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Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exercícios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa – Aula 06 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 92 SUMÁRIO 0. MAIS UMA AULA... ...................................................................................................................................... 2 1. ARRENDAMENTO MERCANTIL ............................................................................................................... 3 1.1 ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO .................................................................................... 4 1.1.1 CONTABILIZAÇÃO DO ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO ...................................... 5 1.1.2 RECONHECIMENTO INICIAL DO ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO..................... 7 1.2 ARRENDAMENTO MERCANTIL OPERACIONAL ................................................................................ 7 1.2.1 CONTABILIZAÇÃO DO ARRENDAMENTO MERCANTIL OPERACIONAL .................................. 7 2. OPERAÇÕES FINANCEIRAS ...................................................................................................................... 7 2.1 VENDA A PRAZO, EMISSÃO DE DUPLICATA...................................................................................... 7 2.2 DUPLICATAS DESCONTADAS ................................................................................................................ 9 2.3 OPERAÇÕES COM CHEQUE .................................................................................................................. 12 3. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS: APROPRIAÇÃO, PRINCIPAL, JUROS TRANSCORRIDOS E A TRANSCORRER .......................................................................................................................................... 13 4. VARIAÇÕES MONETÁRIAS ..................................................................................................................... 14 5. DESPESAS E RECEITAS FINANCEIRAS ................................................................................................. 14 6. DEPÓSITOS JUDICIAIS ............................................................................................................................. 16 7. DESPESAS ANTECIPADAS E RECEITAS ANTECIPADAS .................................................................. 17 8. FOLHA DE PAGAMENTOS: ELABORAÇÃO E CONTABILIZAÇÃO .................................................. 19 9. APLICAÇÕES FINANCEIRAS ................................................................................................................... 20 10. OPERAÇÕES COM MERCADORIAS. ..................................................................................................... 24 11. QUESTÕES COMENTADAS .................................................................................................................... 41 12. LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ..................................................................... 76 13. GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS ..................................................................................... 92 AULA 06: 21. DUPLICATAS DESCONTADAS, APLICAÇÕES FINANCEIRAS, VARIAÇÕES MONETÁRIAS, RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS, DESPESAS ANTECIPADAS, RECEITAS ANTECIPADAS, EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS: APROPRIAÇÃO, PRINCIPAL, JUROS TRANSCORRIDOS E A TRANSCORRER, PASSIVO ATUARIAL, DEPÓSITOS JUDICIAIS, FOLHA DE PAGAMENTOS: ELABORAÇÃO E CONTABILIZAÇÃO; OPERAÇÕES COM MERCADORIAS, ARRENDAMENTO MERCANTIL.

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SUMÁRIO

0. MAIS UMA AULA... ...................................................................................................................................... 2 1. ARRENDAMENTO MERCANTIL ............................................................................................................... 3 1.1 ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO .................................................................................... 4 1.1.1 CONTABILIZAÇÃO DO ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO ...................................... 5 1.1.2 RECONHECIMENTO INICIAL DO ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO ..................... 7 1.2 ARRENDAMENTO MERCANTIL OPERACIONAL ................................................................................ 7 1.2.1 CONTABILIZAÇÃO DO ARRENDAMENTO MERCANTIL OPERACIONAL .................................. 7 2. OPERAÇÕES FINANCEIRAS ...................................................................................................................... 7 2.1 VENDA A PRAZO, EMISSÃO DE DUPLICATA ...................................................................................... 7 2.2 DUPLICATAS DESCONTADAS ................................................................................................................ 9 2.3 OPERAÇÕES COM CHEQUE .................................................................................................................. 12 3. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS: APROPRIAÇÃO, PRINCIPAL, JUROS TRANSCORRIDOS E

A TRANSCORRER .......................................................................................................................................... 13 4. VARIAÇÕES MONETÁRIAS ..................................................................................................................... 14 5. DESPESAS E RECEITAS FINANCEIRAS ................................................................................................. 14 6. DEPÓSITOS JUDICIAIS ............................................................................................................................. 16 7. DESPESAS ANTECIPADAS E RECEITAS ANTECIPADAS .................................................................. 17 8. FOLHA DE PAGAMENTOS: ELABORAÇÃO E CONTABILIZAÇÃO .................................................. 19 9. APLICAÇÕES FINANCEIRAS ................................................................................................................... 20

10. OPERAÇÕES COM MERCADORIAS. ..................................................................................................... 24

11. QUESTÕES COMENTADAS .................................................................................................................... 41 12. LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ..................................................................... 76 13. GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS ..................................................................................... 92

AULA 06: 21. DUPLICATAS DESCONTADAS,

APLICAÇÕES FINANCEIRAS, VARIAÇÕES

MONETÁRIAS, RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS,

DESPESAS ANTECIPADAS, RECEITAS ANTECIPADAS,

EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS: APROPRIAÇÃO,

PRINCIPAL, JUROS TRANSCORRIDOS E A

TRANSCORRER, PASSIVO ATUARIAL, DEPÓSITOS

JUDICIAIS, FOLHA DE PAGAMENTOS: ELABORAÇÃO E

CONTABILIZAÇÃO; OPERAÇÕES COM MERCADORIAS,

ARRENDAMENTO MERCANTIL.

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0. MAIS UMA AULA...

Olá, FUTUROS AFRFB. Como estão?!

Sejam muito bem-vindos a mais uma aula do nosso curso para o concurso de AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL.

As dúvidas referentes ao curso podem ser enviadas através dos emails:

[email protected]

[email protected]

Pedimos que enviem as dúvidas aos dois endereços, a fim de que ambos possamos acompanhar as dúvidas, críticas, elogios, ou o que for,

adequadamente.

Hoje, trataremos do seguinte tópico do nosso belo edital de contabilidade:

AULA DATA TÓPICOS

Aula 6 05/07/2012

21. Duplicatas descontadas, aplicações financeiras, variações monetárias, receitas e despesas financeiras, despesas antecipadas,

receitas antecipadas, empréstimos e financiamentos: apropriação, principal, juros transcorridos e a transcorrer, passivo atuarial,

depósitos judiciais, folha de pagamentos: elaboração e contabilização; operações com mercadorias, arrendamento

mercantil.

Vocês verão que são temas deveras interessantes. Alerto, contudo, que o tópico

PASSIVO ATUARIAL ficará para o próximo encontro. Tá ok?!

Continuando o acompanhamento de nosso curso, a situação atual é a seguinte:

QUESTÕES PÁGINAS

AULA 0 20 91

AULA 1 32 74

AULA 2 44 115

AULA 3 27 107

AULA 4 30 112

AULA 5 24 60

AULA 30 92

TOTAL 207 651

Vamos à aula?! Então, aos estudos!

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Um abraço.

Gabriel Rabelo/Luciano Rosa.

1. ARRENDAMENTO MERCANTIL

Inicialmente, falaremos de um tópico que por diversas vezes já discorremos ao

longo do curso: o arrendamento mercantil. Contudo, faz-se importante fixar bem este conceito, pois pode ser cobrado no próximo concurso.

Portanto, não se importem se repetimos, por diversas vezes este conceito. Ele

deve estar bem fixado por vocês.

Segundo a Lei 6.404/76:

Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a

análise da situação financeira da companhia.

§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:

II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo,

investimentos, IMOBILIZADO e intangível. (Incluído pela Lei nº 11.941, de

2009)

Ainda, continua...

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou

exercidos com essa finalidade, INCLUSIVE OS DECORRENTES DE OPERAÇÕES QUE TRANSFIRAM À COMPANHIA OS BENEFÍCIOS, RISCOS

E CONTROLE DESSES BENS; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

Trata-se a parte grifada acima de bens que não são de propriedade da empresa

juridicamente, como os bens objetos de leasing.

O leasing, basicamente, pode ser de dois tipos: OPERACIONAL E FINANCEIRO. A diferença entre um e outro reside principalmente no seguinte

critério: O LEASING TRANSFERE OU NÃO OS RISCOS E BENEFÍCIOS

INERENTES À PROPRIEDADE.

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1.1 ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO

O arrendamento mercantil financeiro caracteriza-se basicamente por ser uma

espécie de “aluguel” de um bem por determinado período, pagando-se, ao final do período do contrato, um valor pequeno caso seja exercida a opção de

compra.

Na contabilidade, vige o princípio da primazia da essência sobre a forma. Portanto, entende-se que o exercício do arrendamento mercantil financeiro se

trata, em verdade, de uma compra parcelada, por isso, tecnicamente, seria mais correto classificá-la como ativo de empresa que está arrendando.

Se se transferirem os riscos e benefícios de um bem ao longo do arrendamento,

será classificado como leasing financeiro. Se não, como leasing operacional. E

como saberemos se há ou não transferência dos riscos e benefícios? O tema está prescrito no CPC 06, que dispõe sobre o arrendamento mercantil.

SE OS RISCOS E BENEFÍCIOS FICAM COM O ARRENDATÁRIO

ARRENDAMENTO FINANCEIRO. SE OS RISCOS E BENEFÍCIOS FICAM COM O ARRENDADOR

ARRENDAMENTO OPERACIONAL.

Para se caracterizar um arrendamento financeiro, basicamente cinco

características podem aparecer:

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE UM ARRENDAMENTO FINANCEIRO 1) Transfere-se a propriedade ao final do contrato;

2) Valor residual mais baixo que o valor justo; 3) O prazo do arrendamento refere-se à maior parte da vida útil do ativo

4) O valor presente dos pagamentos totaliza substancialmente o todo o valor justo do ativo;

5) O ativo arrendado é de tal forma especializado, que apenas o arrendatário

pode usá-lo sem grandes modificações.

Memorize os 5 itens acima. Não são difíceis, e uma questão pode não mencionar se o arrendamento é operacional ou financeiro, mas indicar uma ou

mais das características acima.

Vamos exemplificar?

“A Cia ABC contratou o arrendamento de uma máquina construída

especialmente para ser usada nas suas operações” (Arrendamento financeiro – item “5” acima).

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“Um veículo foi arrendado por dois anos, com valor residual segundo a tabela

da Revista 4 Rodas do final do contrato”. Supondo que a tabela da Revista 4 Rodas represente o valor justo do veículo, será arrendamento operacional (Não

atende o item 2).

“Um veículo foi arrendado por dois anos, com valor residual de 500 reais”. Nesse caso, teremos arrendamento financeiro, pois o valor residual é mais

baixo que o valor justo (nenhum veículo com dois anos de uso custa apenas 500 reais).

E qual a importância de saber isso? Aí está a questão. A depender do tipo de

arrendamento, teremos tratamentos contábeis distintos. E, para sua sorte, esses tratamentos são cobrados em concurso.

GRAVE-SE!!!! O BEM OBJETO DE LEASING FINANCEIRO DEVE SER

RECONHECIDO NO BALANÇO PATRIMONIAL DO ARRENDATÁRIO COMO

ATIVO!

1.1.1 CONTABILIZAÇÃO DO ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO

Exemplo: Arrendamento mercantil de um veículo, com valor justo de 20.000, o qual será pago em 4 prestações anuais de 6.200, sem valor residual.

A contabilização anterior de um arrendamento mercantil financeiro, outrora, era

feita tão-somente pelo seguinte lançamento:

D – Despesa com arrendamento 6.200,00 C – Caixa/Bancos 6.200,00

Essa é a contabilização ANTIGA. E ela era feita neste moldes, pois o Fisco

permitia que os valores pagos pudessem ser abatidos no cálculo do Imposto de

Renda.

Hoje, a contabilização inicial mudou, ficando assim (para o mesmo exemplo):

D – Veículos 20.000 D – Juros a transcorrer (Redutora do passivo) 4.800

C – Arrendamento mercantil a pagar (Passivo) 24.800

O bem objeto de leasing financeiro deve ser reconhecido no ativo do arrendatário.

Temos de reconhecer os juros conforme o transcorrer do tempo, de acordo com

o regime de competência. Aí, supondo um lançamento mensal e linear dos juros – método simples, faremos:

D – Despesa de juros (1.200/12 = 100/mês) 120,00

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C – Juros a transcorrer 120,00

OBS: os juros em regra são contabilizados pelo método exponencial (juros

compostos). Apenas trabalhamos assim para facilitar o entendimento.

Por fim, ao término do contrato, quando o pagamento foi efetuado á arrendadora, lançaremos:

D – Arrendamento mercantil a pagar 24.800,00

C – Bancos conta movimento 24.800,00

Ademais, há que ser reconhecida a despesa de depreciação desse bem. Como o exemplo não falou o percentual, reconheceremos uma taxa de 20% ao ano

(aceita pelo fisco).

D – Despesa de depreciação 4.000,00

C – Depreciação acumulada 4.000,00

Não temos questões da ESAF sobre o assunto. Todavia, a FCC abordou este tema na prova para Analista de Controle Externo do TCE GO. Vejamos como:

(TCE GO 2009 – FCC) A empresa KKK adquiriu um veículo financiado que será pago em 30 prestações mensais de R$ 2.000,00 cada. O valor do veículo à vista

(valor presente) é de R$ 45.000,00. De acordo com a Lei nº 11.638/07, a empresa deve reconhecer no momento da aquisição, em reais, um

(A) ativo de 45.000,00.

(B) passivo financeiro de 15.000,00. (C) passivo de 45.000,00 e uma despesa financeira de 15.000,00.

(D) ativo de 45.000,00 e uma despesa financeira de 15.000,00. (E) ativo de 60.000,00 e uma receita financeira de 15.000,00.

Comentários:

A contabilização na aquisição é:

D – Ativo imobilizado (Ativo) 45.000 D – Juros a apropriar (retificadora do passivo) 15.000

C – Arrendamento a pagar (Passivo) 60.000

Portanto, a alternativa correta é a letra A.

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1.1.2 RECONHECIMENTO INICIAL DO ARRENDAMENTO MERCANTIL

FINANCEIRO

Segundo o CPC que trata sobre o arrendamento mercantil financeiro – CPC 06:

20. No começo do prazo de arrendamento mercantil, os arrendatários devem reconhecer, em contas específicas, os arrendamentos mercantis financeiros

como ativos e passivos nos seus balanços por quantias iguais ao valor justo da propriedade arrendada ou, se inferior, ao valor presente dos pagamentos

mínimos do arrendamento mercantil, cada um determinado no início do

arrendamento mercantil.

Assim, no reconhecimento inicial, usamos o valor justo, que é o valor de mercado do ativo. Mas, se o valor presente dos pagamentos for inferior,

usaremos o valor presente.

1.2 ARRENDAMENTO MERCANTIL OPERACIONAL

O arrendamento mercantil operacional é aquele que não transfere os riscos e

benefícios ao arrendatário.

1.2.1 CONTABILIZAÇÃO DO ARRENDAMENTO MERCANTIL OPERACIONAL

Vamos supor que uma empresa faça um arrendamento operacional de um

veículo pelo prazo de dois anos, pagando o valor de 500 reais por mês. Nesse caso, a contabilização fica assim:

D – Despesa de arrendamento 500

C – Bancos 500

2. OPERAÇÕES FINANCEIRAS

Comecemos a falar sobre as operações financeiras e, inicialmente, sobre as

duplicatas.

2.1 VENDA A PRAZO, EMISSÃO DE DUPLICATA

A duplicata é o título de crédito emitido com base em obrigação proveniente de compra e venda comercial ou prestação de certos serviços. Rege-se pela

Lei 5.474/1968.

É conhecida por ser um título causal, ou seja, encontra-se vinculada à relação jurídica que lhe dá origem que é a compra e venda mercantil.

Na contabilidade, como trabalhamos com o regime de competência, a receita de

venda deve ser reconhecida na entrega da mercadoria, independentemente do

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recebimento, pois, neste momento, há a transferência da titularidade (a

chamada tradição).

Assim, quando realizamos uma venda a prazo (e entregamos as mercadorias), faremos alguns lançamentos contábeis. Por exemplo, venda por R$ 1.000,00 de

mercadorias que custaram R$ 700,00, sem a incidência de tributos, para recebimento em 30 dias.

Pelo registro da venda

D – Clientes/Duplicatas a receber (ativo) 1.000,00

C – Receita de vendas (resultado) 1.000,00

Pela baixa no estoque

D – Custo da mercadoria vendida (resultado) 700,00

C – Estoque de mercadorias para revenda (ativo) 700,00

Quando do recebimento da venda

D – Caixa/Bancos (ativo) 1.000,00 C – Clientes/Duplicatas a receber (ativo) 1.000,00

Imagine-se agora que o cliente pagou a mercadoria, em 31.01.X1, no valor de

R$ 1.000,00, para recebimento em 31.03.X1, cujo custo é de R$ 700,00.

Quando do adiantamento

D – Bancos/Caixa (ativo) 1.000,00 C - Adiantamento de clientes (passivo) 1.000,00

Quando da entrega das mercadorias, em 31.03.X1

D – Adiantamento de clientes (passivo) 1.000,00 C – Receita de vendas (resultado) 1.000,00

Pela baixa no estoque

D – Custo da mercadoria vendida (resultado) 700,00

C – Estoque de mercadorias para revenda (ativo) 700,00

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2.2 DUPLICATAS DESCONTADAS

Falaremos agora sobre o desconto de duplicatas. O procedimento teve mudança

recente.

Os valores das duplicatas descontadas eram registradas em conta redutora do ativo circulante logo após a conta “duplicatas a receber”. Esta conta recebia o

nome de “duplicatas descontadas”, tendo saldo credor.

O tratamento era o seguinte:

a) era creditada, pelo valor dos títulos, no momento em que era efetuada a operação de desconto e a instituição financeira faz o crédito em conta corrente

da empresa;

b) era debitada no momento da liquidação do título pelo devedor ou quando a

instituição financeira leva a débito em conta corrente da empresa por falta de pagamento por parte do devedor.

Os encargos financeiros debitados pela instituição financeira eram

contabilizados como "encargos financeiros a transcorrer", já que se tratavam de despesas antecipadas, sendo debitada por ocasião do desconto e creditadas no

momento em que a despesa era incorrida, observando-se o regime de competência.

Por exemplo:

Desconto de duplicatas no valor de R$ 1.000,00, com juros de 10%, para títulos

com vencimento em 10 meses.

Contabilização:

1) Pelo registro do desconto creditado em conta:

D - Banco C/Movimento (Ativo Circulante) 1.000,00

C – Duplicatas Descontadas (Ativo Circulante) 1.000,00

2) Pelo registro do débito bancário, relativo a juros e encargos sobre a operação:

D – Encargos Financeiros a Transcorrer (Ativo Circulante) 100,00

C - Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 100,00

3) Com o transcurso dos meses e o registro pelo regime de competência:

D – Despesa de juros (1.000/10) 10,00

C – Encargos financeiros a transcorrer 10,00

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4) Quando da liquidação da duplicata descontada pelo cliente:

D - Duplicatas Descontadas (Ativo Circulante) 1.000,00 C - Duplicatas a Receber (Ativo Circulante) 1.000,00

Na hipótese do cliente não ter liquidado a duplicata e o banco debitar o

respectivo valor na conta da empresa, então o lançamento será:

D - Duplicatas Descontadas (Ativo Circulante) 1.000,00 C - Banco C/Movimento (Ativo Circulante) 1.000,00

Era, basicamente, isso. Façamos agora o comentário de atualização.

Considerando o mesmo exemplo, com a aplicação das Normas Internacionais de

Contabilidade, o critério que vige (de acordo com o FIPECAFI – Manual de

Contabilidade Societária) no registro do desconto de duplicatas é o seguinte:

D - Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 900,00 D - Encargos Financeiros a Transcorrer (Ret. do Passivo Circulante) 100,00

C - Duplicatas Descontadas (Passivo Circulante) 1.000,00

Perceba-se: a conta duplicatas descontadas foi agora para o passivo exigível! A conta encargos financeiros a transcorrer ficará retificando a conta duplicatas

descontadas. É como se fosse um empréstimo, deixando-se as duplicatas como garantia.

Conforme o período da competência, lançaremos os juros:

D - Despesa de Juros (Resultado) 10,00

C - Encargos Financeiros a Transcorrer (Passivo exigível) 10,00

Com o recebimento do cliente, o lançamento será:

D - Duplicatas Descontadas (Passivo exigível) 1.000,00

C - Duplicatas a Receber (Ativo circulante) 1.000,00

Todavia, deve-se advertir que as bancas ainda andam cobrando o posicionamento antigo. Não temos registros de cobrança nos novos moldes

(estamos acompanhando quase que todas as provas que têm sido realizadas).

Não há como se garantir, portanto, se o novo ou o antigo critério é que será cobrado.

Vamos ver uma questão da ESAF?!

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(ESAF/AFRFB/2002.2) Em 01.10.01 foram descontadas duplicatas em banco. Uma duplicata no valor de R$ 10.000,00, com vencimento para 10.11.01, não

foi liquidada e o banco transferiu para cobrança simples, no dia do vencimento.

Em 01.12.01, após conseguir um abatimento de 30% no valor da duplicata, o cliente liquidou a dívida junto ao banco, pagando, ainda, juros de R$ 70,00.

O registro contábil da operação realizada no dia 01.12.01 foi assim feito pelo

emitente da duplicata:

a) Diversos a Diversos

Abatimentos Concedidos 3.000,00 Bancos c/ Movimento 7.070,00 10.070,00

a Duplicatas a Receber 10.000,00 a Juros Ativos 70,00 10.070,00

b) Diversos a Diversos

Duplicatas Descontadas 10.000,00 Juros Ativos 70,00 10.070,00

a Bancos c/ Movimento 7.070,00 a Abatimentos Concedidos 3.000,00 10.070,00

c) Diversos

a Diversos Bancos c/ Movimento 7.070,00

Abatimentos Auferidos 3.000,00 10.070,00 a Duplicatas Descontadas 10.000,00

a Juros Ativos 70,00 10.070,00

d) Duplicatas Descontadas 10.000,00 10.000,00

a Diversos a Bancos c/ Movimento 7.000,00

a Abatimentos Auferidos 3.000,00 10.000,00

e) Diversos a Diversos

Duplicatas a Receber 10.000,00 Juros Ativos 70,00 10.070,00

a Abatimentos Obtidos 3.000,00 a Bancos c/ Movimento 7.070,00 10.070,00

Comentários

Há uma pequena pegadinha na questão. Logo na primeira frase ela diz que

houve desconto de duplicatas. Em seguida, diz que uma duplicata foi enviada

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para cobrança simples (mera remessa da duplicata para ser cobrada pelo

banco). A cobrança simples é feita pelo banco, que cobra tão-somente despesas bancárias. Não se confunde com a operação de desconto.

Vejam que a questão não revela o valor das duplicatas que foram descontadas.

Todavia, já sabemos que o lançamento (que vigia à época) é:

D – Bancos (ativo) D – Encargos financeiros a transcorrer (ativo)

C – Duplicatas descontadas (retificadora do ativo)

A remessa da duplicata para cobrança simples não gera lançamento contábil. A concessão de abatimento é uma despesa para a empresa que está concedendo.

Deste modo, 30% de 10.000 = 3.000,00. Ademais, computaremos também uma receita no montante de R$ 70,00 (receita).

O lançamento é o seguinte:

D – Abatimentos concedidos (despesa) 3.000,00 D – Bancos (ativo) 7.070,00

C – Duplicatas a receber 10.000,00 C – Receita de juros 70,00

Tal lançamento corresponde exatamente à assertiva a.

Gabarito A.

Ok? Trataremos de mais questões deste assunto ao final da aula.

2.3 OPERAÇÕES COM CHEQUE

Assunto que é cobrado como pegadinha em muitos concursos é o tema

RECEBIMENTO E PAGAMENTO EM CHEQUE.

O recebimento em cheque é realizado através da tesouraria, ou seja, da conta caixa.

Todavia, o pagamento em cheque é feito através de crédito na conta bancos

conta movimento.

PAGAMENTO EM CHEQUE SAI DINHEIRO DO BANCO.

RECEBIMENTO EM CHEQUE ENTRA DINHEIRO NO CAIXA.

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3. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS: APROPRIAÇÃO, PRINCIPAL,

JUROS TRANSCORRIDOS E A TRANSCORRER

Agora, falaremos sobre os empréstimos recebidos de terceiros. O primeiro aspecto digno de nota é que a contabilização se dá com o recebimento dos

recursos pela empresa. Se a sociedade ALFA assina um contrato de empréstimo em 01.01.X1, no montante de R$ 15.000,00, mas só recebe os recursos

efetivamente em 05.01.X1, deverá fazer a contabilização tão-somente nesta última data.

Todavia, se em 01.01.X1, assina um contrato para receber R$ 5.000,00 em

01.02.X1, R$ 5.000,00 em 01.03.X1 e R$ 5.000,00 em 01.04.X1, deverá fazer a contabilização conforme o recebimento da cada uma das prestações.

Suponhamos que a empresa receba uma quantia de R$ 10.000,00, para

pagamento em 10 vezes de R$ 1.200,00.

Neste caso, vamos lançar, quando do recebimento do empréstimo:

D – Bancos conta movimento (ativo) 10.000,00

D – Encargos financeiros a transcorrer (retificadora passivo) 2.000,00 C – Empréstimos a pagar (passivo) 12.000,00

Com o transcurso de um período, lançaremos:

D – Encargos financeiros (resultado) 200,00

C – Encargos financeiros a transcorrer (retificadora passivo) 200,00

Por fim, com o lançamento do principal, lançaremos:

D – Empréstimos a pagar (passivo) 12.000,00

C – Bancos conta movimento (ativo) 12.000,00

Sempre que o valor total da carga de juros for conhecido quando da apropriação do empréstimo, lançaremos como encargos financeiros a

transcorrer.

Amigos, a conta encargos financeiros a transcorrer registra não só o valor dos juros, mas quaisquer despesas incorridas e diretamente relacionadas à

captação dos recursos, devendo ser apropriada pelo regime de competência.

Os encargos financeiros têm como contrapartida conta de despesa, exceto no caso de ativos qualificáveis. Ativos qualificáveis são aqueles que demandam

substancial tempo para ficarem prontos para o uso que se pretende dar. Se, por exemplo, está sendo construído um grande navio, que necessita de recursos de

financiamento para a sua fabricação, tendo juros embutidos no valor de R$

50.000,00, lançaremos:

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D – Ativos em construção – encargos financeiros (ANC – Imob.) 50.000,00 C – Financiamentos a pagar (PC ou PNC) 50.000,00

4. VARIAÇÕES MONETÁRIAS

Os empréstimos representam obrigações da empresa. Contudo, é conhecimento

elementar da matemática financeira que o dinheiro não é moeda constante no tempo, isto é, sofre variações.

Uma subespécie desta variação é a atualização monetária. A variação monetária

não deve ser tratada como encargo financeiro. Enquanto dissemos que os encargos financeiros são compostos pelos juros e demais despesas incorridas e

diretamente relacionadas à captação de recursos, a variação monetária se

trata, tão-somente, de atualização da dívida, caso essa condição tenha sido acordada.

O reconhecimento da variação monetária será tido através do seguinte

lançamento contábil:

D – Variação monetária passiva C – Empréstimos/Financiamentos a pagar

Há que se ressaltar ainda que a registro é feito diretamente à conta que

registra o valor do empréstimo. Não há necessidade de se separar em subgrupos, tal como fazemos com os encargos.

5. DESPESAS E RECEITAS FINANCEIRAS

Entre as receitas e despesas financeiras, destacam-se juros, descontos, atualizações monetárias, entre outras.

As despesas ou receitas financeiras incluem os juros. Todavia, segundo o

FIPECAFI a variação monetária deve ser classificada separadamente, excedo se for uma atualização monetária prefixada, hipótese em que será classificada

como despesa ou receita financeira.

Ademais, uma pegadinha recorrente em concursos é a conta JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO. Embora figure com o nome de juros, esta conta não é

uma despesa financeira, mas, sim, destinação do lucro, como forma de remuneração do capital dos sócios.

Todavia, para efeitos de legislação do Imposto de Renda, a classificação deve

ser conjunta – este é posicionamento da ESAF.

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As principais contas de receita financeira são:

1) Descontos obtidos – São aqueles provenientes de pagamentos antecipados

de duplicatas. Por exemplo, a empresa ALFA tem uma duplicata de R$ 1.000,00 a pagar, e, caso liquide com 30 dias de antecedência, obterá um desconto de

10%. Considerando que a empresa o fez, lançaremos:

D – Duplicatas a pagar (passivo) 1.000,0 C – Receitas financeiras (resultado) 100,00

C – Bancos conta movimento (ativo) 900,00

2) Juros ativos, juros recebidos, juros auferidos – São os juros que a empresa obtém de seus clientes, como remuneração de seu capital, que está sendo

utilizado por terceiros ou atraso de pagamentos nas obrigações com a empresa.

O cliente Z tem uma obrigação com a minha empresa no montante de R$

5.000,00, para pagamento em R$ 31.01.X1. Sabe-se que o cliente só efetuou o pagamento em 31.03.X1. Incidem juros de 10% ao mês sobre o valor da

venda. Neste caso, como houve dois meses de mora, lançaremos:

D – Bancos (ativo) 6.000,00 C – Duplicatas a receber (ativo) 5.000,00

C – Juros ativos (resultado) 1.000,00

3) Receitas sobre outros investimentos temporários – Registra as receitas obtidas em investimentos como, por exemplo, letra de câmbio.

4) Aluguéis ativos – Representa os aluguéis devidos à empresa.

Já as principais contas de despesas financeiras são:

1) Juros passivos, juros de empréstimos – representam os juros devidos em operações com terceiros.

2) Descontos concedidos, desconto financeiro, desconto condicional concedido –

ATENÇÃO! NÃO PODEMOS CONFUNDIR O DESCONTO CONDICIONAL COM O INCONDICIONAL. Senão vejamos. O desconto condicional é aquele

que depende de determinada condição a ser cumprida pelo cliente, como, por exemplo, a quitação antecipada de título de crédito, recebendo um desconto de

10%. Neste caso, a condição para que se aufira o bônus é que o cliente antecipe o pagamento. Não o fazendo, não receberá.

Assim, se temos uma venda já registrada de R$ 1.000,00, e o cliente antecipa o

pagamento, lançaremos:

D – Bancos (ativo) 900,00

D – Descontos financeiros concedidos (resultado) 100,00

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C – Clientes (ativo) 1.000,00

O desconto incondicional, por seu turno, é aquele concedido no momento da

compra, independentemente de condição. Este não aparece como despesa financeira, mas, sim, como dedução da receita bruta de vendas, logo no início

da demonstração do resultado do exercício.

3) Comissões passivas e despesas bancárias – São despesas cobradas pelos bancos e instituições financeiras, sejam em operações de desconto, seja em

concessões de crédito.

Além destas, temos as variações monetárias, que podem ser ativas ou passivas. O FIPECAFI manda que sejam classificadas em grupo à parte, e não como

despesa ou receita financeira. Todavia, as bancas de concurso não o fazem assim.

6. DEPÓSITOS JUDICIAIS

A conta depósitos judiciais é uma conta do ativo. Vez ou outra aparece assolando os concursos da área fiscal, como o ICMS RJ de 2007, realizado pela

Fundação Getúlio Vargas.

Conceitua-se esta conta como valores depositados por ordem judicial e que estejam subordinados ou vinculados a uma causa ainda não transitada em

julgado, ou seja, que esteja em pendência.

Suponha-se, assim, que a empresa ALFA seja devedora em determinada ação trabalhista. Como garantia o magistrado resolve realizar o bloqueio de alguns

de seus bens, através do BACEN-JUD, no montante de R$ 15.000,00.

O lançamento de tal situação ficará do seguinte modo:

D – Bloqueio judicial/depósito judicial (AC ou ANC RLP) 15.000,00

C – Bancos conta movimento (ativo) 15.000,00

Outro exemplo é o caso clássico da discussão de tributos em juízo. Na pendenga, pode ou não haver o depósito do montante discutido. Suponha-se

que a empresa ALFA foi autuada pelo fisco em R$ 2.000.000,00, levando a lide ao Poder Judiciário. Tal fato deverá ser contabilizado do seguinte modo:

D – Despesas com multa tributárias (resultado) 2.000.000,00

C – Obrigações tributárias a pagar (passivo) 2.000.000,00

Existindo o deposito (para se esquivar do pagamento de juros de mora), contabilizaremos pelo seguinte lançamento:

D – Depósitos judiciais (AC ou ANC-RLP) 2.000.000,00

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C – Bancos conta movimento 2.000.000,00

Com o julgamento do mérito, as decisões podem ser em dois sentidos.

FAVORÁVEL À EMPRESA – NENHUMA OBRIGAÇÃO É DEVIDA

Lançamentos

D – Bancos conta movimento 2.000.000,00

C – Depósitos judiciais 2.000.000,00

D – Tributos a recolher 2.000.000,00 C – Reversão de despesas com multas tributárias 2.000.000,00

DESFAVORÁVEL À EMPRESA – A OBRIGAÇÃO É DEVIDA

Lançamentos

D – Tributos a recolher 2.000.000,00 C – Depósitos judiciais 2.000.000,00

7. DESPESAS ANTECIPADAS E RECEITAS ANTECIPADAS

Já dissemos que na contabilidade vige o chamado regime de competência,

segundo o qual as receitas e despesas são reconhecidas quando ocorrem, independentemente de pagamento ou recebimento.

Assim, a receita de venda de uma mercadoria é reconhecida quando da entrega

da mercadoria, que é quando ocorre a tradição, a transferência da propriedade. A despesa com salários, por seu turno, é reconhecida quando do efetivo

transcurso do mês trabalhado. Uma receita de aluguel é reconhecida quando o

inquilino, por exemplo, utiliza o imóvel. Tudo isso, independentemente do recebimento ou pagamento.

Mas pode ocorrer de a empresa receber o valor de uma venda antes que efetue

a referida entrega. Por que não?! Pode ocorrer de determinado funcionário pedir um adiantamento de salário antes de prestar efetivamente o serviço. Pode

ocorrer ainda de minha empresa antecipar (devido a um período de bons lucros) todo o aluguel do ano subseqüente. Todas essas hipóteses configuram

as chamadas despesas e receitas antecipadas.

A priori deve-se compreender que elas não são reconhecidas tão logo recebidas, mas tão-somente quando o período a que elas se referem chegar.

Exemplifiquemos. O cliente A paga para a empresa ALFA em 28.01.X1 a quantia

de R$ 1.000,00, para recebimento de mercadorias em 20.04.X1. A receita só

será reconhecida por ALFA quando da entrega das mercadorias ao cliente. Em

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contrapartida, quando o cliente efetua o pagamento à empresa, ele passa a ter

direito a receber o produto. Direito para o cliente, obrigação para empresa.

Lançamento no recebimento em dinheiro:

D – Bancos (Ativo circulante) 1.000,00 C - Adiantamento de clientes (Passivo circulante) 1.000,00

No dia 20.04.X1, quando a mercadoria for entregue, devemos reconhecer a

receita, pelo seguinte lançamento:

D – Adiantamento de clientes (Passivo circulante) 1.000,00 C – Receita de vendas (Receitas) 1.000,00

Esta é uma hipótese de receita antecipada.

Há que se distinguir a classificação de uma receita antecipada à conta de receitas diferidas, no passivo não circulante, e no passivo. No caso da

antecipação do cliente, por exemplo, será gerada uma obrigação para a empresa, devendo ser registrada no passivo.

Todavia, o exemplo clássico de receita antecipada que seria registrada no

passivo não circulante – receitas diferidas seria o aluguel recebido antecipadamente, quando não houver cláusula de restituição. A existência de

cláusula de não restituição é importante. Todavia, a ESAF considera que a simples conta ALUGUÉIS ATIVOS A VENCER já deve ser classificada como

receita diferida (o entendimento era válido para resultado de exercícios futuros e cremos que se manterá).

Agora, falemos um pouco sobre as despesas antecipadas. Segundo a lei 6.404:

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente e as APLICAÇÕES DE RECURSOS EM DESPESAS

DO EXERCÍCIO SEGUINTE;

O termo destacado refere-se às chamadas despesas antecipadas.

Suponhamos que nossa empresa efetue, em 31.12.X1, o pagamento de R$

12.000,00, relativo ao seguro do prédio onde se encontram instalados todos os nossos ativos. De acordo com o regime de competência, a despesa só será

incorrida quando houver transcorrido o período a que ela se refere. Porém, como o pagamento foi realizado antes, devemos realizar algum registro, para

refletir corretamente os efeitos econômicos reais que se passam na sociedade. O lançamento, quando do pagamento antecipado, será:

D – Despesas antecipadas – adiantamento de seguro (ativo) 12.000,00

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C – Bancos (ativo) 12.000,00

Com o transcurso do primeiro mês, vamos lançar:

D – Despesas de seguros (resultado) 1.000,00

C - Despesas antecipadas – adiantamento de seguro (ativo) 1.000,00

E assim por diante, até que toda a despesa seja reconhecida.

8. FOLHA DE PAGAMENTOS: ELABORAÇÃO E CONTABILIZAÇÃO

Este assunto sempre se encontra presente em provas da ESAF (vide AFRFB

2009).

Os salários são registrados como despesa da empresa! O mesmo tratamento

deve ser dado às contribuições e encargos trabalhistas que sejam ônus do empregador.

Assim, desconsiderado outros encargos, se tenho um funcionário que custa

para a empresa o valor de R$ 5.000,00, lançaremos ao término do mês.

D – Despesa com salários 5.000,00 C – Salários a pagar 5.000,00

Este lançamento é para o salário provisionado. Caso o pagamento se dê ali, no

ato, lançaremos:

D – Despesa com salários 5.000,00 C – Caixa/Bancos conta movimento 5.000,00

Agora, supondo que haja a incidência de FGTS e INSS.

Neste caso, devemos perquirir se os encargos são do empregador ou do empregado. Sendo do empregador, a empresa lançará como despesa, fora do

montante previsto para o salário. Sendo do empregado, a empresa apenas reterá o valor, lançando-o como obrigação no passivo e reduzindo o montante a

pagar aos empregados. Retém na condição de responsável.

Vejamos como a ESAF cobra este assunto:

(ESAF/AFRFB/2009) Ao elaborar a folha de pagamento relativa ao mês de abril, a empresa Rosácea Areal Ltda. computou os seguintes elementos e valores:

Salários e ordenados R$ 63.000,00 Horas-extras R$ 3.500,00

Salário-família R$ 80,00

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Salário-maternidade R$ 1.500,00 INSS contribuição Segurados R$ 4.800,00

INSS contribuição Patronal R$ 9.030,00 FGTS R$ 5.320,00

Considerando todas essas informações, desconsiderando qualquer outra forma

de tributação, inclusive de imposto de renda na fonte, pode-se dizer que a despesa efetiva a ser contabilizada na empresa será de

a) R$ 66.500,00.

b) R$ 87.230,00. c) R$ 79.270,00.

d) R$ 77.630,00. e) R$ 80.850,00.

Comentários

Salários e ordenados R$ 63.000,00 + Horas-extras R$ 3.500,00 + INSS contribuição Patronal R$ 9.030,00 + FGTS R$ 5.320,00 = R$ 80.850,00.

O salário família e maternidade são pagos pela empresa, porém, restituídos ao

patrão pelo Estado! O lançamento do salário-família e salário-maternidade se dá do seguinte modo:

D – INSS a recolher (passivo circulante)

C – Salários a pagar (passivo circulante)

No histórico, especifica-se que se trata de recolhimento para o salário família.

O INSS dos segurados é despesa efetiva do próprio proletariado, e, portanto, não deve ser contabilizado como despesa da empresa.

Gabarito E.

9. APLICAÇÕES FINANCEIRAS

Já vimos, nas aulas anteriores, como classificar e contabilizar as aplicações financeiras. Veremos, a seguir, dois aspectos que costumam levantar dúvidas.

O primeiro refere-se à contabilização dos rendimentos financeiros.

Quando o valor dos juros já é conhecido no momento da aplicação (juros pré-fixados), devemos incluí-los na contabilização, como Juros Ativos a Vencer (ou

“Rendimentos a Apropriar” ou “Juros a Apropriar”).

Exemplo: A empresa KLS efetuou uma aplicação financeira, no valor de 10.000,

com prazo de 5 meses, e irá resgatar 11.000 ao final. Efetue a contabilização:

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Na aplicação:

D – Aplicações financeiras (Ativo)................................11.000 C – Juros Ativos a Transcorrer (retificadora do ativo).......1.000

C – Bancos (Ativo).....................................................10.000

Pela apropriação mensal dos rendimentos (vamos usar juros simples, para facilitar os cálculos. Mas o correto é usar o método exponencial):

D - Juros Ativos a Transcorrer (retificadora do ativo).......200

C – Receitas Financeiras – Juros ativos (Resultado)........200

Ao final dos cinco meses, a conta retificadora do ativo “Juros Ativos a apropriar” está zerada (todo o seu valor foi transferido para Receita financeira). A

contabilização, quando do recebimento, fica assim:

D – Banco (Ativo)..................................11.000

C - Aplicações financeiras (Ativo).............11.000

OBS: Essa forma de contabilização, com o uso da conta retificadora “Juros a Transcorrer” é aplicada também no caso de empréstimos ou financiamentos

com juros pré-fixados.

Juros pós – fixados: neste caso, não sabemos a priori qual será o valor dos rendimentos. Portanto, não usamos a conta retificadora “Juros a transcorrer”.

Exemplo: A empresa KLS efetuou uma aplicação financeira, no valor de 10.000,

que irá render a variação da taxa SELIC, no prazo de 5 meses.

Contabilização: No momento inicial, não sabemos qual será a taxa SELIC.

Portanto, a contabilização será a seguinte:

D – Aplicações financeiras (Ativo)................................10.000 C – Bancos (Ativo).....................................................10.000

Após um mês, digamos que a Taxa Selic tenha sido de 1%.

Cálculo dos juros: 10.000 x 1% = 100

Contabilização:

D – Aplicação Financeiras (Ativo)................100 C – Receitas financeiras (Resultado)............100

Este lançamento se repete mês após mês. Digamos que o valor dos juros, ao

final dos 5 meses, seja de 800. Assim, o valor da conta Aplicação Financeira

seria de 10.800. O recebimento da aplicação deve ser contabilizado assim:

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D – Banco (Ativo)..................................10.800 C - Aplicações financeiras (Ativo).............10.800

Encargos financeiros: Vamos estudar agora uma importante alteração

ocorrida na contabilização dos encargos financeiros.

Conforme o Pronunciamento CPC 08 – Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários:

Encargos financeiros são a soma das despesas financeiras, dos custos de transação, prêmios, descontos, ágios, deságios e assemelhados, a qual

representa a diferença entre os valores recebidos e os valores pagos (ou a

pagar) a terceiros.

Assim, os encargos financeiros passam a incluir, além das despesas de juros,

todas das despesas (e receitas) relativas à operação de captação, como taxas e comissões, prêmios recebidos, despesas com consultores financeiros, auditores,

advogados, etc.

Antes, tais despesas eram contabilizadas diretamente o Resultado.

Atualmente, conforme o “Manual de Contabilidade Societária”, Fipecafi, 2010, o valor a ser registrado no momento inicial da captação de recursos junto a

terceiros deve corresponder aos valores líquidos recebidos pela entidade, sendo a diferença entre os valore pagos e a pagar tratada como encargos financeiros.

Tais encargos devem ser apropriados ao resultado em função do prazo da operação.

Ressaltamos que, no caso de passivo classificado e avaliado pelo valor justo,

com contrapartida diretamente no resultado, os encargos são amortizados na

primeira avaliação ao valor justo, e não ao longo do prazo da operação.

Já foi cobrado em concurso:

(FCC/TRE AP/Analista Judiciário/ Contabilidade) A empresa Financia Tudo S. A. é uma companhia de capital aberto e, em 31/10/2010, realizou duas operações:

I. Aquisição de um caminhão, por meio de arrendamento mercantil financeiro,

para ser pago em 36 prestações mensais de R$ 5.000,00 cada. No entanto, se a empresa pagasse o caminhão à vista pagaria R$ 144.000,00.

II. Obtenção de empréstimo no valor de R$ 50.000,00 para ser pago em 18 meses, em parcelas de R$ 3.335,11, com taxa de juros composta de 2% a. m.

Para conceder o crédito, a instituição financeira cobrou no ato da contratação R$ 1.500,00.

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Com base nessas informações, as duas operações em conjunto provocaram um aumento de

A) R$ 48.500,00 no ativo.

B) R$ 192.500,00 no passivo. C) R$ 194.000,00 no passivo.

D) R$ 228.500,00 no ativo. E) R$ 230.000,00 no passivo.

Resolução:

I. Aquisição de um caminhão, por meio de arrendamento mercantil financeiro,

para ser pago em 36 prestações mensais de R$ 5.000,00 cada. No entanto, se a empresa pagasse o caminhão à vista pagaria R$ 144.000,00.

Contabilização no momento inicial:

D - Imobilizado - Caminhão........................ ......................144.000 D - Encargos financeiros a transcorrer (retificadora passivo)....36.000

C - Arrendamento mercantil a pagar (passivo).....................180.000

II. Obtenção de empréstimo no valor de R$ 50.000,00 para ser pago em 18 meses, em parcelas de R$ 3.335,11, com taxa de juros composta de 2% a. m.

Para conceder o crédito, a instituição financeira cobrou no ato da contratação R$ 1.500,00.

Contabilização no início:

D - Caixa.............................................................................48.500,00

D - encargos financeiros a transcorrer (retificadora do passivo)..11.531,98 C - Empréstimos a pagar (Passivo).........................................60.031,98

Ativo: +144.000 – 48.500 = 192.500

Passivo: -36.000 + 180.000 – 11531,98 + 60.031,98 = 192.500

Alertamos que, antes das alterações, o valor de $1.500,00, cobrado pela instituição financeira para conceder o crédito seria contabilizado diretamente no

Resultado, como despesa. Agora, fica dentre de encargos financeiros a transcorrer, para ser apropriada pelo prazo do empréstimo.

Gabarito B

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10. OPERAÇÕES COM MERCADORIAS.

1. Resultado Bruto com Mercadorias

O Resultado Bruto com Mercadorias, Ou Resultado com Mercadorias equivale ao Lucro Bruto na Demonstração do Resultado.

Receita Bruta (-) Deduções da Receita ---- Devoluções de Vendas

---- Cancelamento de Vendas ---- Descontos incondicionais concedidos

---- Abatimentos concedidos ---- Impostos sobre vendas (IPI, ICMS, PIS e COFINS)

---- Ajuste a Valor Presente de Clientes (=) Receita Líquida

(-) Custo das Mercadorias Vendidas

(=) Lucro Bruto OU Resultado com Mercadorias.

A DRE será estudada com mais detalhes na Aula 8. Nesta aula, vamos examinar a apuração do CMV.

2 – Custo das Mercadorias Vendidas

2.1 – Avaliação do estoque

Custos do estoque 10. O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à

sua condição e localização atuais.

Custos de aquisição 11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os

impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros

diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser

deduzidos na determinação do custo de aquisição. (NR) (Nova Redação dada

pela Revisão CPC nº. 1, de 8/01/2010)

Assim, o custo de aquisição dos estoques compreende:

1) Preço de compra

2) Impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis). Os tributos recuperáveis são:

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a) Matéria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade

não cumulativa) b) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na

modalidade não cumulativa) 3) Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis

à aquisição.

As devoluções, os descontos comerciais e os abatimentos devem ser deduzidos do custo de aquisição.

Devoluções: A nota fiscal de devolução deve ser um espelho da nota fiscal de

venda, incluindo todos os itens que nela aparecem.

Exemplo: vamos supor que a empresa KLS vendeu 10 unidades do produto X pelo preço unitário de $100, com IPI de 10% e ICMS de 18%. Além disso,

concedeu um desconto comercial, que constou na Nota Fiscal, de 20%. A nota

fiscal de venda fica assim:

10 unidades x preço unitário 100 = 1.000,00 (-) Desconto comercial concedido = (200,00)

IPI: ($ 1.000 x 10%) ......................100,00 ICMS ($ 800,00 x 18%)...................144,00

Valor total da Nota Fiscal: 1.000 + IPI 100 – desconto 200 = $900,00

A empresa compradora devolve duas unidades. A nota fiscal de devolução ficará assim:

2 unidades x preço unitário 100 = 200,00

(-) Desconto comercial concedido = (40,00) IPI: ($ 200 x 10%) .........................20,00

ICMS ($ 160,00 x 18%)...................28,80

Valor total da Nota Fiscal de devolução:

Valor mercadoria 200 + IPI 20 – desconto 40 = $180,00

Repare que o total da NF de devolução corresponde a20% do valor total da NF de venda, o que está de acordo com a quantidade devolvida (2 unidades de

uma venda de 10 unidade).

SE na NF de venda constar desconto incondicional ou comercial, na NF de devolução também deve constar.

Entretanto, se constar frete na NF de vendas e houver devolução parcial, o frete

das unidades devolvidas deve sair do estoque, sendo transferido para o resultado, como despesa do exercício.

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Descontos comerciais ou incondicionais são aqueles que são negociados no

momento da compra, sem nenhuma condição. Exemplo: determinada mercadoria custa 100 reais a unidades, mas, na negociação, acaba saindo por

95 reais. O vendedor concede um desconto de 5 reais, para realizar a venda. Esse tipo de desconto deve ser deduzido do custo do produto. Além disso,

quando constar na nota fiscal, o desconto condicional é abatido da base de cálculo do ICMS e do PIS/COFINS, mas não da base de cálculo do IPI.

Exemplo: A empresa KLS vendeu produtos no valor de $10.000, e concedeu um desconto incondicional de $ 500, com IPI de 10% e ICMS de 18%, PIS de

1,65% e Cofins de 7,6%.

Nota fiscal: Valor da mercadoria............................10.000

(-) Desconto concedido.........................( 500)

Cálculo do IPI: 10.000 x 10% = 1.000,00

Cálculo do ICMS: 9.500 x 18% = 1.710,00 Cálculo do PIS: 9.500 x 1,65 % = 156,75

Cálculo do ICMS: 9.500 x 7,6% = 722,00

Valor total da NF: 10.000 + 1.000 - 500 = 10.500

Como se observa, o desconto incondicional ou desconto comercial não é abatido da base de cálculo do IPI, mas é abatido da base de cálculo do ICMS, e também

do PIS e COFINS.

O abatimento ocorre num momento posterior à compra. Por exemplo, uma loja fecha um pedido de cadeiras por 100 reais a unidade e, quando recebe a

mercadoria, a cor está diferente do que foi pedido. Nesse caso, o vendedor pode conceder um abatimento para que a mercadoria não seja devolvida.

Digamos, um abatimento de 3 reais por unidade. Nesse caso, a Nota Fiscal é

emitida por 100 reais a unidade, mas deverá entrar para o estoque apenas 97 reais (sem considerar impostos ou outros custos).

Impostos recuperáveis: São os impostos não cumulativos, ou seja, a

empresa pode se creditar do imposto cobrado nas operações anteriores. Compreendem o IPI, o ICMS, o PIS e o COFINS.

IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados: É um imposto “por fora”, o

que significa que não está incluído no preço do produto . Portanto, deve ser acrescentado ao preço. Normalmente, a questão informa qual a alíquota que

deve ser considerada ou o valor do IPI.

ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços: è um imposto “por dentro”, ou seja, já está incluído no preço da mercadoria ou

produto. Possui várias alíquotas, sendo que normalmente a questão informa

qual deve ser utilizada.

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PIS – Programa de Integração Social: É um tributo “por dentro”. Existe nas modalidades cumulativas e não-cumulativas. As alíquotas são:

Cumulativa: 0,65 % Não-cumulativa: 1,65 %

Cofins – Contribuição para a Seguridade Social: É um tributo “por dentro”.

Existe nas modalidades cumulativas e não-cumulativas. As alíquotas são: Cumulativa: 3,0 %

Não-cumulativa: 7,6 %

Observação: como estamos interessados nos aspectos contábeis, não entraremos em maiores detalhes sobre os tributos, os quais podem ser

estudados na disciplina direito Tributário.

Impostos “por dentro” e “por fora”. Vamos detalhar a forma de cálculo do

IPI (por fora) e do ICMS (por dentro).

Normalmente, as questões informam o “preço da mercadoria” ou o “preço da compra”. O preço inclui o ICMS (imposto “por dentro”), mas não inclui o IPI

(imposto “por fora”).

Exemplo: A empresa KLS adquiriu matéria-prima a prazo, ao preço de $1.000 reais, com incidência de ICMS de 18% e IPI de 10%. Indique a contabilização.

Cálculo dos imposto:

IPI: 1.000 x 10% = 100. Como o IPI não está incluído no preço, deve ser somado.

Valor da Nota Fiscal: 1.000 + IPI 100 = $ 1.100

ICMS: 1.000 x 18% = 180

Contabilização (considerando que os dois impostos são recuperáveis):

D – Estoque matéria prima.........820 D – ICMS a recuperar................180

D – IPI a recuperar...................100 C – Fornecedores...................1.100

A Esaf já cobrou:

“(Esaf/MPOG/APO/2008) A empresa comercial Armazém Popular S.A. utiliza o controle permanente de estoques para contabilizar suas mercadorias. Em junho

de 2007, a empresa adquiriu uma partida de raquetes de tênis para revender, tendo praticado a seguinte composição de custos:

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preço de compra: R$ 200.000,00; IPI incidente sobre a compra: R$ 10.000,00;

ICMS incidente sobre a compra: R$ 18.000,00.

Ao contabilizar essa operação de compra, a empresa deverá fazer o seguinte lançamento: “

Resolução: o preço inclui o ICMS (por dentro), mas não inclui o IPI (por fora).

Assim, o valor total pago será $ 200.000 + IPI $ 10.000 = $210.000

Trata-se de mercadorias para revender, portanto o ICMS será recuperado e o

IPI não.

Valor do estoque: $ 210.000 – ICMS $ 18.000 = $ 192.000

Contabilização:

D – Estoque de mercadorias...............192.000 D – ICMS a Recuperar.........................18.000

C – Fornecedores..............................210.000

Obs: a questão não menciona que a compra foi a prazo, mas todas as

alternativas creditavam fornecedores.

Já mencionamos que o preço da mercadoria inclui o ICMS, mas não o IPI. Mas devemos atentar para a seguinte “pegadinha”: se a questão mencionar o “valor

da Nota Fiscal” ou o “valor pago”, este já inclui o IPI. Explicando melhor:

1) Empresa comprou 10 unidades de uma determinada mercadoria ao preço total de R$ 1.000, com icms de 18% e ipi de 10%. Qual foi o valor total da Nota fiscal?

R: O preço inclui o icms (que é "por dentro") e não inclui o IPI ("Por fora").

Assim, o total da NF será: 1.000 + 10% de IPI = 1100

2) Empresa comprou 10 unidades de uma determinada mercadoria pagando o total de 1000, com icms de 18% e ipi de 10%. Qual foi o valor total da Nota

fiscal? R: Se o comprador pagou 1000, este é o valor total da NF., já com 10% de ipi

incluso.

A ESAF já cobrou? Já, sim:

(ESAF/ MDIC/Analista de Comércio Exterior/2002) A empresa Três Ramos de Trevo realizou apenas duas vendas em agosto. Uma de 300 unidades, no dia

15; e outra de 480 unidades, no dia 25.

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O valor apurado foi o mesmo em cada operação, sendo a primeira a prazo e a segunda a vista. O valor total cobrado foi de R$ 5.280,00, correspondente ao

preço de venda com incidência de ICMS de 17% e de IPI de 10%.

Exclusivamente com base nas informações acima, podemos dizer que o preço unitário de venda alcançado na operação do dia

a) 25 de agosto foi de R$ 5,00.

b) 25 de agosto foi de R$ 5,50. c) 15 de agosto foi de R$ 6,64.

d) 15 de agosto foi de R$ 7,92. e) 15 de agosto foi de R$ 8,80.

Resolução: O valor apurado foi o mesmo em cada operação, e o valor total foi de $ 5.280,00. Assim, o valor apurado em cada operação foi de $ 5.280 / 2 = $

2.640. Esse foi o valor cobrado, que inclui o IPI de 10%. Para calcular o preço de

venda unitário, devemos excluir o IPI (o preço inclui o ICMS, mas não o IPI).

$ 2.640 / 1,1 = $ 2.400 Preço unitário da venda do dia 15: $ 2.400 / 300 unid. = $ 8,00

Preço unitário da venda do dia 25: $ 2.400 / 480 unid. = $ 5,00

Gabarito A

Vamos ver, agora, como fica a contabilização do ICMS.

A empresa KLS comprou mercadorias, no valor de $10.000, as quais foram revendidas por $ 15.000. Nas operações de compra e venda, incidiu ICMS à alíquota de 18%. As operações foram realizadas a vista. Efetue a contabilização

das operações, determine o valor do ICMS a Recolher e apure o lucro bruto.

Resolução: Icms sobre as compras: 10.000 x 18% = 1.800

Icms sobre as vendas: 15.000 x 18% = 2.700 Contabilização da compra da mercadoria:

D – Estoque (Ativo).........................8.200 D – Icms a recuperar (Ativo).............1.800

C – Caixa/bancos (Ativo)................10.000

Contabilização da venda:

Baixa do estoque: D – Custo da mercadoria vendida (resultado)....8.200

C – Estoque (Ativo)......................................8.200

Reconhecimento da Receita:

D – Caixa/bancos(Ativo)............................15.000 C – Receita de Vendas (Resultado).............15.000

Contabilização do Icms sobre as vendas:

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D – Despesa com Icms (Resultado)............2.700 C – Icms a Recolher (Passivo)...................2.700

Calculo do Icms a recolher: devemos confrontar o saldo das duas contas de

ICMS ( a recuperar x a recolher). Se a conta Icms a recuperar for maior, o saldo passa para o próximo mês. Se a conta Icms a recolher for maior, a

empresa deve recolher a diferença entre as contas. Para isso, vamos transferir o salda do ativo (ICMS a recuperar) para o passivo (ICMS a recolher).

D – Icms a recolher (passivo)............1.800

C – Icms a recuperar (Ativo).............1.800

Após esse lançamento, a conta Icms a recuperar fica com saldo zero, e a conta Icms a Recolher fica com saldo de $2.700 - $1.800 = $900.

Pelo recolhimento:

D – Icms a Recolher..............900 C – Caixa/bancos..................900

Repare que a empresa recolheu ICMS apenas sobre a diferença entre o preço

de compra e o preço de venda. Esse é o mecanismo da não-cumulatividade. O imposto destacado nas operações anteriores é abatido do valor a recolher.

Apuração do Lucro Bruto:

Receita de vendas bruta...................15.000

(-) Icms sobre vendas......................(2.700) Receita líquida................................12.300

(-) CMV.........................................(8.200)

Lucro Bruto.....................................4.100

As bancas costumam cobrar apenas ICMS e IPI, nas questões sobre compra de

matéria-prima e/ou mercadorias. Mas vamos examinar também a incidência de PIS e Cofins.

1) Compra de matéria prima:

A empresa LKS adquiriu matéria-prima a prazo, com preço de $ 100.000,00,

com IPI de 10%, ICMS de 18%, PIS de 1,65% e Cofins de 7,6%. Determine a contabilização.

IPI (100.000 x 10%) 10.000

Preço da Matéria Prima (sem ipi e com icms) 100.000

ICMS (100.000 x 18%) 18.000

PIS (100.000 x 1,65%) 1.650

COFINS (100.000 x 7,6 %) 7.600

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OBS: Usaremos sempre esse formato de cálculo. A partir do preço da mercadoria (segunda linha na tabela), o IPI irá aumentar o valor da nota fiscal (é “por fora”, lembra?). Por isso, colocamos o cálculo do IPI acima do preço da

mercadoria. Já o ICMS, o PIS e a COFINS estão “dentro” do preço da

mercadoria, assim não afetam o valor total da nota fiscal.

Valor da Nota Fiscal: 100.000 + IPI 10.000 = 110.000

Nesse caso, o IPI é recuperável. O valor do estoque é:

110.000 – 10.000(IPI) – 18.000 – 1.650 -7.600 = 72.750 Assim, a contabilização é a seguinte:

D – Estoque .....................72.750

D – IPI a recuperar............10.000

D – Icms a recuperar.........18.000 D – PIS a recuperar............1.650

D – Cofins a recuperar........7.600 C – Fornecedores...........110.000

2) Compra de ativo imobilizado:

A empresa LKS adquiriu uma máquina a prazo, para uso na produção,

diretamente do fabricante, com preço de $ 100.000,00, com IPI de 10%, ICMS de 18%, PIS de 1,65% e Cofins de 7,6%.

Determine a contabilização.

O ICMS não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos industrializados, quando a operação, realizada entre

contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à

comercialização, configure fato gerador dos dois impostos.

Neste caso, com se trata de aquisição de Ativo Imobilizado ( não é matéria-prima destinada à industrialização e nem mercadoria destinada à

comercialização), o IPI será incluído na base de calculo do ICMS.

O IPI também será incluído na base de cálculo do PIS e COFINS, para o adquirente.

(Obs: Para o vendedor, o IPI não integra a base de cálculo do PIS e COFINS)

IPI (100.000 x 10%) 10.000

Preço da Matéria Prima (sem ipi e com icms) 100.000

ICMS (110.000 x 18%) 19.800

PIS (110.000 x 1,65%) 1.815

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COFINS (110.000 x 7,6 %) 8.360

Valor da Nota Fiscal: 100.000 + IPI 10.000 = 110.000

Nesse caso, o IPI não é recuperável. O valor do imobilizado é:

110.000 – 19.800 – 1.815 – 8.360 = 80.025

Assim, a contabilização é a seguinte:

D – Imobilizado................80.025

D – Icms a recuperar.........19.800 D – PIS a recuperar............1.815

D – Cofins a recuperar........8.360 C – Fornecedores...........110.000

A Lei Complementar 87/96 (Lei Kandir) estabelece que a aquisição de ativo

imobilizado também dá direito aos créditos de ICMS. Mas a compensação deve ser feita em 48 meses, ou seja, o valor do Icms na aquisição será compensado

na proporção de 1/48 avos por mês.

Com relação ao PIS e Cofins, os créditos relativos à aquisição de máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado para utilização

na produção de bens destinados à venda, ou na prestação de serviços, poderão ser utilizados proporcionalmente à depreciação dos ativos que lhe deram

origem, ou opcionalmente no prazo de 1 ano (1/12 avos por mês).(Lei

11.774/08).

3) Compra de mercadoria por empresa comercial (aquisição de indústria):

A empresa LKS adquiriu mercadoria a prazo, diretamente do fabricante, com

preço de $ 100.000,00, com IPI de 10%, ICMS de 18%, PIS de 1,65% e Cofins de 7,6%.

Determine a contabilização.

Neste caso, o IPI não é recuperável. Como trata-se de mercadoria destinada à comercialização, o IPI não entra na base de cálculo do Icms.

Mas, como será incorporado ao custo do estoque, o IPI entra na base de cálculo

do PIS e do Cofins. Chamamos a atenção para esse caso, em particular. A base

de cálculo do Icms será diferente da base de cálculo do PIS e Cofins.

Vamos aos cálculos:

IPI (100.000 x 10%) 10.000

Preço da Matéria Prima (sem ipi e com icms) 100.000

ICMS (100.000 x 18%) 18.000

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PIS (110.000 x 1,65%) 1.815

COFINS (110.000 x 7,6 %) 8.360

Valor da Nota Fiscal: 100.000 + IPI 10.000 = 110.000

Nesse caso, o IPI não é recuperável. O valor do estoque é:

110.000 – 18.000 – 1.815 -8.360 = 81.825

Assim, a contabilização é a seguinte:

D – Estoque .....................81.825

D – Icms a recuperar..........18.000 D – PIS a recuperar..............1.815

D – Cofins a recuperar..........8.360 C – Fornecedores.............110.000

4) Compra de mercadoria por empresa comercial (aquisição de empresa

comercial):

A empresa LKS adquiriu mercadoria a prazo, de uma empresa comercial, com preço de $ 100.000,00, ICMS de 18%, PIS de 1,65% e Cofins de 7,6%.

Determine a contabilização.

Este é o caso mais fácil, por isso deixamos para o final. Como a empresa

vendedora é uma empresa comercial, não há IPI. Os cálculos ficam assim:

Preço da Matéria Prima (sem ipi e com icms) 100.000

ICMS (100.000 x 18%) 18.000

PIS (100.000 x 1,65%) 1.650

COFINS (100.000 x 7,6 %) 7.600

Valor da Nota Fiscal: 100.000

Nesse caso, não há IPI. O valor do estoque é:

100.000 – 18.000 – 1.650 -7.600 = 72.750

Assim, a contabilização é a seguinte:

D – Estoque .....................72.750 D – Icms a recuperar..........18.000

D – PIS a recuperar..............1.650

D – Cofins a recuperar..........7.600 C – Fornecedores.............100.000

Quanto ao cálculo dos impostos nas operações de vendas, serão estudadas na

aula sobre DRE.

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Controle de Estoque: O controle pode ser feito através do inventário permanente ou do inventário periódico.

Inventário periódico: os estoques são avaliados na data do balanço, através

do inventário físico. Para calcular o valor do Custo das Mercadorias Vendidas, usamos a fórmula:

Estoque inicial + compras – CMV = Estoque final

A qual pode ser reescrita assim:

CMV = Estoque inicial + Compras – Estoque final.

No sistema de inventário periódico, usamos a Conta Mista Mercadorias.

Nessa conta, lançamos o estoque inicial e as compras a débito; e lançamos as

vendas a crédito. No final do período, ao apurar o estoque final, podemos calcular o Resultado com Mercadorias.

A conta mista tem esse nome, pois possui características de conta patrimonial

(ao registrar o estoque inicial e final) e de conta de resultado (ao registrar as vendas).

Exemplo: A empresa KLS, que utiliza o sistema de inventário periódico, possuía

estoque inicial de 1.000, registrado na conta mista mercadoria. Durante o ano de X1, comprou mercadorias no valor de 15.000 e efetuou vendas no valor de

25.000. O estoque final, apurado através de inventário físico, foi de 2.000.

Efetue a contabilização na conta mista mercadoria e apure o resultado com mercadorias do período.

Resolução: A conta mista mercadoria apresenta saldo inicial (que é o saldo final do ano anterior) de 1.000. A partir daí, ocorrem as seguintes contabilizações:

Compra de mercadorias: 15.000

D – Conta Mista Mercadoria..................15.000 C – Fornecedores................................15.000

Venda de mercadorias: 25.000

D – Clientes.......................................25.000 C – Conta Mista Mercadoria...................25.000

Saldo da conta mista de mercadorias, após esses lançamentos:

D – Estoque inicial...............1.000 D – Compras.....................15.000

C – Vendas........................25.000

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Saldo: 9.000 a crédito.

Como o estoque final apurado foi de 2.000, devemos debitar a conta Mista

Mercadoria no valor de 11.000. A conta apresenta saldo credor de 9.000, com o débito de 11.000, passa a ter saldo devedor de 2.000, que equivale ao estoque

final. A contrapartida é o Resultado com Mercadorias.

D – Conta Mista Mercadoria............11.000 C – Resultado com Mercadorias.......11.000

Vamos conferir o valor do Resultado com Mercadorias.

Custo Mercadoria Vendida: Estoque inicial + compras – estoque final

CMV = 1.000 + 15.000 – 2.000 CMV = 14.000

Vendas.............................................................25.000 (-) CMV...........................................................(14.000)

(=) Resultado com mercadorias (Lucro Bruto).........11.000

Conta de Mercadorias desdobrada: Nesse caso, usamos três contas para o controle e apuração do resultado, ao invés de uma. São elas:

1) Mercadorias: registra o estoque inicial. Seu saldo não se altera durante o

ano.

2) Compras: registra as compras efetuadas durante o ano

3) Vendas: Registra as vendas ocorridas durante o ano.

No final do ano, após o inventário, apuramos o resultado com mercadorias, de

forma semelhante ao cálculo da conta única, que já vimos acima.

Observação: Quando falamos em contabilizar as “compras” e as “vendas”, devemos também lançar todos os fatos que afetam o valor das compras e das

vendas, como devoluções, abatimentos, fretes, seguros, etc.

E agora vamos nos divertir com uma questão, afinal ninguém é de ferro...

(ESAF/SUSEP/Agente Executivo/2006) A firma Agrária Agronegócios Ltda. utiliza a conta Mercadorias na modalidade conta mista, sendo debitada pelo valor das compras e creditada pelo valor das vendas. Se, no fim do período, a

conta mercadorias, que representa o item "geagá", inteiramente isento de tributação, apresentar saldo contábil credor, no valor de R$ 5.000,00, e o

inventário físico final for avaliado em R$ 2.000,00, pode-se dizer que as operações com esse item ocasionaram

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A) prejuízo de R$ 2.000,00. B) prejuízo de R$ 3.000,00.

C) lucro de R$ 3.000,00. D) lucro de R$ 5.000,00.

E) lucro de R$ 7.000,00.

Resolução:

A conta Mista de Mercadorias apresentava saldo credor de 5.000, e o estoque final foi avaliado em 2.000. Assim, o saldo credor da Conta Mista de 5.000 deve

ficar devedor em 2.000, que é o valor do estoque. Portanto, vamos debitar a conta Mista em 7.000, e a contrapartida é a conta Resultado com Mercadorias.

D - Conta Mista Mercadorias..........7.000

C – Resultado com Mercadorias......7.000

O lançamento a crédito na conta Resultado com Mercadorias indica que houve lucro.

Gabarito E

Inventário Permanente: Nesse caso, a empresa controla o estoque de forma contínua, dando baixa em cada operação de venda. A contabilização é a

seguinte:

Pela aquisição de mercadorias, a prazo, no valor de 1.000 (obs: vamos desconsiderar os impostos para fins didáticos):

D – Estoque (Ativo)........................1.000

C – Fornecedores (Passivo)..............1.000

Vamos supor que metade dessa mercadoria foi vendida por 1.200.

Teremos duas contabilizações: Pela baixa do estoque e reconhecimento do custo:

D – CMV (Resultado).................500

C – Estoque (Ativo)...................500

Pelo reconhecimento da receita:

D – Duplicatas a Receber OU Clientes (ativo).......1.200 C – Receita de vendas (Resultado).....................1.200

Dessa forma, a empresa consegue controlar os estoques de forma permanente.

Após tais operações, o estoque da empresa (supondo que iniciou com estoque zero) apresenta os seguintes lançamentos:

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D – Estoque (Ativo)........................1.000 C – Estoque (Ativo)...........................500

Saldo da conta Estoque: 500

PEPS, UEPS e Preço Médio: Dificilmente as mercadorias são compradas pelo

mesmo preço. Surge, assim, a necessidade de atribuir preço ao estoque que está sendo vendido.

Vamos supor que determinada empresa, tendo iniciado o ano com estoque

zero, efetuou duas compras do produto X: a primeira de 10 unidades, com custo unitário de $10, e a segunda de 20 unidades, com custo unitário de $12.

Em seguida, a empresa efetuou a venda de 15 unidades do produto X, por 20

reais a unidade. Vamos ver como fica o resultado e o estoque final, usando

cada um dos métodos acima.

PEPS: significa Primeiro que Entra é o Primeiro que Sai. Também conhecido pela sigla em inglês FIFO (First in first out).

No nosso exemplo, ficaria assim:

1ª compra: 10 unidades a 10 reais = R$ 100

2ª compra: 20 unidades a 12 reais = R$ 240 Venda de 15 unidades x $ 20 = R$ 300 (receita de venda)

Usando o PEPS, valorizamos as unidades vendidas usando o custo das unidades

que entraram primeiro no estoque.

Assim:

Custo das 15 unidades:

10 unidades a 10 reais = $ 100 5 unidades a 12 reais = $ 60

15 unidades que custaram, no total, 160 reais.

Resultado:

Receita vendas.................300 (-) CMV..........................(160)

Lucro Bruto......................140

Estoque final: 15 unidades a 12 reais = 180

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UEPS : Significa Último que Entra é o Primeiro que Sai. Também conhecido

pela sigla em inglês LIFO (Last In First Out). Usando os mesmos dados do exemplo acima, fica assim:

1ª compra: 10 unidades a 10 reais = R$ 100

2ª compra: 20 unidades a 12 reais = R$ 240 Venda de 15 unidades x $ 20 = R$ 300 (receita de venda)

Custo das 15 unidades vendidas:

15 unidades a 12 reais = R$ 180

Resultado: Receita vendas.................300

(-) CMV..........................(180) Lucro Bruto......................120

Estoque final: 10 unidades a 10 reais = 100

5 unidades a 12 reais = 60

Estoque final: 15 unidades com custo total de 160.

Custo Médio: Usamos o custo médio do estoque, para calcular o custo das vendas. Retomando o exemplo acima, temos:

1ª compra: 10 unidades a 10 reais = R$ 100

2ª compra: 20 unidades a 12 reais = R$ 240 Custo médio: R$ 340 / 30 unidades = R$ 11,3333 por unidade.

Venda de 15 unidades x $ 20 = R$ 300 (receita de venda)

Custo das vendas: 15 unidades x $ 11,33 = 170 (obs: arredondando centavos)

Resultado:

Receita vendas.................300 (-) CMV..........................(170)

Lucro Bruto......................130

Estoque final: Estoque final: 15 unidades x R$ 11,3333 = R$ 170

Para calcular o custo médio, podemos usar a média ponderada fixa ou a média

ponderada móvel.

No primeiro caso, calculamos a média de todas as entradas do mês e usamos

esse valor para todas as saídas do mês.

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Assim:

Dia Evento Quantidade Custo Médio Custo Total

1 Estoque inicial 100 10,00 1.000,00

4 Compras 150 12,00 1.800,00

6 compras 200 13,00 2.600,00

10 vendas -100 15 compras 200 15,00 3.000,00

20 vendas -250

Vamos calcular o custo das vendas dos dias 10 e 20, usando as duas médias

ponderadas (fixa e móvel).

Média Ponderada Fixa: A partir do estoque inicial e das entradas, calculamos o custo médio que será usado para todas as saídas do mês.

Dia Evento Quantidade Custo Médio Custo Total

1 Estoque inicial 100 10,00 1.000,00

4 Compras 150 12,00 1.800,00

6 compras 200 13,00 2.600,00

15 compras 200 15,00 3.000,00

Total

650 12,92 8.400,00

O Custo Médio Fixo é de $ 12,92. O custo das vendas será:

Dia 10: venda de 100 unidades x $ 12,92 = $ 1.292,00

Dia 20: venda de 250 unidades x $ 12,92 = $ 3.230,00

Custo total do mês: $ 1.292,00 + $ 3.230,00 = $ 4.522,00

Média Ponderada Móvel: Nesse caso, calculamos o custo médio vigente na data de cada venda. A venda do dia 10 fica com o seguinte custo médio

ponderado móvel:

Dia Evento Quantidade Custo Médio Custo Total

1 Estoque inicial 100 10,00 1.000,00

4 Compras 150 12,00 1.800,00

6 compras 200 13,00 2.600,00

Total

450 12,00 5.400,00

Assim, a venda do dia 10 terá custo médio de R$ 12,00. Do total de 450 unidades, sobram 350, após a venda.

Podemos agora calcular o custo médio móvel para a venda do dia 12:

Dia Evento Quantidade Custo Médio Custo Total

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11 estoque inicial 350 12,00 4.200,00

15 compras 200 15,00 3.000,00

Total

550 13,09 7.200,00

A venda do dia 20 terá custo médio de R$ 13,09. Agora podemos calcular o total do custo das vendas do mês:

Dia 10: venda de 100 unidades x $ 12,00 = $ 1.200,00

Dia 20: venda de 250 unidades x $ 13,09 = $ 3.272,50

Custo total do mês: $ 1.200,00 + $ 3.272,50 = $ 4.472,50

Custo Específico: Uma outra forma de atribuir custos às vendas é através do Custo Específico. Podemos exemplificar da seguinte forma:

Suponha que uma agência de automóveis possua 10 unidades de um determinado modelo em estoque. Três foram comprados há 6 meses, por R$

20.000,00. Seis foram comprados na última semana, por R$ 22.000,00. O último é um carro usado, que foi aceito como parte de pagamento de um

veículo novo, pelo custo de R$ 12.000,00.

A empresa realiza a venda de quatro veículos: um que foi comprado a 6 meses, dois comprados na última semana e o veículo usado.

Nesse caso, a empresa pode atribuir o custo específico de cada item vendido.

Método do Varejo: Usado em empresas que trabalham com muitos itens e

apresentam uma grande rotatividade de estoque, como os supermercados.

Se a empresa costuma usar uma margem fixa sobre o custo para formar o

preço de venda, ela pode valorizar o seu estoque final a partir do preço de venda e calcular o custo usando a fórmula:

CMV = estoque inicial + compras – estoque final.

Por exemplo, suponha que determinado supermercado forme o seu preço de

venda multiplicando o custo por 1,5. Para calcular o estoque final, basta pegar o preço de venda dos itens em estoque e dividir por 1,5.

Esse procedimento está previsto no Pronunciamento CPC 16 – Estoques,

confira:

22. O método de varejo é muitas vezes usado no setor de varejo para mensurar estoques de grande quantidade de itens que mudam rapidamente, itens que

têm margens semelhantes e para os quais não é praticável usar outros métodos de custeio. O custo do estoque deve ser determinado pela redução do seu preço

de venda na percentagem apropriada da margem bruta. A percentagem usada

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deve levar em consideração o estoque que tenha tido seu preço de venda

reduzido abaixo do preço de venda original. É usada muitas vezes uma

percentagem média para cada departamento de varejo.

11. QUESTÕES COMENTADAS

1. (ESAF/AFRFB/2002.2) Em 01.10.01 foram descontadas duplicatas em banco.

Uma duplicata no valor de R$ 10.000,00, com vencimento para 10.11.01, não foi liquidada e o banco transferiu para cobrança simples, no dia do vencimento.

Em 01.12.01, após conseguir um abatimento de 30% no valor da duplicata, o

cliente liquidou a dívida junto ao banco, pagando, ainda, juros de R$ 70,00.

O registro contábil da operação realizada no dia 01.12.01 foi assim feito pelo emitente da duplicata:

a) Diversos a Diversos

Abatimentos Concedidos 3.000,00 Bancos c/ Movimento 7.070,00 10.070,00

a Duplicatas a Receber 10.000,00 a Juros Ativos 70,00 10.070,00

b) Diversos

a Diversos Duplicatas Descontadas 10.000,00

Juros Ativos 70,00 10.070,00 a Bancos c/ Movimento 7.070,00

a Abatimentos Concedidos 3.000,00 10.070,00

c) Diversos

a Diversos Bancos c/ Movimento 7.070,00

Abatimentos Auferidos 3.000,00 10.070,00 a Duplicatas Descontadas 10.000,00

a Juros Ativos 70,00 10.070,00

d) Duplicatas Descontadas 10.000,00 10.000,00 a Diversos

a Bancos c/ Movimento 7.000,00 a Abatimentos Auferidos 3.000,00 10.000,00

e) Diversos

a Diversos Duplicatas a Receber 10.000,00

Juros Ativos 70,00 10.070,00

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a Abatimentos Obtidos 3.000,00

a Bancos c/ Movimento 7.070,00 10.070,00

Comentários

Há uma pequena pegadinha na questão. Logo na primeira frase ela diz que houve desconto de duplicatas. Em seguida, diz que uma duplicata foi enviada

para cobrança simples (mera remessa da duplicata para ser cobrada pelo banco). A cobrança simples é feita pelo banco, que cobra tão-somente despesas

bancárias. Não se confunde com a operação de desconto.

Vejam que a questão não revela o valor das duplicatas que foram descontadas. Todavia, já sabemos que o lançamento (que vigia à época) é:

D – Bancos (ativo)

D – Encargos financeiros a transcorrer (ativo)

C – Duplicatas descontadas (retificadora do ativo)

A remessa da duplicata para cobrança simples não gera lançamento contábil. A concessão de abatimento é uma despesa para a empresa que está concedendo.

Deste modo, 30% de 10.000 = 3.000,00. Ademais, computaremos também uma receita no montante de R$ 70,00 (receita).

O lançamento é o seguinte:

D – Abatimentos concedidos (despesa) 3.000,00

D – Bancos (ativo) 7.070,00 C – Duplicatas a receber 10.000,00

C – Receita de juros 70,00

Tal lançamento corresponde exatamente à assertiva a.

Gabarito A.

2. (ESAF/AFTE/RN/2005) Às 9 horas do dia 25 de novembro, a empresa Alvoradinha Ltda. praticou o seguinte fato contábil: recebimento, em cheque,

de duplicatas no valor de R$ 2.200,00, com incidência de juros à taxa de 10% (dez por cento). Para contabilizar aludido fenômeno patrimonial em um único

lançamento o Contador deverá fazê-lo como segue.

a) Caixa a Diversos

P/recebimento desta data, a saber: a Duplicatas a Receber

Valor principal 2.200,00

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a Juros Ativos

Valor dos juros incidentes 220,00 2.420,00

b) Caixa a Diversos

P/recebimento desta data, a saber:

a Duplicatas a Receber valor principal 2.000,00

a Juros Ativos valor dos juros incidentes 200,00 2.200,00

c) Bancos conta Movimento

a Diversos

P/recebimento desta data, a saber:

a Duplicatas a Receber valor principal 2.200,00

a Juros Ativos valor dos juros incidentes 220,00 2.420,00

d) Diversos

a Duplicatas a Receber

P/recebimento desta data, a saber: Caixa

valor principal 2.000,00 Juros Ativos

valor dos juros incidentes 200,00 2.200,00

e) Bancos Conta Movimento

a Diversos

P/recebimento nesta data, a saber:

a Duplicatas a Receber valor principal 2.000,00

a Juros Ativos valor dos juros incidentes 200,00 2.200,00

Comentários

Um primeiro aspecto digno de nota é que o recebimento em cheque é efetuado

pela tesouraria, ingressando, portanto, na CONTA CAIXA, e não na conta bancos.

RECEBIMENTO EM CHEQUE INGRESSO NO CAIXA

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PAGAMENTO EM CHEQUE SAÍDA DE RECURSOS DO BANCO.

Portanto, de plano podemos descartar as assertivas “c” e “e”.

Vejam que a questão nos informou que o valor da duplicata é de R$ 2.200,00.

Assim, o valor dos juros de 10% recairá sobre esta quantia.

Portanto, o juro será de R$ 220,00, recebendo a empresa um cheque no montante total de R$ 2.420,00.

Teremos assim, os lançamentos:

D – Caixa 2.420,00

C – Duplicatas a receber 2.200,00

C – Juros ativos 220,00

Gabarito, portanto, letra a.

Gabarito A.

3. (ESAF/AFTM/Fortaleza/2003) Analisando um desconto de duplicata em

02.01.03, pelo prazo de 15 dias, no valor de R$ 200,00, com despesas financeiras no montante de R$ 15,00, deduzidas pelo banco no momento da

liberação do dinheiro, assinale a seguir a única opção que indica o registro

correto da operação.

Valores em R$ Contas Débito Crédito

a) Diversos

a Duplicatas Descontadas 200,00 Bancos Conta Movimento 185,00

Despesas Financeiras 15,00

b) Diversos a Duplicatas a Receber 200,00

Bancos Conta Movimento 185,00 Despesas Financeiras 15,00

c) Duplicatas a Receber 200,00 a Diversos

a Bancos Conta Movimento 185,00 a Despesas Financeiras 15,00

d) Duplicatas Descontadas 200,00

a Diversos

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a Bancos Conta Movimento 185,00

a Despesas Financeiras 15,00

e) Bancos Conta Movimento 200,00 a Diversos

a Duplicatas a Receber 185,00 a Despesas Financeiras 15,00

Comentários

A duplicata descontada, à época, era registrada como redutora do ativo. Como

o desconto é por 15 dias, podemos lançar diretamente como despesa.

O registro, portanto, é o que se segue:

D – Bancos 185

D – Despesa financeira 15 C – Duplicata descontada 200

Gabarito, portanto, letra A.

Gabarito A.

4. (ESAF/AFTM/Recife/2003) A empresa Comercial Lâmina Ltda. descontou uma duplicata em 02.01.03, pelo prazo de 15 dias, no valor de R$ 100,00. O

Banco deduziu do valor a importância de R$ 5,00, referente a Despesas Financeiras. O registro contábil da operação está correto em uma única opção.

Assinale-a.

Valores em R$ Contas Débito Crédito

a) Diversos

a Duplicatas Descontadas 100,00 Bancos Conta Movimento 95,00

Despesas Financeiras 5,00

b) Diversos a Duplicatas a Receber 100,00

Bancos Conta Movimento 95,00 Despesas Financeiras 5,00

c) Duplicatas a Receber 100,00

a Diversos

a Bancos Conta Movimento 95,00 a Despesas Financeiras 5,00

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d) Duplicatas Descontadas 100,00

a Diversos a Bancos Conta Movimento 95,00

a Despesas Financeiras 5,00

e) Bancos Conta Movimento 100,00 a Diversos

a Duplicatas a Receber 95,00 a Despesas Financeiras 5,00

Comentários

Questão semelhante à anterior.

A duplicata descontada, à época, era registrada como redutora do ativo. Como

o desconto é por 15 dias, podemos lançar diretamente como despesa.

O registro, portanto, é o que se segue:

D – Bancos 95

D – Despesa financeira 5 C – Duplicata descontada 100

Gabarito, portanto, letra A.

Gabarito A.

5. (ESAF/Analista de Mercados de Capitais/CVM/2010) O Banco do Brasil emitiu

aviso de débito comunicando à empresa Fermônio S/A a quitação de uma de suas duplicatas da Carteira de Desconto, no valor de R$ 2.000,00. Ao receber

tal aviso, a empresa tomadora do empréstimo contabilizou o evento, lançando:

a) débito em Duplicatas Descontadas e crédito em Bancos conta Movimento. b) débito em Duplicatas a Receber e crédito em Duplicatas Descontadas.

c) débito em Bancos conta Movimento e crédito em Duplicatas Descontadas. d) débito em Bancos conta Movimento e crédito em Duplicatas a Receber.

e) débito em Duplicatas Descontadas e crédito em Duplicatas a Receber.

Comentários

Com a aplicação das Normas Internacionais de Contabilidade, o critério que vigerá no registro do desconto de duplicatas será o seguinte:

D - Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) D - Encargos Financeiros a Transcorrer (Retificadora do Passivo Circulante)

C - Duplicatas Descontadas (Passivo Circulante)

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Perceba-se: a conta duplicatas descontadas foi agora para o passivo exigível! A conta encargos financeiros a transcorrer ficará retificando a conta duplicatas

descontadas. É como se fosse um empréstimo mesmo.

Conforme o período da competência, lançaremos os juros:

D - Despesa de Juros (Resultado) C - Encargos Financeiros a Transcorrer (Passivo exigível)

Com o recebimento do cliente, e o aviso do banco (é o que houve na

questão!) o lançamento será:

D - Duplicatas Descontadas (Passivo exigível) C - Duplicatas a Receber (Ativo circulante)

Esse é o tratamento que tende a ser dado, todavia, as duas formas ainda podem continuar a serem usadas. Fiquemos atentos à tendência das bancas nos

concursos. Ok? Próxima!

Gabarito E.

6. (ESAF/AFTM/Recife/2003) A empresa Ômega Ltda. determinou ao Banco do Brasil que protestasse um título, que estava em seu poder para cobrança, no

valor de R$ 20,00; não suficiente, envidou esforços judiciais sem sucesso. A venda que originou o título havia acontecido no exercício anterior. Ao final do

exercício anterior, a empresa possuía o seguinte Balanço Patrimonial:

Valores em R$

ATIVO

Ativo Circulante 130,00

Disponibilidades 10,00 Caixa e Bancos 10,00

Realizável a Curto Prazo 120,00 Duplicatas a Receber 100,00

Devedores Duvidosos -30,00 Estoques 50,00

Ativo Permanente 80,00 Imobilizado 100,00

Depreciação acumulada -20,00

ATIVO TOTAL 210,00

PASSIVO

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Passivo Circulante 80,00 Fornecedores 80,00

Patrimônio Líquido 130,00 Capital Social 80,00

Reserva Legal 10,00 Lucros Acumulados 40,00

TOTAL DO PASSIVO 210,00

O registro contábil da operação, de baixa do título, está presente na única

opção correta. Assinale- a.

Valores em R$ Contas Débito Crédito

a) Despesas com Títulos Incobráveis 20,00 20,00

a Duplicatas Descontadas

b) Devedores Duvidosos 20,00 a Duplicatas a Receber 20,00

c) Despesas com Títulos Incobráveis 20,00

a Duplicatas a Receber 20,00

d) Ajuste de Exercícios Anteriores 20,00 a Duplicatas a Receber 20,00

e) Despesas com Títulos Incobráveis 20,00

a Bancos Conta Movimento 20,00

Comentários

Uma vez que há uma quantia suficiente provisionada para eventuais calotes, a

empresa poderá simplesmente reduzir a conta provisão para créditos de liquidação duvidosa, dando baixa em duplicatas a receber, pelo lançamento:

D – Provisão para créditos de liquidação duvidosa 20,00

C – Duplicatas a receber 20,00

Gabarito B.

7. (ESAF/AFRFB/2009) Ao elaborar a folha de pagamento relativa ao mês de

abril, a empresa Rosácea Areal Ltda. computou os seguintes elementos e

valores:

Salários e ordenados R$ 63.000,00

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Horas-extras R$ 3.500,00

Salário-família R$ 80,00 Salário-maternidade R$ 1.500,00

INSS contribuição Segurados R$ 4.800,00 INSS contribuição Patronal R$ 9.030,00

FGTS R$ 5.320,00

Considerando todas essas informações, desconsiderando qualquer outra forma de tributação, inclusive de imposto de renda na fonte, pode-se dizer que a

despesa efetiva a ser contabilizada na empresa será de

a) R$ 66.500,00. b) R$ 87.230,00.

c) R$ 79.270,00. d) R$ 77.630,00.

e) R$ 80.850,00.

Comentários

Salários e ordenados R$ 63.000,00 + Horas-extras R$ 3.500,00 + INSS

contribuição Patronal R$ 9.030,00 + FGTS R$ 5.320,00 = R$ 80.850,00.

O salário família e maternidade são pagos pela empresa, porém, restituídos ao patrão pelo Estado! O lançamento do salário-família e salário-maternidade se

dá do seguinte modo:

D – INSS a recolher (passivo circulante) C – Salários a pagar (passivo circulante)

No histórico, especifica-se que se trata de recolhimento para o salário família.

O INSS dos segurados é despesa efetiva do próprio proletariado, e, portanto, não deve ser contabilizado como despesa da empresa.

Gabarito E.

8. (ESAF/Analista de Mercados de Capitais/CVM/2010) Ao apurar o resultado no fim do período contábil, a empresa encontrou um lucro líquido, antes dos

tributos sobre o lucro e das participações, no montante de R$ 1.520,00.

A planilha de custos trazida para compor o resultado do período continha juros relativos a dezembro de 2009, já pagos, no valor de R$ 125,00; juros relativos

a janeiro de 2010, ainda não pagos, no valor de R$ 180,00; juros relativos a

dezembro de 2009, ainda não pagos, no valor de R$ 160,00; juros relativos a janeiro de 2010, já pagos, no valor de R$ 200,00. Referida planilha já havia

sido contabilizada segundo o regime de caixa.

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As demais contas estavam certas, com saldos já contabilizados, segundo o regime de competência. A empresa, então, mandou promover o registro

contábil das alterações necessárias para apresentar os eventos segundo o regime de competência, em obediência à regulamentação vigente.

Após os lançamentos cabíveis, o rédito do período passou a ser lucro de

a) R$ 1.180,00

b) R$ 1.195,00 c) R$ 1.360,00

d) R$ 1.560,00 e) R$ 1.235,00

Comentários

Regime de caixa é o regime contábil que apropria as receitas e despesas no período de seu recebimento ou pagamento, respectivamente,

independentemente do momento em que são realizadas.

Regime de competência é o que apropria receitas e despesas ao período de sua realização, independentemente do efetivo recebimento das receitas ou do

pagamento das despesas.

O lucro do período é de R$ 1.520,00 sem os ajustes. Vamos analisar os fatos um a um e ver como proceder.

A planilha de custos trazida para compor o resultado do período continha juros

relativos a dezembro de 2009, já pagos, no valor de R$ 125,00;

Não há alteração, o juros é de 2009 e foi pago nesse período.

Juros relativos a janeiro de 2010, ainda não pagos, no valor de R$ 180,00;

Não há alteração, uma vez que não houve saída do caixa e também não foi

incorrido no regime de competência.

Juros relativos a dezembro de 2009, ainda não pagos, no valor de R$ 160,00;

Deve diminuir o resultado, uma vez que se refere ao período de 2009, mas pelo regime de caixa ele só seria computado quando do pagamento.

Juros relativos a janeiro de 2010, já pagos, no valor de R$ 200,00.

É só somar ao resultado, uma vez que seu período de competência é em 2010,

mas já foi considerado, uma vez que houve desembolso no caixa.

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Assim, ficamos do seguinte modo: 1.520 - 160 + 200 = 1.560,00

Gabarito D.

9. (ESAF/ISS RJ/2010) A firma Armazém Prá-lá-de-bom Ltda. controla seus estoques de forma permanente, com avaliação contábil pelo critério UEPS e, no

mês de abril, teve a seguinte movimentação com mercadorias, isentas de

tributação e negociadas à vista:

1 / estoque inicial de 35 unidades a R$ 10,00 cada uma; 2 / entrada de 30 unidades a R$ 15,00 cada uma;

3 / venda de 40 unidades a R$ 20,00 cada uma; 4 / entrada de 25 unidades a R$ 18,00 cada uma; e, por último;

5 / saída de 20 unidades a R$ 20,00 cada uma.

No fim do período, ao ser computado o estoque, certamente, vamos encontrar o seu valor contábil avaliado em:

a) R$ 300,00.

b) R$ 340,00. c) R$ 454,80.

d) R$ 500,00.

e) R$ 525,00.

Comentários

Façamos a ficha de estoque...

Dia

Compras Vendas Saldo

Quant. V.

Unit. Total Quant.

V.

Unit. Total Quant.

V.

Unit. Total

1 35 10 350 35 10 350

2 30 15 450 35 10 350

30 15 450

3 30 15 450

25 10 250 10 10 100

4 25 18 450 25 10 250

25 18 450

5 20 18 450 25 10 250

5 18 90

SALDO FINAL 340

Gabarito B.

10. (ESAF/ISS RJ/2010) A Companhia das Lavras recebeu um título de

6.500,00 fora da data de vencimento e, por isso, cobrou encargos financeiros

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de 6%. O recebimento ocorreu em cheque do Banco do Brasil S/A. Ao

contabilizar o evento, a Companhia das Lavras deverá fazer o seguinte lançamento:

a) Bancos conta Movimento

a Diversos a Títulos a Receber 6.500,00

a Receitas Financeiras 390,00 6.890,00

b) Caixa a Diversos

a Títulos a Receber 6.500,00 a Receitas Financeiras 390,00 6.890,00

c) Diversos

a Bancos conta Movimento

Títulos a Receber 6.500,00 Receitas Financeiras 390,00 6.890,00

d) Diversos

a Títulos a Receber Caixa 6.110,00

Receitas Financeiras 390,00 6.500,00

e) Bancos conta Movimento a Títulos a Receber 6.890,00

Comentários

Quando temos um valor recebido em cheque pela empresa, devemos lançar

inicialmente esse caixa na tesouraria, ou seja, debitaremos a conta caixa.

Grave-se: recebimento em cheque, debitamos a conta caixa.

Quando o pagamento é em cheque, creditamos direto na conta bancos conta

movimento.

Pelo exposto, como há uma receita financeira de R$ 390,00 (6% x 6.500,00), vamos lançar:

D – Caixa 6.890,00 (juros + principal)

C – Títulos a receber 6.500,00 (principal) C – Receitas financeiras 390,00 (juros)

Gabarito B.

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11. (ESAF/AFPS/2002) A empresa Arbóresse Ltda. mandou elaborar a folha de

pagamento do mês de outubro com os seguintes dados:

Salários e Ordenados R$ 21.000,00; Horas Extras trabalhadas R$ 2.000,00;

Imposto de Renda Retido na Fonte R$ 2.500,00; Contribuição para o INSS, parte dos empregados 11%;

Contribuição para o INSS, parte patronal 20%; Depósito para o FGTS 8%.

Com base nos dados e informações acima fornecidos, pode-se dizer que a

empresa, em decorrência dessa folha de pagamento, terá despesas totais no valor de

a) R$ 29.440,00

b) R$ 31.970,00

c) R$ 34.470,00 d) R$ 26.910,00

e) R$ 24.410,00

Comentários

Salários e Ordenados R$ 21.000,00; Horas Extras trabalhadas R$ 2.000,00;

Base de cálculo 23.000,00

ENCARGOS INSS Patronal 20% x 23.000 = 4.600,00

Depósito para o FGTS 8%. = 1.840,00 Total 6.440,00

TOTAL DAS DESPESAS 29.440,00

Gabarito A.

12. (ESAF/AFTE/RN/2005) A pequena empresa Comercial Arruda possui apenas

dois empregados: João, com salário bruto mensal de R$ 4.000,00 e Alberto, com salário mensal de apenas R$ 800,00.

Os encargos da folha de pagamento são os seguintes:

• INSS referente ao João: 11%; • INSS referente ao Alberto: 8%;

• INSS referente ao Empregador: 20%; • FGTS dos empregados: 8%;

• foi concedido adiantamento salarial de R$ 800,00 para João.

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Ao elaborar a folha de pagamento do mês, a empresa vai contabilizar despesas no valor total de

a) R$ 6.648,00.

b) R$ 6.144,00. c) R$ 5.760,00.

d) R$ 5.640,00. e) R$ 5.344,00.

Comentários

D - Despesas de salários 4.800

D - Despesa com INSS (patronal) 960 D - Despesa com FGTS 384

C - INSS a pagar João 440 (empregado) + 800 (patrão) = 1240

C - INSS a pagar Alberto 64 (empregado) + 160 (patrão) = 224 C - FGTS a pagar 384

C - Salários a pagar 2.760 + 736 = 4296 C- Adiantamento de salários 800

Portanto, nossas despesas são de: 4.800 + 960 + 384 = R$ 6.144,00.

Gabarito B.

13. (ESAF/AFTM/Recife/2003) A empresa Alfa Beta S/A contraiu um

empréstimo para capital de giro, em 1º de dezembro de 2002, com vencimento

para 31 de janeiro de 2003. As despesas financeiras somaram R$50,00, para todo o período e foram pagas antecipadamente. Em 31 de dezembro de 2002,

na ocasião do encerramento do exercício, qual será o valor que estará presente na conta de juros antecipados, considerando juros de 5% ao mês?

a) Entre 25,00 e 28,00

b) Entre 29,00 e 32,00 c) entre 33,00 e 36,00

d) entre 37,00 e 40,00 e) Entre 41,00 e 43,00

Comentários

Lançamento no momento da contratação do empréstimo:

D. Bancos conta movimento (ativo) X D. Juros Passivos a Vencer (red. passivo) 50

C. Empréstimos a pagar (passivo) 50 + x

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Ao longo do período temos o seguinte lançamento (mês a mês):

D. Juros passivos 50/2 = 25 C. Juros Antecipados 25

Como se passou um mês (01/12/02 a 31/12/02) a conta Juros Antecipados fica

com o seguinte saldo:

50 - 25 = 25

Gabarito A.

14. (ESAF/TRF/2002) Observe o seguinte lançamento, constante do Diário da

Firma Violetas – ME, do qual foi, cuidadosa e didaticamente, suprimido o histórico para fins de concurso.

Duplicatas Descontadas

a Diversos Valor que se registra em decorrência ..........................., a saber:

a Bancos c/ Movimento.................................... R$ 1.300,00 a Duplicatas a Receber.................................... R$ 2.700,00 R$

4.000,00

O histórico suprimido no lançamento supra descrito deverá descrever a

a) quitação de desconto bancário, com devolução de duplicatas não recebidas.

b) quitação de desconto bancário, com liquidação de duplicatas recebidas. c) contratação de desconto bancário, com entrega de duplicatas, recebendo

parte do dinheiro em conta corrente. d) quitação de desconto bancário, com devolução de duplicatas não recebidas e

liquidação de duplicatas recebidas. e) quitação de desconto bancário, com liquidação de duplicatas recebidas e

devolução de duplicatas não recebidas.

Comentários

Reavivamos os conceitos sobre duplicatas descontadas expostos no transcurso da aula.

1) Pelo registro do desconto creditado em conta:

D - Banco C/Movimento (Ativo Circulante) C – Duplicatas Descontadas (Ativo Circulante)

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2) Pelo registro do débito bancário, relativo a juros e encargos sobre a

operação:

D – Encargos Financeiros a Transcorrer (Ativo Circulante) C - Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante)

3) Com o transcurso dos meses e o registro pelo regime de competência:

D – Despesa de juros

C – Encargos financeiros a transcorrer

4) Quando da liquidação da duplicata descontada pelo cliente:

D - Duplicatas Descontadas (Ativo Circulante) C - Duplicatas a Receber (Ativo Circulante)

5) Na hipótese do cliente não ter liquidado a duplicata e o banco debitar o respectivo valor na conta da empresa, então o lançamento será:

D - Duplicatas Descontadas (Ativo Circulante) 1.000,00

C - Banco C/Movimento (Ativo Circulante) 1.000,00

Portanto, o lançamento apresentado à questão é uma mistura dos lançamentos de número 4 e 5, ou seja, parte das duplicatas foram quitadas pelos clientes,

parte foram devolvidas.

Gabarito D.

15. (ESAF/Contador/Recife/2003) Numa operação de tomada de empréstimo por uma empresa junto a um banco comercial, no valor de R$ 100.000,00, para

pagamento após três meses, com desconto inicial de juros de R$ 10.000,00, o valor desse encargo financeiro deve ser lançado, no momento do registro do

ingresso da importância líquida na conta Bancos conta Movimento, como

a) despesa do mês b) ativo diferido

c) resultado de exercícios futuros d) juros a incorrer, retificando o passivo de empréstimos

e) lucros acumulados.

Comentários

Pelo recebimento do valor, lançaremos:

D – Bancos (ativo) 90.000,00

D – Juros passivos a transcorrer (ret. passivo) 10.000,00

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C – Empréstimos a pagar (passivo) 100.000,00

Portanto, os juros pagos antecipadamente ficam retificando o passivo.

Gabarito D.

16. (TCE/ES/ESAF) Ao encerrar o exercício social, a empresa Personal Ltda. constituiu a provisão para férias, segundo os critérios da legislação pertinente,

com base na remuneração mensal dos empregados e no número de dias de férias a que já tinham direito na época do balanço, incluindo os encargos à base

de 30%, sendo 10% dos segurados e 20% patronal. Apenas o acréscimo de um terço do valor das férias não foi incluído na provisão.

A situação descrita na época do balanço era a seguinte:

10 empregados com 12 meses de trabalho e salário mensal de R$ 1.500,00 10 empregados com 6 meses de trabalho e salário mensal de R$ 1.200,00

10 empregados com 3 meses de trabalho e salário mensal de R$ 1.000,00

Todos os empregados tinham mais de um ano de casa e não faltaram ao serviço durante o período aquisitivo das férias.

Com estas informações o contador da empresa promoveu o lançamento para

contabilizar a provisão para férias no valor de:

a) R$ 21.150,00 b) R$ 23.500,00

c) R$ 25.850,00

d) R$ 28.200,00 e) R$ 30.550,00

Comentários

No mês em que o funcionário sai de gozo de seu período de férias recebe além

de sua remuneração normal, o equivalente a 1/3 de seu salário. Todavia, para calcularmos a provisão de férias, não faremos o cálculo do 1/3, posto que a

própria questão pediu que não computássemos.

Assim, a cada mês que o funcionário trabalha, devemos acrescer 1/12 de seu salário como provisão para férias.

Ainda, a questão disse que além do salário devemos computar o INSS patronal,

no montante de R$ 20%. O INSS dos segurados já está incluso no valor do

salário.

Façamos os cálculos.

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10 empregados com 12 meses de trabalho e salário mensal de R$

1.500,00

10 funcionários x 1.500/funcionário x 12 meses x 1/12 por mês x 120 % do salário (100% + 20% INSS patronal) = 18.000,00

10 empregados com 6 meses de trabalho e salário mensal de R$

1.200,00

10 funcionários x 1.200/funcionário x 6 meses x 1/12 por mês x 120% = 7.200,00.

10 empregados com 3 meses de trabalho e salário mensal de R$

1.000,00

10 funcionários x 1.000/funcionário x 3 meses x 1/12 por mês x 120% =

3.000,00.

Assim, a conta provisão para férias estará registrada por: 18.000,00 + 7.200 + 3.000,00 = 28.200,00.

Gabarito D.

17. (ESAF/AFRF/2003) Observemos os seguintes fatos administrativos: aluguel

de R$ 200,00 mensais que foi contratado em 30 de agosto de 2002, mas foi pago apenas até 30 de novembro do mesmo ano; compra de mercadorias por

R$ 4.000,00, tendo sido vendido no mesmo ano 40% do volume adquirido, com

lucro de 15%; salário de dezembro de R$ 500,00 com INSS de 11% dos empregados e 20% dos empregadores e FGTS de 8%.

Considerando o registro contábil correto desses eventos, podemos dizer que

eles reduziram o lucro do ano de 2002 no valor de

a) R$ 1.000,00 b) R$ 1.200,00

c) R$ 1.255,00 d) R$ 1.440,00

e) R$ 1.680,00

Comentários

A despesa de aluguel incorrerá em todos os meses, independentemente do

pagamento. Logo, teremos despesas de aluguel no valor R$ 200 x 4 meses (setembro a dezembro) = R$ 800,00 de diminuição no lucro.

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Já as mercadorias foram adquiridas por R$ 4.000,00, sendo que R$ 1.600,00

foram vendidas, com lucro de 15% sobre o preço de custo = R$ 240,00 de aumento no lucro.

Por fim, as despesas de salários incluem os encargos dos trabalhadores.

Todavia, os encargos patronais devem ser somados.

Salário = 500 + 20% x 500,00 (INSS patronal) + 8% x 500,00 (FGTS) = R$ 640,00 de diminuição no lucro.

Assim, podemos afirmar que a variação no lucro foi de:

- 800 + 240 – 640 = R$ 1.200,00 (variação negativa).

Gabarito B.

18. (ESAF/MPU/93) O saldo da conta Mercadorias, utilizada para registro dos

estoques, das entradas e das saídas de mercadorias, apresentava-se credor, no valor de 430.

Sabendo-se que o inventário indica a existência de estoques de 270, pode se

afirmar que o Resultado com Mercadorias foi de:

A) 160 de lucro B) 160 de prejuízo

C) 270 de lucro D) 430 de prejuízo

E) 700 de lucro

Resolução:

A conta mista apresenta saldo credor de 430. Como o estoque final foi de 270,

devemos deixar a conta mista de mercadorias com saldo devedor de 270. A contrapartida será o resultado com mercadorias.

Como já possui saldo credor de 430, será necessário debitá-la em +430 + 270

= 700.

O lançamento é o seguinte:

D – Conta Mista Mercadoria..............700 C – Resultado com mercadorias........700

Gabarito letra E

Outra forma de resolução:

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A conta mista de mercadorias ( usada no inventário periódico) já representa o saldo inicial de estoque, mais as compras (do lado dos débitos) e o valor das

vendas (créditos).

O Saldo credor de 430 significa:

Vendas (-) (Estoque inicial + compras)

Lembra da fórmula para achar o CMV : EI + C - EF = CMV ?

Após o inventário, é só jogar o valor dos estoques finais na fórmula :

Vendas (-) (Estoque inicial + compras - 270) vendas (-) EI (-) C (+) 270 = RCM

430 +270 = 700 = RCM

Gabarito E

19. (IPHAN-Contabilidade 2009 - Funiversa) O saldo da conta Mercadorias utilizada para registro dos estoques, das entradas e das saídas de mercadorias,

apresentava-se credor, no valor de R$ 43.000,00. Sabendo-se que o inventário indica a existência de R$ 27.000,00, é correto afirmar que o Resultado com

Mercadorias, em reais, foi de:

(A) 16.000,00 de lucro (B) 16.000,00 de prejuízo

(C) 27.000,00 de lucro

(D) 43.000,00 de prejuízo (E) 70.000,00 de lucro

Resolução:

Vejam que interessante, esta questão da Funiversa é idêntica à questão

anterior da Esaf, apenas os valores foram multiplicados por 100. Já sabemos resolver, de duas maneiras diferentes. Vamos somar o saldo credor

com o valor do estoque final e pronto. Neste caso, 43.000 + 27.000 = 70.000. Gabarito Letra E.

Mas vamos aproveitar para explicar a resolução de modo um pouco diferente, em duas etapas. Aí vai:

Trata-se da Conta Mista de Mercadorias, usada no Inventário Periódico.

A conta Mista tem esse nome, pois tem função de conta de resultado e conta

patrimonial. Funciona assim:

A conta mercadoria registra o estoque inicial.

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Depois, são registradas nessa conta as compras de mercadorias e as vendas.

Ao final do exercício, é feito o inventário periódico e acertado o saldo da conta

mista, apurando-se o resultado com mercadorias.

Nesse exercício, fica assim:

Saldo da conta mercadorias: 43.000 credor. (este saldo representa o estoque inicial + compras nos lançamentos devedores e as vendas nos lançamentos

credores).

Vamos zerar a conta mista, transferindo o saldo para resultado com mercadoria:

D - Conta mista de mercadoria.....43.000

C - Resultado com mercadoria......43.000

Agora vamos lançar o valor do estoque final, apurado pelo inventário:

D - Conta mista de mercadoria.....27.000

C - Resultado com mercadoria.....27.000

Saldo da conta Resultado com Mercadoria: 43000+27000 = 70.000 credor

Gabarito E.

20. (ESAF/MPOG/APO/2010) A empresa Americanas Comercial efetuou uma

compra de mercadorias por R$ 3.000,00, com ICMS de 15%, e vendeu metade

dessa mercadoria por R$ 3.200,00, com ICMS à mesma alíquota e frete de 1% sobre o preço de venda.

Sabendo-se que as operações foram realizadas a prazo, o Contador vai apurar

um saldo de

A) Contas a Pagar de R$ 3.062,00. B) Contas a Receber de R$ 2.720,00.

C) Mercadorias de R$ 2.550,00. D) Lucro com Mercadorias de R$ 1.413,00.

E) ICMS a Recolher de R$ 480,00.

Resolução:

Vamos efetuar a contabilização das operações acima:

“uma compra de mercadorias por R$ 3.000,00, com ICMS de 15%” Icms: $ 3.000 x 15% = $ 450,00

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D – Estoque (Ativo).........................2.550,00

D – ICMS a recuperar (Ativo).............450,00 C – Fornecedores (Passivo).............3.000,00

“vendeu metade dessa mercadoria por R$ 3.200,00, com ICMS à mesma

alíquota e frete de 1% sobre o preço de venda.”

Icms sobre vendas: $ 3.200,00 x 15% = $ 480,00

Frete: $ 3.200,00 x 1% = 32,00

Baixa do estoque e reconhecimento do custo:

D – CMV (resultado)..................1.275,00 C – Estoque (Ativo)...................1.275,00

Contabilização da venda:

D – Clientes (ativo).............................3.200,00 C – Receita de vendas (Resultado)........3.200,00

D – Icms sobre vendas (Resultado).........480,00

C – Icms a recolher (Passivo).................480,00

D – Despesa com frete (Resultado)..........32,00 C – Fretes a pagar (passivo)...................32,00

Vamos analisar as alternativas:

A) Contas a Pagar de R$ 3.062,00.

ERRADA, o valor das Contas a Pagar (passivo) é de 3.032,00 ( fornecedores 3.000 + fretes a pagar 32)

B) Contas a Receber de R$ 2.720,00.

ERRADA, o valor de Contas a Receber é de 3.200,00

C) Mercadorias de R$ 2.550,00.

ERRADA, o saldo de mercadoria (estoques) é de 1.275,00

D) Lucro com Mercadorias de R$ 1.413,00.

Vamos montar a DRE:

Receita de Vendas..................3.200,00

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(-) Icms sobre vendas..............(480.00)

Receita liquida........................2.720,00 (-) CMV................................(1.275,00)

Lucro com mercadoria............1.445,00

A ESAF considerou inicialmente essa alternativa como correta. Para isso, precisaríamos incluir o frete sobre vendas no Resultado com Mercadorias.

1.445,00 – 32,00 = 1.413,00

Ocorre que o frete sobre venda é despesa com vendas, e não redução da

receita de vendas. Por isso, a questão foi anulada.

E) ICMS a Recolher de R$ 480,00.

ERRADA, o valor do ICMS a recolher é de 480,00 – 450,00 = 30,00 Devemos confrontar ICMS a Recolher com Icms a Recuperar, pois trata-se de

imposto não cumulativo.

Gabarito Provisório D Gabarito Definitivo Anulada

21. (ESAF/SUSEP/Analista contr. e fiscalização/ 2010). A empresa Varejos Ltda.

tinha em estoque 20 unidades de mercadorias contabilizado por R$ 80,00 cada unidade, quando negociou as seguintes operações:

1. Compra a vista de 60 unidades a R$ 100,00, pagando frete de R$ 600,00;

2. Venda a vista de 40 unidades ao preço unitário de R$ 150,00, pagando frete de R$ 400,00.

A negociação não sofreu nenhuma espécie de tributação, nem sobre as

mercadorias, nem sobre o frete. Os estoques são controlados pelo método do custo médio ponderado móvel.

Com essas informações, podemos dizer que o negócio rendeu à empresa um

lucro total de

A) R$ 1.500,00. B) R$ 1.900,00.

C) R$ 1.200,00. D) R$ 1.800,00.

E) R$ 1.000,00.

Resolução:

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O frete sobre as compras compõe o custo da aquisição, e vai para o estoque.

Já o frete sobre as vendas é despesa de vendas OU despesas com frete. Não é

dedução da receita de vendas.

No método do custo médio ponderado móvel, o calculo do custo médio é feito no momento de cada venda.

No caso do custo médio ponderado fixo, o estoque inicial e todas as entradas do mês são consideradas no cálculo, o que resulta no mesmo valor de custo

médio para todas as vendas do mês.

Evento quantidade custo unitário custo total

Estoque inicial 20 80,00 1600,00

compra 60 110,00 6600,00

Total 80 102,50 8200,00

O custo médio ponderado móvel é de $102,50. Assim, podemos montar a DRE:

Vendas (40 x $150,00)...............6.000,00

CMV (40 x $102,50).................(4.100,00) Lucro Bruto...............................1.900,00

(-) Despesa com frete..................(400,00) Lucro total................................1.500,00

Gabarito A

22. (ESAF/RFB/Auditor/2009). A firma comercial Alvorada Mineira Ltda. adquiriu

um bem de uso por R$ 6.000,00, pagando uma entrada de 25% em dinheiro e financiando o restante em três parcelas mensais e iguais. A operação foi

tributada com ICMS de 12%. Ao ser contabilizada a operação acima, o patrimônio da firma Alvorada evidenciará um aumento no ativo no valor de:

A) R$ 6.720,00.

B) R$ 4.500,00. C) R$ 5.220,00.

D) R$ 5.280,00.

E) R$ 3.780,00.

Resolução:

O bem foi adquirido por R$ 6.000,00.

Preço de aquisição ........ 6.000

(-) ICMS sobre compras ... 12% = (720)

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Compra líquida de ICMS ............5.280.

Do valor total, financiamos 25%, isto é, R$ 1.500, e pagamos 75% à vista, ou

seja, R$ 4.500.

O lançamento fica assim:

D – Bem de uso (Aumento o ativo) .............. 5.280

D – ICMS a recuperar (Aumenta o ativo) ........ 720

C – Caixa (Reduz o ativo) .......................... 1.500

C – Financiamentos a pagar (Aumento a passivo exigível) .... 4.500

Portanto, atendendo ao comando da questão, teremos:

Variação do ativo = Aumentos – diminuições

Variação do ativo = 5.280 + 720 – 1.500 = 4.500

Obs: consideramos que “bem de uso” corresponde ao Imobilizado, o que

ensejaria o crédito do ICMS. Se considerarmos que “bem de uso” não dá direito ao crédito de ICMS, a resposta seria a mesma, e a resolução ficaria assim:

D – Bem de uso (Aumento o ativo) .............. 6.000

C – Caixa (Reduz o ativo) ........................... 1.500

C – Financiamentos a pagar (Aumento a passivo exigível) .... 4.500

Gabarito B.

23. (ESAF/SEFAZ-SP/APOF/2009) Manoel encontrou o que queria: panelas de

ferro feitas sob encomenda. Perguntando, encontrou o preço unitário de R$

30,00. Soube também que havia incidência de ICMS de 17%, de IPI de 6% e de fretes à base de R$ 1,50 por lotes de 6 panelas. Negociando, conseguiu obter

um desconto de 8% no preço e fechou a compra de 30 panelas, para revender. Calculando, encontrou o custo contábil de

A) R$ 961,50.

B) R$ 808,50. C) R$ 736,50.

D) R$ 744,60. E) R$ 713,70.

Resolução:

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O desconto incondicional diminui a base de calculo do ICMS e do PIS/COFINS,

mas não diminui a base de calculo do IPI.

Isso ocorre quando o desconto comercial consta na nota fiscal.

Nesta questão, a ESAF considerou que o desconto já foi concedido diretamente no preço da mercadoria.

Cálculos :

Quando uma empresa concede desconto comercial, tal desconto pode constar

na NF ( e portanto entrará na base de cálculo do IPI ) OU ser concedido diretamente no preço unitário da mercadoria, e nesse caso não aparecerá na

NF.

Vamos postar abaixo como ficariam as notas fiscais, em cada caso :

1) Sem desconto, com preço da mercadoria = 30

..........Descrição do Produto.......quantidade.....preço unitário.......total merc.

Panelas de ferro do Manuel..............30.................30,00...... .........900,00

Base ICMS.......ICMS...........Base IPI.......IPI..............................total

...900,00.........153,00..........900,00.....54,00 ...........................954,00

Custo contábil do estoque do comprador:

Total NF.....................................954,00 (-) ICMS....................................(153,00)

(+) frete.......................................7,50

Total.........................................808, 50

2) Com desconto comercial de 8%, constando na NF : ..........Descrição do Produto.......quantidade.....preço unitário.......total merc.

Panelas de ferro do Manuel..............30.................30,00...... .........900,00

Desconto concedido......................................... ........................(72,00)

Base ICMS.......ICMS...........Base IPI.......IPI..............................total

..828,00.........140,76...........900,00.....54,00 ...........................882,00

Custo contábil do estoque :

Total NF.....................................882,00

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(-) ICMS....................................(140,76)

(+) frete.......................................7,50

Total.........................................748, 74

3) Com desconto comercial de 8%, concedido diretamente no preço do produto

: ( 30,00 x 92% = 27,60 )

..........Descrição do Produto.......quantidade.....preço unitário.......total merc.

Panelas de ferro do Manuel..............30.................27,60...... .........828,00

Base ICMS.......ICMS...........BaseIPI.......IPI....... .......................total

..828,00.........140,76..........828,00.....49,68. ..........................877,68

Custo contábil do estoque :

Total NF.....................................877,68

(-) ICMS....................................(140,76) (+) frete........................................7,50

Total...........................................74 4,42

Houve uma pequena diferença, na situação 3, em relação ao cálculo da banca.

MAS, se usarmos o valor unitário, o cálculo bate :

Cálculo sobre o valor unitário :

Preço da mercadoria...........................27,60 (-)ICMS (17%).....................................(4,69)

(+) IPI 6%............................................1,66

Custo unitário......................................24,57 x 30 unidades....................................737,10

(+) fretes.............................................7, 50

Valor do custo contábil.......................744,60 Gabarito

Os livros de contabilidade mencionam que o desconto comercial deve constar

na NF.

Esta afirmação deve ser entendida da seguinte forma : para serem

reconhecidos e contabilizados, os descontos comerciais devem constar na NF.

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Mas, não há nenhum impedimento para que a empresa conceda o desconto diretamente no preço, como na situação 3 acima.

Geralmente, as questões envolvendo descontos comercial referem-se à situação

2 ( com o desconto constando na NF ).

Devemos observar, nas próximas provas da ESAF, se este método de cálculo será mantido ou não.

Gabarito D

24. (ESAF/IRB/Analista – contador/2006) A firma Lojas Entrepostos S/A,

operando mercadorias isentas de tributação, inclusive quanto a PIS e COFINS, apresentou o seguinte movimento de estoques, o qual numeramos para indicar

a ordem cronológica:

1 - compra de 15 unidades por R$ 1.500,00; 2 - compra de 30 unidades por R$ 4.500,00;

3 - venda de 48 unidades por R$ 9.600,00; 4 - compra de 60 unidades por R$ 9.600,00;

5 - venda de 67 unidades por R$ 13.500,00.

Observações: O estoque inicial do período era de 18 unidades avaliado em R$1.620,00. De acordo com essas informações podemos mensurar que o

estoque final foi de apenas 8 unidades ao custo unitário de

A) R$ 160,00, se a avaliação for feita pelo critério UEPS.

B) R$ 150,00, se a avaliação for feita pelo critério PEPS. C) R$ 125,00, se a avaliação for feita pelo critério Preço Médio.

D) R$ 90,00, se a avaliação for feita pelo critério UEPS. E) R$ 90,00, se a avaliação for feita pelo critério PEPS.

Resolução:

Não perca tempo elaborando o quadro completo de controle de estoque. Veja o

seguinte: o estoque final é de 8 unidades (dado da questão). Como o estoque inicial era de 18 e a última aquisição foi de 60 unidades, o estoque, calculado

pelo PEPS, sairá da última compra. Calculado pelo UEPS, sairá do estoque inicial. Se não for nem PEPS e nem UEPS, será a alternativa C (que é a única

que menciona o custo médio).

Vamos resolver:

Custo unitário do Estoque inicial: $ 1.620,00 / 18 = 90,00

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Já chegamos no gabarito: Letra D.

Mas vamos calcular o custo unitário da última compra, só para confirmar:

$ 9.600 / 60 = 160,00

A resposta, portanto, é custo unitário de $90,00, com o uso do critério UEPS.

Gabarito D

25. (ESAF/AFRFB/2003) A empresa Comércio Industrial Ltda. comprou 250 latas de tinta ao custo unitário de R$ 120,00, tributadas com IPI de 5% e ICMS

de 12%. Pagou entrada de 20% e aceitou duas duplicatas mensais de igual

valor. A tinta adquirida foi contabilizada conforme sua natureza contábil funcional, com a seguinte destinação: 50 latas para consumo interno; 100 latas

para revender; e 100 latas para usar como matéria-prima. Após efetuar o competente lançamento contábil, é correto afirmar que, com essa operação, os

estoques da empresa sofreram aumento no valor de

A) R$ 31.500,00 B) R$ 30.000,00

C) R$ 28.020,00 D) R$ 27.900,00

E) R$ 26.500,00

Resolução:

Custo unitário de $ 120,00

IPI de 5% = 120 x 5% = $ 6,00

Preço com IPI = $ 126,00

ICMS = 120 x 12% = $ 14,40

Custo do Estoque:

50 latas para consumo interno: neste caso, a empresa não recupera nem o IPI e nem o ICMS.

50 latas x $ 126,00 = $ 6.300,00

100 latas para Revender: a empresa recupera o ICMS, mas não o IPI.

Preço total $126,00 – ICMS 14,40 = $ 111,60 100 latas x $ 111,60 = $ 11.160,00

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100 latas para usar como matéria prima: a empresa recupera o IPI e o ICMS.

Preço total $126,00 – IPI 6,00 - ICMS 14,40 = $ 105,60

100 latas x $ 105,60 = $ 10.560,00

Total do estoque: 6.300,00 + 11.160,00 + 10.560,00 = 28.020,00

Gabarito C

26. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2012) Observe as seguintes sugestões de lançamento e assinale a opção incorreta.

a) Compras a Diversos

a Caixa a Fornecedores

Neste lançamento está sendo contabilizada uma operação de compra de

mercadorias a prazo com entrada, sem impostos.

b) Diversos a Caixa

Fornecedores Juros

Neste lançamento está sendo contabilizado um pagamento de dívidas com

juros.

c) Diversos

a Vendas Clientes

Impostos a Recuperar

Neste lançamento está sendo contabilizada uma venda a prazo com ICMS.

d) Fornecedores a Diversos

a Caixa a Descontos

Neste lançamento está sendo contabilizado um pagamento de dívidas com

descontos.

e) Caixa

a Diversos

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a Clientes

a Juros

Neste lançamento está sendo contabilizado um recebimento de créditos com juros.

Comentários

Todos os lançamentos estão corretos, com exceção da letra c. Senão vejamos.

Diversos a Vendas

Clientes Impostos a Recuperar

Neste lançamento está sendo contabilizada uma venda a prazo com ICMS.

O lançamento para registrar a venda a prazo é o seguinte:

Débito – Clientes

Débito – ICMS sobre vendas Crédito – Receita de vendas

Crédito – ICMS a recolher

Gabarito C.

27. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2012) Compra de

mercadorias, a prazo, para revender nos Armazéns do Porto Ltda., nos seguintes termos:

Quantidade adquirida: 2.000 unidades;

Preço unitário de compra: R$ 2,50; Incidência de ICMS a 15% e de IPI a 5%.

A contabilização deverá ser efetuada da seguinte forma:

a) Débito: de Mercadorias 4.000,00 da compra

750,00 do ICMS (15%) 250,00 do IPI (5%)

e crédito de Fornecedores 5.000,00 pela dívida total.

b) Débito: de Mercadorias 5.000,00 da compra

750,00 do ICMS (15%) 250,00 do IPI (5%)

e crédito de Fornecedores 6.000,00 pela dívida total.

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c) Débito: de Mercadorias 5.000,00 da compra e do ICMS (15%) e de IPI a recuperar 250,00 do IPI (5%)

e crédito de Fornecedores 5.250,00 pela dívida total.

d) Débito: de Mercadorias 4.250,00 da compra e do IPI (5%) e ICMS a Recuperar 750,00 do ICMS (15%)

e crédito de Fornecedores 5.000,00 pela dívida total.

e) Débito: de Mercadorias 4.500,00 da compra e do IPI (5%) e ICMS a Recuperar 750,00 do ICMS (15%)

e crédito de Fornecedores 5.250,00 pela dívida total.

Comentários

Como a compra é para revenda, o ICMS é recuperável. O IPI deve integrar o

custo da mercadoria. Todavia, o IPI não vai integrar a base de cálculo do ICMS.

Logo:

Mercadorias 2.000,00 x 2,50 = 5.000,00 (-) ICMS (15%) 750,00

+ IPI 250,00

Total a ser integrado ao estoque: 5.000,00 – 750,00 + 250,00 = 4.500,00.

D – Mercadorias 4.500,00 D – ICMS a recuperar 750,00

C – Fornecedores 5.250,00

Gabarito E.

28. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2012) Elabore a ficha de controle de estoques com os seguintes dados:

Mercadorias existentes em 01/10 = 60 unidades ao custo de R$ 20,00;

Compras a prazo em 04/10 = 100 unidades ao custo unitário de R$ 24,00; Vendas em 10/10 de 80 unidades ao preço unitário de R$ 30,00.

A empresa não sofre tributação e avalia os estoques a custo médio ponderado.

Com essas informações podemos dizer que a operação de venda teve um custo

de

a) R$ 1.600,00.

b) R$ 1.680,00.

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c) R$ 1.800,00.

d) R$ 1.920,00. e) R$ 2.400,00.

Comentários

Entrada Saída Total

Data Quantidade Valor Saldo Quantidade Valor Saldo Quantidade Valor Saldo

01/out 60 20 1200

04/out 100 24 2400 160 22,5 3600

10/out 80 22,5 1800 80 22,5 1800

O CMV corresponde ao valor total (saldo) do campo saídas, que totaliza R$ 1.800,00.

Gabarito C.

29. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2012) O lançamento

contábil apropriado para registrar o recebimento de notas promissórias no valor de R$ 400,00 com descontos de 8% é o que segue abaixo:

a) Diversos

a Títulos a Receber Caixa 368,00

Descontos Passivos 32,00 400,00

b) Caixa a Diversos

a Títulos a Receber 368,00 a Descontos Ativos 32,00 400,00

c) Diversos

a Caixa

Títulos a Receber 368,00 Descontos Passivos 32,00 400,00

d) Caixa

a Diversos a Títulos a Receber 400,00

a Descontos Ativos 32,00 432,00

e) Diversos a Caixa

Títulos a Receber 400,00 Descontos Passivos 32,00 432,00

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Comentários

Como a nota promissória é um direito, eventual desconto concedido pela

empresa será tido como uma perda, portanto, uma despesa ou desconto passivo.

O desconto foi de 8% x 400,00 = R$ 32,00.

Logo:

- R$ 368,00 Entrou no caixa.

- R$ 32,00 Foi o desconto financeiro concedido.

- R$ 400 Era o que esperávamos receber e, portanto, o valor que deve ser baixado contra o caixa e desconto.

O lançamento é o seguinte:

D – Caixa 368,00

D – Descontos passivos 32,00 C – Títulos a receber 400,00

Gabarito A.

30. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2012) O lançamento contábil apropriado para registrar o pagamento de duplicatas no valor de R$

2.800,00, com descontos de 15%, é o que segue abaixo:

a) Diversos a Caixa

Duplicatas a Pagar 2.380,00 Descontos Ativos 420,00 2.800,00

b) Caixa a Diversos

a Duplicatas a Pagar 2.380,00 a Descontos Ativos 420,00 2.800,00

c) Diversos

a Duplicatas a Pagar Caixa 2.380,00

Descontos Passivos 420,00 2.800,00

d) Duplicatas a Pagar a Diversos

a Caixa 2.380,00

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a Descontos Ativos 420,00 2.800,00

e) Duplicatas a Pagar

a Diversos a Caixa 2.380,00

a Descontos Passivos 420,00 2.800,00

Comentários

Trata-se de questão sobre duplicata a pagar, com a liquidação antecipada da obrigação. Esperava-se pagar R$ 2.800,00, no entanto, houve um desconto

financeiro no valor de R$ 420,00 (15%). Este valor é considerado, assim, uma receita para a entidade, ou desconto ativo.

Logo, temos:

- Dívida: R$ 2.800,00 - Desconto: R$ 420,00

Total pago: R$ 2.380,00 (saiu do caixa). O lançamento, portanto, é:

D – Fornecedores 2.800,00

C – Caixa 2.380,00 C – Descontos ativos 420,00

Gabarito, portanto, letra d.

Gabarito D.

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12. LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1. (ESAF/AFRFB/2002.2) Em 01.10.01 foram descontadas duplicatas em banco.

Uma duplicata no valor de R$ 10.000,00, com vencimento para 10.11.01, não foi liquidada e o banco transferiu para cobrança simples, no dia do vencimento.

Em 01.12.01, após conseguir um abatimento de 30% no valor da duplicata, o

cliente liquidou a dívida junto ao banco, pagando, ainda, juros de R$ 70,00.

O registro contábil da operação realizada no dia 01.12.01 foi assim feito pelo emitente da duplicata:

a) Diversos

a Diversos

Abatimentos Concedidos 3.000,00 Bancos c/ Movimento 7.070,00 10.070,00

a Duplicatas a Receber 10.000,00 a Juros Ativos 70,00 10.070,00

b) Diversos

a Diversos Duplicatas Descontadas 10.000,00

Juros Ativos 70,00 10.070,00 a Bancos c/ Movimento 7.070,00

a Abatimentos Concedidos 3.000,00 10.070,00

c) Diversos a Diversos

Bancos c/ Movimento 7.070,00

Abatimentos Auferidos 3.000,00 10.070,00 a Duplicatas Descontadas 10.000,00

a Juros Ativos 70,00 10.070,00

d) Duplicatas Descontadas 10.000,00 10.000,00 a Diversos

a Bancos c/ Movimento 7.000,00 a Abatimentos Auferidos 3.000,00 10.000,00

e) Diversos

a Diversos Duplicatas a Receber 10.000,00

Juros Ativos 70,00 10.070,00 a Abatimentos Obtidos 3.000,00

a Bancos c/ Movimento 7.070,00 10.070,00

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2. (ESAF/AFTE/RN/2005) Às 9 horas do dia 25 de novembro, a empresa

Alvoradinha Ltda. praticou o seguinte fato contábil: recebimento, em cheque, de duplicatas no valor de R$ 2.200,00, com incidência de juros à taxa de 10%

(dez por cento). Para contabilizar aludido fenômeno patrimonial em um único lançamento o Contador deverá fazê-lo como segue.

a) Caixa

a Diversos

P/recebimento desta data, a saber: a Duplicatas a Receber

Valor principal 2.200,00 a Juros Ativos

Valor dos juros incidentes 220,00 2.420,00

b) Caixa

a Diversos

P/recebimento desta data, a saber: a Duplicatas a Receber

valor principal 2.000,00 a Juros Ativos

valor dos juros incidentes 200,00 2.200,00

c) Bancos conta Movimento a Diversos

P/recebimento desta data, a saber:

a Duplicatas a Receber valor principal 2.200,00

a Juros Ativos

valor dos juros incidentes 220,00 2.420,00

d) Diversos a Duplicatas a Receber

P/recebimento desta data, a saber:

Caixa valor principal 2.000,00

Juros Ativos valor dos juros incidentes 200,00 2.200,00

e) Bancos Conta Movimento

a Diversos

P/recebimento nesta data, a saber:

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a Duplicatas a Receber

valor principal 2.000,00 a Juros Ativos

valor dos juros incidentes 200,00 2.200,00

3. (ESAF/AFTM/Fortaleza/2003) Analisando um desconto de duplicata em 02.01.03, pelo prazo de 15 dias, no valor de R$ 200,00, com despesas

financeiras no montante de R$ 15,00, deduzidas pelo banco no momento da liberação do dinheiro, assinale a seguir a única opção que indica o registro

correto da operação.

Valores em R$ Contas Débito Crédito

a) Diversos

a Duplicatas Descontadas 200,00 Bancos Conta Movimento 185,00

Despesas Financeiras 15,00

b) Diversos

a Duplicatas a Receber 200,00 Bancos Conta Movimento 185,00

Despesas Financeiras 15,00

c) Duplicatas a Receber 200,00 a Diversos

a Bancos Conta Movimento 185,00 a Despesas Financeiras 15,00

d) Duplicatas Descontadas 200,00

a Diversos a Bancos Conta Movimento 185,00

a Despesas Financeiras 15,00

e) Bancos Conta Movimento 200,00

a Diversos a Duplicatas a Receber 185,00

a Despesas Financeiras 15,00

4. (ESAF/AFTM/Recife/2003) A empresa Comercial Lâmina Ltda. descontou uma duplicata em 02.01.03, pelo prazo de 15 dias, no valor de R$ 100,00. O

Banco deduziu do valor a importância de R$ 5,00, referente a Despesas

Financeiras. O registro contábil da operação está correto em uma única opção. Assinale-a.

Valores em R$ Contas Débito Crédito

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a) Diversos a Duplicatas Descontadas 100,00

Bancos Conta Movimento 95,00 Despesas Financeiras 5,00

b) Diversos

a Duplicatas a Receber 100,00 Bancos Conta Movimento 95,00

Despesas Financeiras 5,00

c) Duplicatas a Receber 100,00 a Diversos

a Bancos Conta Movimento 95,00 a Despesas Financeiras 5,00

d) Duplicatas Descontadas 100,00 a Diversos

a Bancos Conta Movimento 95,00 a Despesas Financeiras 5,00

e) Bancos Conta Movimento 100,00

a Diversos a Duplicatas a Receber 95,00

a Despesas Financeiras 5,00

5. (ESAF/Analista de Mercados de Capitais/CVM/2010) O Banco do Brasil emitiu

aviso de débito comunicando à empresa Fermônio S/A a quitação de uma de suas duplicatas da Carteira de Desconto, no valor de R$ 2.000,00. Ao receber

tal aviso, a empresa tomadora do empréstimo contabilizou o evento, lançando:

a) débito em Duplicatas Descontadas e crédito em Bancos conta Movimento. b) débito em Duplicatas a Receber e crédito em Duplicatas Descontadas.

c) débito em Bancos conta Movimento e crédito em Duplicatas Descontadas. d) débito em Bancos conta Movimento e crédito em Duplicatas a Receber.

e) débito em Duplicatas Descontadas e crédito em Duplicatas a Receber.

6. (ESAF/AFTM/Recife/2003) A empresa Ômega Ltda. determinou ao Banco do

Brasil que protestasse um título, que estava em seu poder para cobrança, no valor de R$ 20,00; não suficiente, envidou esforços judiciais sem sucesso. A

venda que originou o título havia acontecido no exercício anterior. Ao final do exercício anterior, a empresa possuía o seguinte Balanço Patrimonial:

Valores em R$

ATIVO

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Ativo Circulante 130,00

Disponibilidades 10,00 Caixa e Bancos 10,00

Realizável a Curto Prazo 120,00 Duplicatas a Receber 100,00

Devedores Duvidosos -30,00 Estoques 50,00

Ativo Permanente 80,00 Imobilizado 100,00

Depreciação acumulada -20,00 ATIVO TOTAL 210,00

PASSIVO

Passivo Circulante 80,00

Fornecedores 80,00

Patrimônio Líquido 130,00 Capital Social 80,00

Reserva Legal 10,00 Lucros Acumulados 40,00

TOTAL DO PASSIVO 210,00

O registro contábil da operação, de baixa do título, está presente na única

opção correta. Assinale- a.

Valores em R$ Contas Débito Crédito

a) Despesas com Títulos Incobráveis 20,00 20,00 a Duplicatas Descontadas

b) Devedores Duvidosos 20,00 a Duplicatas a Receber 20,00

c) Despesas com Títulos Incobráveis 20,00

a Duplicatas a Receber 20,00

d) Ajuste de Exercícios Anteriores 20,00 a Duplicatas a Receber 20,00

e) Despesas com Títulos Incobráveis 20,00

a Bancos Conta Movimento 20,00

7. (ESAF/AFRFB/2009) Ao elaborar a folha de pagamento relativa ao mês de

abril, a empresa Rosácea Areal Ltda. computou os seguintes elementos e valores:

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Salários e ordenados R$ 63.000,00

Horas-extras R$ 3.500,00 Salário-família R$ 80,00

Salário-maternidade R$ 1.500,00 INSS contribuição Segurados R$ 4.800,00

INSS contribuição Patronal R$ 9.030,00 FGTS R$ 5.320,00

Considerando todas essas informações, desconsiderando qualquer outra forma

de tributação, inclusive de imposto de renda na fonte, pode-se dizer que a despesa efetiva a ser contabilizada na empresa será de

a) R$ 66.500,00.

b) R$ 87.230,00. c) R$ 79.270,00.

d) R$ 77.630,00.

e) R$ 80.850,00.

8. (ESAF/Analista de Mercados de Capitais/CVM/2010) Ao apurar o resultado no fim do período contábil, a empresa encontrou um lucro líquido, antes dos

tributos sobre o lucro e das participações, no montante de R$ 1.520,00.

A planilha de custos trazida para compor o resultado do período continha juros

relativos a dezembro de 2009, já pagos, no valor de R$ 125,00; juros relativos a janeiro de 2010, ainda não pagos, no valor de R$ 180,00; juros relativos a

dezembro de 2009, ainda não pagos, no valor de R$ 160,00; juros relativos a janeiro de 2010, já pagos, no valor de R$ 200,00. Referida planilha já havia

sido contabilizada segundo o regime de caixa.

As demais contas estavam certas, com saldos já contabilizados, segundo o regime de competência. A empresa, então, mandou promover o registro

contábil das alterações necessárias para apresentar os eventos segundo o regime de competência, em obediência à regulamentação vigente.

Após os lançamentos cabíveis, o rédito do período passou a ser lucro de

a) R$ 1.180,00

b) R$ 1.195,00

c) R$ 1.360,00 d) R$ 1.560,00

e) R$ 1.235,00

9. (ESAF/ISS RJ/2010) A firma Armazém Prá-lá-de-bom Ltda. controla seus estoques de forma permanente, com avaliação contábil pelo critério UEPS e, no

mês de abril, teve a seguinte movimentação com mercadorias, isentas de

tributação e negociadas à vista:

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1 / estoque inicial de 35 unidades a R$ 10,00 cada uma; 2 / entrada de 30 unidades a R$ 15,00 cada uma;

3 / venda de 40 unidades a R$ 20,00 cada uma; 4 / entrada de 25 unidades a R$ 18,00 cada uma; e, por último;

5 / saída de 20 unidades a R$ 20,00 cada uma.

No fim do período, ao ser computado o estoque, certamente, vamos encontrar o seu valor contábil avaliado em:

a) R$ 300,00.

b) R$ 340,00. c) R$ 454,80.

d) R$ 500,00. e) R$ 525,00.

10. (ESAF/ISS RJ/2010) A Companhia das Lavras recebeu um título de 6.500,00 fora da data de vencimento e, por isso, cobrou encargos financeiros

de 6%. O recebimento ocorreu em cheque do Banco do Brasil S/A. Ao contabilizar o evento, a Companhia das Lavras deverá fazer o seguinte

lançamento:

a) Bancos conta Movimento

a Diversos a Títulos a Receber 6.500,00

a Receitas Financeiras 390,00 6.890,00

b) Caixa a Diversos

a Títulos a Receber 6.500,00 a Receitas Financeiras 390,00 6.890,00

c) Diversos

a Bancos conta Movimento Títulos a Receber 6.500,00

Receitas Financeiras 390,00 6.890,00

d) Diversos

a Títulos a Receber Caixa 6.110,00

Receitas Financeiras 390,00 6.500,00

e) Bancos conta Movimento a Títulos a Receber 6.890,00

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11. (ESAF/AFPS/2002) A empresa Arbóresse Ltda. mandou elaborar a folha de

pagamento do mês de outubro com os seguintes dados:

Salários e Ordenados R$ 21.000,00; Horas Extras trabalhadas R$ 2.000,00;

Imposto de Renda Retido na Fonte R$ 2.500,00; Contribuição para o INSS, parte dos empregados 11%;

Contribuição para o INSS, parte patronal 20%; Depósito para o FGTS 8%.

Com base nos dados e informações acima fornecidos, pode-se dizer que a

empresa, em decorrência dessa folha de pagamento, terá despesas totais no valor de

a) R$ 29.440,00

b) R$ 31.970,00

c) R$ 34.470,00 d) R$ 26.910,00

e) R$ 24.410,00

12. (ESAF/AFTE/RN/2005) A pequena empresa Comercial Arruda possui apenas dois empregados: João, com salário bruto mensal de R$ 4.000,00 e Alberto,

com salário mensal de apenas R$ 800,00.

Os encargos da folha de pagamento são os seguintes:

• INSS referente ao João: 11%;

• INSS referente ao Alberto: 8%; • INSS referente ao Empregador: 20%;

• FGTS dos empregados: 8%; • foi concedido adiantamento salarial de R$ 800,00 para João.

Ao elaborar a folha de pagamento do mês, a empresa vai contabilizar despesas

no valor total de

a) R$ 6.648,00. b) R$ 6.144,00.

c) R$ 5.760,00.

d) R$ 5.640,00. e) R$ 5.344,00.

13. (ESAF/AFTM/Recife/2003) A empresa Alfa Beta S/A contraiu um

empréstimo para capital de giro, em 1º de dezembro de 2002, com vencimento para 31 de janeiro de 2003. As despesas financeiras somaram R$50,00, para

todo o período e foram pagas antecipadamente. Em 31 de dezembro de 2002,

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na ocasião do encerramento do exercício, qual será o valor que estará presente

na conta de juros antecipados, considerando juros de 5% ao mês?

a) Entre 25,00 e 28,00 b) Entre 29,00 e 32,00

c) entre 33,00 e 36,00 d) entre 37,00 e 40,00

e) Entre 41,00 e 43,00

14. (ESAF/TRF/2002) Observe o seguinte lançamento, constante do Diário da

Firma Violetas – ME, do qual foi, cuidadosa e didaticamente, suprimido o histórico para fins de concurso.

Duplicatas Descontadas

a Diversos Valor que se registra em decorrência ..........................., a saber:

a Bancos c/ Movimento.................................... R$ 1.300,00 a Duplicatas a Receber.................................... R$ 2.700,00 R$

4.000,00

O histórico suprimido no lançamento supra descrito deverá descrever a

a) quitação de desconto bancário, com devolução de duplicatas não recebidas.

b) quitação de desconto bancário, com liquidação de duplicatas recebidas. c) contratação de desconto bancário, com entrega de duplicatas, recebendo

parte do dinheiro em conta corrente. d) quitação de desconto bancário, com devolução de duplicatas não recebidas e

liquidação de duplicatas recebidas. e) quitação de desconto bancário, com liquidação de duplicatas recebidas e

devolução de duplicatas não recebidas.

15. (ESAF/Contador/Recife/2003) Numa operação de tomada de empréstimo

por uma empresa junto a um banco comercial, no valor de R$ 100.000,00, para pagamento após três meses, com desconto inicial de juros de R$ 10.000,00, o

valor desse encargo financeiro deve ser lançado, no momento do registro do ingresso da importância líquida na conta Bancos conta Movimento, como

a) despesa do mês

b) ativo diferido c) resultado de exercícios futuros

d) juros a incorrer, retificando o passivo de empréstimos e) lucros acumulados.

16. (TCE/ES/ESAF) Ao encerrar o exercício social, a empresa Personal Ltda. constituiu a provisão para férias, segundo os critérios da legislação pertinente,

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com base na remuneração mensal dos empregados e no número de dias de

férias a que já tinham direito na época do balanço, incluindo os encargos à base de 30%, sendo 10% dos segurados e 20% patronal. Apenas o acréscimo de um

terço do valor das férias não foi incluído na provisão.

A situação descrita na época do balanço era a seguinte:

10 empregados com 12 meses de trabalho e salário mensal de R$ 1.500,00 10 empregados com 6 meses de trabalho e salário mensal de R$ 1.200,00

10 empregados com 3 meses de trabalho e salário mensal de R$ 1.000,00

Todos os empregados tinham mais de um ano de casa e não faltaram ao serviço durante o período aquisitivo das férias.

Com estas informações o contador da empresa promoveu o lançamento para

contabilizar a provisão para férias no valor de:

a) R$ 21.150,00

b) R$ 23.500,00 c) R$ 25.850,00

d) R$ 28.200,00 e) R$ 30.550,00

17. (ESAF/AFRF/2003) Observemos os seguintes fatos administrativos: aluguel de R$ 200,00 mensais que foi contratado em 30 de agosto de 2002, mas foi

pago apenas até 30 de novembro do mesmo ano; compra de mercadorias por R$ 4.000,00, tendo sido vendido no mesmo ano 40% do volume adquirido, com

lucro de 15%; salário de dezembro de R$ 500,00 com INSS de 11% dos empregados e 20% dos empregadores e FGTS de 8%.

Considerando o registro contábil correto desses eventos, podemos dizer que

eles reduziram o lucro do ano de 2002 no valor de

a) R$ 1.000,00 b) R$ 1.200,00

c) R$ 1.255,00 d) R$ 1.440,00

e) R$ 1.680,00

18. (ESAF/MPU/93) O saldo da conta Mercadorias, utilizada para registro dos

estoques, das entradas e das saídas de mercadorias, apresentava-se credor, no valor de 430.

Sabendo-se que o inventário indica a existência de estoques de 270, pode se afirmar que o Resultado com Mercadorias foi de:

A) 160 de lucro

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B) 160 de prejuízo

C) 270 de lucro D) 430 de prejuízo

E) 700 de lucro

19. (IPHAN-Contabilidade 2009 - Funiversa) O saldo da conta Mercadorias

utilizada para registro dos estoques, das entradas e das saídas de mercadorias, apresentava-se credor, no valor de R$ 43.000,00. Sabendo-se que o inventário

indica a existência de R$ 27.000,00, é correto afirmar que o Resultado com Mercadorias, em reais, foi de:

(A) 16.000,00 de lucro

(B) 16.000,00 de prejuízo (C) 27.000,00 de lucro

(D) 43.000,00 de prejuízo (E) 70.000,00 de lucro

20. (ESAF/MPOG/APO/2010) A empresa Americanas Comercial efetuou uma

compra de mercadorias por R$ 3.000,00, com ICMS de 15%, e vendeu metade dessa mercadoria por R$ 3.200,00, com ICMS à mesma alíquota e frete de 1%

sobre o preço de venda.

Sabendo-se que as operações foram realizadas a prazo, o Contador vai apurar

um saldo de

A) Contas a Pagar de R$ 3.062,00. B) Contas a Receber de R$ 2.720,00.

C) Mercadorias de R$ 2.550,00. D) Lucro com Mercadorias de R$ 1.413,00.

E) ICMS a Recolher de R$ 480,00.

21. (ESAF/SUSEP/Analista contr. e fiscalização/ 2010). A empresa Varejos Ltda. tinha em estoque 20 unidades de mercadorias contabilizado por R$ 80,00 cada

unidade, quando negociou as seguintes operações:

1. Compra a vista de 60 unidades a R$ 100,00, pagando frete de R$ 600,00;

2. Venda a vista de 40 unidades ao preço unitário de R$ 150,00, pagando frete

de R$ 400,00.

A negociação não sofreu nenhuma espécie de tributação, nem sobre as mercadorias, nem sobre o frete. Os estoques são controlados pelo método do

custo médio ponderado móvel.

Com essas informações, podemos dizer que o negócio rendeu à empresa um lucro total de

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A) R$ 1.500,00.

B) R$ 1.900,00. C) R$ 1.200,00.

D) R$ 1.800,00. E) R$ 1.000,00.

22. (ESAF/RFB/Auditor/2009). A firma comercial Alvorada Mineira Ltda. adquiriu

um bem de uso por R$ 6.000,00, pagando uma entrada de 25% em dinheiro e financiando o restante em três parcelas mensais e iguais. A operação foi

tributada com ICMS de 12%. Ao ser contabilizada a operação acima, o patrimônio da firma Alvorada evidenciará um aumento no ativo no valor de:

A) R$ 6.720,00.

B) R$ 4.500,00. C) R$ 5.220,00.

D) R$ 5.280,00.

E) R$ 3.780,00.

23. (ESAF/SEFAZ-SP/APOF/2009) Manoel encontrou o que queria: panelas de

ferro feitas sob encomenda. Perguntando, encontrou o preço unitário de R$ 30,00. Soube também que havia incidência de ICMS de 17%, de IPI de 6% e de

fretes à base de R$ 1,50 por lotes de 6 panelas. Negociando, conseguiu obter um desconto de 8% no preço e fechou a compra de 30 panelas, para revender.

Calculando, encontrou o custo contábil de

A) R$ 961,50. B) R$ 808,50.

C) R$ 736,50. D) R$ 744,60.

E) R$ 713,70.

24. (ESAF/IRB/Analista – contador/2006) A firma Lojas Entrepostos S/A,

operando mercadorias isentas de tributação, inclusive quanto a PIS e COFINS, apresentou o seguinte movimento de estoques, o qual numeramos para indicar

a ordem cronológica:

1 - compra de 15 unidades por R$ 1.500,00; 2 - compra de 30 unidades por R$ 4.500,00;

3 - venda de 48 unidades por R$ 9.600,00; 4 - compra de 60 unidades por R$ 9.600,00;

5 - venda de 67 unidades por R$ 13.500,00.

Observações: O estoque inicial do período era de 18 unidades avaliado em R$1.620,00. De acordo com essas informações podemos mensurar que o

estoque final foi de apenas 8 unidades ao custo unitário de

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A) R$ 160,00, se a avaliação for feita pelo critério UEPS.

B) R$ 150,00, se a avaliação for feita pelo critério PEPS. C) R$ 125,00, se a avaliação for feita pelo critério Preço Médio.

D) R$ 90,00, se a avaliação for feita pelo critério UEPS. E) R$ 90,00, se a avaliação for feita pelo critério PEPS.

25. (ESAF/AFRFB/2003) A empresa Comércio Industrial Ltda. comprou 250 latas de tinta ao custo unitário de R$ 120,00, tributadas com IPI de 5% e ICMS

de 12%. Pagou entrada de 20% e aceitou duas duplicatas mensais de igual valor. A tinta adquirida foi contabilizada conforme sua natureza contábil

funcional, com a seguinte destinação: 50 latas para consumo interno; 100 latas para revender; e 100 latas para usar como matéria-prima. Após efetuar o

competente lançamento contábil, é correto afirmar que, com essa operação, os estoques da empresa sofreram aumento no valor de

A) R$ 31.500,00 B) R$ 30.000,00

C) R$ 28.020,00 D) R$ 27.900,00

E) R$ 26.500,00

26. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2012) Observe as seguintes sugestões de lançamento e assinale a opção incorreta.

a) Compras

a Diversos a Caixa

a Fornecedores

Neste lançamento está sendo contabilizada uma operação de compra de

mercadorias a prazo com entrada, sem impostos.

b) Diversos a Caixa

Fornecedores Juros

Neste lançamento está sendo contabilizado um pagamento de dívidas com

juros.

c) Diversos a Vendas

Clientes Impostos a Recuperar

Neste lançamento está sendo contabilizada uma venda a prazo com ICMS.

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d) Fornecedores a Diversos

a Caixa a Descontos

Neste lançamento está sendo contabilizado um pagamento de dívidas com

descontos.

e) Caixa a Diversos

a Clientes a Juros

Neste lançamento está sendo contabilizado um recebimento de créditos com

juros.

27. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2012) Compra de mercadorias, a prazo, para revender nos Armazéns do Porto Ltda., nos

seguintes termos:

Quantidade adquirida: 2.000 unidades;

Preço unitário de compra: R$ 2,50; Incidência de ICMS a 15% e de IPI a 5%.

A contabilização deverá ser efetuada da seguinte forma:

a) Débito: de Mercadorias 4.000,00 da compra

750,00 do ICMS (15%) 250,00 do IPI (5%)

e crédito de Fornecedores 5.000,00 pela dívida total.

b) Débito: de Mercadorias 5.000,00 da compra 750,00 do ICMS (15%)

250,00 do IPI (5%)

e crédito de Fornecedores 6.000,00 pela dívida total.

c) Débito: de Mercadorias 5.000,00 da compra e do ICMS (15%) e de IPI a recuperar 250,00 do IPI (5%)

e crédito de Fornecedores 5.250,00 pela dívida total.

d) Débito: de Mercadorias 4.250,00 da compra e do IPI (5%) e ICMS a Recuperar 750,00 do ICMS (15%)

e crédito de Fornecedores 5.000,00 pela dívida total.

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e) Débito: de Mercadorias 4.500,00 da compra e do IPI (5%) e ICMS a

Recuperar 750,00 do ICMS (15%) e crédito de Fornecedores 5.250,00 pela dívida total.

28. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2012) Elabore a ficha de

controle de estoques com os seguintes dados:

Mercadorias existentes em 01/10 = 60 unidades ao custo de R$ 20,00; Compras a prazo em 04/10 = 100 unidades ao custo unitário de R$ 24,00;

Vendas em 10/10 de 80 unidades ao preço unitário de R$ 30,00.

A empresa não sofre tributação e avalia os estoques a custo médio ponderado.

Com essas informações podemos dizer que a operação de venda teve um custo de

a) R$ 1.600,00.

b) R$ 1.680,00. c) R$ 1.800,00.

d) R$ 1.920,00.

e) R$ 2.400,00.

29. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2012) O lançamento contábil apropriado para registrar o recebimento de notas promissórias no valor

de R$ 400,00 com descontos de 8% é o que segue abaixo:

a) Diversos a Títulos a Receber

Caixa 368,00 Descontos Passivos 32,00 400,00

b) Caixa

a Diversos a Títulos a Receber 368,00

a Descontos Ativos 32,00 400,00

c) Diversos

a Caixa Títulos a Receber 368,00

Descontos Passivos 32,00 400,00

d) Caixa a Diversos

a Títulos a Receber 400,00 a Descontos Ativos 32,00 432,00

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e) Diversos

a Caixa Títulos a Receber 400,00

Descontos Passivos 32,00 432,00

30. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2012) O lançamento contábil apropriado para registrar o pagamento de duplicatas no valor de R$

2.800,00, com descontos de 15%, é o que segue abaixo:

a) Diversos a Caixa

Duplicatas a Pagar 2.380,00 Descontos Ativos 420,00 2.800,00

b) Caixa

a Diversos

a Duplicatas a Pagar 2.380,00 a Descontos Ativos 420,00 2.800,00

c) Diversos

a Duplicatas a Pagar Caixa 2.380,00

Descontos Passivos 420,00 2.800,00

d) Duplicatas a Pagar a Diversos

a Caixa 2.380,00 a Descontos Ativos 420,00 2.800,00

e) Duplicatas a Pagar

a Diversos

a Caixa 2.380,00 a Descontos Passivos 420,00 2.800,00

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13. GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS

QUESTÃO GABARITO

1 A

2 A

3 A

4 A

5 E

6 B

7 E

8 D

9 B

10 B

11 A

12 B

13 A

14 D

15 D

16 D

17 B

18 E

19 E

20 ANULADA

21 A

22 B

23 D

24 D

25 C

26 C

27 E

28 C

29 A

30 D