ 4.500.000,00 e R$ 4.700.000,00. d) R$ 3.600.000,00 e R$ 3.800.000,00. e) R$ 2.400.000,00 e R$ 2.600.000,00.

Em 31/12/2012:

Valor de PL do investimento: 6.000.000 x 40% = 2.400.000 Valor pago na aquisição do investimento: 4.500.000 Valor justo do investimento: 9.000.000 x 40% = 3.600.000

Mais-Valia = Valor Justo − Valor de PL = 3.600.000 − 2.400.000 = 1.200.000

Goodwill = Valor Pago na Aquisição − Valor Justo = 4.500.000 − 3.600.000 = 900.000

Registro contábil:

D - Investimento em Coligadas − Valor de PL 2.400.000 D - Investimento em Coligadas − Mais-valia 1.200.000 D - Investimento em Coligadas − Goodwill 900.000 C - Caixa 4.500.000

Em 30/06/2013:

Lucro líquido do semestre 400.000 Ajuste de conversão 100.000 Total 500.000 x 40% Resultado de equivalência 200.000

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Valor dos investimentos em coligadas em 31/12/2012 = 4.500.000

Valor dos investimentos em coligadas em 30/06/2013 = 4.500.000 + 200.000 = 4.700.000

Gabarito: C (Analista/Sabesp/FCC/2014) Atenção: Para responder às questões de números 29 e 30, considere as informações abaixo.

A Cia. Europeia adquiriu 40% das ações da Cia. Sem Cheiro por R$ 5.500.000. Na data da aquisição, o patrimônio líquido da Cia. Sem Cheiro era R$ 6.000.000 e o valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis da Cia. Sem Cheiro era R$ 9.000.000.

Sabendo que a Cia. Europeia passou a ter influência significativa na Cia. Sem Cheiro, o valor reconhecido no ativo da Cia. Europeia, em Investimentos, foi, em reais,

a) 2.400.000. b) 3.600.000. c) 5.500.000. d) 3.000.000. e) 3.100.000.

O valor reconhecido em investimentos, no ativo não circulante, é o total pago na aquisição. Como há influência significativa, a participação deve ser desdobrada em valor de PL, mais-valia e ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill).

Valor justo líquido do investimento (9.000.000 x 40%) 3.600.000 Valor de PL do investimento (6.000.000 x 40%) (2.400.000) Mais-valia (ágio com base no valor de mercado) 1.200.000 Valor pago na aquisição (custo) 5.500.000 Valor justo líquido do investimento (9.000.000 x 40%) (3.600.000)

Goodwill 1.900.000

D - Investimentos Valor de PL 2.400.000 Mais-valia 1.200.000 Goodwill 1.900.000 C - Bancos Conta Movimento 5.500.000 Gabarito: C

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(Analista/Sabesp/FCC/2014) Sabendo que a Cia. Sem Cheiro, em 2013, apurou um lucro líquido de R$ 800.000 e distribuiu e pagou dividendos no valor de R$ 300.000, a Cia. Europeia reconheceu, em 2013, receita de

a) equivalência patrimonial de R$ 200.000. b) dividendos de R$ 120.000. c) equivalência patrimonial de R$ 320.000. d) equivalência patrimonial de R$ 200.000 e receita de dividendos de R$ 120.000. e) equivalência patrimonial de R$ 320.000 e receita de dividendos de R$ 120.000.

No método da equivalência patrimonial, o dividendo não é reconhecido como receita, mas como redução do valor do investimento.

Resultado positivo de equivalência: 800.000 x 40% = 320.000:

D - Investimentos C - Resultado Positivo de Equivalência Patrimonial 320.000

Dividendos: 300.000 x 40% = 120.000:

D- Caixa ou Bancos C - Investimentos 120.000 Gabarito: C

3.2.4 Ganho por compra vantajosa

O ganho proveniente de compra vantajosa (deságio) é o excesso do valor justo proporcional dos ativos líquidos da investida em relação ao custo de aquisição do investimento.

Ganho por Compra Vantajosa = Valor Justo dos Ativos Líquidos – Custo de Aquisição

Só há ganho por compra vantajosa quando o valor justo é maior que o custo de aquisição.

Valor justo

Custo de aquisição

GCV

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Por exemplo, a companhia investidora adquiriu 80% das ações de uma controlada por 800. O valor justo (valor de mercado) dos ativos líquidos da investida era de 1.100. O capital social da investida estava dividido em 1.000 ações e o seu patrimônio líquido apresentava estes valores:

Patrimônio líquido Capital Social (1.000 ações) 1.000 Reservas de Lucros 100 1.100

Valor justos dos ativos líquidos = 1.100 x 80% 880 Custo de aquisição do investimento (800) Ganho por compra vantajosa 80

Eis o lançamento:

D - Participações Permanentes – Valor de PL 880 C- Ganho por Compra Vantajosa 80 C - Caixa 800

3.2.5 Ajuste decorrente de avaliação a valor justo na investida

A contrapartida do ajuste positivo em participação societária mensurada pelo patrimônio líquido, decorrente da avaliação pelo valor justo de ativo ou passivo da investida, deverá ser compensada pela baixa do respectivo saldo da mais-valia.

Por exemplo, a companhia investidora adquiriu 80% das ações de uma controlada por 1.000. O valor justo (valor de mercado) dos ativos líquidos da investida era de 1.200. O capital social da investida estava dividido em 1.000 ações e o seu patrimônio líquido apresentava estes valores:

Patrimônio líquido Capital Social (1.000 ações) 1.000 Reservas de Lucros 100 1.100

Custo de aquisição 1.000 Valor de PL na época da aquisição = 1.100 x 80% 880 Mais-valia 80 ( 960) Goodwill 40

Eis o lançamento:

D - Participações Permanentes – Valor de PL 880 D - Participações Permanentes – Mais-valia 80 D - Participações Permanentes – Goodwill 40 C - Caixa 1.000

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Sabe-se que a justificativa para a mais-valia era a subavaliação de instrumentos financeiros da investida.

Imediatamente após a aquisição, a investida avaliou, pelo valor justo, os instrumentos financeiros que geraram a mais-valia:

D - Instrumentos Financeiros C - Ajuste de Avaliação Patrimonial 80

A investidora, então, promoveu um ajuste positivo no valor de PL de sua participação societária, tendo como contrapartida a baixa da mais-valia:

D - Participações Permanentes – Valor de PL C - Participações Permanentes – Mais-valia 80

Caso o valor de avaliação fosse superior à mais-valia, a diferença representaria um ganho para a investidora, registrado na conta Ajuste de Avaliação Patrimonial da investidora. O mesmo tratamento seria aplicado se os bens avaliados fossem diferentes dos que justificaram a mais-valia.

Para os efeitos do Imposto de Renda, o ganho relativo a essa contrapartida, no caso de bens diferentes dos que serviram de fundamento à mais-valia, ou relativo à contrapartida superior ao saldo da mais-valia, deverá ser computado na determinação do lucro real, salvo se o ganho for evidenciado contabilmente em subconta vinculada à participação societária, com discriminação do bem, do direito ou da obrigação da investida objeto de avaliação com base no valor justo, em condições de permitir a determinação da parcela realizada, liquidada ou baixada em cada período.

O valor registrado na subconta de mais-valia deve ser baixado à medida que o ativo da investida for realizado, inclusive mediante depreciação, amortização, exaustão, alienação ou baixa, ou quando o passivo da investida for liquidado ou baixado, e o ganho respectivo não será computado na determinação do lucro real nos períodos de apuração em que a investida computar o ganho na determinação do lucro real.

O ganho relativo ao saldo da subconta de mais-valia deve ser computado na determinação do lucro real do período de apuração em que o contribuinte alienar ou liquidar o investimento.

Cabe à Secretaria da Receita Federal do Brasil disciplinar o controle das participações permanentes em subcontas.

A contrapartida do ajuste negativo em participação societária mensurada pelo patrimônio líquido, decorrente da avaliação pelo valor justo de ativo ou passivo da investida, deve ser compensada pela baixa do respectivo saldo da menos-valia.

Por exemplo, a companhia investidora adquiriu 80% das ações de uma controlada por 800. O valor justo (valor de mercado) dos ativos líquidos da investida era de 1.000. O capital social da investida estava dividido em 1.000 ações e o seu patrimônio líquido apresentava os seguintes valores:

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Patrimônio líquido Capital Social (1.000 ações) 1.000 Reservas de Lucros 100 1.100

Valor justo proporcional dos ativos líquidos da investida = 1.000 x 80% 800 Valor de PL na época da aquisição = 1.100 x 80% (880) Menos-valia ( 80)

Eis o lançamento:

D - Participações Permanentes – Valor de PL 880 C - Caixa 800 C - Participações Permanentes – Menos-valia 80

Sabe-se que a justificativa para a menos-valia era a superavaliação de instrumentos financeiros da investida.

Imediatamente após a aquisição, a investida avaliou, pelo valor justo, os instrumentos financeiros que geraram a menos-valia:

D - Ajuste de Avaliação Patrimonial C - Instrumentos Financeiros 80

A investidora, então, promoveu um ajuste negativo no valor de PL de sua participação societária, tendo como contrapartida a baixa da menos-valia:

D - Participações Permanentes – Menos-valia C - Participações Permanentes – Valor de PL 80

Para os efeitos do Imposto de Renda, a perda relativa à contrapartida de ajuste negativo na participação societária, no caso de bens diferentes dos que serviram de fundamento à menos-valia, ou relativa à contrapartida superior ao saldo da menos-valia não deve ser computada na determinação do lucro real e será evidenciada contabilmente em subconta vinculada à participação societária, com discriminação do bem, do direito ou da obrigação da investida objeto de avaliação com base no valor justo, em condições de permitir a determinação da parcela realizada, liquidada ou baixada em cada período. O valor registrado nessa subconta deve ser baixado à medida que o ativo da investida for realizado, inclusive mediante depreciação, amortização, exaustão, alienação ou baixa, ou quando o passivo da investida for liquidado ou baixado, e a perda respectiva não será computada na determinação do lucro real nos períodos de apuração em que a investida computar a perda na determinação do lucro real. A perda relativa ao saldo dessa subconta pode ser computada na determinação do lucro real do período de apuração em que o contribuinte alienar ou liquidar o investimento. Na hipótese de não ser evidenciada por meio de subconta, a perda será considerada indedutível na apuração do lucro real.

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3.2.6 Valor contábil da participação para fins de ganho ou perda de capital

Conforme a Lei nº 12.973/2014, devem ser classificados como ganhos ou perdas de capital os resultados na alienação, inclusive por desapropriação, na baixa por perecimento, extinção, desgaste, obsolescência ou exaustão, ou na liquidação de bens do ativo não circulante, classificados como investimentos, imobilizado ou intangível. Os ganhos ou perdas de capital devem ser computados na apuração do lucro real.

A determinação do ganho ou perda de capital deve ter por base o valor contábil do bem, assim entendido o que estiver registrado na escrituração do contribuinte, diminuído, se for o caso, da depreciação, amortização ou exaustão acumulada e das perdas estimadas no valor de ativos. Portanto, na apuração do ganho de capital, o valor contábil também deve ser deduzido pelas perdas estimadas (provisão para perdas com investimentos, por exemplo).

Na apuração dos ganhos ou perdas de capital, devem ser considerados os respectivos valores decorrentes do ajuste a valor presente.

Os ganhos e perdas por avaliação a valor justo não são considerados como parte integrante do valor contábil, exceto no caso de ganhos que já tenham sido anteriormente tributados. O ganho/perda decorrente de avaliação a valor justo é computado na determinação do lucro real à medida que o ativo é realizado, inclusive mediante depreciação, amortização, exaustão, alienação ou baixa, ou quando o passivo é liquidado ou baixado.

Lei nº 12.973/2014 fixa que o valor contábil, para efeito de determinar o ganho ou perda de capital na alienação ou liquidação do investimento avaliado pelo valor de patrimônio líquido, é apurado pela soma algébrica dos seguintes valores:

1 - valor de patrimônio líquido pelo qual o investimento estiver registrado contabilmente; 2 - mais ou menos-valia; 3 - ágio por rentabilidade futura (goodwill).

Para os fins da apuração do ganho ou perda de capital, ainda que tenham sido realizados na escrituração comercial do contribuinte, a mais ou menos-valia e o ágio por rentabilidade futura devem ser computados na apuração do valor contábil.

Não é computado na determinação do lucro real o acréscimo ou a diminuição do valor de patrimônio líquido de investimento, decorrente de ganho ou perda por variação na porcentagem de participação do contribuinte no capital social da investida.

Nas vendas de bens do ativo não circulante classificados como investimentos, imobilizado ou intangível, para recebimento do preço, no todo ou em parte, após o término do exercício social seguinte (longo prazo) ao da contratação, o contribuinte poderá, para efeito de determinar o lucro real, reconhecer o lucro na proporção da parcela do preço recebida em cada período de apuração (como se fosse o regime de caixa).

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Página 1073

Questão 29

Alterar o texto do segundo parágrafo da questão:

Assim, trata-se de um empreendimento controlado em conjunto (joint operation venture).

Página 1162

Substituir o seguinte parágrafo:

A Escola de Administração Fazendária (Esaf) já elaborou questões em que o limite obrigatório da reserva legal foi calculado sobre o capital subscrito. Todavia, em provas recentes passou a adotar como limite o capital realizado.

Acrescentar esta questão:

(Auditor/Receita Federal/Esaf/2014) No início de 2013, o Patrimônio Líquido da Cia. Madeira era composto pelos seguintes saldos:

Contas de PL Valores R$ Capital Social 1.000.000 Capital a Integralizar (550.000) Reserva Legal 87.500 Reservas de Lucros 57.500 Lucros Retidos 170.000

Ao final do período de 2013, a empresa apurou um Lucro antes do Imposto sobre a Renda e Contribuições no valor de R$400.000.

De acordo com a política contábil da empresa, ao final do exercício, no caso da existência de lucros, os estatutos da empresa determinam que a mesma deve observar os percentuais abaixo para os cálculos das Participações e Contribuições, apuração do Lucro Líquido e sua distribuição.

Dividendos a Pagar 50% Participações da Administração nos Lucros da Sociedade 20% Participações de Debêntures 25% Participação dos Empregados nos Lucros da Sociedade 25% Provisão para IR e Contribuições 20% Reserva de Lucros 20% Reserva Legal 5%

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23. O valor a ser registrado como Reserva Legal é:

a) R$ 2.000.

b) R$ 2.500.

c) R$ 3.500.

d) R$ 7.200.

e) R$ 7.500.

Nesta questão, o limite total da reserva legal foi calculado sobre o capital realizado: (1.000.000 – 550.000) x 20% = 90.000. Por isso, a resposta é: 90.000 – 87.500 = 2.500. Como o saldo da reserva legal já está quase alcançando o limite obrigatório de 20% do capital social, não é admissível constituí-la como 5% do lucro líquido do exercício. Assim, o contabilista deve apenas complementá-la para que alcance os 20% do capital social.

Já houve provas em que a Esaf usou o capital subscrito como limite. Ou seja, ora ela usa o capital subscrito, ora o capital realizado. Na prova para AFC/STN/2013, a Esaf também adotou como limite o capital realizado. Gabarito: B

Páginas 1170 e 1171

Substituir o texto contido entre as questões 41 e 42 (que devem permanecer) pelos seguintes itens:

1.5.4.1 Subvenções para investimentos

Nos termos da Lei nº 12.973/2014, as subvenções para investimento, inclusive mediante isenção ou redução de impostos, concedidas como estímulo à implantação ou expansão de empreendimentos econômicos e as doações feitas pelo poder público não são computadas na determinação do lucro real, desde que sejam registradas em reserva de lucros (subvenções para investimentos), que somente poderá ser utilizada para:

1 - absorção de prejuízos, desde que anteriormente já tenham sido totalmente absorvidas as demais reservas de lucros, com exceção da reserva legal; ou

2 - aumento do capital social.

Na hipótese de absorção de prejuízos, a pessoa jurídica deverá recompor a reserva à medida que forem apurados lucros nos períodos subsequentes. Caso essa condição não seja observada, as doações e subvenções citadas serão tributadas. Também haverá tributação caso seja dada destinação diversa da absorção de prejuízos ou aumento de capital, inclusive nas hipóteses de:

1 - capitalização do valor e posterior restituição de capital aos sócios ou ao titular, mediante redução do capital social, hipótese em que a base para a incidência será o valor restituído, limitado ao valor total das exclusões decorrentes de doações ou subvenções governamentais para investimentos;

2 - restituição de capital aos sócios ou ao titular, mediante redução do capital social, nos cinco anos anteriores à data da doação ou da subvenção, com posterior capitalização do valor da doação ou da

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subvenção, hipótese em que a base para a incidência será o valor restituído, limitada ao valor total das exclusões decorrentes de doações ou de subvenções governamentais para investimentos; ou

3 - integração à base de cálculo dos dividendos obrigatórios.

1.5.4.2 Prêmio na emissão de debêntures

Também conforme a Lei nº 12.973/2014, o prêmio na emissão de debêntures não será computado na determinação do lucro real, desde que:

1 - a titularidade da debênture não seja de sócio ou titular da pessoa jurídica emitente (para esses efeitos, são considerados os sócios com participação igual ou superior a 10% do capital social da pessoa jurídica emitente); e

2 - seja registrado em reserva de lucros específica, que somente poderá ser utilizada para: a) absorção de prejuízos, desde que anteriormente já tenham sido totalmente absorvidas as demais

reservas de lucros, com exceção da reserva legal; ou b) aumento do capital social.

Na hipótese do uso para absorção de prejuízos, a pessoa jurídica deverá recompor a reserva à medida que forem apurados lucros nos períodos subsequentes. Caso essa condição não seja observada, o prêmio na emissão de debêntures será tributado. Também haverá tributação caso seja dada destinação diversa da absorção de prejuízos ou aumento de capital, inclusive nas hipóteses de:

1 - capitalização do valor e posterior restituição de capital aos sócios ou ao titular, mediante redução do capital social, hipótese em que a base para a incidência será o valor restituído, limitado ao valor total das exclusões decorrentes do prêmio na emissão de debêntures;

2 - restituição de capital aos sócios ou ao titular, mediante redução do capital social, nos cinco anos anteriores à data da emissão das debêntures, com posterior capitalização do valor do prêmio na emissão de debêntures, hipótese em que a base para a incidência será o valor restituído, limitada ao valor total das exclusões decorrentes de prêmio na emissão de debêntures; ou

3 - integração à base de cálculo dos dividendos obrigatórios.

A reserva de lucros específica constituída com o prêmio na emissão de debêntures, para fins do limite de que trata o art. 199 da Lei S/A (o saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências, de incentivos fiscais e de lucros a realizar, não pode ultrapassar o capital social), terá o mesmo tratamento dado à reserva de lucros “subvenções para investimentos”. Página 1217

Substituir o primeiro parágrafo pelo texto abaixo:

A companhia pode deduzir, na apuração da base de cálculo do dividendo obrigatório, a parcela do lucro decorrente de doações ou subvenções governamentais para investimentos e do prêmio na emissão de debêntures, que tenham sido lançados como reserva de incentivos fiscais.

................

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Página 1314

Antes da questão 06, acrescentar o seguinte:

Entidade de investimento: exceção à consolidação – Nos termos do CPC 36 R(3), entidade de investimento é aquela que:

1 - obtém recursos de um ou mais investidores com o intuito de prestar a esses investidores serviços de gestão de investimento;

2 - se compromete com os seus investidores no sentido de que seu propósito comercial é investir recursos exclusivamente para retornos de valorização do capital, receitas de investimentos ou ambos; e

3 - mensura e avalia o desempenho de substancialmente todos os seus investimentos com base no valor justo.

Em regra, a entidade de investimento não deve consolidar as suas controladas. Em vez disso, deve mensurar esse investimento em controlada ao valor justo por meio do resultado, de acordo com o CPC 38. Todavia, se a entidade de investimento tiver uma controlada que preste serviços relacionados com as atividades de investimento, deve consolidar essa controlada.

A controladora de entidade de investimento deve consolidar todas as entidades que controlar, incluindo aquelas controladas por meio de controlada definida como entidade de investimento, exceto quando a própria controladora seja entidade de investimento.

Página 1400

Substituir este parágrafo:

As contas de receitas e despesas são convertidas pelas taxas cambiais das datas de ocorrência das transações, mas, por razões práticas, podem ser convertidas pela taxa cambial média do período. No entanto, no caso de receitas ou despesas não homogeneamente distribuídas ou no de câmbio com oscilações significativas, a conversão deve ser com base na data da competência de tais receitas e despesas.

Um forte abraço e muito sucesso

Ricardo Ferreira

facebook.com/professorricardoferreira