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Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exercícios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa – Aula 07 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 100 SUMÁRIO MAIS UMA AULA! ........................................................................................................................................... 2 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO ............................................................................... 3 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO SEGUNDO A LEI 6.404/76 ................................. 3 DEFINIÇÃO DE RECEITAS E DESPESAS DE ACORDO COM O CPC 00 ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA DA CONTABILIDADE............................................................................................ 4 ESTRUTURA DA DEMONTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO SEGUNDO A LEI 6.404/76 .... 7 RECEITA BRUTA DE VENDAS ...................................................................................................................... 7 DEVOLUÇÃO DE VENDAS/VENDAS CANCELADAS................................................................................ 8 ABATIMENTO SOBRE VENDAS.................................................................................................................... 9 DESCONTOS INCONDICIONAIS SOBRE VENDAS .................................................................................... 9 TRIBUTOS SOBRE VENDAS ........................................................................................................................ 10 AJUSTE A VALOR PRESENTE SOBRE CLIENTES.................................................................................... 10 RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS, CUSTO DA MERCADORIA VENDIDA E LUCRO BRUTO ............ 12 DESPESAS OPERACIONAIS ......................................................................................................................... 14 OUTRAS RECEITAS E OUTRAS DESPESAS .............................................................................................. 15 CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO............................................................................ 18 IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA ................................................................................................. 18 PARTICIPAÇÕES ESTATUTÁRIAS.............................................................................................................. 24 CÁLCULO DO LUCRO REAL COM PARTICIPAÇÕES.............................................................................. 29 LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO, LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO E TRANSFERÊNCIA DO RESULTADO PARA RESERVAS .................................................................................................................. 31 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO CONFORME O CPC 26 .................................................................. 32 COMPARANDO O CPC 26 E A ESTRUTURA DA LEI 6.404/76 ................................................................ 34 PRINCIPAIS DIFERENÇAS............................................................................................................................ 34 RECEITA BRUTA X RECEITA LÍQUIDA .................................................................................................... 34 SEPARAÇÃO DAS DESPESAS E RECEITAS FINANCEIRAS ................................................................... 35 RESULTADO DAS OPERAÇÕES DESCONTINUADAS ............................................................................. 35 OUTRAS INSTRUÇÕES ................................................................................................................................. 36 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE. ............................................................................. 39 QUESTÕES COMENTADAS .......................................................................................................................... 41 QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ................................................................................................ 81 GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ............................................................... 100 AULA 07: DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

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SUMÁRIO MAIS UMA AULA! ........................................................................................................................................... 2 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO ............................................................................... 3 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO SEGUNDO A LEI 6.404/76 ................................. 3 DEFINIÇÃO DE RECEITAS E DESPESAS DE ACORDO COM O CPC 00 – ESTRUTURA

CONCEITUAL BÁSICA DA CONTABILIDADE ............................................................................................ 4 ESTRUTURA DA DEMONTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO SEGUNDO A LEI 6.404/76 .... 7 RECEITA BRUTA DE VENDAS ...................................................................................................................... 7 DEVOLUÇÃO DE VENDAS/VENDAS CANCELADAS ................................................................................ 8 ABATIMENTO SOBRE VENDAS .................................................................................................................... 9 DESCONTOS INCONDICIONAIS SOBRE VENDAS .................................................................................... 9 TRIBUTOS SOBRE VENDAS ........................................................................................................................ 10 AJUSTE A VALOR PRESENTE SOBRE CLIENTES .................................................................................... 10 RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS, CUSTO DA MERCADORIA VENDIDA E LUCRO BRUTO ............ 12 DESPESAS OPERACIONAIS ......................................................................................................................... 14 OUTRAS RECEITAS E OUTRAS DESPESAS .............................................................................................. 15 CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO ............................................................................ 18 IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA ................................................................................................. 18 PARTICIPAÇÕES ESTATUTÁRIAS.............................................................................................................. 24 CÁLCULO DO LUCRO REAL COM PARTICIPAÇÕES .............................................................................. 29 LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO, LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO E TRANSFERÊNCIA DO

RESULTADO PARA RESERVAS .................................................................................................................. 31 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO CONFORME O CPC 26 .................................................................. 32 COMPARANDO O CPC 26 E A ESTRUTURA DA LEI 6.404/76 ................................................................ 34 PRINCIPAIS DIFERENÇAS ............................................................................................................................ 34 RECEITA BRUTA X RECEITA LÍQUIDA .................................................................................................... 34 SEPARAÇÃO DAS DESPESAS E RECEITAS FINANCEIRAS ................................................................... 35 RESULTADO DAS OPERAÇÕES DESCONTINUADAS ............................................................................. 35 OUTRAS INSTRUÇÕES ................................................................................................................................. 36 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE. ............................................................................. 39 QUESTÕES COMENTADAS .......................................................................................................................... 41 QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ................................................................................................ 81 GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ............................................................... 100

AULA 07: DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

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MAIS UMA AULA!

Olá, meus amigos. Como estão?! Mais uma aula de CONTABILIDADE GERAL

para a o concurso de Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil.

A aula de hoje versará sobre os seguintes assuntos:

Aula 7

33. Demonstração do Resultado do Exercício, estrutura,

evidenciação, características e elaboração. 34. Apuração da receita líquida, do lucro bruto e do resultado do exercício, antes e depois

da provisão para o Imposto sobre Renda, contribuição social e participações. 30. Apuração do Resultado, incorporação e

distribuição do resultado, compensação de prejuízos, tratamento

dos dividendos e juros sobre capital próprio, transferência do lucro líquido para reservas, forma de cálculo, utilização e reversão de

Reservas.

Vejam, amigos, que o tema a ser tratado hoje é, na verdade, o da aula 08. Invertemos, para podermos apresentar a vocês a melhor aula possível sobre

participações societárias. Esta, portanto, será apresentada posteriormente.

Estamos à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas que surjam através dos emails:

[email protected] [email protected]

Um abraço e excelentes estudos a todos nós.

Gabriel Rabelo/Luciano Rosa

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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

A demonstração do resultado do exercício é a demonstração contábil que apresenta o cotejo entre receitas e despesas da entidade. Todas as mutações

do patrimônio líquido que não sejam resultantes das transações com os sócios

devem estar reconhecidas em duas demonstrações: demonstração do resultado do exercício e demonstração de resultados abrangentes.

Se as receitas suplantarem as despesas, temos a ocorrência de lucro. Ao

contrário, sobrepondo-se as despesas às receitas, temos prejuízo.

Tudo isso conforme o pressuposto contábil de competência, pelo qual as receitas e despesas devem ser reconhecidas independentemente de pagamento

ou recebimento.

A demonstração do resultado do exercício objetiva evidenciar a SITUAÇÃO ECONÔMICA da entidade.

Outro aspecto deveras importante sobre a DRE é que ela integra o chamado

capital próprio. Ou seja, o lucro ou prejuízo auferido ao término do exercício

deverá compor o patrimônio líquido. Por isso, as contas que integram a demonstração do resultado são zeradas ao fim do exercício. O resultado será

integrado ao patrimônio líquido, seja lucro, seja prejuízo.

Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 26 (revisão 1) – Apresentação das demonstrações contábeis:

81. A entidade deve apresentar todos os itens de receita e despesa reconhecidos no período em duas demonstrações: demonstração do resultado

do período e demonstração do resultado abrangente do período; esta última

começa com o resultado líquido e inclui os outros resultados abrangentes.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO SEGUNDO A LEI 6.404/76

De acordo com a Lei 6.404:

SEÇÃO V - Demonstração do Resultado do Exercício Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os

abatimentos e os impostos; II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços

vendidos e o lucro bruto;

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III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;

IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;

VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou

fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.

§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados:

a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua

realização em moeda; e

b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos,

correspondentes a essas receitas e rendimentos.

DEFINIÇÃO DE RECEITAS E DESPESAS DE ACORDO COM O CPC 00 – ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA DA CONTABILIDADE

O Pronunciamento conceitual básico da contabilidade (CPC 00) preleciona que a demonstração do resultado do exercício relata o desempenho (performance) da

entidade. Para isso, há um confronto entre receitas e despesas. Mas o que vem a ser receita? O que vem a ser despesa?

O próprio Pronunciamento esclarece a dúvida ao estatuir:

4.25. Os elementos de receitas e despesas são definidos como segue:

(a) receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período

contábil, sob a forma da entrada de recursos ou do aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em aumentos do patrimônio líquido, e

que não estejam relacionados com a contribuição dos detentores dos instrumentos patrimoniais;

(b) despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período

contábil, sob a forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou assunção de passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido, e que não

estejam relacionados com distribuições aos detentores dos instrumentos

patrimoniais.

Vejamos.

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(a) receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da entrada de recursos ou do aumento de ativos ou

diminuição de passivos, que resultam em aumentos do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com a contribuição dos detentores dos

instrumentos patrimoniais;

Por exemplo, a empresa KLS mantém uma sala para aluguel. O inquilino paga

R$ 1.000,00 por mês. Pensemos sob a definição de receita. Desmembremos a definição...

- RECEITAS SÃO AUMENTOS NOS BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DURANTE

O PERÍODO CONTÁBIL.

Pergunto, com a utilização da sala pelo inquilino, e conseqüente assunção da dívida por parte dele, estamos aumentando o benefício econômico para a

entidade?! Sim, pois haverá recebimento em dinheiro ou surgimento de um

direito (a receber o aluguel).

- SOB A FORMA DA ENTRADA DE RECURSOS OU DO AUMENTO DE ATIVOS OU DIMINUIÇÃO DE PASSIVOS.

Esse aluguel gera entrada de recurso? Sim. Como? Pela entrada de dinheiro no

caixa ou reconhecimento de direito a receber (aluguéis a receber).

Imagine-se, agora, que este inquilino é um fornecedor nosso. A empresa KLS não possui dinheiro para saldar sua dívida, no montante de R$ 12.000,00. O

fornecedor, por seu turno, pretende ampliar as suas atividades, querendo, para tanto, alugar um novo espaço, pelo período de um ano. Uma alternativa para a

KLS seria oferecer o espaço, abatendo a dívida proporcionalmente (R$ 1.000,00/mês).

Desta forma, a dívida estaria registrada no passivo da empresa do seguinte modo:

PASSIVO CIRCULANTE

Fornecedores 12.000,00

Com o transcurso do prazo, e utilização da sala da KLS pelo novo inquilino (fornecedor), lançaremos:

D – Fornecedores (passivo circulante) 1.000,00

C – Aluguéis ativos (receita) 1.000,00

E assim o faremos mês a mês, até que toda a conta esteja zerada.

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- QUE RESULTAM EM AUMENTOS DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO, E QUE NÃO

ESTEJAM RELACIONADOS COM A CONTRIBUIÇÃO DOS DETENTORES DOS INSTRUMENTOS PATRIMONIAIS;

Essa receita de aluguel aumenta o PL, pois, como já dissemos, as contas de

resultado integram o chamado capital próprio. Ademais, não se relacionam com a contribuição dos detentores dos instrumentos patrimoniais (basicamente, os

sócios).

Analisemos agora a definição de despesas. Imagine-se que a minha empresa procedeu à circulação de mercadorias, ocorrendo, nesta hipótese, fato gerador

do ICMS, e conseqüente surgimento da obrigação tributária.

(b) despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou assunção de passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido, e que não

estejam relacionados com distribuições aos detentores dos instrumentos

patrimoniais.

- DESPESAS SÃO DECRÉSCIMOS NOS BENEFÍCIOS ECONÔMICOS

DURANTE O PERÍODO CONTÁBIL

Com o surgimento da obrigação tributária haverá decréscimo nos benefícios econômicos? Sim, pelo pagamento do imposto ou pela assunção da obrigação

de pagar o tributo.

- SOB A FORMA DA SAÍDA DE RECURSOS OU DA REDUÇÃO DE ATIVOS OU ASSUNÇÃO DE PASSIVOS.

Com o lançamento do ICMS para pagamento posterior:

D – ICMS sobre venda (despesa) XX,XX C – ICMS a recolher (passivo) XX,XX

Ou, se o recolhimento se der no momento do fato gerador

D – ICMS sobre venda (despesa) XX,XX

C – Caixa/Bancos (ativo) XX,XX

Assim, haverá saída de recurso (dinheiro) ou assunção de passivo.

- QUE RESULTAM EM DECRÉSCIMO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO, E QUE NÃO ESTEJAM RELACIONADOS COM DISTRIBUIÇÕES AOS DETENTORES

DOS INSTRUMENTOS PATRIMONIAIS.

O reconhecimento da dívida acarretará redução no PL, pois não é um benefício

que se incorpora ao patrimônio.

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ESTRUTURA DA DEMONTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

SEGUNDO A LEI 6.404/76

A demonstração do resultado do exercício, que apura o lucro ou prejuízo obtido no exercício, tem a estrutura seguinte:

ESTRUTURA DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

Faturamento bruto (venda bruta + IPI sobre faturamento)

(-) IPI sobre faturamento bruto

Vendas brutas/Receita bruta de vendas/Receita operacional bruta (-) Deduções da receita bruta

Devoluções e cancelamento de vendas Abatimentos sobre vendas

Descontos incondicionais concedidos/descontos comerciais Impostos e contribuições sobre vendas e serviços (ICMS, ISS, PIS,

COFINS)

Ajuste a valor presente sobre clientes

Vendas líquidas/Receita líquida de vendas/Receita operacional líquida (-) Custo da mercadoria vendida (CMV = Est. inicial + Compras líq. – Est. final)

Lucro bruto/Resultado operacional bruto/Resultado com mercadorias (-) Despesas operacionais Com vendas

Administrativas Gerais

Financeiras líquidas (despesas financeiras – receitas financeiras) Outras despesas operacionais

+ Outras receitas operacionais

Resultado operacional líquido/Lucro ou prejuízo operacional líquido (-) Outras despesas (antigas despesas não operacionais)

+ Outras receitas (antigas receitas não operacionais)

(-) Despesa com provisão para CSLL

Resultado antes do Imposto de Renda (-) Despesa com provisão para Imposto de Renda

Resultado após o Imposto de Renda e antes das participações (-) Participações estatutárias sobre o lucro Debenturistas

Empregados Administradores

Partes beneficiárias Fundo de assistência/previdência a empregados

Lucro ou prejuízo líquido do exercício Estudemos, agora, cada um dos itens da DRE amiúde.

RECEITA BRUTA DE VENDAS

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A contabilização das vendas é feita pelo valor bruto, incluindo impostos. As

reduções das vendas são feitas em contas específicas, deduzindo a conta receita bruta.

Para registrar a receita é necessário saber quando ela é registrada e, também,

por quanto deve ser registrada.

A resposta para esta questão, quanto ao quantum a ser registrado, está no item 9 do CPC 30 – Receitas, que prega: a receita deve ser mensurada pelo

valor justo da retribuição recebida ou a receber.

Já o momento em que o registro se dá é o da transferência dos riscos e recompensas da propriedade dos bens ao comprador, o que coincide com a

entrega da mercadoria ao cliente.

DEVOLUÇÃO DE VENDAS/VENDAS CANCELADAS

Representa todas as devoluções de vendas ocorridas dentro do exercício social.

As devoluções de vendas de exercícios anteriores são consideradas como despesas operacionais.

Suponhamos a venda de mercadorias pela empresa KLS a Joãozinho, pela

quantia de R$ 1.000,00, à vista, a custo de R$ 700,00. O ICMS do Estado possui uma alíquota de 15%. A venda se deu em 10.01.X1.

Lançamentos quando da entrega da mercadoria:

D – Caixa (ativo) 1.000,00

C – Receita de vendas (resultado) 1.000,00

D – Custo da mercadoria vendida (resultado) 700,00

C – Estoque de mercadoria para revenda (ativo) 700,00

D – ICMS sobre vendas (resultado) 150,00 C – ICMS a recolher (passivo) 150,00

Todavia, Joãozinho não ficou satisfeito com a compra e resolveu devolver a

mercadoria comprada. A empresa, então, procede aos seguintes lançamentos:

D – Devolução de vendas (resultado) 1.000,00 C – Caixa (ativo) 1.000,00

D – Estoque de mercadoria para revenda (ativo) 700,00

C – Custo da mercadoria vendida (resultado) 700,00

D – ICMS a recolher (passivo)/ICMS a recuperar (ativo) 150,00

C – ICMS sobre vendas (resultado) 150,00

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ABATIMENTO SOBRE VENDAS

Esta conta registra os descontos que são concedidos posteriormente à entrega dos produtos, pelo fato de os produtos apresentarem defeitos de qualidade,

quantidade, defeitos do transporte, etc.

O abatimento é concedido após a emissão da nota fiscal. Assim, não afeta a base de cálculo dos impostos (IPI, ICMS, PIS e COFINS).

DESCONTOS INCONDICIONAIS SOBRE VENDAS

Suponha-se que João haja comprado da KLS R$ 1.000,00 em mercadoria. Do

corpo da duplicata consta o seguinte: desconto de 10% caso o título seja quitado até 30 dias antes do vencimento.

Vejam que este é um desconto concedido sob condição, qual seja, a quitação da cártula antes que haja o efetivo vencimento. Pagando com antecedência

mínima de 30 dias, o título será pago por R$ 900,00. Caso contrário, se não o fizer, o valor de quitação será de R$ 1.000,00.

Esse desconto é chamado de DESCONTO CONDICIONAL OU DESCONTO

FINANCEIRO. Esse tipo de desconto é tido como despesa operacional. Vejam. Não é uma redução da receita bruta o desconto condicional.

Agora, imaginem que João pretende comprar a mesma mercadoria. Todavia,

chega para nossa empresa (a KLS) e diz: - Prezado, pretendo comprar seu produto, que, já sabemos, custa R$ 1.000,00. Todavia, apenas o levo caso haja

um acordo para que o preço seja R$ 900,00.

Nossa empresa, flexível que é, fecha o negócio, por R$ 900,00. Assim, o preço

era de R$ 1.000,00. Porém, sofreu um desconto de R$ 100,00. Esse desconto não dependeu de condição alguma e foi dado no momento em que o negócio

estava sendo efetuado. É o tipo de desconto chamado DESCONTO INCONDICIONAL CONCEDIDO ou DESCONTO COMERCIAL.

Esse desconto é considerado como redução da receita bruta de vendas.

Vejamos agora como ficam os lançamentos contábeis em cada um dos

exemplos postos acima.

DESCONTO CONDICIONAL

Na compra por João:

D – Clientes (ativo) 1.000,00

C – Receita de vendas (resultado) 1.000,00

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Desconsideramos, apenas para ficar mais sintético, a operação de baixa do estoque e os tributos.

Quando da liquidação antecipada, por R$ 900,00, lançaremos:

D – Caixa (ativo) 900,00 D – Descontos condicionais concedidos (desp. operacional) 100,00

C – Clientes (ativo) 1.000,00

DESCONTO INCONDICIONAL

Como no desconto incondicional o cliente obteve o desconto no ato da compra, lançaremos:

D – Clientes (ativo) 900,00

D – Desconto incondicional concedido (red. receita de vendas) 100,00

C – Receita de vendas (receita) 1.000,00

TRIBUTOS SOBRE VENDAS

Os principais tributos incidentes sobre a venda são ICMS, ISS, PIS e COFINS.

Vale ressaltar que o IPI não é dedução da receita bruta, mas é considerado antes da receita bruta, sendo um imposto por fora (se houver dúvida, volta à

estrutura da DRE apresentada ao início da aula).

AJUSTE A VALOR PRESENTE SOBRE CLIENTES

Ajustar algo a valor presente significa trazer um valor que está previsto para se realizar em data futura a termos monetários de hoje.

As vendas e as compras, quando feitas a prazo, inserem no valor da operação, juros e encargos financeiros referentes à remuneração de um capital no futuro.

Assim, a contabilização pelo valor nominal faz com que essas operações sejam

demonstradas de forma superavaliada no Balanço Patrimonial. Fica difícil, também, diferenciar o resultado financeiro do resultado realmente apurado com

operações da atividade empresarial. O ajuste a valor presente (AVP) veio para que possamos dirimir esse problema.

E por que o ajuste a valor presente pode aparecer como dedução da receita

bruta de vendas?! Pelos motivos já expostos acima. A venda, quando efetivada pela empresa, deve ser, o máximo possível, líquida de juros. Desta forma, um

usuário das demonstrações contábeis será capaz de comparar balanços de empresas que trabalham com preços à vista e que trabalham com preços a

prazo. Tecnicamente falando, o correto é registrar o valor dos juros e encargos

financeiros como receitas financeiras.

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Suponhamos a venda de uma mercadoria para o mesmo Joãozinho pelo valor de R$ 11.200,00, em 01.01.X1, para recebimento em 31.12.X1. O valor dos

juros, calculados a juros simples, é de R$ 1.200,00.

No momento da venda, lançamos:

D – Clientes (ativo) 11.200,00 C – Receita de vendas (resultado) 11.200,00

Pelo reconhecimento do ajuste a valor presente

D – Ajuste a valor presente sobre clientes (resultado) 1.200,00

C – Ajuste a valor presente a apropriar sobre clientes (red. ativo) 1.200,00

Mês a mês, lançaremos para reconhecer a receita de juros:

D – Ajuste a valor presente a aproprias sobre clientes (red. ativo) 100,00

C – Receita financeira (resultado) 100,00

Vejamos como isso foi cobrado em prova.

(FGV/AFR ICMS RJ 2009) A Cia. Esmeralda apresenta os seguintes saldos referentes ao ano de 2008:

Considerando que a Cia. Esmeralda não é contribuinte do IPI, mas é

contribuinte dos impostos estaduais e municipais, e considerando que a Cia. Esmeralda adota o CPC 12, aprovado pelo CFC, assinale a alternativa que

indique o valor da Receita Líquida apurada em 2008.

(A) $ 70.000.

(B) $ 56.000.

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(C) $ 68.000. (D) $ 64.000.

(E) $ 60.000.

Comentários

Na nossa questão, a venda foi efetivada num valor bruto de R$ 90.000,00 (inclui juros e principal). Os juros equivalem a R$ 8.000,00 nesta operação.

Vamos ver como fica o lançamento de ajuste:

D – Duplicatas a receber 90.000 (ativo circulante) C – Receita de vendas 82.000 (resultado)

C – AVP sobre clientes 8.000 (Retificadora da conta duplicatas)

Alternativamente, pode ser feito o seguinte, o resultado é o mesmo:

D - Duplicatas a Receber 90.000 AC

D - Redução de Vendas (AVP) 8.000 Dedução de Receita Bruta C - Receita Bruta de Vendas 90.000 Receita

C - AVP de Dup. a Receber 8.000 Dedutora do AC

Sendo assim, na nossa questão:

Receita bruta de vendas 90.000,00 (-) Devolução (2.000,00)

(-) ICMS sobre vendas (20.000,00) (-) Ajuste a valor presente sobre clientes (8.000,00)

Receita líquida de vendas 60.000,00

Gabarito Letra E.

Feitas todas as deduções, chegamos ao que chamamos de receita líquida de vendas.

RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS, CUSTO DA MERCADORIA VENDIDA E

LUCRO BRUTO

Segundo a Lei 6.404/76:

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços

vendidos e o lucro bruto;

Feitas as deduções devidas da receita bruta, chegamos à chamada receita líquida de vendas. Ato contínuo é a subtração do custo da mercadoria vendida.

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E como apurar o custo da mercadoria vendida?! É simples. Teremos de nos

utilizar de uma fórmula que muito nos acompanhará nos estudos das ciências contábeis, a saber:

CMV = ESTOQUE INICIAL DE MERCADORIA + COMPRAS LÍQUIDAS –

ESTOQUE FINAL DE MERCADORIAS.

Assim, imaginemos a seguinte situação.

Estoque inicial de mercadorias: 10.000,00 Estoque final de mercadorias: 5.000,00

Compras brutas de mercadorias: 20.000,00 ICMS sobre compras: 3.000,00

Descontos incondicionais sobre compras: 1.000,00 Descontos condicionais sobre compras: 500,00

Frete sobre compras: 1.000,00

Seguro sobre compras: 500,00 Abatimento sobre compras: 1.000,00

Calcule o CMV.

Inicialmente, devemos ver o que prega o Pronunciamento Contábil n. 16 do

CPC:

CUSTOS DO ESTOQUE 10. O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de

transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais.

CUSTOS DE AQUISIÇÃO

11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os

impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao

fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços.

Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição. (NR) (Nova Redação dada

pela Revisão CPC nº. 1, de 8/01/2010)

Assim, o custo de aquisição dos estoques compreende:

1) Preço de compra

2) Impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis). Os tributos recuperáveis são:

a) Matéria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade não cumulativa)

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b) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na

modalidade não cumulativa) 3) Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis

à aquisição.

Os descontos comerciais e os abatimentos devem ser deduzidos do custo de aquisição. O desconto financeiro não deve ser abatido do custo de aquisição.

Esse último tipo de desconto é contabilizado como Receita Financeira, para o comprador, e não afeta o custo do estoque.

O abatimento ocorre num momento posterior à compra. Por exemplo, uma

loja fecha um pedido de cadeiras por 100 reais a unidade e, quando recebe a mercadoria, a cor está diferente do que foi pedido. Nesse caso, o vendedor

pode conceder um abatimento para que a mercadoria não seja devolvida. Digamos, um abatimento de 3 reais por unidade. Assim, a Nota Fiscal é emitida

por 100 reais a unidade, mas deverá entrar para o estoque apenas 97 reais

(sem considerar impostos ou outros custos).

Então, voltemos à nossa questão. O primeiro passo é calcular o valor das compras líquidas:

Compras brutas de mercadorias: 20.000,00

- ICMS sobre compras: 3.000,00 (uma vez que é um direito frente à SEFAZ) - Descontos incondicionais sobre compras: 1.000,00

- Abatimento sobre compras: 1.000,00 + Frete sobre compras: 1.000,00

+ Seguro sobre compras: 500,00 Compras líquidas de mercadorias: 16.500,00

Agora, é só utilizar a fórmula que foi fornecida.

CMV = EI + COL – EF

+ Estoque inicial de mercadorias: 10.000,00 + Compras líquidas: 16.500,00

- Estoque final de mercadorias: 5.000,00 CMV = 21.500,00

Logo, este é o valor que deverá constar da DRE como custo da mercadoria

vendida. Após esta dedução, chegaremos ao chamado lucro bruto ou resultado com mercadorias.

DESPESAS OPERACIONAIS

As despesas operacionais são aquelas pagar ou incorridas com o fito de se

vender produtos e administrar a empresa.

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A Lei 6.404 reza que:

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das

receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;

Assim, basicamente, estas são as despesas que a LSA considera como

operacionais:

- DESPESAS DE VENDAS: São gastos de promoção, colocação e distribuição dos produtos da empresa. Por exemplo: gastos com marketing, gastos com

distribuição, gastos com pessoal da área de vendas, gasto com comissões.

- DESPESAS GERAIS E ADMINISTRATIVAS: São gastos pagos ou incorridos para a direção e/ou gestão da empresa. Correspondem a atividades gerais que

beneficiam todo o negócio. Por exemplo: honorários da administração, salário

administrativos, despesas com publicidade, despesas com material de limpeza, despesa com assinaturas de revistas.

- DESPESAS FINANCEIRAS E RECEITAS FINANCEIRAS: As despesas

financeiras compreendem: juros passivos, descontos condicionais concedidos, comissões passivas. Já as receitas financeiras compreendem, por exemplo,

descontos obtidos, juros ativos, receitas de títulos vinculados ao mercado aberto.

No balanço, a lei ordena que se publiquem as despesas financeiras líquidas das

receitas financeiras. Todavia, tanto o valor das despesas como os das receitas devem ser publicados. Assim, a demonstração do resultado pode aparecer dos

seguintes modos:

MODO 1

Despesas financeiras (deduzido de R$ 1.000,00 de receita fin.) 500,00.

MODO 2 Resultado financeiro líquido (500,00)

Despesas financeiras (1.500,00) Receitas financeiras 1.000,00

- OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS: O exemplo clássico de

outras receitas operacionais e outras despesas operacionais são os resultados de investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial e pelo

método de custo.

OUTRAS RECEITAS E OUTRAS DESPESAS

Este é um ponto que vem sendo bastante cobrado em concursos. A parte da

DRE que outrora era denominada RECEITAS NÃO OPERACIONAIS E

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DESPESAS NÃO OPERACIONAIS passa agora a figurar como OUTRAS

RECEITAS e OUTRAS DESPESAS.

A Lei 6.404 não trouxe um rol do que vem a se classificar como outras receitas e outras despesas. A contabilidade contudo traz emprestado para si o conceito

estatuído pela legislação do IR.

Segundo o Imposto de Renda, são não operacionais os ganhos e perdas de capital. Por exemplo, a alienação de investimentos e ativos imobilizados com

lucro ou prejuízo.

Os lançamentos envolvendo ganhos e perdas de capital são frequentemente cobrados em concurso. Vejamos esta questão cobrada no AFRFB 2009:

(ESAF/AFRFB/2009) A empresa Revendedora S.A. alienou dois veículos de sua

frota de uso, por R$ 29.000,00, a vista. O primeiro desses carros já era da

empresa desde 2005, tendo entrado no balanço de 2007 com saldo de R$ 25.000,00 e depreciação acumulada de 55%. O segundo veículo foi comprado

em primeiro de abril de 2008 por R$ 10.000,00, não tendo participado do balanço do referido ano de 2007. A empresa atualiza o desgaste de seus bens

de uso em períodos mensais. Em 30 de setembro de 2008, quando esses veículos foram vendidos, a empresa registrou seus ganhos ou perdas de capital

com o seguinte lançamento de fórmula complexa:

a) Diversos a Diversos

Caixa 29.000,00 Perdas de Capital 6.000,00 35.000,00

a Veículo “A” 25.000,00 a Veículo “B” 10.000,00 35.000,00

b) Diversos a Diversos

Caixa 29.000,00 Depreciação Acumulada 18.500,00 47.500,00

a Veículos 35.000,00 a Ganhos de Capital 12.500,00 47.500,00

c) Diversos

a Diversos Caixa 29.000,00

Depreciação Acumulada 17.500,00 46.500,00 a Veículos 35.000,00

a Ganhos de Capital 11.500,00 46.500,00

d) Diversos

a Diversos

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Caixa 29.000,00

Depreciação Acumulada 13.750,00 42.750,00 a Veículos 35.000,00

a Ganhos de Capital 7.750,00 42.750,00

e) Diversos a Diversos

Caixa 29.000,00 Depreciação Acumulada 19.000,00 48.000,00

a Veículos 35.000,00 a Ganhos de Capital 13.000,00 48.000,00

Comentários

Vamos analisar os veículos, um por um.

1) Veículo A.

Se o veículo A estava com saldo contábil de R$ 25.000 e depreciado em 55%

desse valor. Assim temos,

Veículo = 25.000 (-) Depreciação Acumulada (55% x 25.000) = 13.750

Valor contábil = 11. 250 (Esse é o valor contábil ao final de 2007).

Devemos saber que os veículos são depreciados a uma taxa de 20% ao ano. Logo, em 2008, houve depreciação de 9 meses. Assim, a depreciação de 2008

foi de: 9/12 x 20% x 25.000 = 3.750,00.

Portanto, para achar o valor contábil final, basta subtrairmos do valor contábil de 2007 a depreciação relativa ao ano de 2008 11.250 - 3.750 = 7.500.

2) Veículo B.

Foi depreciado em abril, maio, junho, julho, agosto e setembro, ou seja, 6 meses. Para acharmos o valor da depreciação faremos: 6/12 x 20% x 10.000 =

1.000

O valor contábil do veículo será 10.000 – 1.000 = 9.000.

Como a questão fala em ganhos ou perdas de capital e deu o valor total da receita de venda, vamos somar o valor contábil dos dois veículos: 9.000 +

7.500 = R$ 16.500.

Portanto, da receita de vendas de 29.000 menos o custo de 16.500, teremos o

lucro com a venda, que é de R$ 12.500,00.

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Portanto, em 30 de setembro, no dia da venda, mas sem contabilizar a

operação, tínhamos os seguintes razonetes:

Veículos Depreciação Acumulada

A 25.000 17500 A

B 10.000 1000 B

Registrando as operações, temos:

Veículos Depreciação Acumulada

A 25.000 25.000 17.500 17500 A

B 10.000 10.000 1.000 1000 B

Caixa

Ganho com alienação

de imobilizado

29.000 12.500

O que resulta, nos seguintes lançamentos:

Diversos a Diversos

Caixa 29.000,00 Depreciação Acumulada 18.500,00 47.500,00

a Veículos 35.000,00

a Ganhos de Capital 12.500,00 47.500,00

O gabarito, portanto, é a letra B.

Gabarito B.

Vejamos, agora, a apuração da CSLL e do Imposto de Renda.

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO

A CSLL é a contribuição social sobre o lucro líquido. O tributo foi instituído pela Lei nº 7.689/1988.

IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA

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Após a dedução do IR, chegamos ao lucro antes do imposto de renda. Vejamos

alguns aspectos da tributação do imposto sobre a renda.

O imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza é tributo instituído pela União, no exercício da competência regular que lhe confere a Constituição

Federal (CF, art. 153, III).

As pessoas jurídicas estão sujeitas a um dos seguintes regimes jurídicos para apuração do imposto de renda: a) lucro presumido; b) lucro arbitrado; c)

lucro real.

O lucro presumido pode ser utilizado pelos contribuintes cuja receita bruta total tenha sido inferior a R$ 24 milhões, no ano calendário anterior, ou R$ 2

milhões por mês se ano calendário tiver menos de 12 meses. Nesta forma, deve-se apurar o imposto trimestralmente.

Para achar a base de cálculo, basta que saibamos achá-la por presunção (resultado da receita bruta total x alíquota da presunção). Uma vez encontrada,

procede-se à apuração pela multiplicação com a respectiva alíquota.

O lucro arbitrado é lançado de ofício pela Secretaria da Receita Federal, por meio de seus auditores fiscais, geralmente, quando flagradas fraudes, vícios,

omissões, inconsistências na escrituração de sujeito passivo.

O lucro real, por seu turno, é o lucro líquido do período ajustado por adições, exclusões e compensações.

Funciona da seguinte forma:

Lucro apurado na contabilidade antes do IR (LAIR)

+ Adições

(-) Exclusões (-) Compensações

Base de cálculo do imposto de renda.

As adições aumentam a base do imposto. Um exemplo clássico são as multas. Na demonstração do resultado do exercício, as multas reduzem o valor do lucro

e, conseqüentemente, do imposto a ser apurado. Permitindo-se esta situação, estar-se-ia sendo condescendente com aqueles que cometem ilícitos, uma vez

que teriam sua tributação diminuída.

As exclusões têm por fim reduzir a base de cálculo do imposto, tendo em vista que no resultado contábil foram considerados resultados que não devem ser

tributadas, como as receitas de dividendos, que são tributadas na empresa que os distribui.

Vejamos na prática como é...

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Uma empresa possui registrada em seu LALUR prejuízos fiscais no montante de R$ 100.000,00. Considere os seguintes dados: Em 2010, no primeiro trimestre, o lucro foi de R$ 400.000, sendo 40.000 de provisão para férias e resultado

negativo de Método de Equivalência Patrimonial de R$ 40.000. Calcule o imposto de renda devido ao fim do primeiro trimestre.

Vamos lá! No primeiro trimestre.

Lucro antes do IR = 400.000.

+ Adições (Perda com MEP) 40.000 - Exclusões 0

Lucro ajustado 440.000.

Uma primeira ressalva. A provisão para férias é dedutível, mas como se trata de despesa, já foi considerada, uma vez que apurada antes do lucro líquido do

trimestre. O lucro do trimestre já considera todas as despesas do período.

O máximo que poderá ser utilizado com as compensações é o montante de

30% deste lucro ajustado, de R$ 440.000, isto é, R$ 132.000. Mas só temos R$ 100.000, logo, poderemos utilizar todo o valor.

Lucro ajustado 440.000

(-) Compensações 100.000 Base de cálculo do IR Lucro real 340.000

Agora, calcula-se o IR.

A alíquota é de 15%, cobrando-se um adicional de 10% sobre o montante que exceder o número de meses x R$ 20.000.

Teremos:

Imposto = 15% x 340.000 = 51.000

Adicional = 10% x (340.0000 – 3 x 20.000) = 28.000

Somando as parcelas, teremos um imposto total de 51.000 + 28.000 = R$

79.000,00.

De acordo com o Princípio Contábil da Competência, se a contabilidade já reconheceu uma receita ou lucro, a despesa de Imposto de Renda deve ser

reconhecida nesse mesmo período, ainda que tais receitas e lucros tenham a sua tributação diferida para efeitos fiscais, ou seja, o Imposto de Renda

incidente sobre elas será pago em períodos futuros.

A entidade deve reconhecer esses efeitos fiscais por meio da contabilização do

passivo fiscal diferido, no exercício em que ocorrer.

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Ressalte-se que o diferimento do Imposto de Renda é feito somente para fins fiscais no LALUR, não alterando o lucro líquido na

contabilidade, pois em função do regime de competência, na contabilidade não há postergação do reconhecimento do resultado.

Nesses casos, a receita ou o lucro já foram registrados contabilmente pelo

regime de competência e a despesa de Imposto de Renda também deve ser reconhecida no mesmo período, mediante crédito na conta de Provisão para

Imposto de Renda Diferido, classificada no Passivo Circulante ou no Passivo Não Circulante e débito na conta de despesa de Imposto de Renda no Resultado.

Quando a receita ou o lucro se tornarem tributáveis, o valor constante da conta

de Provisão para Imposto de Renda Diferido será transferido para a conta de Provisão para Imposto de Renda no Passivo Circulante, não alterando o

resultado desse período.

Esses registros de Imposto de Renda Diferido também podem ocorrer em conta

de ativo, denominada Ativo Fiscal Diferido.

A despesa tributária (receita tributária) compreende a despesa tributária corrente (receita tributária corrente) e a despesa tributária diferida (receita

tributária diferida).

Despesa tributária = Despesas tributária corrente + despesa tributária diferida.

Receita tributária = Receita tributária corrente + receita tributária diferida.

Vejamos uma questão sobre o assunto para ver de forma mais clara...

(ICMS RJ/2009/Adaptada) A Cia. Turfa efetuou as seguintes operações em 2008:

Receitas operacionais: $500.000 Despesas de salários (totalmente dedutíveis): $100.000

Despesas administrativas (totalmente dedutíveis) $200.000 Do total das Receitas, 15% são auferidas de instituições governamentais e

ainda não foram recebidas.

Além das despesas de salários e administrativas, foram provisionadas contingências trabalhistas no valor de $ 40.000. Desse montante foi efetuado

um depósito judicial de $ 20.000. Considerando que a alíquota do Imposto de Renda e da Contribuição Social (somadas) é de 34%, assinale a alternativa que

indique, respectivamente, os saldos ativos e passivos do Imposto de Renda e da Contribuição Social diferidos.

Obs.: A empresa reconhece de forma plena o efeito sobre variações

temporárias.

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(A) zero e $ 42.500.

(B) $ 6.800 e zero. (C) $ 11.900 e zero.

(D) $ 13.600 e $ 25.500. (E) $ 6.800 e $ 25.500.

Comentários

Inicialmente, devemos calcular o valor do lucro líquido contábil.

Contabilidade:

Receitas operacionais: $500.000

Despesas de salários (totalmente dedutíveis): ($100.000) Despesas administrativas (totalmente dedutíveis): ($ 200.000)

Contingências Trabalhistas ($ 40.000)

LAIR $ 160.000 Provisão IR e CSLL (34%) ($ 54.400)

Lucro Líquido $105.600

Contabilização da Provisão para IR e CSLL:

D – Despesa com IR e CSLL (resultado) 54.400 C – IR e CSLL a recolher (PC) 54.400

Apuração do Lucro Real (no LALUR):

Lucro antes IR e CSLL: 160.000

(+) Adições (prov. Contingências trabalhistas) 40.000 (-) Exclusões (15% receita: 500000 x 15%) (75.000)

(=) Lucro ajustado (base para o IR e CSLL)....................125.000

IR e CSLL a recolher (125.000 x 34%)...........................42.500

Assim, temos: IR e CSLL apurados contabilmente: 54.400

IR e CSLL que serão efetivamente recolhidos: 42.500

Contabilização:

D – IR e CSLL diferido - adições (40.000 x 34%) 13.600 C – IR e CSLL a recolher (PC) 13.600

D – IR e CSLL a recolher (PC) 25.500

C – IR e CSLL diferido – exclusões (75.000 x 34%) 25.500

Saldo da conta IR a recolher: +54.400 + 13600 – 25500 = 42.500

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Saldo ativo do IR diferido: 13.600 Saldo passivo do IR diferido: 25.500

Gabarito D.

No entanto, a questão apresenta um erro, que detalhamos a seguir:

Conforme o art. 409 do IR:

Art. 409. No caso de empreitada ou fornecimento contratado, nas condições dos

arts. 407 ou 408, com pessoa jurídica de direito público, ou empresa sob seu controle, empresa pública, sociedade de economia mista ou sua subsidiária, o

contribuinte poderá diferir a tributação do lucro até sua realização, observadas

as seguintes normas (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 10, § 3º, e Decreto-Lei nº 1.648, de 1978, art. 1º, inciso I):

I - poderá ser excluída do lucro líquido do período de apuração, para efeito de

determinar o lucro real, parcela do lucro da empreitada ou fornecimento computado no resultado do período de apuração, proporcional à receita dessas

operações consideradas nesse resultado e não recebida até a data do balanço de encerramento do mesmo período de apuração;

II - a parcela excluída nos termos do inciso I deverá ser computada na determinação do lucro real do período de apuração em que a receita for

recebida.

Aqui, está o erro da questão. O que pode ser diferido é a PARCELA DO LUCRO computado no resultado no período de apuração, proporcional à receita das

vendas para instituições governamentais consideradas no resultado e ainda não

recebidas.

Portanto, se 15% da receita foi auferida de instituições governamentais e ainda não recebidas, o cálculo para exclusão seria:

Lucro Antes IR e CSLL ........................160.000

(-) 15% (percentual não recebido).......(24.000) IR diferido s/ exclusões : 24.000 x 34 % = 8.160

A resposta correta seria, então, $13,600 e $ 8.160.

Assim, teríamos:

IR e CSLL diferidos (saldo ativo): 13.600 IR e CSLL diferidos (saldo passivo): 8.160

Questão sem resposta correta. Mas a FGV não anulou. Segundo a resposta a quem entrou com recurso, o cálculo da contingência trabalhista (que resulta em

13.600) está correto. Como só a questão D apresenta esse valor, mesmo com o

outro cálculo incorreto, seria possível marcar a alternativa D.

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PARTICIPAÇÕES ESTATUTÁRIAS

De acordo com a Lei das SAs:

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou

fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem

como despesa; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

Prescreve, ainda, o mesmo instrumento normativo que:

Art. 190. As participações estatutárias de empregados, administradores e partes beneficiárias serão determinadas, sucessivamente e nessa ordem, com

base nos lucros que remanescerem depois de deduzida a participação

anteriormente calculada.

Todavia, este dispositivo deve ser interpretado harmonicamente com o seguinte:

Art. 189. Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer participação, os prejuízos acumulados e a provisão para o Imposto sobre a

Renda.

As participações devem ser retiradas na seguinte ordem:

Resultado após o Imposto de Renda e antes das participações

(-) Participações estatutárias sobre o lucro

Debenturistas Empregados

Administradores Partes beneficiárias

Fundo de assistência/previdência a empregados

Devemos seguir a ordem de participações definida acima, sendo que cada participação diminui a base de cálculo da participação seguinte.

Vamos a um exemplo:

A empresa KLS apurou lucro ante do IR e das participações no valor de

R$160.000,00. Considere ainda as seguintes informações:

---- O valor do IR e da CSLL é de R$ 20.000,00.

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---- A empresa apresenta, no PL, a conta “Prejuízos Acumulados” com saldo

devedor de R$40.000,00

---- As participações são as seguintes: Debenturistas 10 %, empregados 10%, administradores 10%, Partes Beneficiárias 10% e Fundo de Assistência 10%

---- Constituição de Reserva Legal de 5%, reserva de contingência de R$20.000

e o restante do lucro acumulado foi destinado para dividendos.

Calcule o valor de cada participação, o total do Lucro líquido, o valor da Reserva Legal e dos dividendos.

Resolução:

A situação atual é a seguinte:

Lucro antes IR e das participações.................160.000 (-) Provisão para IR e CSLL (Já calculada).......(20.000)

Lucro antes das participações........................140.000

Como a empresa possui prejuízos acumulados de R$40.000,00, este valor deve ser diminuído da base de cálculo das participações. Mas é um cálculo extra-

contábil. O prejuízo acumulado não aparece na DRE.

O cálculo das participações fica assim:

Lucro antes das participações R$ 140.000,00

(-) Prejuízos acumulados R$ (40.000,00)

Base de cálculo dos debenturistas R$ 100.000,00

Participação dos debenturistas (10%) R$ (10.000,00)

Base de cálculo dos empregados R$ 90.000,00

Participação do empregados (10%) R$ (9.000,00)

Base de cálculo dos administradores R$ 81.000,00

Participação dos administradores (10%) R$ (8.100,00)

Base de cálculo das partes beneficiárias R$ 72.900,00

Participação das partes beneficiárias (10%) R$ (7.290,00)

Base de cálculo dos fundos de pensão R$ 65.610,00

Participação dos fundos de pensão (10%) R$ (6.561,00)

A forma de cálculo é a que detalhamos acima. O valor de cada participação

diminui a base de cálculo para a participação seguinte. Todas são de 10%. Mas o valor de cada participação é diferente, devido à diminuição da base de

cálculo.

Repare que, para o cálculo do valor das participações, retiramos os prejuízos

acumulados de R$ 40.000,00. Mas, na elaboração da DRE, o prejuízo não entra.

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A DRE fica assim:

Lucro antes IR e das participações R$ 160.000,00

Provisão para IR e CSLL R$ (20.000,00)

Participação dos debenturistas (10%) R$ (10.000,00)

Participação do empregados (10%) R$ (9.000,00)

Participação dos administradores (10%) R$ (8.100,00)

Participação das partes beneficiárias (10%) R$ (7.290,00)

Participação dos fundos de pensão (10%) R$ (6.561,00)

Lucro Líquido R$ 99.049,00

O Lucro Líquido do exercício é transferido para o PL, na conta Lucros Acumulados. Como já há prejuízos acumulados de R$40.000,00, este valor é

abatido, sobrando lucros acumulados de R$ 99.049 – R$ 40.000 = R$ 59.049,00.

Contabilização:

Pela transferência do resultado do exercício:

D – Resultado do Exercício 99.049,00

C – Lucros Acumulados (PL) 99.049,00

Para absorção dos prejuízos acumulados

D – Lucros acumulados (PL) 40.000,00

C – Prejuízos acumulados (PL) 40.000,00

Calculo da Reserva legal:

59.049,00 x 5% = R$ 2.952,45

Contabilização das reservas:

D – Lucros acumulados 22.952,45 C – Reserva Legal 22.952,45

C – Reserva para contingências 20.000,00

O valor restante, que será distribuído como dividendos, é de:

59.049,00 – 2.952,45 – 20.000,00 = 36.096,55

Valor dos dividendos: R$ 36.096,55

O que é importante guardar do exemplo acima:

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1) Lembrar que cada participação diminui a base de cálculo da participação

posterior. 2) A ordem das participações. Para lembrar, use o seguinte mnemônico:

“Havia uma mulher, chamada DEA, que era muito ativa. Fazia mil coisas ao

mesmo tempo. Um dia, Déa pegou uma gripe forte, que a deixou de cama. Seu sobrinho de 5 anos, ao ver a tia doente, falou:

DEA PIFOU

D ebêntures

E mpregados A dministradores

P artes beneficiária

i

F undos de pensão

DEA PIFOU. Essa é uma forma simples de lembrar a ordem das participações. Se você conhece outra, ou se quiser criar outra, fique a vontade. O importante

é lembrar na hora da prova.

3) Os prejuízos acumulados são excluídos da base de cálculo do IR e das participações, através de cálculo extra-contábil. Não entram na DRE.

4) O resultado do exercício é transferido para o PL. Depois disso, ocorre o

cálculo e a contabilização das reservas e dos dividendos. Vale dizer, as Reservas e os dividendos não aparecem na DRE e não afetam o resultado do

exercício (irão afetar os lucros acumulados, no PL).

Vejamos agora uma questão...

(ESAF/AFRF/2002) A empresa Metais & Metalurgia S/A, no exercício de 2001, auferiu lucro líquido, antes do imposto de renda, da contribuição social e das

participações contratuais e estatutárias, no valor de R$ 220.000,00.

Na Contabilidade da empresa foram colhidas as informações de que:

1 – o patrimônio líquido, antes da apropriação e distribuição do lucro, era composto de:

Capital Social R$ 280.000,00

Prejuízos Acumulados R$ 76.000,00

2 – o passivo circulante, após a apropriação e distribuição do lucro, era composto de:

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Fornecedores R$ 450.000,00 Dividendos a Pagar R$ 20.000,00

Provisão p/ Imposto de Renda R$ 64.000,00 Participações no Lucro a Pagar R$ ?

As participações no lucro foram processadas nos seguintes percentuais:

Participação de Partes Beneficiárias 05%

Participação de Debenturistas 08% Participação de Administradores 10%

Participação de Empregados 10%

Calculando-se o valor das participações citadas, nos termos da legislação societária, sem considerar as possíveis implicações de ordem fiscal, nem os

centavos do cálculo, pode-se dizer que os valores apurados serão:

a) Participação de Partes Beneficiárias R$ 3.240,00

b) Participação de Debenturistas R$ 5.760,00 c) Participação de Administradores R$ 7.360,00

d) Participação de Empregados R$ 8.000,00 e) Lucro Líquido final na DRE R$ 132.636,00

Comentários

Vamos aprender através da prática!

PASSO 1: Achar o lucro antes da apuração do IR: R$ 220.000,00.

PASSO 2: Retirar o IR: R$ 64.000,00. PASSO 3: Achamos o lucro antes das participações: R$ 156.000,00.

PASSO 4: Ver se há prejuízo acumulado. Sim! R$ 76.000,00. PASSO 5: Achar a base de cálculo para a primeira participação: R$ 156.000 –

76.000,00 = R$ 80.000,00.

PASSO 6: Achar o valor das participações. O valor de uma participação deve ser deduzido para o cálculo da subseqüente.

Participação de Debenturistas 8% = 80.000,00 x 8% = 6.400,00

Participação de Empregados 10% = 73.600,00 x 10% = 7.360,00 Participação de Administradores 10% = 66.240 x 10% = 6.624,00

Participação de Partes Beneficiárias 5% = 59.616 x 5% = 2.980,00

PASSO 7: Montar a demonstração do resultado do exercício.

Lucro antes do IR 220.000,00 (-) IR (64.000,00)

Lucro após o IR e antes das participações 156.000,00 (-) Participações estatutárias

Debenturistas (6.400,00)

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Empregados (7.360,00) Administradores (6.624,00)

Partes beneficiárias (2.980,00) Lucro líquido do exercício 132.636,00

Gabarito E.

CÁLCULO DO LUCRO REAL COM PARTICIPAÇÕES

Meus amigos, passaremos agora a um tópico que algumas bancas

(especialmente a ESAF. A FCC nem tanto) gostam muito de explorar.

O Regulamento do Imposto de Renda assevera que as participações para

EMPREGADOS E DEBENTURISTAS são dedutíveis para o cálculo do IRPJ. Todavia, lembrem-se de que estamos há muito afirmando que as participações

são calculadas apenas após o cálculo do IR.

Vejam que há certo contra-senso entre a lei tributária e a empresarial, pois a lei manda que as participações abatam o valor de algo que já é previamente

calculado. Se para achar o valor da participação já terei de ter apurado o valor do IR, como a parte de empregados e debenturistas poderá ser dedutível?!

Como resolver este impasse?!

Pois bem, o que temos de fazer é torcer para que a questão dê o cálculo das participações já em números absolutos. Se assim o fizer, ficará fácil, como a

ESAF explorou na prova do Auditor Fiscal de Tributos Municipais de Natal (2008) do seguinte modo (explicaremos na prática).

(ESAF/Auditor Fiscal/ISS Natal/2008) A empresa Mercearia Comercial S/A auferiu, no exercício, um lucro de R$ 600.000,00, antes de fazer qualquer destinação. Devendo pagar dividendo mínimo obrigatório de 30% sobre o lucro,

conforme os estatutos, a empresa promoveu a seguinte distribuição:

Imposto de Renda 30%; Participação de Empregados R$ 40.000,00;

Participação de Diretores 10%; Reserva Legal na forma da lei;

Retenção de Lucros R$ 30.000,00; Dividendos a Pagar 30%.

Com a contabilização feita na forma indicada, caberá à empresa distribuir

dividendos no valor de:

a) R$ 88.470,00.

b) R$ 91.548,00. c) R$ 97.470,00.

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d) R$ 100.548,00.

e) R$ 105.840,00.

Comentários

Das participações que temos apenas a de empregados é dedutível do cálculo do IR. Assim, o valor correspondente, de R$ 40.000,00, deverá ser abatido para o

cálculo do tributo.

Lucro antes da apuração do imposto de renda 600.000,00 (-) IR (30%x[600.000-40.000]) (168.000,00)

Lucro antes das participações 432.000,00 (-) Participações de empregados (40.000,00)

(-) Participações de diretores (10%x[432.000 – 40.000)] (39.200,00) Lucro líquido do exercício 352.800,00

Reserva legal = Lucro líquido do exercício x 5% RL = 352.800,00 x 5% = 17.640,00

Dividendos = Lucro líquido ajustado x 30%

LLA = LL - Reserva legal LLA = 352.800 - 17.640 = 335.160

Dividendo 335.160 x 30% = R$ 100.548,00

Gabarito D.

Mas, professor, e se a questão der todas as participações em percentual. Algo

como, por exemplo:

Lucro Antes do Imposto de Renda 100.000,00 Percentual do IR 20%

Participação de Empregados 10% Participação de Administradores 10%

Neste caso, inicialmente, temos de calcular o imposto de renda provisório.

IR provisório 20% x 100.000,00 = 20.000,00.

Agora, achamos as participações.

Lucro antes do IR 100.000,00

(-) IR “provisório” (20% x 100.000,00) (20.000,00)

Lucro após o IR e antes das part. 80.000,00 (-) Participações de empregados (10% x 80.000,00) (8.000,00)

(-) Participações de administradores (10% x 72.000,00) (7.200,00)

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Feito isso, é só montar outra DRE, mas calculando agora o IR definitivo.

Lucro antes do IR 100.000,00

(-) IR “definitivo” (20% x (100.000,00 – 8.000,00)) (18.400,00) Lucro após o IR e antes das part. 81.600,00

(-) Participações de empregados (10% x 80.000,00) (8.000,00) (-) Participações de administradores (10% x 72.000,00) (7.200,00)

Lucro líquido do exercício 66.400,00

O cálculo acima (com imposto de renda provisório e posterior cálculo do IR final) é usado pela ESAF.

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO, LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO E

TRANSFERÊNCIA DO RESULTADO PARA RESERVAS

Depois de deduzidas as participações, chegamos ao lucro líquido do exercício.

Daí, temos de transferir o resultado para o patrimônio líquido, pois as receitas e despesas da entidade integram o chamado capital próprio.

Do lucro líquido do exercício, podemos extrair o valor do lucro por ação do

capital social. Se, por exemplo, o capital social for composto por R$ 1.000.000,00, com 100.000 ações, teremos um lucro de R$ 10,00/ação.

LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO = LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO/TOTAL

DE AÇÕES

A transferência do lucro ou prejuízo do exercício se dá para conta lucro ou prejuízos acumulados do PL. Todavia, vale ressaltar que a entidade, com as

modificações contábeis recentes, não mais poderá reter lucros injustificadamente. Repita-se: a conta lucros acumulados não pode mais

constar no Balanço Patrimonial, quando do fechamento da demonstração.

Alguns autores afirmam, erroneamente, que esta conta deixou de existir. Tal

afirmação está inconsistente, posto que a conta lucros acumulados pode ser utilizada temporariamente (antes do fechamento do balanço), sendo que a

partir dela distribuímos os lucros do exercício as mais diversas finalidades. Sendo uma conta de PL, o seu saldo é credor.

Ressalve-se, contudo, que a conta prejuízos acumulados, essa sim pode

subsistir ao término do exercício, diminui o PL, tendo, assim, saldo devedor.

Se a empresa teve receitas de R$ 1.500.000,00, despesas de R$ 500.000,00 e, conseqüentemente, um lucro líquido do exercício de R$ 1.000.000,00. Isto

significa dizer que os saldos credores (receitas) suplantaram os saldos devedores (despesas).

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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

Despesas Receitas

500.000,00 1.500.000,00

1.000.000,00 (LLEX)

Para encerrar o resultado, temos de transferir essas contas para o PL. A transferência se dará assim.

D – Lucro líquido do exercício 1.000.000,00

C – Lucros acumulados 1.000.000,00

Contudo, este valor deverá ser todo distribuído, seja para o aumento do capital

social, seja para o pagamento de dividendos, seja para constituição de reservas de lucros.

Caso, todavia, a situação seja reversa, e as despesas excedam as receitas,

temos prejuízo.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

Despesas Receitas

1.500.000,00 500.000,00

1.000.000,00

Nesta hipótese, a transferência se dará do seguinte modo:

D – Prejuízos acumulados (PL) 1.000.000,00 C – Prejuízo líquido do exercício 1.000.000,00

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO CONFORME O CPC 26

O Pronunciamento Técnico do CPC nº 26 (R1) – Apresentação das Demonstrações Contábeis – determina que a entidade deve apresentar todos os

itens de receita e despesa reconhecidos no período em duas demonstrações:

1) demonstração do resultado do período (DRE); e

2) demonstração do resultado abrangente do período; esta última começa com o resultado líquido e inclui os outros resultados abrangentes.

A demonstração do resultado do período deve, no mínimo, incluir as seguintes

rubricas, obedecidas também as determinações legais:

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(a) receitas; (b) custo dos produtos, das mercadorias ou dos serviços vendidos;

(c) lucro bruto; (d) despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas e receitas

operacionais; (e) parcela dos resultados de empresas investidas reconhecida por meio do

método de equivalência patrimonial; (f) resultado antes das receitas e despesas financeiras

(g) despesas e receitas financeiras; (h) resultado antes dos tributos sobre o lucro;

(i) despesa com tributos sobre o lucro; (j) resultado líquido das operações continuadas;

(k) valor líquido dos seguintes itens: (i) resultado líquido após tributos das operações descontinuadas;

(ii) resultado após os tributos decorrente da mensuração ao valor justo menos despesas de venda ou na baixa dos ativos ou do grupo de ativos à disposição

para venda que constituem a unidade operacional descontinuada.

(l) resultado líquido do período.

A Lei 6.404/76 (Lei das S.A.s) estabelece a seguinte estrutura para a DRE:

Demonstração do Resultado do Exercício

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;

II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;

III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;

IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas;

(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para

o imposto; VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes

beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem

como despesa; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do

capital social.

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COMPARANDO O CPC 26 E A ESTRUTURA DA LEI 6.404/76

Vamos comparar as duas estruturas:

LEI 6404/76. CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis.

Receita Bruta

(-) Deduções das Vendas

Receita Líquida Receitas

(-) CMV (-) CMV

Lucro Bruto Lucro bruto

(-) Despesas (-) Despesas

--- Vendas --- Vendas

--- Gerais e administrativas --- Gerais e administrativas

--- Outras despesas operacionais --- Outras despesas operacionais

--- Financeiras, deduzidas as receitas --- Resultado equivalência Patrimonial

Lucro ou prejuízo operacional Resultado antes Receitas e Despesas

financeiras

Outras receitas e outras despesas Despesas e Receitas financeiras

Resultado antes IR Resultado antes tributos sobre o lucro

(-) Provisão IR (-) Despesas tributos sobre o lucro

(-) Participações: (=) Resultado das operações continuadas

--- Debêntures

+/- Resultado líquido das operações

descontinuadas

--- Empregados

Resultado líquido do período

--- Administradores

--- Partes Beneficiárias

--- Fundos de pensão

Lucro ou prejuízo líquido do exercício

Lucro ou prejuízo por ação

PRINCIPAIS DIFERENÇAS

As principais diferenças são:

RECEITA BRUTA X RECEITA LÍQUIDA

A Lei das S.A.s (Lei 6404/76) inicia a DRE a partir da Receita Bruta,

demonstrando as deduções de vendas para chegar na receita líquida.

A estrutura que aparece no pronunciamento CPC 26 já inicia da Receita Líquida.

As empresas estão publicando suas DREs iniciando da receita líquida, conforme o modelo do CPC 26.

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Esse procedimento (iniciar a DRE pela receita líquida) é reforçado pelo

Pronunciamento Técnico CPC 30 – Receitas, conforme texto abaixo:

Texto do pronunciamento técnico CPC 30 – Receitas:

“8. Para fins de divulgação na demonstração do resultado, a receita inclui somente os ingressos brutos de benefícios econômicos recebidos e a receber

pela entidade quando originários de suas próprias atividades. As quantias cobradas por conta de terceiros – tais como tributos sobre vendas, tributos

sobre bens e serviços e tributos sobre valor adicionado não são benefícios econômicos que fluam para a entidade e não resultam em aumento do

patrimônio líquido. Portanto, são excluídos da receita.”

SEPARAÇÃO DAS DESPESAS E RECEITAS FINANCEIRAS

O modelo do Pronunciamento CPC 26 apresenta um subtotal, chamado de

“Resultado antes Receitas e Despesas Financeiras”. Seguem-se as despesas e

receitas financeiras e após o Resultado antes dos tributos sobre o Lucro.

A apresentação apartada do resultado financeiro ocorre para separar o resultado operacional do resultado obtido com a sobra (ou a falta) de caixa.

Em outras palavras, a empresa aufere um determinado resultado a partir das

suas operações. Além disso, se houver caixa sobrando, será aplicado e irá gerar receitas; se faltar caixa, a empresa deverá pegar dinheiro emprestado, pagando

despesas financeiras para isso.

Mas o resultado financeiro está mais ligado à necessidade de dinheiro para financiar as operações ou à sobra de dinheiro, do que às atividade operacionais

da empresa.

Dessa forma, a separação do resultado financeiro evidencia com mais

propriedade o resultado oriundo das operações da empresa.

RESULTADO DAS OPERAÇÕES DESCONTINUADAS

Esse item é muito importante. Pode ser exemplificado assim: Vamos supor que uma empresa venda uma de suas fábricas, num determinado ano.

Essa venda pode ter um grande impacto sobre o resultado da empresa. Mas ela

não terá uma fábrica todo ano para vender. É algo esporádico. Além disso, a operação descontinuada (a fábrica vendida) deverá ter reflexos nos

demonstrativos contábeis dos próximos anos.

É importante ressaltar que as operações descontinuadas não são as vendas normais de ativo imobilizado. Por exemplo, se uma empresa vende um

caminhão, mas tem a intenção de comprar outro para substituí-lo, o resultado

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dessa venda será incluído em “outras receitas e outras despesas operacionais”.

Não é operação descontinuada.

Conforme o Pronunciamento Técnico CPC 31 – Ativo não circulante mantido para venda e operações descontinuadas:

32. Uma operação descontinuada é um componente da entidade que foi baixado ou está classificado como mantido para venda e

(a) representa uma importante linha separada de negócios ou área geográfica

de operações; (b) é parte integrante de um único plano coordenado para venda de uma

importante linha separada de negócios ou área geográfica de operações; ou

(c) é uma controlada adquirida exclusivamente com o objetivo da revenda.

As operações descontinuadas são as vendas relativas a divisões, produtos ou

atividades que a empresa abandonou, que não existirão mais no futuro.

É por isso que a estrutura da DRE do pronunciamento CPC 26 inclui essas informações, de forma separada das operações normais, contínuas, da

empresa.

OUTRAS INSTRUÇÕES

O pronunciamento CPC 26 não estabelece um modelo rígido. Pelo contrário, outras rubricas e contas, títulos e subtotais devem ser apresentados na

demonstração do resultado do período quando tal apresentação for relevante para a compreensão do desempenho da entidade.

Mas a entidade não deve apresentar rubricas ou itens de receitas ou despesas

como itens extraordinários, quer na demonstração do resultado abrangente,

quer na demonstração do resultado do período, quer nas notas explicativas.

Texto do pronunciamento CPC 26:

Informação a ser apresentada na demonstração do resultado do período ou nas notas explicativas

97. Quando os itens de receitas e despesas são materiais, sua natureza e montantes devem ser divulgados separadamente.

98. As circunstâncias que dão origem à divulgação separada de itens de

receitas e despesas incluem:

(a) reduções nos estoques ao seu valor realizável líquido ou no ativo imobilizado ao seu valor recuperável, bem como as reversões de tais

reduções;

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(b) reestruturações das atividades da entidade e reversões de quaisquer provisões para gastos de reestruturação;

(c) baixas de itens do ativo imobilizado; (d) baixas de investimento;

(e) unidades operacionais descontinuadas; (f) solução de litígios; e

(g) outras reversões de provisões.

Comentário:

Segundo o pronunciamento CPC 00 – Pronunciamento conceitual básico – uma

informação é material se a sua omissão ou sua divulgação distorcida (misstating) puder influenciar decisões que os usuários tomam com base na

informação contábil-financeira acerca de entidade específica que reporta a informação.

Os itens de receitas e despesas que sejam materiais devem ser divulgados separadamente.

As seguintes circunstâncias dão origem à divulgação separadas de itens de

despesas e receitas:

1) Perdas no estoque e em teste de recuperabilidade; 2) Reestruturação de atividades

3) Baixa de itens do Imobilizado e de Investimentos 4) Descontinuidade de unidades operacionais

5) Solução de litígios (refere-se à decisões ou acordos em litígios judiciários) 6) Reversões de provisões.

Todos os itens de receitas e despesas reconhecidos no período devem ser

incluídos no resultado líquido do período a menos que um ou mais

Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e Orientações do CPC requeiram ou permitam procedimento distinto.

O Pronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa

e Retificação de Erro trata de duas dessas circunstâncias, a saber: a correção de erros e o efeito de alterações nas políticas contábeis. Nestes casos, o efeito

da alteração nas políticas contábeis e a correção de erro devem ser ajustados no balanço inicial.

A entidade deve apresentar uma análise das despesas utilizando uma

classificação baseada na sua natureza, se permitida legalmente, ou na sua função dentro da entidade, devendo eleger o critério que proporcionar

informação confiável e mais relevante, obedecidas as determinações legais.

No método da natureza da despesa, as despesas são agregadas na

demonstração do resultado de acordo com a sua natureza (por exemplo,

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depreciações, compras de materiais, despesas com transporte, benefícios aos

empregados e despesas de publicidade), não sendo realocados entre as várias funções dentro da entidade.

Esse método pode ser simples de aplicar porque não são necessárias alocações

de gastos a classificações funcionais. Por exemplo, ao invés de dividir a depreciação do período entre depreciação das máquinas usadas na fabricação

(que é atribuída ao custo do produto) e depreciação do escritório (que gera despesa administrativa), é demonstrado apenas o valor total da depreciação.

Um exemplo de classificação que usa o método da natureza do gasto é o que se

segue:

Receitas X Outras Receitas X Variação do estoque de produtos acabados e em elaboração X

Consumo de matérias-primas e materiais X

Despesa com benefícios a empregados X Depreciações e amortizações X

Outras despesas X Total da despesa (X)

Resultado antes dos tributos X

A segunda forma de análise é o método da função da despesa ou do “custo

dos produtos e serviços vendidos”, classificando-se as despesas de acordo com a sua função como parte do custo dos produtos ou serviços vendidos

ou, por exemplo, das despesas de distribuição ou das atividades administrativas.

No mínimo, a entidade deve divulgar o custo dos produtos e serviços vendidos

segundo esse método separadamente das outras despesas.

Esse método pode proporcionar informação mais relevante aos usuários do que

a classificação de gastos por natureza, mas a alocação de despesas às funções pode exigir alocações arbitrárias e envolver considerável julgamento.

Um exemplo de classificação que utiliza o método da função da despesa é a

seguinte:

Receitas X Custo dos produtos e serviços vendidos (X) Lucro bruto X

Outras receitas X Despesas de vendas (X)

Despesas administrativas (X) Outras despesas (X)

Resultado antes dos tributos X

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Como se percebe, as empresas usam o método da função da despesa (também chamado de “método do custo do produto ou serviço vendido”), no Brasil, pois

esse é o método que consta na Lei 6404/76.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE.

A demonstração do resultado abrangente deve, no mínimo, incluir as seguintes rubricas:

(a) resultado líquido do período; (b) cada item dos outros resultados abrangentes classificados conforme sua

natureza (exceto montantes relativos ao item (c); (c) parcela dos outros resultados abrangentes de empresas investidas

reconhecida por meio do método de equivalência patrimonial; e

(d) resultado abrangente do período.

A versão anterior do pronunciamento CPC 26 – Apresentação das

Demonstrações Contábeis permitia que a Demonstração do Resultado Abrangente fosse apresentada como um demonstrativo próprio ou dentro das

mutações do patrimônio líquido.

Isso foi alterado na primeira revisão do Pronunciamento 26, aprovado em 02.12.2011.

Agora, a Demonstração do Resultado Abrangente deve ser obrigatoriamente

apresentada como um demonstrativo próprio.

O pronunciamento técnico CPC 26 define “outros resultados abrangentes” como os itens de receita e despesa (incluindo ajustes de reclassificação) que não são

reconhecidos na demonstração do resultado como requerido ou permitido pelos

Pronunciamentos,

Interpretações e Orientações emitidos pelo CPC. Os componentes dos outros resultados abrangentes incluem:

(a) variações na reserva de reavaliação, quando permitidas legalmente;

(b) ganhos e perdas atuariais em planos de pensão com benefício definido reconhecidos conforme item 93A do Pronunciamento Técnico CPC 33 –

Benefícios a Empregados; (c) ganhos e perdas derivados de conversão de demonstrações contábeis de

operações no exterior (ver Pronunciamento Técnico CPC 02 – Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis);

(d) ganhos e perdas na remensuração de ativos financeiros disponíveis para venda (ver Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros:

Reconhecimento e Mensuração);

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(e) parcela efetiva de ganhos ou perdas advindos de instrumentos de hedge em

operação de hedge de fluxo de caixa (ver Pronunciamento Técnico CPC 38).

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QUESTÕES COMENTADAS

1. (ESAF/AFRFB/2009) Em 31.12.2008, a empresa Baleias e Cetáceos S/A

colheu em seu livro Razão as seguintes contas e saldos respectivos com vistas à

apuração do resultado do exercício:

01 - Vendas de Mercadorias R$ 12.640,00 02 - Duplicatas Descontadas R$ 4.000,00

03 - Aluguéis Ativos R$ 460,00 04 - Juros Passivos R$ 400,00

05 - ICMS sobre vendas R$ 2.100,00 06 - Fornecedores R$ 3.155,00

07 - Conta Mercadorias R$ 1.500,00 08 - FGTS R$ 950,00

09 - Compras de Mercadorias R$ 3.600,00 10 - ICMS a Recolher R$ 1.450,00

11 - Clientes R$ 4.500,00 12 - Salários e Ordenados R$ 2.000,00

13 - PIS s/Faturamento R$ 400,00

14 - COFINS R$ 1.100,00 15 - Frete sobre vendas R$ 800,00

16 - Frete sobre compras R$ 300,00 17 - ICMS sobre compras R$ 400,00

O inventário realizado em 31.12.08 acusou a existência de mercadorias no valor

de R$ 1.000,00. Considerando que na relação de saldos acima estão indicadas todas as contas que formam o resultado dessa empresa, pode-se dizer que no

exercício em causa foi apurado um Lucro Operacional Bruto no valor de

a) R$ 9.040,00. b) R$ 6.540,00.

c) R$ 5.040,00. d) R$ 4.240,00.

e) R$ 2.350,00.

Comentários

O lucro bruto pode ser encontrado através da seguinte fórmula:

Lucro Bruto = Receita Líquida – Custo da Mercadoria Vendida.

Inicialmente, procuremos o Custo da Mercadoria Vendida (CMV), através da

equação:

CMV = Estoque Inicial + Compras Líquidas – Estoque Final

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CMV = R$ 1.500,00 + (R$ 3.600,00 + R$ 300,00 - R$ 400,00) - R$ 1.000,00.

CMV = R$ 4.000,00.

Agora, achemos a receita líquida.

Receita Líquida = Receita Bruta – ICMS sobre vendas – PIS e COFINS Receita Líquida = R$ 12.640,00 - R$ 2.100,00 - R$ 400,00 - R$ 1.100,00

Lucro bruto = R$ 9.040,00 – R$ 4.000,00 = R$ 5.040,00

Gabarito C.

2. (ESAF/Analista de Mercados de Capitais/CVM/2010) A empresa Atividade

Tributada S/A apurou, ao fim do exercício social, os seguintes componentes de resultados:

Receitas tributáveis 80.000,00

Despesas dedutíveis 58.200,00 Receitas Não Tributáveis 9.600,00

Despesas não dedutíveis 4.600,00 Contribuição Social sobre o lucro líquido 2.400,00

Imposto de Renda 15%

O saldo de prejuízos fiscais a compensar, conforme apuração na demonstração do lucro real de períodos anteriores e registrado no livro próprio, monta a R$

10.000,00.

Com base nas informações acima, calcule o imposto de renda a provisionar e

indique o seu valor.

a) R$ 3.360,00 b) R$ 3.270,00

c) R$ 2.541,00 d) R$ 2.289,00

e) R$ 1.770,00

Comentários

Receitas Tributáveis 80.000 Deduções 58.200

Base de Cálculo antes Compensação 21.800 Compensação = 30% da Base de Cálculo anterior 6.540

Base de Cálculo = 21.800 - 6.540 15.620

Imposto de Renda 15% 2.289

Gabarito D.

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3. (ESAF/Auditor Fiscal/ISS RJ/2010) A Empresa Comércio Local Ltda. executou transações com mercadorias e pessoal, das quais resultaram, na contabilidade,

os seguintes saldos:

Estoque inicial de mercadorias R$ 12.500,00 Compras de mercadorias R$ 32.000,00

Vendas de mercadorias R$ 37.000,00 Estoque final de mercadorias R$ 20.500,00

ICMS sobre Compras R$ 4.800,00 ICMS a Recolher R$ 750,00

ICMS sobre Vendas R$ 5.550,00 Salários e Ordenados R$ 8.000,00

Encargos Trabalhistas R$ 960,00 Contribuições a Recolher R$ 1.600,00

Computando estes dados para fins da apuração dos resultados, vamos encontrar um

a) Lucro bruto de R$ 17.050,00.

b) Lucro bruto de R$ 13.000,00. c) Lucro bruto de R$ 7.450,00.

d) Lucro líquido de R$ 3.290,00. e) Lucro líquido de R$ 2.440,00.

Comentários

Apuremos, inicialmente, o Custo da Mercadoria Vendida (CMV).

CMV = Estoque Inicial + Compras Líquidas – Estoque Final

CMV = 12.500 + 32.000 – 4.800 – 20.500 = R$ 19.200,00.

Por se tratar de compra para revenda, o ICMS é recuperável, ficando em conta

segregada do ativo circulante.

Montemos a demonstração do resultado do exercício (DRE).

Vendas de mercadorias R$ 37.000,00 (-) ICMS sobre Vendas (R$ 5.550,00)

Vendas Líquidas R$ 31.450,00 (-) Custo da mercadoria vendida (R$ 19.200,00)

Lucro bruto R$ 12.250,00 (-) Salários e Ordenados R$ 8.000,00

(-) Encargos Trabalhistas R$ 960,00 Lucro líquido R$ 3.290,00.

Gabarito D.

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4. (ESAF/Auditor Fiscal/ISS Natal/2008) A empresa Comercial de Frutas S/A, em março de 2008, realizou compras de mercadorias pelo preço de R$

10.000,00 e, no mesmo mês, vendeu metade dessa mercadoria comprada pelo preço de R$ 8.000,00.

Sobre essas operações houve a incidência de IPI de 6% e de ICMS de 10%.

Não houve incidência de PIS nem de COFINS.

Considerando, exclusivamente, essas informações, podemos dizer que a empresa auferiu lucro de

a) R$ 2.160,00.

b) R$ 2.200,00. c) R$ 2.400,00.

d) R$ 2.640,00.

e) R$ 3.000,00.

Comentários

Inicialmente, temos de calcular as compras realizadas pela empresa.

Como a empresa não é contribuinte do IPI, ele deverá integrar o preço de compra. Sendo um tributo por fora, ainda não está incluso nos R$ 10.000,00.

O ICMS, contudo, é recuperável, e deverá ser destacado do preço da compra.

Como se trata de compra para revenda, o imposto sobre mercadorias não incidirá sobre o IPI.

Fica assim:

Compra bruta 10.000,00 + IPI sobre compras (6%) 600,00

- ICMS a recuperar (10%) (1.000,00) Valor a ser incorporado no estoque 9.600,00

Como vendemos metade destas mercadorias, temos que o custo da mercadoria

vendida foi de R$ 4.800,00.

CMV R$ 4.800,00

Montemos, agora, a demonstração do resultado do exercício. A empresa não é contribuinte do IPI. Logo, não aparecerá na DRE o destaque deste imposto.

Receita bruta de vendas 8.000,00 (-) ICMS sobre vendas (800,00)

Receita líquida de vendas 7.200,00

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(-) Custo da mercadoria vendida (4.800,00)

Lucro bruto 2.400,00

Gabarito C.

5. (ESAF/AFRE/MG/2005) A listagem de saldos para elaboração dos balanços da

Companhia Gama S/A apresentou as contas patrimoniais e de resultado abaixo mencionadas. A eventual diferença aritmética existente decorre da conta

corrente de ICMS, cujo encerramento ainda não havia sido contabilizado.

Caixa R$ 28.000,00 Capital Social R$ 14.000,00

Compras de Mercadorias R$ 96.000,00

Contas a Receber R$ 39.200,00 COFINS R$ 152,00

Fornecedores R$ 32.000,00 ICMS sobre Vendas R$ 40.800,00

Impostos e Taxas R$ 1.840,00 Juros Ativos R$ 880,00

Mercadorias R$ 36.000,00 Móveis e Utensílios R$ 48.000,00

PIS sobre Faturamento R$ 168,00 Prêmio de Seguros R$ 2.880,00

Reserva Legal R$ 2.800,00 Salários e Encargos R$ 6.400,00

Salários e Encargos a Pagar R$ 960,00 Vendas de Mercadorias R$240.000,00

Veículos R$ 32.000,00

Observações:

1. O estoque atual de mercadorias está avaliado em R$ 1.600,00. 2. As compras e as vendas são tributadas à mesma alíquota de ICMS.

3. Após eventual destinação do lucro à Reserva Legal, o saldo remanescente do período será totalmente destinado a dividendos dos sócios, a serem pagos no

primeiro semestre do exercício subsequente à apuração.

As demonstrações contábeis elaboradas a partir das informações anteriormente citadas, certamente, vão evidenciar:

a) R$ 130.400,00 de Custo das Mercadorias Vendidas (CMV).

b) R$ 85.680,00 de Lucro Operacional Bruto. c) R$ 147.200,00 de Ativo total.

d) R$ 132.000,00 de Passivo Circulante.

e) R$ 20.528,00 de Patrimônio Líquido.

Comentários

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Começaremos por um pequeno detalhe dado pela questão: o cálculo do ICMS sobre compras.

Veja que a questão disse que o ICMS sobre COMPRAS é calculado a mesma

alíquota do ICMS sobre vendas. E como acharemos essa alíquota? Simples, basta sabermos o quanto o ICMS sobre vendas corresponde no total de vendas

(regra de três): 40.800/240.000, ou seja, 17% é a alíquota do ICMS.

Vamos agora fazer o cálculo do CMV.

CMV = Estoque Inicial + (Compras brutas - ICMS sobre compras) - Estoque Final

CMV = 36.000 + (96.000 - 17%.96.000)- 1.600 = 114.080

Continuando a resolução, achamos o resultado do exercício:

Receita bruta de vendas 240.000

(-) ICMS sobre vendas (40.800,00) (-)COFINS 152,00

(-)PIS 168 = Receita Bruta de Vendas 198.880

(-) CMV (114.080) = Lucro Bruto 84.800

- Impostos e taxas (1.840) - Prêmio de Seguros (2.880,00)

- Salários e Encargos (6.400,00) + Juros Ativos 880,00

= Lucro Líquido do Exercício 74.560

O enunciado frisou que após a reserva legal, todo o lucro do exercício será

destinado a dividendos a pagar. Ocorre que o saldo de reserva legal já foi atingido, atingindo o montante de 20% do Capital Social, configurando-se,

então, obrigação de não-fazer, de não constituir a Reserva Legal, devendo todo o lucro ser destinado a dividendos.

Lançamento:

D - Lucro Líquido do Exercício

C - Lucros Acumulados ----------------------- 74.560

Lançamento de destinação:

D - Lucros Acumulados C - Dividendos a pagar ------------------------ 74.560

Não podemos nos esquecer de apurar o ICMS:

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-> ICMS SOBRE VENDAS = 40.800 -> ICMS SOBRE COMPRAS = 16.320

SALDO ---> ICMS A RECOLHER = 24.480

BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO

ATIVO CIRCULANTE

Caixa R$ 28.000,00 Mercadorias R$ 1.600,00

Contas a Receber R$ 39.200,00

ATIVO NÃO CIRCULANTE

IMOBILIZADO

Veículos R$ 32.000,00 Móveis e Utensílios R$ 48.000,00

TOTAL DO ATIVO 148.800

PASSIVO

PASSIVO CIRCULANTE

Fornecedores R$ 32.000,00

Salários e Encargos a Pagar R$ 960,00 Icms a recolher R$ 24.480

Lucros acumulados R$ 74.560

TOTAL DO PC = 132.000

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital Social R$ 14.000,00 Reserva Legal R$ 2.800,00

TOTAL DO PL = 16.800

TOTAL DO PASSIVO 148.800

O gabarito da questão é a letra d!

Gabarito D.

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6. (ESAF/AFRF/2002.1) As contas abaixo representam um grupo de receitas e

despesas e, embora distribuídas aqui aleatoriamente, compõem a demonstração do resultado do exercício da empresa Boapermuta S/A.

Outras receitas R$ 2.000,00

Provisão para Contribuição Social 10% Juros Recebidos R$ 1.500,00

Depreciação R$ 700,00 Participação de Administradores 5%

Impostos e Taxas R$ 500,00 Propaganda e Publicidade R$ 1.800,00

Vendas Canceladas R$ 20.000,00 PIS/PASEP 1%

Despesas Bancárias R$ 800,00 Estoque Inicial R$ 30.000,00

Comissões sobre Vendas de Mercadorias R$ 3.000,00

Descontos Incondicionais Concedidos R$ 20.000,00 Estoque Final R$ 37.000,00

Descontos Condicionais Concedidos R$ 2.000,00 Participação de Partes Beneficiárias 5%

Juros Pagos R$ 500,00 Vendas de Mercadorias R$ 100.000,00

COFINS 2% Salários e Encargos R$ 3.000,00

Água e Energia R$ 200,00 Provisão para Imposto de Renda 15%

Compras de Mercadorias R$ 50.000,00 ICMS s/ Compras e Vendas 12%

Descontos Obtidos R$ 15.000,00

Ordenando-se as contas acima, adequadamente e em conformidade com as

regras de elaboração da Demonstração do Resultado do Exercício, vamos encontrar

a) Receita Líquida de Vendas de R$ 48.000,00.

b) Lucro Operacional Bruto de R$ 4.000,00. c) Lucro Operacional Líquido de R$ 15.000,00.

d) Lucro Líquido antes da Contribuição Social e do Imposto de Renda de R$ 20.000,00.

e) Lucro Líquido do Exercício de R$ 13.500,00.

Comentários

Montemos a DRE...

Vendas de Mercadorias R$ 100.000,00

(-) Vendas Canceladas (R$ 20.000,00)

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(-) Descontos Incondicionais Concedidos (R$ 20.000,00)

(-) PIS/PASEP 1%/COFINS 2%/ICMS sobre vendas 12% (R$ 9.000,00) Receita líquida de vendas R$ 51.000,00

(-) Custo da mercadoria vendida (R$ 37.000,00) Lucro bruto R$ 14.000,00

(-) Depreciação (R$ 700,00) (-) Impostos e Taxas (R$ 500,00)

(-) Comissões sobre Vendas de Mercadorias (R$ 3.000,00) (-) Juros Pagos (R$ 500,00)

(-) Propaganda e Publicidade (R$ 1.800,00) (-) Despesas Bancárias (R$ 800,00)

(-) Salários e Encargos (R$ 3.000,00) (-)Descontos Condicionais Concedidos (R$ 2.000,00)

(-) Água e Energia (R$ 200,00) + Juros Recebidos R$ 1.500,00

+ Descontos Obtidos R$ 15.000,00

Lucro operacional líquido R$ 18.000,00 + Outras receitas R$ 2.000,00

Lucro antes do IR e CSLL R$ 20.000,00 (-) Contribuição Social 10% (R$ 2.000,00)

(-) Imposto de Renda 15% (R$ 3.000,00) Lucro após o IR e CSLL R$ 15.000,00

(-) Participação de Administradores 5% (R$ 750,00) (-) Participação de Partes Beneficiárias 5% (R$ 712,50)

Lucro líquido do exercício R$ 15.337,50

Cálculo do CMV:

Estoque Inicial R$ 30.000,00

Compras de Mercadorias R$ 50.000,00

(-) ICMS sobre compras: (R$ 6.000,00) Compras líquidas R$ 44.000,00

Estoque Final (R$ 37.000,00) Custo da mercadoria vendida R$ 37.000,00

Gabarito D.

7. (ESAF/ACE/MDIC/2002) A empresa Três Ramos de Trevo realizou apenas duas vendas em agosto. Uma de 300 unidades, no dia 15; e outra de 480

unidades, no dia 25. O valor apurado foi o mesmo em cada operação, sendo a primeira a prazo e a segunda a vista. O valor total cobrado foi de R$ 5.280,00,

correspondente ao preço de venda com incidência de ICMS de 17% e de IPI de

10%.

Exclusivamente com base nas informações acima, podemos dizer que o preço

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unitário de venda alcançado na operação do dia

a) 25 de agosto foi de R$ 5,00.

b) 25 de agosto foi de R$ 5,50. c) 15 de agosto foi de R$ 6,64.

d) 15 de agosto foi de R$ 7,92. e) 15 de agosto foi de R$ 8,80.

Comentários

Vejam que o preço total cobrado foi de R$ 5.280 no total, ou seja, em cada

venda houve a cobrança de R$ 2.640.

Dentro dos 2640 já está incluso tanto o ICMS quanto o IPI.

Temos, portanto, o seguinte: Sobre a Receita Bruta de Vendas há incidência do

IPI. Devemos somá-lo, pois o IPI é cobrado por fora. O ICMS sabemos que é cobrado por dentro.

Temos, portanto, a seguinte situação:

Preço de Venda + IPI = 2.640

Nomeando Preço de venda de X, teremos:

X + 10%x = 2.640

1,1X = 2.640 X = 2.400

Este é o valor da Receita Bruta de Vendas de cada uma das vendas. Como no

dia 15 vendemos 300 unidades, temos que o preço unitário de venda é:

2.400/300 = R$ 8. Como no dia 25 vendemos 480 unidades, temos que o preço unitário de venda é 2400/480 = R$ 5.

Logo, o gabarito da questão é a letra A.

Nessa questão não se pode tirar 10% de 2640 sob pena de se errar a base

cálculo do IPI.

Tenham em mente também este é o esquema da DRE

= Faturamento bruto (-)IPI

= Receita Bruta de Vendas (-) ICMS

= Receita Líquida de Vendas

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Gabarito A.

8. (ESAF/AFRF/2002.2) A Mercearia Mercados S/A calculou custos e lucros em agosto de 2001, com fulcro nas seguintes informações:

O custo das vendas foi calculado com base em estoques iniciais ao custo total

de R$ 120.000,00, compras, a vista e a prazo, ao preço total de R$ 260.000,00 e vendas, a vista e a prazo, no valor de R$ 300.000,00, restando em estoque

para balanço o valor de R$ 150.000,00. A tributação ocorreu de modo regular, com ICMS à alíquota de 17%, PIS/faturamento a 1% e COFINS a 3%.

Após a contabilização dos fatos narrados, a elaboração da Demonstração do

Resultado do Exercício vai evidenciar o lucro bruto de

a) R$ 50.880,00

b) R$ 51.200,00 c) R$ 61.280,00

d) R$ 71.280,00 e) R$ 71.600,00

Comentários

Receita bruta de vendas R$ 300.000,00

(-) ICMS sobre vendas (17%) (R$ 51.000,00) (-) PIS/COFINS (4%) (R$ 12.000,00)

Receita líquida de vendas R$ 237.000,00 (-) CMV (R$ 185.800,00)

Lucro bruto R$ 51.200,00

Cálculo do CMV:

Estoque inicial R$ 120.000,00

Compras brutas R$ 260.000,00 (-) ICMS sobre compras (R$ 44.200,00)

Compras líquidas R$ 215.800,00 (-) Estoque final (R$ 150.000,00)

Custo da mercadoria vendida R$ 185.800,00

Gabarito B.

9. (ESAF/AFRF/2002.2) A empresa de Pedras & Pedrarias S/A. demonstrou no exercício de 2001 os valores como seguem:

Lucro bruto R$ 90.000,00

Lucro operacional R$ 70.000,00

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Receitas operacionais R$ 7.500,00

Despesas operacionais R$ 27.500,00 Participação de Administradores R$ 2.500,00

Participação de Debenturistas R$ 3.500,00 Participação de Empregados R$ 3.000,00

A tributação do lucro dessa empresa deverá ocorrer à alíquota de 30% para

Imposto de Renda e Contribuição Social sobre Lucro Líquido, conjuntamente. Assim, se forem calculados corretamente o IR e a CSLL, certamente o valor

destinado, no exercício, à constituição da reserva legal deverá ser de

a) R$ 2.000,00 b) R$ 2.070,00

c) R$ 2.090,00 d) R$ 2.097,50

e) R$ 2.135,00

Comentários

Lucro bruto R$ 90.000,00

(-) Despesas operacionais R$ 27.500,00 + Receitas operacionais R$ 7.500,00

Lucro operacional R$ 70.000,00 (-) IR/CSLL (R$ 19.050,00)

Lucro antes das participações R$ 50.950,00 (-) Participações

Debenturistas (R$ 3.500,00) Empregados (R$ 3.000,00)

Administradores (R$ 2.500,00) Lucro líquido do exercício R$ 41.950,00

Base de cálculo do IR e CSLL: R$ 70.000 – R$ 3.500 – R$ 3.000 = R$ 63.500,00.

IR e CSLL = 30% x 63.500,00 = R$ 19.050,00.

Do LLEx, 5% será destinado à reserva legal.

5% x 41.950,00 = R$ 2.097,50.

Gabarito D.

10. (ESAF/AFRF/2003) A firma Rinho Ltda. apresenta as seguintes rubricas

vinculadas ao resultado do exercício:

COFINS R$ 180,00

Custo da Mercadoria Vendida R$ 2.800,00

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Despesas Financeiras R$ 600,00

ICMS s/ Vendas R$ 720,00 PIS s/ Faturamento R$ 60,00

Receita Operacional Bruta R$ 6.000,00 Salários e Ordenados R$ 1.000,00

Com base nos dados apresentados, pode-se dizer que a empresa apresenta:

a) Receita Líquida de Vendas R$ 5.280,00

b) Receita Líquida de Vendas R$ 2.240,00 c) Lucro Operacional Bruto R$ 5.040,00

d) Lucro Operacional Líquido R$ 2.240,00 e) Lucro Operacional Líquido R$ 640,00

Comentários

Receita Operacional Bruta R$ 6.000,00 (-) ICMS s/ Vendas (R$ 720,00)

(-) PIS s/ Faturamento (R$ 60,00) (-) COFINS (R$ 180,00)

Receita Líquida de Vendas R$ 5.040,00 (-) Custo da Mercadoria Vendida (R$ 2.800,00)

Lucro Operacional Bruto R$ 2.240,00 (-) Despesas Financeiras (R$ 600,00)

(-) Salários e Ordenados (R$ 1.000,00) Lucro Operacional Líquido R$ 640,00

Gabarito E.

11. (ESAF/AFRF/2003) Observemos os seguintes fatos administrativos: aluguel

de R$ 200,00 mensais que foi contratado em 30 de agosto de 2002, mas foi pago apenas até 30 de novembro do mesmo ano; compra de mercadorias por

R$ 4.000,00, tendo sido vendido no mesmo ano 40% do volume adquirido, com lucro de 15%; salário de dezembro de R$ 500,00 com INSS de 11% dos

empregados e 20% dos empregadores e FGTS de 8%.

Considerando o registro contábil correto desses eventos, podemos dizer que eles reduziram o lucro do ano de 2002 no valor de

a) R$ 1.000,00

b) R$ 1.200,00 c) R$ 1.255,00

d) R$ 1.440,00

e) R$ 1.680,00

Comentários

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A despesa de aluguel incorrerá em todos os meses, independentemente do pagamento. Logo, teremos despesas de aluguel no valor R$ 200 x 4 meses

(setembro a dezembro) = R$ 800,00 de diminuição no lucro.

Já as mercadorias foram adquiridas por R$ 4.000,00, sendo que R$ 1.600,00 foram vendidas, com lucro de 15% sobre o preço de custo = R$ 240,00 de

aumento no lucro.

Por fim, as despesas de salários incluem os encargos dos trabalhadores. Todavia, os encargos patronais devem ser somados.

Salário = 500 + 20% x 500,00 (INSS patronal) + 8% x 500,00 (FGTS) = R$

640,00 de diminuição no lucro.

Assim, podemos afirmar que a variação no lucro foi de:

- 800 + 240 – 640 = R$ 1.200,00 (variação negativa).

Gabarito B.

12. (ESAF/AFRF/2003) As contas que computam os eventos de estoque, compras e vendas, tiveram o seguinte comportamento em setembro:

Vendas R$ 100.000,00

Compras R$ 60.000,00 ICMS sobre vendas R$ 12.000,00

ICMS sobre compras R$ 7.200,00

ICMS a Recolher R$ 4.800,00 Fretes sobre Compras R$ 5.000,00

Fretes sobre Vendas R$ 7.000,00 Estoque Inicial R$ 30.000,00

Estoque Final R$ 40.000,00

Com base nos valores dados no exemplo, o lucro bruto alcançou o valor de

a) R$ 45.200,00 b) R$ 47.400,00

c) R$ 52.400,00 d) R$ 40.200,00

e) R$ 33.200,00

Comentários

Vendas R$ 100.000,00

(-) ICMS sobre vendas (R$ 12.000,00)

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Receita líquida de vendas R$ 88.000,00

(-) CMV (R$ 47.800,00) Lucro operacional bruto R$ 40.200,00

Estoque Inicial R$ 30.000,00

Compras R$ 60.000,00 (-) ICMS sobre compras (R$ 7.200,00)

+ Fretes sobre Compras R$ 5.000,00 (-) Estoque Final (R$ 40.000,00)

Custo da mercadoria vendida R$ 47.800,00

Gabarito D.

13. (ESAF/AFTE/RN/2004/2005) A Cia. Souto e Salto tinha prejuízos acumulados de R$ 40.000,00, mas durante o exercício social apurou lucro.

Desse lucro, após destinar R$ 80.000,00 para imposto de renda e CSLL, a empresa distribuiu 10% em participação de debenturistas, no valor de R$

4.000,00, 10% em participação de administradores, no valor de R$ 3.240,00 e 10% em participação de empregados.

De acordo com as informações acima e com as normas em vigor, podemos

dizer que a Cia. Souto e Salto, no final da Demonstração de Resultado do Exercício, vai indicar o lucro líquido do exercício no valor de

a) R$ 29.160,00.

b) R$ 29.520,00. c) R$ 68.760,00.

d) R$ 69.160,00.

e) R$ 69.520,00.

Comentários

Lucro antes da apuração do IR X (-) IR/CSLL (80.000,00)

Lucro após o IR/CSLL X – 80.000,00

Sabe-se que a base de cálculo para o cômputo das participações é composto pelo lucro após o IR/CSLL subtraído, se houver, dos prejuízos acumulados de

exercícios anteriores. Neste exercício, a questão disse que havia prejuízos no montante de R$ 40.000,00.

O que temos, portanto, é o seguinte:

X – 80.000 – 40.000 = Base de cálculo inicial das participações.

A questão informou também que a participação dos debenturistas (que é a

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primeira) monta a R$ 4.000,00 equivalendo a 10% da BC inicial. Temos assim:

X – 80.000 – 40.000 = 40.000

X – 120.000 = 40.000 X = 160.000.

Este é o nosso LAIR.

Achemos agora todas as participações.

Debenturista 4.000,00

Empregados (10% x [40.000,00 – 4.000,00]) 3.600,00 Administradores 3.240,00

Voltando à DRE:

Lucro antes da apuração do IR 160.000,00 (-) IR/CSLL (80.000,00)

Lucro após o IR/CSLL 80.000,00 (-) Participações

Debenturista (4.000,00) Empregados (3.600,00)

Administradores (3.240,00) Lucro líquido do exercício 69.160,00

Gabarito D.

14. (ESAF/AFTM/Recife/2003) A empresa “Y” Ltda., no encerramento do exercício de 2002, obteve as seguintes informações:

Valores em R$

Capital Social 50.000,00

Financiamentos 30.000,00 Lucro Antes do Imposto de Renda 100.000,00

Prejuízos Acumulados 20.000,00 Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

25.000,00

Estatutariamente, as participações no resultado são:

a) empregados 10%;

b) administradores 10%.

Indique a opção que contém os valores corretos das participações dos

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Empregados e Administradores e do Lucro Líquido do Exercício.

Empregados Administradores Lucro Líquido do Exercício a) R$ 10.000,00 R$ 10.000,00 R$ 55.000,00

b) R$ 7.500,00 R$ 7.500,00 R$ 60.000,00 c) R$ 7.500,00 R$ 6.750,00 R$ 60.750,00

d) R$ 5.500,00 R$ 5.500,00 R$ 64.000,00 e) R$ 5.500,00 R$ 4.950,00 R$ 64.550,00

Comentários

Lucro antes do IR 100.000,00

(-) PIR (25.000,00) LAPIR 75.000,00

Participações (-) Empregados (10%x75.000-20.000) (5.500,00)

(-) Administradores (10%x55.000-5.500) (4.950,00)

Lucro líquido do exercício 64.550,00

Gabarito E.

15. (ESAF/AFC/CGU/2004) A Cia. de Comércio Zão apresenta a relação de contas abaixo, com respectivos saldos, para organizar o balancete, balanço e

resultado.

C o n t a s saldos em R$

Ações de Coligadas 800

Amortização Acumulada 60 Aluguéis Passivos 250

Caixa 100 Clientes 180

Capital Social 2.500 Capital a Realizar 350

Custo das Mercadorias Vendidas 900 Duplicatas a Receber 400

Duplicatas Descontadas 220 Duplicatas a Pagar 290

Depreciação Acumulada 110 Despesa de Comissões 200

Fornecedores 400 Impostos a Recolher 40

ICMS sobre Vendas 340

Impostos e Taxas 180 Juros Ativos 230

Lucros Acumulados 33

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Mercadorias 300

Móveis e Utensílios 1.000 Marcas e Patentes 250

Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa 17

Provisão para FGTS 120 Reservas de Lucros 320

Receitas de Vendas 1.980 Receitas Financeiras 150

Salários a Pagar 200 Salários e Ordenados 300

Veículos 1.120

Com base nos saldos da relação acima, a empresa elaborou a DRE. Do lucro líquido apurado no exercício, a empresa destinou apenas R$ 57,00 para o

imposto de renda e R$ 7,00 para a constituição da reserva legal. Nesta

hipótese, a última linha de valor da DRE será Lucro Líquido do Exercício de

a) R$ 190,00 b) R$ 133,00

c) R$ 126,00 d) R$ 116,00

e) R$ 109,00

Comentários

Receitas de Vendas 1.980 (-) ICMS sobre vendas (340)

Receita líquida 1640 (-) CMV (900)

Lucro bruto 740

(-) Aluguéis Passivos (250) (-) Despesa de Comissões (200)

(-) Impostos e Taxas (180)

(-) Salários e Ordenados (300)

Juros Ativos 230

Receitas Financeiras 150

LAIR 190 (-) PIR 57

LLEx 133

Gabarito B.

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16. (ESAF/Gestor Fazendário/MG/2005) Em 31 de dezembro, antes dos ajustes

para fechamento da conta corrente do ICMS, a empresa Comercial Beta S/A levantou os seguintes saldos, apresentados em ordem alfabética:

Caixa R$ 9.600,00

Capital Social R$ 30.000,00 Clientes R$ 14.700,00

COFINS R$ 57,00 Compras de Mercadorias R$ 36.000,00

Fornecedores R$ 12.000,00 ICMS sobre Vendas R$ 10.200,00

Impostos e Taxas R$ 690,00 Juros Ativos R$ 330,00

Mercadorias R$ 13.500,00 Móveis e Utensílios R$ 9.000,00

PIS sobre Faturamento R$ 63,00

Prêmio de Seguros R$ 1.080,00 Reserva Legal R$ 300,00

Salários e Encargos R$ 2.400,00 Salários e Encargos a Pagar R$ 360,00

Veículos R$ 12.000,00 Vendas de Mercadorias R$ 60.000,00

Observações:

- Ao fim do período, a empresa apresentou estoque de mercadorias avaliado em

R$ 6.000,00. - O imposto sobre circulação de mercadorias e serviços incide à mesma alíquota

sobre as compras e sobre as vendas. - No período não houve outras implicações tributárias nem distribuição de

resultados.

Após contabilizar o ajuste do ICMS, as demonstrações contábeis apresentarão:

(a) R$ 12.300,00 de lucro líquido do exercício.

(b) R$ 22.500,00 de lucro operacional bruto. (c) R$ 37.380,00 de custo da mercadoria vendida.

(d) R$ 43.500,00 de custo da mercadoria vendida. (e) R$ 49.680,00 de lucro operacional bruto.

Comentários

Vendas de Mercadorias R$ 60.000,00

(-) PIS sobre Faturamento (R$ 63,00) (-) COFINS (R$ 57,00)

(-) ICMS sobre vendas (R$ 10.200,00)

Vendas Líquidas 49.680,00

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(-) CMV (37.380,00)

Lucro operacional bruto 12.300,00 (-) Impostos e Taxas (R$ 690,00)

(-) Prêmio de Seguros (R$ 1.080,00) (-) Salários e Encargos (R$ 2.400,00)

+ Juros Ativos R$ 330,00 Lucro líquido R$ 8.460,00

Alíquota do ICMS sobre compras = alíquota do ICMS sobre venda.

Alíquota do ICMS sobre venda = 10.200/60.000 = 17%

Logo,

17% x 36.000 = 6.120 (ICMS sobre compras)

CMV = EI + COMPRAS LÍQUIDAS – EF

CMV = 13.500 + (36.000 – 6.120) – 6.000 CMV = 37.380,00.

Gabarito C

17. (ESAF/Analista de Finanças e Controle/STN/2002) A empresa Nove Adm S/A, ao encerrar o exercício social, apurou o Lucro Líquido antes do Imposto de

Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido no valor de R$ 20.000,00.

Em seguida, calculou: a Provisão de 30% para o Imposto de Renda, encontrando R$ 6.000,00; e a participação de empregados no lucro,

encontrando R$ 1.200,00.

Calculou, ainda, sobre a base correta, a participação de Administradores e a

Contribuição Social sobre o Lucro, ambas à taxa de 10%.

Feitos estes cálculos, segundo a Lei nº 6.404/76, o lucro líquido do exercício a ser indicado na linha final da Demonstração do Resultado do Exercício será de:

a) R$ 9.720,00

b) R$ 10.240,00 c) R$ 10.260,00

d) R$ 10.320,00 e) R$ 10.368,00

Comentários

Vejam que a questão pede o cálculo segundo a Lei 6.404. Portanto, teremos:

Lucro antes do IR/CSLL 20.000,00.

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(-) CSLL (10%) (2.000,00).

(-) IR (30%) (6.000,00). Lucro após IR/CSLL e antes das participações 12.000,00.

(-) Participações Empregados (1.200,00)

Administradores (10% x [12.000 – 1.200]) (1.080,00) Lucro líquido do exercício 9.720,00

Gabarito A.

18. (ESAF/Analista de Finanças e Controle/STN/2002) A Empresa Três Por Cinco S/A relacionou as seguintes contas e respectivos saldos para elaboração de

balanços:

Contas Saldos

Bancos c/Cheque Especial (-) R$ 2.000,00

Mercadorias/Estoque Inicial R$ 5.000,00 Receitas de Vendas R$ 12.000,00

Salários e Ordenados R$ 800,00 Comissões Passivas R$ 500,00

Compras de Mercadorias R$ 8.000,00 Duplicatas a Receber R$ 6.000,00

Juros Ativos R$ 900,00 Capital Social R$ 6.400,00

ICMS a Recuperar R$ 1.200,00 ICMS Sobre Vendas R$ 1.800,00

Máquinas e Equipamentos R$ 5.800,00

Prejuízos Acumulados R$ 200,00 Duplicatas a Pagar R$ 7.000,00

Duplicatas Descontadas R$ 3.000,00 Seguros a Vencer R$ 400,00

Contas a Receber R$ 1.600,00

Ao fim do período a empresa promoveu o inventário de mercadorias comprovando a existência de 1.700 unidades avaliadas ao custo médio unitário

de R$ 4,00.

Com base nas informações acima, quando for elaborada a Demonstração do Resultado do Exercício vamos encontrar:

a) Lucro Líquido de R$ 2.800,00

b) Lucro Líquido de R$ 3.200,00

c) Lucro Líquido de R$ 3.400,00 d) Lucro Bruto de R$ 4.000,00

e) Lucro Bruto de R$ 5.200,00

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Comentários

Receitas de Vendas R$ 12.000,00 (-) ICMS Sobre Vendas (R$ 1.800,00)

Receita Líquida R$ 10.200,00 (-) Custo da mercadoria vendida (R$ 6.200,00)

Lucro bruto R$ 4.000,00 Juros ativos R$ 900,00

(-) Salários e Ordenados (R$ 800,00) (-) Comissões Passivas (R$ 500,00)

Lucro líquido R$ 3.600,00

Apuração do Custo da Mercadoria Vendida

Mercadorias/Estoque Inicial R$ 5.000,00

+ Compras de Mercadorias R$ 8.000,00 (-) Estoque final (1.700 x R$ 4,00) (R$ 6.800,00)

Custo da mercadoria vendida R$ 6.200,00

Não se pode afirmar que o ICMS a recuperar apresentado à questão representa o ICMS incidente sobre as compras efetuadas.

Gabarito D.

19. (ESAF/Analista de Finanças e Controle/STN/2002) A empresa Manufatura Comercial Oito Bisc S/A, tendo iniciado o período com estoque avaliado em R$

50.000,00, em 31 de dezembro apresenta os seguintes dados:

Faturamento bruto recebido com vendas no valor de R$ 162.000,00, com

incidência de IPI a 8% e ICMS a 17%.

Desse faturamento foram cancelados R$ 21.600,00 em vendas, cujo valor foi devolvido aos clientes.

O custo total das vendas foi de R$ 75.000,00.

Não houve incidência de PIS/COFINS.

Na elaboração da Demonstração do Resultado do Exercício, com base nas

informações acima, vamos encontrar:

a) Receita Bruta de Vendas de R$ 149.040,00

b) Receita Bruta de Vendas de R$ 107.900,00 c) Receita Bruta de Vendas de R$ 130.000,00

d) Receita Líquida de Vendas de R$ 108.324,00

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e) Lucro Líquido nas Vendas de R$ 35.500,00

Comentários

Faturamento bruto 162.000 – 21.600

(-) IPI (8%) 8% x Z Receita bruta Z

Sabe-se que o faturamento bruto corresponde a Receita bruta + IPI.

Logo,

162.000 – 21.600 = Z + 0,08 Z

140.400 = 1,08Z Z = 140.400/1.08 = 130.000,00.

Faturamento bruto 140.400 (-) IPI (8%) (10.400)

Receita bruta 130.000 (-) CMV (75.000)

Lucro bruto 65.000.

Gabarito C.

20. (ESAF/Analista de Finanças e Controle/STN/2002) Observando a relação de contas abaixo, verificamos que contém todas as contas e saldos respectivos que

importam ao resultado do exercício na empresa Comércio Comercial Ltda.

Contas saldos

Aluguéis Passivos 300,00

COFINS 400,00 Compras do Período 9.000,00

Despesas Financeiras 160,00 Despesas Gerais 180,00

Devolução de Vendas 200,00 Encargos de Previdência 200,00

FGTS 260,00 Ganhos de Capital 700,00

ICMS sobre Compras 1.200,00 ICMS sobre Vendas 1.700,00

Mercadorias 2.000,00

PIS sobre Faturamento 100,00 Provisão para Imposto de Renda 600,00

Receita Bruta de Vendas 10.000,00

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Receitas de Aplicação Financeira 400,00

Salários e Ordenados 400,00

Ao elaborarmos a demonstração de resultado do exercício, considerando a existência de um estoque final de mercadorias no valor de R$ 5.000,00, com

certeza vamos constatar que a receita líquida e o lucro bruto desta empresa alcançaram, respectivamente, os valores de

a) R$ 7.600,00 e R$ 2.600,00

b) R$ 7.600,00 e R$ 2.800,00 c) R$ 8.100,00 e R$ 2.500,00

d) R$ 8.100,00 e R$ 2.800,00 e) R$ 8.800,00 e R$ 2. 800,00

Comentários

Receita Bruta de Vendas 10.000,00 (-) COFINS (400,00)

(-) Devolução de Vendas (200,00) (-) ICMS sobre Vendas (1.700,00)

(-) PIS sobre Faturamento (100,00) Receita líquida 7.600,00

(-) Custo da mercadoria vendida (4.800,00) Lucro bruto com mercadorias 2.800,00

Apuração do Custo da Mercadoria Vendida:

Estoque inicial de Mercadorias 2.000,00

Compras do Período 9.000,00 (-) ICMS sobre Compras (1.200,00)

(-) Estoque final de Mercadorias (5.000,00)

Custo da mercadoria vendida 4.800,00

Gabarito B.

21. (ESAF/Analista de Finanças e Controle/STN/2008) A empresa Negócios de

Comércio S.A., em 31 de dezembro de 2007, entre outras contas, apresentou para balanço os seguintes dados:

Vendas deste exercício R$120.000,00

Compras deste exercício R$100.000,00 Compras do ano passado R$ 30.000,00

Frete pago sobre as compras R$ 8.000,00

Frete pago sobre as vendas R$ 6.000,00 Impostos apurados no exercício:

IPVA R$ 1.200,00

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Imposto de Renda R$ 1.500,00

IPTU R$ 2.000,00 IPI sobre as compras R$ 5.000,00

ICMS sobre as compras R$ 12.000,00 ICMS sobre as vendas R$ 14.000,00

Estoque final de mercadorias R$ 40.000,00

Com base nas informações fornecidas acima, podemos calcular um lucro operacional bruto no valor de

a) R$ 25.000,00.

b) R$ 23.000,00. c) R$ 21.000,00.

d) R$ 20.000,00. e) R$ 15.000,00.

Comentários

Vendas deste exercício R$120.000,00 (-) ICMS sobre as vendas (R$ 14.000,00)

Receita Líquida R$ 106.000,00 (-) Custo da mercadoria vendida (R$ 91.000,00)

Lucro bruto com mercadorias R$ 15.000,00

Estoque inicial 30.000,00 Compras deste exercício 100.000,00

Frente sobre compras 8.000,00 IPI sobre compras 5.000,00

(-) ICMS sobre compras (12.000,00) (-) Estoque final (40.000,00)

Custo da mercadoria vendida 91.000,00

Como a empresa não é industrial ou equiparada a industrial não é contribuinte

do IPI, devendo este tributo ser somado ao valor da compra.

O IPVA, IR, IPTU são deduzidos após a apuração do lucro bruto.

Como a empresa é contribuinte do ICMS, poderá recuperar o valor pago na compra com o total do imposto pago na venda (princípio da não

cumulatividade).

Gabarito E.

22. (ESAF/Gestor Fazendário/MG/2005) As demonstrações financeiras da Cia. Alvorada Comercial foram elaboradas, em 31 de dezembro, com base nas

contas e saldos abaixo:

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Caixa e Bancos R$ 800,00 Mercadorias R$ 2.480,00

Clientes R$ 1.600,00 Móveis e Máquinas R$ 8.000,00

Depreciação Acumulada R$ 720,00 Títulos a Receber a LP R$ 800,00

Fornecedores R$ 4.600,00 Contas a Pagar R$ 1.000,00

Empréstimos a Longo Prazo R$ 1.720,00 Capital Social R$ 5.600,00

Lucros Acumulados R$ 400,00 Vendas de Mercadorias R$ 20.480,00

Compras de Mercadorias R$ 12.640,00 Despesas Administrativas R$ 5.480,00

Despesas Financeiras R$ 2.000,00

Encargos de Depreciação R$ 720,00

Considerando-se que o estoque final de mercadorias foi avaliado em R$ 3.120,00 e que não há implicações de ordem fiscal e tributária, nem qualquer

distribuição de lucros, podemos afirmar que as Demonstrações Financeiras evidenciarão

a) R$ 33.800,00 de saldos devedores.

b) R$ 12.960,00 de Ativo total. c) R$ 7.200,00 de Lucro Operacional Bruto.

d) R$ 6.000,00 de Patrimônio Líquido. e) R$ 280,00 de Lucro Líquido do período.

Comentários

Saldos devedores:

Caixa e Bancos R$ 800,00 Mercadorias R$ 3.120,00

Clientes R$ 1.600,00 Móveis e Máquinas R$ 8.000,00

Títulos a Receber a LP R$ 800,00 Despesas Administrativas R$ 5.480,00

Despesas Financeiras R$ 2.000,00 Encargos de Depreciação R$ 720,00

Total R$ 22.520,00.

ATIVO

Caixa e Bancos R$ 800,00

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Mercadorias R$ 3.120,00

Clientes R$ 1.600,00 Móveis e Máquinas R$ 8.000,00

(-) Depreciação Acumulada (R$ 720,00) Títulos a Receber a LP R$ 800,00

Total R$ 13.600,00

PASSIVO

Fornecedores R$ 4.600,00 Contas a Pagar R$ 1.000,00

Empréstimos a Longo Prazo R$ 1.720,00 Total R$ 7.320,00

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital Social R$ 5.600,00 Lucros Acumulados R$ 680,00

Total R$ 6.280,00

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

Vendas de Mercadorias R$ 20.480,00 (-) CMV (2.480+12.640-3120) (R$ 12.000,00)

Lucro bruto R$ 8.480,00 (-) Despesas Administrativas (R$ 5.480,00)

(-) Despesas Financeiras (R$ 2.000,00) (-) Encargos de Depreciação (R$ 720,00)

Lucro líquido do exercício R$ 280,00

Gabarito E.

23. (ESAF/Gestor Fazendário/MG/2005/Adaptada) Ao encerrar o exercício, em 31 de dezembro de 2004, a empresa Amanhecer Boreal S/A dispunha dos

seguintes saldos:

Caixa R$ 3.000,00 Capital Social R$ 20.000,00

Clientes R$ 8.000,00 Compras de Mercadorias R$ 10.000,00

Condução e Transporte R$ 600,00 Despesas de aluguel R$ 600,00

Fornecedores R$ 6.000,00

Imóveis R$ 4.000,00 Juros Passivos R$ 800,00

Lanches e Refeições R$ 400,00

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Lucros Acumulados R$ 2.800,00

Máquinas e Equipamentos R$ 12.000,00 Mercadorias R$ 4.000,00

Receitas Diversas R$ 800,00 Salários e Ordenados R$ 200,00

Vendas de Mercadorias R$ 14.000,00

Observações:

1. O estoque final de mercadorias foi avaliado em R$ 3.000,00. 2. O salário de dezembro de 2004, no valor de R$ 200,00, será pago somente

em janeiro de 2005. 3. Dos aluguéis pagos em 2004, R$ 400,00 referem-se a despesas de janeiro de

2005.

Considerando que a movimentação de mercadorias está inteiramente isenta de

tributação, mas que a Companhia tributa seus lucros com imposto de renda de 25% e contabiliza 5% do lucro para constituição de reserva legal, nos termos

legais e regulamentares, podemos dizer que o lucro líquido do período foi de

a) R$1.400,00. b) R$1.330,00.

c) R$1.050,00. d) R$ 997,50.

e) R$ 980,00.

Comentários

Cálculo do CMV:

Compras de Mercadorias R$ 10.000,00

Mercadorias R$ 4.000,00 Estoque final (R$ 3.000,00)

Custo da mercadoria vendida R$ 11.000,00

Vendas de Mercadorias R$ 14.000,00

Custo da mercadoria vendida (R$ 11.000,00) Lucro bruto R$ 3.000,00

Condução e Transporte (R$ 600,00) Despesas de aluguel (R$ 200,00)

Lanches e Refeições (R$ 400,00) Juros Passivos (R$ 800,00)

Receitas Diversas R$ 800,00 Salários e Ordenados (R$ 400,00)

Lucro operacional líquido R$ 1.400,00

(-) IR (R$ 350,00)

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Lucro líquido do exercício R$ 1.050,00.

Os salários e ordenados são de R$ 400,00, já que devemos somar R$ 200,00 de

dezembro.

O aluguel, embora esteja com o nome de despesas de aluguel, possui uma parte que se trata, em verdade, de adiantamento. Assim, deve constar da DRE

somente o valor de R$ 200,00, que é a despesa de 2004.

Gabarito C.

24. (ESAF/Auditor Fiscal/ICMS/MG/2005) O balancete de verificação da Cia.

Beta, em 31-12-X4, era composto pelos saldos das seguintes contas:

Caixa R$ 1.500,00 Máquinas e Equipamentos R$ 6.000,00

Vendas de Mercadorias R$ 7.000,00 Mercadorias R$ 2.000,00

Receitas Diversas R$ 400,00 Compras de Mercadorias R$ 5.000,00

Clientes R$ 4.000,00 Fornecedores R$ 3.000,00

Salários e Ordenados R$ 1.100,00 Despesas de aluguel R$ 300,00

Lanches e Refeições R$ 200,00 Capital Social R$10.000,00

Condução e Transporte R$ 300,00

Lucros Acumulados R$ 1.400,00 Juros Passivos R$ 1.400,00

Observações:

1. O estoque final de mercadorias foi avaliado em R$ 1.500,00.

2. O salário de dezembro de X4, no valor de R$ 100,00, será pago somente em

janeiro de X5.

3. Dos aluguéis pagos em X4, R$ 200,00 referem-se a despesas de janeiro de X5.

A Companhia mandou elaborar suas demonstrações financeiras sem considerar

quaisquer implicações de natureza fiscal ou tributária. Todavia, se

considerarmos que as mercadorias foram tributadas com ICMS de 10%, tanto nas entradas como nas saídas, vamos constatar que o resultado líquido do

período terá sido

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a) aumentado em R$ 500,00 e diminuído em R$ 700,00. b) aumentado em R$ 650,00 e diminuído em R$ 700,00.

c) aumentado em R$ 700,00 e diminuído em R$ 500,00. d) aumentado em R$ 700,00 e diminuído em R$ 650,00.

e) aumentado em R$ 700,00 e diminuído em R$ 700,00.

Comentários

Vendas de Mercadorias R$ 7.000,00 (-) CMV (2.000+5.000-1.500) (R$ 5.500,00)

Lucro bruto R$ 1.500,00

Só precisaríamos calcular até aqui, porquanto a contabilização do ICMS nas compras e venda afetará a receita bruta de venda e o cálculo do custo da

mercadoria vendida. Vamos lá.

Cálculo do CMV com ICMS na compra:

Mercadorias R$ 2.000,00

Compras de Mercadorias R$ 5.000,00 - ICMS sobre compras (R$ 500,00)

- Estoque final (R$ 1.500,00) Custo da mercadoria vendida R$ 5.000,00

Portanto, o CMV que era de R$ 5.500,00 passou para R$ 5.000,00. Houve,

portanto, aumento do resultado do exercício neste valor.

Agora, computando o ICMS sobre venda, temos:

Receita de vendas R$ 7.000,00

(-) ICMS sobre vendas (R$ 700,00) Receita líquida R$ 6.300,00.

Logo, houve diminuição de R$ 700,00 no resultado do período.

Portanto, o gabarito é a letra a.

Fazendo a DRE completa com a tributação, temos:

Vendas de Mercadorias R$ 7.000,00

(-) ICMS sobre vendas (R$ 700,00) (-) CMV (2.000+5.000-1.500) (R$ 5.000,00)

Lucro bruto R$ 1.300,00

Gabarito A.

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25. (ESAF/APO/MPOG/2010/Adaptada) Durante o ano de 2009, a empresa Rondápolis contabilizou os seguintes resultados:

Compras de Mercadorias R$ 600,00

Vendas de Mercadorias R$ 970,00 Outras receitas R$ 17,00

Outras despesas R$ 60,00 Reservas de Lucros R$ 20,00

Participação nos Lucros R$ 15,00 Imposto de Renda R$ 30,00

ICMS sobre as Vendas R$ 97,00 Estoque de Mercadorias em 01/01 R$ 300,00

Estoque de Mercadorias em 31/12 R$ 250,00 Despesas Operacionais R$ 80,00

A Demonstração do Resultado do Exercício, elaborada a partir dos valores acima, vai evidenciar um Lucro Líquido do Exercício no valor de

a) R$ 100,00.

b) R$ 143,00. c) R$ 55,00.

d) R$ 152,00. e) R$ 35,00.

Comentários

Vendas de Mercadorias R$ 970,00

(-) ICMS sobre as Vendas (R$ 97,00) Receita Líquida R$ 873,00

(-) CMV (300 + 600 – 250) R$ 650,00

Lucro bruto R$ 223,00 (-) Despesas Operacionais (R$ 80,00)

Lucro operacional líquido R$ 143,00 Outras receitas R$ 17,00

(-) Outras despesas (R$ 60,00) Lucro antes do IR R$ 100,00

(-) IR (R$ 30,00) Lucro após o IR e antes das participações R$ 70,00

(-) Participação nos Lucros (R$ 15,00) Lucro líquido do exercício R$ 55,00

Gabarito C.

26. (ESAF/Analista Técnico/SUSEP/2010) A seguinte relação contém contas

patrimoniais e contas de resultado. Seus saldos foram extraídos do livro Razão

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no fim do exercício social.

C o n t a s S a l d o s

Bancos conta Movimento 9.500,00

Despesas Gerais e Administrativas 19.500,00 ICMS sobre Vendas 16.000,00

Duplicatas a Receber 37.500,00 Encargos de Depreciação 6.000,00

Capital Social 110.000,00 Mercadorias 50.000,00

Juros Passivos a Vencer 3.000,00 Custo das Mercadorias Vendidas 54.500,00

ICMS a Recolher 8.500,00 Capital a Realizar 15.000,00

Provisão para FGTS 24.000,00

Ações de Coligadas 25.000,00 Receita de Vendas 100.000,00

Duplicatas a Pagar 65.000,00 Provisão para Créditos Incobráveis 12.500,00

Depreciação Acumulada 10.000,00 Ações em Tesouraria 25.000,00

Juros Passivos 4.000,00 Móveis e Utensílios 70.000,00

Descontos Ativos 5.000,00

Do resultado alcançado no ano, foram distribuídos R$ 600,00 para reserva legal, R$ 500,00 para participação de empregados, R$ 1.250,00 para imposto

de renda e o restante para dividendos.

Classificando-se as contas acima e estruturando a apuração do resultado do

exercício com os valores demonstrados, vamos encontrar um lucro líquido do exercício no valor de

a) R$ 2.650,00.

b) R$ 3.250,00. c) R$ 5.000,00.

d) R$ 3.150,00. e) R$ 3.750,00.

Comentários

Receita de Vendas 100.000,00

(-) ICMS sobre Vendas (16.000,00) Receita Líquida de Vendas 84.000,00

(-) Custo das Mercadorias Vendidas (54.500,00)

Lucro bruto com mercadorias 29.500,00

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(-) Despesas Gerais e Administrativas (19.500,00)

(-) Encargos de Depreciação (6.000,00) (-) Juros Passivos (4.000,00)

Descontos Ativos 5.000,00 Lucro Operacional Líquido 5.000,00

(-) Imposto de renda (1.250,00) Lucro após o IR e antes das participações 3.750,00

(-) Participação de empregados (500,00) Lucro líquido do exercício 3.250,00

Gabarito B.

27. (ESAF/Auditor Fiscal/SEFAZ/PA/2002) Considere os dados abaixo e assinale

a opção correta.

Compras 100 unidades a R$ 2,50, cada;

Estoque final 10 unidades; Estoque inicial 20 unidades, no valor de R$ 40,00;

Lucro bruto R$ 100,00; Lucro operacional R$ 20,00;

ICMS sobre Compras e Vendas - 20%.

Na apuração do resultado verificamos que

a) a Receita Líquida de Vendas é de R$ 400,00. b) a Receita Bruta de Vendas é de R$ 400,00.

c) a Receita Bruta de Vendas é de R$ 320,00. d) o Custo de Mercadorias Vendidas é de R$ 290,00.

e) o Custo de Mercadorias Vendidas é de R$ 300,00.

Comentários: Vamos lá! O primeiro passo é calcular o custo das mercadorias

vendidas. Para isso, partimos da fórmula básica:

Estoque inicial + entradas – saídas = estoque final

As entradas são as compras, e a saída é o custo das mercadorias vendidas (CMV).

Compras: 100 unidades x $2,50 = $250,00

ICMS s/ compras: $ 250,00 x 20% = $ 50,00 Compras líquidas = $250,00 - $ 50,00 = $ 200,00

O custo unitário das compras é de R$ 2,00 por unidade, que é o mesmo custo

unitário do estoque inicial.

Estoque final: 10 unidades x $2,00 = $ 20,00

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Estoque inicial $40,00 + compras $200,00 – CMV = estoque final $ 20,00

CMV = $220,00

Agora, vamos montar a estrutura da DRE, com os dados que já temos:

Receita Bruta ??? 100%

(-) ICMS ??? 20% = Receita líquida ??? 80%

(-) CMV (220,00) ?

= Lucro bruto 100,00 ?

(-) Despesas ??? ?

= Lucro operacional 20,00 ?

Agora só precisamos preencher os espaços, começando de baixo para cima. Por exemplo, se saímos de Lucro Bruto de 100 e chegamos ao Lucro Operacional de

20, então as despesas são de 80. O quadro fica assim:

Receita Bruta ??? 100% (-) ICMS ??? 20%

= Receita líquida 320,00 80%

(-) CMV (220,00) ?

= Lucro bruto 100,00 ?

(-) Despesas (80,00) ?

= Lucro operacional 20,00 ?

A Receita Líquida é de 320,00 e corresponde a 80% da Receita Bruta. Portanto,

a Receita Bruta é de $320,00 / 80% = $400,00.

Gabarito B.

28- (ESAF/ACE/MDIC/2012) Assinale abaixo a opção incorreta.

Nos termos da lei, a demonstração do resultado do exercício discriminará:

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a) a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os

abatimentos obtidos e os impostos a recolher. b) a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços

vendidos e o lucro bruto. c) as despesas com as vendas, as despesas financeiras,deduzidas das receitas,

as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais. d) o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e asoutras despesas.

e) o resultado do exercício antes do imposto de renda e aprovisão para o imposto.

Comentários

Segundo a Lei 6.404/76:

SEÇÃO V - Demonstração do Resultado do Exercício

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os

abatimentos e os impostos; II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços

vendidos e o lucro bruto; III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das

receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas;

(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para

o imposto; VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes

beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem

como despesa; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do

capital social.

Analisemos, assim, item a item (A DRE discriminará):

a) a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos obtidos e os impostos a recolher.

O item está incorreto. Os abatimentos concedidos é que são registrados como

dedução da receita bruta, além dos impostos sobre vendas (e não pelo saldo a recolher). Este é o gabarito.

b) a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e

serviços vendidos e o lucro bruto.

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Item correto. Art. 187, II.

c) as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das

receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais.

Item correto. Art. 187, III.

d) o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras

despesas.

Item correto. Art. 187, IV.

e) o resultado do exercício antes do imposto de renda e a provisão para o imposto.

Item correto. Art. 187, V.

Gabarito A.

29. (ESAF/ACE/MDIC/2012) Certa empresa, após contabilizar suas contas

de resultado,encontrou os seguintes valores:

Receita Líquida de Vendas 250.000,00 Custo das Vendas do Período 140.000,00

Receitas Operacionais 25.000,00 Despesas Operacionais 65.000,00

Ganhos de Capital 10.000,00

Provisão para Imposto de Renda 30.000,00

Os estatutos dessa empresa mandam pagar participação nos lucros, à base de 10% para empregados e 10% para administradores, além dos dividendos de

25%.

No exercício social de que estamos tratando, a empresa destinou ao pagamento das participações o montante de

a) R$ 10.000,00.

b) R$ 9.500,00. c) R$ 7.600,00.

d) R$ 3.750,00. e) R$ 3.156,00.

Comentários

Montemos a demonstração do resultado do exercício.

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Receita Líquida de Vendas 250.000,00 (-) Custo das Vendas do Período (140.000,00)

Lucro bruto 110.000,00 Receitas Operacionais 25.000,00

(-) Despesas Operacionais (65.000,00) Ganhos de Capital 10.000,00

Lucro operacional 80.000,00 Provisão para Imposto de Renda (30.000,00)

Lucro após o IR e antes das participações 50.000,00 (-) Participações

Empregados (10% x 50.000,00) (5.000,00) Administradores (10% x 45.000) (4.500,00)

Lucro líquido do exercício 40.500,00

Portanto, distribuiremos para participações o montante de R$ 9.500,00.

Os dividendos são destinados após a apuração do resultado do exercício e

transferência do lucro para o balanço.

Gabarito B.

30. (ESAF/ACE/MDIC/2012) A Cia. de Solas e Solados apurou no livro

Razão, ao fim do exercício, mas antes do encerramento das contas de resultado, os valores listados a seguir:

CONTAS SALDOS

Receita de Vendas 21.000,00 Capital Social 15.000,00

Produtos Acabados 14.800,00 Duplicatas a Pagar 14.000,00

Custo das Mercadorias Vendidas 14.000,00 Duplicatas a Receber 10.000,00

Salários a Pagar 5.200,00 Equipamentos 4.600,00

Caixa 4.000,00 Veículos 3.900,00

Títulos a Pagar a Longo Prazo 3.800,00 Investimentos em Controladas 3.500,00

Salários 3.000,00 Títulos a Receber a Longo Prazo 3.000,00

Reserva Legal 1.800,00

Impostos 1.700,00 Aluguéis Ativos 1.600,00

Depreciação Acumulada 1.500,00

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Prejuízos Acumulados 1.400,00

Reserva de Capital 1.200,00 Despesas Diferidas 1.200,00

Juros Passivos 1.100,00 Provisão p/Ajuste de Estoques 1.100,00

Examinando-se o resultado desse exercício, com distribuição do lucro em R$

300,00 para o imposto de renda, R$ 500,00 para dividendos, e destinação do saldo remanescente para a formação de reservas de lucro, pode-se dizer que a

contabilização desses eventos provocará um aumento final no patrimônio líquido no valor de:

a) R$ 1.400,00.

b) R$ 1.100,00. c) R$ 800,00.

d) R$ 600,00.

e) R$ 500,00.

Comentários

SUGESTÃO DE RECURSO

Patrimônio líquido antes da apuração do resultado:

Capital Social 15.000,00 Reserva Legal 1.800,00

(-) Prejuízos Acumulados (1.400,00) Reserva de Capital 1.200,00

Total do patrimônio líquido 16.600,00

Elaboremos a demonstração do resultado do exercício:

Receita de Vendas 21.000,00

(-) Custo das Mercadorias Vendidas (14.000,00) (-) Salários (3.000,00)

(-) Impostos (1.700,00) Aluguéis Ativos 1.600,00

(-) Juros Passivos (1.100,00) Lucro antes do IR 2.800,00

(-) Provisão para IR 300,00 Lucro líquido do exercício 2.500,00

Este valor é transferido para o PL pelo lançamento:

D – Lucro líquido do exercício 2.500,00

C – Lucros acumulados (PL) 2.500,00

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A lei, porém, determina que:

Art. 189. Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer

participação, os prejuízos acumulados e a provisão para o Imposto sobre a Renda.

Assim, na estrutura da DLPA, conhecida na aula própria sobre o assunto, antes

de fazermos quaisquer distribuições, temos de tirar o prejuízo acumulado.

Logo, fazendo a compensação, ficará um saldo de lucro de R$ 1.100,00.

Ainda, temos de distribuir os dividendos, pelo lançamento:

D – Lucros acumulados 500,00 C – Dividendos a pagar (passivo) 500,00

Este valor diminui o total do patrimônio líquido.

Portanto, do que sobrou, constituiremos as reservas de lucros, e como a questão não mencionou quais seriam, podemos abrir uma conta genérica,

reservas de lucros (a reserva legal fica incluída entre as reservas de lucro).

O lançamento é o seguinte:

D – Lucros acumulados 600,00 C – Reservas de lucros 600,00

Aparentemente, a ESAF considerou esse número (que é o valor pelo qual

formam constituídas as Reservas de Lucro) como a resposta da questão. Mas isso está errado, já que a pergunta era sobre o aumento final do PL.

O PL, ao término, ficará assim:

Capital Social 15.000,00 Reserva Legal 1.800,00

Lucros acumulados 0,00 Reservas de lucros 600,00

Reserva de Capital 1.200,00 Total do patrimônio líquido 18.600,00

Não há, portanto, alternativa correta, já que o PL aumentou em R$ 2.000,00.

Esta questão deveria ser anulada. No entanto, a ESAF manteve o gabarito, e não anulou a questão.

Gabarito D.

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31.(ESAF/ACE/MDIC/2012) Certa empresa, que tinha prejuízos acumulados

de R$ 2.000,00, apurou lucro líquido do exercício no valor de R$ 10.000,00, depois do imposto de renda e participações. Após contabilizar a Reserva

Legal,uma reserva estatutária de 10% e outra, para aumento de capital, à taxa de 15%, destinou também recursos para o dividendo mínimo obrigatório, nos

termos da legislação vigente e, em seguida, acomodou o saldo remanescente na formação de uma reserva de lucros.

Sabendo-se que os estatutos da empresa não estipulam um percentual

específico para dividendo mínimo e que os prejuízos acumulados são também prejuízos fiscais,pode-se dizer que no exercício em questão a empresa

contabilizou dividendo mínimo obrigatório no valor de

a) R$ 1.900,00. b) R$ 2.800,00.

c) R$ 3.400,00.

d) R$ 3.800,00. e) R$ 5.000,00.

Comentários

O lucro ajustado, no caso do Estatuto ser omisso quanto ao calculo dos

dividendos, é o seguinte:

Lucro líquido do exercício (-) Constituição da Reserva Legal

(-) Constituição da Reserva de Contingência (+) Reversão da Reserva de Contingência

(-) Reserva de Incentivos Fiscais (opcional) (-) Reserva Específica de Prêmio de Debêntures (Opcional)

= Lucro ajustado (base para dividendos)

Se o Estatuto for omisso, deve ser destinado aos dividendos o percentual de

50% do lucro ajustado.

Se o Estatuto, antes omisso, fixar o percentual mínimo, este será de 25%.

A Lei das SA´s (Lei 6404/76) estabelece o seguinte:

Dedução de Prejuízos e Imposto sobre a Renda

Art. 189. Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer participação, os prejuízos acumulados e a provisão para o Imposto sobre a

Renda.

Parágrafo único. o prejuízo do exercício será obrigatoriamente absorvido pelos lucros acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva legal, nessa ordem.

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Portanto, quando a questão mencionar “Prejuízos Acumulados”, devemos

diminuí-lo do lucro, para cálculo dos dividendos.

O esquema completo fica assim:

Lucro Líquido (-) Prejuízos acumulados

(-) Constituição da Reserva Legal (-) Constituição da Reserva de Contingência

(+) Reversão da Reserva de Contingência (-) Constituição da Reserva de Incentivos Fiscais (opcional)

(-) Constituição da Reserva Específica para prêmios de Debêntures (opcional) = Lucro ajustado (Base para os dividendos).

Lucro do exercício 10.000,00

(-) Prejuízo acumulado (2.000,00)

(-) Reserva legal (5% x 8.000,00) (400,00) Lucro ajustado 7.600,00

Dividendos (50%) 3.800,00

Gabarito D.

QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1. (ESAF/AFRFB/2009) Em 31.12.2008, a empresa Baleias e Cetáceos S/A

colheu em seu livro Razão as seguintes contas e saldos respectivos com vistas à

apuração do resultado do exercício:

01 - Vendas de Mercadorias R$ 12.640,00 02 - Duplicatas Descontadas R$ 4.000,00

03 - Aluguéis Ativos R$ 460,00 04 - Juros Passivos R$ 400,00

05 - ICMS sobre vendas R$ 2.100,00 06 - Fornecedores R$ 3.155,00

07 - Conta Mercadorias R$ 1.500,00 08 - FGTS R$ 950,00

09 - Compras de Mercadorias R$ 3.600,00 10 - ICMS a Recolher R$ 1.450,00

11 - Clientes R$ 4.500,00 12 - Salários e Ordenados R$ 2.000,00

13 - PIS s/Faturamento R$ 400,00

14 - COFINS R$ 1.100,00 15 - Frete sobre vendas R$ 800,00

16 - Frete sobre compras R$ 300,00

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17 - ICMS sobre compras R$ 400,00

O inventário realizado em 31.12.08 acusou a existência de mercadorias no valor

de R$ 1.000,00. Considerando que na relação de saldos acima estão indicadas todas as contas que formam o resultado dessa empresa, pode-se dizer que no

exercício em causa foi apurado um Lucro Operacional Bruto no valor de

a) R$ 9.040,00. b) R$ 6.540,00.

c) R$ 5.040,00. d) R$ 4.240,00.

e) R$ 2.350,00.

2. (ESAF/Analista de Mercados de Capitais/CVM/2010) A empresa Atividade Tributada S/A apurou, ao fim do exercício social, os seguintes componentes de

resultados:

Receitas tributáveis 80.000,00

Despesas dedutíveis 58.200,00 Receitas Não Tributáveis 9.600,00

Despesas não dedutíveis 4.600,00 Contribuição Social sobre o lucro líquido 2.400,00

Imposto de Renda 15%

O saldo de prejuízos fiscais a compensar, conforme apuração na demonstração do lucro real de períodos anteriores e registrado no livro próprio, monta a R$

10.000,00.

Com base nas informações acima, calcule o imposto de renda a provisionar e indique o seu valor.

a) R$ 3.360,00 b) R$ 3.270,00

c) R$ 2.541,00 d) R$ 2.289,00

e) R$ 1.770,00

3. (ESAF/Auditor Fiscal/ISS RJ/2010) A Empresa Comércio Local Ltda. executou transações com mercadorias e pessoal, das quais resultaram, na contabilidade,

os seguintes saldos:

Estoque inicial de mercadorias R$ 12.500,00 Compras de mercadorias R$ 32.000,00

Vendas de mercadorias R$ 37.000,00 Estoque final de mercadorias R$ 20.500,00

ICMS sobre Compras R$ 4.800,00

ICMS a Recolher R$ 750,00

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ICMS sobre Vendas R$ 5.550,00

Salários e Ordenados R$ 8.000,00 Encargos Trabalhistas R$ 960,00

Contribuições a Recolher R$ 1.600,00

Computando estes dados para fins da apuração dos resultados, vamos encontrar um

a) Lucro bruto de R$ 17.050,00.

b) Lucro bruto de R$ 13.000,00. c) Lucro bruto de R$ 7.450,00.

d) Lucro líquido de R$ 3.290,00. e) Lucro líquido de R$ 2.440,00.

4. (ESAF/Auditor Fiscal/ISS Natal/2008) A empresa Comercial de Frutas S/A,

em março de 2008, realizou compras de mercadorias pelo preço de R$

10.000,00 e, no mesmo mês, vendeu metade dessa mercadoria comprada pelo preço de R$ 8.000,00.

Sobre essas operações houve a incidência de IPI de 6% e de ICMS de 10%.

Não houve incidência de PIS nem de COFINS.

Considerando, exclusivamente, essas informações, podemos dizer que a empresa auferiu lucro de

a) R$ 2.160,00.

b) R$ 2.200,00. c) R$ 2.400,00.

d) R$ 2.640,00. e) R$ 3.000,00.

5. (ESAF/AFRE/MG/2005) A listagem de saldos para elaboração dos balanços da Companhia Gama S/A apresentou as contas patrimoniais e de resultado abaixo

mencionadas. A eventual diferença aritmética existente decorre da conta corrente de ICMS, cujo encerramento ainda não havia sido contabilizado.

Caixa R$ 28.000,00

Capital Social R$ 14.000,00 Compras de Mercadorias R$ 96.000,00

Contas a Receber R$ 39.200,00 COFINS R$ 152,00

Fornecedores R$ 32.000,00 ICMS sobre Vendas R$ 40.800,00

Impostos e Taxas R$ 1.840,00 Juros Ativos R$ 880,00

Mercadorias R$ 36.000,00

Móveis e Utensílios R$ 48.000,00

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PIS sobre Faturamento R$ 168,00

Prêmio de Seguros R$ 2.880,00 Reserva Legal R$ 2.800,00

Salários e Encargos R$ 6.400,00 Salários e Encargos a Pagar R$ 960,00

Vendas de Mercadorias R$240.000,00 Veículos R$ 32.000,00

Observações:

1. O estoque atual de mercadorias está avaliado em R$ 1.600,00. 2. As compras e as vendas são tributadas à mesma alíquota de ICMS.

3. Após eventual destinação do lucro à Reserva Legal, o saldo remanescente do período será totalmente destinado a dividendos dos sócios, a serem pagos no

primeiro semestre do exercício subsequente à apuração.

As demonstrações contábeis elaboradas a partir das informações anteriormente

citadas, certamente, vão evidenciar:

a) R$ 130.400,00 de Custo das Mercadorias Vendidas (CMV). b) R$ 85.680,00 de Lucro Operacional Bruto.

c) R$ 147.200,00 de Ativo total. d) R$ 132.000,00 de Passivo Circulante.

e) R$ 20.528,00 de Patrimônio Líquido.

6. (ESAF/AFRF/2002.1) As contas abaixo representam um grupo de receitas e despesas e, embora distribuídas aqui aleatoriamente, compõem a

demonstração do resultado do exercício da empresa Boapermuta S/A.

Outras receitas R$ 2.000,00 Provisão para Contribuição Social 10%

Juros Recebidos R$ 1.500,00

Depreciação R$ 700,00 Participação de Administradores 5%

Impostos e Taxas R$ 500,00 Propaganda e Publicidade R$ 1.800,00

Vendas Canceladas R$ 20.000,00 PIS/PASEP 1%

Despesas Bancárias R$ 800,00 Estoque Inicial R$ 30.000,00

Comissões sobre Vendas de Mercadorias R$ 3.000,00 Descontos Incondicionais Concedidos R$ 20.000,00

Estoque Final R$ 37.000,00 Descontos Condicionais Concedidos R$ 2.000,00

Participação de Partes Beneficiárias 5% Juros Pagos R$ 500,00

Vendas de Mercadorias R$ 100.000,00

COFINS 2%

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Salários e Encargos R$ 3.000,00

Água e Energia R$ 200,00 Provisão para Imposto de Renda 15%

Compras de Mercadorias R$ 50.000,00 ICMS s/ Compras e Vendas 12%

Descontos Obtidos R$ 15.000,00

Ordenando-se as contas acima, adequadamente e em conformidade com as regras de elaboração da Demonstração do Resultado do Exercício, vamos

encontrar

a) Receita Líquida de Vendas de R$ 48.000,00. b) Lucro Operacional Bruto de R$ 4.000,00.

c) Lucro Operacional Líquido de R$ 15.000,00. d) Lucro Líquido antes da Contribuição Social e do Imposto de Renda de R$

20.000,00.

e) Lucro Líquido do Exercício de R$ 13.500,00.

7. (ESAF/ACE/MDIC/2002) A empresa Três Ramos de Trevo realizou apenas duas vendas em agosto. Uma de 300 unidades, no dia 15; e outra de 480

unidades, no dia 25. O valor apurado foi o mesmo em cada operação, sendo a primeira a prazo e a segunda a vista. O valor total cobrado foi de R$ 5.280,00,

correspondente ao preço de venda com incidência de ICMS de 17% e de IPI de 10%.

Exclusivamente com base nas informações acima, podemos dizer que o preço

unitário de venda alcançado na operação do dia

a) 25 de agosto foi de R$ 5,00. b) 25 de agosto foi de R$ 5,50.

c) 15 de agosto foi de R$ 6,64.

d) 15 de agosto foi de R$ 7,92. e) 15 de agosto foi de R$ 8,80.

8. (ESAF/AFRF/2002.2) A Mercearia Mercados S/A calculou custos e lucros em

agosto de 2001, com fulcro nas seguintes informações:

O custo das vendas foi calculado com base em estoques iniciais ao custo total de R$ 120.000,00, compras, a vista e a prazo, ao preço total de R$ 260.000,00

e vendas, a vista e a prazo, no valor de R$ 300.000,00, restando em estoque para balanço o valor de R$ 150.000,00. A tributação ocorreu de modo regular,

com ICMS à alíquota de 17%, PIS/faturamento a 1% e COFINS a 3%.

Após a contabilização dos fatos narrados, a elaboração da Demonstração do Resultado do Exercício vai evidenciar o lucro bruto de

a) R$ 50.880,00

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b) R$ 51.200,00

c) R$ 61.280,00 d) R$ 71.280,00

e) R$ 71.600,00

9. (ESAF/AFRF/2002.2) A empresa de Pedras & Pedrarias S/A. demonstrou no exercício de 2001 os valores como seguem:

Lucro bruto R$ 90.000,00

Lucro operacional R$ 70.000,00 Receitas operacionais R$ 7.500,00

Despesas operacionais R$ 27.500,00 Participação de Administradores R$ 2.500,00

Participação de Debenturistas R$ 3.500,00 Participação de Empregados R$ 3.000,00

A tributação do lucro dessa empresa deverá ocorrer à alíquota de 30% para Imposto de Renda e Contribuição Social sobre Lucro Líquido, conjuntamente.

Assim, se forem calculados corretamente o IR e a CSLL, certamente o valor destinado, no exercício, à constituição da reserva legal deverá ser de

a) R$ 2.000,00

b) R$ 2.070,00 c) R$ 2.090,00

d) R$ 2.097,50 e) R$ 2.135,00

10. (ESAF/AFRF/2003) A firma Rinho Ltda. apresenta as seguintes rubricas

vinculadas ao resultado do exercício:

COFINS R$ 180,00

Custo da Mercadoria Vendida R$ 2.800,00 Despesas Financeiras R$ 600,00

ICMS s/ Vendas R$ 720,00 PIS s/ Faturamento R$ 60,00

Receita Operacional Bruta R$ 6.000,00 Salários e Ordenados R$ 1.000,00

Com base nos dados apresentados, pode-se dizer que a empresa apresenta:

a) Receita Líquida de Vendas R$ 5.280,00

b) Receita Líquida de Vendas R$ 2.240,00 c) Lucro Operacional Bruto R$ 5.040,00

d) Lucro Operacional Líquido R$ 2.240,00 e) Lucro Operacional Líquido R$ 640,00

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11. (ESAF/AFRF/2003) Observemos os seguintes fatos administrativos: aluguel

de R$ 200,00 mensais que foi contratado em 30 de agosto de 2002, mas foi pago apenas até 30 de novembro do mesmo ano; compra de mercadorias por

R$ 4.000,00, tendo sido vendido no mesmo ano 40% do volume adquirido, com lucro de 15%; salário de dezembro de R$ 500,00 com INSS de 11% dos

empregados e 20% dos empregadores e FGTS de 8%.

Considerando o registro contábil correto desses eventos, podemos dizer que eles reduziram o lucro do ano de 2002 no valor de

a) R$ 1.000,00

b) R$ 1.200,00 c) R$ 1.255,00

d) R$ 1.440,00 e) R$ 1.680,00

12. (ESAF/AFRF/2003) As contas que computam os eventos de estoque, compras e vendas, tiveram o seguinte comportamento em setembro:

Vendas R$ 100.000,00

Compras R$ 60.000,00 ICMS sobre vendas R$ 12.000,00

ICMS sobre compras R$ 7.200,00 ICMS a Recolher R$ 4.800,00

Fretes sobre Compras R$ 5.000,00 Fretes sobre Vendas R$ 7.000,00

Estoque Inicial R$ 30.000,00 Estoque Final R$ 40.000,00

Com base nos valores dados no exemplo, o lucro bruto alcançou o valor de

a) R$ 45.200,00 b) R$ 47.400,00

c) R$ 52.400,00 d) R$ 40.200,00

e) R$ 33.200,00

13. (ESAF/AFTE/RN/2004/2005) A Cia. Souto e Salto tinha prejuízos acumulados de R$ 40.000,00, mas durante o exercício social apurou lucro.

Desse lucro, após destinar R$ 80.000,00 para imposto de renda e CSLL, a empresa distribuiu 10% em participação de debenturistas, no valor de R$

4.000,00, 10% em participação de administradores, no valor de R$ 3.240,00 e 10% em participação de empregados.

De acordo com as informações acima e com as normas em vigor, podemos

dizer que a Cia. Souto e Salto, no final da Demonstração de Resultado do

Exercício, vai indicar o lucro líquido do exercício no valor de

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a) R$ 29.160,00. b) R$ 29.520,00.

c) R$ 68.760,00. d) R$ 69.160,00.

e) R$ 69.520,00.

14. (ESAF/AFTM/Recife/2003) A empresa “Y” Ltda., no encerramento do exercício de 2002, obteve as seguintes informações:

Valores em R$

Capital Social 50.000,00

Financiamentos 30.000,00 Lucro Antes do Imposto de Renda 100.000,00

Prejuízos Acumulados 20.000,00

Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 25.000,00

Estatutariamente, as participações no resultado são:

a) empregados 10%;

b) administradores 10%.

Indique a opção que contém os valores corretos das participações dos Empregados e Administradores e do Lucro Líquido do Exercício.

Empregados Administradores Lucro Líquido do Exercício a) R$ 10.000,00 R$ 10.000,00 R$ 55.000,00

b) R$ 7.500,00 R$ 7.500,00 R$ 60.000,00 c) R$ 7.500,00 R$ 6.750,00 R$ 60.750,00

d) R$ 5.500,00 R$ 5.500,00 R$ 64.000,00

e) R$ 5.500,00 R$ 4.950,00 R$ 64.550,00

15. (ESAF/AFC/CGU/2004) A Cia. de Comércio Zão apresenta a relação de contas abaixo, com respectivos saldos, para organizar o balancete, balanço e

resultado.

C o n t a s saldos em R$

Ações de Coligadas 800 Amortização Acumulada 60

Aluguéis Passivos 250 Caixa 100

Clientes 180 Capital Social 2.500

Capital a Realizar 350

Custo das Mercadorias Vendidas 900

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Duplicatas a Receber 400

Duplicatas Descontadas 220 Duplicatas a Pagar 290

Depreciação Acumulada 110 Despesa de Comissões 200

Fornecedores 400 Impostos a Recolher 40

ICMS sobre Vendas 340 Impostos e Taxas 180

Juros Ativos 230 Lucros Acumulados 33

Mercadorias 300 Móveis e Utensílios 1.000

Marcas e Patentes 250 Provisão para Créditos de Liquidação

Duvidosa 17

Provisão para FGTS 120 Reservas de Lucros 320

Receitas de Vendas 1.980 Receitas Financeiras 150

Salários a Pagar 200 Salários e Ordenados 300

Veículos 1.120

Com base nos saldos da relação acima, a empresa elaborou a DRE. Do lucro líquido apurado no exercício, a empresa destinou apenas R$ 57,00 para o

imposto de renda e R$ 7,00 para a constituição da reserva legal. Nesta hipótese, a última linha de valor da DRE será Lucro Líquido do Exercício de

a) R$ 190,00

b) R$ 133,00

c) R$ 126,00 d) R$ 116,00

e) R$ 109,00

16. (ESAF/Gestor Fazendário/MG/2005) Em 31 de dezembro, antes dos ajustes para fechamento da conta corrente do ICMS, a empresa Comercial Beta S/A

levantou os seguintes saldos, apresentados em ordem alfabética:

Caixa R$ 9.600,00 Capital Social R$ 30.000,00

Clientes R$ 14.700,00 COFINS R$ 57,00

Compras de Mercadorias R$ 36.000,00 Fornecedores R$ 12.000,00

ICMS sobre Vendas R$ 10.200,00

Impostos e Taxas R$ 690,00

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Juros Ativos R$ 330,00

Mercadorias R$ 13.500,00 Móveis e Utensílios R$ 9.000,00

PIS sobre Faturamento R$ 63,00 Prêmio de Seguros R$ 1.080,00

Reserva Legal R$ 300,00 Salários e Encargos R$ 2.400,00

Salários e Encargos a Pagar R$ 360,00 Veículos R$ 12.000,00

Vendas de Mercadorias R$ 60.000,00

Observações:

- Ao fim do período, a empresa apresentou estoque de mercadorias avaliado em R$ 6.000,00.

- O imposto sobre circulação de mercadorias e serviços incide à mesma alíquota

sobre as compras e sobre as vendas. - No período não houve outras implicações tributárias nem distribuição de

resultados.

Após contabilizar o ajuste do ICMS, as demonstrações contábeis apresentarão:

(a) R$ 12.300,00 de lucro líquido do exercício. (b) R$ 22.500,00 de lucro operacional bruto.

(c) R$ 37.380,00 de custo da mercadoria vendida. (d) R$ 43.500,00 de custo da mercadoria vendida.

(e) R$ 49.680,00 de lucro operacional bruto.

17. (ESAF/Analista de Finanças e Controle/STN/2002) A empresa Nove Adm S/A, ao encerrar o exercício social, apurou o Lucro Líquido antes do Imposto de

Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido no valor de R$ 20.000,00.

Em seguida, calculou: a Provisão de 30% para o Imposto de Renda,

encontrando R$ 6.000,00; e a participação de empregados no lucro, encontrando R$ 1.200,00.

Calculou, ainda, sobre a base correta, a participação de Administradores e a

Contribuição Social sobre o Lucro, ambas à taxa de 10%.

Feitos estes cálculos, segundo a Lei nº 6.404/76, o lucro líquido do exercício a ser indicado na linha final da Demonstração do Resultado do Exercício será de:

a) R$ 9.720,00

b) R$ 10.240,00 c) R$ 10.260,00

d) R$ 10.320,00

e) R$ 10.368,00

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18. (ESAF/Analista de Finanças e Controle/STN/2002) A Empresa Três Por Cinco S/A relacionou as seguintes contas e respectivos saldos para elaboração de

balanços:

Contas Saldos

Bancos c/Cheque Especial (-) R$ 2.000,00 Mercadorias/Estoque Inicial R$ 5.000,00

Receitas de Vendas R$ 12.000,00 Salários e Ordenados R$ 800,00

Comissões Passivas R$ 500,00 Compras de Mercadorias R$ 8.000,00

Duplicatas a Receber R$ 6.000,00 Juros Ativos R$ 900,00

Capital Social R$ 6.400,00

ICMS a Recuperar R$ 1.200,00 ICMS Sobre Vendas R$ 1.800,00

Máquinas e Equipamentos R$ 5.800,00 Prejuízos Acumulados R$ 200,00

Duplicatas a Pagar R$ 7.000,00 Duplicatas Descontadas R$ 3.000,00

Seguros a Vencer R$ 400,00 Contas a Receber R$ 1.600,00

Ao fim do período a empresa promoveu o inventário de mercadorias

comprovando a existência de 1.700 unidades avaliadas ao custo médio unitário de R$ 4,00.

Com base nas informações acima, quando for elaborada a Demonstração do

Resultado do Exercício vamos encontrar:

a) Lucro Líquido de R$ 2.800,00

b) Lucro Líquido de R$ 3.200,00 c) Lucro Líquido de R$ 3.400,00

d) Lucro Bruto de R$ 4.000,00 e) Lucro Bruto de R$ 5.200,00

19. (ESAF/Analista de Finanças e Controle/STN/2002) A empresa Manufatura

Comercial Oito Bisc S/A, tendo iniciado o período com estoque avaliado em R$ 50.000,00, em 31 de dezembro apresenta os seguintes dados:

Faturamento bruto recebido com vendas no valor de R$ 162.000,00, com

incidência de IPI a 8% e ICMS a 17%.

Desse faturamento foram cancelados R$ 21.600,00 em vendas, cujo valor foi

devolvido aos clientes.

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O custo total das vendas foi de R$ 75.000,00.

Não houve incidência de PIS/COFINS.

Na elaboração da Demonstração do Resultado do Exercício, com base nas informações acima, vamos encontrar:

a) Receita Bruta de Vendas de R$ 149.040,00

b) Receita Bruta de Vendas de R$ 107.900,00 c) Receita Bruta de Vendas de R$ 130.000,00

d) Receita Líquida de Vendas de R$ 108.324,00 e) Lucro Líquido nas Vendas de R$ 35.500,00

20. (ESAF/Analista de Finanças e Controle/STN/2002) Observando a relação de

contas abaixo, verificamos que contém todas as contas e saldos respectivos que

importam ao resultado do exercício na empresa Comércio Comercial Ltda.

Contas saldos

Aluguéis Passivos 300,00 COFINS 400,00

Compras do Período 9.000,00 Despesas Financeiras 160,00

Despesas Gerais 180,00 Devolução de Vendas 200,00

Encargos de Previdência 200,00 FGTS 260,00

Ganhos de Capital 700,00 ICMS sobre Compras 1.200,00

ICMS sobre Vendas 1.700,00

Mercadorias 2.000,00 PIS sobre Faturamento 100,00

Provisão para Imposto de Renda 600,00 Receita Bruta de Vendas 10.000,00

Receitas de Aplicação Financeira 400,00 Salários e Ordenados 400,00

Ao elaborarmos a demonstração de resultado do exercício, considerando a

existência de um estoque final de mercadorias no valor de R$ 5.000,00, com certeza vamos constatar que a receita líquida e o lucro bruto desta empresa

alcançaram, respectivamente, os valores de

a) R$ 7.600,00 e R$ 2.600,00 b) R$ 7.600,00 e R$ 2.800,00

c) R$ 8.100,00 e R$ 2.500,00

d) R$ 8.100,00 e R$ 2.800,00

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e) R$ 8.800,00 e R$ 2. 800,00

21. (ESAF/Analista de Finanças e Controle/STN/2008) A empresa Negócios de

Comércio S.A., em 31 de dezembro de 2007, entre outras contas, apresentou para balanço os seguintes dados:

Vendas deste exercício R$120.000,00

Compras deste exercício R$100.000,00 Compras do ano passado R$ 30.000,00

Frete pago sobre as compras R$ 8.000,00 Frete pago sobre as vendas R$ 6.000,00

Impostos apurados no exercício: IPVA R$ 1.200,00

Imposto de Renda R$ 1.500,00 IPTU R$ 2.000,00

IPI sobre as compras R$ 5.000,00

ICMS sobre as compras R$ 12.000,00 ICMS sobre as vendas R$ 14.000,00

Estoque final de mercadorias R$ 40.000,00

Com base nas informações fornecidas acima, podemos calcular um lucro operacional bruto no valor de

a) R$ 25.000,00.

b) R$ 23.000,00. c) R$ 21.000,00.

d) R$ 20.000,00. e) R$ 15.000,00.

22. (ESAF/Gestor Fazendário/MG/2005) As demonstrações financeiras da Cia.

Alvorada Comercial foram elaboradas, em 31 de dezembro, com base nas

contas e saldos abaixo:

Caixa e Bancos R$ 800,00 Mercadorias R$ 2.480,00

Clientes R$ 1.600,00 Móveis e Máquinas R$ 8.000,00

Depreciação Acumulada R$ 720,00 Títulos a Receber a LP R$ 800,00

Fornecedores R$ 4.600,00 Contas a Pagar R$ 1.000,00

Empréstimos a Longo Prazo R$ 1.720,00 Capital Social R$ 5.600,00

Lucros Acumulados R$ 400,00 Vendas de Mercadorias R$ 20.480,00

Compras de Mercadorias R$ 12.640,00

Despesas Administrativas R$ 5.480,00

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Despesas Financeiras R$ 2.000,00

Encargos de Depreciação R$ 720,00

Considerando-se que o estoque final de mercadorias foi avaliado em R$ 3.120,00 e que não há implicações de ordem fiscal e tributária, nem qualquer

distribuição de lucros, podemos afirmar que as Demonstrações Financeiras evidenciarão

a) R$ 33.800,00 de saldos devedores.

b) R$ 12.960,00 de Ativo total. c) R$ 7.200,00 de Lucro Operacional Bruto.

d) R$ 6.000,00 de Patrimônio Líquido. e) R$ 280,00 de Lucro Líquido do período.

23. (ESAF/Gestor Fazendário/MG/2005/Adaptada) Ao encerrar o exercício, em

31 de dezembro de 2004, a empresa Amanhecer Boreal S/A dispunha dos

seguintes saldos:

Caixa R$ 3.000,00 Capital Social R$ 20.000,00

Clientes R$ 8.000,00 Compras de Mercadorias R$ 10.000,00

Condução e Transporte R$ 600,00 Despesas de aluguel R$ 600,00

Fornecedores R$ 6.000,00 Imóveis R$ 4.000,00

Juros Passivos R$ 800,00 Lanches e Refeições R$ 400,00

Lucros Acumulados R$ 2.800,00 Máquinas e Equipamentos R$ 12.000,00

Mercadorias R$ 4.000,00

Receitas Diversas R$ 800,00 Salários e Ordenados R$ 200,00

Vendas de Mercadorias R$ 14.000,00

Observações:

1. O estoque final de mercadorias foi avaliado em R$ 3.000,00. 2. O salário de dezembro de 2004, no valor de R$ 200,00, será pago somente

em janeiro de 2005. 3. Dos aluguéis pagos em 2004, R$ 400,00 referem-se a despesas de janeiro de

2005.

Considerando que a movimentação de mercadorias está inteiramente isenta de tributação, mas que a Companhia tributa seus lucros com imposto de renda de

25% e contabiliza 5% do lucro para constituição de reserva legal, nos termos

legais e regulamentares, podemos dizer que o lucro líquido do período foi de

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a) R$1.400,00. b) R$1.330,00.

c) R$1.050,00. d) R$ 997,50.

e) R$ 980,00.

24. (ESAF/Auditor Fiscal/ICMS/MG/2005) O balancete de verificação da Cia. Beta, em 31-12-X4, era composto pelos saldos das seguintes contas:

Caixa R$ 1.500,00

Máquinas e Equipamentos R$ 6.000,00 Vendas de Mercadorias R$ 7.000,00

Mercadorias R$ 2.000,00 Receitas Diversas R$ 400,00

Compras de Mercadorias R$ 5.000,00

Clientes R$ 4.000,00 Fornecedores R$ 3.000,00

Salários e Ordenados R$ 1.100,00 Despesas de aluguel R$ 300,00

Lanches e Refeições R$ 200,00 Capital Social R$10.000,00

Condução e Transporte R$ 300,00 Lucros Acumulados R$ 1.400,00

Juros Passivos R$ 1.400,00

Observações:

1. O estoque final de mercadorias foi avaliado em R$ 1.500,00.

2. O salário de dezembro de X4, no valor de R$ 100,00, será pago somente em

janeiro de X5.

3. Dos aluguéis pagos em X4, R$ 200,00 referem-se a despesas de janeiro de X5.

A Companhia mandou elaborar suas demonstrações financeiras sem considerar

quaisquer implicações de natureza fiscal ou tributária. Todavia, se considerarmos que as mercadorias foram tributadas com ICMS de 10%, tanto

nas entradas como nas saídas, vamos constatar que o resultado líquido do período terá sido

a) aumentado em R$ 500,00 e diminuído em R$ 700,00.

b) aumentado em R$ 650,00 e diminuído em R$ 700,00. c) aumentado em R$ 700,00 e diminuído em R$ 500,00.

d) aumentado em R$ 700,00 e diminuído em R$ 650,00.

e) aumentado em R$ 700,00 e diminuído em R$ 700,00.

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25. (ESAF/APO/MPOG/2010/Adaptada) Durante o ano de 2009, a empresa

Rondápolis contabilizou os seguintes resultados:

Compras de Mercadorias R$ 600,00 Vendas de Mercadorias R$ 970,00

Outras receitas R$ 17,00 Outras despesas R$ 60,00

Reservas de Lucros R$ 20,00 Participação nos Lucros R$ 15,00

Imposto de Renda R$ 30,00 ICMS sobre as Vendas R$ 97,00

Estoque de Mercadorias em 01/01 R$ 300,00 Estoque de Mercadorias em 31/12 R$ 250,00

Despesas Operacionais R$ 80,00

A Demonstração do Resultado do Exercício, elaborada a partir dos valores

acima, vai evidenciar um Lucro Líquido do Exercício no valor de

a) R$ 100,00. b) R$ 143,00.

c) R$ 55,00. d) R$ 152,00.

e) R$ 35,00.

26. (ESAF/Analista Técnico/SUSEP/2010) A seguinte relação contém contas

patrimoniais e contas de resultado. Seus saldos foram extraídos do livro Razão no fim do exercício social.

C o n t a s S a l d o s

Bancos conta Movimento 9.500,00 Despesas Gerais e Administrativas 19.500,00

ICMS sobre Vendas 16.000,00 Duplicatas a Receber 37.500,00

Encargos de Depreciação 6.000,00 Capital Social 110.000,00

Mercadorias 50.000,00 Juros Passivos a Vencer 3.000,00

Custo das Mercadorias Vendidas 54.500,00 ICMS a Recolher 8.500,00

Capital a Realizar 15.000,00 Provisão para FGTS 24.000,00

Ações de Coligadas 25.000,00

Receita de Vendas 100.000,00

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Duplicatas a Pagar 65.000,00

Provisão para Créditos Incobráveis 12.500,00 Depreciação Acumulada 10.000,00

Ações em Tesouraria 25.000,00 Juros Passivos 4.000,00

Móveis e Utensílios 70.000,00 Descontos Ativos 5.000,00

Do resultado alcançado no ano, foram distribuídos R$ 600,00 para reserva

legal, R$ 500,00 para participação de empregados, R$ 1.250,00 para imposto de renda e o restante para dividendos.

Classificando-se as contas acima e estruturando a apuração do resultado do

exercício com os valores demonstrados, vamos encontrar um lucro líquido do exercício no valor de

a) R$ 2.650,00. b) R$ 3.250,00.

c) R$ 5.000,00. d) R$ 3.150,00.

e) R$ 3.750,00.

27. (ESAF/Auditor Fiscal/SEFAZ/PA/2002) Considere os dados abaixo e assinale a opção correta.

Compras 100 unidades a R$ 2,50, cada;

Estoque final 10 unidades; Estoque inicial 20 unidades, no valor de R$ 40,00;

Lucro bruto R$ 100,00; Lucro operacional R$ 20,00;

ICMS sobre Compras e Vendas - 20%.

Na apuração do resultado verificamos que

a) a Receita Líquida de Vendas é de R$ 400,00.

b) a Receita Bruta de Vendas é de R$ 400,00. c) a Receita Bruta de Vendas é de R$ 320,00.

d) o Custo de Mercadorias Vendidas é de R$ 290,00. e) o Custo de Mercadorias Vendidas é de R$ 300,00.

28- (ESAF/ACE/MDIC/2012) Assinale abaixo a opção incorreta.

Nos termos da lei, a demonstração do resultado do exercício discriminará:

a) a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os

abatimentos obtidos e os impostos a recolher.

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b) a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços

vendidos e o lucro bruto. c) as despesas com as vendas, as despesas financeiras,deduzidas das receitas,

as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais. d) o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e asoutras despesas.

e) o resultado do exercício antes do imposto de renda e aprovisão para o imposto.

29. (ESAF/ACE/MDIC/2012) Certa empresa, após contabilizar suas contas

de resultado,encontrou os seguintes valores:

Receita Líquida de Vendas 250.000,00 Custo das Vendas do Período 140.000,00

Receitas Operacionais 25.000,00 Despesas Operacionais 65.000,00

Ganhos de Capital 10.000,00

Provisão para Imposto de Renda 30.000,00

Os estatutos dessa empresa mandam pagar participação nos lucros, à base de 10% para empregados e 10% para administradores, além dos dividendos de

25%.

No exercício social de que estamos tratando, a empresa destinou ao pagamento das participações o montante de

a) R$ 10.000,00.

b) R$ 9.500,00. c) R$ 7.600,00.

d) R$ 3.750,00. e) R$ 3.156,00.

30. (ESAF/ACE/MDIC/2012) A Cia. de Solas e Solados apurou no livro Razão, ao fim do exercício, mas antes do encerramento das contas de

resultado, os valores listados a seguir:

CONTAS SALDOS

Receita de Vendas 21.000,00 Capital Social 15.000,00

Produtos Acabados 14.800,00 Duplicatas a Pagar 14.000,00

Custo das Mercadorias Vendidas 14.000,00 Duplicatas a Receber 10.000,00

Salários a Pagar 5.200,00 Equipamentos 4.600,00

Caixa 4.000,00

Veículos 3.900,00

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Títulos a Pagar a Longo Prazo 3.800,00

Investimentos em Controladas 3.500,00 Salários 3.000,00

Títulos a Receber a Longo Prazo 3.000,00 Reserva Legal 1.800,00

Impostos 1.700,00 Aluguéis Ativos 1.600,00

Depreciação Acumulada 1.500,00 Prejuízos Acumulados 1.400,00

Reserva de Capital 1.200,00 Despesas Diferidas 1.200,00

Juros Passivos 1.100,00 Provisão p/Ajuste de Estoques 1.100,00

Examinando-se o resultado desse exercício, com distribuição do lucro em R$

300,00 para o imposto de renda, R$ 500,00 para dividendos, e destinação do

saldo remanescente para a formação de reservas de lucro, pode-se dizer que a contabilização desses eventos provocará um aumento final no patrimônio

líquido no valor de:

a) R$ 1.400,00. b) R$ 1.100,00.

c) R$ 800,00. d) R$ 600,00.

e) R$ 500,00.

31.(ESAF/ACE/MDIC/2012) Certa empresa, que tinha prejuízos acumulados de R$ 2.000,00, apurou lucro líquido do exercício no valor de R$ 10.000,00,

depois do imposto de renda e participações. Após contabilizar a Reserva Legal,uma reserva estatutária de 10% e outra, para aumento de capital, à taxa

de 15%, destinou também recursos para o dividendo mínimo obrigatório, nos

termos da legislação vigente e, em seguida, acomodou o saldo remanescente na formação de uma reserva de lucros.

Sabendo-se que os estatutos da empresa não estipulam um percentual

específico para dividendo mínimo e que os prejuízos acumulados são também prejuízos fiscais,pode-se dizer que no exercício em questão a empresa

contabilizou dividendo mínimo obrigatório no valor de

a) R$ 1.900,00. b) R$ 2.800,00.

c) R$ 3.400,00. d) R$ 3.800,00.

e) R$ 5.000,00.

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GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

QUESTÃO GABARITO

1 C

2 D

3 D

4 C

5 D

6 D

7 A

8 B

9 D

10 E

11 B

12 D

13 D

14 E

15 B

16 C

17 A

18 D

19 C

20 B

21 E

22 E

23 C

24 A

25 C

26 B

27 B

28 A

29 B

30 D

31 D